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Í N D I C E

Pág.

Construções fundam entais................................................................................... 9


Problemas resolvidos................................................................................................. 15
Construção de triâ n g u lo s......................................................................................... 18
Quadriláteros ........................................................................................................... 27
C ircunferência........................................................................................................... 29
Segmento capaz de um ângulo d a d o ..................................................................... 31
Circunferências tangentes......................................................................................... 32
Retificação da circunferência e de um arco ........................................................ 42
Divisão da circunferência......................................................................................... 47
Concordância das retas e dos arcos de circunferência......................................... 54
Espirais policêntricas — Espiral de A rq uim e d es................................................... 62
Traçado das ovais...................................................................................................... 64
Evolvente do c írc u lo ................................................................................................. 68
Curvas cíclica s............................................................................................................. 69
Curvas usuais: elipse — hipérbole — parábola........................................................ 71
Equivalência de fig u ra s ............................................................................................ 81
Construção de figuras semelhantes.......................................................................... 91
Alguns problemas de inscrição de fig u ra s ............................................................. 92
Escalas — Construção de uma escala g rá fic a ........................................................ 93
Problemas diversos.................................................................................................... 97
10 CONSTRUÇÕES FUNDAMENTAIS

3) Tomamos BD igual a CA e obtemos o ponto


D. (fig. 5).
AD H r, pois os ângulos alterno-internos ABC
e BAD são iguais por construção.

OUTRA CONSTRUÇÃO
Traçamos por A a reta AB perpendicular a r e
por A a perpendicular a reta AB. (fig. 6).
AB 1 r "1
Temos pois: AC H r
AC1ABj

3) Traçar a mediatriz de um segmento AB. Equi­


vale a dividir o segmento AB em duas partes
iguais.
1) Com centro em A e raio qualquer traçamos
um arco de um lado e outro de AB.
2) Com centro em B e mesmo raio anterior
obtemos C e D.
CD é mediatriz de AB, pois C e D distam
igualmente de A e B.

OBSERVAÇÃO
Todo ponto da mediatriz de um segmento dista
igualmente dos extremos desse segmento e re­
ciprocamente, todo ponto que dista igualmente
dos extremos de um segmento, pertence à me­
diatriz desse segmento.
(Teorema da Geometria Plana)

4) Construir um ângulo igual a um ângulo dado


(fig. 8).
Seja AOB o ângulo dado.
1) Com centro em O e raio qualquer OA, tra­
çamos o arco AB.
2) Tomamos CD igual a OA e DE igual a AB.
Teremos ãng. DCE = âng. AOB, pois em cir­
cunferências iguais, a arcos iguais correspon­
dem ângulos centrais iguais.
CONSTRUÇÕES FUNDAMENTAIS 11

/
5) Traçai a bissetriz de um angulo dado. Equivale
a dividir o ângulo em duas partes iguais.
1) Com centro em 0 e raio qualquer OA traça­
mos um arco AB.

£
./
2) Com centro em A e depois em B e mesmo
raio obteremos o ponto C. OC é bissetriz
do ângulo.

OBSERVAÇÃO
k
Todo ponto da bissetriz de um ângulo dista
igualmente dos lados desse ângulo e, reciproca- 0
mente, todo ponto equidistante dos lados de
um ângulo pertence à bissetriz desse ângulo. fig. 9

6) Dividir um segmento AB em n partes iguais.

Para exemplo do processo, que é geral, fare­


mos n = 5.
1) Traçamos por A e B reta paralelas: AC H BD.
2) Marcamos em AC e BD a partir de B e A
n vezes (5 neste caso) um segmento qualquer.
3) Unindo-se os pontos A -5, 1-4, 2-3, 3-2,
4-1, 5-B, obtemos a divisão do segmento AB.

OUTRO PROCESSO
1) Traçamos uma reta qualquer AC.
2) Tomamos A1 = 12 = 23 = 34 = 45.
3) Unimos o ponto 5 ao ponto B e
por 4, 3, 2, e 1 as paralelas à 5B.

7) Dividir um segmento AB em partes proporcio­


nais aos números dados a, b, c.
1) Traçamos uma reta qualquer AS.
2) Marcamos: AC = a ou a*x
CD = b ou b- x
DE = c ou c • X
3) Unimos o ponto E ao ponto B e traçamos
por D e C as paralelas a EB. Essas paralelas
dividem o segmento AB em partes propor­
cionais aos números a, b, c. (Teorema de
Tales).
12 CONSTRUÇÕES FUNDAMENTAIS

8 ) Dado o segmento cuja medida é a, determinar


o segmento cuja medida é ~ ' (inverso de a).
3

1) Tomamos AB igual a a.
2) Traçamos AC _LAB e AC igual a 1 (unidade
de medida).
3) Traçamos por C a perpendicular a CB e
obtemos o ponto D. No triângulo BCD, te­
mos que a altura referente à hipotenusa é
a média proporcional entre os dois segmen­
tos que ela determina na hipotenusa, daf:
(ÃC)2 = Ü Ã -Ã B ou 1 = D Ã -a ou DÃ = —
a

9) Dado o segmento cuja medida é a, determinar


os segmentos cujas medidas são: a \ p l , a y /3
a y/~4, a \ / 1 í , etc. s
1) Tornamos AB = a e BC_L AB e BC = a.
2) No triângulo retângulo isósceles ABC,
AC = a > / t .
3) Traçamos CD _L AC e CD = a. No triângulo
retângulo ACD, o teorema de Pitágoras nos
dá: A D ^ a V T .
4) Traçamos D E J.A D , sendo DE = a e teremos
AE = a >/4 ".
5) Tomando EF _L AE e EF = a, teremos
fíg. 14
A F = aVÊT.

10) Dados dois segmentos cujas medidas são a e b,


determinar o segmento cuja medida é a média
proporcional entre a e b, isto'é, V a * b .
1) Tomamos AB - a e AC = b.
2) Tomamos AB como diâmetro de uma cir­
cunferência. Para isso traçamos a mediatriz
de AB e achamos o centro M da circunfe­
rência.
3) Traçamos por C a perpendicular a AB até
obter o ponto D.
No triângulo retângulo, cada cateto é a mé­
dia proporcional entre sua projeção sobre a
CONSTRUÇÕES FUNDAMENTAIS 13

hipotenusa e a hipotenusa inteira. Daí:


No A ABD, A D 2 = AC • AB = a • b ou
AD = \fT T b .

11) Dados três segmentos cujas medidas são respec­


tivamente a, b e c, determinar o segmento cuja
medida x satisfaça à proporção a : b : : c : x ou
x - x é a quarta proporcional entre a,
a
b e c.
1) Traçamos um ângulo qualquer e tomamos
nos seus lados: AB = a; AC = b; AD = c.
2) Unimos B a D e traçamos por C a paralela
a BD e obtemos o ponto E. Sabemos que:
AB. = _AD A = -JL_
AC AE b AE

12) Dividir o segmento AB em média e extrema


razão.
Consiste em dividir o segmento em dois seg­
mentos tais que a razão entre o prim eiro seg­
mento e o segmento total é igual a razão entre
o segundo segmento e o primeiro. Devemos ter
pois:
AC CB
ou — = - L z iL ou x 2 + ax - a2
AB AC a x
(1)

Somando ( y ) 2 a ambos os membros da equa­

ção (1) para constituir no primeiro membro


um trinôm io quadrado perfeito:
x2 +ax + ( | - ) 2 = a 2 + (-|-)2 ou ( x + | ) 2 =a2 + ( | í ‘

Vemos assim que x + — é a hipotenusa de

um triângulo retângulo cujos catetos são a e

daí termos o seguinte processo para dividir


graficamente um segmento AB em média e
extrema razão:
14 CONSTRUÇÕES FUNDAMENTAIS

1) Tomamos AB igual ao segmento dado e


traçamos BD _L AB e BD igual a metade de
AB.
2) Com centro do compasso em D e raio DB
obtemos os pontos E e E' em AD e seu
prolongamento.
3) Com centro em A e raio AE, obtemos C e
com raio AE* , obtemos C \
Resolvendo a equação (1) do 29 grau, e
considerando a construção feita, teremos:

x '= - | - ( > / 5 - 1) = AC = 0,618a


(Segmento aureo de AB)

X " = -f- (- V s - 1) = A C '= -1,618a


1 s

13) D ividir um ângulo em três partes iguais,


a) O ângulo é reto.
1) Com raio qualquer OA, traçamos um arco
AB.
2) Centro em A e raio AO, obtemos o ponto
D.
3) Centro em B e raio BO, obtemos o ponto
C.
arco AD = 609, logo arco BD = 309, o que
justifica a construção.

b) O ângulo não é reto.


Neste caso a construção não pode ser feita
exatamente com a régua e o compasso. Da­
remos uma solução aproximada.
1) Com centro em O e raio qualquer traça­
mos uma circunferência auxiliar.
2) prolongamos os lados do ângulo e obte­
mos os pontos C e D na circunferência.
3) Traçamos a bissetriz do ângulo e toma­
mos nela EF = OE.
4) Unimos o ponto F aos pontos C e D e
obtemos na circunferência os pontos G e
CONSTRUÇÕES FUNDAMENTAIS 15

H que dividem o arco AB dado em três


partes aproximadamente iguais.
JUSTIFICAÇÃO
Chamemos de 2a o ângulo dado: AÕB = 2a
e de 2x = HÔG o ângulo obtido pela constru­
ção feita.
No triângulo OGF (fig. 22), a lei dos senos
nos dá:
sen-(a-x)
2r
ou
senrMa+x) s e n - (a -x ) sen l(a + x)

ou desenvolvendo:

se n | • c o s | - sen^- c o s | 1

sen ~ - cos ~ + sen $ • cos 2


2 2 2 2
Dividindo por cos-| • c o s ^, resulta:

♦ x
tg T9 2 donde: tg | = -| t g (1)
tg -| + tg |

OBSERVAÇÃO
Para 2a = 45°, a equação (1) nos dá 2x
igual a 15008' ao envez de 15°.

Problema 1.
Traçar a bissetriz do ângulo formado pelas
retas r e s, sem usar o vértice desse ângulo.
1) Traçamos uma reta qualquer MN.
2) Achamos as bissetrizes dos ângulos que MN
forma com r e s. Essas bissetrizes cortam-se
em A e B. AB será a bissetriz pedida.
JUSTIFÍCAÇÃO
O ponto A dista igualmente de r e de MN
por pertencer à bissetriz do ângulo de r com
MN. Mas, A pertence è bissetriz do ângulo de
s com MN e portanto dista igualmente de s e de
MN, daf o ponto A distar igualmente das retas
16 CONSTRUÇÕES FUNDAMENTAIS

r e s, e pertencer, então, à bissetriz do ângulo


dessas duas retas. Análogo raciocínio fazemos
com o ponto B.

Problema 2.
Construir ângulos de 45°, 6 0 ° e 30°.
1) OB J_ OA e OC bissetriz do ângulo AÕB.
(fig. 24).
2) OA = OB = AB, donde AÔB = 60°, pois o
A AOB é equilátero por construção, (fig. 25).
3) A bissetriz do ângulo de 6 0 ° nos dará o
ângulo de 30°.

OBSERVAÇÃO
Podemos ainda construir ângulos de 22030',
15°, 75°, 120°, etc., lembrando que:

22030' = 15° =

75° = 4 5 ° + 30°, 1200 = 2 x 6 0 0

OBSERVAÇÃO
A divisão de um ângulo em um número
qualquer de partes iguais será feita após o estu­
do da retificação de um arco.

Problema 3.
Traçar a reta que passa pelo ponto A e pela
intersecção de duas retas dadas r e s , sem usar
essa intersecção.
1) Traçamos por A as perpendiculares a r e s .
2) Unimos os pontos B e C e traçamos por A
a perpendicular a BC. Essa perpendicular é
a reta pedida.

JUSTIFICAÇÃO
Tomamos o ponto A como intersecção das
alturas do triângulo formado pelas retas r, s e
BC.
CONSTRUÇÕES FUNDAMENTAIS 17

EXERCÍ CI OS

1) Por um ponto dado A traçar uma reta tal que a parte compreendida entre duas retas
paralelas dadas seja igual a um comprimento dado.

2) Dados dois pontos A e B e uma reta r, determinar na reta um ponto C, tal que se tenha
AC + CB mínimo.

3) Dados dois pontos A e B e uma reta r, determinar um ponto da reta que diste igualmente
de A e B. Discutir.

4) Dados dois pontos A e B e um ângulo COD, determinar um ponto que diste igualmente,
de A de B e dos lados do angulo. Discutir.

5) Por dois pontos dados A e B traçar retas que se encontrem numa reta dada r, formando
com ela ângulos iguais.

6) Por um ponto dado A entre duas retas quaisquer r e s, traçar uma reta que as encontre nos
pontos B e C de modo que A fique o ponto módio de BC.

7) Dado um ângulo e dois pontos A e B no seu interior, determinar os ponjos C e D situados


cada um num lado do ângulo, de modo que tenhamos: AC + CD + DB mínimo.
18

CONSTRUÇÕES FUNDAMENTAIS DE TRIÂNGULOS

19 CASO

.v r
Construir um triângulo, conhecendo um lado
AB e os dois ângulos adjacentes  é B.
1) Tomamos o lado AB e construimos em A e B
os ângulos dados. A intersecçao dos dois lados
nos dá C. fig. 27
29 CASO
Construir um triângulo conhecendo dois lados
AB e AC e o ângulo  compreendido.
1) Tomamos AB e construiVnos em A o ângulo
dado e marcamos AC igual ao outro lado dado.
Unimos B a C e temos o triângulo pedido.
TV ^ B
fig. 28
39 CASO
Construir um triângulo conhecendo-se os seus
três lados.
1) Tomamos o lado AB.
2) Com centro em A e raio AC traçamos um arco.
3) Com centro em B e raio BC cortamos o arco A
/ \
-------------------------- —^ B
anterior e obtemos o ponto C. fig. 29
49 CASO
_B
Construir um triângulo retângulo conhecendo-
-se a hipotenusa e um cateto.
1) Construimos um ângulo reto A.
2) Marcamos AB igual ao cateto dado.
3) Centro em B e raio igual à hipotenusa e obte­
mos C. fig. 30
VTV/
M ----------
/c

59 CASO
/
Construir um triângulo retângulo conhecendo È
a hipotenusa e um ângulo agudo.
1) Construimos em B o ângulo agudo dado.
2) Marcamos BC igual à hipotenusa dada. ^ R
3) De C traçamos a perpendicular ao lado AB e A
fig. 31
obtemos o ponto A.
CONSTRUÇÃO DE TRIÂNGULOS 19

Problema 4.
Construir um triângulo conhecendo-se dois la­
dos e o ângulo oposto a um deles.
1) Tomamos AB igual a um dos lados dados e
construimos em A o ângulo dado.
2) Com centro em B e raio igual ao outro lado
dado obtemos os pontos C e C \ Temos neste
caso duas soluções: ABC e ABC'.

DISCUSSÃO
Sejam AB e BC os lados dados e A o ângulo. fig. 32

19 CASO
O ângulo A é menor que 90°.
Tomamos AB e construimos o ângulo A e tra­
çamos BD L AC.
a) BC < BD. o problema não tem solução.
b) BC = BD, o problema só tem uma solução:
ABD.
c) AB > BC > BD, o problema tem duas soluções:
triângulos ABC e ABC',
d) Se BC > AB, uma única solução. fig. 33

29 CASO
O ângulo A é maior ou igual a 90°.

a) BC < AB, não há solução.


b) BC > AB, uma única solução.

Problema 5.
Construir um triângulo isósceles, conhecendo-se
a base e o ângulo oposto à base.

1) Tornamos BC igual à base dada e construimos o


ângulo a dado.
2) Traçamos a bissetriz do ângulo BCD e cons­
truimos em B um ângulo igual ao ângulo ACB
e obtemos A.
20 CONSTRUÇÃO DE TRIÂNGULOS

Problema 6.
Construir um triângulo conhecendo o períme­
tro e os dois ângulos da base.

1) Tomamos MN igual ao perímetro dado e cons­


truimos em M e N as metades dos ângulos dados
e obtemos o ponto C.

2) Traçamos a mediatriz de MC e obtemos A;


mediatriz de CN e obtemos o ponto B. Teremos
então ang. CAB = a e ang. CBA = b, o que
justificam a nossa construção.

Problema 7
Construir um triângulo conhecendo-se as três
medianas.
1) Sabemos que as medianas de um triângulo
9
concorrem num ponto que está a de cada
o
uma a partir do vértice. Supondo o problema
resolvido e sendo ABC o triângulo procurado,
traçamos EG = OE e unimos A ao ponto G.
A figura AOCG, tendo as diagonais se cortando
no seu ponto médio, será um paralelogramo,

logo: AG = OC = O CF
o
Logo, o triângulo AOG terá por lados ~ de
cada mediana. Para resolver o problema dado
devemos portanto:
a) Construir um triângulo auxiliar AOG cujos
lados sejam de cada mediana.
w
b) Prolongar OG de um comprimento OB = OG
e unir B ao ponto A.
c) Tomar o ponto médio E de OG e unir ao
ponto A e em seguida marcar EC = AE.
(fig. 37).
CONSTRUÇÃO DE TRIÂNGULOS 21

Problema 8
Traçar o círculo inscrito a um triângulo dado.
Basta traçar as bissetrizes do triângulo, pois o
seu ponto de encontro será o centro do círculo
procurado. Do ponto O traçamos as perpendicula­
res aos lados para termos os pontos de tangência.

Problema 9
Traçar o círculo circunscrito a um triângulo
dado.
Basta traçar as mediatrizes dos lados do triân­
gulo, pois o seu ponto de encontro será o centro
do círculo procurado.

Problema 10
Construir um triângulo isósceles, conhecendo-se
a base, e o raio do círculo circunscrito.
1) Traçamos a mediatriz da base AB e nela mar­
camos MO = raio dado e traçamos o círculo
com centro em O.
2) Tomamos BD = BM = AE.
3) Unimos os pontos A e B, respectivamente aos
pontos E e D e obtemos o vértice C.

Problema 11
Construir um triângulo conhecendo-se um lado,
um ângulo adjacente e a diferença entre os outros
dois lados.
1) Tomamos AB igual ao lado çjado e construimos
em A o ângulo dado.
2) Marcamos AD * diferença dada.
3) Traçamos a mediatriz de BD e obtemos o ponto
C, no lado do ângulo A.
Como CB = CD, ABC será o triângulo pedido.
22 CONSTRUÇÃO DE TRIÂNGULOS

Problema 12
Construir um triângulo retângulo, conhecendo-
-se a hipotenusa e a soma dos dois catetos.
1) Tomamos AD igual à soma dos dois catetos e
construimos em D um ângulo de 45°.
2) Com centro em A e raio igual à hipotenusa
dada, traçamos um arco para obter o ponto C.
ABC é o triângulo procurado, pois BC = BD.
Podemos provar que o outro triângulo obtido
na construção, A ABC', é igual ao A ABC. De
fato, na fig. 42, temos:
rh + 4 5 ° = n = 180° - c - 4 5 ° .*. m + c = 90°
No A ABC, temos á + c = 9 0 ° .’. â = m
Logo A ABC = A AB'C', por terem a hipotenu­
sa e um ângulo agudo respectivamente iguais.

Problema 13
Construir um triângulo, conhecendo-se os pés
das três alturas.
1) Sejam A, B e C os pés das três alturas.
2) Unimos os três pontos A, B e C e traçamos as
bissetrizes externas desse triângulo. Essas bis-
setrizes vão se encontrar nos pontos D, E e F
que são os vértices do triângulo procurado.

JUSTIFICAÇÃO
As alturas de um triângulo são bissetrizes dos
ângulos do triângulo cujos vértices são os pés das
alturas. (Teorema da Geometria).

Problema 14
Construir um triângulo conhecendo-se dois la­
dos e a bissetriz do ângulo por eles formado.
CONSTRUÇÃO DE TRIÂNGULOS 23

Supondo o problema resolvido, seja ABC o


triângulo pedido. Tracemos por A a paralela ao
lado BC até encontrar a bissetriz dada BD no
ponto E. Temos:
c AD
Pelo Teorema da bissetriz: — = -------
a DC
A ADE semelhante ao ABCD, logo:
AE DE AD_= c_
a m CD a '
donde concluímos que:
AE = AB = c e DE = -£ü2-
a

Temos portanto a seguinte construção:

1) Construimos o triângulo auxiliar ABE isósceles


conhecendo-se os três lados, pois AB = AE = c
e BE é a soma da bissetriz dada e da quarta
proporcional aos segmentos a, c e m (Constru­
ção 11 — pág. 13).
2) Com centro em B e raio a, obtemos o ponto
C no prolongamento de AD.

Problema 15
Construir um triângulo conhecendo-se dois ân­
gulos e raio do círculo circunscrito.
1) Traçamos uma circunferência com raio dado R.
2) Por um ponto qualquer A da circunferência
traçamos a tangente à circunferência (Perpen­
dicular a OA).
3) Tomamos:
BAN = ângulo dado
CAM = ângulo dado
Unindo-se B a C, teremos o triângulo ABC co­
mo solução.
JUSTIFICAÇÃO
Ô = i- Ã B = BAN e B = ± AC = CAM fig. 45
2 2
24 CONSTRUÇÃO DE TRIÂNGULOS

Problema 16

Construir um triângulo conhecendo*se as suas


três alturas.

Lembremos prim eiro que em todo triângulo é


constante o produto de cada lado pela altura cor­
respondente, pois esse produto é igual ao dobro
da área do A .

a-hj = b-h2 = c- h3 ou —

hi

Vemos que o triângulo procurado, de lados a,


b e c, é semelhante ao triângulo cujos lados são os
inversos das alturas dadas. Daí a seguinte constru­
ção:

1) Construimos os segmentos cujas medidas são


os inversos das alturas dadas. (Construção 8 —
pág. 12),. para isso, tomamos OA = 1 (unidade
de medida = um segmento qualquer) e marca­
mos:
AB = h 1 O B 'iO B
AC = h2 e traçamos OC' 1 OC
AD = h3 OD' 1 0 D
A B \ AC ' e A D ' são os inversos da alturas dadas.

2) Construimos o triângulo cujos lados são os in­


versos das alturas:
M P-AB'
MN = A D '
NP = AC'

3) Por N traçamos a perpendicular a MP e toma­


mos nela altura que é o inverso de MP, isto é,
EF = h , .

4) Por F traçamos as paralelas a NP e NM. FGH


é o triângulo pedido.
CONSTRUÇÃO DE TRIÂNGULOS 25

E X E R C Í C I O S

1) Construir um triângulo equilátero, conhecendo a altura.

2) Construir um triângulo isósceles, conhecendo o perímetro e a altura, (ver problema n9 6).

3) Construir um triângulo conhecendo-se dois lados e a mediana relativa a um deles.

4I Construir um triângulo conhecendo-se dois lados e a mediana referente ao lado desconhe­


cido. (ver problema n9 7 — pág. 20).

5) Construir um triângulo conhecendo a base, um ângulo da base e a altura.

6) Construir um triângulo conhecendo dois lados e a altura relativa a um deles.

7) Construir um triângulo conhecendo a base, um ângulo da base e a soma dos outros dois
lados, (ver problema n9 11 — pág. 21).

8) Construir um triângulo retângulo conhecendo-se a hipotenusa e a diferença dos dois


catetos. (ver problema n9 12 — pág. 22).

9) Construir um triângulo conhecendo um ângulo e as duas alturas referentes aos lados que
formam o ângulo dado.

10) Construir um triângulo retângulo conhecendo a hipotenusa e altura que lhe corresponde.

11) Construir um triângulo retângulo conhecendo a hipotenusa e a altura referente à hipotenu­


sa.

12) Construir um triângulo conhecendo o perímetro e sabendo que seus lados são proporcio­
nais a très números dados a, b e c. (ver construção 7 — pág. 11).

13) Construir um triângulo retângulo, conhecendo-se um ângulo agudo e a soma dos dois
catetos. (ver problema n9 12 — pág. 22).

14) Construir um triângulo retângulo, conhecendo-se a mediana e a altura relativas à hipote­


nusa.

15) Traçar uma paralela às bases de um trapézio qualquer dado, de modo que o segmento
compreendido entre as diagonais tenha um comprimento dado.

16) Construir um triângulo retângulo, conhecendo um cateto e a soma du diferença da


hipotenusa e do outro cateto. (Sugestão: supor o problema resolvido e rebater a hipote­
nusa sobre o cateto desconhecido, obtendo assim um A retângulo cujos catetos são o
cateto dado e a soma ou diferença dada. Em seguida traçar a mediatriz da hipotenusa
desse triângulo auxiliar.).
26 CONSTRUÇÃO DE TRIÂNGULOS

17) Construir um triângulo retângulo conhecendo os raios r e R dos círculos inscrito e circuns­
crito. (Lembrar que hipotenusa 2R).

18) Construir um triângulo retângulo conhecendo um dos ângulos agudos e o raio do círculo
inscrito. (Lembrar que: soma dos caletos = 2R + 2r).

19) Construir um triângulo retângulo conhecendo um cateto e o raio do círculo inscrito.

20) Construir um triângulo retângulo conhecendo a soma dos dois catetos e o raio do círculo
inscrito.

21) Inscrever um triângulo num setor circular dado.

22) Construir um triângulo conhecendo-se um lado, o ângulo oposto a ele e a razão entre os
outros dois lados. ^

23) Construir um triângulo ABC conhecendo-se um ângulo A. o lado oposto e o perímetro 2p.
Sugestão: Supor o problema resolvido, rebater o lado AB para a esquerda e obter D no
prolongamento de AC. Verificar que ângulo BDA é igual a metade do ângulo A dado.
Rebater CB para a direita e obter E no prolongamento de AC. Vê-se, portanto, que
DE ■ perímetro dado e CE = lado dado.
27

Q U A D R I L Á T E R O S

A construção de quadriláteros recai na constru­


ção de triângulos.
Problema 17
Construir um trapézio conhecendo as duas ba­
ses e os outros dois lados.
Suponhamos o problema resolvido e seja ABCD
o trapézio pedido. Tracemos CE H AB e teremos:
CE = AB e AE = BC, donde ED = AD - BC.
Portanto, para obtermos o trapézio, construi­
mos inicialmente o triângulo auxiliar CED do qual
conhecemos os três lados. Em seguida, completa­
mos o trapézio. fig. 48

Problema 18
Construir um quadrado conhecendo a soma da
diagonal com o lado.
Resolvendo o problema algebricamente, tere­
mos:
L +d =s
L2 + L2 = d2 ou 2 • L2 = (s - L)2
donde: L = s > /2 - s
Vemos, portanto, que o lado do quadrado pro­
curado é a diferença entre a diagonal de um qua­
drado cujo lado é s e este lado s. Temos assim
uma construção fácil.
OUTRO PROCESSO
Supomos o problema resolvido e seja ABCD o
quadrado procurado (fig. 50). Prolonguemos a dia­
gonal AC de um comprimento CE = CD e unamos
o ponto D ao ponto E. Obtemos assim o A ADE,
onde AE - soma da diagonal com o lado,
EÂD = 45d e A Ê D = - ^ - -

Para obtermos o quadrado: construimos então,


o A auxiliar ADE (19 caso — pág. 18). O lado AD
desse triângulo será o lado do quadrado.
28 QUADRILÁTEROS

Problema 19
Construir um quadrado, conhecendo a diferen­
ça entre a diagonal e o lado.
Podemos também resolver este problema alge-
bricamente e obteríamos: L = s y /2 + s.
OUTRA SOLUÇÃO
1) Construimos um quadrado auxiliar MNPQ de
lado qualquer.
2) Tomamos PR = PQ e RA = d if. dada.
3) Por A traçamos a paralela ao lado MQ até en­
contrar a reta RQ em D.
, / fig. 51
AD sera o lado do quadrado pedido.

Problema 20
Construir um paralelogramo, conhecendo um
ângulo, o perímetro e a diagonal.
Seja ABCD o paralelogramo procurado. Com
centro em A e raio AB obtemos o ponto E. Temos:
ABE - Ê = y BÂD

O problema dado consistirá então em construir


o triângulo BDE, no qual DE = semi-perímetro do
paralelogramo, BD é a diagonal dada e Ê = metade
do ângulo dado BÂD. Construído o triângulo BDE,
obteremos o paralelogramo, traçando âng. EBA =
= âng. Ê e por B a paralela ao lado ED e por D a
paralela ao lado BA.

Problema 21
Construir um trapézio conhecendo as duas ba­
ses e as duas diagonais.
Seja ABCD o trapézio pedido. Tomamos, no
prolongamento da base maior, DE = AB = base
menor. Para resolver portanto o nosso problema,
basta construir um triângulo BCE cujos lados são
conhecidos: a soma das duas bases e cada uma das
diagonais dadas.
O btido esse triângulo, completamos o trapézio.
29

C I R C U N F E R Ê N C I A

Problema 22
i-1 Por três pontos dados não em linha reta passar
uma circunferência.
Sejam A, B e C os pontos dados.
Traçamos a mediatriz do segmento AB e do
segmento BC. 0 ponto de encontro das duas me-
diatrizes nos dá o centro da circunferência pedida.

Problema 23
De um ponto dado na circunferência, traçar a
tangente a ela.
Basta traçar a perpendicular ao raio que vai ter
ao ponto dado. Essa perpendicular será a tangente
pedida.

Problema 24
De um ponto dado, traçar as tangentes a uma
circunferência dada.
1) Unimos o ponto dado A ao centro 0 do círculo.
2) Traçamos a mediatriz de AO e com centro no
ponto médio M de AO e raio MO obtemos os
pontos B e C na circunferência.

AB e AC serão tangentes por serem perpendicu­


lares aos raios OB e OC, pois os ângulos ABO e
ACO são retos como inscritos num mesmo semi-
-círculo.

Problema 25
Dadas duas circunferências de raios R e R' e
centros O e O' traçar suas tangentes comuns.

19) Tangentes comuns exteriores:


1) Centro em O raio (R - R') traçamos uma
circunferência auxiliar.
30 CIRCUNFERÊNCIA

2) Do ponto O' traçamos as tangentes à


circunferência auxiliar e obtemos os pon­
tos B e C.
3) Unimos O a B e obtemos D. Com centro
em D e raio BO' obtemos o ponto D'.
Analogamente obtemos os pontos E e E\
As tangentes comuns exteriores são DD'
e EE\

29) Tangentes comuns interiores:


A construção é perfeitamente análoga, com
a única diferença de que a circunferência
auxiliar deve ter raio igual a R + R \ (fig. 58).
OBSERVAÇÃO
Conforme a posição relativa das duas cir­
cunferências dadas, o problema acima pode
ter quatro soluções (caso visto), três, duas
uma ou nenhuma solução.
Como aplicação do traçado das tangentes à
circunferência, resolvamos os dois seguintes
problemas sobre construção de triângulos: fig. 58

Problema 26
Construir um triângulo conhecendo-se dois la­
dos e a altura relativa ao lado desconhecido.

1) Tomamos AB, um lado dado, e com centro em


A e raio igual a altura dada traçamos uma
circunferência.
2) Do ponto B traçamos uma tangente à circun­
ferência.
3) Com centro em A e raio igual ao outro lado,
cortamos a tangente em C e C'.
Temos duas soluções: triângulos ABC e ABC'.

Problema 27
Construir um triângulo conhecendo-se um lado
e duas alturas.
CIRCUNFERÊNCIA 31

1? CASO
Uma das alturas é relativa ao lado dado.
1) Tomamos AB igual ao lado dado e traçamos
BD 1 AB e BD igual a altura relativa a AB.
2) Com centro em A e raio igual a outra altura,
traçamos uma circunferência e de B traçamos
as tangentes a essa circunferência.
3) Do ponto D traçamos a paralela a AB e vamos
obter os pontos C e C' numa e noutra tangente.
29 CASO
As duas alturas são referentes aos lados desco­
nhecidos.

1) Tomamos ABÍ igual ao lado dado e com centro


em A e B traçamos circunferências cujos raios
são as alturas dadas.
2) De A traçamos as tangentes à circunferência de
centro em B e de B traçamos as tangentes à
circunferência de centro em A. (fig. 61).
Obtemos duas soluções: triângulos ABC e ABC'.

SEGMENTO CAPAZ DE UM ÂNGULO DADO


Um segmento circular diz-se capaz de um ângu­
lo dado, quando todos os ângulos nele inscritos
são iguais ao ângulo dado.
Problema 28
Construir o segmento capaz do ângulo dado
tendo uma corda AB dada.
1) Tomamos ABC igual ao ângulo dado.
2) Traçamos a mediatriz de AB.
3) Traçamos por B a perpendicular ao lado BC até
encontrar a mediatriz de AB no ponto O.
4) Com centro em O e raio OB traçamos uma
circunferência.
O segmento circular capaz do ângulo dado é
ADB, pois ^
ADB = ~ = ABC
32 CIRCUNFERÊNCIA

Problema 29
Construir um triângulo conhecendo-se a base,
o ângulo oposto à base e a altura.
1) Construimos o segmento capaz do ângulo dado
e tendo AB por corda. AB é igual à base dada.
2) Tomamos na perpendicular a AB o comprimen­
to DE igual a altura dada e por E traçamos a
paralela a AB, que vai encontrar a circunferên­
cia em C.
O triângulo ABC é solução do nosso problema.
OBSERVAÇÃO
Devemos lembrar que, se duas circunferências
são tangentes, a reta que une os centros contém
o ponto de tangência das duas circunferências.

Problema 30
Traçar uma circunferência que passe por um
ponto dado A e seja tangente a uma circunferência
dada O num ponto dado B.
Traçamos a mediatriz de AB e unimos O a B
para obter o ponto C na reta OB.
C é o centro da circunferência procurada.

Problema 31
Traçar uma circunferência tangente a uma reta
r num ponto A e que passe por um ponto dado B.
1) Traçamos por A a perpendicular a r.
2) Traçamos a mediatriz de AB que vai encontrar
a perpendicular em O, centro da circunferência
procurada.

Problema 32
Traçar uma circunferência que passe por dois pontos dados A e B e seja
tangente a uma reta dada r.
Supondo o problema resolvido e aplicando um teorema da Geometria,
temos:
CÃ -CB = CÊ2
CIRCUNFERÊNCIA 33

Daí concluir-se que, para resolver o problema, basta determinar a média


proporcional entre CA e CB (construção 10). Temos, pois, a seguinte construção:
1) Tomamos CB como diâmetro de um círculo.
2) Traçamos AD perpendicular a CB.
3) Com centro em C e raio CD obtemos na reta os pontos E e E' que serão os
pontos de tangência das circunferências.
4) Traçamos por E e E' perpendiculares a r que irão encontrar a mediatriz de AB
em O e O', centros de duas circunferências que resolverão nosso problema.

0
IS
\
\ /
J' /-

^ 'T f s
/ í \ K )
/ \ \ s fX ' \ \ )
t / \ '

E' C E

fig. 66

Problema 33
Traçar uma circunferência de raio R tangente a uma reta dada e a uma
circunferência dada de centro O.
1) Tomamos AB perpendicular à reta dada t e AB igual ao raio dado R e traçamos
por B a paralela a t
2) Com centro em O e raio igual a soma do raio dado R e do raio da circunferência
dada, traçamos uma circunferência que corta a paralela traçada de B nos pontos
C e C', centros das circunferências procuradas.
34 CIRCUNFERÊNCIA

Problema 34
Traçar com um raio dado R uma circunferência tangente a duas outras.
circunferência de centro O e raio r.
Dados: < circunferência de centro O' e raio r'.
raio R.

1) De O e O' com centros e com raios respectivamente iguais:


a) às somas R + r, R + r*
b) às diferenças R - r, R - r '
c) a uma soma e uma diferença: R + r, R - r '
d) a uma diferença e urpa soma: R - r \ R + r ', descrevemos circunferências
que se cortam em 8 pontos A, A ', B, B', C, C', D, D' que serão os centros das
circunferências que satisfazem à condição imposta.
O problema tem no máximo o ito soluções.
JUSTIFICAÇÃO
Basta lembrar que duas circunferências são tangentes quando a distância
entre os centros é igual à diferença ou à soma dos raios.
CIRCUNFERÊNCIA 35

Problema 35
Traçar uma circunferência tangente a uma outra dada e a uma reta em
um ponto dado A.
1) De A traçamos a perpendicular à reta dada t e tomamos AB = AC = raio da
circunferência dada.
2) Unimos B a C ao centro O da circunferência dada.
3) Mediatriz de OB e obtemos E. Mediatriz de OC e obtemos F.
Os pontos E e F são os centros das circunferências pedidas.
JUSTIFICAÇÃO
Temos na fig. 69: OE = EB e como AB = OD, vem "ÈD = EA.

fig. 69_________________________________________________

Problema 36
Traçar quatro circunferências tangentes a três retas que se cortam duas a
duas.
1) Traçamos as bissetrizes dos ângulos CBD e BCI e obtemos o ponto O j, centro
da circunferência tangente às retas BC, AB e AC.
2) Analogamente, obtemos os pontos 0 2, 0 3 e 0 4.
OBSERVAÇÃO
As circunferências de centros O i, 0 2 e 0 3 dizem-se ex-inscritas ao triân­
gulo ABC e a de centro 0 4, inscrita.
36 CIRCUNFERÊNCIA

Problema 37
Traçar circunferências tangentes entre si e inscritas num ângulo dado BÂC.
Os centros dessas circunferências devem estar na bissetriz do ângulo.
1) Com centro na bissetriz traçamos uma circunferência qualquer tangente aos
lados do ângulo.
2) Do ponto D, onde a circunferência encontra a bissetriz, traçamos DE perpendi­
cular à bissetriz e obtemos E no lado AC do ângulo.
3) Com centro em E e raio ED obtemos F.
4) Traçamos por F a perpendicular a AC até encontrar a bissetriz em O', que é
centro de outra circunferência. E assim continuamos sucessivamente.
OBSERVAÇÃO
Podia ser im p osta^ condição de que uma das circunferências tivesse um
raio dado.

fig. 71

Problema 38
Por dois pontos dados A e B traçar circunferências tangentes a uma
circunferência dada de centro O.
1) Traçamos a mediatriz de AB e com centro num ponto qualquer desta traçamos
uma circunferência auxiliar que passe por A e B e corte a circunferência dada
nos pontos C e D.
2) Pelo ponto E de encontro de AB com CD, traçamos as tangentes à circunferência
dada O e obtemos os pontos de tangência T e T f.
3) Unimos T a O e obtemos O'. Unimos T ' a O e obtemos O ".
Os pontos O' e O " são os centros de duas circunferências que satisfazem ao
enunciado do problema
CIRCUNFERÊNCIA 37

JUSTIFICAÇÃO
O ponto E tem igual potência em relação aos três círculos de centros O,
0 'e Ml {círculo auxiliar), isto é, E é o centro radical dos três círculos.

fig. 72_________________ _______________________________________________________

Problema 39
Traçar uma circunferência que seja tangente a outra dada de centro dado
O, num ponto A e a uma reta dada r.
1) Por A traçamos a perpendicular ao raio OA da circunferência dada e obtemos
o ponto B na reta r.
Os centros das circunferências pedidas devem estar em linha reta com 0 e A
e como devem ser equidistantes de AB e MN, estarão nas bissetrizes dos ângulos
que AB faz com MN.
2) Traçamos a bissetriz do âng. ABN e obtemos C. De C traçamos a perpendicular
a MN e obtemos o raio CE da circunferência pedida.
3) Repetindo as mesmas construções com o ângulo ABM, obtemos C'D'.
38 CIRCUNFERÊNCIA

Problema 40
Traçar circunferências que passem por um ponto M e sejam tangentes aos
lados de um ângulo ABC.
1) Traçamos a bissetriz do ângulo dado.
2) Traçamos uma circunferência qualquer tangente aos lados do ângulo.
3) Unimos M a B e obtemos na circunferência os pontos E e E'.
4) Traçamos por M as paralelas a DE e DE' e obtemos os pontos O e 0 ' na bissetriz.
O e O' são os centros das circunferências que satisfazem ao enunciado do
problema.
JUSTIFICAÇÃO
O ponto B, vértice do ângulo dado, é o centro de homotetia dos círculos
de centros D (auxiliar), O í 0 ' e como E e M são pontos homólogos, temos
D E //O M .

Problema 41
Traçar uma circunferência que passe por um ponto dado A e que seja
tangente a duas circunferências dadas 0 e O'.
1) Traçamos uma tangente comum às duas circunferências dadas e unimos O a O'
para obter B na tangente. B é o centro de inversão das duas circunferências
dadas.
2) Unimos A aos pontos B e C.
3) Construimos âng. CDE = âng. CÂB ou traçamos uma circunferência por A, C e
D. De um modo ou de outro obteremos o ponto E na reta AB.
4) Traçamos fmalmente uma circunferência que passe por A e E e seja tangente à
circunferência O. Essa circunferência será tangente a outra O'.
Este problema pode adm itir quatro soluções: duas para cada tangente
comum traçada.
\

CIRCUNFERÊNCIA 39

JUSTIFICAÇÃO
Temos BC BD = BE • BA pela teoria de inversão.

Problema 42
Traçar circunferências tangentes a três circunferências dadas de centros
A, B e C e raios respectivamente a, b e c.
Suponhamos o problema resolvido e seja O o centro de uma circunferência
que satisfaça à condição pedida. Com centro em A e raio a-c e centro em B e raio
b-c, traçamos circunferências. Obtemos assim uma circunferência de centro O,
raio r + c, que passa por C e é tangente às circunferências traçadas. Daí a construção:
1) Centro em A e B e raios respectivamente a-c e b-c, temos duas circunferências
auxiliares.
2) Traçamos uma circunferência que passe por C e seja tangente às duas circunfe­
rências auxiliares (problema 41).
40 CIRCUNFERÊNCIA

Problema 43
Traçar uma circunferência que passe por um ponto dado A e seja tangente
a uma circunferência dada de centro O e a uma reta r.
Suponhamos o problema resolvido e seja M o centro da circunferência
pedida. H é o ponto de tangência das duas circunferências. Os pontos O, H e M
estão em linha reta. Tracemos por 0 a perpendicular a r e obtemos B e D. Unimos
B a H e obtemos F em r. Os triângulos isósceles OBH e MHF, têm os ângulos em
H iguais, logo os ângulos em F também são iguais, daí termos MF H BD ou MF
perpendicular a r, donde F ser o ponto de tangência da circunferência com r.
Temos: A BCH semelhante A BDF, donde: BC • BD = BH • BF e como
BH • BF = BE • BA, teremos BE • BA = BG • BD, isto é, BE é a quarta proporcional
a BC, BD e BA. (Constri/Ção 11). Determinado E, traçamos uma circunferência
que passa por A e por E e seja tangente a reta r. (Problema 32).
OBSERVAÇÃO
Temos duas soluções tomando o ponto E e mais duas tomando E'.
->-------------------- r

Problema 44
Traçar uma circunferência tangente a duas retas dadas BA e BC e a uma
circunferência dada de centro O e raio dado r.
Suponhamos o problema resolvido e seja M o centro da circunferência
pedida. Notemos que M é centro de uma circunferência de raio R + r, que passa por
O e é tangente a uma reta paralela a BA e dela distando um comprimento r. Daí
termos a seguinte construção:
1) Traçamos a reta t ^ B A distando dela um comprimento igual a r.
2) Achamos o simétrico de O em relação à bissetriz do ângulo dado ABC. Seja O'
esse simétrico.
CIRCUNFERÊNCIA 41

3) Traçamos uma circunferência que passe por O e O' (logo o centro estará na
bissetriz) e seja tangente a reta auxiliar t//B A .
4) Unimos M a O e obtemos o ponto D de tangência. Obteremos E traçando por
M a perpendicular a t.

E X E R C Í C I O S

1) Determinar o centro de uma circunferência ou de um arco dado.

2) Dada uma circunferência, traçar tangentes a ela, paralelas a uma reta dada.

3) De um ponto dado A, traçar uma secante a uma circunferência dada de modo que a
corda que ela intercepta na circunferência tenha um comprimento a. (Lembrar que
cordas iguais, distam igualmente do centro do cfrculo). (Podemos também resolver o
problema algebricamente e deduzir uma fórmula que deve ser interpretada).

4) Traçar três circunferências tangentes entre si e com raios R. R' e R".

5) Traçar três circunferências tangentes duas a duas e tendo como centros os vértices de um
triângulo ABC dado.

6) Traçar uma circunferência com raio dado e tangente a outra circunferência num ponto
dado A.

7) Traçar as tangentes a uma circunferência formando um ângulo dado. Corresponde a


determinar um ponto do qual um cfrculo seja visto segundo um ângulo dado.

8) Determinar um ponto donde dois círculos O e O' sejam vistos segundo um ângulo dado.

9) Dados dois pontos A e B, traçar por eles duas retas que sejam paralelas e que estejam a
uma distância d.

10) Traçar uma circunferência de raio R, que passe por um ponto dado A e que seja tangente
a uma reta dada.

11) Traçar uma circunferência com raio dado e que seja equidistante de três pontos dados
não em linha'reta.
42

RETIFICAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA

Consiste em determinar um segmento de reta cujo comprimento seja igual


ao comprimento de uma circunferência dada. Este problema só tem solução apro­
ximada.

19 PROCESSO
É m uito simples, mas pouco rigoroso.
1) Traçamos dois raios perpendiculares OB e OA.
2) Com centro em um ponto qualquer da circunferência e raio igual ao da circun­
ferência, marcamos D e E. Tomamos para comprimento da circunferência o
segmento: MN = 2(AEf + DE).
JUSTIFICAÇÃO
AB = lado do quadrado inscrito e DE = lado do triângulo equilátero
inscrito, logo:
AB = R \/2 (MN = 2R ( y /2 + > /3 ) = 2R (1.4142 + 1.732)
DE = R > /3 (M N = 2 R x 3.1462

0 erro cometido é por excesso e vale aproximadamente 0.0046 x 2R,


sendo portanto inferior a cinco milésimos do diâmetro.

29 PROCESSO
2?
Consiste em tomar o número - y para o valor de rr.

Tomaremos então para comprimento da circunferência o segmento:

MN = 2R - y - = 2(3R + y ) ou MN = 3.14285 x 2R

O erro cometido é por excesso e vale aproximadamente 0.00126 x 2R


isto é, inferior a dois milésimos do diâmetro do círculo.
RETIFICAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA 43

39 PROCESSO
1) Tomamos um diâmetro qualquer AB e traçamos por B e perpendicular a AB.
2) Com centro em B e raio BO traçamos o arco OC.
3) Traçamos a mediatriz de BC e obtemos o ponto D na perpendicular.
4) Marcamos DE = 3R.
5) Unimos E a A e tomamos AE como metade do comprimento da circunferência.
JUSTIFICAÇÃO
No A retângulo BMD, âng. MÉD vale 30°, logo BD = 2MD e BM = - 5 - • O

teorema de Pitágoras nos dá: BD 2 = MD 2 + BM 2 ou chamando BD de x:

x2 = ( f )2 + (-B -)2, donde x =

No A ABE: AE 2 = AB 2 + BE2 ou Ã É 2 = (2R ) 2 + (3R - )2

donde AE = R \ / 4 R - 2 > /3 = R V 9.869231719 ou AE = 3.14153 x R.

O erro é, pois por falta e inferior a um décimo milésimo do raio. Aproximadamente


erro = 6 x 10' 5 •R

fig. 80

49 PROCESSO
Este processo é devido a Specht e dá um resultado com uma aproximação
m uito bòa.
1) Traçamos um diâmetro qualquer AB e traçamos por A a perpendicular ao
diâmetro AB.
2) Tomamos AC igual ao diâmetro AB, isto é, A C - 2 R .
44 RETIFICAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA

----
3) Dividimos o raio OA em cinco partes iguais e tomamos CD = — R e DF = -f- R.
1 ---- 2
b 5
4) Tomamos AE = OD e traçamos por E a paralela à reta OF. Obtemos assim o
ponto G.
Tomamos AG = 27tR, isto é, tomamos AG como comprim ento da
circunferência dada. (fig. 81).

A CD F G

fig. 81

AC = 2R 11R
i I logo: AD = 2R +-B .
CD = 4 - R 5
b 13R
AF = 2R + 3
DF = - | Ft 5

ÃE = OD= v/ Ã Õ 2 +ÃD2 = R
b

JUSTIFICAÇÃO
Temos A AOF - A AEG Ã G = AF (— )
AG AE AO
Substituindo AF, AE e AO pelos seus valores indicados na figura acima,
teremos:
1 3 ^ /1 4 6
AG R = 2R (
25 50

Calculando a expressão entre parênteses obtemos o número 3,1415919


para o valor de 7r em vez de 3.1415926, que é o valor de 7T com sete casas deci­
mais. Vemos assim que o erro cometido é por falta e inferior a um milionésimo do
diâmetro.
RETIFICAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA 45

RETIFICAÇÃO DE UM ARCO DE CIRCUNFERÊNCIA

Retificar um arco AB de circunferência menor ou igual a 90°.


1) Traçamos o diâmetro AC e tomamos CD igual a do raio da circunferência.
2) Traçamos por A e perpendicular ao diâmetro AC.
3) Unimos D ao ponto B e obtemos E na perpendicular traçada.
AE é aproximadamente o comprimento do arco AB dado.
JUSTIFICAÇÃO
Usemos a fig, 83. De acordo com a construção feita, temos AD = — *R,
o ^
isto é, 2R mais — de R. No A ADE:

AE = AD • tg 0 = - j - R • t g / J ........ (1)

A lei dos senos no A OBD, nos dá:


0 D _ OB . 7R _ R . sen y
sen 7 sen0 4 sen 7 sen/J sen p 4

No A OBD: a = y +p ou y =a - P
Logo:
sen (& - P) J_
sen P 4

sen a • cos p - sen P • cos a 7


ou
sen p ” 4

sen o: 4 sen a
- cos a , donde tg/3
tg P 7 + 4cos a

Substituindo este valor em (1), obtemos

11 • sen a
AE
7 + 4 • cos a
46 RETIFICAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA

OBSERVAÇÃO

Pela Geometria, temos arco AB = ^ ‘


1800
Façamos as seguintes verificações para se ter uma idéia da aproximação
fornecida pelo processo visto.

1) Para a = 90°, teremos Ã Ê = - y - R = 1.57142 R e arco AB = | R = 1.57079 R.

O erro na construção é portanto por excesso e inferior a 0,0007 • R.


2) Para a = 45°, teremos AE = 0.7909R e arco AB = 0.7854R.
O erro é portanto aproximadamente 0.0055 - R.
/
Problema
Dividir um ângulo em um número n qualquer de partes iguais.
Para exemplo, façamos n = 5. Trata-se de uma construção aproximada
para n diferente de 2 ou potência de 2 .
1) Retificamos o arco AB do ângulo.
2) Dividimos o segmento AE, obtido na retificação do arco, em 5 partes iguais e
unimos os pontos de divisão ao ponto D.
O arco ficará dividido aproximadamente em 5 partes iguais.

Problema
Dividir um arco AB dado em partes proporcionais aos números a, b e c.
1) Retificamos o arco e obtemos o segmento AE.
2) Dividimos o segmento AE em partes proporcionais aos números dados.

Problema
Dado um segmento AE, determinar numa circunferência de raio R um
arco cujo comprimento seja igual a AE.
É o problema inverso da retificação. A solução não apresenta dificuldade,
bastando observar a fig. 82, na qual envez do arco AB, conhecemos AE.
47

DIVISÃO DA CIRCUNFERÊNCIA EM n PARTES IGUAIS

PROCESSO GERAL - DEVIDO A BION

1) Dividimos o diâmetro AB qualquer em n partes iguais.


2) Com centro em A e depois em B e raio AB, obtemos os pontos C e D.
3) Unimos o ponto C aos pontos de divisão 0, 2, 4, e 6 ou aos pontos 1, 3, e 5 e
obtemos os pontos A, E, F e G que dividem a circunferência.
4) Unimos o ponto D aos mesmos pontos em que unimos o ponto C.

fig. 85

POLÍGONOS REGULARES INSCRITOS E CIRCUNSCRITOS

POLÍGONOS ESTRELADOS

1) Dividindo-se uma circunferência em n partes iguais e unindo-se os pontos de


divisão, obtemos um polígono regular inscrito.
2) Traçando-se tangentes pelos pontos de divisão, obtemos um polígono regular
circunscrito à circunferência.
3) Unindo-se os pontos de divisão pulando duas, três, quatro ou mais divisões,
isto é, 2 a 2, 3 a 3, 4 a 4, . . . . p a p, poderemos obter um polígono estrelado.

O polígono estrelado é formado por uma linha poligonal contínua e se


obtém quando, partindo-se de um ponto de divisão qualquer, volta-se ao mesmo
ponto de partida após as uniões p a p, isto é, pulando p divisões.
48 DIVISÃO DA CIRCUNFERÊNCIA

1) Dividir uma circunferência em quatro partes


C
iguais e traçar os quadrados inscrito e circuns­
crito.
1) Traçamos dois diâmetros perpendiculares AB
e CD.
2) Unimos os pontos de divisão da circunfe­
rência e teremos o quadrado ABCD inscrito.
3) Traçando-se tangentes pelos pontos de divi­
são teremos o quadrado circunscrito. fig. 86

2) D ividir uma circunferência em seis partes iguais


e traçar os hexágonos regulares inscrito e cir­
cunscrito.
1) 0 ângulo central AÕB do hexágono regular
3fiDO
vale — - — ou 60°, daí ser equilátero o
o
triângulo AOB. Logo, para dividir uma cir­
cunferência em seis partes iguais basta mar­
car nesta, a partir de um ponto qualquer A,
seis vezes o raio.
2) Unindo-se os pontos de divisão obteremos
o hexágono regular inscrito ABCDEF e tra­
çando-se tangentes pelos pontos de divisão
teremos o circunscrito.

3) D ividir uma circunferência em três partes iguais.


Basta dividi-la em seis partes e unir os pontos
alternadamente e teremos o triângulo equilátero
inscrito BDF (fig. 87).

4) Dividir uma circunferência em cinco partes e


dez partes iguais.
1) Traçamos dois diâmetros perpendiculares AB
e CD.
2) Dividimos o raio OB ao meio e obtemos o
ponto M.
3) Com centro em M e raio MC, traçamos um
arco e obtemos o ponto E.
DIVISÃO DA CIRCUNFERÊNCIA 49

CE é o lado do pentágono regular inscrito.


OE é o lado do decágono regular inscrito.
JUSTIFICAÇÃO
No A COM, temos: CM2 = ( y >2 + R 2 don-

CM = -5- Na fig. OE = EM - OM = CM -

OM = -5- ( \ / 5 - 1) OE é pois o lado do decá-


gono regular. No A COE:

CE2 = OE 2 + OC2 = [-F- ( > /5 - 1) ] 2 + R2,

donde: CE = - y (10 - 2 \/~S ), que é o lado do

pentágono regular em função do lado.

OBSERVAÇÃO
Podemos também dividir uma circunferência
em dez partes iguais, lembrando-se que o lado
do decágono regular é o "segmento aureo" do
raio. Basta pois dividir o raio da circunferência
em média e extrema razão. (fig. 89).
1) Traçamos os raios perpendiculares OB e O A.
2) Tomamos o ponto médio de OB e traçamos
o AAO C .
3) Com centro em C e raio OC, obtemos D.
AD é o lado do decágono regular inscrito.

5) D ividir uma circunferência em doze partes


iguais. n r\
6
Basta traçar dois diâmetros perpendiculares
entre si AB e CD e dividir cada ângulo reto em
três partes iguais.
) D ividir uma circunferência em 15 partes iguais.
,.KvJ7 7

1) Tomamos AB = raio (lado do hexágono re­


gular) e BC = lado do decágono regular ins­
crito. Teremos, pois:
AÔB = 60o
BÔC = 36°,
50 DIVISÃO DA CIRCUNFERÊNCIA

logo: AÔC - 60o - 3 6 ° = 24°


que é o ângulo central do pentadecágono
regular inscrito na circunferência. Logo AC
é o lado deste polígono.

7) Dividir uma circunferência em sete partes iguais.


O processo é aproximado.
1) Traçamos um raio qualquer OA e traçamos
a sua mediatriz, que encontra o segmento
OA em M e a circunferência em B.
Tomamos BM com o^ado do heptagono re­
gular.
OBSERVAÇÃO
Podemos calcular o erro que se comete to ­
mando BM como lado do heptágono. Para isso
calculemos, pela Trigonometria o lado AB de
um polígono regular de n lados AB = L e
OA = OB = R e âng. AÕB = a 3600

Traçamos OM perpendicular a AB. No triângulo


OBM, temos: (fig. 93)
360°
BM = OB • sen-?- ou 4 - = R sen ou
2n
1800
L = 2R • sen

fórmula geral que nos dá o lado de um polígono


regular de n lados inscrito numa circunferência
de raio R.
Para n igual a 7, teremos L = 2R sen 360°
7
ou L « 0.8678 R.
Pela construção que fizemos acima tomamos
para lado do heptágono a altura do A eqüilátero
OBA. Logo:
L' = BM = = 0.8660 R.

O erro cometido na construção é pois: apro­


ximadamente L - L ' =0,0018R; é por falta e
inferior a 0,002R.
DIVISÃO DA CIRCUNFERÊNCIA 51

8 ) Dividir uma circunferência em nove partes


iguais.
1) Traçamos dois diâmetros perpendiculares AB
e CD.
2) Com centro em C e raio CO obtemos o
ponto E.
3) Com centro em D e raio DE obtemos F no
prolongamento do diâmetro AB.
4) Com centro em F e raio FC obtemos G em
AB. Tomamos AG como lado do eneágono
regular.
JUSTIFICAÇÃO
No A CED: DE = V 4 R * - R2 = R \ / 3 =DF
No A ODF: OF = \ / D F : - OD 2 = R \ p í
donde:
GO = GF - OF = DF - OF = R \ [ 2 - R \ f 2
e
AG = OA - OG = R [ 1 + \ f 3 - \ / 2 ] - 0.6822R.
A fórmula trigonométrica que vimos nos dá,
para n = 9: L = 2R sen 20°, donde L = 0.6850 R.
O erro cometido na construção é pois apro­
ximadamente 0.0028R. Trata-se de um erro por
fig. 94
falta e inferior a 0.003R.

9) Dividir uma circunferência em onze partes


iguais.
1) Traçamos dois diâmetros perpendiculares AB
e CD.
2) Tomamos o ponto médio M do raio OB e \E
unimo-lo a C.
3) Dividimos CM em duas partes iguais e obte-
I ^
mos CE que é aproximadamente o lado do a! 0 M ] b
polígono de onze lados.
JUSTIFICAÇÃO
Pela Trigonometria: D
L = 2 R sen-1255. = 2R sen 16Q2V49"
= 0.5635 R fig. 95
52 DIVISÃO DA CIRCUNFERÊNCIA

Pela construção feita:

L' = CÉ = -i-CM = -I n/ r 3 +-^- =-|->/5


L' = 0.5590R
O erro cometido na construção é por falta e
vale aproximadamente 0.0045R.

10) Dividir uma circunferência em treze partes


iguais.
1) Traçamos dois diâmetros perpendiculares AB
e CD. /
2) Dividimos o raio OC em quatro partes iguais
e unimos B à primeira divisão N, obtendo o
ponto E na circunferência.
AE é aproximadamente o lado do polígono
regular de treze lados.
JUSTIFICAÇÃO
Pela Trigonometria: L = 2R sen =

= 0.4786R
Pela construção feita:
AABEVABON 0u — - — (1)
AB AE

No A BON: BN - J H 1 +
4 4
Substituindo em (1):
AB-ON 2R
AE = = 0.4850 R.
BN
v n
O erro é por excesso e vale aproximadamen­
te 0.0064 R.

POLÍGONOS ESTRELADOS

Já vimos no que consiste um polígono es­


trelado. (pág. 47). Sendo n o número de divi­
sões da circunferência e p o número de divisões
puladas na união dos pontos, é fácil verificar
que unir os pontos de divisões p a p é o mesmo
DIVISÃO DA CIRCUNFERÊNCIA 53

que unir esses pontos (n - p) a (n - p). Além


disso, o número p deve ser primo com n para
dar polígono estrelado, daí a seguinte regra:
O número de polígonos estrelados que podemos
obter é igual ao número de números primos
com n menores do que -JJ- • Assim:

Para n = 6 , não há polígono estrelado.


Para n = 7, teremos dois polígonos estrela­
dos p = 2 {na fig. 98) e p = 3 (fig. 99).
Para n = 9, teremos dois polígonos estrela­
dos: p = 2; p = 4.

11) Construir um polígono regular, conhecendose


o seu lado.
A construção que faremos é geral, mas, para
exemplificar suponhamos que seja dado o lado
de um pentágono.
1) Construimos um pentágono regular auxiliar
qualquer.
2) Prolongamos um lado qualquer AB e toma­
mos AC igual ao lado do polígono dado.
3) Por C traçamos a paralela ao raio OA e
obtemos D no raio OB prolongado.
OD será o raio do pentágono regular pedido.
4) Com centro em O e raio OD traçamos uma
circunferência.
5) Unimos O aos vértices do polígono auxiliar
e obtemos os vértices do polígono pedido. fig. 100
54

CONCORDÂNCIA DAS RETAS E DOS ARCOS DE CÍRCULO

Regras de concordância:
1?) Dizemos que um arco e uma reta estão em concordância num ponto quando
a reta é tangente ao arco nesse ponto. Nesse caso, o centro do arco está na
perpendicular à reta tirada desse ponto.
O conjunto reta-arco deve formar uma só linha. (fig. 1 0 1 ).

2?) Dizemos que dois arcos estão em concordância num ponto qualquer quando
eles admitem nesse ponto uma tangente comum. Nesse caso, os centros dos
dois arcos e o ponto de concordância (de tangência) estão em linha reta.
(fig. 104). f

Problema 1
Concordar uma reta dada num ponto dado A com um arco que deve
passar por um ponto B dado.
1) Traçamos por A a perpendicular a reta.
2) Traçamos a mediatriz de AB até encontrar a perpendicular em O, que é o centro
do arco de concordância.

A
-------------------------------/
CO

fig. 101

Problema 2
Concordar duas retas r e s com um arco de raio dado R.
1) Traçamos CD perpendicular à reta r, sendo AB = CD = R.
2) Por A traçamos uma paralela a r e por D a paralela a s e obtemos o centro O do
arco de concordância.
CONCORDÂNCIA DAS RETAS E DOS ARCOS DE CÍRCULO 55

Problema 3
Concordar uma reta dada r num ponto dado A , com uma reta dada s por
meio de um arco.
1) Por A traçamos a perpendicular a r.
2) Prolongamos s até encontrar r em B.
3) Com centro em B e raio BA obtemos C, ponto de concordância com s.
4) A bissetriz do ângulo ABC encontra a perpendicular em O, centro do arco
pedido.

Problema 4
Concordar um arco dado AB no ponto B, com um outro arco que deve
passar por um ponto C dado.
Unimos 0 a B e traçamos a mediatriz de BC que encontra OB em O',
centro do arco pedido.
A curva ABC chama-se curva reversa.

Problema 5
Concordar duas semi-retas paralelas, nas suas origens A e B, por meio de
dois arcos em concordância entre si.
56 CONCORDÂNCIA DAS RETAS E DOS ARCOS DE CÍRCULO

19 CASO
As duas semi-retas têm sentidos contrários, (fig. 105)
1) Traçamos por A e B as perpendiculares às semi-retas.
2) Tomamos um ponto qualquer C em AB.
3) Traçamos as mediatrizes de AC e CB até encontrar as perpendiculares em O e O'
que são os centros dos arcos pedidos.
29 CASO
As duas semi-retas têm o mesmo sentido e temos b maior do que d.
1) Traçamos AM perpendicular a s. (MB = b na fig. 106).
2) Tomamos AD=BO<-^-*

3) Traçamos a mediatriz de DO até encontrar o prolongamento de AM em O'.


4) Com centro em O' e raio 0 'A traçamos o arco AC e com centro em O e raio OC
o arco CB.

É fácil concluir que OC = OB, o que justifica a nossa construção.


39 CASO
As duas semi-retas têm o mesmo sentido e temos b menor do que d.
1) Traçamos AM perpendicular a s. (fig. 107).
2) AC - BM = -b.
3) Traçamos a mediatriz de CM.
4) Com centro em O e raio OA traçamos um arco até encontrar a mediatriz em D.
5) De B traçamos a perpendicular a s até encontrar a mediatriz em O' que é o
centro do outro arco DB.
JUSTIFICAÇÃO
OA = OD = OC + CA = OC + MB
OD = MB + 0 'D
Logo: OC = O'D ou 0 'B = 0 'D .
CONCORDÂNCIA DAS RETAS E DOS ARCOS DE CÍRCULO 57

Problema 6
Concordar duas retas r e s por meio de um arco tangente a reta t.
O centro O do arco concordante é o ponto de encontro das bissetrizes dos
ângulos que r e s fazem com a reta f.

Problema 7
Concordar uma reta r com um arco de círculo dado AB por meio de um
arco de raio dado R.
1) Traçamos EF perpendicular a r e EF - R e traçamos por E a paralela a r.
2) Com centro em O e raio igual à soma do raio do arco AB com R, traçamos um
arco que encontra r em O', que é o centro do arco de concordância procurado.
58 CONCORDÂNCIA DAS RETAS E DOS ARCOS DE CÍRCULO

Problema 8
Concordar dois arcos dados de centros O e O' por meio de um outro
arco, conhecendo-se o ponto A de concordância com o primeiro arco.
1) Unimos O ao ponto A e marcamos AB = R', raio do outro arco.
2) Unimos B a O ' e traçamos a mediatriz de BO' que encontra a reta OA em C,
centro do arco concordante procurado, pois unindo C a O* vemos facilmente que
C A' = CA.

Concdrdar dois arcos dados de centros O e O' por meio de outro arco de
raio dado r.
1) Centro em O e raio R + r e centro em 0 ' e raio R' + r, obtemos o centro C de
um arco concordante com os arcos O e O'.
Unindo C a O e O', obtemos os pontos de concordância A e B.

Concordar as semi-retas AB e CD, não paralelas, nos pontos A e C, por


meio de dois arcos de circunferências.
1) Traçamos pôr A a perpendicular a AB e com um raio qualquer OA traçamos um
arco.
2) Traçamos por C a perpendicular a CD e marcamos CE = OA.
3) Traçamos a mediatriz de OE que vai encontrar a perpendicular CE em O'.
I

CONCORDÂNCIA DAS RETAS E DOS ARCOS DE CÍRCULO 59

A curva AMC chama-se curva composta.


4) Unimos O' a 0 e obtemos o ponto M de encontro dos dois arcos.
5) Centro em 0 ' e raio 0 'C = 0 'M , traçamo 9 o arco MC.

ALGUMAS APLICAÇÕES DO ESTUDO DE CONCORDÂNCIA

0 estudo da concordância de arcos tem aplicação no traçado de certas


curvas, como os arcos, as ovais, as espirais.
r
arcos plenos .......... f = -L
2

abertas < arcos a b a tid o s .......... f menor do que

CURVAS< arcos avíajados..........


^espirais policentricas .

fechadas -j ovais

Os extremos A e B do arco chamam-se nascenças do arco.


AB = vão = L
CD * flexa = í
0 arco chama-se aviajado ou esconso quando é formado pela concordância
de arcos e suas nascenças A e B não estão numa mesma horizontal.
60 CONCORDÂNCIA DAS RETAS E DOS ARCOS DE CÍRCULO

Problema
Construir um arco pleno sendo dado o vão AB.
Basta traçar a semi-circunferência cujo diâmetro é o vão. (fig. 113).

Problema
Traçar o arco abatido de três centros, dados o vão e a flexa.
1) Traçamos a mediatriz de AB e marcamos nela a flexa dada CD.
2) Marcamos CE = CD
3) Unimos A a D e marcamos DF = AE.
4) A mediatriz de AF encontra AB em 0 ' e o prolongamento de CD em O.
5) Tomamos CO" = CO'.
6) Centro em O e raio 0 & traçamos o arco GDH e centros em O' e O " arcos GA
e BH.

3
\ g^ -----F / ' *

/ A

A É\o* C /0 ' B
\ /
\ /
/
fig. 114 O

Problema
Traçar um arco aviajado dados os pontos de nascença A e B que se acham
sobre as verticais AS e BT.
1) Traçamos por A a perpendicular a BT e obtemos o ponto C.
2) Com centro em C e raio CB obtemos D no prolongamento de AC.
3) Traçamos a mediatriz de AD e com centro no ponto médio M de AD traçamos
o arco AE.
4) Por B traçamos a perpendicular a BT até encontrar a mediatriz em O.
5) Com centro em O e raio OE traçamos o arco EB.
JUSTIFICAÇÃO
Devemos provar que OE = OB. De fato:
MA = ME = MO + OE = CD + OE
e
MA = MD = MC + CD = OB + CD,
logo
OE = OB
CONCORDÂNCIA DAS RETAS E DOS ARCOS DE CÍRCULO 61

Problema
Traçar um arco aviajado conhecendo o ponto D de concordância dos
arcos, a tangente comum e as verticais r e s que passam pelos pontos de nascença.
1) Traçamos por D a perpendicular a t.
2) Traçamos as bissetrizes dos ângulos que r e s fazem com t e obtemos os pontos
Ò e 0 ' na perpendicular traçada por D.
3) De O traçamos a perpendicular a r e obtemos o ponto de nascença A e de 0 ' a
perpendicular a s, obremos o ponto de nascença B.
4) Com centro em O e raio OA traçamos o arco AD e centro em 0 ' e raio OD o
arco DB.
62

TRAÇADO DAS ESPIRAIS POLICENTRICAS

1) Espiral de dois centros A e B.


a) Prolongamos AB nos dois sentidos.
b) Com centro em B e raio BA traçamos o arco AC.
c) Com centro em A e raio AC, arco CD.
d) Com centro em B e raio BD, arco DE e assim por diante.

2) Espiral de três centros A, B, C.


a) Prolongamos os três lados do triângulo determinado pelos três pontos num
mesmo sentido.
b) Centro emA e raio AB, traçamos o arco BD.
c) Centro emC e raio CD, arco DE.
d) Centro emB e raio BE, arco EF e assim por diante.

fig. 118

3) Traçar a espiral de quatro centros A, B, C e D.


a) Traçado o quadrilátero ABCD, prolongamos todos os seus lados num mesmo
sentido.
b) Centro em A e raio AD, arco DE.
c) Centro em B e raio BE, arco EF.
d) Centro em C e raio CF, arco FG.
e) Centro em D e raio DG, arco GH e assim por diante.
ESPIRAL DE ARQU/MEDES 63

OBSERVAÇÃO
0 traçado das tangentes e normais às espirais policentircas faz-se facilmen­
te, pois essas curvas são constituídas de arcos de circunferências. Como exemplo,
traçamos a tangente e a normal num ponto M qualquer da espiral anterior,
(fig. 119). O raio DM é a normal e a perpendicular a DM em M será a tangente.

ESPIRAL DE ARQUIMEDES

É a curva plana descrita por um ponto M que se move com um movimento


uniforme sobre uma reta, enquanto esta gira uniformemente em torno de um de
seus pontos O, considerado fixo.
Os segmentos percorridos pelo ponto devem ser proporcionais aos ângulos
descritos pela reta móvel.
O ponto fixo chama-se polo e a reta OM que une o ponto móvel ao polo
chama-se raio vetor.
A parte da curva que corresponde a uma rotação da reta de 360°, chama-se
espira.
Passo é o segmento do raio vetor compreendido entre duas espiras conse­
cutivas. OA é o passo.
Parâmetro é o raio da circunferência que retificada é igual ao passo.
1) Traçado da espiral dado o passo OA.
a) Dividimos o passo OA em n partes iguais, fazendo o mesmo com a circun­
ferência cujo raio é OA.
b) Com centro em O e raios respectivamente 0 1, 0 2, 0 3 , 04, 0 5 , .........traça­
mos arcos de circunferência até encontrar os raios 0 1 ', 0 2 ', 0 3 ', 0 4 ', 0 5 '. . .
em pontos que unidos darão a espiral pedida.
64 TRAÇADO DAS OVAIS

2) Traçado da tangente num ponto qualquer M da curva.


a) Unimos o polo O ao ponto M dado e por O traçamos ON perpendicular a OM
e sendo ON igual ao parâmetro da espiral.
b) Unimos N a M e traçamos por M a perpendicular a MN. MN é a normal e a
perpendicular MT é a tangente.

Oval é uma curva fechada, constituída pela concordância de arcos de


circunferência. Podemos classificar as ovais:

f regular (ou falsa elipse): Apresenta dois eixos de simetria.


O VAL
^ irregular (ou oval propriamente dita): possui um sò eixo.

1) Traçar uma oval regular dados os dois eixos.


1) Traçamos ABJ_CD e iguais aos eixos.
2) Tomamos AE = OC e EF = OE.
O
3) Traçamos os triângulos equiláteros AMF e ANF.
4) Unimos M e N a F e obtemos O' e O".
5) Com centro em F e raio FM traçamos o arco MAN
6 ) Com centro em O' e raio 0 'M traçamos arco MCM.
7) Repetimos a construção para 0 ” e F \
TRAÇADO DAS OVAIS 65

JUSTIFICAÇÃO
Calculemos 0 'M e 0 'C em função dos semi-eixos dados OC e OA. Notemos
que o A OFO' é retângulo e tem ângulos de 3 0 ° e 60°, daí ser a hipotenusa o
dobro do cateto menor. Temos:

OF = OE f EF = (OA - OCI + (OA - OC) = - |- (OA - OC)


logo:
0 'M = 0 'F + FM = 2(OF) + AF = OF + OA =

= 4 (0 A - OC) + OA = 7 (0 A ~ 4(0C)
O O

0 'C = 0 0 ' + OC - OF V^3 + OC = — ^ (QA) ~ -( 4 ^ ~ 3*QC


3
0 'M - 0 'C - (7 - y / 4 \ / 3 ) (OA - OC)

erro = 0.024 (OA - OC)

Quanto à forma, podemos ter oval regular arredondada ou alongada.


2) Traçar uma oval regular arredondada, dado o eixo menor CD.
1) Traçamos a mediatriz de CD.
2) Tomamos OM = OM' = ~ OC.
3) Unimos C e D a M e M \
4) Com centro em C traçamos o arco GDH e com centro em D, o arco ECF.
5) Com centro em M arco FBG e com centro em M' arco EAG.
66 TRAÇADO DAS OVAIS

3) Traçar uma oval regular arredondada, dado o eixo maior AB.


1) Dividimos o eixo maior dado em três partes iguais.
2) Traçamos os triângulos equiláteros EFM e EFN.
3) Com centro em E traçamos o arco GAH e com centro em F o arco IBJ.
4) Com centro em M, o arco GJ e centro em N o arco Hl.

4) Traçar uma oval regular alongada, dado o eixo menor.


1) Tomamos CD como diagonal de um quadrado. Para isso traçamos a mediatriz
de CD e fazemos OM = ON = OC.
2) Com centro em C e raio CD traçamos o arco EDF e com centro em D, o
arco CGCH.
3) Com centro em M, arco GAE e centro em N arco HBF.

5) Traçar uma oval regular alongada, dado o eixo maior AB.


1) Traçamos a mediatriz de AB.
2) Dividimos OA e OB ao meio.
3) Traçamos os triângulos equiláteros MNE e MNF.
4) Com centro em M traçamos o arco GAH e centro em N o arco IBJ.
5) Com centro em E, arco HJ e centro em F arco Gl.
TRAÇADO DAS OVAIS 67

6 ) Traçar uma oval irregular de quatro centros dado CD (diâmetro do semi-círculo).


1) Traçamos a mediatriz de CD.
2) Centro em O e raio OC, obtemos os pontos A e E na mediatriz.
3) Unimos C e D ao ponto E.
4) Com centro em C, traçamos o arco DF e centro em D o arco CG.
5) Com centro em E traçamos o arco GBF.

7) Traçar uma oval irregular de quatro centros, dado o eixo AB.


1) Traçamos uma oval irregular de quatro centros auxiliar, tomando um diâme­
tro C 'D ' qualquer.
2) Traçamos BE = A 'B ' e BF = 0 'D \ Unimos E a F e traçamos por A a paralela
a EF e obtemos G • BG será a metade de CD.
3) Recaímos então na construção anterior, pois conhecemos o diâmetro CD.
VERIFICAÇÃO
0 eixo da oval deverá ser AB.

8 ) Traçar uma oval irregular de seis centros, dado o diâmetro CD do semi-círculo.


1) Traçamos a mediatriz de CD.
2) Tomamos CE = DF = 4 CD e GJ = 4 CD.
4 4
68 EVOLVENTE DO CÍRCULO

3) Unimos G a E e F e obtemos H e I na circunferência, cujo diâmetro é CD.


4} Com centro em E e raio ED, traçamos um arco até encontrar o prolonga­
mento de HG em L e analogamente, com centro em F e raio FC traçamos
o arco CK.
5) Com centro em H e raio HL, traçamos o arco LM e com centro em I e raio
IK # o arco KM.
6 ) Centro em J e arco MN.

OBSERVAÇÃO
O traçado das tangentes e normais às ovais não oferece dificuldade, pois é
feito como se fez para os arcos de circunferência.

EVOLVENTE DO CIRCULO

Evolvente do círculo é a curva descrita por um ponto A, fixo numa reta


que rola sobre uma circunferência, mantendo-se sempre tangente a ela e sem
escorregamento.
Traçado da evolvente de um círculo de raio dado.
1) Dividimos a circunferência em 12 ou um número maior de partes iguais e
traçamos as tangentes nos pontos de divisão.
2) Com centro em A e raio A L traçamos o arco L-1.
Centro em B e raio B1, arco 12.
Centro em C e raio C2, arco 23.
Centro em D e raio D3, arco 34.
Centro em E e raio E4, arco 45,
E assim por diante.
CURVAS CÍCLICAS 69

A normal num ponto M qualquer será o próprio raio corresponde Ml e a


tangente será o perpendicular à M l, traçada de M.

CURVAS CÍCLICAS

a) CICLOIDE
É a curva descrita por um ponto de uma^ircunferência que rola sobre uma
reta sem escorregamento.

1) Traçamos a tangente AS à circunferência num ponto A, que vai descrever a


ciclóide.
2) Dividimos a circunferência em n partes iguais (12 em nosso exemplo) e
traçamos paralelas a AS pelos pontos de divisões da circunferência.
70 CURVAS CÍCLICAS

3) Retificamos o arco A l e o marcamos 12 vezes em As a partir de A.


4) Para se obter um ponto qualquer da circunferência, tomamos o raio A3,
centro em 3' e cortamos a paralela traçada pela divisão 3 da circunferência.
Repetindo*se essa construção, obtemos outros pontos da curva que unidos
darão a ciclóide.

Tangente e normal à ciclóide num ponto qualquer N da curva

Unimos N ao ponto de contacto correspondente (4' no caso) e traçamos


por N a perpendicular a N4'. A perpendicular NT será a tangente. N 4' é a normal.
OBSERVAÇÃO
Convém notar que N 4' H A 8 , daí NT ^ 8 6 .
Podemos assim traçar tangentes à ciclóide paralela a uma reta dada r,
pois traçamos inicialmente A 8 perpendicular a r, bem como tangente num
ponto qualquer da curva, cujo ponto de contacto correspondente não se conhece.

b) EPICICLÓIDE
É a curva descrita por um ponto de uma circunferência que rola sobre
outra exteriormente, sem escorregamento.
A construção é perfeitamente análoga à da ciclóide.

1) Traçamos as duas circunferências tangentes em A e dividimos a circunferência


geradora em doze partes iguais.
2) Com centro em O' e raios que vão de O' até os pontos de divisão da
circunferência geradora, traçamos arcos.
3) Marcamos na circunferência O':
arco A 1 ' = arco 1r2 ' = arco 2'3 ' = arco 3 '4 ' * .......... = arco A1.
CURVAS USUAIS 71

4) Para se determinar um ponto qualquer M da curva, fazemos centro em 3'


Y com raio A3 e cortarinos o arco de centro O' que passa pela divisão 3 da

L circunferência. Repetimos essa construção e obteremos quantos pontos qui­


sermos da curva.
Tangente e normal num ponto N.
Unimos N ao ponto de contacto correspondente 4'. A perpendicular a
N4' por N será a tangente. A normal será N4'.

c) HIPOCICLÓIDE
É a curva descrita por um ponto de uma circunferência que rola sobre
outra, interiormente, sem escorregamento.
A construção da curva e o traçado da tangente e normal são perfeitamente
análogos ao da ciclóide e epiciclóide.

CURVAS USUAIS

ELIPSE
É o lugar geométrico dos pontos do plano cuja soma de suas distâncias a
dois pontos dados (focos) é constante.

Problema
Traçar uma elipse conhecendo-se o eixo maior e a distância focal.
1) Tomamos A A ' igual ao eixo maior e traçamos a mediatriz de A A '.
2) Marcamos OF = OF' = metade da distância focal dada.
72 CURVAS USUAIS

3) Com centro em F e F' e raio igual a OA obtemos B e B' na mediatriz de A A \


4) Tomamos um ponto qualquer C em OF e com centro em F e raio AC traçamos
um arco; com centro em F' e raio A'C traçamos outro arco que corta o anterior
em M, que é um ponto da elipse.

JUSTIFICAÇÃO
MF = AC
M F' = A'C, donde MF + M F' - AC + A'C = A A ' = 2a

Com construção análoga obtemos tantos pontos da elipse quantos qui­


sermos. Convém lembrar que para cada ponto C poderemos obter quatro pontos
da elipse, fazendo centro em F e F' com os raios AC e A'C.

Problema
Traçar uma elipse conhecendo-se dois diâmetros conjugados AB e CD e o
ângulo que eles formam.
Dois diâmetros de uma elipse chamam-se conjugados quando um deles
divide ao meio todas as cordas paralelas ao outro.
1) Tomamos AO = OB e OC - OD.
2) Traçamos uma circunferência com centro em O e raio OA e por O a perpendicu­
lar a AB que encontre a circunferência em E.
3) Tomamos um ponto qualquer F em OA e traçamos por ele a perpendicular a OA
que vai encontrar a circunferência em G.
4) Por F traçamos a paralela a CD e por G a paralela a CE. Essas paralelas cortam-se
no ponto H, que é um ponto da elipse. Repetindo-se essa construção para outros
pontos de AB, obteremos outros pontos da elipse. Para cada ponto H teremos
um ponto I da elipse, bastando tomar Fl = FH.
CURVAS USUAIS 73

Dada uma elipse, determinar o centro.


1) Traçamos duas cordas qualquer AB e CD paralelas.
2) Achamos os pontos médios M e N das duas cordas e unimo-los, obtendo assim
o diâmetro EF.
3) O ponto médio O do diâmetro EF será o centro da elipse.

Problema
Dada uma elipse, determinar os focos e os dois eixos.
1) Determinamos o centro O da elipse, (problema anterior).
2) Com centro em O e raio qualquer traçamos uma circunferência que corte a
elipse nos pontos C, D, E e G.
3) Traçamos o retângulo CDEG e por O traçamos as perpendiculares a CD e a CE.
A A ' e BB' serão os eixos.
4) Com centro em B e raio OA obtemos os focos F e F#.
74 CURVAS USUAIS

TANGENTES E NORMAIS A ELIPSE

Problema
Traçar a tangente a elipse.
a) De um ponto tomado na curva: M.
1) Unimos M a F e F ' e traçamos a bissetriz do ângulo SMF.
2) A bissetriz será a tangente e a normal será a perpendicular è bissetriz em M.
b) De um ponto P exterior à elipse.
1) Sabemos da Geometria que o simétrico do foco em relação à tangente à
elipse pertence ao ofrculo diretor do outro foco.
2) Com centro em P e raio PF traçamos uma circunferência.
3) Com centro em F ' e raio A A ' traçamos uma circunferência que corta a pri­
meira em G e G', simétricos do foco F em relação às tangentes.
4) A mediatriz de FG é uma tangente. Obtemos o ponto de contacto M, unindo
F ' a G.
5) A mediatriz de FG' é outra tangente. Unindo F' a G' obtemos M' de tangencia.

c) Paralela a uma reta dada R.


1) Com centro em F' e raio A A ' traçamos uma circunferência.
2) Por F traçamos a perpendicular a r que vai encontrar a circunferência em
G e G ' (simétricos de F em relação às tangentes).
3) A mediatriz de FG é uma tangente. Obtemos o ponto de tangencia M,
unindo-se F' a G.
4) A mediatriz de FG' é outra tangente e o ponto de tangencia é M'.

F'

/ ; ’

fig. 137
CURVAS USUAIS 75

Problema
Dada uma elipse pelo eixo maior e pelos focos, determinar as suas dire­
trizes (retas perpendiculares ao eixo maior e situadas a distância do centro).
1) Traçamos o eixo maior A A ' e os focos.
2) Traçamos a mediatriz de FF' e nela marcamos OC = OA = a.
3) Unimos F a C e traçamos por A a paralela a CF. Temos:
OF OC
ou
OA OE

4) Centro em O e raio OE obtemos D e D \ As perpendiculares a A A ' tiradas por


D e D' serão as diretrizes pedidas.

Construir uma elipse, conhecendo-se os dois focos e uma tangente.


1) Traçamos por F e perpendicular à tangente e marcamos NG = NF.
2) Unimos G a F \ Temos F'G = 2a = A A '.
3) Achamos o ponto médio de FF' e marcamos OA = O A' = a.
Recaímos assim na construção da elipse já vista anteriormente.
76 CURVAS USUAIS

HIPERBOLE

É o lugar geométrico dos pontos do plano cuja diferença das suas distân­
cias a dois pontos dados (fócos) é constante.
Condição de existência da hipérbole: FF' maior que A A '.

Problema
Construir uma hipérbole dada a constante A A ' = 2a e a distância focal
F F '» 2 c.

fig. 142

1) Tomamos OA = OA' = metade de A A ' e OF = OF' = metade de FF'.


2) Para se determinar um ponto M qualquer da curva, toma-se um ponto qualquer
C da reta F F ' exterior ao segmento FF'.
3) Com centro em F e raio AC traçamos um arco; com centro em F' e raio A'C
outro arco que corta o prim eiro em M, ponto da hipérbole pois: A 'C -A C = A A '.
Aproveitando-se o raio AG, fazemos centro em F e F ' e traçamos arcos para
cima e para baixo de FF' o mesmo fazendo com o raio A'C e centro em F \
4) Tomando-se outros pontos em FF' repetimos as mesmas construções e podemos
obter tantos pontos da hipérbole quantos quisermos.
Unindo-se esses pontos teremos a hipérbole.

Tangentes e normais à hipérbole

Traçar tangentes è hipérbole dada pela constante A A ' e pela distância


focal FF'.
CURVAS USUA/S 77

a) Num ponto M dado na curva.


1) Unimos M a F e F' e traçamos a bissetriz do ângulo FMF'.
2) Essa bissetriz é a tangente. A perpendicular à tangente no ponto M é a normal
a curva. (fig. 143).

b) Tangentes à hipérbole de um ponto exterior à curva.


1) Com centro em F' e raio A A ' traçamos um arco.
2) Com centro em P e raio PF traçamos outro arco que corta o anterior em G
e G' que são simétricos do foco F em relação às tangentes.
3) A mediatriz de FG nos dá uma tangente. Obtemos o ponto de tangencia M
unindo F' a G.
A mediatriz de FG' nos dá a outra tangente e F'G' o ponto de tangencia IVT.
O problema terá duas, uma ou nenhuma solução conforme a circunferência
de centro P corte o círculo diretor de F# em dois, um ou nenhum ponto.
{fig. 144).

c) Tangentes à hiperbole paralelas a uma reta dada r.


1) Com centro em F' e raio A A ', traçamos um arco (círculo diretor de F').
2) Traçamos por F a perpendicular a r que vai cortar o arco anterior em G e G \
simétricos de F em relação às tangentes procuradas.
3) As mediatrizes de FG e FG' são as tangentes pedidas.
Os pontos de contacto M e M' são obtidos unindo F' a G e F' a G'.
OBSERVAÇÃO
a) Se a perpendicular de F a r cortar o círculo diretor de F' em dois pontos G e
G', teremos duas tangentes. E o caso visto no problema anterior.
b) Se aquela perpendicular for tangente ao círculo diretor de F' teremos uma
só tangente, cujo ponto de tangencia é um ponto impóprio (ponto no
infinito). Essa tangente chama-se ASSINTOTA.
c) Se a perpendicular não cortar o círculo diretor de F', não teremos tangente
paralela à reta dada.
78 CURVAS USUAIS

PARÁBOLA

É o lugar geométrico dos pontos do plano que distam igualmente de uma


reta dada (diretriz) e de um ponto (foco) exterior à reta.

Problema
Traçar a parábola dada a diretriz r e o foco F.
1) Por F traçamos a perpendicular a r.
2) Para se determinar dois pontos da parábola tomamos um ponto C qualquer no
eixo OF a direita de A (ponto médio de OF) e por ele traçamos a paralela à
diretriz r; em seguida, com centro em F e raio OC, cortamos a paralela em M e
M' que são pontos da parábola, pois MF = MN = OC. Analogamente obtemos
outros pontos da curva que unidos darão a parábola.

N
Ml

0 n ,l C il
n l
i

fig. 147
CURVAS USUAIS 79

Tangentes e normais à parábola


a) De um ponto M tomado na curva.
1) Unimos M a F e traçamos por M a perpendicular à diretriz r.
2) A bissetriz do ângulo FMN será a tangente pedida.

N
S j
' \
4 . . .
'O F
fig. 148

b) Tangente de um ponto P exterior à parábola.


1) Com centro em P e raio PF traçamos uma circunferência que corta a diretriz
em G e G' (simétricos do foco em relação às tangentes).
2) As tangentes serão as mediatrizes de FG e de FG'. Obtemos os pontos de
contacto M e M' traçando por G e G' as paralelas ao eixo OF.

1) Traçamos por F a perpendicular a s e obtemos G na diretriz.


2) A mediatriz de FG será a tangente pedida. Obtemos o ponto de tangencia M,
traçando por G a paralela ao eixo OF.

A
/ G
/ / \
/ O / X
7 F
fig. 150 s r/
Problema
Construir uma parábola, conhecendo*se o fóco F e dois de seus pontos
M e N.
1) Com centro em M e raio MF traçamos uma circunferência.
2) Com centro em N e raio NF traçamos outra circunferência.
80 CURVAS USUAIS

A tangente comum às duas circunferências será a diretriz da parábola, pois


MF = MB e NF = NC. Recaímos em construção já vista.

fig. 151

Problema
Construir uma parábola conhecendo-se a distanciado foco a uma tangente
e raio vetor do ponto de contacto M.
1) Tomamos FG = 2d.
2) A mediatriz de FG é a tangente.
3) Com centro em F e raio igual ao raio vetor dado obtemos M na tangente.
4) Unimos M a G e traçamos por G a perpendicular a GM.
Essa perpendicular será a diretriz.

1) Construir uma elipse conhecendo-se:


a) Seus focos e um de seus pontos.
b) O eixo menor e um dos focos.

2) Construir uma parábola conhecendo-se:


a) seu parâmetro.
b) seu foco e seu vértice.
c) a diretriz e dois de seus pontos.
d) a subtangente e a ordenada correspondente.

3) Construir uma hipérbole dados:


a) seus focos e um de seus pontos.
b) seus eixos transverso e não transverso.
81

EQUIVALÊNCIA DE FIGURAS

1) Construir um triângulo equivalente a um quadrilátero qualquer dado.


Seja ABCD o quadrilátero dado.
1) Traçamos uma diagonal qualquer BD e por C a paralela a BD.
2) Prolongamos AD até encontrar a paralela em E. Temos que o triângulo
BDE é equivalente ao triângulo BCD (mesma base e mesma altura). Logo, o
triângulo ABE é equivalente ao quadrilátero ABCD.

2) Construir um triângulo equivalente a um pentágono qualquer dado ABCDE.


1) Unimos um vértice qualquer A aos vértices C e D.
2) Prolongamos o lado CD e traçamos por B a paralela a AC e obtemos B \
3) Traçamos por E a paralela a AD e obtemos E'.
0 triângulo A B 'E ' tem área igual a do pentágono dado ABCDE.

3) Construir um triângulo equivalente a um Polígono regular qualquer.


1) Tomamos CD = n • AB = 2p.
2) Tomamos EF perpendicular a CD e EF =O M “ a.
Área triângulo = área polígono = p • a (semi-perímetro x apótema).
82 EQUIVALÊNCIA DE FIGURAS

4) Construir um quadrado equivalente a um retângulo dado ABCD.


0 lado do quadrado será a média proporcional das duas dimensões do
retângulo dado.
1) Com centro em A e raio AC obtemos o ponto E.
2) Tomamos EB como diâmetro de uma circunferência
3) Prolongamos AC até encontrar a circunferência em F. AF é o lado do qua-
drado porque: A F 2 = AE • AB = AC • AB

5) Construir um quadrado cuja área seja o dobro, o trip lo ou o quádruplo da de


um quadrado dado ABCD de lado a.
1) Com centro em A e raio AC obtemos E.
AE = AC = a i / 2 A E 2 = 2a2
2) Prolongamos BC até encontrar EF em H.
AH = \ / AE 2 + HE 2 ou A H 2 = 3 ■a2
AH é o lado do quadrado de área tripla.
3) Analogamente:
AJ = a >/4~ ou A J 2 = 4 • a2
AJ é o lado do quadrado de área quádrupla.
AL = a > /5 , logo A L 2 = 5 - a2

K 1

F
G

R
C tí\_. L
\ \
\ \
\

fig. 157 >\ D E J


EQUIVALÊNCIA DE FIGURAS 83

6 ) Construir um quadrado equivalente a soma ou a diferença de dois quadrados


dados de lados a e b.
É uma aplicação direta do teorema de Pitágoras.
1) Construimos o triângulo retângulo cujos catetos são a e b. A hipotenusa c
desse triângulo será o lado do quadrado pedido.
2) No caso da diferença: Basta construir um triângulo retângulo tomando o lado
maior como hipotenusa e o outro lado como cateto.

/\
b
C
ka /
fig. 158
7) Construir um retângulo conhecendo-se uma das dimensões a e cuja área seja
igual à área de um quadrado de lado L.
Seja ABCD o quadrado dado.
1) Marcamos AE = a (dimensão dada do retângulo).
2) Unimos E ao ponto B e traçamos por D a paralela a BE e obremos o ponto
F no lado AB.
3) A outra dimensão do retângulo será AF, pois:
AF
ou AB 2 = A F -A E
AB AE

8 ) Dado um retângulo, construir outros retângulos cujas áreas sejam o dobro, o


triplo, o quádruplo da sua área.
1) Construimos um quadrado cuja área seja igual à do retângulo dado.
2) Recaímos no problema 5. (pág. 38).
84 EQUIVALÊNCIA DE FIGURAS

9) Construir um triângulo equilátero equivalente a um triângulo dado ABC.


1) Construimos o triângulo equilátero ACD e traçamos a altura DE desse
triângulo.
2} Tomamos DE como diâmetro de uma circunferência.
3) Por B traçamos a perpendicular a DE e obtemos o ponto G na circunferência
e F em DE.
4) Com centro em E e raio EG obtemos o ponto H em DE. Por H traçamos as
paralelas a AD e DC. O triângulo HIJ é equilátero e equivalente ao triângulo
ABC dado.
JUSTIFICAÇÃO

_ El
A HEI ~ A ADE: —
DE AE El
EF AE
A EFG ~ A DEG: EG
DE EG
EG - HE e
logo:
A E -E F -E I-H E ou área A ABC = área A HIJ.

10) Construir um triângulo conhecendo-se uma altura e sabendo-se que ele é


equivalente a outro triângulo dado ABC.
1) Com centro em B e raio igual à altura dada traçamos um arco.
2) Do ponto A traçamos a tangente ao arco e por C e paralela a AB e obtemos
o ponto D.
O triângulo ABD é equivalente ao triângulo dado ABC, pois tem base igual
(AB) e altura igual.
EQUIVALÊNCIA DE FIGURAS 85

11) Construir um quadrado equivalente a um círculo dado de raio R. (Quadratura


do círculo).
A solução é aproximada. Devemos ter:
ttR2 = L2 ou L2 = (n R )-R
Vemos pois, que o lado do quadrado é a média proporcional entre o raio R
da circunferência e a metade do comprimento da circunferência.
1) Tomamos AB = metade do comprimento da circunferência. (Ver retifica­
ção pág. ).
2) Tomamos AC = R.
3) Traçamos uma circunferência tendo CB como diâmetro.
4) Traçamos AD perpendicular a CB e teremos: AD 2 = AC A B = R(7í R)

12) Construir um círculo equivalente a um quadrado dado ABCD.

Devemos ter L 2 = 7t R2 donde R = —- — = 0.564 L


y/H
Fazemos a seguinte construção:
1) Tomamos o ponto médio M do lado AD e unimô-lo ao ponto C.
No triângulo CMD, temos: CM2 = L 2 + - ou CM = ou
CM 4 2
= 0.559 L
2
86 EQUIVALÊNCIA DE FIGURAS

Cft/1
Vemos assim que podemos tomar —- — como raio do círculo equivalente ao
quadrado dado, cometendo um erro aproximadamente de 0.005- L por falta.

B ------------ c

1 7
nT " D
fig. 163 ^

13) Por um ponto D sobre um lado de um triângulo ABC, traçar uma reta que
divida esse triângulo em duas figuras equivalentes.
1) Unimos D a C e traçamos por B a paralela a DC que vai encontrar o
prolongamento de AC em E.
2) Achamos o ponto médio M de AE.
O triângulo ADM e o quadrilátero BDMC são equivalentes, pois:
Área A ADM = y - Ã M - • h, (1 )

A A D C -A A B E : ^ ou Ã Ê -tu -à C -h
AE n
Substituindo em (1), vem:

Área A ADM = A ^ ' h = Área do A ABC.


4 2

OBSERVAÇÕES
a) Se o ponto D fo r o ponto médio de AB, M coincidirá com C.
b) Se AD for menor que DB, o ponto médio M será exterior a AC.
Traçamos, então, por M a paralela a BE que encontra BC no ponto N.
Teremos o triângulo BDN equivalente ao quadrilátero ADNC. (fig. 165).
EQUIVALÊNCIA DE FIGURAS 87

JUSTIFICAÇÃO
Unindo-se o ponto M a D, o triângulo ADM é equivalente à metade do
triângulo ABC. (caso visto e provado). Provemos que o triângulo ADM é
equivalente ao quadrilátero ADNC. Para isso, basta provar que o triângulo
PCM é equivalente ao triângulo PDN. Consideremos o trapézio MNDC
(fig. 166). Tracemos NH perpendicular a DM e Cl perpendicular a DM. Te­
remos:
A MPN ~ A PCD: — = — ou PM • CÍ - PD-NH ou
PD Cl
A PCM equivalente ao A PDN.

c) De um modo geral, podemos traçar pelo ponto D retas que dividam o


triângulo ABC em n partes equivalentes, bastando para isso dividir o
segmento AE em n partes iguais e repetir as construções indicadas.

14) Dividir um triângulo ABC em n partes equivalentes, por meio de paralelas à


base.
Para exemplo, façamos n = 3.
1) Traçamos AD perpendicular a AC e igual à altura h do triângulo dado.
2) Dividimos AD em 3 partes iguais: DE = EG = GA.
3) Traçamos uma circunferência cujo diâmetro seja AD.
4) Traçamos por E e G as perpendiculares a AD.
5) Com centro em D e raios respectivamente DF e DH, obtemos os pontos M
e N em AD donde tiramos as paralelas ao lado AC.
88 EQUIVALÊNCIA DE FIGURAS

JUSTIFICAÇÃO

Á re a A (1 ): DF 2 = DM 2 = D Ê -D Ã = -5 --h ou = JL ou 2 Ü =

ÁreaA(1) = - ^ j ^ - = b ^ ^ 'h = um terço da área do A ABC.


2 -3 -3 o

Área A (1) + A (2) = - • h %/—- • b = da área do


2 2 3 3 6 3 A ABC.
Logo, a área do trapézio (2) é igual a um terço da área do triângulo ABC.

15) Construir um círculo equivalente à metade de um círculo dado de raio OA.


1) Traçamos a mediatriz do raio O A do círculo dado e marcamos nela
BM = AM.
2) OB é o raio do círculo procurado, pois:

■ÕB2 = Õ M 2 + B M 2 = 2 ( 4 p > 2 ou 2 - Õ B 2 = O A 2 o u n •Õ Ã 2 = 2-tt Õ B 2

16) Construir círculos equivalentes ao dobro, ao triplo, ao quádruplo, etc. de


um círculo dado de raio OA.
1) Traçamos por A a perpendicular ao raio OA.
2) Tomamos AC = AO.
3) Tomamos CE = CB, depois EF = ED, etc.
OC é o raio do círculo de área dupla.
OE o raio do círculo de área tripla, OF o raio do círculo de área quá­
drupla

JUSTIFICAÇÃO

No A AOC: ÕC 2 = Õ Ã 2 + ÃC 2 = 2 -Õ Ã 2
logo: 77 -ÕC 2 = 2 • 77 - ÕÃ 2
EQUIVALÊNCIA DE FIGURAS 89

No A OAE: OE2 = OA 2 + AE 2 = OA 2 + 2 • OA 2
logo: OE 2 = 3 • OA 2 donde ir • OE2 = 3 • tt • OA 2 e assim por diante.

17) Dividir um círculo de raio OA em n partes equivalentes por meio de círculos


concêntricos.
Para exemplo do processo, façamos n = 3.
1) Dividimos OA em 3 partes iguais e traçamos uma circunferência cujo
diâmetro é OA.
2) Pelos pontos de divisão de OA traçamos perpendiculares a OA e obtemos
D e E na circunferência.
3) Com centro em O e raios OD e OE traçamos as circunferências pedidas.
JUSTIFICAÇÃO
Õ D 2 =Õ B -Õ Ã = - l - . Õ Ã 2
O

Õ Ê 2 = ÕC ■Õ Ã = •Õ Ã2

18) Dividir uma coroa circular em duas coroas equivalentes. São dados R e r.
1) Construimos o triângulo retângulo OAB cujos catetos são OA = R e
AB = r.
i
90 EQUIVALÊNCIA DE FIGURAS

2) Traçamos a mediatriz de OB e marcamos nela MN = OM.


3) Com centro em O e raio ON, traçamos a circunferência que divide a coroa
dada em duas outras equivalentes.

JUSTIFICAÇÃO
No A OMN: ON 123456 = C)M2 +~MN2 = 2 •‘ÕM 2 = 2 (-— -)2

ON 2 = - ~ (R 2 + r2 )

Área coroa (1) = 7rO A 2 - 7rO N 2 = rrR 2 - ir-^- (R 2 + r2)


4
= 2 n (R 2 ~ f2 ) = metade da ^rea da coroa dada.

1) Construir um triângulo equivalente a um quadrado dado:


a) O triângulo deve ser retângulo.
b) O triângulo deve ser isósceles.
c) O triângulo deve ser equilátero.

2) Construir um retângulo equivalente a um trapézio dado.

3) Construir um quadrado equivalente a um triângulo dado.

4) Construir um.quadrado equivalente a um trapézio dado.

5) Construir um círculo equivalente à soma de dois círculos dados.

6) Construir um círculo equivalente à soma de três círculos dados.


91

CONSTRUÇÃO DE FIGURAS SEMELHANTES

1) Construir um triângulo semelhante a outro e tendo um perímetro dado.


Basta dividir o perímetro em partes proporcionais aos lados do A dado.

2
2) Construir um retângulo semelhante a outro, sendo — a razão de semelhança.
O
1) Seja ABCD o retângulo dado.
2) Dividimos AD em duas partes iguais e marcamos AM - MD - DE, e traçamos
por F a perpendicular a AE até encontrar a diagonal AC prolongada, no
ponto F.
AEFG será o retângulo pedido.

seja j - ■

Seja ABCDE o polígono dado.


1) Dividimos AE em três partes iguais e marcamos AM = 7 dessas partes.
2) Traçamos por M a paralela a DE até encontrar o prolongamento da diagonal
AD em N.
3) Por N traçamos a paralela a DC até encontrar o prolongamento da diagonal
AC em P.
E assim por diante.
92

ALGUNS PROBLEMAS DE INSCRIÇÃO DE FIGURAS

1) Inscrever um quadrado num triângulo qualquer dado ABC.


1) Construimos um quadrado BCDE, tendo o lado BC do triângulo como seu
lado.
2) Unimos D e E ao vértice A do triângulo de obtemos F e G no lado BC.
3) Por F e G traçamos perpendiculares a BC e obtemos H em AB e I em AG.
FGHI é o quadrado pedido.
JUSTIFICAÇÃO

A A H I ~ A ABC: ü l - = A t L
BC AB
A A H F^A A B D : ü t s
BD AB
donde: -ÍÜ- = e como BC = BD vem Hl = HF.
BC BD

guio cujos lados medem m e n.


1) Construimos um retângulo tendo BC por base e semelhante ao retângulo dado.
2) Para isso tomamos: BD = m e BE = n e traçamos por C a paralela a DE
para obter G na perpendicular a BC traçada de B.
3) Completamos o retângulo e obtemos F.
4) Unimos F e G ao vértice A e obtemos os pontos H e I em BC por onde
traçamos perpendiculares a BC para obter J e K. HIJK é o retângulo pedido.
ESCALAS 93

3) Inscrever num semi-círculo dado um quadrado.


1) Tomamos o diâmetro AB do semi-círculo dado como lado de um quadrado
ABCD.
2) Unimos C e D ao centro 0 do semi-círculo e obtemos os pontos E e F na
circunferência.
3) Por E e F traçamos as perpendiculares a AB e obtemos G e H no diâmetro
AB. EFGH é o quadrado pedido.

ESCALAS - CONSTRUÇÃO DE UMA ESCALA GRÁFICA

Escala numérica é a razão existente entre um comprimento qualquer ab


no desenho e o comprimento real AB representado por ab.
Assim, se um comprimento de 13 metros está representado no desenho
por 2 ,6 cm, a escala desse desenho será:
e= 1 :5 0 0
1300 500 °L

De um modo geral: e= donde


ab = e • AB

Considerando que a figura desenhada e o objeto que ela representa são


figuras semelhantes, concluímos que a escala é a razão de semelhança das duas figu­
ras.

A escala numérica é, em geral, representada por uma fração cujo numera-


dor é a unidade e cujo denominador é 10 ou 5 ou m últiplo de 10 ou de 5.
94 ESCALAS

ESCALA GRÁFICA

E dada por um segmento de reta por meio do qual pode-se determinar


um comprimento real, conhecendo-se o comprimento correspondente no desenho.
É a representação gráfica de uma escala numérica.
Temos:
simples ou ordinária

{ decimal ou das transversais

Problema
Construir a escala gráfica ordinária para a escala numérica 1 :5 0 . A razão
1 : 50 chama-se também tftu lo da escala gráfica.
Na escala dada, 1 metro é representado por 2 cm.
Numa reta marcamos: AB = BC = CD = .......... = 2 cm
Tomamos a origem em B, que passa a ser O e numeramos as divisões
seguintes. A divisão BA à esquerda será dividida em 10 partes iguais.
Teremos, pois:
BC = CD = DE = . . . representando 1 metro.
BN = 0* 1 AB representando 0.1m ou 1 dm.

Problema
Construir uma escala de transversais cujo tftu lo é 1 :2 5.
Na escala dada, 1 metro será representado por 4 cm.
Adotaremos para representar 1 m, um comprimento de 4 cm.
ESCALAS 95

A construção é a seguinte:
1) Tomamos AB = BC = CD = DE = ....................... = 4 cm.
2) Dividimos AB em dez partes iguais.
3) Traçamos por A, B, C, D, E . . . as perpendiculares à reta AE.
4) Marcamos na perpendicular tirada de A ; dez vezes um comprimento qualquer
A1 e traçamos pelos pontos assim obtidos 1, 2, 3, 4 . . . . 9 e M as paralelas a AE.
5} Tomamos ON = B1, unimos N a B e traçamos pelos outros pontos de divisão de
AB as paralelas a BN. Teremos assim também OM dividido em 10 partes iguais.

Na escala construída, os segmentos AB = BC = CD etc. representarão a


unidade (1 metro no caso); B 1 será 0 . 1 da unidade, isto é, I dm e mn representará
0,06 da unidade, pois:
mn Bm mn = °J L p 3 . mn = 0,06 ü
ON ÕB
OB 0 ,1 - AB OB
Como exemplo de aplicação da escala construída, o segmento PQ nela
marcado representará 3,58u ou sejam 3,58 metros no nosso caso.
PROBLEMAS DIVERSOS

1) Dados duas polias A e B cujos centros distam entre si de 220 cm e acham-se sobre uma
linha inclinada de 60° sobre a horizontal; a polia A inferior, tem 8 raios e o diâmetro de
40 cm e a polia B tem 10 raios e o diâmetro de 80 cm. Desenhar as polias, construindo
graficamente o ângulo de 60°. Indicar por traços singelos os raios e as cambotas. Assinalar
os pontos de tangencia de uma correia cruzada que aciona as duas polias. Fazer o desenho
na escala de 1:20 — (ver pág. 30).

2) Por um ponto P fora de uma hipérbole traçar as duas tangentes a essa hipérbole,
marcando-lhes os pontos de contacto sem traçar a curva. São dados a diferença constante
2a, a distância focal 2c e a abscissa e ordenada do ponto P. — (ver pág. 76).

3) Construir uma escala gráfica de transversais de título 1:25 e assinalar sobre a mesma os
segmentos correspondentes aos seguintes valores: AB =3,83; CD =1,07 e EF =2,35.
(ver pág. 94).

4) Dado o vão de 12 m entre duas paredes, traçar um arco de três centros com flecha de 5 m.
Desenho na escala de 1:100. — (ver pág. 60).

5) Em um círculo são dados o raio R, igual a 40 mm e uma corda AB, de 50 mm. Pede-se
medir graficamente, com aproximação compatível com a precisão do desenho executado
em escala natural, o ângulo compreendido entre a corda AB e o raio que passa pelo
ponto A, adotando o radiano como unidade de rnedida angular. — (ver pág. 42 e 94).

6) Construir graficamente na escala de 1:200 e em desenhos independentes, os heptágonos


estrelados regulares inscritos numa circunferência de círculo que passa pelos três pontos
A, B e C. — (ver pág. 52).

7) Por um ponto dado traçar as tangentes a uma circunferência dada, sem usar o centro da
circunferência. — (Traçar pelo ponto uma secante qualquer e determinar a média
proporcional entre a parte externa e a secante inteira. Essa média proporcional será a
tangente).

8) Inscrever um quadrado num triângulo dado qualquer ABC. — (ver pág. 92).

9) Dadas duas retas AB e CD convergentes (ponto de intersecção fora do desenho) assim


como um ponto externo P, traçar pelo mesmo uma terceira reta convergente ao ponto
de intersecção das outras duas. — (ver pág. 15).

10) Retificar uma circunferência. — (ver pág. 42).

11) Traçar duas circunferências passando por um ponto A e cada uma tangenciando os dois
lados de um ângulo dado. — (ver pág. 36).

12) Construir um triângulo equivalente a um círculo. — (ver pág. 85).

13) Dividir um segmento AB em média e extrema razão. — (ver pág. 13).


14) Traçar uma circunferência que seja tangente a outra num ponto dado e também tangencie
uma reta dada. — (ver pág. 36).

15) Descrever sobre uma corda AB o segmento capaz de um ângulo dado. — (ver pág. 31).

16) Uma elipse é determinada pelos seus focos e pelo eixo maior. Pede-se traçar a elipse e
traçar uma tangente paralela è reta MN, determinando o ponto de contacto. — (ver
págs. 72 e 74).

17) Traçar as tangentes externas a duas circunferências. Uma delas passa pelos pontos A, B e C
e conhecemos a distância entre os centros e o raio da outra.

18) Dados dois trechos de estrada de rodagem AB e CD retilíneos e paralelos, estabelecer a


concordância dos mesmos por curvas reversas, composta de dois arcos de circunferência,
assinalando os respectivos centros. — (ver pág. 56).

19) Traçar uma estrela regular de sete pontas, situando os vértices salientes e reintrantes
respectivamente em circunferências de 4 e 2 cm. — (ver pág. 50 — questão 7).

20) Traçar uma circunferência passando por dois pontos dados A e B e tangente a uma
circunferência dada com o centro em O. — (ver pág. 36).

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