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ALEGAÇÕES FINAIS
As alegações finais são apresentadas após o encerramento da instrução criminal, ou
seja, após a fase de requerimento de diligências.
ALEGAÇÕES FINAIS
PRAZO ORAL: 20 minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa,
prorrogáveis por mais 10, conforme dispõe o artigo 403 do código de processo penal.
PRAZO MEMORIAIS: 05 dias de acordo com o artigo 403, paragrafo 3º do cpp: o juiz
poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às
partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais.
nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença.
ALEGAÇÕES FINAIS
FUNDAMENTAÇÃO: artigo 403, parágrafo 3º do CPP.
ALEGAÇÕES FINAIS
1. NULIDADES: previstas no artigo 564 do CPP. As nulidades são vícios processuais que
maculam todo o procedimento, fazendo com que o julgamento do mérito fique
inviabilizado. Em caso de nulidade, peça que o reconhecimento da mesma, o que
culminará nã anulação do ato viciado, assim como os que o seguirem. O pedido de
declaração de nulidade deverá ser pleiteado preliminarmente.
EXEMPLOS DE NULIDADE:
• o réu foi citado por edital e, em vez de suspender o processo, o juiz deu prosseguimento normal (art. 366 CPP);
• o processo foi distribuído para juiz incompetente;
• o recebimento da petição inicial violou o art. 395 do CPP;
• não foi dada oportunidade para o réu apresentar resposta à acusação;
• a ordem a ser obedecida em audiência não foi observada (art. 400 CPP);
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ALEGAÇÕES FINAIS
2. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE: A defesa deverá fundamentar esse pedido nas hipóteses
dispostas no art. 107 do CP. Caso a defesa constate qualquer causa de prescrição, decadência,
perempção ou qualquer outra, deverá pedir seu reconhecimento e a consequente extinção do
processo. Esse pedido também deverá ser feito como preliminar.
ALEGAÇÕES FINAIS
5. APLICAÇÃO DA PENA NO MÍNIMO LEGAL: é possível alegar circunstâncias que
influam na dosimetria da pena, como a primariedade por exemplo.
ALEGAÇÕES FINAIS
TESES DE MÉRITO:
Em suma, as principais teses a serem defendidas em memorias são as descritas no artigo 386
do CPP:
- estar provada a inexistência do fato ou não haver prova suficiente que este ocorreu: aqui vigorará o
princípio do in dubio pro réu.
- não consistir o fato infração penal: em muitos casos, durante a instrução do processo, verifica-se que
os fatos não são exatamente os descritos na petição inicial.
- não existir prova de que o réu concorreu para a ação penal, ou estar provado que o mesmo não
concorreu com o crime: nesse caso a tese será de negativa de autoria, pois caso a defesa prove que ele
não está ligado ao crime ou a acusação não tenha provado seu envolvimento, caberá a absolvição
sumária, pois nesta fase a dúvida beneficiará o réu.
ALEGAÇÕES FINAIS
TESES DE MÉRITO:
- não existirem provas suficientes para a condenação: essa é um inciso genérico que deverá
ser usado quando não houver outro mais adequado. Qualquer outra dúvida que possa levar à
absolvição do réu deverá ser alegada, pois para uma condenação, é necessário estarem
presentes todos os elementos que obriguem o réu a responder pelo crime.
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ALEGAÇÕES FINAIS
É obrigatória a concessão do prazo para as alegações, sob pena de nulidade absoluta.
Já de apresentação das alegações por parte da defesa não é obrigatória, porém a falta poderá
gerar a nulidade da ação penal, por ofensa ao princípio da ampla defesa. Assim, se o defensor
é constituído e não se apresenta, o acusado será intimado para constituir outro, pois em caso
de inércia, será nomeado um dativo. Se o defensor é dativo e não apresentar alegações,
outro será nomeado para o ato.
Também são apresentadas alegações finais por memoriais, caso sejam ordenadas
diligências posteriores a audiência – artigo 404, parágrafo único, do código de processo penal.
Para crimes de competência do Tribunal do Júri – previsão legal no artigo 411, § 4º,
do Código de Processo Penal.
RELINDO CURTIS, já qualificado nos autos de Ação Penal em epígrafe, que lhe move o Ministério Público do Estado do Paraná,
vem através de seu advogado(a) abaixo assinado(a), respeitosamente perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo ____ do CPP,
apresentar tempestivamente suas
ALEGAÇÕES FINAIS
pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
PRELIMINARMENTE
1. Extinção da Punibilidade?
2. Nulidades?
a)Nulidade – artigo 564, I, CPP: Competência Juizado Especial Criminal (art. 69, III, CPP), infração de menor potencial
ofensivo (art. 60/61 Lei 9.099/95);
b)Nulidade – artigo 564, III, ‘a’, CPP - ausência de representação para o crime de ameaça (art. 147, parágrafo único
CP) - Extinção da Punibilidade pela decadência do direito (art. 38 CPP, art. 107, IV CP)
c) Nulidade – artigo 564, III, ‘e’, CPP – não realização do interrogatório - (artigo 185 CPP)
d) Nulidade – artigo 564, IV, CPP - ausência de manifestação sobre proposta de transação penal e/ou suspensão
condicional do processo –(arts. 76 e 89 da Lei 9.099/95).
NO MÉRITO
1. Materialidade: Quanto ao crime de ameaça, o denunciado não agiu com dolo, ou seja, com intenção de
amedrontar a vítima, apenas se manifestou de tal forma por estar nervoso e durante uma discussão; necessária
promessa de mal injusto e grave futuro; vítima não se sentiu amedrontada;
2. Autoria: Quanto a ameaça, insuficiência de provas para condenação; Quanto a contravenção penal- art. 42, III,
Decreto-Lei 3688/1941, o denunciado não era o responsável pela festa, tão pouco pelo volume do som.
SUBSIDIARIAMENTE: Pena no mínimo legal; regime aberto com substituição por penas restritivas de direitos;
possibilidade de recorrer em liberdade.
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4. REQUERIMENTOS
NO MÉRITO
Ante o exposto e diante de tudo mais que milita em favor do réu, requer a Vossa Excelência:
a. Reconhecimento da Nulidade – artigo 564, I, CPP: Competência Juizado Especial Criminal (art. 69, III, CPP), infração de menor
potencial ofensivo (art. 60/61 Lei 9.099/95);
DA AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA PARA SUSTENTAR AS ACUSAÇÕES EM FACE DO
b. Reconhecimento da Nulidade – artigo 564, III, ‘a’, CPP - ausência de representação para o crime de ameaça (art. 147, parágrafo
DENUNCIADO
único CP) - Extinção da Punibilidade pela decadência do direito (art. 38 CPP, art. 107, IV CP);
c. Reconhecimento da Nulidade – artigo 564, III, ‘e’, CPP – não realização do interrogatório - (artigo 185 CPP);
1. Materialidade: Quanto ao crime de ameaça, o denunciado não agiu com dolo, ou seja, com intenção de
d. Reconhecimento da Nulidade
amedrontar a vítima, apenas– artigo 564, IV, CPP
se manifestou - ausência
de tal de estar
forma por manifestação
nervososobre proposta
e durante umadediscussão;
transação necessária
penal e/ou
suspensão condicional do processo – (arts. 76 e 89 da Lei 9.099/95);
promessa de mal injusto e grave futuro; vítima não se sentiu amedrontada;
e. Absolvição – artigo 386, III, IV, VII, CPP
2. Autoria: Quanto a ameaça, insuficiência de provas para condenação; Quanto a contravenção penal- art. 42, III,
Decreto-Lei 3688/1941,
f. Subsidiariamente o denunciado
pena no mínimo não era
legal; regime o responsável
aberto pela festa,
com substituição tão pouco
por penas pelo de
restritivas volume do possibilidade
direitos; som. de
recorrer em liberdade.
Nesses termos, pede deferimento.
SUBSIDIARIAMENTE: Pena no mínimo legal; regimeLocal, data.com substituição por penas restritivas de direitos;
aberto
possibilidade de recorrer em liberdade.
ADVOGADO
OAB XXX