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I CICLO DE FORMAÇÃO DE PRÁTICA FORENSE\GMM-ADVOGADOS

MODELO DE PROCESSO PENAL-COM DR. DOMINIKE MANUEL E DR MANUEL SERAFIM

1.1 INVESTIGAÇÃO CRIMINAL


Trata-se aqui dos Crimes Públicos e Semi Públicos e Queixas crime. O processo crime começa com a
queixa e termina com a condenação ou absolvição do aruguido da instância.
Na Investigação criminal ocorre as deligências necessárias para a abertura da Fase da Instrução
Preparatória. Por regra, primeiro deve investir para depois prender e formar juízo de probabilidade, o que
não acontee na prãtica em muito dos casos.
Nesta fase, poderão ocorrer normalme, a aplicabilidade dos meios de prova como as apreensões e vários
outros tipos de meios de obtenção de prova com vista a salvaguadar a integridade das provas e sua
veracidade levadas a cabo pelos órgãos de polícia crimanal de acordo a especialidade de cada órgão 1.
Quando as detenções ocorridas em sede de Investigação Criminal, elas têm o prazo máximo de 48h nos
termos do art.º 250.º do CPP, a contar do momento da detenção (excepto nos dias de não trabalho útil da
semana). O mesmo deve fazer-se mediante uma autorização ou sob direcção do Ministério Público,
excepto em situações de flagrante delito2
Pode ainda darºse o início da investigação criminal, mesmo sem o conhecimento do autor3. Porém, o dito
suspeito pode também requerer para que seja constituído como Arguido no processo 4, nos termos do art.º
65.º n.º 2 do CPP.

1.2 FASE DE INSTRUÇÃO PREPARATÓRIA (vide art.º 312.º e ss do CPPA)


A instrução preparatória do ponto de vista conceptual, é a fase processual em que a recolha de todos os
elementos probatórios para a formação do juízo de suspeita qu recai sobre o arguido em juízo de
probabilidade. Sua abertura, passa a contar desde o momento de suspeita fundamentada da existência de
um crime, mesmo sm a identifição prévia dos autores.
Está aqui em causa a ideia que, o Direito Processual Penal na sua Aplicação prática, pode compreender duas
possíveis dimensões: o Direito Processual Penal do Facto e o Direito Processual Penal do Agente.
✓ A instrução Preparatória compete ao Ministério Público por excelência;
A notícia de que foi cometida uma infracção penal, pode ser obtida por (vide art.º 303.º do CPPA):
✓ Directamente pelo conhecimento oficioso;
✓ Por intermédio do órgãos de Polícia Criminal;
✓ Por denúncia 5 (verbal ou Escrita);

1 Órgãos com competências genéricas e Órgãos com competências específicas (vide art.º 56.º do CPP)
2 Pode ser próprio (quando flagado ainda no cometimento do acto); e Impróprio ( quando há vestígios
deixados da prática do acto)
3 Trata-se aqui do expediente de busca do autor
4 Este caso traz consigo um conjunto de Direitos, afim do suspeito defender -se em sede das

acusações que lhe são imputadas. Vide art.º 67.º e 68.º do CPP.
5 Mecanisno pelo qual qualquer cidadão pode lançar mãos para dar a conhecer as autoridades
competentes sobre a xistência de um facto tipificado com crime. Nos termos do n.º 4 do art.º 307.º a
✓ Queixa.
A Instrução preparatóia faz-se no prazo de 10 dias, nos termos do nº 1 do art.º 333 do CPP
NB: O Habeas Corpus, enquanto Medida Processual de Defesa da Liberdade Individual, se necessário, deve
ser apresentado nesta fase. Vide art.º 68.º, n.º 2 do art.º 67.º e art.º 73.º todos da CRA e 290.º e ss do CPP .

1.3 FASE DA INSTRUÇÃO CONTRADITÓRIA


Trata-se aqui de uma fase facultativa, geralmente ocorridas nos processos comuns. Traduz a contradição
das provas apresentadas pelo Ministério Público antes da transição do processo para fase Judicial.
A Instrução Contraditória faz-se no prazo de 2 Mês (tratando de arguidos presos) e de 4 meses (tratando-
se de arguidos Soltos) dias a contar da data de entrada do requerimento de solicitação de abertura de
instrução contraditória, nos termos do nº 1 do art.º 349.º do CPP.
Caso o processo na fase de instrução contraditória calhar com o mesmo Juíz da fase de Instrução
Preparatória, dá lugar ao Instituto dos Impeedimentos e Suspeições dos Juízes. Contudo, escreve para o
Juíz Presidente do Tribunal da instância do Processo.

2. PROVAS E MEIOS DE OBTENÇÃO DE PROVA


2.1 MEIOS DE PROVA
Constituem-se como principais meios de provas:
✓ Prova Testemunhal: trata-se do principal meio de prova, tendo em conta o caracter rígido exigido
devendo mesmo o Testemunho prestar juramento, odendo incorrer ao crime de perjúrio.
a) Capacidade para testemunhar e dever de testemunhar-vide art.º 148.º do CPP
b) Pessoas Impedidas de Depor ou figurar como testemunhas- vide art.º 149.º do CPP
c) Pessoas que podem recusar-se de Depor-Vide art.º 150.º do CPP
d) Qualidades do Testemunho-vide art.º 159.º do CCP
✓ Declarante: aquele que presta simples declaraçãol, podendo estas serem acobertas de verdades
ou inverdades. Porém, não obstante este facto pode ainda assim incorrer também ao Crime de
Falsas declarações. a prova por declarações tem menos pendor que a prova testemunhal

A prova odecede a dois princípios fundamentais: Princípio da Liberdade6 e o Princípio da Legaliade7. Porém,
pode abrir-se algumas querelas quan to ao Sistema Anglo-Saxónico As provas que se apresentem
inadimissíveis, podem ser, todavia, impunados em meio a um requerimento ainda na fase da instrução

denúncia deve conter sempre que possível os seguintes elementos: A exposição dos factos constitutivo
fa infracção penal; circunstânxia relevantes em que o Crime foi cometido (dia, hora e local); A
identificação do agente ou agentes, ou elementos tendentes a identificação dos mesmos; A identificação
do ofendido; Nomes e residencias dos ofendidos, se as tiver; Declarar na denúncia que se quer constituir
assistente (obrigatória nos crimes particulares- n.º 6 do art.º 307.º do CPP).
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Preparatória. Tratando-se de Processo Comum, pode sugerir-se a abertura da fase de Instrução
Contraditória, podendo o Juíz através de uma despacho de Pronúncia analisado as provas, declara-las
irrelevantes para o acto incriminatório do arguido e consquente absolvição da instância.

2.2 MEIOS DE OBETENÇÃO DE PROVA.


Trata-se de Medidas de Prevenção e protecção da prova:
✓ Revistas e Buscas
✓ Apreensões: O prazo para a reclamação e levantamento dos bens apreendidos, são de 180 dias a
patir do descarte da apreensão do bem como meio de obtenção de prova, e a contar da data da
notificação, nos termos no n.º 4 do art.º 234.º do CPP, sob pena dos bens reverterem para a esfera
jurídica do Estado e passado 1 ano, irem a leilão.
Em relação, ao Valor pago em função da palicação das Medidas Cautelares de Natureza Pessoal (Caução
carcerária) e Econômica, também poderá ser posteriormente levantado pelo arguido, quer pela sua
condenação ou da sua absolvição da instância.
✓ Exames (vide art.º 239.º do CPP) : são realizados por perítos, que por excelência não podem actuar
no processo como testemunho. Os exames fazemºse mediante o respeito dos direitos do arguido ou
da vítima.
✓ Escutas Telefónicas (vide at.º 241.º e ss do CPP): são admissíveis mediante autorização de órgão
competente, sob pena de nulidade. A competência para a autorização do acto, varia em função das
fases do processo.

3. FASE DO JULGAMENTO
Findo a fase de instrução Preparatória havendo acusação formal, o processo passa a fase de Julgamento
após 10 dias.
Funcionamento do Prazo de 10 dias
✓ No processo Comum, os 10 dias permite ao Arguido o requerimento de abertura de uma instrução
contrditória. Aqui, o Juíz poderá se manifestar através de uma despacho de pronúncia 8 ou ainda de
uma despacho de não pronúncia 9 .
✓ Enquanto que, nos processos especiais não há essa faculdade ou possibilidade. Nestes processos,
não há despacho de pronúncia ou de não pronúncia mas sim uma promoção directa do processo,
podendo o Juíz fazer a marcação da data da audiência de julgamento.

8 Significa a aceitação pelo Juíz, dos factos alegados na acusação na fase da instrução
contraditória.
9 Ocorre, quando o Juíz entende não receber a acusação por entender que os factos

imputados ao arguido não constituírem infracção penal, ou que se extinguiu a acção penal
ou que o arguido não os cometeu, indicando os fundamentos da sua decisão e indicando se o
processo fica a aguardar melhor prova ou se fica arquivado.
QUESTÕES PRÉVIAS
Comprometem de tal maneira o mérito da causa, devendo todas as apresentações serem consignados em
acta..
✓ Nesta expediente faz-se a leitura da contestação em acta;
✓ Exposição da constituição do Advogando, quando não feito anteriormente;
✓ Nulidade das provas inadmissíveis;
✓ Aplicação do Princípio da Suficiência Material do Processo Penal.
Ao questões prévias, obedecem a seguinte ordem: Ministério Público; Advogados dos Assistentes e das
partes civis, e por ultimo

INTERROGATÓRIO DO ARGUIDO PELO JUÍZ.


Por regra, é obrigatório ao arguido fazer-se presente na audiência de julgamento, excepto quando
tratando-se de factos ou infracção penal punível não é passível de aplicação de medida privativa de
liberdade. (vide art.º 379.º do CPP).
Ainda sobre esta matéria, surgem questões de análise e discução à nível da própria lei relactivamente a
Não Arbitrariedade das normas Penais e a Necessidade de Diferenciação das Normas Penais, das Normas
de Contravenção Penais.

ALEGAÇÕES
Cosntitui a fase mais importante do processo, sendo 30 minutos para exposição e 15 minutos para a
Réplica
. Quanto a sua estrutura, obedece o seguinte etinerário.
✓ Saudação ao Juíz;
✓ Posição em Pé, fazendo as alegações oralmente;
✓ Exposição dos elementos de facto: todos os factos de relevância histórica do processo
✓ Atenuações;
✓ Elencar os princípios do Processo Penal;
✓ Citação de Editais (Costume, Doutrina; Jurisprudência).

QUESITOS
São as questões levantadas pelo Juíz em função dos factos, e têm importante relevância para o desfecho
do Processo podendo dr-se por provdos ou não provados. Os quesitos podem ser Impugnados em audiência,
afim de serem refeitos; obedecem a sequência lógica do processo; Não podem ser feitas de forma Negativa.
SENTENÇA
Quando a sentença, há um prazo legal de elebaoração. No cas, quando Simples o prazo é de 10 dias (vide
n.º 6 do art.º 409.º do CPP), oou ainda poderá ser elaborada no mesmo dia da audiência de julgamento
(vide n.º 7 do mesmo artigo)

4. RECURSOS (art.º 471.º do CPP)


Há duas formas de interposição de recurso:
✓ Forma Oral: demostração da intecionalidade de recorrer da decisão ainda em sede de audiência de
julgamento.
✓ Forma Escrita: Recurso previamente elaborado anterior a Sentença.
Os Recusos Classificam-se em:
✓ Ordinários: São aqueles enxertados dentro dos prazos normais de interposição dos recursos;
✓ Estraordinário: São aqueles recorríveis à todo tempo.
Na interposição dos recursos, obedece aos Princípios do Reformatio In Pejus e o Princípio do Duplo Grau de Jurisd ição.
Os recursos, muita das vezes, servem como mero expediente dilatório, actuando muita das vezes como estrategia dos
Advogados induzindo a violação dos prazos de decisão do Requerimento de Interposição de Recurso e consequente
Soltura do Arguido por prisão ilegal, podendo este aguardar a decisão em Liberdade.

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