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Missão Chrisfapi

“Gerar, sistematizar e socializar o conhecimento


e o saber, por meio da oferta de serviços
educacionais de qualidade, comprometendo-se
com a sociedade, meio-ambiente e a cidadania.”
Direito Processual Penal II – 2021.2

Procedimentos – no Processo Penal

Prof Dr. Tiago Ribeiro


IG: tiagoribeiromastercoach
Procedimentos
Procedimentos
• “procedimento é formatação prevista em lei e condição indispensável
à produção de significados”.
• 1 – Investigação preliminar – sob a batuta do juiz de garantias e
seguirá até o recebimento da denúncia.
• 2 – Processo penal – A partir do recebimento da denúncia correrá sob
a batuta do juiz da instrução.
• Normalmente em matéria processual penal eles variam em
conformidade com o delito.
Processo X Procedimento
• “procedimento é a sucessão de • Processo é o conjunto, isto é, a
atos realizados nos termos do concatenação dos atos
que preconiza a legislação”. procedimentais, com o
• podem ser investigativos e desiderato de produzir, ao final,
processuais. coisa julgada.
Processo
• Concebido como relação jurídica processual;
• Com procedimento;
• E um conjunto de atos

Integralidade do Processo
• Do devido processo legal, têm-se :
Taxatividade do procedimento
Espécies de procedimento no processo penal
(Art. 394 – CPP)
• procedimento comum: ordinário, sumário e sumaríssimo

• procedimento especial relativo aos crimes: dolosos contra a vida; de


drogas; de falência; de responsabilidade de funcionários públicos;
contra honra; contra a propriedade imaterial; cujo processo
condenatório tenha seus autos extraviados ou destruídos; militares.
Aplicação subsidiária do procedimento
comum ordinário
• Art. 394 - § 5o  Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos
especial, sumário e sumaríssimo as disposições do procedimento
ordinário. CPP
• 1 – Quando houver omissão da disciplina que regula o outro rito;

• 2 – ou quando a aplicação de outro rito ocorrer em


inconstitucionalidade.
Prioridade de tramitação

• Art. 394-A.  Os processos que apurem a prática de crime hediondo


terão prioridade de tramitação em todas as instâncias.

• Vontade de prender mais rápido????


Procedimento Comum
Art. 394, §1º - CPP
Critérios de definição
• Art. 394.  O procedimento será comum ou especial.           
(Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
•§ 1o   O procedimento comum será ordinário, sumário ou
sumaríssimo:           (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
• I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for
igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;         
• II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja
inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;      
• III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma
da lei.
Procedimento aplicável Pena máxima cominada ao delito
Ordinário Pena ≥ 4 anos
Sumário Pena < 4 anos
Sumaríssimo (lei no. 9.099/95) Pena ≤ 2 anos e contravenções penais

• As penas de multa são indiferentes para aferição do rito;


• havendo concurso de crimes é natural que as penas sejam somadas;
• Para a aferição do rito são levadas em conta as qualificadoras e as
causas de aumento de pena, tomando-se a fração máxima;
• Também não podem ser excluídos os ritos especiais a exemplo do
código eleitoral, tribunal do júri e CPPM
Procedimento comum ordinário
• Normalmente é antecedido pelo inquérito policial, com vistas a
fornecer suporte probatório mínimo;
• o inquérito é dispensável;
• Toda essa fase corre sob a observação do juiz de garantias, a quem
cabe o controle da legalidade da investigação criminal e a salvaguarda
dos direitos individuais;
• no processo penal o recebimento da petição inicial acusatória
inaugura o procedimento comum ordinário.
Petição inicial acusatória
• É nesse momento que a acusação deve enumerar suas testemunhas;
• STJ firmou o entendimento de que a resposta preliminar à acusação é
o limite à apresentação do rol de testemunhas;
• Existirá nulidade absoluta invalidação da instrução criminal, caso tal
limite não seja respeitado.
• O recebimento da inicial acusatória é de competência do juiz de
garantias, Que pode aceitá-la ou rejeitá-la. caso aceite mandará citar
o acusado e remeterá os autos ao juiz de instrução
E se o juiz recebê-la?
• Deflagra-se o processo;
• O suspeito passa a ser acusado;
• Interrompe-se o prazo prescricional;
• e fixa a prevenção;
• Não tem caráter decisório, portanto STF não exige fundamentação e
motivação para recebimento da inicial acusatório, muito embora ela
seja conveniente.
E se rejeitá-la?
• Primeiramente há o bug da competência, juiz de garantias X juiz de
instrução (Art. 396 x Art. 399);
• Para o STJ é possível a retratação a partir de 2 recebimentos um
precário (Art. 396) e outro definitivo (art. 399);
• A rejeição da inicial incita recurso em sentido estrito (Art. 581, I);
• Do recebimento, não cabe recurso. Assim sendo, ação autônoma –
HC;
• No rito especial da lei de drogas, existe a excepção de pré-cognição,
uma defesa prévia anterior ao recebimento da denúncia ou queixa.
Citação e resposta preliminar
• É cogente e deve ser apresentada em dez dias, se não for enseja nomeação
de defensor pelo juiz;
• A falta da resposta preliminar é passível de nulidade absoluta;
• É a citação que completa a formação processual (Art. 363);
• Citação pessoal ou por hora certa : decreta-se a revelia e nomeia o
defensor;
• Citação por edital: Suspende-se o prazo prescricional (pelo tempo da pena
máxima cominada (STJ); até o comparecimento do acusado ou seu defensor
(STF)).
• Admite a produção antecipada de provas, fundamentadamente.
Ao receber a inicial acusatória...
• A defesa deve, na sua resposta, arguir preliminares, alegar tudo o que
lhe interessar, oferecer documentos e justificativas, especificar
provas pretendidas e arrolar testemunhas;
• Incidente de exceção, deve ser julgado em apartado (Art. 95 a 112,
CPP);
• Pelo Art. 397, o juiz pode absolver o réu sumariamente gerando
extinção do processo sem resolução de mérito, cabendo à defesa
alegar os motivos que podem/devem embasar essa decisão;
• Segundo o STF, não é permitido o indeferimento de testemunhas
nessa fase;
• Lembrando que essa peça faz parte das estratégias da defesa.
Absolvição Sumária
• No rito do júri, essa se dá após a audiência de instrução e julgamento (Art.
411, §4º, CPP);
• No procedimento comum – a absolvição sumária vem antes da audiência
de instrução e julgamento (art. 397), quando:
- Excludente de ilicitude;
- Excludente de culpabilidade;
- Não existir tipicidade;
- Extinção de punibilidade.

Trata-se de julgamento antecipado do mérito penal e deve estar lastreado


no juízo de certeza.
Audiência de Instrução e Julgamento
• Deve ser feita em audiência única, promovendo a concentração dos
atos processuais;
• Mesmo não havendo previsão legal, é cabível o sursis processual
(suspensão condicional do processo), nos crimes que a pena mínima
abstrata não exceda um ano, antes da produção das provas em
audiência (Art. 89, Lei 9.099/95);
• Preza-se pelo principio da eficiência (razoável duração do processo,
economia processual e celeridade)
• Deve ser realizada no prazo de 60 dias, devendo fluir a partir da decisão que
absolve ou não sumariamente (Nestor Tavora);
• Não importa se o réu estiver preso, contudo, a dilação desarrazoada desse prazo,
enseja soltura do mesmo. Bem como, de acordo com o art. 316, CPP, a prisão
preventiva deve ser revista a cada 90 dias;
• Deve-se imperar a identidade física do juiz, permite-se a oitiva de testemunhas
ou o interrogatório do réu por precatória;
• O principio da imediação ou da imediatidade, assegura que o juiz esteja em
permanente contato com toda a produção probatória;
• O juiz que prolata a sentença diferente do que presidiu a instrução, só é cabível
em afastamentos duradouros (aposentadoria, tratamento de saúde, etc.)
• STF e STJ, relativizam o Princípio da Identidade Física do Juiz. Apenas se houver
prejuízo à parte. Nulidade relativa e invalidação da sentença.
Declarações do Ofendido
• Na presença do juiz, MP e defesa poderão perguntar diretamente
(art. 212, CPP);
• Se faltar pode ser conduzido coercitivamente. Em crime de ação
privada enseja perempção (art. 60, III, CPP);
• Antes e durante a audiência deve-se evitar que o ofendido tenha
contato com o agressor, suas testemunhas e seus familiares.
• Caso se sinta intimidado o réu pode ser retirado da sala e assistir por
videoconferência em outra sala, permanecendo o seu defensor (art.
217, CPP).
Testemunhas
• No procedimento comum ordinário, em número de oito, pela
acusação e por cada réu e cada fato ou infração imputada (não são
contadas as que não prestam compromisso ou as referidas)
• Serão ouvidas as de acusação e depois as de defesa, nessa ordem;
• Eventualmente, o juiz pode ouvir testemunhas que tenham sido
esquecidas, dispensadas ou referidas;
• Porém esta estrutura se encontra vedada pela estrutura acusatória
prevista no Art. 3º - A, CPP.
Inquirição das testemunhas
• Entende-se ainda cabível a substituição de testemunha não
encontrada;
• Pode ser ouvida por carta precatória, cuidando-se para que uma
testemunha não ouça o depoimento da outra;
• Acusação e defesa devem perguntar diretamente, o juiz pode
interferir (art. 212, parágrafo único), inclusive indeferindo
reperguntas tendenciosas, impertinentes ou meramente repetitivas;
• A sequencia, acusação depois defesa, deve ser preservada, se não
nulidade absoluta. STF, entende nulidade relativa.
Esclarecimento dos peritos, reconhecimento
de pessoas e acareações
• O esclarecimento dos peritos, depende de prévio requerimento das
partes (Art. 400, § 2º, CPP), assim como as demais provas;
• Nada de improviso;
• Tudo acompanhado por acusação e defesa, e sob o manto da ampla
defesa e contraditório (Art. 185, §. 9º, CPP)
Interrogatório do acusado
• O último ato, no procedimento comum, respeitada a ampla defesa e o
contraditório, é o interrogatório do acusado.
• É constituído em duas etapas: primeiro sobre a pessoa e segundo sobre o
fato;
• Súmula 522 do STJ, reconhece como conduta típica, atribuir-se identidade
falsa;
• Aqueles atendidos sob a Lei no. 9.807/1999, tem prioridade na instrução;
Interrogatório por videoconferência
• É possível ser tomada por videoconferência, estritamente nos casos
especificados no §2º do Art. 185;
• Os que se encontram em RDD, devem preferencialmente ser ouvidos
por videoconferência;
• As partes devem ser intimadas com dez dias de antecendencia;
• Art. 185, § 10.  Do interrogatório deverá constar a informação sobre a
existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma
deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos
cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa;
• Art. 191. Havendo mais de um acusado, serão interrogados
separadamente. (inconstitucional???)
• Que réu deve falar por último? (o delator?)
• Art. 260.  Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório,
reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser
realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua
presença. (Vide ADPF 395)(Vide ADPF 444) (Inconstitucional!!)
E depois????
• Art. 402.  Produzidas as provas, ao final da audiência, o Ministério
Público, o querelante e o assistente e, a seguir, o acusado poderão
requerer diligências cuja necessidade se origine de circunstâncias ou
fatos apurados na instrução.           (Redação dada pela Lei nº 11.719,
de 2008).
Debates ou alegações finais escritas
• Art. 403.  Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão
oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela
acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a
seguir, sentença.           (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
• § 1o  Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um
será individual.           (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
• § 2o  Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação desse, serão
concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de
manifestação da defesa.           (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Memoriais
• § 3o  O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número
de acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias
sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso, terá
o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença.           (Incluído pela
Lei nº 11.719, de 2008).
• E se tiver mais de um réu?
E quem faltar?
• Ação Penal Pública – em tese, desistência da ação. Contudo, deve-se
encaminhar os autos à instância revisional do Ministério Público (Por
analogia ao Art. 28, caput, CPP);
• Ação Penal Privada – desídia do querelante – paralisação –
perempção – extinção da punibilidade (Art. 60, I e III, CPP);
• E se o querelante pedir a absolvição do réu? (segue o baile);
• E se a falta dos memoriais for do defensor?
Sentença
• Em Dez dias... Art. 800, § 3º, CPP, juiz pode, motivadamente, exceder
esse prazo.
Procedimento Comum Sumário
• Art. 394.  O procedimento será comum ou especial.           (Redação
dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
• § 1o  O procedimento comum será ordinário, sumário ou
sumaríssimo:           (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
• II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima
cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de
liberdade;           (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
• § 5o  Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial,
sumário e sumaríssimo as disposições do procedimento ordinário.   
•  Art. 396.  Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a
denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á
e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por
escrito, no prazo de 10 (dez) dias.

• CPP 531 e ss.


Procedimento Comum Sumaríssimo
Lei no. 9.099/95
Juizados Especiais Criminais
• Previsão Constitucional - Art. 98 da CF. Instituída sob o discurso de
despenalização e de descarceirização.
• Origem na Commom law, trazendo instrumentos consensuais,
maximizando o alcance da justiça criminal;
• Linguagem eufemística: acusado – autor do fato; investigação policial
– TCO; processo – procedimento; ação penal – transação acordo;
• Implantado com o discurso de “ampliação do acesso à justiça,
aproximando o cidadão da efetivação judicial dos seus direitos”.
Princípios - Lei no. 9.099/95
• Art. 62.  O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á
pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade,
economia processual e celeridade, objetivando, sempre que
possível, a reparação dos danos sofridos pela vítima e a
aplicação de pena não privativa de liberdade. 
Competência
• Os crimes cuja pena máxima abstrata não exceda 2 anos – Art. 390, §
1º, III, incluindo o somatório de penas acumuladas e exasperação ou
majoração de penas;
• Exceção aos crimes militares – Art. 90 – A, da Lei 9.099/95;
Fase Preliminar
• Inicia-se com o TCO: investigação simplificada, resumo das declarações,
eventuais exames de corpo de delito;
• Compromisso do autuado em comparecer no juizado em dia hora
designado previamente;
• Remessa ao MP, controle do Juiz de Garantias;
• Caso o MP, decida por arquivar o TCO, deve comunicar à vítima, à
autoridade policial, ao investigado e encaminhar os autos para a
instância de revisão ministerial, para homologação;
• Caso a vítima, ou seu representante, discorde, poderá buscar o órgão
revisional em 30 dias após o recebimento da comunicação.
Audiência Preliminar nos Juizados Especiais
Criminais
• Devem estar presentes: autuado, vítima, advogados, responsável civil
e o MP – oportunidade para a composição dos danos civis;
• Autor do fato – proposta de retratação ou indenização – se obtida o
acordo será lavrado e homologado por sentença (sentença
Irrecorrível – Art. 74); MS
• A composição é pilar da justiça penal consensual (Art. 2º da Lei
9099/95, parte final);
Composição Civil dos danos - Efeitos
• Ação penal privada – renúncia do direito de queixa ou representação
– extinção da punibilidade;

• Ação Penal pública incondicionada – prossegue-se com os demais


termos do procedimento;
Exceção
• O Art. 291, § 1º - CTB, veda a composição civil e transação penal nos
seguintes casos:
•  I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa
que determine dependência;      
• II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição
automobilística, de exibição ou demonstração de perícia em manobra
de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente;  
•  III - transitando em velocidade superior à máxima permitida para a
via em 50 km/h (cinqüenta quilômetros por hora).
Não cabe os institutos da Lei, nem sursis
processual, quando...
• CTB – lesão corporal culposa grave ou gravíssima;
• Estatuto do idoso – Lei no. 10.741/2003, reforço de posicionamento
do STF, nos autos da ADI no. 3096;
• Lei no. 11.340/2006 – consubstanciado na Sumula no. 536, STJ: “a
suspensão condicional do processo e a transação penal, não se
aplicam na hipótese dos delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da
Penha”;
E se não houver a composição?
Ação Penal Privada Ação Penal Pública Incondicionada
• O juiz suspende a audiência, adverte a • Possibilidade de oferecimento da
vítima do prazo decadencial para transação penal, pelo MP – Art.76, Lei
oferecer queixa-crime, que pode ser 9.099/95; pode:
feita na própria audiência, oralmente - requerer diligencias;
e reduzida a termo;
• Abre-se espaço para a transação - arquivar o TCO.
penal; - oferecer a transação penal;
• Se decorrer o prazo decadencial – - requerer a remessa dos autos ao
extinção de punibilidade juízo competente;
- recusar proceder a transação e
oferecer denúncia
Na ação privada, quem propõe a transação?
• 1 – Minoritariamente – cabe ao MP;

• 2 – Não prevalente – após a oferta da queixa-crime, o acusado deve


manifestar o seu interesse de que o MP, proponha a transação;

• 3 – Majoritária – STJ, inclusive, se o querelante, não quiser a


transação, não há obstáculo ao curso do processo.
• Na ação penal privada, é indispensável a presença do ofendido. Se
faltar, aguarda-se a decadência. Só há nova audiência se houver novo
impulso processual;
• O autor do fato pode recusar a proposta da transação ou até
apresentar contraproposta;
• Aceite de transação penal, não gera reconhecimento de culpa,
reincidência ou antecedentes criminais, apenas impede uma nova
transação por 5 anos;
• Súmula vinculante no. 35 – STF: a homologação de transação penal,
não faz coisa julgada material, descumpridas as clausulas, retoma-se
o status anterior;
• Cumprida a transação – extinção da punibilidade
E se não houver a transação...?
• Será oferecida a acusação oral;
• Será designada audiência de instrução e julgamento;
• Nesta, será decidido sobre o recebimento da inicial acusatória;
• Se em razão da complexidade, não couber a denuncia oralmente,
poderá ser requerida a remessa ao juízo comum onde o processo se
iniciará normalmente.
Procedimento Sumaríssimo
•  Suspensão condicional do processo - Art. 89. Nos crimes em que a
pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou
não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá
propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o
acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado
por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a
suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal)
• O MP propõe, o juiz decide as condições (e não pena)
Sobre o sursis processual
• MP só pode recusar a proposição se o fizer de forma fundamentada
concretamente, se não cabe instar a instância revisional;
• Se por concurso, continuidade delitiva ou majoração da pena mínima
cominada, exceder o limite de um ano, não caberá a proposição – Súmula
243-STJ;
• As condições não se restringem àquelas previstas em lei;
• Pode ser revogado, desde que o autor tenha praticado algo que enseje a
revogação;
• Segundo a Súmula 337 – STJ, se houver desclassificação do crime,
considerando a pena mínima, deve ser garantida a suspensão mesmo que
em sede de recurso;
• A suspensão condicional do processo não está restrita no âmbito do
juizados especiais cabendo por exemplo aos crimes ambientais. só
não se aplicam aos crimes militares;
• a petição inicial, oral ou escrita não precisa estar acompanhada de
exame de corpo de delito. Ex: boletim médico ou correlatos;
• ao acusado será entregue cópia da denúncia ou da queixa, mesmo
antes do recebimento formal, ficando citado e ciente da designação
da audiência de instrução e julgamento. não comparecendo, deve ser
citado pessoalmente. se não for encontrado...???
Audiência de instrução e julgamento no
procedimento sumaríssimo
• ao defensor do acusado, será facultado apresentar resposta à
acusação – defesa preliminar;
• Aqui o recebimento da peça acusatória é de competência do juiz da
instrução e julgamento;
• sob a égide do princípio da informalidade, é possível proposições
conciliatórias e de transação penal;
• rejeitada a denúncia cabe apelação, por escrito, em 10 dias. a ser
julgado pela turma recursal;
• Recebida a inicial acusatória, tendo sido proposta sursis processual,
processo ficará suspenso pelo período de prova, de 2 há 4 anos.
Finalizado, sem revogação, estará extinta a punibilidade. da qual é
cabível apelação;
• recebida a denúncia, em tese, é cabível absolvição sumária pelo juiz.
Artigo 397, do CPP;
Rejeição da Inicial e absolvição sumária no
procedimento sumaríssimo
• Art. 397.  Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos,
deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando
verificar:           
• I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;          
• II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente,
salvo inimputabilidade;          
• III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou 
• IV - extinta a punibilidade do agente.  
Produção de prova oral e julgamento nos
juizados especiais criminais
• será ouvida a vítima – as testemunhas de acusação (razoavelmente 3)
– E as de defesa conforme a disciplina do CPP.
• É admissível que os depoimentos sejam gravados por meios
eletrônicos;
• ao final o acusado será interrogado;
• dá-se então os debates orais: MP ou querelante e do defensor tem
prazo fixado pelo juiz.
• a sentença dispensa relatório e será proferida na própria audiência.
• Da sentença, apelação, em 10 dias contados da ciência do Ministério
público ou da ciência do réu e do seu defensor, sendo recorrido
intimado para apresentar contrarrazões no mesmo prazo;
• Embargos de declaração podem ser opostos em 5 dias e interrompem
o prazo recursal;
• Não existe RESE nos juizados especiais criminais;
• no processo penal, os prazos são em dias corridos;
• da sessão de julgamento da apelação, as partes serão intimadas pela
imprensa, exceto MP e Defensoria pública ou defensor dativo.

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