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LEG.

PENAL ESPECIAL - PCJ


Execução Penal
Marcelo Uzeda

PROFESSOR MARCELO UZEDA CRIMES HEDIONDOS E EQUIPARADOS.

A gravidade do crime e a extensão da pena


LEI DE EXECUÇÃO PENAL não é óbice para a progressão de regime.
LEI 7210/84 Nos termos do artigo 2º, §2º, da lei 8072/90,
(parte 2) o lapso para a progressão de regime em
crimes dessa natureza é de 2/5 (dois
EXECUÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE quintos) para o condenado primário e de 3/5
LIBERDADE (três quintos) para o reincidente, não
Art. 112. A pena privativa de liberdade será havendo que se falar em reincidência
executada em forma progressiva com a específica.
transferência para regime menos rigoroso, a ► SÚMULA DO STJ
ser determinada pelo juiz, quando o preso
tiver cumprido ao menos um sexto da pena Súmula nº 471 - Os condenados por crimes
no regime anterior e ostentar bom hediondos ou assemelhados cometidos
comportamento carcerário, comprovado antes da vigência da Lei n. 11.464/2007
pelo diretor do estabelecimento, sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei n.
respeitadas as normas que vedam a 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) para a
progressão. progressão de regime prisional.

§ 1o A decisão será sempre motivada e CRIME CONTRA A ADMINISTRAÇÃO


precedida de manifestação do Ministério PÚBLICA.
Público e do defensor.
Nos crimes contra a administração pública
o
§ 2 Idêntico procedimento será adotado na em que decorra prejuízo ou locupletamento,
concessão de livramento condicional, impõe-se como condição para a progressão
indulto e comutação de penas, respeitados de regime a reparação integral do dano
os prazos previstos nas normas vigentes. causado ou à devolução do produto do
ilícito praticado, com os acréscimos legais,
REQUISITO OBJETIVO nos termos do artigo 33, §4º, do Código
A LEP exige o lapso temporal de 1/6 (um Penal.
sexto) do cumprimento da pena no regime REQUISITO SUBJETIVO.
anterior para que o preso possa progredir
de regime. Para uma nova progressão, o O bom comportamento carcerário é
período deve ser calculado sobre o comprovado por atestado, emitido pelo
remanescente da pena, pois pena cumprida diretor do estabelecimento penal.
é pena extinta.
Não obstante a revogação da
► SÚMULA DO STF obrigatoriedade do exame criminológico, a
jurisprudência dos Tribunais Superiores é
Súmula 715: A pena unificada para atender firme no sentido da possibilidade de sua
ao limite de trinta anos de cumprimento, realização a critério do juízo da execução.
determinado pelo art. 75 do Código Penal,
não é considerada para a concessão de ► SÚMULA DO STJ
outros benefícios, como o livramento
condicional ou regime mais favorável de
execução.

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Súmula 439: Admite-se o exame • A jurisprudência dos tribunais


criminológico pelas peculiaridades do caso, superiores tem admitido o
desde que em decisão motivada. recolhimento domiciliar em caso de
falta de vagas, bem como da
► SÚMULA DO STF inexistência de casa de albergado.
Súmula Vinculante 26: Para efeito de REGRESSÃO
progressão de regime no cumprimento de
pena por crime hediondo, ou equiparado, o Art. 118. A execução da pena privativa de
juízo da execução observará a liberdade ficará sujeita à forma regressiva,
inconstitucionalidade do art. 2º da Lei n. com a transferência para qualquer dos
8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo regimes mais rigorosos, quando o
de avaliar se o condenado preenche, ou condenado:
não, os requisitos objetivos e subjetivos do
benefício, podendo determinar, para tal fim, I - praticar fato definido como crime doloso
de modo fundamentado, a realização de ou falta grave;
exame criminológico. II - sofrer condenação, por crime anterior,
PROGRESSÃO PER SALTUM. É vedada a cuja pena, somada ao restante da pena em
chamada progressão por salto, em que o execução, torne incabível o regime (artigo
apenado que cumpre pena em regime 111).
fechado progride diretamente para o regime
§ 1° O condenado será transferido do
aberto. Obrigatoriamente, deve-se passar regime aberto se, além das hipóteses
pelo regime intermediário (semiaberto) para referidas nos incisos anteriores, frustrar os
alcançar-se o regime mais brando (aberto). fins da execução ou não pagar, podendo, a
► SÚMULA DO STJ multa cumulativamente imposta.

SÚMULA n. 491

É inadmissível a chamada progressão per § 2º Nas hipóteses do inciso I e do


saltum de regime prisional. parágrafo anterior, deverá ser ouvido
previamente o condenado.
PRISÃO DOMICILIAR
PRÁTICA DE CRIME DOLOSO
Art. 117. Somente se admitirá o
recolhimento do beneficiário de regime A prática de fato definido como crime
aberto em residência particular quando se doloso é suficiente para dar ensejo à
tratar de: regressão de regime, não sendo necessário
o trânsito em julgado da sentença penal
I - condenado maior de 70 (setenta) anos; condenatória.

II - condenado acometido de doença grave; Segundo o entendimento dominante, não há


que se falar em violação do princípio da
III - condenada com filho menor ou presunção de inocência.
deficiente físico ou mental;
PRÁTICA DE FALTA GRAVE.
IV - condenada gestante.
A prática de falta grave (art. 50 e 52, LEP)
também gera regressão de regime.

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A data-base para a contagem de período privativa de liberdade, sendo gênero que


aquisitivo de novos benefícios é a do comporta duas espécies: a permissão de
cometimento da falta grave e, em caso de saída, de cunho humanitário (art. 120 e 121,
fuga, da recaptura. LEP) e a saída temporária (art. 122 a 125,
LEP).
SUPERVENIÊNCIA DE CONDENAÇÃO POR
CRIME ANTERIOR.

A execução da pena privativa de liberdade,


a teor do disposto no art. 118 e inciso II, c.c.
o art. 111, parágrafo único, ambos da Lei n.º
7.210/84, ficará sujeita à forma regressiva,
com a transferência do reeducando para
Da Permissão de Saída
qualquer dos regimes mais rigorosos,
quando sofrer condenação por crime Art. 120. Os condenados que cumprem pena
anterior, se a quantidade de pena em regime fechado ou semiaberto e os
decorrente da unificação tornar presos provisórios poderão obter
incompatível a continuidade do permissão para sair do estabelecimento,
cumprimento no regime atual. mediante escolta, quando ocorrer um dos
seguintes fatos:
FRUSTRAR OS FINS DA EXECUÇÃO. Nessa
hipótese legal, ampliou-se o rol de I - falecimento ou doença grave do cônjuge,
situações que autorizam a regressão companheira, ascendente, descendente ou
daquele que se encontra em regime aberto, irmão;
uma vez que qualquer ato atentatório aos
fins da execução poderia ser invocado. II - necessidade de tratamento médico
(parágrafo único do artigo 14).
FALTA DE PAGAMENTO DE MULTA. Essa
última hipótese não encontra mais Parágrafo único. A permissão de saída será
aplicação com o advento da lei 9268/1996, concedida pelo diretor do estabelecimento
que passou a tratar a multa com natureza de onde se encontra o preso.
dívida de valor, vedando-se a sua
conversão em prisão. Art. 121. A permanência do preso fora do
estabelecimento terá a duração necessária
REGRESSÃO CAUTELAR. à finalidade da saída.

A jurisprudência do Superior Tribunal de Da Saída Temporária


Justiça é pacífica no sentido de ser cabível
a regressão cautelar do regime prisional Art. 122. Os condenados que cumprem pena
promovida pelo Juízo das Execuções, sem a em regime semiaberto poderão obter
oitiva prévia do apenado, que somente é autorização para saída temporária do
exigida na regressão definitiva ao regime estabelecimento, sem vigilância direta, nos
mais severo (HC 159.435/SP, HC 141.702/RJ) seguintes casos:

AUTORIZAÇÕES DE SAÍDA I - visita à família;

Trata-se de benefícios que mitigam os II - frequência a curso supletivo


rigores da execução contínua da pena profissionalizante, bem como de instrução

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do 2º grau ou superior, na Comarca do compatíveis com as circunstâncias do caso


Juízo da Execução; e a situação pessoal do condenado:

III - participação em atividades que I - fornecimento do endereço onde reside a


concorram para o retorno ao convívio família a ser visitada ou onde poderá ser
social. encontrado durante o gozo do benefício;

Parágrafo único. A ausência de vigilância II - recolhimento à residência visitada, no


direta não impede a utilização de período noturno;
equipamento de monitoração eletrônica
pelo condenado, quando assim determinar III - proibição de frequentar bares, casas
o juiz da execução. noturnas e estabelecimentos congêneres.

► APLICAÇÃO EM CONCURSO: § 2o Quando se tratar de frequência a curso


profissionalizante, de instrução de ensino
DPU. Defensor Público Federal. 2007 - médio ou superior, o tempo de saída será o
CESPE. necessário para o cumprimento das
atividades discentes.
As hipóteses de saídas, reguladas pela Lei
de Execução Penal, são hipóteses § 3o Nos demais casos, as autorizações de
taxativas e serão autorizadas pelo saída somente poderão ser concedidas com
diretor do estabelecimento, somente aos prazo mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias
presos definitivos em regime de intervalo entre uma e outra.
fechado. Errada.
► SÚMULA DO STJ
Art. 123. A autorização será concedida por
ato motivado do Juiz da execução, ouvidos Súmula 40: Para obtenção dos
o Ministério Público e a administração benefícios de saída temporária e trabalho
penitenciária e dependerá da satisfação dos externo, considera-se o tempo de
seguintes requisitos: cumprimento da pena no regime fechado.

I - comportamento adequado; Art. 125. O benefício será automaticamente


revogado quando o condenado praticar fato
II - cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) definido como crime doloso, for punido por
da pena, se o condenado for primário, e 1/4 falta grave, desatender as condições
(um quarto), se reincidente; impostas na autorização ou revelar baixo
grau de aproveitamento do curso.
III - compatibilidade do benefício com os
objetivos da pena. Parágrafo único. A recuperação do direito à
saída temporária dependerá da absolvição
Art. 124. A autorização será concedida por no processo penal, do cancelamento da
prazo não superior a 7 (sete) dias, podendo punição disciplinar ou da demonstração do
ser renovada por mais 4 (quatro) vezes merecimento do condenado.
durante o ano.
DA REMIÇÃO
§ 1o Ao conceder a saída temporária, o juiz
imporá ao beneficiário as seguintes Art. 126. O condenado que cumpre a pena
condições, entre outras que entender em regime fechado ou semiaberto poderá

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remir, por trabalho ou por estudo, parte do Todavia, com a edição da Lei 12433/2011, a
tempo de execução da pena. LEP passou a admitir que o condenado que
cumpre pena em regime aberto ou
§ 1o A contagem de tempo referida no semiaberto e o que usufrui liberdade
caput será feita à razão de: condicional possa remir, pela frequência a
I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas curso de ensino regular ou de educação
de frequência escolar - atividade de ensino profissional, parte do tempo de execução da
fundamental, médio, inclusive pena ou do período de prova (artigo 126,
profissionalizante, ou superior, ou ainda de §6º, LEP), na razão de um dia de pena a
requalificação profissional - divididas, no cada doze horas de atividade escolar.
mínimo, em 3 (três) dias; Art. 126, § 6o
II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de O condenado que cumpre pena em regime
trabalho. aberto ou semiaberto e o que usufrui
REMIÇÃO PELO ESTUDO. liberdade condicional poderão remir, pela
frequência a curso de ensino regular ou de
A Lei 12433/2011 acrescentou ao artigo 126 educação profissional, parte do tempo de
da LEP a possibilidade de remição pelo execução da pena ou do período de prova,
estudo, consagrando o entendimento já observado o disposto no inciso I do § 1o
consolidado da doutrina e da jurisprudência deste artigo.
dos Tribunais Superiores.
§ 2o As atividades de estudo a que se refere
► SÚMULA DO STJ o § 1o deste artigo poderão ser
desenvolvidas de forma presencial ou por
Súmula 341: A frequência a curso de ensino metodologia de ensino a distância e
formal é causa de remição de parte do deverão ser certificadas pelas autoridades
tempo de execução de pena sob regime educacionais competentes dos cursos
fechado ou semiaberto. frequentados.
REMIÇÃO. Trata-se de benefício concedido, § 3o Para fins de cumulação dos casos de
em regra, ao preso submetido a regime remição, as horas diárias de trabalho e de
fechado ou semiaberto, que pode reduzir o estudo serão definidas de forma a se
tempo de duração da pena privativa de compatibilizarem.
liberdade através do trabalho ou do estudo.

Segundo entendimento pacífico dos


Tribunais Superiores, não se admite a POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO
remição pelo trabalho no regime aberto.
Antes da Lei 12433/2011, o STJ não admitia
A racionalidade disso estaria no art. 36, § 1º, reconhecer duas vezes a remição da pena
do CP, que considera o trabalho em decorrência de trabalho e estudo
pressuposto da nova condição de realizados no mesmo período, porque a
cumprimento de pena. (HC 98261/RS, rel. remição deveria guardar correspondência
Min. Cezar Peluso, 2.3.2010 - Informativo nº com a jornada de trabalho prevista no art.
577/STF). 33, da Lei de Execuções Penais.

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Contudo, o novo § 3o do artigo 126 da LEP Considerava-se o benefício sujeito a


determina que, “para fins de cumulação dos condição resolutiva, ligado ao
casos de remição, as horas diárias de comportamento carcerário do condenado.
trabalho e de estudo serão definidas de
forma a se compatibilizarem”. A lei 12433/2011 alterou substancialmente a
questão da perda dos dias remidos,
§ 4o O preso impossibilitado, por acidente, limitando-a a um teto máximo, sem atingir a
de prosseguir no trabalho ou nos estudos sua integralidade.
continuará a beneficiar-se com a remição.
Assim, levando-se em conta a natureza, os
o
§ 5 O tempo a remir em função das horas motivos, as circunstâncias e as
de estudo será acrescido de 1/3 (um terço) consequências do fato, bem como a pessoa
no caso de conclusão do ensino do faltoso e seu tempo de prisão, o juiz
fundamental, médio ou superior durante o poderá decretar a perda de até 1/3 dos dias
cumprimento da pena, desde que certificada remidos.
pelo órgão competente do sistema de
educação. Por se tratar de norma penal mais benéfica,
deve a nova regra incidir retroativamente,
§ 7o O disposto neste artigo aplica-se às em obediência ao art. 5.º, inciso XL, da
hipóteses de prisão cautelar. Constituição Federal.

§ 8o A remição será declarada pelo juiz da Na visão do STJ:


execução, ouvidos o Ministério Público e a
defesa. Tal redução se dará por forma proporcional
à gravidade da falta, pois observado o
Art. 127. Em caso de falta grave, o juiz disposto no art. 57 da Lei de Execução
poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo Penal, cabendo ao Juízo da Vara de
remido, observado o disposto no art. 57, Execuções Penais examinar a aplicação
recomeçando a contagem a partir da data retroativa do art. 127 da Lei de Execução
da infração disciplinar. (Redação dada pela Penal
Lei nº 12.433, de 2011)
(HC 215.439/RJ, Rel. Ministro OG
► Súmula vinculante do STF nº 9: O FERNANDES, DJe 28/09/2011; HC
disposto no artigo 127 da Lei nº 7.210/1984 174.617/RS, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS
(Lei de Execução Penal) foi recebido pela JÚNIOR, DJe 07/12/2011).
ordem constitucional vigente, e não se lhe
aplica o limite temporal previsto no De acordo com o STF:
caput do artigo 58.
“da leitura do dispositivo legal se infere que
PERDA DOS DIAS REMIDOS o legislador pretendeu limitar somente a
revogação dos dias remidos ao patamar de
Antes da edição da lei 12433/2011, segundo 1/3, razão pela qual não merece acolhida a
entendimento pacífico dos Tribunais pretensão de se estender o referido limite
Superiores, os dias de trabalho ou estudo aos demais benefícios da execução”.
criariam mera expectativa de direito à
remição, não havendo que se falar em (HC 110851, Relator Min. Ricardo
direito adquirido ou coisa julgada (STF, HC Lewandowski, Segunda Turma, DJe 16-12-
85552/SP, rel. Min. Carlos Britto, 28.6.2005). 2011).

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Art. 128. O tempo remido será computado respectiva unidade de ensino, a frequência
como pena cumprida, para todos os efeitos. e o aproveitamento escolar. (Incluído
(Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011) pela Lei nº 12.433, de 2011)

FORMA DE CÔMPUTO DOS DIAS REMIDOS. § 2o Ao condenado dar-se-á a relação de


seus dias remidos. (Incluído pela Lei nº
Antes do advento da Lei 12433/2011, havia 12.433, de 2011)
severa controvérsia quanto à forma de
contagem dos dias remidos. LIVRAMENTO CONDICIONAL

A primeira corrente (STJ), entendia que a Art. 131. O livramento condicional poderá
pena remida deveria ser considerada como ser concedido pelo Juiz da execução,
pena cumprida, somando-se ao tempo de presentes os requisitos do artigo 83, incisos
pena já cumprido (mais benéfica ao e parágrafo único, do Código Penal,
condenado). Em sentido contrário, ouvidos o Ministério Público e Conselho
sustentava-se que o tempo remido deveria Penitenciário.
ser abatido do total da pena aplicada.
É a última etapa do sistema progressivo,
Atualmente, com a nova redação do artigo devendo o liberado cumprir o restante da
128 da LEP, esvaziou-se a polêmica, não pena em liberdade, submetendo-se a
havendo mais dúvida quanto a computar-se determinadas condições.
os dias remidos como pena efetivamente
cumprida para todos os efeitos. Configura benefício de política criminal
voltado a permitir a redução do tempo de
Esta Corte já tinha firmado o encarceramento, com a concessão
entendimento segundo o qual o tempo antecipada e provisória da liberdade do
remido deve ser considerado como pena apenado.
efetivamente cumprida para fins de
obtenção dos benefícios da execução
e não simplesmente como tempo a ser
descontado do total da pena.

(HC 205.895/SP, Rel. Ministro Og Fernandes,


Sexta Turma, DJe 08/09/2011).

Art. 129. A autoridade administrativa


encaminhará mensalmente ao juízo da
execução cópia do registro de todos os
condenados que estejam trabalhando ou
estudando, com informação dos dias de ► SÚMULA DO STF
trabalho ou das horas de frequência escolar
ou de atividades de ensino de cada um Súmula 715: A pena unificada para atender
deles. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de ao limite de trinta anos de cumprimento,
2011) determinado pelo art. 75 do Código Penal,
não é considerada para a concessão de
§ 1o O condenado autorizado a estudar fora outros benefícios, como o LIVRAMENTO
do estabelecimento penal deverá comprovar CONDICIONAL ou regime mais favorável de
mensalmente, por meio de declaração da execução.

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► SÚMULA DO STJ Juiz sua ocupação; c) não mudar do


território da comarca do Juízo da execução,
Súmula 441: A falta grave não interrompe o sem prévia autorização deste.
prazo para obtenção de livramento
condicional. Facultativas: a) não mudar de residência
sem comunicação ao Juiz e à autoridade
LIVRAMENTO NO “TRÁFICO incumbida da observação cautelar e de
PRIVILEGIADO”. proteção; b) recolher-se à habitação em
De acordo com a jurisprudência pacífica hora fixada; c) não frequentar determinados
dos Tribunais Superiores, o "tráfico lugares.
privilegiado" não é tipo autônomo, distinto MONITORAÇÃO ELETRÔNICA
da figura descrita no caput do mesmo
artigo. Art. 146-B. O juiz poderá definir a
fiscalização por meio da monitoração
Assim, não podem ser considerados os eletrônica quando:
prazos estabelecidos para os crimes
comuns como requisito objetivo para a I - (VETADO);
obtenção de benefícios da execução penal,
devendo incidir o prazo de 2/3 (dois terços) II - autorizar a saída temporária no
de cumprimento da pena, conforme regime semiaberto;
disposto no art. 44, parágrafo único, da Lei III - (VETADO);
n.º 11.343/2006, para a concessão do
livramento condicional. IV - determinar a prisão domiciliar;

(HC 219.960/MS, Rel. Min. Vasco Della V - (VETADO); Parágrafo


Giustina, Sexta Turma, DJe 05/12/2011). único. (VETADO).

PRESSUPOSTOS SUBJETIVOS MEDIDA CAUTELAR: A monitoração


também pode ser empregada como medida
Além da verificação das hipóteses cautelar, antes do trânsito em julgado,
vinculadas à reincidência dos incisos I, II e conforme inserção da lei 12403/2011 no
V, o art. 83, CP, em seu inciso III, aponta os Código de Processo Penal (art. 319, CPP).
seguintes requisitos subjetivos:
Art. 146-C. O condenado será instruído
a) comprovação de comportamento acerca dos cuidados que deverá adotar com
satisfatório durante a execução da o equipamento eletrônico e dos seguintes
pena; deveres:
b) bom desempenho do trabalho que lhe foi I - receber visitas do servidor responsável
atribuído;
pela monitoração eletrônica, responder aos
c) aptidão para prover à própria seus contatos e cumprir suas orientações;
subsistência mediante trabalho honesto. II - abster-se de remover, de violar, de
CONDIÇÕES. modificar, de danificar de qualquer forma o
dispositivo de monitoração eletrônica ou de
Obrigatórias: a) obter ocupação lícita, permitir que outrem o faça;
dentro de prazo razoável se for apto para o
trabalho; b) comunicar periodicamente ao III - (VETADO);

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condenatória se esgotados os recursos


com efeito suspensivo, sobretudo quando
Parágrafo único. A violação comprovada evidenciada no caso concreto a intenção
dos deveres previstos neste artigo poderá procrastinatória (v. HC 88500/RS, rel. Min.
acarretar, a critério do juiz da execução, Joaquim Barbosa, 20.10.2009.
ouvidos o Ministério Público e a defesa: INFORMATIVO Nº 564/STF).
I - a regressão do regime; SUSPENSÃO CONDICIONAL - SURSIS
II - a revogação da autorização de saída Art. 156. O Juiz poderá suspender, pelo
temporária; período de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, a
III - (VETADO); IV - (VETADO); V - execução da pena privativa de liberdade,
(VETADO); não superior a 2 (dois) anos, na forma
prevista nos artigos 77 a 82 do Código
VI - a revogação da prisão domiciliar; Penal.

VII - advertência, por escrito, para todos os Art. 157. O Juiz ou Tribunal, na sentença
casos em que o juiz da execução decida que aplicar pena privativa de liberdade, na
não aplicar alguma das medidas previstas situação determinada no artigo anterior,
nos incisos de I a VI deste parágrafo. deverá pronunciar-se, motivadamente,
sobre a suspensão condicional, quer a
Art. 146-D. A monitoração eletrônica poderá conceda, quer a denegue.
ser revogada:
Trata-se de medida descarcerizadora, tendo
I - quando se tornar desnecessária ou por finalidade evitar o aprisionamento
inadequada; daqueles sujeitos condenados a penas
privativas de liberdade de curta duração.
II - se o acusado ou condenado violar os
deveres a que estiver sujeito durante a sua Não se trata de incidente da execução, mas
vigência ou cometer falta grave. de efetiva forma de cumprimento de pena.
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DO
SURSIS (art. 77, CP)
Art. 147. Transitada em julgado a sentença
que aplicou a pena restritiva de direitos, o 1) Objetivos: condenação à pena
Juiz da execução, de ofício ou a privativa de liberdade não superior a
requerimento do Ministério Público, 2 (dois) anos em que não seja
promoverá a execução, podendo, para indicada ou cabível a substituição
tanto, requisitar, quando necessário, a por pena restritiva de direitos;
colaboração de entidades públicas ou
solicitá-la a particulares. 2) Subjetivos: o apenado não seja
reincidente em crime doloso, ressalvada a
NECESSIDADE DO TRÂNSITO EM condenação anterior a pena de multa;
JULGADO
3) Circunstâncias Judiciais favoráveis: a
A jurisprudência dos Tribunais Superiores culpabilidade, os antecedentes, a conduta
tem admitido excepcionalmente a execução social e personalidade do agente, os
da pena restritiva de direitos antes do motivos e as circunstâncias do crime.
trânsito em julgado da sentença

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AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO


ESPECIAL. PENAL. TRÁFICO ILÍCITO DE
ENTORPECENTES. CRIME COMETIDO NA
VIGÊNCIA DA LEI N. 11.343/06.
CONCESSÃO DE SURSIS.
IMPOSSIBILIDADE.

3. A vedação expressa da concessão de


sursis aos condenados pelo crime de tráfico
ilícito de entorpecentes, disciplinada no art.
44 da Lei n.º 11.343/06 é, por si só, motivo
suficiente para impedir a concessão da
referida benesse.

4. Agravo regimental a que se nega


provimento.
SURSIS E CRIMES HEDIONDOS.
(AgRg no REsp 1185785/MG, Rel. Ministro
A lei de crimes hediondos não impede a MARCO AURÉLIO BELLIZZE, QUINTA
concessão de sursis. Assim, preenchidos TURMA, DJe 18/02/2013)
os requisitos legais, o réu teria direito
subjetivo à suspensão condicional da pena. SURSIS INEFICAZ OU SEM EFEITO ou
CASSAÇÃO DO SURSIS
Segundo a orientação dos Tribunais
Superiores é perfeitamente compatível a Art. 161. Se, intimado pessoalmente ou por
concessão de suspensão condicional da edital com prazo de 20 (vinte) dias, o réu
pena, nos termos do art. 77 do Código não comparecer injustificadamente à
Penal, aos condenados por crimes dessa audiência admonitória, a suspensão ficará
natureza. sem efeito e será executada imediatamente
a pena.
SURSIS E TRÁFICO DE DROGAS.
Não é caso de revogação do sursis, visto
A lei de drogas veda expressamente a que o período de prova sequer começou.
concessão de sursis em relação ao crime de Logo, o prazo prescricional é contado a
tráfico de entorpecentes (art. 44, da Lei partir do trânsito em julgado da sentença
11.343/2006). para a acusação (art. 112, I, 1ª parte, CP).

REVOGAÇÃO DO SURSIS
► JURISPRUDÊNCIA DO STF Art. 162. A revogação da suspensão
condicional da pena e a prorrogação do
“O óbice, previsto no artigo 44 da Lei nº
período de prova dar-se-ão na forma do
11.343/06, à suspensão condicional da
artigo 81 e respectivos parágrafos do
pena imposta ante tráfico de drogas
Código Penal.
mostra-se afinado com a Lei nº 8.072/90 e
com o disposto no inciso XLIII do A decisão que concede o sursis não faz
artigo 5º da Constituição Federal”. (HC coisa julgada, pois submete-se à cláusula
101919, Relator Min. Marco Aurélio, Primeira rebus sic stantibus.
Turma, DJe 25-10-2011).

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a) Revogação obrigatória: se o beneficiário Deve ser cobrada de acordo com as


é condenado, em sentença irrecorrível, por disposições da lei 6830/80, via execução
crime doloso; não efetua, sem motivo fiscal.
justificado, a reparação do dano; ou
descumpre no primeiro anos do período de Todavia, a referida lei não mudou a natureza
prova as condições de prestação de jurídica da multa aplicada ao condenado,
serviços à comunidade ou limitação de fim mantendo-se seu caráter de sanção penal.
de semana. De acordo com o STJ:
A frustração da execução de pena de multa A legitimidade passou a ser da Fazenda
foi revogada tacitamente pela lei 9268/96, Pública, cabendo ao Estado, através de
que alterou o artigo 51, do Código Penal, seus procuradores, a cobrança da dívida
estabelecendo a impossibilidade de
oriunda de aplicação da pena de multa.
conversão da pena de multa em privativa de
liberdade, por ser considerada dívida de A competência é da Vara de Fazenda
valor. Pública Estadual, se a condenação for
imposta pela Justiça Estadual ou da Vara
b) Revogação facultativa: se o condenado
Federal de Execução Fiscal, se a
descumpre qualquer outra condição condenação ocorrer no âmbito da Justiça
imposta ou é irrecorrivelmente condenado, Federal.
por crime culposo ou por contravenção, a
pena privativa de liberdade ou restritiva de ► SÚMULA Nº 693 DO STF : Não cabe
direitos. Se for condenado exclusivamente à "habeas corpus" contra decisão
pena de multa, não há que se falar em condenatória a pena de multa, ou relativo a
revogação facultativa do sursis. processo em curso por infração penal a que
a pena pecuniária seja a única cominada.
PRORROGAÇÃO DO PERÍODO DE PROVA.

Se o beneficiário está sendo processado


por outro crime ou contravenção, Art. 167. A execução da pena de multa será
considera-se prorrogado o prazo da suspensa quando sobrevier ao condenado
suspensão até o julgamento definitivo. doença mental (artigo 52 do Código Penal).

Nas hipóteses de revogação facultativa, o


juiz pode, ao invés de decretá-la, prorrogar
o período de prova até o máximo, se este
não foi o fixado.

PENA DE MULTA

Com o advento da lei nº 9268/96, a multa


passou a ser considerada dívida de valor,
não podendo ser convertida em privação da
liberdade no caso de inadimplemento (art.
51, CP).

DURAÇÃO DA MEDIDA DE SEGURANÇA. O


prazo mínimo é de 1 (um) ano a 3 (três)

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anos para a realização do exame de É realizado obrigatoriamente ao término do


verificação da cessação da periculosidade. prazo mínimo fixado, repetindo-se de ano
em ano (art. 175, LEP), ou a qualquer tempo,
De acordo com o Código Penal, o prazo facultativamente, por ordem judicial,
máximo é indeterminado, mantendo-se mediante requerimento do Ministério
enquanto persistir a periculosidade. Público ou do interessado (ART. 176, LEP).
O Supremo Tribunal Federal entende que o Nada impede, portanto, que o exame de
prazo máximo é de 30 anos, tendo em vista cessação da periculosidade seja realizado
vedação das penas de caráter perpétuo (art. antes do prazo mínimo, desde que haja
75 e 97, do CP e art. 183, LEP). manifestação do Ministério Público ou do
Segundo orientação do STJ, “levando em interessado.
conta o preceito segundo o qual "não DESINTERNAÇÃO OU LIBERAÇÃO
haverá penas de caráter perpétuo" (art. 5º, CONDICIONAL.
XLII, b, da CF) e os princípios da isonomia e
da proporcionalidade, o tempo de duração A desinternação (liberação) será sempre
da medida de segurança não deve condicional devendo ser restabelecida a
ultrapassar o limite máximo da pena situação anterior se o agente, antes do
abstratamente cominada ao delito decurso de 1 (um) ano, pratica fato
praticado”. indicativo de persistência de sua
periculosidade (ART. 97, § 3º, CP).
(HC 174.342/RS, Rel. Ministro Sebastião
Reis Júnior, Sexta Turma, DJe 14/11/2011). Cessada a periculosidade do agente,
encerra-se a medida de segurança,
SISTEMA VICARIANTE mediante sentença do juízo da execução,
Com a reforma de 1984, o Código Penal que expedirá ordem de desinternação ou
passou a adotar o Sistema Vicariante liberação, após o trânsito em julgado.
(unitário), revogando o Sistema do Duplo
Binário ou Duplo trilho, em que a medida de
segurança era aplicada conjuntamente com
a pena fundamentada na periculosidade do
agente.

Aplica-se medida de segurança ao


inimputável (art. 26, caput, CP).

Ao semi-imputável aplica-se pena reduzida


(art. 26, p. Único, CP) ou medida de
segurança substitutiva caso constatada a
necessidade de especial tratamento
curativo (art. 98, CP).

EXAME DE VERIFICAÇÃO
DAS CONVERSÕES
DA CESSAÇÃO DA PERICULOSIDADE
Art. 180. A pena privativa de liberdade, não
superior a 2 (dois) anos, poderá ser

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convertida em restritiva de direitos, desde EM MEDIDA DE SEGURANÇA


que:
Art. 183. Quando, no curso da execução da
I - o condenado a esteja cumprindo em pena privativa de liberdade, sobrevier
regime aberto; doença mental ou perturbação da saúde
mental, o Juiz, de ofício, a requerimento do
II - tenha sido cumprido pelo menos 1/4 (um Ministério Público, da Defensoria Pública ou
quarto) da pena; da autoridade administrativa, poderá
III - os antecedentes e a personalidade do determinar a substituição da pena por
condenado indiquem ser a conversão medida de segurança. (Redação dada pela
recomendável. Lei nº 12.313, de 2010).

CONVERSÃO POSITIVA A orientação do STJ é de que, “no incidente


de execução, consistente na conversão de
Consiste na transformação da pena pena privativa de liberdade em medida de
privativa de liberdade em restritiva de segurança, a pena imposta na sentença
direitos durante a fase da execução. O condenatória é substituída por medida de
incidente tem aplicação meramente segurança, sendo limitada ao tempo
residual, pois o condenado a pena privativa máximo da pena aplicada. Extrapolado o
de liberdade que ostentasse as condições prazo máximo da pena privativa de
referidas no artigo 180, LEP possivelmente liberdade, não há como manter o paciente
já teria obtido outro benefício, como a no cumprimento da medida de segurança, a
substituição por pena restritiva de direitos qual deve ser declarada extinta”.
(art. 44, CP) ou sursis (art. 77, CP).
(HC 130.160/SP, Rel. Ministro ARNALDO
CONVERSÃO NEGATIVA ESTEVES LIMA, QUINTA TURMA, DJe
14/12/2009)
Art. 181. A pena restritiva de direitos será
convertida em privativa de liberdade nas EXCESSO OU DESVIO
hipóteses e na forma do artigo 45 e seus
incisos do Código Penal. Art. 185. Haverá excesso ou desvio de
execução sempre que algum ato for
A referência ao artigo 45, CP, deve ser praticado além dos limites fixados na
atualizada para o artigo 44, e seus sentença, em normas legais ou
parágrafos 4o e 5o, incluídos pela lei regulamentares.
9714/98, que determinam que a pena
restritiva de direitos converte-se em Art. 186. Podem suscitar o incidente de
excesso ou desvio de execução:
privativa de liberdade quando ocorrer o
descumprimento injustificado da restrição I - o Ministério Público;
imposta.
II - o Conselho Penitenciário;
No cálculo da pena privativa de liberdade a
executar será deduzido o tempo cumprido III - o sentenciado;
da pena restritiva de direitos, respeitado o
saldo mínimo de trinta dias de detenção ou IV - qualquer dos demais órgãos da
reclusão. execução penal.

CONVERSÃO DA PENA DA ANISTIA E DO INDULTO

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Art. 187. Concedida a anistia, o Juiz, de Súmula nº 700: É de cinco dias o prazo para
ofício, a requerimento do interessado ou do interposição de agravo contra decisão
Ministério Público, por proposta da do juiz da execução penal.
autoridade administrativa ou do Conselho
Penitenciário, declarará extinta a
punibilidade.

Art. 188. O indulto individual (graça) poderá


ser provocado por petição do condenado,
por iniciativa do Ministério Público, do
Conselho Penitenciário, ou da autoridade
administrativa.

Art. 192. Concedido o indulto e anexada aos


autos cópia do decreto, o Juiz declarará
extinta a pena ou ajustará a execução aos
termos do decreto, no caso de comutação.

Art. 193. Se o sentenciado for beneficiado


por indulto coletivo, o Juiz, de ofício, a
requerimento do interessado, do Ministério
Público, ou por iniciativa do Conselho
Penitenciário ou da autoridade
administrativa, providenciará de acordo
com o disposto no artigo anterior.

AGRAVO EM EXECUÇÃO

Art. 197. Das decisões proferidas pelo Juiz


caberá recurso de agravo, sem efeito
suspensivo.

O único recurso previsto na LEP é o agravo,


já que a maioria das decisões em sede de
execução terá natureza interlocutória.

Em regra, o recurso não terá efeito


suspensivo, salvo na hipótese de
desinternação ou liberação de pessoa
sujeita à medida de segurança.

O rito a ser aplicado é o do recurso em


sentido estrito (art. 582 a 592, do Código de
Processo Penal), sendo a interposição no
prazo de 5 dias, conforme entendimento
sumulado do STF.

► SÚMULA DO STF

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