Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 116

O jornalista Moacyr Jorge paulistano,

nascido em Vila Mariana, iniciou suas


atividades em 1948, no jornal "A Hora",
como repórter policial. Provou a inocên-
cia de José dos Santos, um preto quase
cego, acusado de matar Adélia Verone-
si, num terreno baldio, depois da gara-
gem de ônibus do Jabaquara. As pes-
quisas de Moacyr Jorge, levaram o
advogado dr Pedroso Horta, a pedir a
anulação da condenação e o preto José
dos Santos foi colocado em liberdade.
Nos anos de 1949 a 1951 foi repórter
político da Câmara Federal (Palácio
Tiradentes) e do Senado (Palácio
Monroe) no Rio de Janeiro, até a volta
de Getúlio Vargas, ao Palácio do Catete
em 1951. Voltou para São Paulo,
ingressando como repórter de polícia
no jornal "A Platéia", de propriedade do
sr. Adhémar de Barros. Trabalhou, em
seguida, no jornal "A Noite" que era
dirigido pelo ex-ministro do Trabalho,
Francisco de Castro Neves. Em 1954,
passou a trabalhar para a "Última
Hora", de Samuel Wainer. Em 1957,
ingressou nos "Diários Associados",
como repórter geral, tendo viajado por
todo o Brasil. Em 1959, fez reportagem
em Uberaba, com Chico Xavier e em
1960 documentava as operações de
"Zé Arigó", em Congonhas do Campo.
Escreveu, então, seu primeiro iivro "Ari-
gó, a verdade que abala o Brasil", um
dos livros mais vendidos no ano de
1964. Em 1966, ingressou no jornal
"Notícias Populares", onde permanece
até hoje, escrevendo reportagens e
mantendo duas colunas diárias: "Coisas
do Outro Mundo" e "Umbanda e Can-
domblé", recebendo milhares de cartas
de todo o Brasil, pois "NOTÍCIAS
POPULARES" tem grande vendagem
em todo território nacional. Sua coluna é
transmitida por várias emissoras de rá-
dio brasileiras. Agora, Moacyr Jorge,
escreve este segundo livro, que é o
resultado de suas pesquisas em terrei-
ros de Umbanda, ouvindo médiuns,
doentes e chefes-de-terreiros. Desen-
volve violenta campanha contra os
terreiros desonestos, de macumbeiros
que tapeiam o povo e exploram o sofri-
mento humano. Dá apoio aos terreiros
de Umbanda pura, de amor, que não
cobram nada, nem dão listas de comi-
das e bebidas para agradar exus. Dá
apoio a Umbanda sadia, que procura
evoluir e que procede com dignidade,
respeitando o sofrimento e o desespero
populares, sem mistificações, sem viga-
rices, sem exploração da credulidade
pública.
A EDITORA
MOACYR JORGE

COISAS
DO
OUTRO MUNDO

NOVA MENSAGEM EDITORIAL LTDA


Rua Engenheiro Ranulfo Pinheiro Lima, 141
Bairro do Ipiranga - Fone.- 272-6221
São Paulo
Copyright by
0 a
Moacir Jorge - Dez 1978. 1 edição

Direção Editorial - Luciano Napoleão da Costa e Silva

Assistente - Myrian Madeu

Capa e Desenhos - Mizabel Gardim - (Mairinque - S.P.)

Fotolito da C a p a - S.S. Fotolito Ltda.

Diagramação - Adelaide Kamazuka

Direitos autorais desta edição reservados para


o Brasil, Portugal e todos os países da língua
portuguesa, por NOVA MENSAGEM EDITO-
RIAL LTDA.- Rua Eng. Ranulfo Pinheiro Li-
ma, 141 (Bairro do Ipiranga) - Fone: 272-62
21 - São Paulo - Brasil.
À minha esposa e médium
Maria Aparecida Rosa
E aos meus filhos
Soraya Sabina e Moacyr Jorge Júnior

Homenagem póstuma a minha mãe


Francisca Augusto Narciso Jorge.

Falecida com obsessão no hospital do Juqueri em


Franco da Rocha, no ano de 1.952.

Agradecimento ao professor Ebrahim Ramadan, dire-


tor de Notícias Populares e Professor da Escola de
Jornalismo Cásper Libero, que muito nos tem presti-
giado, neste árduo trabalho.

O AUTOR
Se o seu passado foi trevas, dentro das trevas poderá
surgir uma luz. E a chance que o Pai concede.

(P.Z.)
Era noite de 31 de dezembro de 1974. Nós saía-
mos da redação às 20 horas. Antes de tomarmos o
ônibus para casa, paramos no bar do "Miranda", per-
tinho da redação de NOTÍCIAS POPULARES, na ala-
meda Barão de Limeira. Pedimos um refrigerante. Ao
nosso lado, estava um homem com uma camisa finís-
sima, com o dedo cheio de anéis, tomando uísque. De
repente, para nosso espanto, o homem de aparência
rica, nos dizia:
- O dr. Marcondes Machado quer falar com o
senhor.
- Só conheci um Marcondes Machado. O sena-
dor e ex-ministro do Trabalho, Alexandre Marcondes
Machado Filho. Entrevistei-o várias vezes quando era
repórter da Câmara Federal e do Senado.
- Não é esse. Ele morava em Gopoúva, Guaru-
lhos. Era médico. Está me dizendo que quer falar com
o senhor... Diz que fundou o Sanatório Bela Vista, em
São Paulo. Foi colega do dr. Emílio Ribas.
A conversa foi encerrada. Minutos depois, o
homem ricaço, queria agredir-nos, dizendo:
- O senhor jogou moscas no meu uísque. Isso é
muita maldade. Eu não levo desaforo para casa.
O copo de uísque não tinha mosca alguma. O
dono do bar, o sr. Miranda, foi chamado e confirmou:
"não há mosca nenhuma no seu uísque". Para não
criar confusões, tomamos o refrigerante e fomos para
casa. No dia 2 de janeiro de 1975, o homem ricaço,
industrial em Guarulhos, procurou-nos para pedir
desculpas. Disse-nos, que era médium e não freqüen-
tava. Falou-nos, contristado, que essa mediunidade,
não desenvolvida, já o envolvera em encrencas e

5
vexames. Mas, alguma coisa nos estava reservada
naquela comunicação espiritual no bar do Miranda.
Dias depois, aparecia na redação, de NOTÍCIAS
POPULARES uma sobrinha do dr. Marcondes
Machado, trazendo-nos o livro sobre a obsessão (fal-
sa loucura) tese que ele defendera na Faculdade de
Medicina do Rio de Janeiro, em 1922, diante de cate-
dráticos de mente empoeirada, sustentando a existên-
o
cia de dois tipos de loucura: 1 ) FÍSICA OU ORGÂNI-
CA, quando o doente tem lesão cerebral e a cura é
o
impossível; 2 ) ESPIRITUAL OU OBSESSÃO OU
POSSESSÃO, quando o doente não tem lesão
cerebral, nenhuma anormalidade no cérebro (ele-
troencefalogramas negativos), mas muda o comporta-
mento e a personalidade, quando sua mente e seu
corpo são dominados por espíritos maus, perversos,
que o levam a ter uma conduta de desequilibrado
mental.
Essa tese corajosa do médico paulista, de Pinda-
monhangaba, dr. Brasílio Marcondes Machado, foi
rejeitada. Até hoje, doentes com falsa loucura lotam os
sanatórios psiquiátricos, sem terem loucura nenhuma
comprovada. Doentes com falsas doenças, chegam
ao desespero e são tratados com calmantes tóxicos.
Os médicos, por ignorância, ingenuidade, sem mal-
dade, alimentam as "indústrias de psicotrópicos",
fazendo-os tomar calmantes que nada resolvem.
Quando os exames dos doentes são negativos, os
médicos apelam para a advinhação: é "doença dos
nervos", "é imaginação", "está inventando doença".
Um médico psiquiatra do Rio de Janeiro, dr. Jorge
Alberto, disse na TV Globo, no "Fantástico - O Show
da Vida", numa entrevista à repórter Márcia Mendes
que "o povo estava perdendo a fé na Medicina, pois

6
70% das doenças são imaginárias". Isso é uma menti-
ra do tamanho do Pão de Açúcar. Não existem doen-
ças imaginárias. Existem, sim, doenças causadas por
espíritos que se aproximam dos viventes na Terra,
neste planeta de incompreensões, de injustiças, de
falsa sabedoria, de falsa cultura e pouca educação.
Espíritos que estão se vingando de injustiças recebi-
das na vida presente ou em vidas passadas. Espíritos
que causam doenças, sem o saberem, ao se aproxi-
marem dos familiares que deixaram na Terra. Esses
espíritos, não o fazem por maldade. Muitas vezes pen-
sam estar ajudando os filhos ou as esposas em que se
encostaram. Outras vezes, avós amantíssimos, pen-
sam estar ajudando os netinhos, que eram razão de
imensa felicidade. A aproximação de espíritos da
família é chamada pelo povo de ENCOSTO mas, não
é. Nos casos de ENCOSTOS, os espíritos se aproxi-
mam e se afastam em 10 ou 15 minutos. As pessoas
vivas bocejam seguidamente, quando se dá o
ENCOSTO. Os casos de ENCOSTOS GRAVES cha-
mam-se INDUÇÃO ESPIRITUAL. Os espíritos se
aproximam e ficam dentro de casa, sem serem vistos.
Ficam, permanentemente, junto da pessoa que mais
amavam, transferindo os sintomas da doença que lhes
causou a morte. Os parentes sofrem e os exames são
negativos. Esses espíritos permanecem na casa,
vivem entre todos da família, pois não acreditam que
estejam mortos, já que continuam ouvindo, falando, e
vendo tudo que se passa em seu redor. Estranham
apenas, que não são atendidos quando falam aos
filhos, irmãos, irmãs, ou esposas. Falam e não são
ouvidos. Mexem em objetos e não são observados.
Passam na frente dos filhos ou das esposas sem
serem notados. Esses espíritos provam que o sofri-
mento físico não termina com a morte. Continuam em
7
sofrimento por não terem resgatado todas as dívidas,
durante a passagem pela vida terrena. Sofrem por não
ter-se esgotado o carma (pagamento de erros, crimes
e injustiças cometidas). Esse sofrimento, depois da
morte física, a Igreja Católica chama: "Almas do pur-
gatório" ou "Almas penadas". A verdade é que, a
comunicação desses espíritos, prova que o sofrimento
não cessa depois que o corpo baixa à sepultura.
Enganam-se os que pensam que a morte é o fim das
tormentas, que tudo termina em nada, em pó. Os que
fizeram os outros sofrerem, sofrem depois da morte fí-
sica. Recebem de volta o mal que fizeram (o chamado
retorno). A isso os Budistas chamam de CARMA (toda
ação tem uma reação, igual e contrária). Ninguém fica
impune aos crimes cometidos. Crimes que, muitas
pessoas, sequer imaginam tê-los praticado. Crimes,
que não foram cometidos com facas, nem com revól-
veres, mas considerados graves perante a Justiça
Divina. A destruição de lares, a provocação de doen-
ças por falta de alimentos, a morte de crianças que
não puderam tomar leite sadio; as misérias causadas
pela ganância, pelo egoísmo, pela ambição, a corrup-
ção de menores, cujos pais não podiam custear estu-
dos, por terem salários deprimentes; a morte dos que
não puderam comprar remédios; os lares destruídos
pela maledicência. Todos esses atos impunes diante
da "Justiça dos Homens", não passam despercebidos
diante da Justiça de Deus. Uma Justiça que ninguém
conseguirá enganar.

8
OS TRAIDORES DO ESPIRITISMO
Os traidores do Espiritismo deturpadores do
Evangelho cuspiram nos ensinamentos de Allan Kar-
dec, deixando de fazer desobsessões, doutrinação e
afastamento de espíritos. Viraram as costas ao sofri-
mento, as lágrimas de milhares de brasileiros, com fal-
sa loucura, falsa epilepsia e falso esquisofrenismo.
Desrespeitam os ensinamentos do médico dr. Bezerra
de Menezes, cujo filho, com falsa loucura, ia ser inter-
nado como louco e foi curado, numa sessão de
desobsessão, num Centro Espírita da Gamboa, no Rio
de Janeiro. O dr. Bezerra de Menezes, após a cura de
seu filho, escreveu o livro "A LOUCURA SOB NOVO
PRISMA", que os traidores nunca leram ou não o
levaram a sério. Ofendem a memória de um médico
corajoso, o dr. Brasílio Marcondes Machado de Pin-
damonhangaba, quem em 1922, diante de catedráti-
cos cariocas defendia a tese espírita da desobsessão,
numa época em que se declarar espírita era ser tacha-
do de louco. Tapeiam os doentes, dizendo que
somente os "passes magnéticos" e a leitura do Evan-
gelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, curam
os doentes com obsessão. O passe melhora, mas não
cura. A leitura do Evangelho não traz benefícios, à
quem está com o cérebro perturbado, por obsessores. P9
Os doentes não assimilam nada do que lêem. É preci-
so, em primeiro lugar afastar os espíritos e depois
recomendar o Evangelho, para que os doentes se
reformem intimamente e não fiquem mais sujeitos aos
ataques de espíritos maus e vingativos. Só depois de
afastados os espíritos maus é que se deve recomen-
dar aos doentes pensamentos sadios, positivos, evitar
palavrões e ambientes de baixa moral, que favorecem
a aproximação de espíritos dominados pelos vícios,
perversos cheios de maldades. Só depois da desob-
sessão deve-se recomendar ao doente que substitua
o ódio pelo amor, pelo perdão; que substitua o egoís-
mo pela fraternidade humana; a ambição pelo come-
dimento, a vaidade pela simplicidade; o orgulho pela
humildade, pela caridade, procurando ajudar os
irmãos em dolorosa provação, que suplicam a mão
amiga que os levantem. Os traidores do Espiritismo
tapeiam os doentes, levando-os a um maior desespe-
ro. Esses doentes, em estado aflitivo, procuram a
Umbanda, onde, na maioria dos terreiros, só fazem
roubalheiras, vigarices e tapeações. Esses doentes
desprezados pelo Espiritismo, são tapeados com
cobranças de consultas, com listas de comidas e
bebidas para agradar exus e pombas-giras nas encru-
zilhadas, matas ou cemitérios. Despachos ou "entre-
gas" para exus e pombas-giras é uma grande malan-
dragem. Os doentes são roubados nos terreiros e, se
reclamarem, recebem ameaças de terem suas vidas
arrasadas com macumbas. Pais-de-santo e mães-de-
santo roubam e ameaçam suas vítimas, se forem
denunciados à polícia. Os Centros Espíritas são cul-
pados por essa situação criada aos doentes e muitos
deles, também desiludidos com a Umbanda, recor-
rem ao suicídio ou são internados em sanatórios psi-
quiátricos.

10
Chico Xavier era "coroinha" e católico. Só entrou
para o Espiritismo, apesar de sua vidência e de todos
os fenômenos que lhe aconteciam, quando sua irmã
apresentou sintomas de obsessão (falsa loucura) e foi
curada no Centro Espírita de dona Carmem Perácio,
lá em Pedro Leopoldo, depois de afastados os espíri-
tos obsessores. Com a cura de sua irmã, Chico Xavier
dedicou-se de corpo e alma a doutrina espírita, estu-
dando o Evangelho. Antes, Chico Xavier continuava
católico. Os traidores do Espiritismo deviam pergun-
tar, se é verdade ou não o que estamos afirmando.
Querer dar o Evangelho Segundo o Espiritismo para
os doentes, com as mentes conturbadas por obsesso-
res, é o mesmo que presentear a um cego com um
livro tipográfico. Numa pesquisa, que fizemos em
terreiros de Umbanda no interior do Estado de São
Paulo, todos os chefes-de-terreiros começaram nos
Centros Espíritas Kardecistas (mesa branca) e foram
obrigados a abandonar, por receberem espíritos de
Caboclos, Pretos Velhos, índios ou Baianos. Jesus
não fez discrição de Espíritos. Allan Kardec não ensi-
nou essa separação odiosa, desumana, estúpida,
anti-cristã. Só os sem vergonhas, ignorantes, fanáticos
que se infiltraram no Espiritismo, cometem essa pati-
faria, essa monstruosidade. Fizeram essa discrimina-
ção e hoje praticam um espiritismo sem médiuns, sem
espíritos, "água e açúcar", na base da exibição da
oratória. Palavras bonitas, exibicionistas, não curam
ps obsedados.

MALDIÇÃO DE MACUMBEIRO IMORAL


Olívia Pereira da Rocha, residente em Cidade
Jardim Cumbica, está com um grave problema de

11
possessão. A possessão se dá quando o espírito per-
verso domina o corpo e a mente do doente, transfor-
mando-o em um autômato. O espírito é que dirige
todas as vontades, todos os atos. Dona Olívia relatou
seu problema aos médiuns Joel José Pereira e dona
Denise Pereira, da Tenda de Umbanda "Cacique Sete
Matas", na rua Rio Pardo, 2 1 , na Vila Ema:
- Estou sofrendo há 16 anos. Tudo começou
depois que meu pai morreu. Até o fim de seus dias foi
atormentado por espíritos. Depois, começaram a
apresentar sintomas de loucura, minha irmã caçula e
meu irmão. Ambos morreram no Hospital de Franco
da Rocha, no Juqueri. Com a morte de meus irmãos
passei a viver com perturbações. Perdia os sentidos
sem desmaiar e andava dia e noite, sem parar, pelas
estradas, até perder as forças. Eu morava no sítio de
meu pai na cidade de Bananal, no Vale do Paraíba.
Parece que essa foi a maldição de um pai-de-santo,
macumbeiro, que discutiu com meu pai. Tenho crises
nervosas violentas e agrido quem estiver na minha
frente. Só gosto de tomar banhos e me perfumar.
Esmalto as unhas, pinto o rosto e uso jóias. Tiro
dinheiro do meu marido para comprar jóias, esmaltes,
perfumes. Passei a tomar cervejas e champanhes.
Não tenho força na mão esquerda. Quando vou subir
uma escada, fico sem saber qual o pé que devo colo-
car primeiro. Sinto mau cheiro, como se tivesse carni-
ça dentro de casa. Quando tenho crises e o espírito
perverso se apodera do meu corpo, fico com as duas
mãos em forma de garras. Sinto frio e durmo com
cobertor, embora esteja uma noite muito quente. Às
vezes, não durmo na cama com meu marido. Passo
as noites em claro, andando de um lado para outro,
abrindo e fechando as portas dos armários, guarda-

12
roupas. Não deixo ninguém dormir. O espírito que
toma o meu corpo briga com toda a família e diz que
ninguém presta. Levanta calúnias contra minhas filhas
e meu marido. Diz que enganou meu marido nos
negócios. Tem dias que esse espírito não me deixa
falar com ninguém. Ele me xinga de palavrões e diz
que vai me matar. Tudo que estou contando é o que
minhas filhas me falam. Eu perco os sentidos e fico
inconsciente dia e noite. Quando recupero os sentidos
não me lembro de nada. Minhas filhas é que me con-
tam o que esse espírito faz e fala quando toma o meu
corpo. Ele diz que vai me levar com ele e já tentou me
matar duas vezes. Na primeira vez, fez com que eu
bebesse formicida com refrigerante. Na segunda vez,
jogou-me no poço de 13 metros, mas meu marido,
com a graça de Deus, salvou-me. Estou muito fraca,
pois não me alimento. Minhas filhas me dizem que
como feijão e arroz cru. Não como alimentos cozidos
e bem preparados. Esse pai-de-santo que era inimigo
de meu pai, jurou vingar-se. Ele fazia orgias no seu
terreiro, fazendo as filhas-de-santo dançarem com os
seios para fora. Meu pai brigou com ele e disse: -
"Minhas filhas nunca pisarão nesse terreiro imoral".
Meu pei morreu louco, dois de meus irmãos morreram
no Juqueri, meu outro irmão suicidou-se, enforcando-
se com uma corda em 1960. Estou sendo a nova víti-
ma, sofrendo há 15 anos. Pelo amor de Deus, ajude-
me. a) Olívia Pereira da Rocha, Cidade Jardim Cumbi-
ca, Guarulhos, Estado de São Paulo.
Os médiuns Denise Pereira e Joel José Pereira já
retiraram 21 exus. Manifestou-se o irmão que se
enforcou em 1960, em uma das médiuns. Dona Olívia
Pereira da Rocha continua em tratamento.

13
VIU FANTASMA NO QUARTO
Joaquim Raimundo da Silva, de 61 anos, resi-
dente na rua Miosótis, na Praia Grande, perdeu a fé na
Medicina, depois de muitos tratamentos sem resulta-
do. Ele foi procurar a cura espiritual na Tenda Espírita
de Umbanda "Mãe Cabocla da Guiné" e contou a mé-
dium dona Cecília Barbosa seu grave problema:
- "Tudo começou no dia 15 de agosto de 1977.
Repentinamente, meu coração disparou. As batidas
aceleradas do coração, me'deixaram apavorado. Fui
procurar um médico cardiologista e ele pediu eletro-
cardiograma e radiografia do coração. Quando fui
saber o resultado, o médico ficou intrigado. Os resul-
tados eram negativos. Eu passei a ver vultos (espíritos)
no meu quarto. Durante o dia tinha dor de cabeça e
tonturas. Ficava completamente zonzo. Não dormia.
Às vezes passava a noite toda acordado, tinha medo
de morrer de noite. Como não sentisse melhora
nenhum com os tratamentos apelei a médium Dona
Cecília Barbosa. Com a graça de Deus e a força espi-

14
ritual de Mãe Cabocla da Guiné, estou me sentindo
bem. Já pareço outra pessoa. Venho da Praia Grande
para São Paulo, uma vez por semana e tenho me sen-
tido bem. Não tive mais problemas com o coração,
não vejo mais vultos no quarto e durmo tranqüilamen-
te."

MULHER VESTIDA DE VERMELHO


As aventuras amorosas de certos homens, resul-
tam mal. As amantes procuram mandar macumbas
para deixarem doentes as esposas dos amantes. A
maioria dos terreiros de Umbanda, de vigaristas e
malandros aceitam esses trabalhos de maldade. O
relato de Rita M. S. da cidade de Piracicaba, confirma
isso: na carta dirigida ao médium Sr. José Benedito da
Silva, da Tenda "Nosso Senhor do Bonfim", da cidade
de Conchas, no Estado de São Paulo:
- "Há cinco anos que venho sofrendo muito. Meu
marido tinha uma amante e eu descobri, através de
uma carta anônima, a qual mostrei a ele. Depois disso,
meu marido a abandonou. Não demorou muito come-
çou a beber. A minha vida foi cada dia mais para trás.
Nada mais nos deu certo. Passei a ficar doente e já fiz
uma série de exames e radiografias, com resultados
negativos. Sinto forte dor de cabeça e dores na espi-
nha. Tenho dores no estômago. Minhas mãos e meus
pés estão sempre gelados. Sinto muita angústia e
choro sem motivo o dia inteiro. Não tenho ânimo para
nada. Quando me deito para dormir, vejo um espírito
de mulher, vestida de vermelho. Esse espírito dá uma
gargalhada horrível e anda pela casa. Perco o sono e
fico com muito medo. Meu corpo esquenta, parece
que estou numa fogueira. Já percorri muitos terreiros

15
de Umbanda e pedem muito dinheiro. Não tenho
dinheiro para pagar o que eles pedem. Por amor ao
Nosso Jesus Cristo, espero uma ajuda dos seus bon-
doso guias de luz. a) Rita M. S., Piracicaba, Estado de
S. Paulo."
Ainda da cidade de Piracicaba, o médium José
Benedito da Silva recebeu outra carta de um homem,
cujas iniciais são: A.N.
- "Meu filho está com 16 anos e passou a fre-
qüentar um terreiro de Umbanda e desenvolveu a
mediunidade. Ele era moço educado, amoroso, traba-
lhador, não tinha vícios, nem sequer fumava. Depois
que entrou para o terreiro, fuma três maços de cigarro
por dia e passou a beber o dia todo. Não trabalha
mais. Está vivendo como um mendigo, dormindo
pelas calçadas. Maltrata toda a família e já chegou a
bater na mãe por causa de dinheiro. Diz que vai me
matar a qualquer hora. Um dia pegou uma faca e cor-
tou o próprio braço para beber sangue. Pelo amor de
Deus, ajude este pai aflito".
Em Piracicaba a maioria dos terreiros é de viga-
ristas e malandros que cobram consultas e fazem des-
pachos de macumbas. Esse moço deve ter recebido
uma macumba do próprio pai-de-santo ou mãe-de-
santo. Às vezes, um próprio colega de terreiro por ciú-
me ou por inveja, fez a macumba. Isso é comum nos
terreiros de malandragens. O povo deve saber onde
vai pisar, antes de entrar em terreiros de Umbanda.
Podem ir ingenuamente à busca de paz, e vão entrar
numa guerra, num inferno.

ERA SURRADO PELA MULHER


A falsa epilepsia e a falsa loucura são problemas
graves no Brasil. José Alves Madeira Filho, tem 47

16
anos e reside em Mongaguá, no litoral santista. Quan-
do aguardava atendimento com a médium dona Cecí-
lia Barbosa, contou-nos seu problema:
- "Além de ter um eczema sério na perna
esquerda, eu tinha desmaios, via vultos. Sofria ata-
ques violentos e fui internado no sanatário psiquiátrico'
"Anhembi". Durante as crises nervosas, eu quebrava
tudo dentro de casa. Tinha angústia e medo de tudo.
Quando eu sofria ataques, minha mulher me surrava,
violentamente por não entender que eu estava possuí-
do por espírito mau. Meu coração disparava e eu tinha
medo de morrer. Via cobras na parede. Via vultos
dentro de casa. Uma pessoa amiga me aconselhou a
procurar dona Cecília Barbosa e estou quase curado.
Não tive mais crises nervosas, nem tonturas, nem
visões. Estou morando, aqui em São Paulo, porque
minha esposa e meus filhos não me aceitam mais.
Dizem que eu sou louco e não querem mais me ver.
Tem medo de mim, embora eu já esteja curado. Dona
Cecília Barbosa afastou todos os espíritos que me per-
turbavam e fiquei completamente curado. Nunca mais
deixarei de freqüentar esta Umbanda séria, honesta,
onde se pratica a caridade pura, sem cobrar nada."

MENINA PARALÍTICA DE GARANHUNS


Para muitas pessoas a mediunidade vem com
grande sofrimento. Euclidia Pereira Nepomuceno,
residente na Vila Marcondes, na cidade de Carapicui-
ba, relatou o que passou antes de procurar um terreiro
de Umbanda:
- "Eu morava em Garanhus, Estado de Pernam-
buco, Fiquei paralisada numa cama, sem forças para
ficar de pé. Nasceram uns caroços nas pernas, que se

17
transformaram em grandes feridas. Eu estava com 13
anos de idade. Comecei a ter desmaios, a ver vultos.
Sentia cheiro de flores. Ouvia barulhos estranhos, que
pareciam tambores de índios. Ouvia vozes, mas não
entendia nada. Vivia angustiada, tinha muito medo e
não conseguia ter um sono tranqüilo com tantos pesa-
delos. Se tivesse as mesmas feridas hoje, os médicos
iriam amputar a perna. Minhas pernas ficavam em
carne viva e cheiravam mal. Quando vim para São
Paulo passei a freqüentar a Federação Espírita, na rua
Maria Paula. Não tive melhora nenhuma e resolvi pas-
sar para a Umbanda. Aqui em São Paulo começaram
a acontecer coisas estranhas. Eu fazia comida e quan-
do ia olhar as panelas estavam vazias. A comida
sumia misteriosamente. Nessa ocasião eu via espíritos
dentro de casa e de noite ouvia passos fortes. Levan-
tava-me, mas não via ninguém. Uma noite meu filho
José Manoel recebeu um exu e fez um estrago dana-
do em casa, rasgando as roupas da cama. Eu tinha
mediunidade mas na Federação Espírita nunca me
falaram isso. Diziam que era carma. Vim procurar o
médium Pedro Furlan e recebi meus guias Caboclo
Manuel da Mata e uma preta velha "Mãe Sinhá" que já
fez muitas curas. Desde que passei a receber meus
guias, todos os meus sofrimentos cessaram. Estou
muito feliz por estar colaborando como médium desse
homem simples e atencioso que é Pedro Furlan."
Euclidia Pereira Nepomuceno é uma médium
evangelizada. Pratica a caridade, sem visar recompe-
sas. Ela dizia: "não sou ninguém, apenas cedo meu
corpo aos guias. Quem cura são os guias e não sou
eu. Não tenho o direito de cobrar o que não faço. Dou
de graça, o que de graça recebi de Deus: o dom da
mediunidade."

18
ESPÍRITOS DEITADOS NA C A M A
A senhora Elza S., residente na rua dos Gus-
mões, Campos Elíseos, enviou ao médium Aurelino
Conceição (Didi) do Templo Espírita "Ismael", na rua
Comandante Salgado, 899, na Vila Hortência, em
Sorocaba, a seguinte carta:
- "Tenho uma filha que está sofrendo há 17
anos. Tudo começou aos 20 anos, agora está com 37.
Era uma moça boa, prestimosa, ativa. Hoje vive desli-
gada do mundo. Só fala palavrões, grita, chora, briga
com ela mesma e conversa com invisíveis (fala sozi-
nha). Quando vai deitar, rebela-se dizendo que tem
vultos (espíritos) deitados na cama. Vê caixão de
defunto e fica irritada. Zanga-se com um invisível (es-
pírito) e grita- "Passa! Sai de perto de mim." Não se
pode ver no espelho. Várias vezes, a vimos conver-
sando com alguém que vê no espelho. Briga com
esse espírito e chega a dar murros no espelho. Quan-
do a chamo de minha filha, irrita-se e diz: "A senhora
não é minha mãe. Minha mãe é outra". Outras vezes,

19
põem-se a chorar e diz que sua mãe morreu. Briga
com os espíritos que a perseguem e já deu um murro
na janela, quebrando o vidro e ferindo a mão. Come e
diz que não comeu. Diz que uma outra pessoa que
estava perto dela, comeu a comida. Não havia nin-
guém perto dela. Só podia ser um espírito. Vive gritan-
do "Saí daí"! Fala os piores palavrões. Diz que seu
nome não é Marlene. Já foi internada em diversos
sanatórios e ficou pior com calmantes e eletrocho-
ques. Fez vários eletroencefafogramas e não foi cons-
tatada qualquer anormalidade no cérebro. Já levei à
terreiros de Umbanda e continua na mesma, a) E. S.,
rua dos Gusmões, Campos Elíseos."
Mais um caso de mediunidade. Num Centro Espí-
rita que fizesse desobsessão (doutrinação e afasta-
mento de espíritos) esta moça ficaria curada. Nos
Centros Espíritas, porém, seria expulsa, se ao desen-
volver mediunidade recebesse Caboclo, Preto Velho
ou índio.

VINGANÇA DE MINEIRA SUICIDA


Os espíritos que morreram com ódio voltam para
vingarem-se. Usam os corpos de familiares para con-
sumar a vingança. Às vezes, usam até os filhos para
atacarem as pessoas que as prejudicaram na vida
terrena. É o caso que nos contou Maurilio Vieira da
Silva, de 36 anos, residente na avenida Kentiki Shimo-
moto, no bairro do Jaguaré, depois do CEASA. Ele
nos relatou seu drama:
- "Nasci na cidade de Jacutinga, no Sul de
Minas Gerais, mas fui dado a uma família na cidade
de Pinhal, no Estado de São Paulo. Por minha causa,
minha mãe suicidou-se, quando eu tinha quatro

20
meses. Enforcou-se numa árvore, no meio do mato
com um cipó. O cadáver foi encontrado por lenhado-
res, já em decomposição, apodrecido. Tudo na vida
me correu bem até 1975. No início do ano de 1976
passei a ter desmaios e crises nervosas violentas. Bri-
gava com minha esposa e com os vizinhos. Quando
desmaiava via minha mãe falecida Idalina da Silva. Via
também, o espírito de minha avó Manuelina de Jesus,
que faleceu em Pinhal. Comecei a ver espíritos, vultos,
que andavam pela casa. Durante as crises eu quebra-
va tudo dentro de casa e agredia a todos que apare-
cessem a minha frente. Nem cinco pessoas conse-
guiam me segurar e dominar. Fui preso duas vezes
pela polícia, por causa das crises fortíssimas. Fui leva-
do a médicos psiquiatras e os exames do cérebro não
registraram nada. Diziam que era problema dos ner-
vos e me receitavam calmantes tóxicos. De tanto
tomar calmantes, fiquei com fraqueza de memória.
Procurei muitos terreiros de Umbanda e só fui tapea-
do com listas de comidas e bebidas para agradar exus
e pombas-giras nas encruzilhadas. Não tive melhora
nenhuma e gastei muito dinheiro. Comecei a beber,
para vencer o meu mal-estar, a angústia e o medo.
Pensava até em me suicidar, pois já não suportava
mais os sofrimento. Mas, um dia, lendo a coluna "Coi-
sas do Outro Mundo", em NOTÍCIAS POPULARES,
fui procurar a médium dona Cecília Barbosa, na Ten-
da Espírita de Umbanda "Mãe Cabocla da Guiné", na
avenida Corifeu de Azevedo Marques, 3283, no
Butantã. Recebi uma descarga com oito médiuns e já
fiquei bastante aliviado. Voltei para a segunda descar-
ga e foram retirados mais de 10 exus e pombas giras.
Na terceira descarga, minha mãe Idalina da Silva,
tomou o corpo de uma médium e falou comigo:
- "Fui caluniada pela família que te criou. Leva-

21
ram-me ao desespero e achei que a morte seria o fim
do meu sofrimento. Eu estava enganada. Nâo sabia
que depois da morte continuaria vivendo. Eu queria
vingar-me daquela gente que foi causadora de meu
desespero. Queria que esse meu filho fosse a Pinhal
para que eu pudesse me vingar. Tiraram o meu filho e
ainda me difamaram".
A médium dona Cecília Barbosa doutrinou esse
espírito suicida, revoltado, pedindo que seguisse as
leis cristãs do amor e do perdão, para que pudesse
ganhar luz e evolução espiritual. Foi esclarecida que
está prejudicando o filho, ficando junto dele e induzin-
do-o a práticas violentas. Pedindo perdão ao filho
Maurilio, o espírito de Idalina Silva foi levado por ben-
feitores espirituais, com as preces de todos os presen-
tes aos trabalhos da Tenda de Umbanda "Mãe Cabo-
cla da Guiné".

VESTIDO DE NOIVA NA M A C U M B A
Fazer o bem é difícil, mas fazer o mal é fácil. Prin-
cipalmente, em mulheres e homens cheios de ódio e
desejos de vingança. Covardemente, procuram-se
vingar-se de inimigos, utilizando espíritos inferiores,
de baixas vibrações, acovardados de agirem pessoal-
mente e serem punidos pela justiça Enganam a Justi-
ça dos Homens, mas não conseguem enganar a Justi-
ça de Deus. Cedo ou tarde receberão de volta todo o
mal que tenham feito aos semelhantes. Assim é a lei:
toda ação, tem uma reação igual e contrária. Vão
receber o mal na mesma proporção em que o fizeram.
Vão sofrer, o que fizeram os outros sofrerem. Deus
não é injusto com ninguém. Na maioria das vezes, os
nossos sofrimentos são causados por pensamentos

22
errados e erros de conduta. Quando os pensamentos
são errados, os atos são incorretos. Isso confirma o
ditado popular que diz: quando a cabeça não pensa,
o corpo paga. O sofrimento, as lágrimas, em grande
número de casos, são o resultado de erros acumula-
dos. Quando os erros não maiores que os acertos,
estamos destinados a passar por períodos difíceis.
Errando menos, o ser humano, sofre menos. Mas, há
casos em que o sofrimento independe de uma condu-
ta primorosa, correta. A maldade humana, a inveja, o
ciúme, o ódio, de falsas amizades, podem nos levar a
uma vida tormentosa. Acompanhem este relato da
senhora D.C.M., residente no Brás, perto da Estação
Roosevelt (ex-Central do Brasil):
- "Casei-me em junho de 1976. Dez dias depois
de casada, começaram os meus sofrimentos. Apare-
ceu um caroço no seio, que doía muito. O medico
mandou tirar chapa, dizendo que eu precisava operar
o seio. Fiquei revoltada e não quis mais voltar ao mé-
dico. Depois de cinco meses fiquei muito doente, com
pressão alta e o ventre bastante inchado. Parecia estar
grávida de oito meses. O médico me fez fazer repou-
so, desconfiando que eu estivesse com nefrite. Foi
tirada uma radiografia dos rins e o resultado foi nor-
mal. Para completar, ladrões entraram na minha casa
e levaram tudo o que eu tinha de melhor. Em março
de 1977 mudei de casa, pois não suportava mais viver
lá. Comecei a brigar com meu marido. A televisão
dava uns estranhos estalos durante a noite. As luzes
acendiam e apagavam sozinhas. Batiam na porta e eu
ia ver. Não encontrava ninguém. O violão que estava
em cima do guarda-roupa tocava sozinho. Um invisível
dedilhava as cordas. A nossa situação financeira ficou
muito mal e só não passamos fome porque minha

23
mãe nos ajudou, embora sendo pobre, mamãe tem
um coração maravilhoso. Quando mudei de casa, fui
colocar meu vestido de noiva no guarda-roupa e
fiquei espantada. Faltava um pedaço, que foi cortado
com tesoura. Fiquei apavorada, bastante assustada.
Estou cada dia pior. Tenho suores de ficar com as
roupas todas molhadas. Meu coração dispara. Tenho
uma tremedeira que parece que vou desmaiar. Choro
muito, sem motivo. Fico angustiada, deprimida. Tem
dias que fico com o rosto deformado, parece que
sou outra pessoa. Já freqüentei vários terreiros de
Umbanda mas só encontrei vigarices. Não fazem cari-
dade, só querem dinheiro. Estou completamente desi-
ludida com Espiritismo e Umbanda."
Aqui está um caso de falsa amizade. Uma mulher
que frequentava a casa, fez o trabalho para arrasar a
saúde e a vida dessa senhora. Existem, nestes tempos
modernos, pessoas de dupla-personalidade (duas
caras). Na frente são uma coisa, por trás são outras,
bem diferentes. Uma mulher que visitava a senhora e
tinha toda liberdade, cortou o pedaço do vestido de
noiva, para fazer essa grande maldade. Essas pes-
soas más, de baixa moral, esquecem da lei do retor-
no. Quem faz mal, receberá o mal. na mesma propor-
ção que tiver feito. Cedo ou tarde pagará a maldade
praticada.

VINGANÇA DE PAI-DE-SANTO
A médium dona Cecília Barbosa vem recebendo
cartas de todo o Brasil. Acompanhem o apelo desta
senhora de Catanduva, perto de Rio Preto:
- "Dizem que tenho mediunidade. Desenvolvi
num terreiro de Rio Preto. Quando comecei a traba-
24
Ihar no terreiro e a receber meus guias, foi uma ciu-
meira tremenda, calúnias, fofocas, etc. Tive de aban-
donar. Tinham inveja dos guias que eu recebia (isso
acontece em Terreiros de Federações desonestas, de
gente baixa). Nos terreiros do Rio Preto é uma banda-
lheira tremenda. Só pedem dinheiro. Não fazem cari-
dade nenhuma. Tem gente que recebe os guias e
monta um congá num quartinho, sem conhecer nada
de UMBANDA: SÓ PARA TIRAR DINHEIRO DO
POVO. Apareceu, então um pai-de-santo e fomos
falar com ele. Disse-nos, que eu precisava "fazer o
santo" (raspar cabeça) para terminarem meus sofri-
mentos. Jogou búzios e começou a me preparar. Na
camarinha (quarto de fazer o santo) as coisas iam
bem, até que recebi meus guias e eles protestaram
contra a bandalheira de fazer o santo. O pai-de-santo
ficou furioso comigo e com os guias que o desmasca-
raram. Ficou tão furioso que me proibiu de voltar ao
terreiro de Candomblé dele. Saí do terreiro e minha
vida se transformou mais ainda. Tenho uma dor de
cabeça terrível. Minha cabeça estala, como se os
ossos estivessem quebrados; parece que tenho formi-
gas roendo meu cérebro. Tenho vontade de sair
correndo pelas ruas. Vejo vultos dentro de casa.
Tenho um mal-estar incrível. Estou desiludida com
tantas maldades que fazem nos terreiros, em nome da
Umbanda de amor, de paz, de caridade pura. Só sem
vergonhices e bandalheiras em nome da Umbanda. A
Umbanda em Rio Preto é uma calamidade. O Can-
domblé é pior ainda."
Muitas senhoras não freqüentam terreiros porque
os maridos não deixam. Maridos que sabem das bar-
baridades não concordam que as esposas vão a
antros de malandragem.

25
MORTE DE 5 CRIANÇAS NO TERREIRO
Nelcy Belotti Fontanezi estava com problemas. A
vida ia mal financeiramente. Seu pai estava doente
com uma úlcera no duodeno. Tudo aquilo a preocu-
pava. Resolveu procurar a Tenda de Umbanda
"Xangô Pena Branca", dirigida pela mãe-de-santo
Doraci Cubas. Lá no terreiro da cidade de Colina, per-
to de Bebedouro e Barretos, recebeu o conselho trági-
co:
- "Seu pai ficará curado e sua vida vai melhorar.
Ficará rica. Mas terá que matar 7 crianças, com
menos de 7 anos, do sexo masculino."
O conselho diabólico foi seguido à risca. Nelcy
Belotti Fontanezi, comprou veneno de matar ratos e
misturou com refrigerantes, matando Júlio César das
Neves, de 2 anos; Cláudio Luiz Gonçalves, de 4 anos;
Donizetti Aparecido Strabelli, de 4 meses; José
Roberto Belotti (seu sobrinho) e André Luiz Cubas (fi-
lho da mãe-de-santo Doraci Cubas). Quando a mãe-
de-santo Doracy Cubas soube que Nelcy Belloti Fon-

26
tanezi matara seu filho André Luiz, chorou e aconse-
lhou a matar o filho dela, que seria a próxima vítima.
Mas, Nelcy Belotti Fontanezi arrependeu-se e chorou
muito, sendo internada num sanatório psiquiátrico,
onde relatou tudo. Nelcy foi julgada e condenada pela
Justiça no Fórum de Barretos, a 21 anos de recusão e
mais 3 por medida de segurança sendo encaminha-
da para o Presídio Feminino em São Paulo, onde
cumprirá os 24 anos de prisão. A mãe-de-santo
Doracy Cubas, que aconselhou a matança de crian-
ças teve o seu julgamento adiado a pedido dos advo-
gados de defesa.
Este caso gravíssimo ocorreu num terreiro de
Umbanda que tinha placa na porta. Não ocorreu em
terreiro clandestino. Terreiro clandestino é aquele que
não tem registro de Estatutos em Cartório de Notas e
Documentos. Não é clandestino o terreiro que não se
filia em Federação de Umbanda. Em São Paulo exis-
tem mais de 30 federações de Umbanda, quando
deveria ser uma Federação só. Muitas dessas Federa-
ções de Umbanda são desonestas, dirigidas por
exploradores de terreiros que não trabalham e amea-
çam pessoas humildes e simples com polícia, quando
os terreiros estão com as mensalidades atrasadas.
Somente para arrecadar dinheiro, ameaçam com polí-
cia. Não ameaçam com polícia os terreiros que fazem
extorsões, chantagens e praticam todas imoralidades
e bandalheiras, num comércio vergonhoso da creduli-
dade pública. Nenhum terreiro é obrigado a se filiar a
Federação de Umbanda. Não existe nenhuma lei
federal ou estadual, que obrigue os terreiros a serem
filiados. Federações são escritórios, sociedades civis
sem apoio do governo ou da polícia, e qualquer pes-
soa pode fundar a sua Federação para aliciar terreiros

27
e arrecadar dinheiro, com explorações de festas,
como a de Iemanjá, que chegam a cobrar 500 cruzei-
ros de cada umbandista, para os festejos nas praias
de Santos e Praia Grande. Uma das Federações che-
ga ao absurdo de cobrar taxa da área ocupada na
areia da praia. Extorquem dinheiro dos terreiros e per-
mitem todas as imoralidades como cobranças de con-
sultas e despachos em encruzilhadas.
Em nome da Umbanda de amor e paz, ameaçam
matar com macumbas, demonstrando ódio e desejo
de vingança. Ameaçam médiuns (filhos-de-santo)
com demandas (macumbas) se abrirem a boca e tor-
narem pública a bandalheira. Muitas mães-de-santo e
pais-de-santo não podem justificar os bens que pos-
suem hoje. Sem terem uma profissão rendosa, vivem
como nababos, têm casas, automóveis e apartamen-
tos, sítios, etc. Conseguiram ficar ricos com a tapea-
ção aos aflitos,desesperados e doentes. A técnica
para extorquir dinheiro dos doentes é a chantagem
emocional, o pavor, o medo que causam aos aflitos
que os procuram. Fingindo ter guias incorporados
dizem aos doentes ou desesperados:
- "Está com macumba. Precisa trazer 5.000 cru-
zeiros para o trabalho ser desfeito. Se não desfizer o
trabalho vai morrer logo".
Os ingênuos, os incautos, apavorados com a
ameaça de morte próxima, pedem dinheiro empresta-
do, vendem jóias, terrenos, automóveis, para levar
dinheiro à mãe-de-santo vigarista ou ao pai-de-santo
malandro. Quando não pedem o dinheiro na primeira
consulta, dão uma lista enorme para ser comprada em
Casas de Umbanda, que pagam comissões aos terrei-
ros que exploram o povo. Existem até casas de arti-
gos religiosos de Umbanda que oferecem modelos de

28
Estatutos para abertura de terreiros e movimentarem
mais sua Caixa Registradora. São Casas de Umbanda
mancomunadas com Federações de Umbanda deso-
nestas, que visam filiar mais terreiros, mesmo aceitan-
do vigaristas, para aumentar a arrecadação de men-
salidades. Essas casas de artigos religiosos de
Umbanda chegam a pagar salários altos para falsos
médiuns tapearem o povo.
Na maioria dos terreiros de Candomblé, o grande
negócio é raspar cabeças (fazer o santo) por impor-
tâncias que variam de 15 a 30.00 cruzeiros. Os pais-
de-santo vigaristas, malandros, dizem que é preciso
dar um ebó (despacho), sacudimentos, banhos de
pipocas, dar comidas para o santo e por fim raspar a
cabeça. Tudo isso fica em Cr$ 15 até Cr$ 30.000,00,
dependendo da ganância e da desonestidade do pai-
de-santo ou mãe-de-santo. No jogo de búzios, come-
ça a bandalheira. Amedrontam os doentes dizendo
que os "santos estão brigando na cabeça" e que pre-
cisa "fazer o santo". Os doentes têm desmaios e
dizem que o "santo está bolando" (manifestando-se).
Ninguém coloca santo na cabeça de ninguém. Nin-
guém precisa gastar nada nem 10 centavos. Quem
tem desmaios e os exames do cérebro são negativos
(falsa epilepsia), ou mudança de personalidade em
determinadas horas do dia ou da noite (falsa esquizo-
frenia), é só procurar um terreiro de Umbanda hones-
to, sério, que afaste espíritos maus. Afastados, os
espíritos os doentes ficam curados sem gastar nada.
Terreiro honesto não faz vigarices de dar comidas e
bebidas para exus e pombas-giras. Os doentes ficam
curados em duas ou três semanas com descargas
espirituais (afastamento de espíritos para os médiuns).
Onde dão listas de comidas e bebidas para exus e

29
pombas-giras é roubalheira, vigarice, malandragem.
O povo precisa ser esclarecido. As Federações de
Umbanda desonestas não estão interessadas em
moralizar, em respeitar o povo.

VINGANÇA DO MACUMBEIRO
DO J A B A Q U A R A
As cartas que recebemos de todo o Brasil contam
dramas impressionantes de obsessão e possessão.
Esses dramas não comovem os traidores do espiritis-
mo, muito preocupados em exibições de oratórias,
tardes de autógrafos e bajulações aos artistas de Rá-
dio e TV, para se projetarem. Acompanhem esta carta
da senhora C. B., enviada ao médium José Benedito
da Silva, da Tenda de Umbanda "Nosso Senhor do
Bonfim", na avenida Campinas, 257, na Vila Pastina,
CEP 18.570, na cidade de Conchas, no Estado de
São Paulo,:
- "Tenho quatro filhos homens e o mais velho
vem sofrendo há sete anos. Até 1971 foi um rapaz
normal, mas depois começou a agir de modo estra-
nho. Começou implicando com artistas que apare-
ciam na televisão, achando que os mesmos o imita-
vam. Passou a se afastar de todos os amigos, embora
desde criança não tivesse muitas amizades. Assaltou
uma farmácia para roubar remédios (um absurdo)
para depois suicidar-se, segundo declarou na polícia.
Ficou durante um ano na Casa de Detenção de São
Paulo. Quando saiu da prisão mostrava desejo de ser
crente evangélico, ria e falava sozinho. Achamos
melhor interná-lo numa clínica psiquiátrica. Já foi
internado várias vezes, mas todos os exames, inclusi-
ve os eletroencefalogramas não acusam nenhuma

30
anormalidade no cérebro. Tem dias que ele cisma e
come arroz e feijão crus ou come caramujos, aqueles
bichinhos de fundo de quintais. Outras vezes, quer
comer capim, dizendo que tem de pagar e sofrer pelo
que fez, mas não nos diz o que fez de mal ou de erra-
do. Frequentemente, tem ataques de riso. Fala como
se estivesse alguém junto dele. Anda o dia inteiro na
rua e não sei para onde vai. Quase sempre a polícia
vem trazê-lo em casa. Meses atrás, ele me bateu e dis-
se que ia pegar uma pessoa com um pedaço de pau.
Saiu para a rua. Quinze minutos depois, meu marido,
que tem oficina perto de casa, veio correndo me avi-
sar que ele havia batido em uma senhora, quebrando-
Ihe o braço e causando luxação das costelas da pobre
mulher. Todas às vezes que ele sai do hospital, com-
pramos roupas novas, sapatos. Ele sai de casa, fica
dois dias fora e volta como se fosse um mendigo. Seu
corpo cheira mal, apesar de tomar banho todos os
dias. Pegou todos os seus documentos e atirou no rio.
Já fui em vários terreiros de Umbanda, a Igrejas Cató-
licas, a cemitérios. Na Umbanda, me disseram que foi
macumba de uma ex-namorada, que teria enterrado
sua fotografia num cemitério. Num terreiro do Jaba-
quara o pai-de-santo me pediu 3.000 cruzeiros e falei-
lhe que não podia dar esse dinheiro, pois na época,
em 1970, era muito dinheiro. O pai-de-santo ficou
bravo e me ameaçou dizendo que se eu não desse o
dinheiro ele iria jogar o exu Capa-Preta em cima de
meu filho mais velho. Um ano depois, em 1971, meu
filho passou a acusar esse desequilíbrio mental.
Agora, não sei mais o que pensar."
Este caso é um exemplo. O povo não deve entrar
em terreiros, sem saber onde vai pisar. Esta senhora
foi procurar solução para um pequeno problema e

31
recebeu uma macumba contra o filho, que lhe tem
custado lágrimas e desespero. A maioria dos terreiros
são de malandros, macumbeiros, com diplomas de
Federações de Umbanda.

CACHORRO C O M OLHOS VERMELHOS


Quase todas as pessoas que sofrem problemas
espirituais tem disritmia cardíaca, ou seja, o coração
com batidas aceleradas e pulsação anormal*. Era o
que acontecia com Vera Lúcia Bonacorde, de 29
anos, solteira, comerciaria, residente na rua Teodolino
Castiglione, no Jardim São José em Pirituba. Antes do
início dos trabalhos do médium Pedro Furlan, em Pre-
sidente Altino, Osasco, Vera Lúcia contava todo seu
sofrimento:
- "Eu morava na cidade de Avaré, no Estado de
São Paulo. Com 10 anos de idade comecei a ter
visões. Isso me causava pavor, muito medo. Um dia,
eu estava no quintal e vi um absurdo: um cacho de
uvas na ramagem do abacateiro. Subi na árvore e
quando fui apanhar as uvas, dei um grito e pulei. Caí e
me machuquei. Minha mãe velo me socorrer, angus-
tiada:
- Que aconteceu? Você parece doida. Já disse
para não subir nas árvores.
- Eu vi um cacho de uvas no abacateiro. Quan-
do fui pegar as uvas, segurei uma mão preta, peluda.
Era um braço, sem corpo.
Minha mãe ficou bastante preocupada. Chegou a
pensar que eu não estivesse bem das faculdades
mentais. Mas, a segunda visão foi mais apavorante.
Certo dia, vi um corpo sem cabeça, que vinha na
minha direção, com os braços abertos. Corri de

32
medo, gritando, pedindo socorro. Como ninguém vis-
se nada, passei por maluca. Eu tinha vidência e meus
familiares e vizinhos não tinham. Aos 14 anos de ida-
de, eu estava almoçando e vi um espírito dentro de
casa. Desmaiei e fiquei com a boca torta, como se
tivesse sofrido um derrame. Fui levada a médicos e
todos os exames de laboratório foram negativos. Man-
daram-me a um psiquiatra, e os exame do cérebro
(eletroencefalogramas) não acusaram nada de anor-
mal. Quando eu tinha desmaios e mesmo antes de
desmaiar minha pulsação ia a 200 e meu coração
batia forte, aceleradamente, parecendo querer saltar
do tórax. Fiz radiografias do coração e eletrocardio-
gramas, e para surpresa dos médicos cardiologistas
eu não tinha nada. Os médicos ficaram "encucados",
sem saber o que me dizer. Mandaram-me para um
psiquiatra e depois dos exames negativos, vieram
com a velha c h a p a - : "é dos nervos, leva esta recei-
ta com calmantes". Tomei calmantes e ao invés de
melhorar, piorei. Continuei tendo visões horríveis.
Quando me deitava para dormir, via a parede se abrir
ao meio e surgia uma grande labareda, uma língua de
fogo. Eu queria levantar e não tinha força nas pernas,
nem nos braços. Queria gritar e a minha voz não saía.
Vivia aterrorizada. Uma noite, porém, quase morri do
coração. Se fosse cardíaca, eu teria ido para o outro
mundo. Deitei-me e apaguei a luz. De repente, num
dos cantos do quarto eu via um enorme cachorro pre-
to, com olhos vem vermelhos, como dois faróis. Pare-
ciam olhos de fogo. Eu já estava para ser internada
como louca. Mas, um dia uma vizinha, espírita, foi me
visitar. Um espírito se apoderou de mim e começou a
gritar-: "Eu quero comer velas. Tragam velas que eu
quero comer". Essa vizinha ficou apavorada e levou-
me a um Centro Espírita Kardecista (mesa branca). Só

33
davam passes e recomendavam leitura do evangelho.
Não adiantou nada. Não tive melhora nenhuma. Só
piorei. Outra vizinha recomendou-me um terreiro e a
mãe-de-santo vigarista, quando me viu com o cora-
ção acelerado, desmaiada, disse a minha família: "o
problema de sua filha é o coração. Não é espiritual,
leve-a a um médico". Eu já não podia mais ouvir falar
em médicos. Mas, lendo NOTÍCIAS POPULARES, a
coluna "Coisas do Outro Mundo", fui procurar o mé-
dium Pedro Furlan. Passei na corrente de médiuns
duas vezes. Na segunda semana, passei a receber
meu caboclo. Sou médium e já estou vestindo roupa
branca. Todos os meus problemas cessaram. Só
lamento ter ficado no terreiro da mãe-de-santo vigaris-
ta durante oito meses. Perdi tempo e dinheiro. Se
tivesse procurado logo o médium Pedro Furlan, não.
teria sofrido tanto."

MOÇA DESMAIAVA NAS RUAS


Moças com mediunidade não desenvolvida só
procuram alívio quando estão muito mal, desespera-
das. É o caso de Sônia Regina, do Sumaré, em São
Paulo, que procurou o médium Pedro Furlan, de Pre-
sidente Altino, Osasco:
- "Eu sentia dor de cabeça, tonturas, mal-estar,
angústia, medo. Desmaiava duas a três vezes por
semana, nas ruas. Sentia tonturas e muita perturbação
na cabeça. Ouvia vozes, mas não entendia nada.
Outras vezes, chamavam-me pelo nome. Eu me volta-
va para trás e não via ninguém. Via vultos. Tinha intui-
ção, avisos do que ia acontecer. Tudo que eu pensava
e recebia intuitivamente, acontecia mesmo. Era só
pensar uma coisa, acontecia mesmo. Não podia fre-
34
qüentar terreiros. Eu sabia que tinha mediunidade,
mas meu noivo é evangélico e não admite espiritismo.
Agora, vendo meu sofrimento, ele concordou em me
trazer ao terreiro de Pedro Furlan, já que é Umbanda
pura, decente, sem cachaça, sem charutos, sem des-
pachos, sem trabalhos para o mal. Estou me sentindo
aliviada. Vou continuar freqüentando e vou vestir rou-
pa branca. Só poderei freqüentar aos sábados, pois
trabalho de dia e estudo durante a noite."
Helena Resraml, residente na Freguezia do Ó,
declarou estar curada nos trabalhos de Pedro Furlan e
contou seu problema:
- "No dia 08 de abril de 1978 comecei a me sen-
tir mal na indústria onde trabalho. Tive uma forte crise
de choro. Em seguida, comecei a xingar meus cole-
gas de serviço. Fiquei como uma alucinada. Eu perdia
os sentidos sem desmaiar e quando me recuperava,
não lembrava de nada do que tinha feito. Caí des-
maiada na rua três vezes. Na última vez, feri-me gra-
vemente no queixo e levei vários pontos. Fui levada a
um médico psiquiátrico da indústria de automóveis
onde trabalho e os exames não revelaram nada. Os
eletroencefalogramas foram normais. Acharam que
eu não tinha nada e disseram que era dos nervos.
Receitaram calmantes tóxicos. Eu via um vulto (espíri-
to) sempre me acompanhando. Graças a Deus fiquei
curada aqui com o médium Pedro Furlan."

35
IA CORTAR PESCOÇO C O M NAVALHA
Durante as sessões de U m b a n d a do m é d i u m
Pedro Furlan, em Presidente Altino, O s a s c o , surgem
os casos mais curiosos. O sr. Hamleto Lacuobis, de
Osasco, contava seu p r o b l e m a :
- " D e um mês para cá c o m e ç a r a m a acontecer
coisas estranhas. Q u a n d o eu estava diante do espelho
do banheiro fazendo a barba, u m a força invisível me
induzia a cortar o p e s c o ç o c o m a navalha. Pensei que
aquele pensamento forte, fosse coisa sem importân-
cia. Um dia, apanhei u m a faca de fazer churrasco e
alguma coisa me dizia que eu devia enterrar a faca no
coração. A situação foi se agravando de tal maneira,
que uma noite eu estava deitado na c a m a , e sentia
vontade de matar minha mulher que estava d o r m i n d o .
Eu rezava, p e d i n d o a Deus que afastasse aquela ten-
tação. Sentia dores de c a b e ç a constantes, bastante
fortes. O pior é que eu já não podia mais dirigir o meu
carro. Q u a n d o eu ia por uma avenida ou estrada, a
força invisível me m a n d a v a jogar o carro na calçada

36
ou saltar do carro em movimento. Sempre me apeguei
a Deus quando isso acontecia. Eu rezava e pedia a
Deus que afastasse aqueles pensamentos. Em duas
descargas com os médiuns de Pedro Furlan, fiquei
completamente curado."
Os espíritos maus, vingativos, induzem as pes-
soas a praticarem suicídios ou atos desastrosos. As
pessoas devem reagir e afastar esses pensamentos
causados por espíritos perversos. Devem ter pensa-
mentos fortes, rebelando-se contra as ordens transmi-
tidas por esses espíritos das trevas, que só fazem mal-
dades e se sentem felizes quando levam pessoas
vivas ao desespero. As pessoas de mente fraca, prati-
cam acidentes sérios e causam suas próprias mortes.
Esse homem rezava e pedia a Jesus o afastamento
dessas idéias negativas, induzidas por um invisível.
Muitos dos suicídios são causados por espíritos que
se aproveitam de pessoas com pensamentos negati-
vos, derrotistas.

MULHER DE BRAGANÇA VIA VULTOS


A maioria dos doentes não conta aos médicos
tudo que sentem, para não serem tachados de loucos.
Numa época em que a "indústria da falsa loucura" dá
grandes lucros, principalmente por causas de convê-
nios com o INPS, se o doente contar tudo o que vê e
ouve, recebe logo uma carta de internação em sanató-
rio psiquiátrico e vai juntar-se a loucos, sem ter loucu-
ra nenhuma. A senhora Maria Francisca, da Vila Mot-
ta, em Bragança Paulista, contou-nos seu sofrimento,
antes de se iniciarem os trabalhos do médium Pedro
Furlan, em Presidente Altino, Osasco:
- "Sentia forte dor de cabeça, tonturas, angústia

37
e medo. Todas as noites eu acordava minutos antes
de zero hora. Não dormia mais. Eu via vultos (espíri-
tos) e ouvia vozes, sem entender o que me falavam.
Tinha grande perturbação na cabeça. Foram tiradas
radiografias do cérebro e eletroencefalogramas. Não
acusaram nada. Meu coração disparava, parecia que
ia saltar do peito. Tirei eletrocardiogramas e os resul-
tados foram negativos. A radiografia do coração foi
normal. Ouvia uma voz que me dizia - "Você vai
morrer". Quando estava deitada, no escuro aparecia
um vulto na porta do quarto. Eu ficava apavorada, sem
forças para gritar. Não tinha forças nas pernas e nos
braços. Queria fugir, mas parecia que eu estava amar-
rada na cama. Tinha crises nervosas violentas e
quebrei tudo dentro de c a s a - : cadeiras, mesas, lou-
ças. Até o fogão joguei para o quintal. Eu não só tinha
vontade de matar, mas de me suicidar também. Fui
internada nove vezes em sanatórios psiquiátricos.
Batia nas crianças e uma vez feri gravemente uma
delas. No Pronto-Socorro, eu perguntava o que tinha
acontecido. Não me lembrava de nada. Eu perdia os
sentidos, sem desmaiar e não lembrava de nada. Com
a graça de Deus, depois que passei a freqüentar o
médium Pedro Furlan estou muito aliviada. Freqüentei
um terreiro em Bragança três anos e só gastei dinheiro
com essa vigarice de despachos para agradar exus.
Com o médium Pedro Furlan não gastei nada e já
estou quase curada."

MENINA DESMAIAVA NA ESCOLA


A mediunidade de vidência assusta muitas crian •
ças. Elas não entendem porque vêem coisas que as
outras crianças não vêem. Os pais começam a ficar

38
preocupados, se não tiverem estudado alguma coisa
de espiritismo. A sorte de Odete Santos, residente na
rua Piacatu, 1.217, na Cidade Munhos, em Osasco,
foi ter nascido num lar umbandista. Os pais acredita-
vam nas comunicações dos espíritos, após a morte fí-
sica. Sua mãe era médium esclarecida, evangelizada,
de bons princípios. Odete Santos contou-nos o seu
sofrimento:
"- Com 5 anos de idade comecei a ver espíritos
pela casa. Minha mãe era médium e me aconselhava
que não tivesse medo. Ouvia espíritos me chamando
pelo nome. Ouvia muitas vozes que falava, comigo,
mas eu não entendia nada. Mas, começaram a surgir
problemas sérios. Passei a desmaiar na escola, dei-
xando todas as meninas de minha classe alarmadas.
A professora dizia que eu estava doente e devia deixar
os estudos para me tratar. Às vezes, eu desmaiava no
ônibus, a caminho da escola e quando recuperava os
sentidos, os passageiros me abanavam, pensando
que eu fosse epiléptica. Outros desmaios na rua e
gente esfregando álcool ou vinagre nos pulsos. De
noite, quando ia dormir, via espíritos no meu quarto e
saia correndo de medo, pulando na cama de minha
mãe. De noite, eu dormia e acordava gritando.
Sonhando que estava sempre num cemitério e con-
versava com espíritos. Minha mãe, que é médium na
Tenda Santo Antônio, de Pedro Furlan, levou-me para
desenvolver a mediunidade, quando eu tinha 7 anos.
Em duas semanas passei a receber meus guias, a
Cabocla Jacira, o Caboclo Giramundo, o preto velho
Pai Tribundio e o baiano Sebastião de Oliveira. Recebo
também um espírito de criança, a Judite. Eu fiquei
sendo a médium mais nova de Pedro Furlan, pois não
tinha oito anos. Com meus guias muitas pessoas fica-

39
ram curadas. Um dia, apareceu em casa uma senhora
com uma ferida horrível na perna. Meu caboclo incor-
porou e limpou com a boca a ferida. Depois mandou
passar uma infusão com ervas. A mulher morava em
Suzano e chamava-se Joana Helena. Ficou curada
numa semana e veio me agradecer, querendo me pre-
sentear. Delicadamente recusei. Esclarecia que quem
curava eram os espíritos e não eu. Disse-lhe que devia
agradecer a Jesus, por ter encontrado um espírito
com uma missão maravilhosa de curar. Sou médium
há mais de 20 anos e nunca fiz da caridade um
comércio. Os meus guias não admitem dinheiro e me
advertiram que se eu comercializasse, eles se afasta-
riam e iriam judiar de mim. Sempre disseram, que
devo dar de graça, o que de graça recebi de Deus."

ÓDIO ÀS MULHERES LOIRAS


Uma moça, atormentada por espíritos, escreveu a
dona Alice Júlio Cantarani coisas absurdas. Se não
estivesse escrito com sua própria letra não acreditaría-
mos. É uma jovem pervertida residente em Itaquera.
Leiam:
- "Sinto tonturas e dor de cabeça diariamente.
Às vezes meu coração dispara. Sinto dores no corpo e
vontade de sair sem destino, pelas ruas. Isso acontece
todas as madrugas entre duas e três horas. Sinto que
alguém invisível me persegue. Costumo fugir de casa
e ficar de 10 a 15 dias com maus elementos, ladrões,
assassinos. Sinto-me bem junto deles. Gosto de ver
homens com armas na cintura. Adoro diversões peri-
gosas, que não devia gostar. Gosto de andar com tur-
minha, xingar os outros, gosto muito de homens
loiros. Detesto e tenho pavor de mulheres loiras.

40
Minha vontade é matar todas as mulheres loiras. Tem
dias que acordo ruim e não tenho vontade de falar
com ninguém. Se alguém de minha casa fala comigo,
sinto fortes dores na cabeça e fraqueza nas pernas.
Logo fico com tonturas. Outra coisa: adoro mulheres
bichas e homens também (sic). Gosto de aventuras
perigosas e não gosto de fazer nada em casa. Por
favor, ajude-me, dona Alice".
Esta moça compareceu a dois trabalhos de des-
carga e foram retirados cinco exus e duas pombas-
giras. Estava se sentindo muito bem. Na segunda des-
carga sentia-se bastante aliviada e ao ser convidada
para voltar para a terceira descarga declarou:
- "Não voltarei mais aqui. Se eu ficar curada vou
ter que trabalhar como médium e eu não gosto de
trabalhar. Quero continuar como eu era antes, andar
com turminhas, com ladrões, com assassinos."
Essa moça deu o nome por extenso na carta e o
endereço correto. Está tendo uma conduta anormal e
não quer curar-se. Prefere continuar vivendo essa
vida irregular. São esses casos que chegam a desani-
mar a gente. Quando estão desesperadas vem-nos
procurar aflitas, pedindo ajuda. Quando se sentem
melhor, falam na cara que não querem trabalhar. São
médiuns e só querem receber ajuda, mas não querem
ajudar os que sofrem como elas. Não querem ceder
seus corpos para aliviar os outros, que estão com
maus espíritos . Querem que os médiuns retirem os
espíritos maus; mas nao querem retirar os espíritos
maus dos outros que sofrem. E por isso, que muitos
terreiros não atendem mais doentes com mediunidade
não desenvolvida. Existem mulheres, moças e rapa-
zes, que só vão a terreiros, pedir descargas (afasta-
mento de espíritos maus). Quando convidados a

41
desenvolver a mediunidade desaparecem. Procuram
outros terreiros para descargas até serem avisados
que precisam trabalhar como médiuns. Aí desapare-
cem. Este mundo está podre, cheio de gente, desse
tipo, de má formação moral e caráter baixo que não
merece a menor ajuda.

DESMAIAVA NO TÚMULO DA MÃE


Acompanhem esta carta de uma senhora de Vila
Dalva, Butantã, que deve servir de modelo para outros
doentes. Esta senhora conta apenas o que sente e
pede ajuda de dona Cecília Barbosa:
- "Sinto forte dor de cabeça e dores em todo o
corpo. Tenho tonturas e desmaios. Chego a desmaiar
a qualquer hora do dia e da noite. Vejo um vulto (espí-
rito) à minha frente, que não mostra o rosto. Ao ver
esse vulto (espírito) logo a seguir perco os sentidos
(desmaio). Não tenho sono tranqüilo com tantos pesa-
delos. Sonho com pessoas mortas dentro de um
cemitério. Já vi minha mãe em espírito. Quando vou
visitar o túmulo de minha mãe, assim que chego perto,
desmaio. Já fui internada duas vezes no Hospital das
Clínicas. Já tentei o suicídio duas vezes, tomando mui-
tos comprimidos. Não tenho mais vontade de viver.
Minha vontade é sumir, andar sem destino, para que
ninguém me veja mais".
Em poucas linhas a doente escreveu tudo que
sentia e tudo que lhe acontecia. Nem todos os doentes
sofrem a mesma coisa. Cada um sente uma coisa
diferente. Os doentes devem contar apenas o que
sentem e o que lhes acontecem em casa ou na rua.
Este caso foi atendido por dona Cecília Barbosa, na
semana passada. Foram afastados muitos exus e

42
sofredores. Era um caso de macumba. A doente disu-
tiu e brigou com uma vizinha. Logo depois, passou a
ter todos os sintomas de desequilíbrio mental. O exu
chefe da falange, revelou que fora uma vizinha e que o
trabalho foi feito para deixá-la louca. Depois de afas-
tados todos os espíritos maus, essa senhora da Vila
Dalva, Butantã, sentia-se bastante aliviada. Continua
comparecendo aos trabalhos da médium dona Cecília
Barbosa, recebendo descargas (afastamento de espí-
ritos maus ou sofredores, até obter a cura total. Muitos
doentes depois de receberem alívio não comparecem
mais. Só voltam quando estão novamente arrasados
fisicamente. Querem "milagres", curas instantâneas.
Depois queixam-se dos terreiros. Não seguem os tra-
tamentos e ainda se julgam no direito de falar mal dos
terreiros. Quem tem macumbas não fica curado em
uma só descarga.

SOFRIMENTO DE JAPONEZINHA
Acompanhem o caso da senhora Carmem S. Shi-
taima (nissei), residente em Santo Amaro, que ficou
curada com o médium Pedro Furlan, na Tenda de
Umbanda "Santo Antonio", na rua Lourenço Collino,
302, em Presidente Altino, Osasco. Tomar o subúrbio
da Sorocabana e descer na Estação de Osasco. O
médium Pedro Furlan atende das 19 às 22 horas às
sextas-feiras. Sábado, os trabalhos de descargas das
19 às 22 horas, são comandados pelo médium Aracy
Pinheiiro, que trabalha com Pedro Furlan há 15 anos,
e faz, também, um trabalho perfeito. Leiam a carta da
nissei dona Carmen Shitaima:
- "Lendo sua coluna fomos procurar o médium
Pedro Furman, em Presidente Altino, Osasco e

43
encontrei uma Umbanda séria e honesta, com muito
amor e respeito. Eu tinha um problema sério e passei
a ter crises de nervos. Não suportava falar com meu
marido. Sentia-me mal quando meu marido chegava
em casa. Discutia com ele sem motivos. Estava cada
dia pior.
Eu recebia uma pomba-gira e ela me tomava o
corpo durante o dia e a noite. Fazia os serviços de
casa, sem saber o que estava fazendo. Meu marido
pedia aos vizinhos para me vigiar, pois achava que eu
estava louca. Uns vizinhos aconselharam meu marido
a me levar a um terreiro de Candomblé. Só gastamos
dinheiro e não adiantou nada. Era tapeação, rouba-
lheira. Diziam que eu estava com macumba e precisa-
va ser desfeito o trabalho. Pediam bebidas para pom-
ba-gira. Diziam que eu devia fazer agrados a exus e
pombas-giras, senão minha vida ficaria arruinada.
Fomos a outros terreiros. Só pediam dinheiro, para
despachos nas encruzilhadas. Todos pediam dinheiro
para desfazer o "mal-feito". Passei a odiar meu mari-
do e meu filho. Já estava desiludida com tapeação na
Umbanda e Candomblé. Mas lendo sua coluna fui
procurar o médium Pedro Furlan. Fiquei curada em
três semanas, Não era macumba, era mediunidade.
Já estou recebendo meus guias de luz. Sou médium e
recebi meus guias em menos de um mês. Vou ajudar
o próximo, da mesma maneira que fui ajudada."

44
MOÇA VIA CAIXÃO DE DEFUNTO
Na U m b a n d a decente, honesta fazem descargas
(afastamento de espíritos) e os doentes ficam curados
em duas ou três semanas no m á x i m o , sem gastarem
nada, sem a c e n d e r e m velas, s e m dar c o m i d a s e b e b i -
das para exus e p o m b a s - g i r a s . Um terreiro honesto é
o Templo Espírita de U m b a n d a " O g u m Guerreiro", na
avenida Judith Zumkeller, 2 9 2 , f u n d o s no Alto do
Mandaqui, dirigido pelo m é d i u m Waldemar Augusto
Rodrigues. Não c o b r a nada, não dá listas de c o m i d a s
e bebidas para exus, não faz trabalhos para o mal. No
seu terreiro há uma placa c o m os seguintes dizeres:
"NESTA CASA O S EXUS N Ã O M A N D A M , O B E D E -
CEM". Os exus não g a n h a m c o m i d a s , n e m bebidas.
Ganham somente doutrinação, para conseguirem luz
e evolução espiritual. Só em terreiros de malandros e
mulheres vigaristas os exus fazem exigências. A c o m -
panhem este caso c u r a d o pelo m é d i u m Waldemar
Augusto Rodrigues, nos seus trabalhos às terças e
sextas-feiras das 19,30 às 22,30 horas.

45
- "Com apenas 15 anos perdi a vontade de estu-
dar. Não liguei mais para a higiene. Não tomava
banho e não me arrumava. Sentia forte dor de cabeça,
tonturas. Não dormia e quando conseguia dormir,
tinha pesadelos. Eu via vultos (espíritos). Tinha visões
estranhas. Eu via na minha cama um caixão de defun-
to. Via um homem pendurado, com uma corda no
pescoço. Na primeira descarga feita pelo médium
Waldemar Augusto Rodrigues, foram afastados 5 exus
e 5 pombas-giras. Em dois trabalhos, em apenas uma
semana fiquei completamente curada, mas fui avisada
que precisava desenvolver a mediunidade. Já estou
com roupa branca. Nunca mais tive as visões horríveis
que me atormetavam, nem tonturas, nem dor de cabe-
ça. Não gastei nada. Não foi preciso levar nada nas
encruzilhadas, nem acender velas. Já estou receben-
do meus guias. Fiquei curada em uma semana, nesse
terreiro honesto. No terreiro Ogum Guerreiro tenho
visto curas, operações espirituais inacreditáveis. Há
ensinamento de ordem moral dada pelos guias. Não
divulgue meu nome, porque minhas colegas de colé-
gio são muito católicas e vão debochar de mim. São
ignorantes e dizem que Umbanda é macumba, por-
que não conhecem a Umbanda honesta do médium
Waldemar Augusto Rodrigues, onde há muito amor,
muita humildade. Os que tiverem problemas devem
procurá-lo às terças e sextas-feiras à noite".

A C A B O U COM O BAILE NO GRITO


Acompanhem este caso da empregada Maria
Helena Prado, da cidade de Assis Chateaubriand,
Paraná, que está sendo tratada pela médium dona
Cecília Barbosa:

46
- "Estou sofrendo muito há sete anos. Sinto forte
dor de cabeça e tonturas. Quando perco os sentidos,
nem quatro ou cinco homens fortes conseguem me
dominar. Só tenho desmaios na rua. Dentro de casa
não me acontece nada. Parece até que esse espírito
malvado quer que eu morra atropelada por um auto-
móvel. Só perco os sentidos e caio quando estou atra-
vessando ruas. Esse espírito mau já me causou trans-
tornos e até prisões. Há pouco tempo eu fui no baile
das "Nações Unidas", em Santo Amaro. De repente, a
vista escureceu e não vi mais nada. Quando recuperei
os sentidos os policiais me contaram que eu bati e
rasguei roupa de muita gente que estava no baile. O
espírito que me ataca fuma o cigarro ao contrário. A
brasa fica dentro da boca e o filtro para fora da boca.
Os policiais ficam penalizados da minha situação e
me aconselham a procurar terreiros honestos. Isso é
muito difícil encontrar em Santo Amaro. Só querem
dinheiro de consultas e dão listas caras para fazer
despachos nas encruzilhadas. Eu não tenho dinheiro.
Já gastei tudo que tinha nestes sete anos de sofrimen-
to e vexames. Dentro de casa eu vejo vultos (espíritos)
em forma de sombra. Eles não mostram o rosto. Vejo
espíritos vestidos de preto. Só tenho sonhos ruins (pe-
sadelos). Sonhos com pessoas mortas que querem
me matar. Sonho com cemitérios. Esses maus espíritos
me maltratam tanto, que já pensei até em me suicidar.
Ele me leva para o mato e já cheguei a ficar três dias,
como um bicho, no meio do mato sem comer esem
beber. Dona Cecília Barbosa já afastou nove exus e
três pombas-giras. Estou bastante aliviada. Dona
Cecília me avisou que tenho mediunidade e, se não
trabalhar como médium, vou sofrer muito. Não tenho
condições de comprar roupa branca. Assim que
puder vou trabalhar e comprar roupa para os traba-

47
lhos de dona Cecília Barbosa, da Tenda "Mãe Cabo-
cla da Guiné", na av. Corifeu de Azevedo Marques,
3283, Butantã."

NÃO PODE TIRAR O CHAPÉU


Nos trabalhos dos médiuns Joel José Pereira e
dona Denise Pereira, os doentes ficam curados em
duas ou três semanas, passando por descargas espi-
rituais com mais de 40 médiuns. Um dos casos
impressionantes é o do sr. Malosão Berguins, da
Penha, que vinha freqüentando terreiros sem ter
melhora nenhuma. Ele durante os trabalhos revelava
seu problema:
- Estou sofrendo há mais de 10 anos de uma dor
de cabeça terrível. Já fiz todos os exames que possam
imaginar. Foram feitas várias radiografias de cabeça,
pois suspeitavam que eu tivesse um tumor cerebral.
Todos os resultados foram negativos. Essa dor de
cabeça, por estranho que possa parecer, só cessa
quando coloco chapéu. Sou obrigado a entrar de cha-
péu em todos os lugares e até me julgam mal por isso.
Se tirar o chapéu, a dor volta na mesma hora. Além da
dor de cabeça, tenho dores no corpo e várias partes
do corpo queimam, como se encostassem brasas.
Todas as noites, tenho sonhos com pessoas mortas.
Já freqüentei Centros Kardecistas, mas os "passes" e
leitura do Evangelho não resolvem nada. Não tive
qualquer melhora. Fui a terreiro de Umbanda deso-
nestos, de malandros e mulheres vigaristas. Só gastei
dinheiro com essa roubalheira de despachos para
agradar exus e pombas-giras. Em dezenas de terreiros
não tive melhora nenhuma. Vim aqui, por ler NOTÍ-

48
CIAS POPULARES e as informações que tive é de
que é um terreiro que trabalha com muita seriedade".
0 sr. Malosão Berguins foi colocado na corrente
de médiuns. Os médiuns Joel José Pereira e dona
Denise Pereira afastaram 14 exus e uma pomba-gira,
e mais 3 espíritos sofredores. O sr. Malosão Berguins
ao final dos trabalhos nos dizia:
- "Estou bastante aliviado. Parece que tiraram
um peso de minha cabeça. Agora, tenho certeza que
vou ficar curado. Nos terreiros que estive não afasta-
vam espíritos e só falavam em dinheiro, para despa-
chos. Nunca vi um trabalho tão perfeito como de dona
Denise e do sr. Joel."

DESGRAÇA C A U S A D A POR
MACUMBEIRA
Existem mais terreiros de macumbas, do que de
Umbanda pura, séria e honesta. O povo, deve procu-
rar saber onde vai pisar. Antes de entrar num terreiro,
deve informar-se. Pode ir buscar alívio e receber uma
carga violenta de magia-negra. Existem mulheres
vigaristas, que abriram terreiros e mandam macumbas
contra pessoas bem vestidas, que se apresentam aos
terreiros de automóveis. Mandam macumbas até tira-
rem o último centavo. Leiam este caso, enviado ao
médium Pedro Furlan.
- Nunca tive problemas antes de me casar.
Depois que me casei, uma vizinha levou-me a um
terreiro de Umbanda, que só fazia trabalhos de
esquerda, com velas pretas e vermelhas. Aí começou
meu martírio. Comecei a discutir e a brigar com meu
marido. Toda vez que brigávamos íamos procurar a
mãe-de-santo. Meu marido foi mandado embora do

49
emprego. Com a indenização comprou um bar. A
macumbeira começou a extorquir -dinheiro de meu
marido. Disse, que eu tinha de vestir roupa branca e
ser filha-de-santo dela. Com o dinheiro que tirou de
meu marido e outras pessoas já havia conseguido
comprar uma casa e fez o terreiro nos fundos do terre-
no. Meu marido deu parte do material para construir o
terreiro. Essa mãe-de-santo macumbeira conseguiu
comprar um carro logo em seguida. Passava de carro
no bar e pedia 10 garrafas de pinga, 10 garrafas de
vinho, maços de velas (era empório também). Depois
de muito tempo, meu marido achou que era explora-
ção demais e negou. A mãe-de-santo respondeu:
"vou virar sua vida, como se vira um barco. Vocês vão
passar até fome". Sr. Furlan, eu e meu marido come-
çamos a beber. Eu e meu marido brigávamos de ir
parar na delegacia. Perdemos o bar e empório e tive
de trabalhar. Comecei a ter crises nervosas, que nem
quatro homens me seguravam. Um dia encontrei a
mãe-de-santo na rua e ela me disse: "eu avisei, mas
isso não é nada ainda. A coisa vai ficar mais preta.
Esperem". Implorei que desmanchasse o que ela
havia feito e ela me pediu 5.000 cruzeiros. Eu não
tinha o dinheiro e ela disse que sem dinheiro não fazia
nada. Meu marido me abandonou. Todos da família
dele passaram a me odiar. Estou morando num barra-
co de madeira, com os filhos. Bebo demais até hoje e
durmo no mato. "Outro dia acordei nua, num matagal.
Eu fico incorporada por um exu e não me lembro de
nada. Fico tomada pelo exu várias horas e meus filhos
escondem facas e garfos, pois eu viro um bicho, ros-
nando como um cachorro. Quando recupero os senti-
dos tenho o corpo dolorido, como se tivesse levado
uma surra. Quando estou trabalhando, levo cada tom-

50
bo sem qualquer explicação. Vejo um vulto na beira
da minha cama e durmo com a luz acesa de tanto
medo. Esse vulto (espírito mau) tem relações sexuais
comigo. Durante o dia, quando caminho pela rua, per-
co os sentidos sem desmaiar. Não sei onde estou,
nem o que estou fazendo. Não me lembro de nada.
Sr. Pedro Furlan, ajude-rhe. Tenho medo de matar
alguém quando perco os sentidos. Outro dia, fui pre-
sa, pois eu vagava pelas ruas, sem noção nenhuma
do que estava fazendo. Queriam me internar num
sanatório e eu protestei dizendo que não era louca.
Ajude-me".

SOFRIA HÁ MAIS DE 20 ANOS


Um terreiro de Umbanda decente, honesto, é a
Tenda Espírita de Umbanda "Cacique Sete Matas", na
rua Rio Pardo, 21 (fica na estrada da Vila Ema, na
altura do número 5.000) ônibus Vila Ema, no Correio,
praça Pedro Lessa, que atende sem cobrar nada, sem
dar listas para exus, sem fazer despachos, as quartas
e sextas-feiras, das 19:30 às 22:30 horas. É dirigido
pelo médium Joel Pereira e sua esposa dona Denise
Pereira. Acompanhem este caso de um homem rou-
bado no Candomblé de vigaristas e malandros:
- "Estou desesperado. Tenho dor de cabeça, ton-
turas e desmaios.Não consigo dormir. Um espírito me
acompanha há mais de 20 anos e não me deixa dor-
mir. Sacode a cama, ba!ançando-a de um lado para
outro. Vejo vultos e ouço vozes me chamando. Estou
quase louco. Os exames médicos foram todos negati-
vos. Sou mestre de obras e não consigo trabalhar.
Todas as noites vejo olhos vermelhos, parecendo de
fogo na minha frente. Quando esses olhos vermelhos

51
me aparecem fico duro, paralisado, como se estivesse
anestesiado. Já fui a um terreiro de Candomblé de
Jacareí. Disseram que eu tinha que fazer o santo (ras-
par cabeça). Gastei muito dinheiro e não resolveu
nada. Procurei um terreiro de Candomblé na Vila Alpi-
na e foi outra grande vigarice e roubalheira. Só me
tiraram dinheiro. Sou ogan há vinte anos e tabaqueiro.
Isso começou a acontecer depois da morte de um
irmão, de 7 meses".
O médium Joel Pereira e dona Denise Pereira
colocaram o sr. Aderbal Vasil na corrente com 40 mé-
diuns. Foram afastados exus e pombas-giras. Mas, o
mais impressionante foi a manifestação de um espíri-
to, que falou:
- "Sou irmão dele. Eu me chamava João. Mamãe
me matou em 1942 e me enterrou debaixo da cama,
no interior da Bahia. Eu estava com sete meses".
Aderbal Vasil confirmou que de fato seu irmão
João morreu com sete meses, e sua mãe numa crise
de obsessão matou-o, enterrando-o no quarto. Ader-
bal é médium. Já desenvolveu e está trabalhando na
corrente com os médiuns Joel Pereira e dona Denise
Pereira. Nos terreiros de vigaristas, que freqüentei,
diziam que ele não era médium, que ele tinha macum-
ba. Diziam isso para tirarem dinheiro. Ficou curado
sem gastar nada com os médiuns de Vila Ema, Joel e
Denise. Os terreiros de malandros e vigaristas, rou-
bam e ameaçam os afeitos com macumbas, se tenta-
rem denunciar à polícia.

VIGANÇA DA A M A N T E DO MARIDO
Os que moram no Jaçanã, Edu Chaves, Jardim
Brasil, Vila Sabrina, Vila Mazzei, Vila Galvão, Picanço,

52
Guarulhos, não precisam ir longe para encontrar uma
Umbanda pura, decente e honesta. É a tenda Caboclo
Piracá, rua Professor Henrich Nosdhorf, 96, Jaçanã
(atrás do Cine Coliseu), dirigida por dona Iracema dos
Reis que atende às terças e quintas-feiras, das 19:30
às 22 horas, sem cobrar nada, sem dar listas de comi-
das e bebidas para agradar exus e pombas-giras, não
faz entregas nas encruzilhadas, nem em cemitérios;
não aceita pedidos para o mal. É umbanda sem ata-
baques, com muitas preces e cânticos. Acompanhem
este caso enviado à médium dona Iracema dos Reis:

- "Meu marido conheceu uma moça e tornou-se


sua amante. Fui falar com a moça e disse-lhe que meu
marido tinha seis filhos para criar. Ela respondeu que
não tinha nada com isso e ia acabar comigo e com o
casamento. Meu marido tempos depois tornou-se um
demônio dentro de casa. Começou a me bater e a
reclamar de tudo. Toda comida que eu fazia não pres-
tava. Na comida dele apareciam cabelos, por mais
cuidado que eu tivesse no preparo da comida. Come-
cei a ficar doente. Sentia um mau cheiro terrível, como
se fosse carne podre (carniça). Passei a ver vultos
andando pela casa. Meu marido não parou mais em
empregos. Faz dois anos que está desempregado e
não liga para nada. Já pedi que fosse embora com a
amante dele e ele diz que não vive sem mim. Ele mal-
trata os filhos. Xinga minha filha mais velha dos piores
nomes. Faz coisas de arrepiar os cabelos. Todos os
nossos parentes se afastaram de casa. Já gastei muito
dinheiro em terreiros. Num terreiro me pediram 2.000
cruzeiros para despacho. Dei o dinheiro e não adian-
tou nada. Era tapeação, roubalheira. Dei o dinheiro por-
que estava desesperada. Sei que o meu caso é espiri-
tual. Sei que tenho mediunidade e comecei a desen-

53
volver, mas não posso continuar, pois pedem dinheiro
até para desenvolvimento da mediunidade. Todos os
terreiros onde fui, só pedem dinheiro. Sem dinheiro,
nada feito, viram a cara e nem falam mais com a gen-
te. Ajude-me por favor, não tenho nem para comer,
quanto mais para dar dinheiro em terreiro, a)
W.M.L.".
A umbanda de vigaristas e malandros engana os
doentes, tapeiam com vigarice de dar comidas e bebi-
das para agradar exus e pombas-giras. Outros viga-
ristas dizem que precisam "dar comida para o santo"
ou "deitar o santo". Tudo palhaçada, roubalheira,
malandragem, que não resolvem nada.

MINEIRO QUERIA COMER VELAS


Acompanhem este caso curado nos trabalhos da
médium Isaura Machado, na Consolação, com
desobsessões (afastamento de espíritos) com os espí-
ritos de "Vovó Zeferina" e "Caboblo Pena Dourada":
"- Sr. Moacyr Jorge. Meu irmão João Batista
resolveu passar a Páscoa com meus pais, na cidade
de Carmo do Rio Pardo, no Sul de Minas Gerais. Era o
ano de 1976. Chegando à pequena cidade mineira,
encontrou-se com amigos de infância e começou a
beber. De repente, teve um ataque e ficou duro, com o
rosto deformado, com as mãos em garra. Ficou furio-
so, que nem cinco ou seis pessoas fortes conseguiam
segurá-lo. Durante a crise violenta ele pedia cachaça
(marafo) e velas pretas e vermelhas para comer.
Queria comer galinhas pretas cruas, sem depenar,
nos dentes. Meus pais, católicos, ficaram horrorizados
e pensaram que meu irmão estivesse louco. Meu
irmão ficou muito doente e veio para São Paulo. Os

54
médicos chegaram a suspeitar de câncer no baço.
Logo depois, saiu um caroço junto do pescoço e os
médicos operaram para fazer a biópsia. Aquela
operação nunca cicatrizou e saia muito pus e sangue
massado, quase preto. Não conseguia comer. Tudo
que comia vomitava. Estava morrendo aos poucos.
Tentou o suicídio atirando-se nas rodas de um carro.
Depois tentou o suicídio rasgando os pulsos com uma
pedra. Quando tinha ataques ficava duro como uma
pedra e as mãos ficavam em garra, como um animal.
Não dormia, vivia sempre triste e angustiado. Pedia-
sempre velas pretas para comer. Ele foi hospitalizado
em estado grave. Fiquei desesperada. Fui procurar a
médium dona Isaura Machado, na Tenda Espírita de
Umbanda "Vovó Zeferina" e "Caboclo Pena Doura-
da". Vovó Zeferina me disse que levasse uma camisa
dele, que não estivesse lavada e que estivesse com as
energias do corpo (suor, fluidos) na camisa. Pediu
também uma fotografia dele. Fui lá e na primeira des-
carga foram registrados cinco exus. Na segunda des-
carga, com fotografia e a camisa dele, foram retirados
mais 5 exus. Foram feitas cinco descargas e ele saiu
do hospital, com uma melhora de 60 por cento. Levei-
D pessoalmente para a sexta descarga. Foram retira-
dos todos os exus e pombas-giras. Era uma terrível
macurnba. Meu irmão João Batista Gonçalves, que
está residindo na Santa Cecília, ficou completamente
curado. Nunca mais teve ataques. O caroço do pes-
coço secou completamente. Quero agradecer publi-
camente a dona Isaura Machado, pois meu irmão
' c o u curado sem eu gastar nada. É umbanda decen-
te não se fala em dinheiro. O povo precisa saber dis-

55
MULHER DE BIQUINI "ERA MISS"
- "Prezado senhor José Benedito da Silva.
Casei-me no ano de 1974 e tenho dois filhos. Minha
felicidade durou apenas dois anos. No ano de 1976,
minha esposa que era humilde e carinhosa com os
filhos, passou a ter um comportamento estranho. Pas-
sou a pintar-se exageradamente. Estranhamente pas-
sou a odiar a mim e aos filhos. Não faz mais nenhum
serviço de casa. nem mesmo a comida para as crian-
ças. Toma oito banhos por dia e faz oito troca de rou-
pas íntimas e vestidos. Em determinados dias da
semana, veste um biquini e anda pela casa. Quando a
repreendo, ela diz que não se chama (Helena) e quer
que a chame de Marta Rocha. Cansado de correr em
médicos psiquiatras e fazer exames, resolvi levá-la a
um pastor evangélico aqui de Piracicaba. Ao receber
a bênção teve uma crise tão violenta, que muitas pes-
soas não puderam segurá-la. Chegou a quebrar os
bancos da Igreja. Lutou furiosamente com o pastor
quebrou-lhe o braço. Não teve melhora nenhuma com

56
o tratamento evangélico e resolvi levá-la a terreiros de
Umbanda. Só me pediram dinheiro, com despachos
(essa grande vigarice) e não tenho mais com que gas-
tar. Estou reduzido a zero, por causa desse problema
de minha esposa. Ajude-me, em nome de Deus", a)
J.C.M., Piracicaba.
O médium José Benedito da Silva já mandou o
convite, com o dia e hora que essa senhora de Piracica-
ba deverá ser levada à cidade de Conchas. Mais uma
carta que comprova a vigarice e malandragem nos
terreiros. Para estorquirem dinheiro, dizem que o
doente tem de fazer despacho (entrega nas encruzi-
lhadas), para desfazer a macumba. Apavoram os
doentes e os familiares. Agem criminosamente,
sabendo que despacho é vigarice e não vai resolver
problema nenhum do doente. Tapeiam prometendo
curar com despachos, deixando desiludidos os que
os procuram. A Umbanda honesta não dá listas para
despachos e nem faz trabalhos em encruzilhadas.

HOMEM FALAVA DORMINDO


Acompanhem este caso curado pela médium
dona Alice Julio Cantarani, da Tenda de Umbanda
"Cabocla Nancy". Diz o leitor J. S. em sua carta de
agradecimento:
- "Sr. Moacyr Jorge. Eu vinha sofrendo há oito
anos contínuos. Sentia forte dor de cabeça. Desespe-
rado passei a beber, pensando que o álcool poderia,
me aliviar. Vivi com terrível angústia e medo. Só o ál-
cool me encorajava e me fazia sentir alívio. Mesmo
sem bebida nenhuma, eu perdia os sentidos, sem
desmaiar. Eu ficava desligado deste mundo, mas não
caía ao chão: Ficava andando pelas ruas sem destino,

57
sem saber o que estava fazendo. Não conseguia parar
em emprego nenhum. Durante a noite eu tinha pesa-
delos. Sonhava com pessoas já falecidas. Minha
mulher dizia que não conseguia dormir, pois eu con-
versava alto quando estava dormindo. Eu falava e ela
não conseguia entender nada. Cheguei a ser preso
várias vezes, por estar andando sem destino, sem por-
tar documento nenhum no bolso. Uma das vezes saí
de casa para ir ao Banco e quando recuperei os senti-
dos estava preso na Delegacia do Distrito. Eu não
acreditava em Espiritismo, nem em Umbanda, mas
meu pai convenceu-me de procurar a Tenda de
Umbanda "Cabocla Nancy", na rua Particular B, 35,
no ponto final do ônibus Sapopemba. Fui lá e a mé-
dium dona Alice Júlio Cantarani, depois de ouvir meu
problema, colocou-me na corrente de médiuns. Foram
afastados 21 exus e pombas-giras. O chefe da falange
de exus disse que era um trabalho para que eu ficasse
louco. Era o Exu-Morcêgo. Receberam também espíri-
tos em sofrimento, que foram afastados com preces.
Dona Alice Júlio Cantarani disse-me que eu tinha
mediunidade. Depois de afastados os espíritos, não
mais bebi. Tenho até nojo da bebida. Nunca mais tive
perda dos sentidos. Estou completamente curado".

QUASE MATOU O PRÓPRIO FILHO


Quem mora na Aclimação, Cambuci, Liberdade,
Glicério, pode confiar num terreiro honesto, de
umbandistas dignos, decentes. É a Casa de Caridade
"Mãe Iemanjá", na rua Dom Duarte Leopoldo, 24,
Aclimação, que atende às terças e quintas-feiras, das
19:30 às 22 horas, com as médiuns dona Helena e
dona Deise, sem cobrar nada, sem dar listas de comi-

58
das e bebidas para agradar exus, sem fazer despa-
chos. Umbanda de respeito ao povo e de muito amor
pelo próximo. Os doentes ficam curados em duas ou
três semanas no máximo. Acompanhem este caso
curado pelas médiuns Helena e Deise:
"- Sou nissei e tenho 25 anos de idade. Sentia
forte dor de cabeça, tonturas, parecia que eu ia des-
maiar. Quando tinha crises nervosas quebrava tudo
dentro de casa, chegando a ferir meu marido. Moro
num apartamento da rua Helena Zerrener, na Liberda-
de. Cheguei a ameaçar matar meu próprio filho, de
poucos meses. Procurei vários terreiros de Umbanda
e só encontrei vigarices e roubalheiras. Meu marido
me internou num sanatório psiquiátrico e fui tratada
com eletrochoques e drogas tóxicas. Saí do sanatório
e voltei para casa. Dias depois fui novamente interna-
da, em virtude de uma outra forte crise. Meu marido lé
NOTÍCIAS POPULARES e foi procurar as médiuns
dona Helena e dona Deise. Fui levada para esse
terreiro de gente muito educada, humilde. Quando
cheguei lá, me deu uma vontade de matar a todos que
estavam no terreiro. Tive outra crise violenta. Depois
de muita luta, pois vários homens tentavam me domi-
nar, fui colocada na corrente de médiuns. Foram
afastados muitos exus,. pombas-giras e sofredores.
Fui avisada que tinha mediunidade e passei a fre-
qüentar com seriedade. Não quero sofrer mais, o que
já sofri. Não quero nunca mais voltar para sanatórios
psiquiátricos. Hoje estou desenvolvendo a mediunida-
de e voltei a viver muito feliz para meu filho e meu
marido. Eles sofreram muito por minha causa, sem
que eu tivesse culpa. Nos terreiros que freqüentei só
tiraram dinheiro, dizendo que era macumba para ser
desfeita. Nunca me disseram que eu tinha mediunida-

59
de. Agradeço a todos da Casa de Caridade "Mãe
Iemanjá."

BIFE C O M PIMENTA NO CEMITÉRIO


Eis uma curiosa carta que recebemos de um lei-
tor de Vila Gustavo, depois do Tucuruvi:
- "Sou casado há quatro anos e tenho duas
filhas. A primeira com 2 anos e a segunda com 4
meses. Há alguns meses minha esposa mudou o
comportamento, e como tenho dois empregos quase
não para em casa, nunca tinha observado nada. Nos
últimos quinze dias é que vi suas atitudes estranhas e
fiquei alarmado. Ela me dizia que eu estava usando
roupa de mulher e que queriam roubar nossas filhas.
Pedia que eu tomasse cuidado pois iam me matar.
Dizia ver alguém dentro de casa e tinha medo de ficar
sozinha. Ouvia passos dentro de casa e alguém
batendo no vitrô. Nessa noite não consegui dormir,
pensando que ela tivesse ficado louca. Levei-a ao mé-
dico e depois de lhe relatar tudo, encaminhou-a a um
psiquiatra. Este psiquiatra recomendou a internação.
Está internada. Fui visitá-la e ela conversou comigo
normalmente. A conselho de um amigo procurei um
terreiro no bairro de Pinheiros. Disseram que ela está
com encosto, mas não afastaram o espírito. Pediram
que eu levasse a um cemitério, num túmulo bem pre-
to, uma garrafa de pinga, 7 velas pretas, 7 charutos,
um bife com bastante pimenta num prato edeixasse
sobre o túmulo. Achei isso uma vigarice, embora não
leia sua coluna diariamente. Pediria que me ajudasse,
pois as crianças não podem passar sem minha espo-
sa."

60
Os vigaristas da Umbanda fazem essas palhaça-
das. Num terreiro honesto fariam a descarga, afastan-
do o espírito ou espíritos para os médiuns e a doente
ficaria aliviada. Fariam o afastamento do espírito até
por fotografia, sem a presença da doente, que está
internada. Nos terreiros de bandalheiras e vigarices,
mandam levar cachaça, velas, charutos, carne crua
para exus. Isso é robalheira, malandragem. Nos
terreiros honestos os doentes não gastam nada. Exus
não pedem nada. Nem exus, nem pombas-giras.
Este caso foi encaminhado a médium dona
Sebastiana Binotti, da Tenda Espírita de Umbanda
"Mãe Barbara", na rua Tanque Velho, 1.635, na Vila
Nivi (ônibus Vila Constância que parte da Estação
Metrô Carandirú, passa na porta. A médium Sebas-
tiana Binotti atende às sextas-feiras e sábados das 15
às 18 horas, sem cobrar nada, sem dar listas de comi-
das e bebidas para exus e pombas-giras. Faz descar-
gas espirituais corretas, afastando seis, oito, dez espí-
ritos maus de cada vez. Os doentes não gastam nada
e nem acendem velas. É Umbanda pura, de respeito
ao povo.

DRAMA DE MULHER ALCOÓLATRA


Acompanhem este caso atendido pela médium
dona Édna Freire, do Templo Espiritual de Umbanda
"Cacique Woka" e "Pai João Moçambique", na rua
Francisco Luiz de Souza, Passagem 4, Casa 38, na
Água Branca (fica na avenida Santa Marina, perto do
frigorífico "Prenda"). Umbanda decente, digna, de
respeito ao povo. Não cobra nada, não dá listas de
comidas e bebidas para agradar exus e pombas-giras
em encruzilhadas ou cemitérios. Não faz despachos.

61
Afasta os espíritos, depois de doutriná-los a não fazer
maldades. No terreiro de dona Édna Freire Exu não
manda, obedece. Acompanhem o caso de dona Tere-
zinha, atendida e curada pela médium dona Édna
Freire:
"- Eu era uma criatura infeliz. Dei para beber e
queria me libertar do terrível vício da embriaguês.
Meus filhos (tenho dez) sentiam vergonha de mim.
Minha vida era tomar cachaça, de manhã até de noite.
Não me contentava em beber em casa. Passei a beber
em bares, longe dos olhos dos meus filhos. Mas,
todos eles percebiam que eu estava embriagada e me
censuravam. Uma de minhas filhas, chorando, che-
gou a suplicar:
- Mamãe, não beba mais. A senhora está nos
causando vergonha. Está destruindo nossa casa. A
senhora não liga mais para nada. Nossa casa está
sempre em desordem. Pelo amor de Deus, deixe de
beber.
- Aquelas palavras de minha filha não me como-
veram. Prometi que deixaria de beber, mas uma força
estranha pedia bebida. Eu não podia controlar essa
força invisível. Algumas vizinhas, que ainda tinham
amizade comigo e muita pena do meu comportamen-
top, aconselharam-me a procurar um terreiro de
Umbanda decente, honesto. Fui procurar a médium
dona Édna Freire, no Templo Espiritual de Umbanda
"Cacique Woka" e "Pai João de Moçambique". Fiz um
esforço para não beber. Quando cheguei diante de
Pai João Moçambique, ele me disse:
- Filha, você bebe porque tem mediunidade,
agravada com uma macumba que lhe mandaram.
Está com espíritos maus que a obrigam a beber. Vai
ficar liberta desses espíritos, mas deve ajudar-se, ten-

62
do pensamentos bons, positivos, para não atrair
outros espíritos maus.
- Foram afastados vários exus e pombas-giras.
Fiquei completamente curada. Não tive mais vontade
de beber. Hoje sou médium e estou cumprindo a mis-
são de ajudar os que sofrem, como que eu sofri. Vivo
muito feliz, com a volta do carinho e do sorriso de
meus queridos filhos."

0 FUNCIONÁRIO DO JOCKEY C L U B
Vítor Moraes Ferreira, de 41 anos de idade, traba-
lha no Jockey Club de São Paulo e reside na rua
Venâncio Flores, no bairro do Rio Pequeno, Butantã.
Seu sofrimento levou-o a procurar a Umbanda séria
da médium dona Cecília Barbosa. Ele relatou as tor-
mentas que teve por causa de sua mediunidade. Não
sabia que era médium e não aceitava nenhuma forma
de espiritismo. Disse-nos :
- "Sofri durante 12 anos. Tudo começou com
uma crise nervosa. Saí de casa completamente deso-
rientado e andei pelas ruas sem destino até de manhã.
Eu falava com pessoas desconhecidas, pedindo que
rezassem. Com algumas pessoas, o tratamento era
outro. O espírito que possuía o meu corpo, xingava
dos piores palavrões. Cheguei a correr atrás de minha
mãe, para matá-la. Eu perdia os sentidos sem des-
maiar. Quando recuperava a razão, não me lembrava
de nada. Os outros me contavam tudo e eu ficava
horrorizado. O espírito dizia que ia pôr fogo na casa e
minha esposa chegou a esconder fósforos, e até o
botijão de gás. Às vezes, eu fugia de casa e o espírito
me levava para o mato, onde passava a noite inteira na

63
friagem, ao relento. Não podia ver animais. Matava
cachorros, passarinhos. Trabalhava no Jockey Club o
dia inteiro, sem sentidos. Saía de casa às 5 horas da
manhã e voltava de noite, sem saber o que havia feito
durante o dia. Cheguei a tomar dois litros de pinga,
sem ficar embriagado. Bebia e não me acontecia
nada, somente quando eu estava possuído pelo espí-
rito mau. Em estado normal, se tomava uma pinga
como aperitivo já ficava zonzo, quase bêbado. Vim
carregado por minha mulher e pessoas amigas, aqui
para a Tenda "Mãe Cabocla da Guiné". A médium
dona Cecília Barbosa fez uma descarga com oito mé-
diuns e saí aliviado. Voltei para outras descargas e
foram afastados muitos exus e pombas-giras. Em
pouco tempo passei a receber o Caboclo Jangadeiro.
Não tive mais perda de sentidos e nunca mais passei
noites no mato. Estou muito feliz por ter encontrado
uma Umbanda que faz a verdadeira caridade, dando
de graça o que de graça foi dado por Deus."

64
MORCEGO MISTERIOSO EM OURINHOS
Da cidade de Ourinhos, a A. Rigamonti, fez o
seguinte apelo ao médium José Benedito da Silva, da
Tenda de Umbanda "Nosso Senhor do Bonfim", na
avenida Campinas, 257, na cidade de Conchas :
- "Se for permitido por Jesus, venho pedir ajuda
para minha filha. Quando tinha 9 anos ficou completa-
mente cega. Levei-a a vários médicos especialistas.
Os exames foram negativos e disseram que ela não
tinha nada nos olhos. Levei-a a um Centro Espírita e
depois de algum tempo voltou a enxergar, pois o
problema era espiritual. Depois de sete meses, ficou
surda. Uma semana antes de acontecer isso, ela
chorava muito. Apareceu-lhe um morcego que a ator-
mentava até à meia-noite. Eu matava o morcego e
amarrava as patinhas dele, deixando-o pendurado na
parede. No outro dia, o morcego não estava mais na
parede. Quando chegava a noite, pouco antes de
meia-noite, o morcego aparecia de novo. Um dia ela
brincou bastante com outras meninas e foi dormir. Ao

65
acordar estava surda, não ouvia nada. Apenas ouvia
uma voz no seu ouvido, que mandava a beber. Até
hoje ela é surda e fala constantemente em se matar e
matar os outros. Quando está sozinha começa a dar
risadas e resmungar com voz estranha. Já levei a tudo
quanto é terreiro de Umbanda. Fizeram despachos,
mas nada adiantou. Cada dia que passa ela está mais
agressiva. Não sei o mais que fazer para vê-la feliz."
O caso desta menina seria resolvido em duas ou
três semanas num Centro Espírita honesto ou num
terreiro de pessoas dignas e decentes, que fizessem
descargas espirituais (afastamento de espíritos maus
e sofredores). Os Centros Espíritas tapeiam e não
cobram nada. A maioria dos terreiros, rouba os doen-
tes com a vigarice de dar comidas e bebidas para
exus e pombas-giras nas encruzilhadas ou cemitérios.
Roubam os doentes e ameaçam com macumbas se
reclamarem.

MULHER INTERNADA COMO LOUCA


Do Jardim Guarujá, em Piraporinha, Santo
Amaro, Maria José A. C, relata ao médium Pedro
Furlan, de Presidente Altino, Osasco, seu sofrimento :
- "Desde 1965 venho sofrendo de um mal que
não sei explicar. Sinto um forte cheiro de pinga em
tudo que pego nas mãos. Enquanto não tomo um gole
de pinga, não desaparece o cheiro. Depois que tomo,
nem que seja apenas uma gota, perco os sentidos e
não vejo mais nada. Fico desmaiada. Em 1969 me
casei e meu marido já lutou de todas as maneiras e
venho piorando dia a dia. Os exames radiográficos,
eletroencefalogramas não deram nada. Já fui interna-
da quatro vezes em sanatórios psiquiátricos, por ten-

66
tativa de suicídio. Os médicos dizem que não tenho
nada, mas continuam a receitar psicotrópicos. Às
vezes, estou trabalhando quando me dá isto. De
repente, perco os sentidos e não vejo mais nada.
Quando acordo já estou internada em sanatório.
Tenho 38 anos. Ajude-me por caridade"
a) Maria José A.C.
Da cidade de Campinas, José Flávio A., relata
seu problema em carta ao médium Pedro Furlan:
- "Estou sofrendo há quatro anos. Perco os sen-
tidos e não posso mais dirigir carro. Dirigindo minha
motocicleta perdi os sentidos e sofri um acidente
sério. Um espírito toma o meu corpo e me leva a
beber. Bebo sem saber que estou bebendo, pois fico
inconsciente. Quase desmanchei meu casamento,
por causa desses problemas. Perdia os sentidos na
rua e andava a esmo horas a fio, e quando recuperava
a consciência não sabia onde havia estado, nem por-
que me encontrava naquele lugar. Mesmo sem beber,
eu caía na rua."
Este moço compareceu a dois trabalhos do mé-
dium Pedro Furlan e todos os problemas cessaram.
Não teve mais perda de consciência, depois de pas-
sar por duas descargas espirituais com 30 médiuns. O
problema da perda dos sentidos sem desmaiar é mui-
to grave e muitos doentes são tratados como epilépti-
cos sem o serem.

MORTO FALA COM O PAI


Este caso prova que os Centros Espíritas estão
destruindo a doutrina de Allan Kardec, não interrogan-
do os espíritos. Os espíritos em sofrimento, às vezes,

67
desejam fazer pedidos aos parentes: aos pais, aos
maridos, às esposas ou filhos. Dar cargas magnéticas
na cabeça do médium, para aliviar os espíritos e não
ouvir o que ele deseja, é o mesmo que fechar a porta
na cara de quem bate à porta e nos pede socorro. A
senhora M.A.R., residente no Alto da Lapa, em São
Paulo, contou-nos o drama que viveu de 1960 a 1962:
- Com 16 anos eu trabalhava nos escritórios da
indústria de chocolates Falchi. Morava em Osasco.
Todas as manhãs, às 6 horas, apanhava um trem de
subúrbio da Sorocabana. Quando saía de casa, via
dois espíritos vestidos de preto, no alto do poste de
iluminação pública. Logo em seguida, eu perdia os
sentidos sem desmaiar. Tomava o trem de subúrbio
na Estação "Comandante Sampaio" (Km. 18) sem
saber de nada, pois havia perdido os sentidos. Eu era
guiada para os mais diferentes lugares, pelos espíritos
que me perseguiam. Descia na Estação "Júlio Pres-
tes" e não ia trabalhar. Andava muitos quilômetros por
dia, por vários pontos da cidade de São Paulo. Quan-
do recuperava os sentidos, estava dentro de uma igre-
ja acendendo velas, em bairro que eu não conhecia e
nem sabia como voltar para a cidade. Quando descia
na Estação da Sorocabana minha vontade era entrar
em igrejas e acender velas. Corri todas as Igrejas do
Centro e dos bairros, gastando a todo meu salário em
velas, para acender nos altares. Fiquei 70 dias sem ir
ao escritório da fábrica de chocolates Falchi. Minha
família ficou desconfiada e foi à fábrica. Eu não levava
dinheiro para casa. Na fábrica ficaram sabendo que
eu estava faltando há mais de dois meses, e seria des-
pedida assim que aparecesse. Quando eu acordava
de manhã, sentia-me mal, tinha muita angústia e
medo. Tinha medo de morrer, porque o meu coração

68
disparava. Dava-me aflição não me alimentava. Joga-
va a comida da marmita no lixo antes de sair de casa.
Quando minha família começou a me interrogar, para
saber onde eu passava o dia, suspeitando até da
minha idoneidade, da minha moral, contei-lhe que
não sabia o que estava acontecendo comigo. Disse às
minhas tias que perdia os sentidos e só os recuperava
dentro de igrejas, onde eu acendia velas. Eu tinha cri-
ses de choro sem motivo e falava coisas sem sentido,
absurdos. Minha família não aceitava o espiritismo e
providenciou minha internação no sanatório Charcot.
Quando eu soube, que ia ser internada, chorei, fiquei
desesperada. Sai de casa disposta a me suicidar.
Escrevi uma carta e fui procurar o radialista Corifeu de
Azevedo Marques, do Grande Jornal Falado Tupi, na
redação dos "Associados" na rua Sete de Abril, para
entregar uma carta, que deveria ser entregue à minha
família, depois que eu me jogasse do Viaduto do Chá.
Corifeu de Azevedo Marques me deu bons conselhos
e voltei para casa. Parece que o espírito ficou penali-
zado da minha situação e me deu paz. Ao chegar na
sala de minha casa desmaiei. O espírito que se apos-
sou do meu corpo falava para minhas tias:
Preciso falar com meu pai, urgentemente. Ele
cometeu uma injustiça. Esta moça deve ir a São
Roque, na casa de meu pai. Vou usar o corpo dela
para falar com ele. Ele não deu nada, no inventário,
para minha irmã de criação. Está fazendo injustiça.
Depois de falar com meu pai, ela vai receber os guias
e não a atormentarei mais. Se meu pai não me aten-
der, vou atormentá-lo até a morte.
No dia seguinte, fui para São Roque, com minhas
tias. Chegando nas proximidades da casa, onde o
espírito havia residido em vida, saí correndo. Ao entrar

69
na sala desmaiei. O Espírito conversou com o pai
minhas tias me contaram o pedido que ele fez:
- Papai, dê a minha parte, do inventário para
minha irmã fulana. Não faça injustiça.
O velho não acreditou na comunicação do espíri-
to do filho. Sua vida foi de mal a pior. Depois de velho,
foi abandonado e escurraçado pela esposa e pelos
filhos. Morreu num porão, usado como paioí de milho
em um sítio. Morreu no abandono, em extrema misé-
ria. Voltei de São Roque e passei a receber meus
guias Vovó Sabina, o preto velho José Boiadeiro, e um
médico que se identificou, apenas, por "Dr. Fernan-
do". Esse espírito médico fez muitas curas, usando o
meu corpo para cumprir a missão. Quero esclarecer,
que o espírito que me atormentava era um doente
mental, que sempre ia pedir comida na casa de meus
pais. Não posso dar o nome desse espírito, nem do
pai, pois a família católica, ainda mora em São Roque.
Apesar da prova que foi dada, até hoje não admite a
comunicação dos espíritos. Continua ignorante, sem
admitir a sobrevivência depois da morte". Recebo
meus guias em minha casa. Quando passei por esse
drama, que quase me levou ao suicídio, só encontrei
Umbanda de mulheres vigaristas, que só pediam
dinheiro e listas para despachos. Todos os terreiros
onde fui só falavam em curar por dinheiro e dinheiro
alto, que eu não podia dar. Desiludida resolvi não
entrar mais em terreiros de Umbanda. Recebo os
guias em minha casa e minhas tias falam com eles. No
dia que encontrar um terreiro honesto, talvez venha a
vestir roupa branca. Meus próprios guias me aconse-
lharam a "não entrar em terreiros, pois existe muita
bandalheira e sem-vergonhice".

70
VULTOS PRETOS A T A C A M MOÇO
Nos trabalhos da médium dona Cecília Barbosa,
na Tenda Espírita de Umbanda "Mãe Cabocla da Gui-
né", na avenida Corifeu de Azevedo Marques, 3.283,
no Butantã, grande número de doentes com obsessão
(falsa loucura) perderam a fé nos tratamentos médi-
cos. Com exames médicos negativos, eram tratados
com calmantes tóxicos. A srta. Josefa de Araújo, de
22 anos, residente na rua João Antonio, no Jardim
Veloso, em Osasco, relatava seu problema:
- "Comecei a ter desmaios com 17 anos. Estava
estudando o colegial. Para ir à escola segurava-me
em pessoas, pois eu sentia tonturas muito fortes.
Quando não havia ninguém perto de mim, eu caía e
ficava desmaiada na rua. Desmaiei várias vezes na
escola. Sentia uma dor de cabeça forte, desesperado-
ra. Via vultos pretos avançarem contra mim, para me
agarrarem. Quando esses vultos pretos estendiam a
mão para me segurar a garganta, eu perdia os senti-
dos e caía ao chão. Minha mãe diz que eu gritava e o

71
espírito que tomara o meu corpo dizia: - "Não adianta
rezar. Eu vou levá-la comigo. Ela vai morrer". Esse
espírito mau disse para minha mãe que morreu atro-
pelado por um carro. Um outro espírito se apoderava
do meu corpo e meu pai, sr. Cícero, fazia perguntas.
Além de não responder às perguntas, quando lhe per-
guntava o nome, respondia: — "Não lhe interessa". Fui
a médicos psiquiatras e os exames do cérebro (ele-
troencefalogramas) foram normais. Os médicos
diziam que meu caso era dos nervos, psicológico e
receitavam calmamente tóxicos. Quanto mais calma-
mentes eu tomava, mais ataques (desmaios) tinha. Fui
tratada como epiléptica, sem ter nenhuma anormali-
dade no cérebro. Freqüentei um terreiro na Vila Santo
Antônio, Osasco, e não tive melhora nenhuma. Numa
das crises, o médico recomendou minha internação
em sanatório psiquiátrico, mas meu pai não concor-
dou. Lendo NOTÍCIAS POPULARES, a coluna "Coi-
sas do Outro Mundo", fui procurar a médium dona
Cecília Barbosa. Fui colocada na corrente com 20
médiuns e foram afastados os espíritos que me ator-
mentavam. Fiquei curada e estou desenvolvendo a
mediunidade. Nunca mais tive desmaios, nem visões.
Quero esclarecer também, que eu ouvia barulho nos
móveis durante a noite. Ouvia passos fortes na sala e
me levantava e não via ninguém. Um vulto de mulher
me aparecia na beirada da cama. Eu ficava olhando,
apavorada, sem fala. A mulher era alta, magra, com
um chapéu branco, de abas largas. Com a graça de
Deus, não tive mais nada depois que vim trabalhar na
corrente de médiuns, com dona Cecília Barbosa.
Estou muito feliz, pois é um terreiro de respeito ao
povo, que trata os doentes com muito amor e cari-
nho".

72
FICOU TRÊS DIAS COMO MORTA
Muitas pessoas ignorantes riem e fazem pouco
caso das comunicações dos espíritos. Só acreditam
quando estão em desespero. Foram ensinadas por
padres mentirosos, que os espíritos não se comuni-
cam. Homens e mulheres da roça sofrem muito por
darem créditos às mentiras dos padres. Foi o que
aconteceu com Nancy Alves da Costa, de 31 anos,
residente no Jardim das Flores, em Osasco. Ela nos
dizia:
- "Morávamos em Getulina, perto da cidade de
Lins. Eu era filha de lavradores, de pessoas humildes
da roça. Não podia nem ouvir falar em Espiritismo.
Casei-me com 15 anos e aos 16 anos tinha o primeiro
filho. Depois do nascimento de meu filho, comecei a
ter desmaios. No começo eram desmaios fracos.
Mas, um dia tive um ataque violento e fiquei como
morta três dias. Quando recuperei os sentidos, minha
mãe estava ajoelhada ao lado da cama, rezando e
chorando ao mesmo tempo. Nesses três dias que
fiquei sem sentidos, fui levada a conhecer o outro
mundo. Eu me via num lugar florido, muito lindo e
havia uma fila de mulheres vestidas de branco. Eu
queria acompanhar aquela procissão, mas não me
deixavam entrar na fila. Meu marido resolveu trazer-
me para São Paulo, pois os recursos médicos eram
maiores. Fiz eletroencéfalogramas, mas os resultados
foram negativos. Eu não tinha nada no cérebro e era
tratada como epiléptica. Ouvia vozes e via dois espíri-
tos dentro de casa. Passei a ter ódio das crianças.
Não cuidava mais da casa. Um filho meu morreu por
falta de cuidados e o médico me chamou de crimino-
sa. Desesperado meu marido passou a levar-me a
terreiros. Era só vigarice, só queriam dinheiro. Fingiam

73
receber espíritos e só falavam bobagens. Cheguei a
pesar 20 quilos. Era só pele e osso. Magrinha como
era, tive uma crise e lutei com um homem gordo, com
1,80 de altura. Quando eu tinha crise ficava com uma
força descomunal. Eu pedia a Jesus para que me
levasse. Não suportava mais os sofrimentos. Às vezes,
eu me via como uma mulher gigante, com mais de
quatro metros de altura. Depois de ver tantas vigarices
em terreiros de Umbanda, meu marido ficou descren-
te de tudo e já estava providenciando minha interna-
ção no Hospital do Juqueri, em Franco da Rocha.
Todos diziam que eu estava louca. Eu via espíritos e
brigava com eles, dando socos no espaço. Eu via os
espíritos, mas minha família não via. Atirava pedras
quando esses espíritos me perseguiam na rua. Nin-
guém acreditava no que eu dizia. Reclamava e gritava
quando via um espírito monstro, peludo, como um
urso. Pegava paus e atirava nele. Depois me apareceu
um espírito ao lado da cama. Era um baiano, bem
moreno, com uma calça de bocas largas e um cipó
amarrado na cintura. Outros espíritos usavam pena-
chos e pareciam índios. Uma pessoa caridosa quí
teve pena de mim e nem me lembro o nome, aconse
lhou-me a procurar o médium Pedro Furlan, em Presi
dente Altino, Osasco. Fui a Tenda "Santo Antonio" e
fiquei complementamente curada. Estou há 7 anos, na
corrente de médiuns de Pedro Furlan. Nunca mais tive
desmaios, nem crises nervosas, nem visões. Vivo mui
to feliz depois que encontrei esta Umbanda pura, de
muito amor, de caridade verdadeira."

74
MULHER NEGRA NO APARTAMENTO
Acompanhem este caso curado pela médium
dona Alice Júlio Cantarani, da Tenda de Umbanda
"Cabocla Nancy", na rua Particular, B-35 (continua-
ção da rua Walter Ferreira, que fica ao lado do Grupo
Escolar) no ponto final do ônibus Sapopemba, que
atende às segundas e quartas-feiras, a partir das 14
horas, sem cobrar nada, sem dar listas para despa-
chos, sem fazer entregas para exus epombas-giras.
Umbanda decente, limpa, pura, honesta. Leiam o
caso impressionante da senhora Marlene Tobri, da
Água Rasa:
- Eu ouvia uma voz e me virava para ver quem
era e não via ninguém. Sentia uma mão de invisível
nas costas, querendo me pegar. Quando sentia essa
mão eu desmaiava e ficava sem sentidos algum tem-
po. Eu começava a rezar e o invisível me dava tapas
no rosto, ou na boca. De madrugada eu levantava
para dar mamadeira para o nené e quando preparava
a mamadeira me dava tapas nas mãos. Durante a noí-

75
te, o espírito se apossava de mim e eu falava coisas
estranhas, meu marido ficava apavorado. Meu marido
dizia que eu era louca e queria me internar. Fui à mé-
dium dona Alice e fiquei curada em duas semanas,
sem gastar nada. Foram afastados 5 exus e sofredo-
res. Sofri durante 3 anos por não saber que tinha
mediunidade.
A médium dona Alice Júnior Cantarani está aten-
dendo uma senhora de 58 anos, Dona Olga M.O. resi-
dente no largo do Arouche, Santa Cecília que esteve
na redação de NOTÍCIAS POPULARES e contou seu
drama.:
- "Estou sofrendo há seis anos. Já corri Centros
Espíritas, mas não fazem afastamento de espíritos. Já
fui a terreiros de Umbanda e só querem dinheiro.
Tudo começou em 1972 quando saí para fazer com-
pras num supermercado. Fui seguida nas ruas por
uma mulher negra, com uma criança branca no colo.
Não dei muita importância. Mas, ao chegar à porta do
prédio, comecei a me preocupar. Ela entrou e ficou
esperando o elevador juntamente comigo. Abri a porta
o
do elevador e ela entrou. Desci no 7 andar e ela des-
ceu também. Caminhei pelo corredor e parei para
apanhar a chave do apartamento. Ela parou também.
Entrei e fechei a porta assustada. Dei duas voltas na
chave. Quando eu estava na cozinha, ela me apare-
ceu. Perguntei como entrara sem ter chaves, não me
respondeu. Fui ao banheiro e fechei a porta. De
repente, ela estava dentro do banheiro, sem dizer
nada. De noite, ela continuava assistindo televisão ao
meu lado. Fui deitar e ela deitou-se ao meu lado, jun-
tamente com a criança. No dia seguinte, saí para dar
umas voltas e ela sempre me seguindo na rua. Fui
almoçar num restaurante e ela ficou na porta me espe-

76
rando, sempre com a criança no colo. Fiquei com
medo de contar aos vizinhos, pois iam dizer que eu
estava louca. Resolvi ir visitar meus filhos em Ribeirão
Preto. Quando estava no ônibus, ela surgiu no corre-
dor, carregando a criança. Passei cinco dias em
Ribeirão Preto e ela sempre ao meu lado. Comprei
passagem para voltar para São Paulo. Na hora do
embarque, lá estava ela, com a criança no colo. Pedi
que não mais me seguisse, não respondeu nada. O
pior é que ela tira objetos do lugar, eu procuro e não
encontro. Quando menos espero, os objetos estão no
mesmo lugar que eu havia deixado. Isso está me cau-
sando problemas de saúde, nervosismo. Já corri
dezenas de Centros Espíritas kardecistas, mas não
fazem afastamento de espíritos. Não sei a quem mais
recorrer. Estou sofrendo um problema na perna e os
médicos não encontram doença nenhuma".
A mediunidade não escolhe idade. Essa senhora é
vidente, tem mediunidade e nunca lhe disseram isso.

DESMAIOU NO VOLANTE DO CARRO


Só depois de muito sofrimento, os médiuns se
convencem que precisam trabalhar e cumprir a mis-
são, cedendo seus corpos para que os espíritos pos-
sam se comunicar. José Miranda, residente à rua Búl-
gara, na Vila Ipojuca, Lapa, contou-nos os perigos
que passou por ter mediunidade e não frequentar
terreiros ou Centros Espíritas:
- "Meu sofrimento começou no dia 10 de
dezembro de 1977. Estava dirigindo minha perua
escolar, conduzindo crianças para a escola. De
repente, senti uma tontura muito forte e quase perdi os
sentidos. A minha sorte é que eu ia com pouca veloci-

77
dade e estacionei a perua. Fiz exercício respiratório e
me refiz. Assim que deixei as crianças, fui a um Pronto
Socorro e a minha pressão estava normal, ótima. Mas,
comecei a ter quedas de pressão tão violentas que era
removido às pressas para os hospitais. Resolvi fazer
todos os exames do coração, exames de laboratório
(sangue, urina, fezes) para ver se encontrava a doen-
ça que me causava aqueles transtornos. Todos os
exames foram negativos. Estava doente, mas os médi-
cos não encontravam doença. Eu me sentia mal den-
tro de casa e ia para o Bar dos Pescadores, na Vila
dos Remédios e ficava bebendo e jogando dominó a
noite toda. Só ia para casa quando o dia já estava
claro. Tinha terríveis perturbações. Ouvia ruídos den-
tro da cabeça. Quando me deitava o quarto parecia
iluminado com uma luz clara e brilhante, como se fos-
se a luz de uma televisão. Procurei terreiros de
Umbanda e não tive melhoras. Lendo NOTÍCIAS
POPULARES fui procurar o médium Pedro Furlan. Ao
passar na primeira descarga, desmaiei. Na segunda
descarga, no dia 7 de setembro deste ano, já recebi
meus guias. Fiquei curado em dois trabalhos. Vesti
roupa branca e já estou trabalhando com os outros
médiuns de Pedro Furlan. Todos os meus sofrimentos
cessaram. Não tive mais problemas."

LOUCURA SEM LESÃO CEREBRAL


Os doentes com obsessão (perturbados por espí-
ritos) mudam o comportamento e a personalidade,
cometem atos desatinados, sem serem agressivos.
Fazem coisas que contrariam a educação que rece-
beram, a maneira normal de se conduzir. Praticam

78
atos que mostram estar perturbados mentalmente,
sem terem lesão cerebral ou sem terem tido, doenças
graves quando crianças, que lhes afetasse o cérebro.
Os eletroencefalogramas e exames neurológicos não
registram nada. Os principais sintomas são: dor de
cabeça intensa e constante; tonturas; desmaios ou
perda dos sentidos sem desmaiarem; ouvir vozes ou
ver vultos em forma humana ou em formas animais;
angústia, medo, crises de choro sem motivo; crises de
riso sem nenhuma razão; ódio as pessoas da família:
pai, mãe, filhos ou esposas ou maridos; crises de irri-
tação; sentem ruídos na cabeça (cachoeiras, apitos,
grilos; businas, motores, roncos de aviões ou barulhos
de trens ; têm a sensação de ter a cabeça vazia, não
ter braços ou pernas; têm a sensação de que são
gigantes; vêm no espelho os rostos deformados; con-
versam com espíritos (invisíveis que os familiares não
vêm); ouvem ruídos nos móveis; louças ou passos
pela casa; recusam-se a comer, dizendo sentir mau
cheiro nos alimentos ou estar a comida envenenada;
não falam ou falam demais; ficam com os olhos para-
dos no espaço e conversam com invisíveis; xingando,
dando socos no ar, pedindo tranquilidade, paz; não
dormem e andam pela casa a noite toda, falando com
invisíveis; vêm imagens deformadas nas televisões;
quando dormem têm pesadelos, sonhos horríveis e
acordam angustiados, aos gritos; falam em matar
alguém para terem paz ou dizem-se ameaçados por
invisíveis; ficam com a idéia fixa de suicídio e tentam o
suicídio; juntam papéis velhos ou latas que encontram
nas ruas; quando estão sentados a mesa não comem
e dizem que comida foi absorvida por invisíveis (espí-
ritos); sentem dores no corpo; formigamento dos pés
e mãos; calor no sangue, em determinadas partes do

79
corpo; coração acelerado (disritmia cardíaca); mas os
eletrocardiogramas são normais, não acusam nada;
muito menos as radiografias do coração; se não
bebiam passam a se embriagar para vencer a angús-
tia, o medo; se não rezavam passam a rezar demais;
não tomam banho e não cuidam da higiene pessoal;
têm medo de sair de casa sozinho; fecham-se no
quarto e não querem conversa com ninguém; dizem
ver bichos (cobras, aranhas ou cacos de vidros) sobre
a cama e recusam-se a deitar-se; sentem agarrarem
na garganta e dizem-se sufocados; têm medo de dor-
mir no escuro e só dormem com luzes acesas; têm
medo de atravessar ruas; sentem-se inseguros em
casa e saem pela rua sem destino; têm ódio do marido
sem motivo; batem nos filhos pelas mínimas coisas,
causando até ferimentos graves; saem pelas ruas,
sem sentidos e quando se recuperam estão longe de
casa, em lugares completamente desconhecidos, que
em estado normal não visitariam. A falsa epilepsia
(desmaios) e falsa esquizofrenia (mudanças de perso-
nalidade) são problemas graves no Brasil, e os hospi-
tais, sanatórios, estão lotados de falsos doentes. Se os
Centros Espíritas e Terreiros de Umbanda trabalhas-
sem corretamente, hoje, esses hospitais, estariam
vazios e centenas, milhares de doentes, não chega-
riam ao desespero do suicídio.

O MARCENEIRO DE UBERLÂNDIA
As pessoas que tem mediunidade e não sabem,
podem se esclarecer, lendo este caso do mineiro de
Uberlândia, José Teodoro Martins, de 54 anos, resi-
dente na rua José Luongo, 3, no bairro Rio Pequeno,
Butantã. Seu sofrimento foi prolongado, por muitos

80
anos por causa de um terreiro de Umbanda desones-
to, de tapeações e vigarices, que não fazia descargas
(afastamento de espíritos). José Teodoro Martins, len-
do NOTÍCIAS POPULARES, a coluna "Coisas do
Outro Mundo", foi procurar a médium dona Cecília
Barbosa, a quem relatou:
"Meu sofrimento começou em 1960. Eu havia
chegado de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Um sá-
bado, deitei-me para descansar um pouco. Estava
deitado na cama quando sofri um ataque muito forte.
Sem sentidos fui levado para o Pronto Socorro, como
se estivesse morto. De repente, desmaiado, comecei a
falar (era um espírito que falava pela minha boca), e
ninguém entendia nada. Os médicos que me exami-
naram no INPS disseram que eu não tinha nada no
cérebro e que estava com esgotamento nervoso.
Receitaram calmantes, tóxicos. O curioso é que, ao
chegar a Lua Nova, os desmaios eram mais freqüen-
tes e mais fortes. No começo, eu desmaiava em casa,
depois comecei a desmaiar no serviço. Não parava
em emprego nenhum. Era só desmaiar, era despedi-
do. Minha esposa Aparecida (que faleceu há pouco
tempo) foi uma santa. Ela trabalhava como emprega-
da doméstica, porque eu não podia trabalhar. Como
os tratamentos não causassem nenhum alívio, ensina-'
ram à minha esposa um terreiro na Parada Inglesa. Eu
não entendia nada de Umbanda, pois fui criado na
religião católica e para mim, naquela época, Umban-
da era macumba. Entrei para o terreiro e a Mãe-de-
santo não fazia descargas (afastamento de espírito).
Quando eu desmaiava no terreiro, arrastavam o meu
corpo para um canto e era deixado abandonado. Nin-
guém ia doutrinar o espírito que se apossara de meu
corpo. Fiquei 13 anos nesse terreiro, sem ter alívio

81
algum. Vivia na base de calmantes tóxicos, pois, para
os médicos eu era epiléptico. Lendo a coluna de
Moacyr Jorge, "Coisas do Outro Mundo" abri os
olhos. Moacyr Jorge dizia, que os terreiros honestos
faziam descargas (afastamento de espíritos) e os
doentes ficavam curados em duas ou três semanas no
máximo. Dizia também, que ninguém deveria ficar
preso a terreiros, com a vigarice de que os doentes
não podem freqüentar outros terreiros para "não cru-
zar as linhas, os trabalhos". Apesar de morar no Tucu-
ruvi, fui procurar a médium dona Cecília Barbosa, no
Butantã. No ônibus eu perdia os sentidos e ficava
como um boneco. Às vezes, descia no ponto final do
ônibus, levado pelo motorista, pois eu estava sem
sentidos. A médium dona Cecília Barbosa foi muito
atenciosa comigo. Recebendo a Cabocla da Guiné,
disse que eu não tinha epilepsia nenhuma, mas sim
mediunidade. Foram afastados muitos exus, pombas-
giras e sofredores. Desenvolvi a mediunidade e hoje,
com a graça de Nosso Pai Oxalá, estou recebendo os
guias Caboclo Corre Mato e Pai Joaquim D'Angola.
Nunca mais desmaiei, nem tive perda de sentidos. Os
médicos queriam me internar num sanatário psiquiá-
trico, mas minha mulher não concordou. Fui tratado
como epiléptico 13 anos, por não saber que meu
problema era mediunidade."

PULOU DO MURO DE 25 METROS


Os dramas e aflições de milhares de família, não
comovem os traidores do Espiritismo. Os casos
desesperadores como este, não sensibilizam os que
transformaram os Centros Espíritas em salas de exibi-
ção de oratória, tapeando doentes com "passes", que

82
não resolvem problema nenhum. Leiam esta carta do
sr. M.D.S., do Jardim Guairacá, Parque São Lucas,
São Paulo - Capital:
- "Sou pai de um jovem de 15 anos de idade,
que se tornou viciado em entorpecentes, desde dro-
gas em comprimidos até fumando maconha. É inteli-
gente e amoroso. Quando está dopado torna-se dócil.
Já esteve internado em vários hospitais de recupera-
ção e sanatórios psiquiátricos. De um dos hospitais
conseguiu fugir saltando de um muro de 25 metros;
sem sofrer o menor arranhão. Nada lhe aconteceu. Já
escapou de camisa de força, sem que ninguém possa
afirmar como conseguiu se soltar. Fugiu de cela-forte,
sem ninguém saber como. Tem dias que exala forte
mau cheiro do corpo, como se fossem fezes de gali-
nha. Já tomou vários tipos de venenos com bebidas.
Cortou o rosto e os braços com uma faca, dizendo
que queria ver sangue. Passou pimenta e óleo nos
ferimentos. Depois ria e dizia - "não estou sentindo
dor nenhuma". Às vezes fica tomado por um espírito
que diz ser Lúcifer, e promete acabar com tudo, inclu-
sive destruindo-nos. Já freqüentamos oito a dez terrei-
ros de Umbanda; cinco a seis igrejas evangélicas.
Gastei muito com despachos, trabalhos nas encruzi-
lhadas e cemitérios. Não teve melhora nenhuma. Mui-
tos pais-de-santo disseram que é inveja e trabalho de
macumba, com exus viciados em maconha, drogas e
bebidas. Outros disseram que meu filho tem mediuni-
dade espiritual e, como não trabalha, recebe toda
essa "carga" de exus. Em nossa casa já aconteceram
coisas difíceis de serem acreditadas. Já vimos vultos
(espíritos) andando pela casa. Vamos comer e encon-
tramos terra na comida. Surgiram formigas em grande
quantidade. Apareceram tantas pulgas, que não ven-

83
ciamos matar, nem com inseticidas fortes. Várias
vezes, ouvimos baterem na porta e quando vamos
atender não encontramos ninguém. Ouvimos durante
à noite, choros, gemidos, cachorros uivando, gatos
miando de maneira diferente. Até pedras rolaram do
telhado, sem ninguém saber de onde vieram. Ouvi-
mos alguém chamar no quintal e vamos olhar não há
ninguém. Sr. Pedro Furlan, sou um soldado que pode
perder uma batalha, mas não dou a guerra por termi-
nada. Estamos freqüentando sua Igreja Cristã Maior,
Tenda de Umbanda "Santo Antônio", aí em Presiden-
te Altino, Osasco, há três semanas e as coisas já estão
melhorando", a) M.D.., Estrada do Oratório, Parque
São Lucas.

"JUDEU ERRANTE" DO MACUCO


O médium Pedro Furlan pratica uma Umbanda
honesta, pura, de muito amorne respeito pelo povo. Ele
atende as terças, quartas, sextas e sábados, das 19 as
22 horas na Igreja Cristã Maior-Tenda de Umbanda
"Santo Antônio", na rua Lourenço, Collino, 302, bairro
Presidente Altino, CEP-06000, no centro da cidade de
Osasco, no Estado de São Paulo. Não cobra nada,
nem dá listas de comidas e bebidas para agradar exus
em pombas-giras, nas encruzilhadas ou cemitérios.
Umbanda sem cachaça, sem charutos, sem despa-
chos, sem matanças de animais, sem trabalhos de
esquerda para agradar exus. Umbanda séria, que
pode ser frequentada por todas as famílias, sem o ris-
co de passar vexames e humilhações. Seus 400 mé-
diuns não fumam, não bebem, nem cospem no chão.
Os espíritos guias são doutrinados a abandorem os ví-
cios terrenos. Caboclos, Pretos Velhos não pedem

84
charutos, nem cigarros, nem cachaça, nem cerveja.
Umbanda com muitas preces e cânticos.
Acompanhem esta carta recebida pelo médim
Pedro Furlan, de São Vicente, no litoral santista, Esta-
do de São Paulo:
- Venho apelar para a vossa compreensão, para
a vossa caridade, no sentido de por um paradeiro a
este sofrimento de três anos. Em todos os terreiros de
Umbanda que fui, só fui roubado, pagando altos pre-
ços, sem nada me aliviarem. O meu caso é o seguinte:
"Sou acompanhado dia e noite por um espírito das
trevas, que não me deixa dormir. Esse espírito me dá
socos no fígado, noites e noites contínuas. Só para
de bater quando me levanto e ando pela casa. Só
assim deixa de me dar pancadas. Vejo quando ele
chega perto de minha cama. As preces o afastam por
algumas horas. Depois, volta mais terrível ainda. Num
Centro Espírita Kardecista tentaram a doutrinação,
mas ele não aceitou e não aceita. Ele diz que só me
abandonará se for amarrado. É um espírito que ofere-
ce sérios perigos, pela maldade de que é possuidor.
Só não me bate quando estou andando. Estou cansa-
do de andar dia e noite para livrar-me das pancadas
violentas. Tenho muito sono e durmo andando. Quan-
do paro de andar, ele me puxa pelos cabelos. Tenho
que continuar andando, dia e noite, sem parar. A vizi-
nhança já me deu um apelido por andar dia e noite,
sem parar: "La vem o Judeu Errante". Não me revolto,
só tenho que me conformar, a C.S., bairro do Macuco,
Santos.

85
ESPÍRITO ESMURRAVA RAPAZ
Os médiuns que não freqüentarem pelo entendi-
mento, um dia serão obrigados pela dor, pelo sofri-
mento. Os espíritos de luz toleram algum tempo, mas
não sempre. Quem é médium e não quer ajudar o
próximo, um dia se encontrará em situação bastante
aflitiva. Foi o que aconteceu com Anselmo Ferreira de
Araujo, de 19 anos, residente na rua Águas da Prata,
no Jardim Rochdalle, em Osasco. Ele contou-nos seu
sofrimento:
- "No ano de 1976, quando fui me deitar, fiquei
paralisado na cama, sem forças para mover os braços
e as pernas. Eu tinha impressão de que estava amar-
rado. Queria falar, pedir socorro e minha voz não saía.
Comecei a ver vultos (espíritos) dentro do quarto.
Quando eu conseguia dormir, era acordado com for-
tes murros nas costas. Os espíritos me davam tapas
no rosto. Os tapas eram tão fortes, que estalavam e
me deixavam o rosto vermelho. Durante o dia eu via
vultos dentro de casa. Me apareciam sem mostrar o

86
rosto, em f o r m a de s o m b r a . Passei a freqüentar um
terreiro e desenvolvi a m e d i u n i d a d e . Fiquei desgosto-
so c o m certas coisas e não voltei mais. Fiquei mais de
um ano sem ir a terreiro a l g u m . Os meus guias vinga-
ram-se violentamente. Passei a ter tremedeiras nas
pernas, de não poder andar. Sentia uma dor de c a b e -
ça tão forte, desesperadora, que muitas vezes minha
mãe foi o b r i g a d a a me levar ao Pronto-Socorro. A dor
de c a b e ç a era de enlouquecer, parecia que minha
cabeça (o osso do crânio) estava partindo em muitos
pedaços. Eu gritava desesperado. Um dia, c o m p r e i
NOTÍCIAS P O P U L A R E S e li uma reportagem sobre o
m é d i u m Pedro Furlan, que pratica uma U m b a n d a
pura, sem c a c h a ç a , sem charutos, sem matanças de
animais. Passei pela descarga duas vezes, e c o m e c e i
a receber novamente meus guias. Agora estou traba-
lhando entre os 4 0 0 médiuns de Pedro Furlan. Todos
os meus sofrimentos terminaram e já voltei a traba-
lhar".

O MANÍACO SEXUAL DE CAMPINAS


Em vinte anos de pesquisas sobre Espiritismo e
U m b a n d a temos catalogados 13 ou 14 casos em que
espíritos de baixa e v o l u ç ã o (exus) se a p o s s a m de
doentes para manterem relações sexuais. Um dos
casos foi de uma senhora baiana, de 58 anos de ida-
de, residente no T u c u r u v i , q u e nos p r o c u r o u na reda-
ção de NOTÍCIAS P O P U L A R E S , dizendo que, todas
as noites, por volta de 22 horas, mantinha relações
sexuais normais, c o m o se o exu fosse u m a pessoa
vivente na Terra, em carne e osso. Pedia que a e n c a -
minhássemos a um terreiro honesto, que fizesse

87
desobsessões, e pudesse afastar aquele espírito mau,
ainda preso aos prazeres terrenos. Em Guaianazes,
subúrbio da Central do Brasil, uma senhora procurou
o delegado de polícia para que tomasse providência
contra seu marido falecido, que vinha manter relações
c o m ela, deitando-se na c a m a , entre ela e seu segun-
do marido. Este caso foi relatado em reportagem, pelo
nosso c o m p a n h e i r o , repórter policial Soichi Tokai. Na
maioria dos casos, são exus, espíritos m a u s , perver-
sos, muitos deles cultos e inteligentes, que, na vida
terrena, só usaram a inteligência e a cultura para a
prática de maldades e perversidades. A p ó s a morte fí-
sica, por suas baixas vibrações, p e r m a n e c e m numa
faixa astral de espíritos maus, criminosos, terrivelmen-
te endividados perante a espiritualidade. Esses exus
não são diabos, nem d e m o n í a c o s , c o n f o r m e os pin-
tam os terreiros de vigaristas e malandros. São seres
espirituais revoltados que aceitam o diálogo e q u a n d o
aprisionados nas correntes de m é d i u n s , aceitam o
diálogo, a doutrinação, e m b o r a sejam mentirosos,
audaciosos e zombeteiros, p o d e n d o iludir e ludibriar
os que não tenham c o n h e c i m e n t o s p r o f u n d o s sobre
os trabalhos de desobsessão. Doutrinados e esclare-
cidos de que não devem persistir nas m a l d a d e s , para
g a n h a r e m luz e evolução, prontificam-se a tirar todos
os fluidos maus dos doentes que p r e j u d i c a v a m e mais
tarde, c o m mais luz, vir a ajudar nos trabalhos dos
terreiros. Mas, a maioria dos terreiros usa os exus,
para fazerem chantagens e m o c i o n a i s , a p a v o r a n d o os
doentes, para c o n s e g u i r e m extorquir grandes somas
em dinheiro. A c o m p a n h e m este caso relatado por
carta, da sra. Neusa C. M., residente na c i d a d e de
Campinas, no Estado de São Paulo:

- "O que se passa c o m i g o é v e r g o n h o s o para ser

88
dito a a l g u é m , mas preciso livrar-me disso o mais
depressa possível. Q u a n d o estou d o r m i n d o sou acor-
dada por um espírito que, na minha opinião, durante a
vida terrena, deve ter sido um maníaco sexual ou ter
cometido qualquer barbaridade semelhante a isso.
Esse espírito, por incrível q u e possa parecer, já tentou
e tenta s e m p r e , por várias vezes, manter relações
sexuais c o m i g o . Q u a n d o isso não acontece, sou bei-
jada, abraçada. Sinto a m ã o desse espírito percorrer e
acariciar todo o meu c o r p o , c o m a maior naturalidade
possível. Não vou entrar em maiores detalhes, pois
isso me envergonha e me humilha muito. Essa alma
precisa ser esclarecida, pois as orações não a d i a n -
tam. Peço ajuda t a m b é m para meu marido, que tem
sérios problemas nos e m p r e g o s , estando, constante-
mente d e s e m p r e g a d o . Neste m o m e n t o , estamos pas-
sando por dificuldades financeiras, pois está, mais
uma vez, d e s e m p r e g a d o . Deus lhe pague. Atenciosa-
mente, Neusa C. de M., C a m p i n a s , Estado de São
Paulo."
Estas cartas mantidas em nossos arquivos, c o m -
provam que o esgoto da Parapsicologia, Padre Oscar
Quevedo, n u n c a p e s q u i s o u nada e só fala mentiras e
canalhices nos colégios o n d e dá falsas aulas científi-
cas. Esse " f o s s a - n e g r a " da Parapsicologia já foi des-
moralizado em vários países por suas leviandades
científicas. Mas, existe um outro embusteiro, em Curi-
tiba, o tal professor Dallegrave, q u e é um m o n u m e n t o
de burrice e de besteiras. N u n c a pesquisou nada e
fala por ouvir dizer.

89
MULHER BEBE TRÊS LITROS DE PINGA
Mais um caso impressionante q u e nos foi relata-
do pelo m é d i u m José Benedito da Silva, da Tenda de
U m b a n d a " N o s s o Senhor do B o n f i m " , na avenida
Campinas, 2 5 7 , na c i d a d e de C o n c h a s , CEP-18.570,
no Estado de São Paulo:
"- O senhor Álvaro Martins, da cidade de
A n h e m b í , p r o c u r o u - n o s aflito, trazendo sua esposa e
c o n t a n d o o d r a m a que estava vivendo c o m sua espo-
sa. Disse-nos, q u e a mulher estava s o f r e n d o há quatro
anos. Sentia dores em t o d o o c o r p o , não d o r m i a direi-
to, tinha constantes pesadelos e muita dor de cabeça,
e tonturas. Q u a n d o lhe d a v a m crises nervosas, ficava
furiosa, q u e b r a v a tudo dentro de casa, espancava os
filhos sem qualquer motivo. Depois, q u a n d o recupe-
rava os sentidos, chorava, p e d i n d o perdão. Chegou a
c o m e r um quilo de fígado cru e beber três litros de
pinga por dia, sem n u n c a ficar e m b r i a g a d a . Já havia
sido internada em sanatório psiquiátrico, tratada com
calmantes tóxicos, q u e nada a aliviaram. Os médicos

90
me disseram q u e ela não tem d o e n ç a n e n h u m a . Corri
terreiros de U m b a n d a e só gastei muito dinheiro, c e m
a vigarice de agradar exus e p o m b a s - g i r a s nas e n c r u -
zilhadas, ou em cemitérios."
O m é d i u m José Benedito da Silva, da c i d a d e de
Conchas, diz no relatório que nos enviou:
"— Desta senhora f o r a m retirados 15 espíritos de
baixa evolução (exus) e três p o m b a s - g i r a s . Na s e g u n -
da descarga, f o r a m retirados mais 7 exus. Ficou bas-
tante aliviada e muitos de seus problemas cessaram.
Continua em tratamento m e d i ú n i c o , sendo observada.
Até agora, voltou ao seu c o m p o r t a m e n t o normal e não
teve crises nervosas."
Nos terreiros de U m b a n d a honestos, os doentes
são tratados c o m amor, c o m respeito e ficam curados
em duas ou três s e m a n a s no m á x i m o , sem gastarem
nada.

ESPÍRITO SEGURAVA PELA MÃO


São inúmeras as crianças que aos cinco, seis e
sete anos, c o m e ç a m a apresentar sintomas de m e d i u -
nidade. Chico Xavier, aos c i n c o anos, via sua mãe
falecida. Nos trabalhos de Pedro Furlan, em Presiden-
te. Altino, muitas crianças r e c e b e m apenas descargas
espirituais, por não terem idade para c u m p r i r a missão
mediúnica. Zilá Maria G o m e s de Oliveira, da rua Méxi-
co, no Jardim Nova A m é r i c a , em Osasco, c o n t o u - n o s
seu sofrimento:
" - E u morava e m Pirajuba, u m a c i d a d e pequena,
perto de Uberaba, no Triângulo mineiro. Aos cinco
anos de idade c o m e c e i a desmaiar e chorava dia e
noite. Meus pais me levaram a m é d i c o s e ninguém
encontrava d o e n ç a . Dos 5 aos 13 anos, tive uma vida

91
terrível, pois era tratada como epiléptica. Meus pais
resolveram mudar para São Paulo, quando completei
13 anos. Eu tinha visões, via espíritos, ouvia vozes e
tinha uma forte pontada no peito, que parecia punha-
lada. Quando eu desmaiava, minha língua ficava dura.
Perdia os sentidos e quando acordava estava numa
cama de hospital. O que me torturava mais ainda, era
um forte assovio no meu ouvido. Ouvia vozes cha-
mando-me pelo nome. Um espírito me pegava pelas
mãos e dizia - "venha comigo, eu vou te levar". Eu
procurava tirar a mão dele e não conseguia. Nessa
hora eu gritava e meus pais vinham em meu socorro,
mas não viam espírito nenhum, por não terem a vidên-
cia que eu tenho. Assim que o espírito desaparecia,
começavam barulhos estranhos como: arrastar de
cadeiras; estalos nos móveis, pancadas nas paredes,
bater de louças. Meu coração ficava acelerado e fui
internada no Instituto de Cardiologia. Eu era tão pálida
que os médicos suspeitaram que eu estava com
moléstia de Chagas. Todos os exames foram negati-
vos. Com a graça de Deus encontrei um terreiro de
pessoas decentes e dignas, como Pedro Furlan.
Desenvolvi a mediunidade e recebi meus guias em
menos de um mês. Todos os meus sofrimentos cessa-
ram. Vivo muito feliz com meu marido, que também é
médium de Pedro Furlan."

A MEDICINA E AS FALSAS DOENÇAS


Nós brasileiros só nos lembramos dos mortos
(que continuam vivos) no dia de Finados. Lembramos
na primeira semana, durante um mês e depois esque-
cemos. A verdade é que muitos do que partiram (mor-

92
reram) voltam para suas casas, principalmente se
eram egoístas, presos aos prazeres da vida terrena. A
morte é apenas um sono. Quando acordam do sono,
muitos espíritos ficam preocupados e voltam para
rever os parentes. Às vezes, chegam a assistir o pró-
prio velório, acompanham o enterro e ouvem tudo que
se fala sobre eles, de bom e de mal. Esses espíritos
não acreditam que estejam mortos, pois continuam
vendo, ouvindo, falando, embora não sejam vistos,
nem ouvidos pelos familiares. Andam pela casa e se
apegam às pessoas que mais adoravam: filhos, espo-
sas, netos, sobrinhos, etc. Ao encostarem nos paren-
tes, transmitem, por fluidos magnéticos, a doença que
lhes causou a morte física. Não o fazem por maldade.
Pensam estar ajudando, amparando. Ao "encosta-
rem" sentem-se aliviados. A isso se dá o nome de
INDUÇÃO ESPIRITUAL, mas o povo chama de "EN-
COSTO". Se o parente morto, sofria do coração, o
doente passa a ter todos os sintomas cardíacos, falta
de ar, cansaço, dores nas pernas. Se o parente morto,
morreu de tumor pulmonar, o doente passa a ter dores
fortes no tórax. Se morreu num acidente de automó-
vel, o doente passa a ter dores no corpo todo, inclusi-
ve violentas dores de cabeça, nos ossos do crânio. Se
morreu afogado, o doente sente sufocação, asfixia,
falta de ar intensa.-Se suicidou por enforcamento, o
doente (a pessoa viva) passa a ter compressão da
garganta, tendo a impressão que está sendo esgana-
do. Se morreu de bronquite e asma, passa a ter crises
de falta de ar, tosse intensa, sufocação. Se morreu de
câncer no estômago, nos intestinos, no pulmão, o
doente passa a ter todos os sintomas do parente fale-
cido. Esses doentes procuram os médicos e são soli-
citadas radiografias, exames de laboratório (sangue,

93
urina, fezes etc) radiografias do pulmão, do crânio, do
coração, etc. Chegam os resultados e o médico
começa a coçar a cabeça. Todos os exames são
negativos, mas o doente sente a doença, tem dores,
tem febres. Está doente, mas a doença não é confir-
mada. Aqui, começa a desgraça dos doentes. Os mé-
dicos, na sua falsa sabedoria passam a dizer: É
DOENÇA PSICOLÓGICA, É DOENÇA IMAGINÁRIA,
É ESGOTAMENTO NERVOSO e os mandam para
psiquiatras, neurologistas, psicólogos. O doente é
submetido a um crime monstruoso: receitam calman-
tes tóxicos. O doente segue o tratamento e não tem
melhora nenhuma. Com os remédios, tem até agrava-
do o seu estado de saúde. Como os médicos e os pró-
prios doentes não acreditam em comunicaçãoes de
espíritos, milhares de pessoas chegam a morte física,
sem diagnósticos "advinhatórios" ou não devidamen-
te esclarecidos. Outros doentes, aconselhados por
amigos, vizinhos, procuram terreiros de Umbanda ou
Centros Espíritas. Só aí caem na realidade. O parente
morto se manifesta no médium e diz que estava
sofrendo muito. Encostando-se no filho, no irmão, na
esposa, sentia-se aliviado. Muitos desses espíritos em
sofrimento pedem missas, orações, preces. As preces
aliviam os seus sofrimentos no mundo espiritual, mas
nós só fazemos preces e lembramos dos mortos no
dia de Finados. Esclarecido de que não mais pertence
a vida terrena e enconstando-se estava prejudicando,
esses espíritos pedem desculpas pelo sofrimento cau-
sado e confessam, que não sabiam terem morrido.
Afirmam, que pensavam estar ajudando. Afastados os
espíritos sofredores nos Centros Espíritas e terreiros,
os doentes ficam curados instantaneamente, mas
devem fazer um tratamento médico para fortificarem-

94
se, já que não se alimentavam e não d o r m i a m t r a n q ü i -
lamente, f i c a n d o e n f r a q u e c i d o s .
D e s g r a ç a d a m e n t e , a maioria dos Centros Espíri-
tas não faz afastamento de espíritos e muitos doentes
c h e g a m ao d e s e s p e r o , ao suicídio. Os que fazem
afastamento de espíritos, não p r o c u r a m ouvir o que os
espíritos d e s e j a m . P r o c e d e m c o m o as pessoas d e s u -
manas, anti-cristãs, que f e c h a m a porta na cara dos
que batem à porta para pedir ajuda. Muitas vezes, o
espírito que voltou para junto dos familiares quer fazer
uma advertência, um p e d i d o , um aviso ou revelar
algum fato que lhe causa remorso e não pôde revelar
q u a n d o estava na vida terrena. Alguns espíritos voltam
para advertir esposas e filhos de a l g u m perigo.
Outros, estão p r e o c u p a d o s c o m o procedimento dos
filhos. Estão intranquilos e q u e r e m advertir. Na maioria
dos Centros Espíritas, d e s u m a n a m e n t e não deixam os
espíritos se c o m u n i c a r e m e batem a porta na cara dos
que p e d e m socorro, ajuda. Existem espíritos que se
c o m u n i c a m e p e d e m às esposas e às filhas que não
c h o r e m , pois as lágrimas e o pranto lhes fazem muito
mal. Os espíritos não d e v e m ser lembrados c o m lágri-
mas, nem c o m flores em cemitérios. Devem ser
lembrados, s e m p r e , em todas as preces.
Os Centros Espíritas e terreiros de U m b a n d a , em
sua maioria, deixaram de afastar espíritos, c o m e t e n d o
o m e s m o erro da Igreja Católica, que proibiu o exor-
cismo. C o m isso se aproveitam malandros, vigaristas,
intitulando-se profetas e missionários evangélicos
c o m Bíblias nas mãos, oferecendo curas divinas a
todos os preços e d i z e m , descaradamente, que " a -
quele que der mais, mais será ajudado por Jesus".
Oferecem milagres, c o m ofertas de 500, 4 0 0 , 300,
200, 100, 50, 20, 10 e d e s u m a n a m e n t e tiram o dinhei-

95
ro dos pobres, dizendo: "Ninguém é tão miserável que
não possa dar 1 ou 2 cruzeiros". Nem os pobres esca-
pam a exploração do nome de Jesus. Existe no Brasil,,
uma verdadeira "indústria da fé", alimentada por pro-
gramas evangélicos nas emissoras de rádio e televi-
são. Uma vergonha, que nunca mereceu a atenção do
Ministério das Telecomunicações. Jesus não é merca-
doria para ser oferecida a todos os preços em ondas
curtas e longas.

C A B E Ç A C O M OLHOS DE FOGO
Aurelino Conceição, conhecido por Didi, é o mé-
dium kardecista que dirige os trabalhos do Templo
Espírita "Ismael", na rua Comandante Salgado, 899,
na Vila Hortência, na linda cidade de Sorocaba. Sim-
ples, humilde, caridoso, paciente, atende as pessoas
com alegria, sem nunca demonstrar aborrecimento. É
kardecista sem fanatismo, nem preconceitos. Não faz
discriminação de espíritos. Todos os seus médiuns'
recebem Caboclos, Pretos Velhos, índios ou Baianos.
Não faz essa discriminação vergonhosa e anti-cristã
que fazem outros Centros Espíritas, que expulsam os
médiuns, quando passam a receber Caboclos e Pre-
tos Velhos. Esse traidores do Espiritismo, que expul-
sam médiuns e não fazem desobsessão (afastamento
de espíritos) devem provar que Jesus Cristo recomen-
dou essa discriminação criminosa, absurda, odiosa,
anti-cristã, desumana. Devem provar que Allan Kar-
dec, recomendou o não recebimento de espírito
Caboclos e Pretos Velhos. Um ignorante, fanático, fal-
so espírita de Sorocaba, chegou a dizer este absurdo:
"No meu Centro Espírita só se incorporam espíritos de
gabarito". Esse idiota, não sabe que muitos Caboclos

96
foram médicos, intelectuais, em vidas passadas. 0
imbecil não sabe que os espíritos não têm nome, nem
apresentam privilégios, nem títulos, nem honrarias.
Fazer discriminação de espíritos, é ser muito ignoran-
te, muito tolo. O Caboclo das Sete Encruzilhadas,
quando fundou a Umbanda em 15 de novembro de
1908, incorporado no médium Zélio de Morais, apare-
ceu aos videntes como padre. Perguntaram-lhe por-
que se dizia Caboclo se estava vestido de padre, com
batina. O Caboclo das Sete Encruzilhadas deu uma
resposta sábia: "Fui padre na Espanha em vidas ante-
riores. Como vocês terrenos fazem questão de nomes,
escolhi esse. Chamem-me de CabocTo" das Sete
Encruzilhadas." Os espíritas podem achar que padres
são intolerantes, maus, mas são forçados a reconhe-
cer, que são Cultos. Muitos deles, usam a inteligência
e a cultura para fazer maldades e injustiças, como o
esgoto da Parapsicologia, padre Oscar Queve-
do. O médium Didi recebe cartas de todo o Brasil.
A senhora B.L., da cidade de Itapeva, no Estado dè
São Paulo, conta seu problema e pede ajuda espiri-
tual.
- "Sr. Didi. Não posso ver a claridade do dia.
Doem-me os olhos. Já fui a médicos e cada um diz
uma coisa. Já corri terreiros de Umbanda e só pedi-
ram dinheiro. Não tive resultado nenhum. Tenho uma
dor de cabeça terrível e tenho a perna esquerda ador-
mecida. Me dói o corpo todo. Tenho insónia e meu
corpo fica gelado durante à noite. Não sinto fome e
não me alimento. Fico nervosa pelas mínimas coisas.
Tenho visões. Vejo uma cabeça, com olhos de fogo
vermelhos. Vejo vários bichos horríveis passarem em
frente de mim. Vejo um vulto em forma de uma
sombra preta, tanto de dia, como de noite. Estou

97
sofrendo há seis anos. Isso aconteceu, quando um
dia, à meia-noite, jogaram terra no telhado de minha
casa. Desde esse dia, passei a ficar doente. Meu mari-
do não se sente bem dentro de casa, sente um sufoco,
um abafamento."
A senhora R.R.L. de Piracicaba, faz apelo ao mé-
dium Didi e conta seu drama:
- "Meu filho teve um ataque muito forte e levei-o
correndo para o Hospital. O espírito que toma o corpo
dele, chora e pede ajuda. Meu filho bate com a cabe-
ça no chão, demonstrando que o espírito está deses-
perado. Depois levanta-se e quer rebentar toda casa.
O espírito diz que não vai largar de meu filho, nem
amarrado. Pelo amor de Deus, ajude-me Meu filho
está com a cabeça toda machucada, de tanto se bater
contra o chão. Estou desesperada. Esse espírito mau
atormenta meu filho há muito tempo. Não aguento
mais ver o sofrimento dele. Por favor, mande-me um
convite, para que eu possa viajar aí para Sorocaba.
Tenho medo que meu filho venha a cometer uma lou-
cura. Por favor, de joelhos, lhe peço ajuda."
A senhora H.L.F. da cidade de Bragança Paulista
faz este apelo:
- "Sr. Didi. Há seis anos sofro crises violentas de
falta de ar. Constantemente vou para o Hospital e fico
em tenda de oxigênio. Já fiz tantos exames e não sei
mais em que médico devo acreditar. Cada um diz uma
coisa. Já estive oito meses internada em sanatório psi-
quiátrico. Ninguém encontra doença e dizem que meu
problema é psicológico, outros dizem que é dos ner-
vos e outro ainda, dizem que invento doença, que
minha doença é imaginária."
Da cidade de Santos, o médium Aurelino Concei-

98
ção (Didi) recebeu esta carta da senhora M.S. Cam-
pos, solicitando ajuda espiritual para sua filha e relata:
- "Nós morávamos em Itapetininga e meu mari-
do, funcionário público foi transferido para a cidade
de Iguapé, no fim do ano de 1952. Em junho de 1953
minha filha começou a ver espíritos e conversa sozi-
nha (com os espíritos). Tornou-se agressiva, bem
diferente do que era. Foram tirados eletroencefalo-
gramas no Hospital do Servidor Público e não acusou
nada. Cada dia que passava ficava pior. Fomos obri-
gada a interná-la num hospital psiquiátrico, onde ficou
três meses. Saí do hospital e perde os sentidos. Só me
fala em se suicidar. Agora, foi internada pela quinta
vez. Dia 25 de julho vai completar 25 anos. Pelo amor
de Deus atenda o apelo desta mãe aflita."
Da senhora Sônia M.M.Santos, de Guarulhos o
médium Aurelino Conceição, recebeu este apelo dra-
mático:
- "Estou sempre doente. Um mês depois de casa-
da, fui internada no Sanatório Vicentina Aranha, em
São José dos Campos. Depois de vinte dias fui saber
o resultado dos exames e o médico disse que eu não
tinha nada. Votando para casa comecei a tossir de
novo, a ter febre ee dores nas costas. Tenho sonhos
com pessoas mortas, pesadelos horríveis. Vejo o espí-
rito de um homem idoso dormindo ao meu lado na
cama. Tentei perguntar quem era. O espírito sorriu,
com os olhos arregalados. Fiquei tomada de medo.
Não tinha forças para sair da cama. Quando recuperei
as forças gritei para minha sogra. O espírito foi atrás
de mim e dizia: vou te matar. Fui mandado para te
matar". De repente, aquele homem se transformou
numa caveira horrível. Rezo muito e peço proteção
para Nossa Senhora Aparecida. Faço novenas para

99
Nossa Senhora das Graças. Sei q u e meu p r o b l e m a no
pulmão é espiritual. Vejo o espírito de uma mulher
alta, toda de preto. Dizem que tenho mediunidade e
preciso desenvolver. A m a n c h a que aparece no meu
pulmão numa c h a p a , não aparece em outras. Q u a n d o
a m a n c h a desaparece^ não tenho tosse, nem febre,
nem dores nas costas. É um mistério. Por favor, ajude-
me."

100
MULHER COM ESCAMAS DE PEIXE
A c o m p a n h e m esta outra carta recebida pelo m é -
dium Pedro Furlan, de Osasco,
Quem tem m e d i u n i d a d e e não quer cumprir a
missão, pode chegar a situações lastimáveis c o m o a
da sra. Vera Luiza, da c i d a d e de Itapevi, s u b ú r b i o da
ex-estrada de Ferro S o r o c a b a n a , que nos relata seu
drama:
- Sou católica. Freqüentei Centro Espírita um
ano. Eu ia c o m meu irmão mais velho. No dia 31 de
dezembro de 1972 fui rever meus colegas do Teatro e
da TV, lembrando a peça que participei "O Milagre de
Anne Sullivan, em 1967. Estava perto do piano, c o m
meu marido, q u a n d o c o m e c e i a sentir as pernas
incharem de repente. Pensei que fosse o sapato novo,
mas não era. Já não podia mais andar, c o m o não pos-
so até hoje. Deste dia em diante, troquei o palco pelas
muletas. Vivo me arrastando. Gastamos tudo que tí-
nhamos c o m m é d i c o s especialistas. Perdi meus q u a -
tro filhos. A inchação da perna direita passou para a

101
esquerda, para os braços e rosto. Do meu corpo
exalava forte mau cheiro. De 54 quilos passei a pesar
29 e as pernas cada vez pior, com escamas iguais as
de peixe. Para passar pomada, eu raspava com uma
faca sem corte, as pernas e os braços. Isto eu fazia
todos os dias. Quanto mais tirava escamas, mais nas-
cia. As pernas ficaram monstruosas, horrível de se
ver. O último médico que consultei, disse-me:
- Dona Vera, não sei mais o que fazer. O seu
caso não é mais para a Medicina.
Nesta época já não tínhamos mais 20 centavos,
nem dinheiro para comprar um pão. Meu marido é
ateu. Não sinto mais minhas pernas. Podem furá-las
com agulhas e atravessar as carnes. Quando tenho
crises eu desmaio, fico consciente, sei o que está
acontecendo, o que estou fazendo. Somente não pos-
so me levantar, nem falar. Depois das crises, eu dur-
mo e sonho com Jesus. Isto já me acontece há seis
anos. Às vezes tenho a impressão que Jesus está ao
lado direito da minha cama e eu falo com ele. Quando
acordo sinto angústia e choro sem motivo. A minha
vontade é deitar-me na linha de trem, para por fim ao
meu sofrimento. Nem meu marido conversa mais
comigo. Sempre ajudei as crianças e mães solteiras e
não merecia tanto sofrimento. Se fosse contar quantas
moças solteiras já moraram em minha casa, perderia
muito tempo. Certa vez fui à Assembléia de Deus e me
disseram que para ficar curada teria que me tornar
crente. Uma senhora me deu um pouco de óleo e
água ungida para banhar as pernas. Recorri a tudo
por que os médicos queriam amputar uma das per-
nas. Quando banhei as pernas, surgiu no meu pé um
corte. Meu marido estava nervoso. Ficou mais nervoso
quando arranquei de dentro do pé um osso de frango.

102
Eram dois ossos de galinha. Quanto mais puxava mais
saía sangue e pus. Juntamente com os ossos de gali-
nha, saíam cabelos, fitas pretas e vermelhas dentro da
bacia. Meu marido pensou que eu estivesse louca e
retirou-se do quarto. Rezei e pedi para Jesus para me
o
curar. Da perna direita, no dia 1 de junho de 1973,
tirei quase um litro e meio de pus e sangue. Foi preci-
so abrir todas as portas e janelas da casa, em virtude
do forte mau cheiro. Um mau cheiro tão violento, que
eu mesma vomitei. Os médicos realizaram dezenasde
exames e não constataram nada, nem lepra, nem cân-
cer, nem os exames confirmaram paralisia (poliomieli-
te). Meu marido olha para mim e chora. Procura afas-
tar sua dor, sua infelicidade, na bebida. Sei que ele
não merecia uma mulher assim. Já tentei o suicídio.
Para me livrar do mau cheiro das pernas, já cheguei a
passar creolina. Estou neste sofrimento há sete anos.
Eu não vivo, vegeto. Sou uma morta viva. Ficaria feliz
se vivesse num barraco de madeira, se Deus me con-
cedesse a graça de voltar a ter saúde. Não posso sair
de casa. Amparo-me em muletas ou numa bengala.
Desta simples mulher, que já foi mãe, que já foi feliz e
hoje é apenas um réptil, a) VERA LUIZA, Vila Vitápo-
lis, cidade de Itapevi, subúrbio da Sorocabana. "

MUNDO DE COVARDIA E HIPOCRISIA


Vivemos uma época de covardia e medo. Uma
covardia que pode até ser justificada. A Igreja Católica
Romana, que luta pela liberdade de sua religião na
África e nos países da "cortina de ferro" (Polônia,
Tchecoslováquia, Hungria, Iugoslávia e Romênia),
não procede da mesma maneira no Brasil em relação
às outras religiões. Ela, que fala em liberdade religio-

103
sa, que diz defender os direitos humanos, faz chanta-
gens no Interior, em milhares de cidades brasileiras,
recusando batizar, comungar, casar ou crismar aque-
les que freqüentam terreiros de Umbanda ou Centros
Espíritas. Com essa ameaça, o povo está coagido,
tolhido e, portanto, impedido de dar depoimentos
francos. Esse povo freqüenta terreiros e Centros Espí-
ritas, sem que os vizinhos saibam e, quando ficam
curados, deixam de dar depoimentos públicos, para
não sofrerem as pressões dos padres. O ecumenista
(o bom relacionamento) entre todas as religiões é uma
hipocrisia, não existe. Recentemente, fomos a Tam-
baú ouvir uma família, em cuja casa surgiam espíritos,
que falavam com uma menina. Quando se falou sobre
um terreiro de Umbanda, em que se realizavam curas,
todos foram unânimes: "Nós freqüentamos o terreiro,
mas se o padre souber, vai nos excomungar. Ele dei-
xa claro nos sermões, que não dará bênçãos, nem
fará crismas, batizados ou casamentos, para os que
forem a "macumbeiros da Umbanda". Temos que ir
escondidos, e com muito medo pois, se alguém nos
vir, poderá nos denunciar ao padre. Essa chantagem
faz com que muitas pessoas não permitam a divulga-
ção de seus nomes, mesmo estando sofrendo a per-
seguição de espíritos maus ou sofredores. Nessa
mesma viagem a Tambaú, conversamos com a
mulher boníssima, que foi secretária do padre Doni-
zetti durante 25 anos, e ela nos contava que os relató-
rios do bondoso sacerdote e muita documentação
desapareceram, dias depois de sua morte. Ninguém
mais encontrou nada. Padre Donizetti tinha um arqui-
vo de depoimentos de curas dos doentes. Essa
mulher, que inclusive sentou-se ao piano, para mos-
trar sua arte musical, nos dizia: "Não divulgou nada,

104
senão serei perseguida. Se publicar, desmentirei tudo
que lhe contei". Milhares de pessoas, amedrontadas,
nos escrevem e pedem que seus nomes não sejam
publicados, nem mesmo as iniciais e endereços. Não
querem que ninguém saiba que foram solicitar ajuda a
Centros Espíritas e terreiros de Umbanda. O mesmo
acontece com doentes curados na Umbanda. Na hora
da aflição prometem dar testemunho e depois de
curados, desaparecem. Se forem procurados em
suas casas, para dar um depoimento, dizem: "nossa
família é católica e vai-nos censurar" ou, então: "os
vizinhos vão fazer chacotas, vão zombar", ou, ainda:
"temos freiras e padres na família e vão criar sérios
problemas se souberem que procuramos terreiros".
Outros dão esta desculpa: "meu marido não pode
saber que fui a um terreiro, se souber, me quebrará de
pancadas".

EXU DEITA NA CAMA, NA CASA VERDE


Existem mais terreiros de vigaristas, do que de
Umbanda pura, séria e honesta. A Umbanda fundada
pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, no dia 15 de
novembro de 1908, ao se incorporar no médium Zélio
de Morais, durante uma sessão na Federação Espírita
de Niterói, foi assim definida: 1) Caridade sem
cobrança ou qualquer recompensa material; 2) Cânti-
cos, sem palmas, sem tambores, portanto sem ataba-
ques; 3) Desobsessões, afastamento de espíritos
obsessores, curando os doentes com falsa loucura.
Essas instruções, do ex-padre espanhol, Gabriel
Malagrida, que se apresentava como Caboclo das
Sete Encruzilhadas, foram abandonadas e a Umban-
da foi totalmente deturpada por mulheres vigaristas e

105
malandros. Antes de 1908, segundo uma pesquisa
feita por Ronaldo Antonio Linares, presidente da
Federação Umbandista do Grande ABC, a Umbanda
não existia. Existiam apenas terreiros de macumbas e
Candomblés. Hoje, a Umbanda é uma mistura de
macumbas e Candomblés, - chamada UMBAN-
DOBLÉ, onde só se fazem maldades e se alimentam
desejos de vinganças. No Candomblé a vigarice é
muito maior. Os doentes que apresentam desmaios,
tonturas, ou perda dos sentidos sem desmaiar, procu-
ram terreiros e pais-de-santo e mães-de-santo vigaris-
tas jogam os búzios, dizendo:
- "Seu santo está "bolando". Se não fizer o "san-
to" (raspar cabeça) vai morrer logo. Terá pouco tempo
de vida."
O doente com medo da morte próxima, pede
dinheiro emprestado, vende jóias, objetos de uso pes-
soal, terrenos, carros, para levar dinheiro aos vigaris-
tas. Usam essa chantagem emocional, para extorqui-
rem o dinheiro rapidamente. O povo precisa ser escla-
recido. Niguém coloca "santo" na cabeça dos outros.
Os "santos" não comem e essa estória de dar "comi-
da para o santo" é uma tremenda vigarice, roubalhei-
ra. Os doentes, se procurarem um terreiro de Umban-
da honesto, serio, ficam curados sem gastarem 10
centavos. Em terreiro honesto fazem o afastamento de
espíritos, depois de doutriná-los. Essa vigarice de dar
comidas e bebidas para exus e pombas-giras, é uma
malandragem, uma patifaria. Os exus e pombas-giras
devem ser doutrinados, esclarecidos, para ganharem
luz e evolução espiritual. Em terreiro honesto, exus
não mandam, obedecem. Dar agrado para exus (co-
midas e bebidas) é o mesmo que um chefe de família
presentear o filho que faz maldades, ao invés de

106
esclarecê-lo. Se um filho comete faltas graves e rece-
be presentes para não continuar fazendo coisas erra-
das, esse chefe de família está criando um futuro
monstro, um bandido. Os exus não são diabos, nem
seres infernais. São seres revoltados, que aceitam o
diálogo, o esclarecimento. Os falsos umbandistas
apresentam os exuso como seres diabólicos, para
facilitar a extorsão aos doentes. O povo cheio de cren-
dices, de medo e superstições, fica apavorado e
entrega o dinheiro, aos malandros, que conseguiram
registros e diplomas em Federações de Umbanda
desonestas.
Acompanhem este caso da Casa Verde, encami-
nhado, por carta, ao médium Pedro Furlan, de Presi-
dente Altino, Osasco, Estado de São Paulo:
- "Seis meses antes de nascer, quando mamãe
estava grávida, fizeram-lhe uma macumba e ela ficou
desequilibrada mental. Mamãe foi curada por um
padre espírita, seis meses depois que nasci, mas con-
tinuei a ser alvo dos maus espíritos. Já freqüentei psi-
quiatras, psicólogos e faço atualmente, tratamento do
cérebro, com um professor cientista, há cinco anos.
Durante 5 a 6 anos freqüentei um Centro de Umbanda
e desenvolvi a mediunidade. Apesar de meus guias
darem "passes", meu sofrimento espiritual nunca teve
fim. Em 1974, quando cheguei ao ponto de enlouque-
cer, fui parar num Centro de Candomblé, e me retira-
ram uma falange de exus. Porém, meu sofrimento não
parou aí. Constantemente, era vítima de outros exus e
sofredores. Fiz "assentamentos" para Oxum, Ogum,
Oxóssi e Abaluaê, mas nunca me senti bem. A mãe-
de-santo me fez o santo errado. Depois, disseram-me
que havia "briga de santo na minha cabeça". Ela não
fez minha cabeça, apenas "assentou" o santo. Sou

107
acompanhada, desde criança, por um espírito obses-
sor endurecido, mau, perverso. É astucioso,mistifica-
dor, que sempre se retirava quando eu ia a algum
lugar e depois voltava para me atacer. Já se manifes-
tou há dois anos atrás, mas não conseguiram afastá-
lo. Já percorri muitos terreiros, Centros Espíritas e
nunca conseguiram afastá-lo. Ele mistifica a tal ponto,
que se fez passar por espírito de luz (guia). Ora se
apresenta como homem, ora como mulher. Ora fica
bravo, agressivo, ora chora, geme, ri zombeteiramen-
te. Outras vezes, se apresenta como exu. Quando isso
acontece, tenho crises violentas e vontade de acabar
com a vida. Parece que vou enlouquecer repentina-
mente. Provoca desentendimentos com familiares e
com todos que se aproximam de mim. Diz coisas
horríveis, as piores ofensas, palavrões. Sinto um ódio
contra tudo, até contra Deus. Agrido minha irmã,
quando ele se apossa de meu corpo. Às vezes, fico
parada, pensando na vida. Estou quase certa que o
meu fim será a loucura ou o suicídio. Esse espírito me
pega pela cabeça, na nuca e na espinha. Sinto peso
nas costas. Não me deixa trabalhar. Houve um tempo
em que ele se aproximava de mim com outras inten-
ções. Aproximava-se com propósitos sexuais. Poucos
anos atrás, eu estava deitada na cama, à tarde, e me
senti excitada. Foi quando percebi um vulto acinzenta-
do, deitar sobre mim, e levantei-me confusa e ator-
doada. Outra vez, senti nitidamente, que alguém me
apertava na cama. Logo depois, senti um hálito quen-
te no meu pescoço. Sinto alguém se aproximar para
beijar meu rosto e sempre com aquele hálito quente.
Minha mãe-de-santo afastou o espírito de meu VÔ
QUE ME ACOMPANHAVA: O pai de meu pai esteve
internado em sanatório psiquiátrico, mas não era lou-

108
co, era obsedado. Num Centro Espírita, um médium
vidente disse que um negro sem cabeça me acompa-
nhava. Fui a um Centro de Umbanda que fazia desob-
sessão e foram retirados muitos espíritos maus e eu
piorei. O obsessor passou a me atacar dia e noite,
querendo se incorporar (tomar meu corpo) todo o
tempo. Esse espírito mau quando se incorpora fica
por uns 40 minutos e sempre promete se afastar de
mim e me deixar em paz. É um mentiroso, zombeteiro.
Às vezes, chora muito e pede perdão. Em casa, em
determinadas noites, ninguém dorme. Todos passam
a madrugada com a tensão nervosa. Nunca me
neguei como médium a prestar a caridade e gostaria
de continuar desenvolvendo a minha mediunidade."
a) Maria Aparecida, 33 anos, Casa Verde.

109
ÍNDICE
Os Traidores do Espiritismo 9
Maldição de Macumbeiro Imoral 11
Viu Fantasma no Quarto 14
Mulher Vestida de Vermelho 15
Era surrado pela Mulher 16
Menina Paralítica de Garanhuns 17
Espíritos Deitados na Cama 19
Vingança de Mineiro Suicida 20
Vestido de Noiva na Macumba 22
Vingança de Pai-de-Santo 24
Morte de 5 Crianças no Terreiro 26
Vingança do Macumbeiro do Jabaquara 30
Cachorro com Olhos Vermelhos 32
Moça Desmaiava nas Ruas 34
la Cortar Pescoço com Navalha 36
Mulher de Bragança Via Vultos 37
Menina Desmaiava na Escola 38
Ódio às Mulheres Loiras 40
Desmaiava no Túmulo da Mãe 42
Sofrimento de Japonezinha 43
Moça via Caixão de Defunto 45
Acabou com o Baile no Grito 46
Não pode tirar o Chapéu 48
Desgraça causada por Macumbeira 49
Sofria há mais de 20 anos 51
Vingança da Amante do Marido 52
Mineiro queria comer Velas 54
Mulher de Biquini "Era Miss" 56
Homem falava dormindo 57
Quase matou o próprio Filho 58
Bife com pimenta no Cemitério 60
Drama de Mulher Alcoólatra 61
O Funcionário do Jóquey Clube 63
Morcego Misterioso em Ourinhos 65
Mulher Internada como Louca 66
Morto fala com o Pai 67
Vultos Pretos Atacam Moço 71
Ficou três dias como Morta 73
Mulher Negra no Apartament 75
Desmaiou no Volante do Carro 77
Loucura sem Lesão Cerebral 78
O Marceneiro de Uberlândia 80
Pulou do muro de 25 metros 82
"Judeu Errante" do Macuco 84
Espírito Esmurrava Rapaz 86
Maníaco Sexual de Campinas 87
Mulher bebe três litros de Pinga 90
Espírito segurava pela mão 91
A Medicina e as falsas Doenças 92
Cabeça com Olhos de Fogo 96
Mulher com Escamas de Peixe 101
Mundo de Covardia e Hipocrisia 103
Exu Deita na Cama na Casa Verde 105
Escreveu, então, seu primeiro livro "Ari-
gó, a verdade que abala o Brasil", um
dos livros mais vendidos no ano de
1964. Em 1966, ingressou no jornal
"Notícias Populares", onde permanece
até hoje, escrevendo reportagens e
mantendo duas colunas diárias: "Coisas
do Outro Mundo" e "Umbanda e Can-
domblé", recebendo milhares de cartas
de todo o Brasil, pois "NOTICIAS
POPULARES" tem grande vendagem
em todo território nacional. Sua coluna é
transmitida por várias emissoras de rá-
dio brasileiras. Agora, Moacyr Jorge,
escreve este segundo livro, que é o
resultado de suas pesquisas em terrei-
ros de Umbanda, ouvindo médiuns,
doentes e chefes-de-terreiros. Desen-
volve violenta campanha contra os
terreiros desonestos, de macumbeiros
que tapeiam o povo e exploram o sofri-
mento humano. Dá apoio aos terreiros
de Umbanda pura, de amor, que não
cobram nada, nem dão listas de comi-
das e bebidas para agradar exus. Dá
apoio a Umbanda sadia, que procura
evoluir e que procede com dignidade,
respeitando o sofrimento e o desespero
populares, sem mistificações, sem viga-
rices, sem exploração da credulidade
pública.
A EDITORA
COISAS

DO

OUTRO M U N D O

Moacyr Jorge
Um livro para pessoas de temperamento forte.
Um livro que é fruto da maior pesquisa até hoje
feita no Brasil, sobre a falsa loucura (obsessão)
Casos reais de "possessão demoníaca", impres-
sionantes, tenebrosos e inacreditáveis.
A violenta mudança de comportamento de uma
pessoa quando sofre atuações de espíritos vinga-
tivos, levando-a ao suicídio, ao crime e a tremen-
das aberrações sexuais, inexplicadas pela medi-
cina tradicional.
A terrível exploração dos milhares de terreiros de
umbanda, candomblé em todo o país, onde
milhares de pais-de-santo, mães-de-santo, explo-
ram com tenebrosos condicionamentos o neces-
sitado que cai nestas arapucas.
Um livro de alerta para o leitor, para a polícia e
para os médicos, em especial os psiquiatras que
acham mais fácil encarcerar em hospitais com tra-
tamentos de choques e psicotrópicos o falso
doente orgânico, que em sua maioria mais neces-
sita de uma orientação espiritual e do calor huma-
no, hoje rareando.

NOVA M E N S A G E M EDITORIAL LTDA.


Rua Eng.° Ranulfo Pinheiro Lima, 141 - cep 04264
Fone: 272-6221 Caixa Postal 15.102 - S. Paulo - SP

Você também pode gostar