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Aula 09

TSE - Concurso Unificado (Analista


Judiciário - Área Judiciária) Direito
Processual Civil - 2023 (Pré-Edital)

Autor:
Ricardo Torques

08 de Março de 2023

07811006588 - Siomara Meireles Magalhães


Ricardo Torques
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Sumário

Audiência de Instrução e Julgamento.................................................................................................................. 3

1 - Abertura .................................................................................................................................................... 4

2 - Tentativa de conciliação............................................................................................................................ 4

3 - Instrução .................................................................................................................................................... 5

4 - Debates ..................................................................................................................................................... 9

5 - Decisão .................................................................................................................................................... 10

6 - Documentação ......................................................................................................................................... 11

Provas ............................................................................................................................................................... 13

Teoria Geral das Provas................................................................................................................................... 13

1 - Princípio da atipicidade dos meios de prova ......................................................................................... 13

2 - Poderes Instrutórios do Juiz ..................................................................................................................... 14

3 - Princípio do convencimento motivado e da comunhão da prova ............................................................ 15

4 - Provas emprestadas ................................................................................................................................ 18

5 - Distribuição do ônus da prova ................................................................................................................ 21

6 - Fatos que não dependem de prova ........................................................................................................ 27

7 - Demais dispositivos gerais de prova ....................................................................................................... 29

8 - Colaboração com a instrução .................................................................................................................. 30

Produção Antecipada da Prova ....................................................................................................................... 31

Provas em Espécie............................................................................................................................................. 36

1 - Ata Notarial ............................................................................................................................................ 36

2 - Depoimento Pessoal e Interrogatório ...................................................................................................... 37

3 - Confissão ................................................................................................................................................. 42

3.1 - Conceito e elementos........................................................................................................................ 42

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3.2 - Confissão espontânea ou provocada ............................................................................................... 44

3.3 - Confissão e litisconsórcio .................................................................................................................. 45

3.4 - Irrevogabilidade da confissão ......................................................................................................... 45

3.5 - Indivisibilidade da confissão ............................................................................................................ 45

4 - Exibição de Documento ou Coisa ............................................................................................................ 46

4.1 - Documento em poder da parte contrária......................................................................................... 46

4.2 - Documento em poder de terceiro ..................................................................................................... 49

Destaques da Legislação e Jurisprudência Correlata ....................................................................................... 52

Questões Comentadas ...................................................................................................................................... 58

Lista de Questões ............................................................................................................................................ 200

Gabarito ......................................................................................................................................................... 251

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PROVAS (PARTE 01)


C ONSIDERAÇÕES INICIAIS
Na aula de hoje vamos iniciar o assunto provas. Veremos, primeiramente, as regras referentes à audiência
de instrução e julgamento, após, analisaremos os dispositivos referentes à teoria geral da prova e à produção
antecipada da prova. Por fim, iniciaremos o estudo das provas em espécie.

Veremos os arts. 358 a 404 do CPC.

Boa aula a todos!

AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO

Como um tópico precedente à análise das provas, compete estudar os arts. 358 a 368, os quais disciplinam
o principal ato instrutório do processo: a audiência de instrução e julgamento (AIJ). Segundo a doutrina 1:

Audiência, em termos genéricos, é toda sessão processual (ato complexo) do qual


participam as partes em razão de convocação feita pelo juiz, para que compareçam à sede,
com a finalidade de, nela, serem praticados atos processuais.

Entre as espécies de audiência, vamos nos aprofundar na análise da AIJ, que atende aos princípios:

 do contraditório;

 da ampla defesa;

 da cooperação; e

 da oralidade.

Além disso, a AIJ caracteriza-se pela:

1. publicidade (como regra);


2. direção pelo juiz; e
3. unicidade (como regra).

A fim de tornar o estudo didático, vamos destacar as fases que delimitam a audiência de instrução e de
julgamento:

1WAMBIER, Luiz Rodrigues e TALAMINI, Eduardo. Curso Avançado de Processo Civil, vol. 2, 16ª edição, reform. e ampl. com
o novo CPC, São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, 401.

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abertura tentativa de conciliação instrução

debates decisão documentação

1 - Abertura

Aberta a audiência pelo magistrado, há o pregão a ser realizado pelo servidor auxiliar. Vejamos, inicialmente,
o art. 358, que traz a regra procedimental de abertura do ato:

Art. 358. No dia e na hora designados, o juiz declarará aberta a audiência de instrução e
julgamento e mandará apregoar as partes e os respectivos advogados, bem como outras
pessoas que dela devam participar.

O pregão consiste no ato pelo qual um auxiliar do juízo, na porta do local em que se dará a sessão, identifica
verbalmente os dados do processo, assim dando às partes, aos advogados e aos demais interessados a
oportunidade para dela participar 2.

2 - Tentativa de conciliação

O primeiro ato a ser praticado na AIJ é a tentativa de conciliação pelo magistrado. Mesmo que tenham havido
outras tentativas de solução do conflito e as partes não tenham chegado nem perto de um consenso,
compete ao magistrado empregar técnicas com vistas à conciliação entre as partes.

2WAMBIER, Luiz Rodrigues e TALAMINI, Eduardo. Curso Avançado de Processo Civil, vol. 2, 16ª edição, reform. e ampl. com
o novo CPC, São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, 405.

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Art. 359. Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, INDEPENDENTEMENTE


do emprego anterior de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a
mediação e a arbitragem.

3 - Instrução

Não havendo acordo, passa-se à colheita das provas. Para tanto, o magistrado deverá receber o poder de
polícia do ato processual. Esse poder de polícia justifica-se no dever de o magistrado conduzir o
procedimento de forma legal e legítima, sem abusos e violações de direitos pelas partes e por terceiros
envolvidos.

De acordo com a doutrina 3:

Ao juiz compete dirigir o processo (art. 139, CPC), sendo o art. 360, CPC, simples
particularização desse dever no âmbito específico da audiência. Compete-lhe velar pela
mantença da ordem e do decoro na audiência, garantindo o seu transcurso sem que
qualquer de seus participantes se comporte de maneira inconveniente. Pode, para tanto,
ordenar que se retirem da sala de audiência os que se comportarem inconvenientemente,
requisitando para tanto, quando necessário, força policial.

Entre as possibilidades de ação do magistrado para assegurar poder de polícia, temos:

Art. 360. O juiz exerce o poder de polícia, incumbindo-lhe:

I - manter a ordem e o decoro na audiência;

II - ordenar que se retirem da sala de audiência os que se comportarem


inconvenientemente;

III - requisitar, quando necessário, força policial;

IV - tratar com urbanidade as partes, os advogados, os membros do Ministério Público e


da Defensoria Pública e qualquer pessoa que participe do processo;

V - registrar em ata, com exatidão, todos os requerimentos apresentados em audiência.

Além de manter a ordem dos trabalhos, podendo determinar a retirada e, inclusive, o uso de força policial,
o magistrado deve consignar tudo em ata, a fim de permitir eventuais irresignações e para conferir segurança
jurídica à audiência.

Segue um esquema para memorizar essas situações:

3MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª edição,
rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 459.

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manter a ordem e o decoro na


audiência

ordenar a retirada de pessoas


da sala de audiência
dentro do seu poder de polícia
requisitar, quando necessário,
AO JUIZ INCUMBE
força policial

tratar com urbanidade


qualquer pessoa que participe
do processo;

registrar em ata todos os


requerimentos apresentados
em audiência

Uma vez iniciada a AIJ, temos uma série de atos organizados em sequência que estão arrolados no art. 361,
do CPC:

Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem,
preferencialmente:

I - o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de esclarecimentos


requeridos no prazo e na forma do art. 477, caso não respondidos anteriormente por
escrito;

II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;

III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas.

Parágrafo único. Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as


testemunhas, não poderão os advogados e o Ministério Público intervir ou apartear, sem
licença do juiz.

Assim:

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1º - colheita de provas periciais (com parecer dos assistentes técnicos)

2º - depoimento pessoal do autor

3º - depoimento pessoal do réu

4º - oitiva das testemunhas do autor

5º - oitiva das testemunhas do réu

Segundo a doutrina 4, essa é a ordem de produção de provas. Contudo, é possível que seja tomado
depoimento primeiro do réu em relação ao autor e, do mesmo modo, sejam ouvidas primeiramente as
testemunhas do réu antes das testemunhas da parte autora. Isso poderá ocorrer quando o magistrado
aplicar as regras de inversão do ônus da prova e também quando a audiência se destinar à prova de que não
ocorreu determinado fato constitutivo do autor.

De acordo com o art. 362, do CPC, a audiência poderá ser adiada em três situações:

1ª SITUAÇÃO: convenção das partes.

2ª SITUAÇÃO: não comparecimento justificado da parte quando necessária a presença.

3ª SITUAÇÃO: atraso injustificado superior a 30 minutos.

De todo modo, quem der causa ao adiamento responderá pelas custas decorrentes de nova realização do
ato processual.

Art. 362. A audiência poderá ser adiada:

I - por convenção das partes;

II - se não puder comparecer, por motivo justificado, qualquer pessoa que dela deva
necessariamente participar;

III - por atraso injustificado de seu início em tempo SUPERIOR A 30 (TRINTA) MINUTOS do
horário marcado.

4MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª edição,
rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 460.

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§ 1o O impedimento deverá ser comprovado até a abertura da audiência, e, não o sendo, o


juiz procederá à instrução.

§ 2o O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado
ou defensor público não tenha comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra ao
Ministério Público.

§ 3o Quem der causa ao adiamento responderá pelas despesas acrescidas.

O art. 363, do CPC, traz uma regra simples: se a audiência foi antecipada ou adiada, as partes serão intimadas
na pessoa do respectivo advogado.

Art. 363. Havendo antecipação ou adiamento da audiência, o juiz, de ofício ou a


requerimento da parte, determinará a intimação dos advogados ou da sociedade de
advogados para ciência da nova designação.

Em provas, já tivemos:

(TRT8ªR - 2016) Com base nas normas processuais relativas às provas no processo civil, julgue.
Viola norma expressa do CPC — que determina que a instrução probatória será feita de acordo com o
princípio dispositivo — o magistrado que determina de ofício a exibição de documento que estava com o
réu.
Comentários
A assertiva está incorreta. Como sabemos, o magistrado tem a prerrogativa de conduzir o processo, inclusive,
podendo determinar a realização de provas.

Vejamos mais uma questão:

(DPE-RN - 2015) Julgue a assertiva a seguir quanto ao direito probatório e à audiência no processo civil.
Com fundamento no princípio da verdade material, o juiz não poderá dispensar a produção de prova
requerida pela parte cujo advogado não compareceu à audiência.
Comentários
A assertiva está incorreta. Segundo o art. 362, §2º, do CPC, o juiz poderá dispensar a produção das provas
requeridas pela parte do advogado ou defensor que não tenha comparecido à audiência. O mesmo ocorre,
inclusive, em relação às provas requeridas pelo Ministério Público.

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4 - Debates

Após a produção de provas, temos a fase de debates, que se destaca pela sustentação oral das partes e dos
interessados. O art. 364, do CPC, trata da sustentação oral. Segundo a doutrina 5:

Objetivando outorgar maior prestígio à palavra falada sobre a palavra escrita, haja vista
adoção da técnica da oralidade na conformação do processo civil brasileiro, nosso
legislador prevê como regra debates orais para fechamento da audiência de instrução e
julgamento.

Veja o dispositivo:

Art. 364. Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e do réu, bem como
ao membro do Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, sucessivamente, pelo
prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável por 10 (dez) minutos, a critério do
juiz.

§ 1o Havendo litisconsorte ou terceiro interveniente, o prazo, que formará com o da


prorrogação um só todo, dividir-se-á entre os do mesmo grupo, se não convencionarem de
modo diverso.

§ 2o Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate oral


poderá ser substituído por razões finais escritas, que serão apresentadas pelo autor e pelo
réu, bem como pelo Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, em prazos
sucessivos de 15 (quinze) dias, assegurada vista dos autos.

Sobre a sustentação oral...

5MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª edição,
rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 461/2.

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REGRA: 20 minutos, na seguinte


PRORROGAÇÃO: 10 minutos (a
ordem: a) autor; b) réu; e c) MP
critério do juiz).
(se houver).

QUANDO HOUVER
LITISCONSORTES OU TERCEIRO
QUESTÕES COMPLEXAS:
INTERVENIENTE: 30 minutos para
memoriais escritos no prazo de
ambos que será dividido de
15 dias (prazos sucessivos).
forma igual (15 para cada), salvo
convenção em sentido diverso.

O art. 365, do CPC, destaca que a AIJ, embora seja em regra una, pode ser dividida em partes.

Art. 365. A audiência é una e contínua, podendo ser excepcional e justificadamente


cindida na ausência de perito ou de testemunha, desde que haja concordância das partes.

Parágrafo único. Diante da impossibilidade de realização da instrução, do debate e do


julgamento no mesmo dia, o juiz marcará seu prosseguimento para a data mais próxima
possível, em pauta preferencial.

Vimos no §2º, do art. 364, do CPC, que é possível a substituição da sustentação por apenas memoriais
escritos. No art. 366, por sua vez, trataremos especificamente dos referidos memoriais, que são assegurados
mesmo quando houver audiência.

Assim, se envolver questão complexa em que o juiz dispense as sustentações orais, temos que a
apresentação de memoriais observará, sucessivamente, o prazo de 15 dias a contar da seguinte ordem:
autor, réu e MP (se houver). Findo esse prazo, inicia-se o prazo do magistrado para, em 30 dias, proferir a
sentença

5 - Decisão

A decisão constitui o momento em que o magistrado irá, após conhecer dos fatos, das provas e das
argumentações das partes, proferir a sentença, decisão definitiva da fase de conhecimento.

De acordo com a doutrina 6:

6JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e ampl., Bahia: Editora JusPodvim,
2016, p. 35.

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Feitas as alegações finais, oralmente, em mesa de audiência, completa-se a instrução e


deve o juiz, desde logo, proferir a sentença, oralmente. Mas o juiz pode optar por proferir
a decisão por escrito, posteriormente, em seu gabinete, quando deverá apresentá-la no
prazo de trinta dias (art. 366, CPC).

Se proferida a sentença em audiência, as partes saem intimadas, correndo, a partir dessa data, o prazo para
apresentação de eventuais recursos.

Quando o magistrado, entretanto, se valer do prazo de 30 dias, após a prolação da sentença, temos a
intimação das partes. De todo modo, após a conclusão da AIJ, já se inicia o prazo de 30 dias para sentença
(prazo impróprio, pois não gera preclusão). Confira:

Art. 366. Encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em
audiência ou no prazo de 30 (trinta) dias.

6 - Documentação

Todos os atos praticados na AIJ serão documentados em um termo a ser confeccionado pelos servidores
auxiliares da justiça.

O art. 367, de pouca relevância para a prova, exige apenas a sua leitura atenta. Trata -se da ata da audiência
de instrução e julgamento que será registrada em termo:

Art. 367. O servidor lavrará, sob ditado do juiz, termo que conterá, em resumo, o ocorrido
na audiência, bem como, por extenso, os despachos, as decisões e a sentença, se proferida
no ato.

§ 1o Quando o termo não for registrado em meio eletrônico, o juiz rubricar-lhe-á as folhas,
que serão encadernadas em volume próprio.

§ 2o Subscreverão o termo o juiz, os advogados, o membro do Ministério Público e o


escrivão ou chefe de secretaria, dispensadas as partes, exceto quando houver ato de
disposição para cuja prática os advogados não tenham poderes.

§ 3o O escrivão ou chefe de secretaria trasladará para os autos cópia autêntica do termo de


audiência.

§ 4o Tratando-se de autos eletrônicos, observar-se-á o disposto neste Código, em legislação


específica e nas normas internas dos tribunais.

§ 5o A audiência poderá ser integralmente gravada em imagem e em áudio, em meio digital


ou analógico, desde que assegure o rápido acesso das partes e dos órgãos julgadores,
observada a legislação específica.

§ 6o A gravação a que se refere o § 5o também pode ser realizada diretamente por qualquer
das partes, independentemente de autorização judicial.

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Para encerrar, lembre-se de que a AIJ é pública, a não ser quando houver restrição de acesso por envolver
fatos que possam violar a privacidade da parte ou conter questões de interesse público e de segurança
nacional, que justifiquem a restrição de participação na audiência.

Art. 368. A audiência será pública, RESSALVADAS as exceções legais.

A publicidade, com sede constitucional (art. 5º, LX), é princípio central do nosso Direito Processual Civil. Há,
entretanto, hipótese de limitação da publicidade quando envolver defesa da intimidade ou interesse social.

Em síntese...

AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO


ABERTURA: declaração de abertura pelo magistrado seguida do pregão pelo servidor.
Tentativa de Conciliação: realizada independentemente da existência de outras tentativas de solução
consensual do conflito.
INSTRUÇÃO: colheita de provas.
1º - provas periciais;
2º - depoimento do autor e, após, do réu; e
3º - testemunhas do autor e, após, do réu.
DEBATES
 REGRA: 20 minutos, na seguinte ordem: a) autor; b) réu; e c) MP (se houver).
 PRORROGAÇÃO: 10 minutos (a critério do juiz).
 QUANDO HOUVER LITISCONSORTES OU TERCEIRO INTERVENIENTE: 30 minutos para ambos que será
dividido de forma igual (15 para cada), salvo convenção em sentido diverso.
 QUESTÕES COMPLEXAS: memoriais escritos no prazo de 15 dias (prazos sucessivos).
DECISÃO: prazo de 30 dias para proferir a sentença
 prazo impróprio e não preclusivo.
DOCUMENTAÇÃO: lavratura de termos
Demais regras:
 poder de polícia pelo magistrado (manutenção da ordem e do decoro, determinação para retirada em
caso de comportamento inconveniente, possibilidade de requisição policial, tratamento com urbanidade
e registro em ata dos requerimentos).
 adiamento da audiência:
1º - convenção das partes;
2º - não comparecimento justificado da parte quando necessária a presença;
3º - atraso injustificado superior a 30 minutos.

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PROVAS
O estudo das provas é dividido em duas grandes partes: teoria geral e provas em espécie. São dois grandes
blocos de estudos que devem ser bem estudados e compreendidos.

teoria geral arts. 369 a 383

PROVAS

provas em espécie arts. 384 a 484

De acordo com a doutrina 7, podemos conceituar prova como meio retórico, regulado pela legislação,
destinado a convencer o Estado da validade de proposições controversas no processo dentro de parâmetros
fixados pelo direito e de critérios racionais.

Assim, a prova constitui um instrumento para a formação do convencimento do juiz sobre os fatos que são
objeto da atuação jurisdicional.

Esse instrumento de que se valem as partes para comprovar seus argumentos no processo possui sede
constitucional. De acordo com o art. 5º, LVI, da CF, o direito à prova é fundamental, sendo inadmissíveis
provas ilícitas.

O objetivo central da prova é alcançar a verdade. Contudo, em termos concretos, a verdade é inatingível no
processo, pois baseia-se em juízos de verossimilhança a partir daquilo que é produzido no contexto do
processo. Assim, a partir das provas produzidas nos autos, o juiz irá definir as normas que irão incidir
concretamente dessumindo as consequências.

Desse modo, a prova tem natureza processual e é desenvolvida para reconstituir fatos pretéritos.

TEORIA GERAL DAS PROVAS

1 - Princípio da atipicidade dos meios de prova

Esse princípio constitui a base do sistema de provas do Direito Processual Civil. Entende-se que o legislador
não abarca todos os meios de prova por absoluta impossibilidade. A sociedade e as relações decorrentes
dela são complexas, de forma que o CPC estabelece que as possibilidades de provas são abertas desde que:

7MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª edição,
rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 464.

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 sejam legais; e

 moralmente legítimas.

Veja:

Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os
moralmente legítimos, AINDA QUE não especificados neste Código, para provar a verdade
dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.

É importante relembrar que a Constituição, no art. 5º, LVI, estabelece que “são inadmissíveis, no processo,
as provas obtidas por meios ilícitos”.

Assim:

São admitidas todas as provas, desde que


legais e legítimas.

Para arrematar, veja a distinção doutrinária 8 entre provas ilícitas e ilegítimas:

A proibição abrange tanto as provas produzidas com ofensa a normas do próprio direito
material (provas ilícitas em sentido estrito, na ação adotada na doutrina), quando àquelas
que violam as próprias normas processuais sobre a produção probatória (provas ilegítimas,
conforme a mesma classificação doutrinária).

2 - Poderes Instrutórios do Juiz

O art. 370, do CPC, fixa a responsabilidade do magistrado para determinar as provas que serão necessárias
ao julgamento do mérito, podendo indeferir provas que entender inúteis ou que sejam apenas protelatórias.

8WAMBIER, Luiz Rodrigues e TALAMINI, Eduardo. Curso Avançado de Processo Civil, vol. 2, 16ª edição, reform. e ampl. com
o novo CPC, São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, 250.

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Esse poder é conferido ao magistrado para conduzir o processo à luz daquilo que as partes indicarem e,
também, de acordo com o que o magistrado entender pertinente. Isso porque a finalidade principal do
processo é chegar à decisão de mérito.

Veja:

Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas


necessárias ao julgamento do mérito.

Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou


meramente protelatórias.

As diligências inúteis são aquelas que nada podem acrescentar à parte que pretende produzi -las. As
diligências meramente protelatórias são aquelas que têm por finalidade atrasar o desenvolvimento do
processo.

Assim...

PODERES INTRODUTÓRIOS DO JUIZ

• O juiz irá fixar as provas necessárias ao julgamento do mérito.


• A parte poderá requerer a prova, contudo, o magistrado poderá indeferir as provas que
entender inúteis ou protelatórias.
• O juiz também poderá, de ofício, determinar a relação de provas, ainda que não
requeridas pelas partes.

3 - Princípio do convencimento motivado e da comunhão da


prova

São dois princípios que podemos extrair do art. 371, do CPC.

(i) O primeiro deles é o princípio do convencimento motivado, que destaca o sistema da persuasão racional
do juiz, ao conferir ao magistrado liberdade para apreciar a prova.

No CPC/15 não temos mais a referência ao “LIVRE convencimento motivado”, tal como tínhamos no CPC73.
De todo modo, isso não significa dizer que o magistrado perdeu qualquer liberdade para apreciação da prova.

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Nesse sentido, leciona a doutrina 9 que o juiz:

apreciará livremente, sem qualquer elemento que vincule o seu convencimento “a priori”.
Ao valor livremente a prova, tem, no entanto, de indicar na sua decisão os motivos que lhe
formaram o convencimento. No direito brasileiro vige, pois, o sistema da livre valoração
motivada (também conhecido como sistema da persuasão racional da prova).

(ii) O segundo é o princípio da comunhão das provas, segundo o qual entende-se que as provas produzidas
no processo são compartilhadas entre as partes envolvidas, embora seja dirigida principalmente ao
magistrado para que ele possa formar a convicção e proferir a sentença de forma fundamentada.

Confira o dispositivo que serve de base para os princípios acima explicitados:

Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que
a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.

Vamos aprofundar um pouco?!

Temos identificados alguns estágios evolutivos no sistema de provas:

1º - SISTEMA DAS ORDÁLIAS E JUÍZOS DIVINOS

Em Roma e na Idade Média, respectivamente, tínhamos práticas divinas para fins de determinação da prova.
Por exemplo, colocar o réu diante de serpentes. Se mordido, considerava-se culpado; caso contrário, seria
inocente.

2º - SISTEMA DAS PROVAS TARIFADAS

Nesse sistema adotava-se um sistema legal hierarquizado para determinação das provas, desenvolvido no
Direito Processual alemão.

Em contraposição à liberdade do magistrado para adotar a prova que entende adequada para formar o seu
convencimento, temos a referência ao sistema tarifado de provas. De acordo com esse sistema, diante de
duas ou mais provas sobre o mesmo fato, o magistrado deveria observar a ordem estabelecida pela
legislação. Não há, portanto, liberdade do magistrado em escolher uma ou outra provas.

9MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª edição,
rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 467.

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O sistema tarifado não é aplicado em nosso ordenamento jurídico, contudo, temos, ainda, alguns resquícios
do tarifamento de provas, tal como podemos depreender do art. 448, do CPC, que estabelece hipóteses em
que o CPC veda a utilização de determinadas provas, ainda que, naturalmente, sejam provas legais e
legítimas.

3º - SISTEMA DA LIVRE CONVICÇÃO

O juiz é soberanamente livre para decidir à luz das provas produzidas, sem necessidade de especificar os
fundamentos que levaram àquela decisão. Esse sistema é prejudicial, pois viola princípios democráticos e
constitucionais.

A livre convicção gera subjetivismo e a falta de publicidade dos atos judiciais não indica esse sistema de
provas com sistemas democráticos.

4º - SISTEMA DA PERSUASÃO RACIONAL

Esse é o sistema adotado atualmente, conforme explicado acima.

SISTEMA DAS ORDÁLIAS E JUÍZOS DIVINOS


• A prova era extraída de fatos corriqueiros e místicos do dia a dia.

SISTEMA DAS PROVAS TARIFADAS


• A legislação define qual a prova deveria prevalecer na decisão do caso.

SISTEMA DA LIVRE CONVICÇÃO


• O magistrado é soberano na adoção da prova, independentemente de fundamentação.

SISTEMA DA PERSUAÇÃO RACIONAL


• Embora livre para escolher a prova, o magistrado deve explicitar as razões do seu
convencimento.

Fora essa evolução histórica, cumpre destacar a distinção de modelos de apreciação de provas
proposto por Marinoni, Arenhart e Mitidiero. A finalidade desses modelos é evitar o arbítrio das
decisões judiciais na apreciação das provas, em prestígio ao contraditório e ao princípio da
motivação das decisões judiciais.

Para esses autores, o Direito Processual Civil brasileiro contempla dois modelos de provas:

 MODELO DE PREPONDERÂNCIA DE PROVA : aplicado em ações que envolvem direitos


patrimoniais. Impõe esse modelo que a prova seja pautada em juízos de verossimilhança.

 MODELO DE PROVA CLARA E CONVINCENTE: aplicado em ações que envolvem direitos não
patrimoniais com reflexos penais (fraudes), referente ao estado das pessoas (interdição),
aos direitos de personalidade e a respeito de seus direitos políticos (improbidade

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administrativa). Nesses casos, tem o juiz o dever de empregar o modelo de prova clara e
convincente, cuja constatação é mais rigorosa.

Desse modo, ambos os modelos devem ser empregados de acordo com a natureza do processo.

4 - Provas emprestadas

A prova é confeccionada para ser utilizada dentro do processo em que os fatos foram retratados. Contudo,
admite-se, desde que preenchidas certas condições, que a prova seja utilizada em outros processos.
Transporta-se a prova do primeiro para o segundo processo a fim de que sejam utilizadas como provas
documentais.

De acordo com a doutrina 10, a utilização da prova emprestada depende da:

a) produção regular no processo de origem;

b) observância do contraditório no processo de origem;

c) observância do contraditório no processo de destino.

Hoje, essa temática é expressa no CPC.

Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo,
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

Algumas informações relevantes:

 A admissão da prova emprestada é faculdade do juiz;

 O magistrado é livre para apreciar a prova emprestada, atribuindo


fundamentadamente o valor que entender razoável;

 Deve ser observado o contraditório antes da decisão que admite a prova


emprestada.

Aqui, novamente, é importante aprofundar um pouco.

Sempre houve dúvidas se, para admissão da prova emprestada, é necessário haver alguma
correlação (ou identidade) entre as partes do processo atual e daquele que se pretende
emprestar a prova.

10WAMBIER, Luiz Rodrigues e TALAMINI, Eduardo. Curso Avançado de Processo Civil, vol. 2, 16ª edição, reform. e ampl.
com o novo CPC, São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, 250.

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No CPC73, não tínhamos disciplina especificando o uso da prova emprestada, de forma que aplicávamos o
entendimento dos tribunais, notadamente do STJ.

O STJ se manifestou no sentido de que a prova emprestada poderá ser utilizada independentemente da
identidade de partes. Confira o aresto11:

CIVIL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DISCRIMINATÓRIA.


TERRAS DEVOLUTAS. COMPETÊNCIA INTERNA. 1ª SEÇÃO. NATUREZA DEVOLUTA DAS
TERRAS. CRITÉRIO DE EXCLUSÃO. ÔNUS DA PROVA. PROVA EMPRESTADA. IDENTIDADE DE
PARTES. AUSÊNCIA. CONTRADITÓRIO. REQUISITO ESSENCIAL. ADMISSIBILIDADE DA
PROVA. (...)

9. Em vista das reconhecidas vantagens da prova emprestada no processo civil, é


recomendável que essa seja utilizada sempre que possível, desde que se mantenha hígida
a garantia do contraditório.

No entanto, a prova emprestada não pode se restringir a processos em que figurem partes
idênticas, sob pena de se reduzir excessivamente sua aplicabilidade, sem justificativa
razoável para tanto.

10. Independentemente de haver identidade de partes, o contraditório é o requisito


primordial para o aproveitamento da prova emprestada, de maneira que, assegurado às
partes o contraditório sobre a prova, isto é, o direito de se insurgir contra a prova e de
refutá-la adequadamente, afigura-se válido o empréstimo.

Não obstante esse entendimento, há Tribunais de Justiça que compreendem ser necessário haver identidade
de partes para que possa ser emprestada a prova.

A doutrina, entretanto, faz uma diferenciação:

a) quando houver identidade de partes, a prova poderá ser regulamente utilizada, desde que, no processo
de origem, tenha sido respeitado o contraditório na origem e, além disso, seja concedido o contraditório no
novo processo.

b) quando não houver identidade de partes, a prova também pode ser utilizada, contudo, é necessário que
haja exercício do contraditório contra quem será utilizada a prova no processo de destinado. Além disso, o
contraditório deve ter sido respeitado na origem.

Esse é, por exemplo, o entendimento de Luiz Guilherme Marinoni, de Sérgio Cruz Arenhart e de Daniel
Mitidiero12. Para os autores, se for possível exercer o contraditório (na origem e no destino), teremos
observado o art. 372, do CPC. Assim, em uma prova testemunhal não há se falar em empréstimo do
depoimento em pleno conteúdo pleno, pois o advogado do processo atual não teve condições de se opor ou

11 EREsp 617.428/SP, Rel. Ministra Nancy Andrighi, Corte Especial, DJe 17/06/2014.
12MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª edição,
rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 368.

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de efetuar perguntas à testemunha. É uma hipótese que a produção da prova depende da percepção em
relação aos fatos, que não poderá ser plenamente exercida no processo de destinado. De todo modo, os
autores sugerem que o juiz faça uma ponderação entre interesses, a fim de atribuir o valor que entender
admissível.

Contudo, em relação a documentos acostados nos autos, admite-se a juntada no processo de destino, uma
vez que o advogado da parte contra quem se pretende utilizar a prova poderá se manifestar quanto aos
documentos acostados, exercendo o contraditório.

Fredie Didier 13, por sua vez, entende que, para adoção da prova emprestada quando não houver identidade
total de partes, faz-se necessário que a parte contra quem se pretende utilizar a prova, tenha participado do
contraditório no processo originário.

Por exemplo: uma perícia realizada contra uma grande empresa poderá ser utilizada para vários processos
na qual ela é ré e essa prova pericial possa esclarecer o objeto do litígio no processo de destino. Nesse caso,
se a empresa participou do contraditório na primeira vez, quando a prova fora produzida, poderá ser
emprestada para outros processos que envolvam a mesma ré e matéria.

Acreditamos que o posicionamento de Fredie Didier é o que deve prevalecer no âmbito dos tribunais
superiores à luz do CPC e também deverá ser utilizado em provas de concurso público.

Devido à disparidade de posicionamentos, você deve ter em mente para a prova:

UTILIZAÇÃO DE PROVA EMPRESTADA

• STJ: desnecessária a identidade de partes, desde que seja concedida oportunidade de


contraditório às partes quando da juntada da prova emprestada
• DOUTRINA:
• a) quando houver identidade de partes (mesmo autor e réu), se respeitado o
contraditório na origem e novamente no destino, a prova emprestada poderá ser utilizada
regularmente.
• b) quando não houver identidade de partes, é necessário que tenha participado do
contraditório a parte contra quem se pretende utilizar a prova (Didier) ou, ao menos, a
parte contra quem se utilizar a prova tenha condições de exercer o contraditório no
processo de destino (Marinoni).
• CONTRADITÓRIO: deve ser exercido na origem e no destino.
• VALORAÇÃO: à luz de outros interesses e princípios envolvidos, o juiz deverá atribuir o
valor que entender devido à prova emprestada.

13JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 2, 11ª edição, rev., atual. e ampl., Bahia: Editora JusPodvim,
2016, 134.

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5 - Distribuição do ônus da prova

Ônus14 é a atribuição de determinada incumbência a um sujeito no interesse desse próprio sujeito.

O ônus da prova consiste em atribuir a alguém o dever de comprovar. Esse ônus assume dupla finalidade:

1ª finalidade: constituir guia às partes para estimulá-las a produzir prova (regra de


instrução);

Segundo a doutrina 15, como regra de instrução, o ônus da prova visa estimular as partes a
bem desempenharem os seus encargos probatórias e adverti-las dos riscos inerentes à
ausência de prova de suas alegações.

2ª finalidade: constituir guia do juiz para que, diante de alguma dúvida, possa decidir sem
ser arbitrário (regra de julgamento).

Em relação à segunda finalidade, leciona-se16 que o ônus da prova destina-se a iluminar o


juiz que chega ao final do procedimento sem se convencer sobre as alegações de fato da
causa. Nessa acepção, o art. 373, do CPC, é indicativo para o juiz librar -se do estado de
dúvida e decidir o mérito da causa.

A par das duas finalidades acima expostas, temos duas regras de distribuição do ônus da prova. Uma primeira
regra estática, a ser observada quando do julgamento do processo, e outra dinâmica, que permite ao
magistrado moldá-la para fins da instrução.

Segundo a doutrina 17:

Na distribuição do ônus da prova, o legislador tome em conta aquilo que ordinariamente


ocorre para supor que cada um das partes é maior interessada e é quem está em melhores
condições para fazer a prova do fato que embasa sua posição jurídico-material ou que
derruba a posição jurídico-material do adversário.

O art. 373, do CPC, é muito importante, pois prevê a distribuição estática, mas confere possibilidade de
redistribuição desse ônus por decisão do juiz.

14WAMBIER, Luiz Rodrigues e TALAMINI, Eduardo. Curso Avançado de Processo Civil, vol. 2, reform. e ampl. de acordo com
o novo CPC, São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 234.
15MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª edição,
rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 470.
16MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª edição,
rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 470.
17WAMBIER, Luiz Rodrigues e TALAMINI, Eduardo. Curso Avançado de Processo Civil, vol. 2, reform. e ampl. de acordo com
o novo CPC, São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 234.

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Por ônus, devemos compreender o dever ou o encargo de produzir as provas no bojo do processo. A regra
tradicional, que advém do CPC73, estabelece duas regras estáticas, ou seja, dois padrões fixos do ônus da
prova:

1º - o autor deve provar os fatos constitutivos do direito que alega em Juízo.

2º - o réu deve provar os fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor.

Por exemplo, se o autor pede a condenação do réu pelos prejuízos causados pelo inadimplemento, deverá
provar os fatos que alega para a constituição em juízo do seu direito. Poderá indicar testemunhas, apresentar
o contrato referindo que não recebeu no momento e na forma combinados. O réu, por sua vez, poderá
apresentar, por exemplo, um fato extintivo do direito do autor tal como o pagamento.

Essas regras são estáticas!

Veja os incisos do art. 373, do CPC:

Art. 373. O ônus da prova incumbe:

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do


autor.

O dispositivo acima traz uma regra de julgamento, que se destina a prestar auxílio para o magistrado decidir
o caso concreto. Não se trata de uma regra de instrução, pois as regras de distribuição do ônus somente são
utilizadas no caso de não haver provas suficientes para a decisão.

Essa conclusão é importante, pois a inversão do ônus da prova, por seu turno, se caracteriza como regra de
instrução.

Primeiramente...

ÔNUS DA PROVA

regra de

julgamento instrução

distribuição estática inversão do ônus da prova

A inversão da regra estática de ônus da prova é considerada regra de instrução, por um motivo muito
simples, a parte que, pelas regras dos incisos do art. 373, não estava obrigada a provar determinado fato,
pode, por ocasião da inversão, tornar-se incumbida. Assim, ela somente poderá se desincumbir desse ônus
– apresentando provas – na fase instrutória.

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Em termos práticos, podemos pensar da seguinte forma: O autor deve fazer prova dos fatos
constitutivos do seu direito. Contudo, na circunstância dos autos, o magistrado entende que é
caso de inversão, afirmando que cabe ao réu trazer os documentos alegados pela parte autora
como suficientes para provar o seu direito (por exemplo, apresentação de via do contrato). Essa
regra não deve ser aplicada no julgamento, mas na fase de instrução, a fim de que a parte ré
possa apresentar o documento, se houver, ou trazer outros elementos que comprovem que não
existe contrato estabelecido entre as partes.

Nesse contexto, o art. 357, III, do CPC, estabelece que o juiz deverá fixar as regras de distribuição do ônus no
despacho que irá sanear o processo a fim de que as partes cheguem à instrução plenamente cientes do que
devem fazer para defesa dos seus interesses.

O que é e como funciona a inversão do ônus da prova?

A regra estática, que consta dos incisos do art. 373, pode ser alterada conforme o §1º abaixo citado:

§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à


impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou
à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, PODERÁ o juiz atribuir o ônus
da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que
deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

O dispositivo acima consagra a distribuição dinâmica do ônus da prova, que permite ao juiz, em decisão
fundamentada, alterar a regra básica, atribuindo a responsabilidade (o ônus) de provar:

 àquele que a lei específica prevê que deve provar os fatos;

 a outra parte, quando verificado, no caso concreto, a impossibilidade de quem deveria


fazê-lo;

 a outra parte, quando verificado, no caso concreto, que a produção da prova por quem
deveria fazê-lo for extremamente difícil; e

 àquele que tiver mais facilidade em obter a prova dos fatos discutidos.

Essas quatro hipóteses autorizam a distribuição de forma diversa das regras estáticas.

O CPC, na realidade, encampou atendimento do STJ 18 sobre o assunto:

PROCESSUAL CIVIL. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. INVERSÃO DO ÔNUS DA


PROVA. REGRA DE INSTRUÇÃO. EXAME ANTERIOR À PROLAÇÃO DA
SENTENÇA.PRECEDENTES DO STJ.

18 AgRg no REsp 1450473/SC, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, 2ª Turma, DJe 30/09/2014.

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1. A jurisprudência desta Corte é no sentido de que a inversão do ônus da prova prevista


no art. 6º, VIII, do CDC, é regra de instrução e não regra de julgamento, sendo que a decisão
que a determinar deve - preferencialmente - ocorrer durante o saneamento do processo
ou - quando proferida em momento posterior - garantir a parte a quem incumbia esse ônus
a oportunidade de apresentar suas provas. Precedentes: REsp 1395254/SC, Rel. Ministra
NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 15/10/2013, DJe 29/11/2013; EREsp
422.778/SP, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Rel. p/ Acórdão Ministra MARIA
ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 29/02/2012, DJe 21/06/2012.

2. Agravo regimental não provido.

Ainda no que diz respeito à dinâmica de distribuição de prova que vimos acima, o §2º estabelece duas
situações em que não é possível a dinâmica de distribuição do ônus da prova: impossibilidade ou excessiva
dificuldade da parte se desincumbir da prova. Trata-se da vedação à “prova diabólica”.

A ideia do legislador é a de que a distribuição do ônus da prova não pode gerar para a outra parte
impossibilidade ou extrema dificuldade de provar.

§ 2º A decisão prevista no § 1º deste artigo NÃO PODE gerar situação em que a


desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.

Para encerrar o estudo do art. 373, o §3º estabelece a possibilidade de as partes acordarem quanto à
distribuição do ônus da prova.

Antes mesmo de ler o dispositivo abaixo, é importante um esclarecimento: o ônus da


prova pode ser determinado pelo magistrado, pela lei ou decorrer do acordo entre as
partes.

Assim:

ope legis pela lei

Inversão ope judicis pelo magistrado

por convenção das


convencional
partes

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Feito o esclarecimento, leia o §3º que prevê a possibilidade de as partes inverterem o ônus da prova. Preste
atenção às ressalvas!

§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das
partes, salvo quando:

I - recair sobre direito indisponível da parte;

II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo.

Não podem, portanto, ser objeto de convenção entre as partes, a prova de fatos que envolvem direitos
indisponíveis e, também, quando essa inversão combinada entre as partes tornar excessivamente difícil a
prova pela outra parte.

Por fim, atente-se que essa convenção das partes poderá ser celebrada antes ou durante o curso do
processo.

Confira como o assunto foi cobrado em provas...

(TJ-DFT - 2014) Acerca da prova no sistema processual civil, julgue.


De acordo com a moderna teoria da distribuição dinâmica da prova, cada parte deverá produzir a prova apta
a demonstrar suas alegações, independentemente de quem tenha melhores condições de o fazer.
Comentários
A assertiva está incorreta. A teoria que afirma que as partes devem comprovar as suas alegações,
independentemente de qual delas apresente melhores condições de fazê-lo, é a teoria da distribuição
estática do ônus da prova. A teoria dinâmica defende justamente o contrário.

A seguir, mais uma questão:

(TJ-DFT - 2014) Acerca da prova no sistema processual civil, julgue.


É defeso aos sujeitos da relação jurídica deduzida em juízo estabelecer qualquer convenção que distribua de
maneira diversa o ônus da prova. Trata-se de regra legal indisponível para as partes.
Comentários

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A assertiva está incorreta. O §3º, do art. 373, estabelece que somente proíbe a distribuição diversa do ônus
da prova quando a convenção recair sobre direito indisponível da parte e quando tornar
excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

Vejamos mais uma questão sobre o assunto:

(TJ-DFT - 2015) Julgue a assertiva abaixo acerca do direito probatório no processo civil.
Observadas algumas restrições, admite-se que as partes distribuam o ônus da prova por convenção, hipótese
essa considerada como típico negócio jurídico processual para parte da doutrina que defende a existência
dessa categoria jurídica.
Comentários
A assertiva está correta. Vejamos o art. 373, §3º, do CPC.

Agora estamos quase entendendo a matéria! Vamos a mais uma questão:

(TRT8ªR-PA - 2016) Com base nas normas processuais relativas às provas no processo civil, julgue.
Situação hipotética: José propôs ação anulatória de infração de trânsito, alegando que ele e seu veículo não
estavam no local da autuação na hora indicada na multa.
Assertiva: Nessa situação, o réu terá o ônus de comprovar o fato contrário ao alegado por José, haja vista
que não se pode exigir do autor a prova de fato negativo.
Comentários
De acordo com as regras estáticas de distribuição do ônus da prova, o autor deve comprovar o fato
constitutivo do seu direito. Nesse caso, como alegou não estar no local dos fatos, deverá provar a alegação
que constitui a hipótese de provimento da pretensão pretendida. Não se trata de prova negativa.
Sob a alegação, não se pode exigir que o réu, no caso, o órgão de trânsito, faça a prova de que estava no
local, ainda mais considerando que tais autos de infração possuem presunção relativa de veracidade em face
da fé pública.
Incorreta a assertiva.

Para finalizar:

(TJ-PI - 2015) Em relação ao ônus da prova, julgue:


Não é possível juridicamente convencionar-se o ônus probatório de modo diverso ao distribuído pela Lei
Processual Civil.
Comentários
A assertiva está incorreta. Embora pouco provável na prática, com fundamento no art. 190, do CPC, as partes
podem convencionar sobre a prática dos atos processuais, inclusive quanto à distribuição do ônus
probatório.

Para encerrar...

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o autor deve provar o fato constitutivo


regra estática de
distribuição [regra de
julgamento] o réu deve provar o fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito
ÔNUS DA PROVA

impossibilidade de quem
deveria provar

dificuldade de acesso à
pelo magistrado (ope
prova por quem deveria
judicis) quando:
provar
por convenção das partes
(convencional), exceto se facilidade de acesso pela
regra dinâmica de
extremamente difícil ou outra parte
distribuição [regra de
impossível o acesso à prova
instrução]
pela outra parte; ou tratar-
se de direito indisponível
lei específica prevê regra do
ônus (inversão ope legis)

6 - Fatos que não dependem de prova

Não é todo fato que depende de prova. A regra é que apenas fatos relevantes, controversos e determinados
sejam submetidos ao crivo probatório.

É aquele que serve para influenciar o convencimento do juiz sobre a aplicação da


FATO RELEVANTE
norma ao caso concreto.
FATO
É aquele que é afirmado por uma das partes e negado por outra.
CONTROVERTIDO
É aquele que é delimitado, que é preciso, cujos sujeitos processuais sabem
FATO DETERMINADO
exatamente o que se pretende provar.

O art. 374, do CPC, traz alguns fatos que não dependem de prova:

Art. 374. Não dependem de prova os fatos:

I - notórios;

II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;

III - admitidos no processo como incontroversos;

IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.

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Vejamos cada um dos incisos:

 Fatos notórios são aqueles que não dependem de prova para serem admitidos como verdadeiros no
processo. São fatos de conhecimento geral.

Por exemplo, na contagem de determinado prazo que se discute a preclusão ou não, considera-se domingo
como dia que implica prorrogação do prazo. É notório que domingo não será considerado na contagem do
prazo.

 Fatos afirmados por uma das partes e confessado pela parte contrária.

Nesse caso, dispensa-se a produção de provas, pois uma parte alegou e a outra confessou que se trata de
fato verdadeiro não havendo necessidade de se provar.

 Fatos admitidos no processo como incontroversos.

São fatos não impugnados pela outra parte. Nesse caso, não dependem de prova, não porque a parte
contrária confessou, mas que, por serem fatos que trazem veracidade, não foram rebatidos pela parte
contrária ao longo da instrução.

 Fatos em cujo favor milita presunção legal de veracidade.

De acordo com a doutrina 19, o legislador, quando tem ciência de que um fato é muito difícil ou até mesmo
impossível de ser provado em juízo, presume a sua ocorrência ou veracidade na lei, dispensando a parte,
portanto, da produção de prova a seu respeito.

Essas presunções são, em regra, relativas, ou seja, admitem prova em contrário. Contudo, nada impede que
tenhamos presunções absolutas sobre as quais a prova é inócua.

19MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª edição,
rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 475.

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NÃO DEPENDEM DE PROVA


• Fatos notórios são aqueles que não dependem de prova para serem admitidos como
verdadeiros no processo.
• Fatos afirmados por uma das partes e confessado pela parte contrária.
• Fatos admitidos no processo como incontroversos.
• Fatos em cujo favor milita presunção legal de veracidade.

7 - Demais dispositivos gerais de prova

O art. 375, do CPC, trata de um campo subjetivo para avaliação dos fatos trazidos como instrumento de
prova. Veja:

Art. 375. O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação
do que ordinariamente acontece e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado,
quanto a estas, o exame pericial.

Essas regras, segundo entendimento doutrinário20:

constituem juízos hipotéticos de conteúdo geral oriundos da experiência, independentes


dos fatos discutidos em juízo e dos casos de cuja observação foram induzidas, e que,
sobrepondo-se a esses, pretendem ajudar na compreensão de outros casos.

O art. 376, do CPC, prevê:

direito municipal

COMPETE À PARTE direito estadual


PROVAR TEOR E
VIGÊNCIA DE direito estrangeiro

direito consuetudinário

Dos conceitos acima, o que pode gerar um pouco de dúvidas é o último. O direito
consuetudinário é aquele que decorre dos costumes, entendido como prática
reiterada de determinada sociedade ou grupo de pessoas. Esse direito é escasso
atualmente, em razão de que os Estados são, em regra, pautados como Estados de

20MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª edição,
rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 475.

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Direito. De todo modo, encontramos aplicação do direito consuetudinário no direito internacional.

Veja o dispositivo:

Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário
provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.

O art. 377, por sua vez, trata dos efeitos sobre o processo quando houver emissão de carta precatória,
rogatória e auxílio direto. Esses mecanismos de cooperação internacional suspendem o processo até retorno
do ato processual requerido, quando o requerimento ocorrer antes do saneamento do processo e a prova
for imprescindível.

Isso ocorre porque o resultado dessa prova poderá determinar até mesmo a forma do curso da instrução.
Assim, antes de o magistrado fixar os pontos controvertidos sobre os quais o juízo produzirá provas, deve-
se aguardar a coleta da prova no ato de cooperação (nacional ou internacional).

Uma observação é relevante: no caso da carta precatória ou da carta rogatória é possível que não exista esse
efeito suspensivo. Vale dizer, o processo seguirá não havendo suspensão. A não suspensão ocorrerá em duas
situações:

 o juiz expedir a carta (precatória ou rogatória), sem efeito suspensivo; ou

 não houver devolução do ato de cooperação no prazo assinado.

Nesses dois casos, o processo seguirá seu curso, independentemente da devolução da carta precatória. Essas
cartas poderão ser juntadas nos autos a qualquer momento.

Leia:

Art. 377. A carta precatória, a carta rogatória e o auxílio direto SUSPENDERÃO o


julgamento da causa no caso previsto no art. 313, inciso V, alínea “b”, quando, tendo sido
requeridos antes da decisão de saneamento, a prova neles solicitada for imprescindível.

Parágrafo único. A carta precatória e a carta rogatória NÃO devolvidas no prazo ou


concedidas sem efeito suspensivo poderão ser juntadas aos autos a qualquer momento.

8 - Colaboração com a instrução

Para encerrar o conteúdo teórico dessa parte inicial, vamos analisar os arts. 378 a 380.

O art. 378, do CPC, estabelece o dever da parte de colaborar com o Poder Judiciário em respeito ao princípio
da colaboração, previsto no art. 6º, do CPC:

Art. 378. NINGUÉM se exime do dever de colaborar com o Poder Judiciário para o
descobrimento da verdade.

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Esse dever de colaborar se estende a todos que participam do processo, sob pena de ser considerado
litigante de má-fé (art. 80, do CPC).

Em face dessa regra geral do dispositivo acima, os artigos 379 e 380 estabelecem deveres da parte e do
terceiro.

A parte não pode ser obrigada a produzir prova contra si mesmo, mas deve observar alguns deveres, como:
comparecer em juízo, colaborar com a inspeção judicial ou atender ao que for determinado pelo magistrado.

Art. 379. Preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte:

I - comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for interrogado;

II - colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for considerada necessária;

III - praticar o ato que lhe for determinado.

O terceiro que, eventualmente, atuar no processo, deverá informar o juízo sobre fatos que saiba e exibir
coisas ou documentos que tenha em seu poder.

Art. 380. Incumbe ao terceiro, em relação a qualquer causa:

I - informar ao juiz os fatos e as circunstâncias de que tenha conhecimento;

II - exibir coisa ou documento que esteja em seu poder.

Parágrafo único. Poderá o juiz, em caso de descumprimento, determinar, além da


imposição de multa, outras medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-
rogatórias.

Desse dispositivo, devemos destacar o parágrafo único, que prevê que, se o terceiro não colaborar quando
solicitado pelo juízo, poderá ser multado, conduzido coercitivamente, entre outras medidas.

PRODUÇÃO ANTECIPADA DA PROVA


No CPC73, a produção de prova antecipada era prevista como uma espécie de cautelar específica. No CPC,
constitui uma ação probatória autônoma disciplinada em três artigos no Código.

A ação autônoma para produção antecipada de prova tem por finalidade assegurar o direito à prova, que
seria futura e eventualmente realizada. Trata-se, em verdade, de instrumento processual que tem por
finalidade construir a memória dos fatos a fim de que possa ser utilizada como instrumento de prova em
processo eventual e futuro.

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Sobre esse assunto discorre a doutrina 21:

A ação de produção antecipada de prova é a demanda pela qual se afirma o direito à


produção de uma determinada prova e se pede que essa prova seja produzida antes da
fase instrutória do processo para o qual ela serviria. É, pois, ação que busca o
reconhecimento do direito autônomo à prova, direito este que se realiza com a coleta da
prova em típico procedimento de jurisdição voluntária.

O art. 381, do CPC, estabelece as hipóteses em que será admitida a ação para produção antecipada de prova:

Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos CASOS em que:

I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação
de certos fatos na pendência da ação;

II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio


adequado de solução de conflito;

III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação .

São três as hipóteses trazidas. Vejamos cada uma delas:

 A primeira prevê que será admitida a ação de produção de provas quando a parte não puder aguardar o
momento regular de realização de provas no processo. Assim, se aguardar até a instrução, a prova pode se
tornar impossível ou muito difícil de ser verificada.

O exemplo tradicionalmente citado nesses casos é o da oitiva de pessoa que esteja acometida de doença
grave. Nesses casos, com o receio do falecimento e tratando-se de testemunha central para o deslinde da
ação, admite-se a produção antecipada de provas.

 A segunda hipótese tem caráter prático destacado: se a produção antecipada da prova permitir,
eventualmente, que as partes cheguem à solução do litígio, ela será determinada.

Por exemplo, se as partes estiverem de acordo que o pagamento dos danos de determinado acidente,
depende apenas da realização de perícia para aferir quem realmente foi o culpado, admite -se a realização
de tal prova em ação específica antecipada.

 Na terceira hipótese temos a possibilidade de produção antecipada de prova para definir se a parte irá,
ou não, demandar contra o réu.

Por exemplo, a parte requerer antecipadamente a realização de uma prova a fim de delimitar a área do
terreno que possui de modo que possa pleitear abatimento do valor de imóvel que comprou acreditando ser

21JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 2, 18ª edição, rev., atual. e ampl., Bahia: Editora JusPodvim,
2016, p. 141.

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maior. A depender do resultado dessa ação, é possível que a parte interessada defina se houve, ou não,
violação ao pactuado no contrato de compra e venda.

Temos, ainda, uma quarta hipótese de utilização de ação autônoma de prova antecipada prevista no §5º, do
art. 381:

§ 5o Aplica-se o disposto nesta Seção àquele que pretender justificar a existência de algum
fato ou relação jurídica para simples documento e sem caráter contencioso, que exporá,
em petição circunstanciada, a sua intenção.

 Admite-se a utilização da prova antecipada para justificar a existência de eventual fato ou documento,
quando não envolver situação conflituosa com terceiros. Nesse caso, requer apenas que, na petição, a parte
decline a intenção.

Dois questionamentos são relevantes nesse ponto: juízo competente e prevenção do juízo na produção
antecipada de provas.

De acordo com o §2º, abaixo citado, a produção antecipada de provas observa duas regras de competência:

juízo do foro do local


em que deve ser
COMPETÊNCIA PARA produzida a prova; OU
PRODUÇÃO
ANTECIPADA DE
PROVAS
juízo do foro do
domicílio do réu.

Quanto à prevenção, o §3º é claro em afirmar que a ação de produção de provas, NÃO
previne a competência para a ação que seja ajuizada subsequentemente à ação
probatória. Cada uma das ações observa regras específicas de competência, sem
relação de prevenção.

Veja os §§ abaixo:

§ 1o O arrolamento de bens observará o disposto nesta Seção quando tiver por finalidade
apenas a realização de documentação e não a prática de atos de apreensão.

§ 2o A produção antecipada da prova é da competência do juízo do foro onde esta deva


ser produzida ou do foro de domicílio do réu.

§ 3o A produção antecipada da prova NÃO previne a competência do juízo para a ação que
venha a ser proposta.

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§ 4o O juízo estadual tem competência para produção antecipada de prova requerida em


face da União, de entidade autárquica ou de empresa pública federal se, na localidade, não
houver vara federal.

Ainda sobre os parágrafos acima, o §4º se assemelha ao art. 109, §3º, da CF. Quando na localidade em que
se pretende realizar a prova não haja Justiça Federal, ainda que se trate de matéria da competência da
Justiça Federal, é possível ajuizá-la na Justiça Comum.

O art. 382, do CPC, estabelece os requisitos da petição inicial da ação de produção de provas, que são dois:

1º REQUISITO: indicação da razão que justifica o pedido.

2º REQUISITO: indicação dos fatos sobre os quais recairá a prova.

Uma vez ajuizada a ação, o magistrado determinará a citação dos interessados na produção da prova. Tal
citação apenas não irá ocorrer quando a prova não envolver caráter litigioso (art. 381, §5º, do CPC).

Por fim, cumpre destacar que, da sentença da ação de produção de provas, em regra, não cabe recurso, A
NÃO SER QUANDO a sentença for pelo indeferimento da produção antecipada da prova requerida. Veja:

Art. 382. Na petição, o requerente apresentará as razões que justificam a necessidade de


antecipação da prova e mencionará com precisão os fatos sobre os quais a prova há de
recair.

§ 1o O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a citação de interessados na


produção da prova ou no fato a ser provado, SALVO se inexistente caráter contencioso.

§ 2o O juiz não se pronunciará sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato, nem sobre as


respectivas consequências jurídicas.

§ 3o Os interessados poderão requerer a produção de qualquer prova no mesmo


procedimento, desde que relacionada ao mesmo fato, SALVO se a sua produção conjunta
acarretar excessiva demora.

§ 4o Neste procedimento, NÃO se admitirá defesa ou recurso, SALVO contra decisão que
indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário .

Além disso, prevê o §3º, do art. 382, do CPC, que os interessados podem requerer a produção de outras
provas no mesmo procedimento, a não ser que isso implique demora na decisão do requerimento originário
de produção de provas.

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Para encerrar o tópico referente à produção antecipada de prova, prevê o art. 383, do CPC, que os autos da
ação de produção de provas antecipadas permanecerão em cartório pelo período de 1 mês para que os
interessados possam extrair cópia ou certidão do processo. Decorrido o prazo, o processo será entregue
àquele que promoveu a ação. Registre-se que isso se aplica apenas aos autos que tramitam em meio físico.

Art. 383. Os autos permanecerão em cartório durante 1 (um) mês para extração de cópias
e certidões pelos interessados.

Parágrafo único. Findo o prazo, os autos serão entregues ao promovente da medida.

Vamos sintetizar as principais informações dessa ação autônoma?

AÇÃO AUTÔNOMA DE PRODUÇÃO DE PROVAS


• Hipótese de cabimento: a) IMPOSSIBILIDADE ou DIFICULDADE PARA REALIZAÇÃO
POSTERIOR; b) POSSIBILIDADE DE AUTOCOMPOSIÇÃO ou OUTRA SOLUÇÃO DO
CONFLITO; e c) conhecimento do fato possa JUSTIFICAR OU EVITAR A AÇÃO.
• A COMPETÊNCIA para a ação de produção de provas antecipadas é: a) juiz do foro do
local em que deve ser produzida a prova ou o foro do domicílio do réu.
• A ação de produção antecipada de provas NÃO PREVINE a ação decorrente em que a
prova produzida antecipadamente possa ser utilizada.
• NÃO será admitido recurso, EXCETO no caso de indeferimento TOTAL do requerimento
originário de produção antecipada de provas.
• Deve constar da petição de prova antecipada a: a) indicação da razão que justifica o
pedido; b) indicação dos fatos sobre os quais recairá a prova.
• Realizada a prova, os autos permanecerão em cartório para que os interessados possam
extrair cópia ou certidão pelo período de 1 mês, após os autos serão entregues ao
promovente da ação.

Finalizamos a teoria geral e a análise da ação autônoma de produção de provas.

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PROVAS EM ESPÉCIE

1 - Ata Notarial

Ata notarial 22 é o instrumento elaborado por tabelião com o intuito de documentar fatos jurídicos. No CPC73,
a ata notarial era adotada como um meio atípico de prova. Contudo, devido ao fato de que essa prova é
cotidiana no Poder Judiciário, o CPC trouxe expressamente regra para disciplinar a aplicação dessa prova
específica.

São exemplos de atas notoriais: o atestado de conservação de um determinado bem, o conteúdo de


determinado site da internet, a presença de certa pessoa em determinado local, a opinião caluniosa, injuriosa
ou difamatória proferida por alguém no Facebook, a perturbação da paz em determinado condomínio em
face do barulho excessivo etc.

Essa espécie de ação está prevista expressamente no art. 384, do CPC:

Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou
documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.

Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos


eletrônicos poderão constar da ata notarial.

A força probatória da ata notarial decorre da fé pública na produção do documento, uma vez que fica sob o
encargo do tabelião de cartórios extrajudiciais. Assim, o que tiver sido atestado ou documentado é
presumido (relativamente) verdadeiro.

22MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª edição,
rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 487.

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Atesta e documenta a existência e modo de


existir de algum fato.

ATA NOTARIAL Dotado de fé pública.

Presunção relativa de veracidade.

2 - Depoimento Pessoal e Interrogatório

O depoimento pessoal está previsto nos arts. 385 a 388, do CPC.

Veja o conceito da doutrina 23:

O depoimento pessoal ou depoimento da parte é o conjunto de comunicações (julgamento


do fato) da parte, autor ou réu, para fazer o que sabe a respeito do pedido, ou da defesa,
ou das provas produzidas ou a serem produzidas, como esclarecimentos de que se sirva o
juiz para o seu convencimento.

À luz desse conceito, o autor distingue depoimento pessoal e interrogatório.

O depoimento pessoal é a oitiva das partes na audiência de instrução e julgamento, que será requerida
pela parte adversa.

Para o autor 24, há depoimento da parte por provocação, requerida pela parte adversária, realizado na
audiência de instrução e julgamento e determinado sob pena de confissão ficta, caso a parte se recuse ou
não compareça para depor.

Quando a oitiva da parte for determinada pelo magistrado, temos o interrogatório.

Para a doutrina 25, há, também, o interrogatório, determinado “ex officio” pelo juiz, em qualquer estágio do
processo, inclusive em instância recursal. Nesse caso, no entanto, não é possível cominar -lhe a pena de
confissão ficta para o caso de não comparecimento ou recusa.

23JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e ampl., Bahia: Editora JusPodvim,
2016, p. 155.
24JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e ampl., Bahia: Editora JusPodvim,
2016, p. 156.
25JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e ampl., Bahia: Editora JusPodvim,
2016, p. 157.

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Veja que a finalidade do interrogatório é a de esclarecer os fatos não necessariamente como um instrumento
de prova, muito embora o magistrado possa extrair das declarações juízos de valor para o convencimento
quanto aos fatos.

Veja o caput, do art. 385:

Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta
seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de
ordená-lo de ofício.

Para a prova...

DEPOIMENTO PESSOAL oitiva da parte requerida pela PARTE CONTRÁRIA

INTERROGATÓRIO oitiva da parte pelo MAGISTRADO

Para corroborar a existência do interrogatório, temos o art. 139, VIII, do CPC, que confere ao juiz o poder de
determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes para inquiri-las sobre fatos da causa,
contudo, não haverá possibilidade de incidir a confissão da parte.

Isso é importante porque representa outra distinção possível entre o interrogatório e o depoimento pessoal.
No depoimento pessoal incide a penalidade de confissão pela parte, o que não é admitido no interrogatório.

A confissão em si será estudada adiante, na análise do art. 389 e seguintes do CPC. Aqui, tratamos apenas
da pena de confesso. É a penalidade pelo não comparecimento ou pela ausência de manifestação da parte.
Assim, se o magistrado decidir intimá-la para interrogá-la a qualquer tempo, na forma do art. 139, VIII, e a
parte não comparecer ou, se comparecer, ficar em silêncio, não haverá aplicação da pena de confesso.

Contudo, no depoimento pessoal, que depende de requerimento da parte contrária, haverá incidência da
pena de confesso quando a parte adversa:

 Não comparecer, se intimada regularmente;

 Mesmo que compareça, se recusar a depor.

Veja:

§ 1o Se a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento pessoal e advertida da


pena de confesso, não comparecer ou, comparecendo, se recusar a depor, o juiz aplicar-
lhe-á a pena.

O §2º traz uma regra simples, porém, relevante. Esse dispositivo prevê que é vedado a quem não prestou
depoimento ouvir o depoimento da outra parte. Assim, se ambas as partes requererem o depoimento na
instrução será ouvido primeiramente o autor, situação em que o réu não poderá participar do ato porque

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ainda não prestou depoimento. Contudo, o depoimento do réu poderá ser acompanhado pelo autor, porque
o autor presta necessariamente seu depoimento antes do réu.

Confira:

§ 2o É VEDADO a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte.

O §3º prevê a possibilidade de realização do depoimento pessoal por intermédio de videoconferência,


quando a parte a ser ouvida residir fora da comarca, da seção ou subseção:

§ 3o O depoimento pessoal da parte que residir em comarca, seção ou subseção judiciária


diversa daquela onde tramita o processo poderá ser colhido por meio de videoconferência
ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, o que
poderá ocorrer, inclusive, durante a realização da audiência de instrução e julgamento.

O art. 386 trata do caso da parte que deixa de responder a um questionamento sem motivo justificado. Nesse
caso, é possível a determinação, pelo magistrado, da recursa de depor. Essa recusa, contudo, não é declarada
na audiência de instrução e de julgamento, mas apenas na sentença, após a análise das demais circunstâncias
e provas produzidas no processo.

Art. 386. Quando a parte, sem motivo justificado, deixar de responder ao que lhe for
perguntado ou empregar evasivas, o juiz, apreciando as demais circunstâncias e os
elementos de prova, declarará, na sentença, se houve recusa de depor.

O “emprego de evasivas” constitui o relato da parte sem responder diretamente ao que lhe foi perguntado
com o intuito de desvirtuar a realidade ou para responder de forma vaga e incompleta. Se o magistrado
entender que a parte utilizou de discurso evasivo declarará que, na realidade, ela se recusou a depor.

Veja, ainda, o art. 387, do CPC:

Art. 387. A parte responderá pessoalmente sobre os fatos articulados, NÃO podendo
servir-se de escritos anteriormente preparados, permitindo-lhe o juiz, todavia, a consulta a
notas breves, desde que objetivem completar esclarecimentos.

O dispositivo acima prevê a possibilidade de a parte consultar breves notas ao longo do seu depoimento
pessoal, embora não possa utilizar de escritos preparados para a oitiva.

Para encerrar a análise do depoimento pessoal, devemos estudar com atenção o art. 388, que estabelece
situações sobre as quais a parte não é obrigada a depor.

Art. 388. A parte NÃO É OBRIGADA A DEPOR SOBRE FATOS:

I - criminosos ou torpes que lhe forem imputados;

II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo;

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III - acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, de seu
companheiro ou de parente em grau sucessível;

IV - que coloquem em perigo a vida do depoente ou das pessoas referidas no inciso III.

Parágrafo único. Esta disposição NÃO se aplica às ações de estado e de família.

Assim:

 A parte não é obrigada a depor sobre fatos criminosos ou torpes que forem imputados
ao depoente.

Por exemplo, mesmo no processo cível, a parte não é obrigada a falar sobre a prática de
crimes a ela imputados. É importante registrar que a recusa, nesse caso, porque permitida
expressamente pela legislação, não poderá implicar qualquer prejuízo no processo civil.

 A parte não é obrigada a depor sobre fatos que deve guardar sigilo em razão do estado
ou profissional.

De acordo com a doutrina 26, havendo dever de sigilo, a parte sequer poderá optar por depor
porquanto, violado o sigilo, pode a parte responder administrativa ou criminalmente. Após,
se o seu depoimento for imprescindível para o deslinde da controvérsia é que se poderá
exigir-lhe esclarecimentos. Sendo o caso, não há que se falar em ilicitude na quebra do
dever de sigilo.

Por exemplo, sigilo do médico, do advogado, do padre, dotado de relação de confiança


ínsita à ética de tais relações.

 A parte não é obrigada a depor sobre fatos que possam implicar desonra à pessoa
depoente ou de seus familiares.

Para a doutrina 27 a desonra implica prejuízo à imagem, à reputação ou à honra do


depoente, de seu cônjuge, de seu companheiro ou de parente em grau sucessível. É
necessário que o fato que gere desonra seja grave, não se aplicando à regra de exclusão se
o fato não é capaz de repercutir de modo decisivo para a honra, ou reputação, ou imagem
da pessoa.

 A parte não é obrigada a depor sobre fatos que impliquem perigo de vida ao depoente
ou a sua família.

26MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª edição,
rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 492.
27MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª edição,
rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 493.

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Esse risco deve ser concreto e imediato e não fruto de mera ilação.

As exceções acima NÃO SE APLICAM ÀS AÇÕES DE ESTADO OU DE FAMÍLIA.

Veja como o assunto já foi abordado em provas...

(DPE-RN - 2015) Julgue a assertiva a seguir quanto ao direito probatório e à audiência no processo civil.
O juiz poderá, de ofício, determinar o comparecimento pessoal das partes com o propósito de interrogá -las
sobre os pontos controversos da demanda; todavia, se a parte intimada não comparecer, não lhe poderá
aplicar a pena de confissão.
Comentários
A assertiva está correta. Com base no art. 139, VIII, do CPC, o juiz dirigirá o processo com a finalidade de
determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre os fatos da
causa, hipótese em que não incidirá a pena de confesso.

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DEPOIMENTO

EXCEÇÕES: não se
REGRA: a parte é
aplicam a ações de
obrigada a depor
estado e de família

fatos que possam fatos que possam


fatos criminosos fatos que deva
implicar desonra implicar perigo de
que lhe forem guardar sigilo
do depoente ou do vida do depoente
imputados (estado/profissão)
familiar ou familiar

3 - Confissão

3.1 - Conceito e elementos


Esse meio de prova está disciplinado entre os arts. 389 a 395, do CPC.

A confissão está intimamente ligada ao depoimento pessoal, pois a confissão nada mais é do que o próprio
reconhecimento voluntário da ocorrência de um fato contrário ao interesse da parte que confessa e, por
conta disso, favorável à parte contrária.

Esse conceito é legislado no art. 389, do CPC:

Art. 389. Há confissão, judicial ou extrajudicial, quando a parte admite a verdade de fato
contrário ao seu interesse e favorável ao do adversário.

Em face disso, podemos identificar três elementos da confissão:

 ELEMENTO SUBJETIVO: sujeito declarante, ou seja, a parte que confessa.

A pessoa que irá confessar deve ter capacidade plena, na forma do art. 213, do CC:

Art. 213. Não tem eficácia a confissão se provém de quem não é capaz de dispor do direito
a que se referem os fatos confessados.

Parágrafo único. Se feita a confissão por um representante, somente é eficaz nos limites
em que este pode vincular o representado.

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 ELEMENTO INTENCIONAL : vontade para confessar, denominado de ânimo confitente.

NÃO existe uma forma específica para que a confissão seja válida. Desde que presentes os elementos acima,
a confissão será válida.

 ELEMENTO OBJETIVO: existência de fato contrário ao interesse da parte que confessa.

Em relação ao fato confessado, apenas direitos de caráter disponível, pois a confissão não pode ser encarada
como ato de disposição do direito. Direitos de personalíssimos, por exemplo, que envolvem direitos
indisponíveis, não podem ser confessados em juízo.

À luz dos elementos acima declarados, confira o dispositivo legal:

Art. 392. NÃO vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a direitos
indisponíveis.

§ 1º A confissão será ineficaz se feita por quem não for capaz de dispor do direito a que
se referem os fatos confessados.

§ 2º A confissão feita por um representante somente é eficaz nos limites em que este
pode vincular o representado.

Dos dispositivos acima, destacamos o §2º, que estabelece que a confissão feita pelo representante da parte,
titular do direito material, terá eficácia apenas em relação àquilo que lhe foi conferido. Por exemplo, se
representante e representado fixaram o objeto da representação em um contrato, somente o que constar
desse contrato poderá ser confessado, se houver regra prevendo a confissão.

Uma observação: A confissão se diferencia do reconhecimento jurídico do pedido. O objeto da confissão é


o fato, ao passo que, no reconhecimento jurídico do pedido, há a aceitação da pretensão da parte contrária.
Em face disso, o reconhecimento do pedido implica a extinção do processo com resolução de mérito,
enquanto que na confissão temos apenas um elemento de prova, que será contraposto com os demais
elementos probatórios que estão nos autos.

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CONFISSÃO RECONHECIMENTO JURÍDICO DO PEDIDO


● referente a fato benéfico à parte
● referente à pretensão da parte contrária
contrária
X
● constitui elemento de prova a ser
● implica a extinção do processo com
contraposto com demais elementos
resolução de mérito
constante dos autos

3.2 - Confissão espontânea ou provocada

A confissão é intencional, ou seja, a parte deve pretender a confissão. Contudo, a parte pode confessar
espontaneamente ou por intermédio de provocações argumentativas. Ambas as formas de confissão são
admissíveis, segundo prevê o caput, do art. 390, do CPC.

Art. 390. A confissão judicial pode ser espontânea ou provocada.

§ 1º A confissão espontânea pode ser feita pela própria parte ou por representante com
poder especial.

§ 2º A confissão provocada constará do termo de depoimento pessoal.

Veja:

(DPE-RN - 2015) Julgue a assertiva a seguir quanto ao direito probatório e à audiência no processo civil.
A confissão espontânea pode ser feita por mandatário com poderes especiais.
Comentários
A assertiva está correta. Conforme art. 390, §1º, do CPC, a confissão espontânea pode ser feita pela própria
parte ou por representante com poder especial.

Portanto, para a prova...

CONFISSÃO ESPONTÂNEA CONFISSÃO PROVOCADA

Feita pela própria parte ou por Extraída no termo de depoimento


representante com poder especial. pessoal.

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3.3 - Confissão e litisconsórcio


A confissão é um ato individual de forma que eventuais pessoas que estejam no mesmo polo da parte que
confessa não serão afetados. Temos aqui a manifestação da autonomia dos litisconsortes.

Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os
litisconsortes.

Parágrafo único. Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre
imóveis alheios, a confissão de um cônjuge ou companheiro não valerá sem a do outro,
salvo se o regime de casamento for o de separação absoluta de bens.

Há, ainda, mais uma observação. Em relação aos bens imóveis ou direitos reais sobre bens imóveis, a
confissão de um dos cônjuges ou companheiro não valerá sem a confissão do outro cônjuge, a não ser que
o regime de casamento seja de separação absoluta. Portanto, a regra é que seja exigida dupla confissão
para a validade desse meio de prova. No caso de separação absoluta, a confissão observa a regra geral da
confissão individual.

3.4 - Irrevogabilidade da confissão

O art. 393 fixa que a confissão é irrevogável. Apenas não prevalecerá a confissão se ela for anulada quando
identificado em ação específica, a ser promovida exclusivamente por quem confessou (confitente), erro de
fato ou coação. Portanto, a confissão pode ser objeto de ação anulatória que somente pode ser proposta
por quem confessou ou pelos herdeiros na hipótese de falecimento do confitente.

Confira:

Art. 393. A confissão é irrevogável, mas PODE SER ANULADA se decorreu de erro de fato
ou de coação.

Parágrafo único. A legitimidade para a ação prevista no caput é exclusiva do confitente e


pode ser transferida a seus herdeiros se ele falecer após a propositura.

Por fim, confira a leitura do art. 394, que é o suficiente para a nossa prova:

Art. 394. A confissão extrajudicial, quando feita oralmente, só terá eficácia nos casos em
que a lei NÃO exija prova literal.

3.5 - Indivisibilidade da confissão

A confissão deve ser considerada como um todo. Assim, entre as várias menções dadas por quem confessa,
a parte contrária não pode aceitar o conteúdo favorável do que foi confessado, refutando o restante.

Excepcionalmente, a confissão não será indivisível quando envolver fatos novos trazidos pelo confitente que
possam beneficiá-lo.

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Art. 395. A confissão é, em regra, indivisível, não podendo a parte que a quiser invocar
como prova aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável,
porém cindir-se-á quando o confitente a ela aduzir fatos novos, capazes de constituir
fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção.

Vejamos como o assunto foi explorado em provas de concurso público:

(TJ-DFT - 2014) Acerca da prova no sistema processual civil, julgue.


A confissão, que, em regra, é indivisível, pode ser judicial ou extrajudicial, sendo inválida como confissão a
admissão, em juízo, de fatos relativos a direitos indisponíveis.
Comentários
A assertiva está correta, em face do que temos nos art. 389, 392 e 395, do CPC.

4 - Exibição de Documento ou Coisa

A exibição de documento ou coisa é disciplinado entre os arts. 396 a 404, do CPC. Trata-se de meio de prova
comum no Direito Processual Civil que poderá ser requerido no bojo do processo e, inclusive, em ação
autônoma.

Esse documento ou coisa pode estar em poder da parte ou em poder de terceiro. Essa distinção é
fundamental para que possamos compreender o procedimento que será estudado.

É comum, por exemplo, a requisição de documento ou coisa que esteja em poder da Administração Pública
(terceiro), a fim de subsidiar um processo entre pessoas privadas.

Assim, sempre que for imprescindível a juntada desse documento ou coisa é possível se valer desse
instrumento de prova, por determinação do juiz. Veja:

Art. 396. O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se encontre em
seu poder.

A fim de tornar nosso estudo mais didático, vamos distinguir a análise:

4.1 - Documento em poder da parte contrária

Nesse caso, o requerimento para exibição de documento ou coisa deve conter:

Art. 397. O pedido formulado pela parte conterá:

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I - a descrição, tão completa quanto possível, do documento ou da coisa, ou das categorias de


documentos ou de coisas buscados; (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)

II - a finalidade da prova, com indicação dos fatos que se relacionam com o documento ou com a
coisa, ou com suas categorias; (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)

III - as circunstâncias em que se funda o requerente para afirmar que o documento ou a coisa
existe, ainda que a referência seja a categoria de documentos ou de coisas, e se acha em poder
da parte contrária. (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)

Vamos analisar cada um dos itens:

O art. 397 do CPC foi significativamente alterado pela Lei 14.195/20211 para ampliar o procedimento de
exibição de documento ou coisa. O dispositivo prevê a possibilidade de, num processo em andamento, a
parte contrária pede a outra a exibição de documento ou coisa. Como a parte que deseja usar do documento
não a tem por estar em poder da parte contrária e ela é importante para provas suas pretensões, ela pede
em juízo para que seja exibida.

Para que o juiz determine que a parte contrária deve demonstrar:

 qual é o documento;

 para que você deseja o documento; e

 porque você quer o documento.

Essas exigências permanecem no Código. A diferença, agora, é que a parte não precisará mais especificar o
documento, mas indicar a categoria do documento.

Vamos com um exemplo...

Imagine um conflito decorrente de um contrato firmado entre as partes. Além do contrato eventualmente
firmado que está em poder apenas de uma das partes, admite-se o pedido amplo de exibição de documentos
e de coisas relacionadas a esse contrato, como e-mails trocados, mensagens por WhatsApp. Tudo o que possa
estar relacionado com a categoria que se pretende provar, pode fazer parte do pedido.

Assim:

DO REQUERIMENTO DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA

indicação da prova finalidade de prova circunstâncias

Uma vez apresentado o requerimento, a parte contrária será intimada para se manifestar no prazo de 5
dias. Após intimada, a parte poderá, basicamente, se manifestar com as seguintes alegações:

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1º POSSIBILIDADE: apresentação ou requerimento de prazo para apresentação do documento


ou coisa.

2º POSSIBILIDADE: a parte nega possuir o documento ou coisa.

Nesse caso, o juiz concederá à parte requerente a oportunidade de provar que a escusa é
mentirosa.

As possibilidades acima são retiradas do art. 398, do CPC:

Art. 398. O requerido dará sua resposta nos 5 (CINCO) DIAS subsequentes à sua intimação.

Parágrafo único. Se o requerido afirmar que não possui o documento ou a coisa, o juiz
permitirá que o requerente prove, por qualquer meio, que a declaração não corresponde
à verdade.

Temos, ainda, outras possibilidades:

3º POSSIBILIDADE: não manifestação.

Nesse caso, pressupõe-se que a parte tem o documento ou coisa e, pela não manifestação,
considera-se existente o meio de prova na forma relatada pelo requerente.

4ª POSSIBILIDADE: escusa da parte em entregar o documento ou coisa.

O art. 399, do CPC, elenca três situações em que a recusa não será admitida:

a) parte tiver a obrigação de exigir o documento ou coisa;

b) o requerido tiver feito referência ao documento na sua defesa como instrumento de


prova; e

c) for documento comum às partes (por exemplo, contrato).

Nesses casos, a recusa será considerada não manifestação.

Com isso, confira o art. 399, do CPC e, na sequência, o art. 400, que traz as consequências da não
manifestação ou recusa injustificada.:

Art. 399. O juiz NÃO admitirá a recusa se:

I - o requerido tiver obrigação legal de exibir;

II - o requerido tiver aludido ao documento ou à coisa, no processo, com o intuito de


constituir prova;

III - o documento, por seu conteúdo, for comum às partes.

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Art. 400. Ao decidir o pedido, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos que, por meio do
documento ou da coisa, a parte pretendia provar SE:

I - o requerido não efetuar a exibição nem fizer nenhuma declaração no prazo do art. 398
[5 dias];

II - a recusa for havida por ilegítima.

Parágrafo único. Sendo necessário, o juiz pode adotar medidas indutivas, coercitivas,
mandamentais ou sub-rogatórias para que o documento seja exibido.

Portanto, no caso de não declaração ou recusa injustificada, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos que
a parte requerente pretendia prova.

Antes de analisarmos as situações que envolvem documentos em poder de terceiros, é importante destacar
que o parágrafo único do art. 400, acima citado, trata da possibilidade de adoção de medidas coercitivas, em
face da não apresentação do documento ou coisa.

Assim:

indutivas

coercitivas
O JUIZ PODERÁ UTILIZAR
MEDIDAS
mandamentais

sub-rogatórias

4.2 - Documento em poder de terceiro

Quando o documento estiver em poder de terceiro, o magistrado determinará a citação do terceiro para se
manifestar no prazo de 15 dias.

Art. 401. Quando o documento ou a coisa estiver em poder de terceiro, o juiz ordenará
sua citação para responder no prazo de 15 (QUINZE) DIAS.

Atenção!

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EM PODER DA PARTE
EM PODER DE TERCEIRO
CONTRÁRIA

intimar para se manifestar citar para se manifestar

em 5 dias em 15 dias

O terceiro poderá:

1º POSSIBILIDADE: apresentar o documento ou requerer prazo para apresentação do


documento ou coisa.

2º POSSIBILIDADE: não se manifestar ou se negar a apresentar o documento.

Se isso ocorrer, aplicamos a regra constante do art. 402, do CPC, que prevê a possibilidade
de o juiz designar uma audiência específica para ouvir o terceiro.

Em seguida, o magistrado poderá ordenar que a parte entregue o documento no prazo de


5 dias e ressarça eventuais despesas. Além disso, para assegurar a efetividade da ordem
judicial, é possível que o magistrado determine:

 a expedição de mandado de apreensão;

 com uso da força policial, se necessário;

 o responsável por não entregar o documento ou coisa responderá por crime e


desobediência;

 podem ser aplicadas multas e medidas indutivas, coercitivas, mandamentais e sub-


rogatórias.

Confira:

Art. 402. Se o terceiro negar a obrigação de exibir ou a posse do documento ou da coisa,


o juiz designará audiência especial, tomando-lhe o depoimento, bem como o das partes e,
se necessário, o de testemunhas, e em seguida proferirá decisão.

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Art. 403. Se o terceiro, sem justo motivo, se recusar a efetuar a exibição, o juiz ordenar-
lhe-á que proceda ao respectivo depósito em cartório ou em outro lugar designado, NO
PRAZO DE 5 (CINCO) DIAS, impondo ao requerente que o ressarça pelas despesas que tiver.

Parágrafo único. Se o terceiro descumprir a ordem, o juiz expedirá mandado de


apreensão, requisitando, se necessário, força policial, sem prejuízo da responsabilidade
por crime de desobediência, pagamento de multa e outras medidas indutivas, coercitivas,
mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar a efetivação da decisão.

Para encerrar o tópico, confira o art. 404, do CPC, que prevê situações em que a escusa do terceiro é
admitida:

Art. 404. A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o documento ou a coisa se:

I - concernente a negócios da própria vida da família;

II - sua apresentação puder violar dever de honra;

III - sua publicidade redundar em desonra à parte ou ao terceiro, bem como a seus parentes
consanguíneos ou afins até o terceiro grau, ou lhes representar perigo de ação penal;

IV - sua exibição acarretar a divulgação de fatos a cujo respeito, por estado ou profissão,
devam guardar segredo;

V - subsistirem outros motivos graves que, segundo o prudente arbítrio do juiz, justifiquem
a recusa da exibição;

VI - houver disposição legal que justifique a recusa da exibição.

Parágrafo único. Se os motivos de que tratam os incisos I a VI do caput disserem respeito


a apenas uma parcela do documento, a parte ou o terceiro exibirá a outra em cartório,
para dela ser extraída cópia reprográfica, de tudo sendo lavrado auto circunstanciado.

Para a prova...

PARTE E TERCEIRO PODEM SE ESCUSAR A EXIBIR

• documentos concernentes à própria vida familiar


• documentos que impliquem violação dos deveres de honra
• documentos que causem desonra à parte ou ao terceiro (abrange parentes até 3º grau)
• documentos protegidos por sigilo em face do estado ou profissão
• motivos graves que justifiquem a entrega de documentos
• por previsão legal

Comparando a exibição de documento e coisa pela parte contrária ou por terceiro, temos:

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DOCUMENTO/COISA EM PODER DA PARTE


DOCUMENTO/COISA EM PODER DE TERCEIRO
CONTRÁRIA
Intimado para se manifestar no prazo de 5 dias. Citado para se manifestar no prazo de 15 dias.
Pedido deve conter: individuação, finalidade e circunstâncias do requerimento.
Após a intimação:
 apresentação ou requerimento de prazo para Após a citação:
apresentação.  apresentação ou requerimento de prazo para
 negativa de possuir documento (o requerente apresentação.
será intimado a provar)  negativa de apresentação: a) audiência especial; b)
 não manifestação e escusa injustificada (gera mandado de apreensão com forma policial, crime de
a presunção da prova dos fatos que se pretendia desobediência.
provar).
Possibilidade de adoção de medidas indutivas, coercitivas, mandamentais e sub-rogatórias
Admite-se a escusa:
• documentos concernentes à própria vida familiar
• violação dos deveres de honra
• desonra à parte ou ao terceiro (abrange parentes até 3º grau)
• sigilo em face do estado ou profissão
• motivos graves que justifiquem a entrega de documentos
• por previsão legal

DESTAQUES DA LEGISLAÇÃO E JURISPRUDÊNCIA


CORRELATA
 art. 360, do CPC: poder de polícia do juiz

Art. 360. O juiz exerce o poder de polícia, incumbindo-lhe:

I - manter a ordem e o decoro na audiência;

II - ordenar que se retirem da sala de audiência os que se comportarem


inconvenientemente;

III - requisitar, quando necessário, força policial;

IV - tratar com urbanidade as partes, os advogados, os membros do Ministério Público e


da Defensoria Pública e qualquer pessoa que participe do processo;

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V - registrar em ata, com exatidão, todos os requerimentos apresentados em audiência.

 art. 361, do CPC: ordem de produção das provas

Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem,
preferencialmente:

I - o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de esclarecimentos


requeridos no prazo e na forma do art. 477, caso não respondidos anteriormente por
escrito;

II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;

III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas.

Parágrafo único. Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as


testemunhas, não poderão os advogados e o Ministério Público intervir ou apartear, sem
licença do juiz.

 art. 362 (incisos), do CPC: adiamento da audiência

Art. 362. A audiência poderá ser adiada:

I - por convenção das partes;

II - se não puder comparecer, por motivo justificado, qualquer pessoa que dela deva
necessariamente participar;

III - por atraso injustificado de seu início em tempo SUPERIOR A 30 (TRINTA) MINUTOS do
horário marcado.

 art. 364, do CPC: debates orais

Art. 364. Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e do réu, bem como
ao membro do Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, sucessivamente, pelo
prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável por 10 (dez) minutos, a critério do
juiz.

§ 1o Havendo litisconsorte ou terceiro interveniente, o prazo, que formará com o da


prorrogação um só todo, dividir-se-á entre os do mesmo grupo, se não convencionarem de
modo diverso.

§ 2o Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate oral


poderá ser substituído por razões finais escritas, que serão apresentadas pelo autor e pelo
réu, bem como pelo Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, em prazos
sucessivos de 15 (quinze) dias, assegurada vista dos autos.

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 art. 371, do CPC: princípio do convencimento motivado

Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que
a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.

 art. 372, do CPC: prova emprestada

Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo,
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

 art. 373, do CPC: distribuição do ônus da prova

Art. 373. O ônus da prova incumbe:

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do


autor.

§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à


impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou
à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, PODERÁ o juiz atribuir o ônus
da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que
deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

§ 2º A decisão prevista no § 1º deste artigo NÃO PODE gerar situação em que a


desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.

§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das
partes, salvo quando:

I - recair sobre direito indisponível da parte;

II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo.

 art. 373, do CPC: fatos que não dependem de prova

Art. 374. Não dependem de prova os fatos:

I - notórios;

II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;

III - admitidos no processo como incontroversos;

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IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.

 art. 381, do CPC: produção antecipada de prova

Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos CASOS em que:

I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação
de certos fatos na pendência da ação;

II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio


adequado de solução de conflito;

III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação .

§ 1o O arrolamento de bens observará o disposto nesta Seção quando tiver por finalidade
apenas a realização de documentação e não a prática de atos de apreensão.

§ 2o A produção antecipada da prova é da competência do juízo do foro onde esta deva


ser produzida ou do foro de domicílio do réu.

§ 3o A produção antecipada da prova NÃO previne a competência do juízo para a ação que
venha a ser proposta.

§ 4o O juízo estadual tem competência para produção antecipada de prova requerida em


face da União, de entidade autárquica ou de empresa pública federal se, na localidade, não
houver vara federal.

§ 5o Aplica-se o disposto nesta Seção àquele que pretender justificar a existência de algum
fato ou relação jurídica para simples documento e sem caráter contencioso, que exporá,
em petição circunstanciada, a sua intenção.

 art. 384, do CPC: ata notarial

Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou
documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.

Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos


eletrônicos poderão constar da ata notarial.

 art. 385 (caput e §§1º e 2º), do CPC: depoimento pessoal

Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta
seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de
ordená-lo de ofício.

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§ 1o Se a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento pessoal e advertida da


pena de confesso, não comparecer ou, comparecendo, se recusar a depor, o juiz aplicar-
lhe-á a pena.

§ 2o É VEDADO a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte.

 art. 388, do CPC: não é obrigada a depor sobre fatos

Art. 388. A parte NÃO É OBRIGADA A DEPOR SOBRE FATOS:

I - criminosos ou torpes que lhe forem imputados;

II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo;

III - acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, de seu
companheiro ou de parente em grau sucessível;

IV - que coloquem em perigo a vida do depoente ou das pessoas referidas no inciso III.

Parágrafo único. Esta disposição NÃO se aplica às ações de estado e de família.

 art. 389 e 392, do CPC: confissão

Art. 389. Há confissão, judicial ou extrajudicial, quando a parte admite a verdade de fato
contrário ao seu interesse e favorável ao do adversário.

Art. 392. NÃO vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a direitos
indisponíveis.

§ 1º A confissão será ineficaz se feita por quem não for capaz de dispor do direito a que
se referem os fatos confessados.

§ 2º A confissão feita por um representante somente é eficaz nos limites em que este
pode vincular o representado.

 art. 393, do CPC: irrevogabilidade da confissão

Art. 393. A confissão é irrevogável, mas PODE SER ANULADA se decorreu de erro de fato
ou de coação.

Parágrafo único. A legitimidade para a ação prevista no caput é exclusiva do confitente e


pode ser transferida a seus herdeiros se ele falecer após a propositura.

 art. 395, do CPC: indivisibilidade da confissão

Art. 395. A confissão é, em regra, indivisível, não podendo a parte que a quiser invocar
como prova aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável,

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porém cindir-se-á quando o confitente a ela aduzir fatos novos, capazes de constituir
fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção.

 art. 399, do CPC: recursa da parte contrária em entregar documento

Art. 399. O juiz NÃO admitirá a recusa se:

I - o requerido tiver obrigação legal de exibir;

II - o requerido tiver aludido ao documento ou à coisa, no processo, com o intuito de


constituir prova;

III - o documento, por seu conteúdo, for comum às partes.

Art. 400. Ao decidir o pedido, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos que, por meio do
documento ou da coisa, a parte pretendia provar SE:

I - o requerido não efetuar a exibição nem fizer nenhuma declaração no prazo do art. 398
[5 dias];

II - a recusa for havida por ilegítima.

Parágrafo único. Sendo necessário, o juiz pode adotar medidas indutivas, coercitivas,
mandamentais ou sub-rogatórias para que o documento seja exibido.

 art. 404, do CPC: recusa de terceiro exigir documento

Art. 404. A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o documento ou a coisa se:

I - concernente a negócios da própria vida da família;

II - sua apresentação puder violar dever de honra;

III - sua publicidade redundar em desonra à parte ou ao terceiro, bem como a seus parentes
consanguíneos ou afins até o terceiro grau, ou lhes representar perigo de ação penal;

IV - sua exibição acarretar a divulgação de fatos a cujo respeito, por estado ou profissão,
devam guardar segredo;

V - subsistirem outros motivos graves que, segundo o prudente arbítrio do juiz, justifiquem
a recusa da exibição;

VI - houver disposição legal que justifique a recusa da exibição.

Parágrafo único. Se os motivos de que tratam os incisos I a VI do caput disserem respeito


a apenas uma parcela do documento, a parte ou o terceiro exibirá a outra em cartório,
para dela ser extraída cópia reprográfica, de tudo sendo lavrado auto circunstanciado.

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 AgRg no REsp 1450473/SC 28: inversão do ônus da prova no CPC73

PROCESSUAL CIVIL. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. INVERSÃO DO ÔNUS DA


PROVA. REGRA DE INSTRUÇÃO. EXAME ANTERIOR À PROLAÇÃO DA
SENTENÇA.PRECEDENTES DO STJ.

1. A jurisprudência desta Corte é no sentido de que a inversão do ônus da prova prevista


no art. 6º, VIII, do CDC, é regra de instrução e não regra de julgamento, sendo que a decisão
que a determinar deve - preferencialmente - ocorrer durante o saneamento do processo
ou - quando proferida em momento posterior - garantir a parte a quem incumbia esse ônus
a oportunidade de apresentar suas provas. Precedentes: REsp 1395254/SC, Rel. Ministra
NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 15/10/2013, DJe 29/11/2013; EREsp
422.778/SP, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Rel. p/ Acórdão Ministra MARIA
ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 29/02/2012, DJe 21/06/2012.

2. Agravo regimental não provido.

C ONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao final de mais de uma aula. Em nosso próximo encontro vamos finalizar o estudo de provas.

Mantenham o foco nos estudos e, no que precisarem, estou à disposição no fórum.

Aguardo vocês no próximo encontro!

Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato conosco. Estou disponível no fórum do Curso e
por e-mail.

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QUESTÕES COMENTADAS
FCC

1. (FCC/TRT-18ªR - 2023) De acordo com o Código de Processo Civil, a distribuição do ônus da prova
A) pode ser modificada a critério exclusivo da parte hipossuficiente.

28 AgRg no REsp 1450473/SC, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, 2ª Turma, DJe 30/09/2014.

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B) pode ser modificada pelas partes, desde que plenamente capazes, ainda que torne excessivamente difícil
a uma delas o exercício do direito.
C) só pode ser modificada pelas partes se recair sobre direito disponível.
D) nunca pode ser modificada por convenção das partes, por constituir matéria de ordem pública.
E) pode ser modificada pelas partes por convenção feita antes do processo, mas não durante ele.

Comentários

A alternativa A está incorreta. O ônus da prova pode ser determinado pelo magistrado, pela lei ou decorrer
do acordo entre as partes, de modo que não pode ficar a critério exclusivo da parte hipossuficiente.

A alternativa B está incorreta, pois a distribuição diversa do ônus da prova pode ocorrer por convenção das
partes, salvo quando tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito, conforme art. 373, §3º,
II, do CPC.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. O §3º do art. 373 do CPC estabelece a possibilidade
de as partes acordarem quanto à distribuição do ônus da prova:

§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das
partes, salvo quando:

I - recair sobre direito indisponível da parte;

II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo.

Não podem, portanto, ser objeto de convenção entre as partes, a prova de fatos que envolvem direitos
indisponíveis e, também, quando essa inversão combinada entre as partes tornar excessivamente difícil a
prova pela outra parte. Por fim, atente-se que essa convenção das partes poderá ser celebrada antes ou
durante o curso do processo.

A alternativa D está incorreta. O §3º do art. 373 do CPC prevê que a distribuição diversa do ônus da prova
também pode ocorrer por convenção das partes.

A alternativa E está incorreta, pois o art. 373, §4º do CPC prevê que a distribuição diversa do ônus da prova
também pode ocorrer por convenção das partes e que esse ajuste pode ser celebrado antes ou durante o
processo.

2. (FCC/PGE-AM - 2022) Analise as proposições abaixo, acerca da prova:


I. O Juiz que tiver conhecimentos técnicos poderá dispensar a indicação de perito e conduzir, ele próprio, a
prova pericial.
II. É vedado ao juiz admitir o depoimento de testemunhas menores, impedidas ou suspeitas.
III. A inspeção judicial pode ser determinada de ofício.

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IV. As partes podem, a qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, quando destinados a fazer
prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos.
Está correto o que se afirma APENAS em
A) II e III.
B) II e IV.
C) I e III.
D) I e II.
E) III e IV.

Comentários

O item I está incorreto. O juiz não pode valer-se de conhecimentos pessoais, de natureza técnica, para
dispensar ou substituir a perícia. Esse é o entendimento do Superior Tribunal de Justiça: "3. Muito embora
constituam um conhecimento próprio do juiz, não se confundem com o conhecimento pessoal que ele tem
a respeito de algum fato concreto, em relação ao qual, exige-se, de qualquer forma, a produção de prova
específica, sob o crivo do contraditório. 4. Conquanto se possa admitir que o Desembargador Relator do
acórdão recorrido, por conhecer o mercado imobiliário do Rio de Janeiro e também o imóvel penhorado,
pudesse saber o seu real valor, não há como afirmar que essa seja uma informação de conhecimento público.
5. Impossível sustentar, nesses termos, que o bem penhorado podia ser avaliado sem produção de prova
pericial, pelo próprio julgador, com base no art. 375 do CPC. 6. Recuso especial provido". (REsp n.
1.786.046/RJ, relator Ministro Moura Ribeiro, Terceira Turma, julgado em 9/5/2023, DJe de 11/5/2023.)

O item II está incorreto, pois o art. 447, §4º do CPC prevê a possibilidade de o juiz admitir depoimento de
testemunhas menores, impedidas ou suspeitas:

Art. 447, § 4º Sendo necessário, pode o juiz admitir o depoimento das testemunhas
menores, impedidas ou suspeitas.

O item III está correto, pois está em conformidade com o art. 481 do CPC que assim dispõe:

Art. 481. O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo,
inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato que interesse à decisão da
causa.

O item IV está correto, pois está em conformidade com o art. 435 do CPC que assim dispõe:

Art. 435. É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos,
quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para
contrapô-los aos que foram produzidos nos autos.

Parágrafo único. Admite-se também a juntada posterior de documentos formados após a


petição inicial ou a contestação, bem como dos que se tornaram conhecidos, acessíveis ou
disponíveis após esses atos, cabendo à parte que os produzir comprovar o motivo que a

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impediu de juntá-los anteriormente e incumbindo ao juiz, em qualquer caso, avaliar a


conduta da parte de acordo com o art. 5º.

Portanto, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão, eis que estão corretos apenas os itens III e
IV.

3. (FCC/TJ-CE - 2022) De acordo com o Código de Processo Civil, a confissão judicial


A) do cônjuge, nas ações que versarem sobre bens imóveis, só valerá se tiver havido também a do outro,
independentemente do regime de bens.
B) não pode ser provocada.
C) é irrevogável, mas será ineficaz se feita por quem não era capaz de dispor do direito a que se referem os
fatos confessados.
D) faz prova contra os confitentes e prejudica os litisconsortes.
E) é, em regra, divisível, podendo a parte que a quiser invocar como prova aceitá-la no tópico que a beneficiar
e rejeitá-la no que lhe for desfavorável.

Comentários

A alternativa A está incorreta. A confissão é um ato individual de forma que eventuais pessoas que estejam
no mesmo polo da parte que confessa não serão afetados. Temos aqui a manifestação da autonomia dos
litisconsortes.

Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os
litisconsortes.

Parágrafo único. Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre
imóveis alheios, a confissão de um cônjuge ou companheiro não valerá sem a do outro,
salvo se o regime de casamento for o de separação absoluta de bens.

Há, ainda, mais uma observação. Em relação aos bens imóveis ou direitos reais sobre bens imóveis, a
confissão de um dos cônjuges ou companheiro não valerá sem a confissão do outro cônjuge, a não ser que
o regime de casamento seja de separação absoluta.

A alternativa B está incorreta. A confissão é intencional, ou seja, a parte deve pretender a confissão.
Contudo, a parte pode confessar espontaneamente ou por intermédio de provocações argumentativas.
Ambas as formas de confissão são admissíveis, segundo prevê o caput, do art. 390, do CPC.

Art. 390. A confissão judicial pode ser espontânea ou provocada.

§ 1º A confissão espontânea pode ser feita pela própria parte ou por representante com
poder especial.

§ 2º A confissão provocada constará do termo de depoimento pessoal.

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A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. O art. 393 fixa que a confissão é irrevogável. Apenas
não prevalecerá a confissão se ela for anulada quando identificado em ação específica, a ser promovida
exclusivamente por quem confessou (confitente), erro de fato ou coação. Portanto, a confissão pode ser
objeto de ação anulatória que somente pode ser proposta por quem confessou ou pelos herdeiros na
hipótese de falecimento do confitente. Confira:

Art. 393. A confissão é irrevogável, mas PODE SER ANULADA se decorreu de erro de fato
ou de coação.

Parágrafo único. A legitimidade para a ação prevista no caput é exclusiva do confitente e


pode ser transferida a seus herdeiros se ele falecer após a propositura.

A alternativa D está incorreta. A confissão só prova contra o confitente, não prejudicando os litisconsortes:

Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os
litisconsortes.

A alternativa E está incorreta. A confissão deve ser considerada como um todo. Assim, entre as várias
menções dadas por quem confessa, a parte contrária não pode aceitar o conteúdo favorável do que foi
confessado, refutando o restante. Excepcionalmente, a confissão será divisível quando envolver fatos
novos trazidos pelo confitente que possam beneficiá-lo.

Art. 395. A confissão é, em regra, indivisível, não podendo a parte que a quiser invocar
como prova aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável,
porém cindir-se-á quando o confitente a ela aduzir fatos novos, capazes de constituir
fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção.

4. (FCC/TJ-CE - 2022) De acordo com o Código de Processo Civil, a confissão judicial


(A) do cônjuge, nas ações que versarem sobre bens imóveis, só valerá se tiver havido também a do outro,
independentemente do regime de bens.
(B) não pode ser provocada.
(C) é irrevogável, mas será ineficaz se feita por quem não era capaz de dispor do direito a que se referem os
fatos confessados.
(D) faz prova contra os confitentes e prejudica os litisconsortes.
(E) é, em regra, divisível, podendo a parte que a quiser invocar como prova aceitá -la no tópico que a
beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável.

Comentários

A alternativa A é incorreta. No caso de separação absoluta de bens, não se aplica essa regra segundo a qual
a confissão de um cônjuge só vale quando houver a do outro:

Art. 391. [...]

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Parágrafo único. Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre
imóveis alheios, a confissão de um cônjuge ou companheiro não valerá sem a do outro,
salvo se o regime de casamento for o de separação absoluta de bens.

A alternativa B é incorreta. A confissão pode ser espontânea ou provocada:

Art. 390. A confissão judicial pode ser espontânea ou provocada.

A alternativa C é correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 393, caput, a confissão é irrevogável:

Art. 393. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou
de coação.

Apesar disso, a confissão é ineficaz, se for feita por quem não tem capacidade de dispor do direito a que se
referirem o fato confessado, consoante o art. 392, § 1º:

Art. 392. [...]

§ 1º A confissão será ineficaz se feita por quem não for capaz de dispor do direito a que se
referem os fatos confessados.

A alternativa D é incorreta. A confissão só prova contra o confitente, não prejudicando os litisconsortes:

Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os
litisconsortes.

A alternativa E é incorreta. Pelo contrário, a regra é que a confissão é indivisível, devendo ser aceita ou
rejeitada como um todo:

Art. 395. A confissão é, em regra, indivisível, não podendo a parte que a quiser invocar
como prova aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável,
porém cindir-se-á quando o confitente a ela aduzir fatos novos, capazes de constituir
fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção.

5. (FCC/TJ-MA - 2019) Quanto às provas, é correto afirmar:


a) Na atual sistemática processual civil, não há mais fatos em cujo favor milite presunção legal de existência
ou de veracidade para efeito probatório.
b) Os fatos admitidos no processo como incontroversos dependem apenas de prova oral em audiência que
os ratifique.
c) O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente
acontece e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado, quanto a estas, o exame pericial.
d) Caberá ao juiz determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito, somente se requeridas pela
parte, em obediência ao princípio dispositivo.

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e) A existência de algum fato pode ser atestada ou documentada, a requerimento do interessado, mediante
ata lavrada por tabelião; excluem-se da ata notarial dados representados por imagem ou som gravados em
arquivos eletrônicos.
Comentários

A alternativa A está incorreta uma vez que persistem no novo CPC diversos institutos em que será presumida
a veracidade de fatos, como por exemplo os efeitos da revelia, ou a presunção de veracidade do conteúdo
de documentos particulares em relação ao signatário.

A alternativa B também está incorreta, pois não há necessidade de produção de provas em relação a fatos
incontroversos. Em relação a esses fatos, o magistrado poderá julgar o processo no estado em que se
encontra.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, por se tratar de reprodução do art. 375 do CPC:

Art. 375. O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação
do que ordinariamente acontece e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado,
quanto a estas, o exame pericial.

A alternativa D está incorreta. Ainda que o processo se inicie por iniciativa da parte e, ao mesmo tempo, o
juízo esteja adstrito aos fatos alegados pelas partes, o magistrado poderá determinar a produção de provas
independentemente de requerimento das provas, desde que entenda que a prova é necessária para a
solução da demanda. Nesse sentido o art. 370 do CPC:

Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas


necessárias ao julgamento do mérito.

A alternativa E está incorreta. A ata anotarial pode ser utilizada para registrar a existência de algum fato.
Nada impede que a parte apresente imagens, som ou arquivados eletrônicos para serem registrados em ata
notarial, o que torna a alternativa incorreta. Vejamos o art. 384, parágrafo único do CPC:

Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou
documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.

Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos


eletrônicos poderão constar da ata notarial

6. (FCC/TRF-4ª Região - 2019) Acerca da produção antecipada de provas, considere:


I. A produção antecipada de provas é admitida, entre outras hipóteses, nos casos em que o prévio
conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.
II. O juízo estadual tem competência para produção antecipada de prova requerida em face da União se, na
localidade, não houver vara federal.
III. A produção antecipada de provas previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.

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IV. Ao final do procedimento da produção antecipada de provas, caberá ao juiz se pronunciar sobre a
ocorrência ou a inocorrência do fato, mas não sobre as respectivas consequências jurídicas.
V. O procedimento da produção antecipada de prova admite defesa sempre que possuir caráter contencioso.
Está correto o que consta APENAS de
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) III e V.
e) IV e V.
Comentários

Vejamos cada item de modo individualizado.

O item I está certo. A produção antecipada de provas é uma ação probatória autônoma, pela qual se produz
uma prova antes do processo principal sem a necessidade de ser comprovado o perigo da demora.

A possibilidade de prévio conhecimento de fatos que possam justificar ou evitar o ajuizamento de ação é
hipótese de cabimento de ação de produção antecipada de prova que diz respeito à necessidade de
produção da prova como forma de preparar a pretensão principal, possibilitando a elaboração de uma
petição inicial séria e responsável, desvinculada do requisito da urgência. Neste sentido, o art. 381, III, do
CPC:

Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:

III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.

O item II está correto. No art. 381, §4º, do CPC, há interessante inovação quanto à competência por
delegação prevista pelo art. 109, §§ 3º e 4º, da CF. Nos termos do dispositivo, o juízo estadual tem
competência para produção antecipada de prova requerida em face da União, da entidade autárquica ou de
empresa pública federal se, na localidade, não houver vara federal. Veja a redação do art. 381, §4º, do CPC:

Art. 381. [...]

§ 4º O juízo estadual tem competência para produção antecipada de prova requerida em


face da União, de entidade autárquica ou de empresa pública federal se, na localidade, não
houver vara federal.

O item III está errado. O § 3º do art. 381 do CPC consagra entendimento doutrinário e jurisprudencial no
sentido de a produção antecipada de provas não prevenir a competência do juízo para a ação que venha a
ser proposta. Neste sentido, o art. 381, §3º, do CPC:

Art. 381. [...]

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§ 3º A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a ação que
venha a ser proposta.

O item IV está incorreto, porque ao final do procedimento da produção antecipada de provas, o juiz não
pode se pronunciar sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato, nem sobre suas respectivas consequências
jurídicas, devendo se limitar a certificar a ocorrência da realização das provas e a regularidade na sua
produção. Neste sentido, o art. 382, §2º, do CPC:

Art. 382. [...]

§ 2º O juiz não se pronunciará sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato, nem sobre as


respectivas consequências jurídicas.

O item V está errado. Nos termos do §4º do art. 382 do CPC, na ação autônoma probatória não se admite
defesa, e a única decisão recorrível é a que indefere totalmente o pedido de produção antecipada de prova.
Confira o CPC:

Art. 382. Na petição, o requerente apresentará as razões que justificam a necessidade de


antecipação da prova e mencionará com precisão os fatos sobre os quais a prova há de
recair.

§ 4º Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra decisão que
indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário.

Portanto, a alternativa A é a correta e gabarito da questão, pois apenas os itens I e II estão certos.

7. (FCC/AFAP - 2019) Em relação às provas, o juiz


a) apreciará a prova constante dos autos, na dependência do sujeito que a tiver promovido, sua idade e
condição social, cultural e econômica, indicando na decisão as razões da formação de seu convencimento.
b) indeferirá, em decisão que prescinde de fundamentação, as diligências inúteis ou meramente
protelatórias.
c) deverá admitir a utilização da prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe necessariamente o
mesmo valor considerado no processo em que obtida a prova.
d) aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente acontece
e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado, quanto a estas, o exame pericial.
e) distribuirá livremente o ônus da prova, utilizando-se de sua discricionariedade, sem ressalvas legais.

Comentários

A alternativa A está incorreta, pois o juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do
sujeito que a tiver promovido, com base no art. 371, do CPC:

Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que
a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.

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A alternativa B está errada, tendo em vista que a decisão que indefere diligências inúteis ou meramente
protelatórias necessita de fundamentação:

Art. 370. [...]

Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou


meramente protelatórias.

A alternativa C está incorreta, pois o juiz não é obrigado a admitir a prova produzida em outro processo, essa
é uma possibilidade que será analisada no caso concreto. Além disso, o valor dessa prova produzida em outro
processo será atribuída pelo juiz. Neste sentido, veja o dispositivo do CPC:

Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo,
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

A alternativa D é a correta e gabarito da questão, pois traz a literalidade do CPC:

Art. 375. O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação
do que ordinariamente acontece e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado,
quanto a estas, o exame pericial.

A alternativa E está errada, pois o artigo 373, §1º, do CPC, que trata da inversão do ônus da prova, prevê
ressalvas legais. Em outras palavras, quando a distribuição do ônus da prova couber ao juiz, ela não é
discricionária, devendo respeitar as regras dispostas no art. 373 do CPC.

Art. 373. [...]

§1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à


impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da
prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá
dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

8. (FCC/AFAP - 2019) Na audiência de instrução e julgamento,


a) uma vez instalada, o juiz tentará conciliar as partes, salvo se anteriormente tenha havido o emprego de
outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem.
b) as provas orais serão produzidas em ordem peremptória, após o depoimento pessoal das partes.
c) sua unicidade e intermitência obsta que seja adiada, salvo apenas a hipótese de convenção das partes, em
que será possível o adiamento por uma única vez.
d) enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as testemunhas, não poderão os
advogados e o Ministério Público intervir ou apartear, sem licença do juiz.
e) encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença de imediato ou,
excepcionalmente, se complexas as questões, no prazo de 15 dias.

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Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois reproduz dispositivo do CPC:

Art. 361. [...]

Parágrafo único. Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as


testemunhas, não poderão os advogados e o Ministério Público intervir ou apartear, sem
licença do juiz.

Vejamos as demais alternativas.

A alternativa A está errada, uma vez que o art. 359, do CPC, prescreve que instalada a audiência, o juiz
tentará conciliar as partes, independentemente do emprego anterior de outros métodos de solução
consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem, funcionando como intermediário na tentativa de
solucionar o conflito por meio de autocomposição.

A alternativa B está incorreta, uma vez que o art. 361, caput, do CPC, se vale do termo “preferencialmente”
para prever a ordem das provas orais a serem produzidas na audiência de instrução e julgamento,
consagrando a possibilidade, ainda que excepcionalmente e de forma fundamentada, da inversão da ordem
legal.

A assertiva C está errada, porque o art. 362, do CPC, prevê três hipóteses de adiamente da audiência:

Art. 362. A audiência poderá ser adiada:

I - por convenção das partes;

II - se não puder comparecer, por motivo justificado, qualquer pessoa que dela deva
necessariamente participar;

III - por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta) minutos do horário
marcado.

Vale lembrar que por acordo de vontade entre as partes, a audiência pode ser adiada tantas vezes quantas
for feito o acordo.

Por fim, a alternativa E está errada, pois encerrado o debate, o juiz tem a faculdade de proferir a sentença
oralmente em audiência ou chamar os autos à conclusão e proferir sentença escrita em cartório no prazo
impróprio de trinta dias.

Art. 366. Encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em
audiência ou no prazo de 30 (trinta) dias.

9. (FCC/PGE-AP - 2018) A confissão

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a) a confissão é irrevogável, mas pode ser tornada ineficaz se decorreu de erro, de fato ou de direito, dolo
ou coação.
b) judicial faz prova contra o confitente, podendo beneficiar ou prejudicar o litisconsorte.
c) se espontânea, só pode ser feita pela própria parte.
d) é, em regra, indivisível, não podendo a parte que a quiser invocar como prova aceitá -la no tópico que a
beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável, porém cindir-se-á quando o confitente a ela aduzir fatos
novos, capazes de constituir fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção.
e) de um cônjuge ou companheiro, nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre
imóveis alheios, não valerá sem a do outro.

Comentários

A alternativa A está incorreta. A alternativa fala em “erro de direito”, quando a lei fala, apenas, em “erro de
fato” e “coação”. Vejam (art. 393, caput, do CPC):

Art. 393. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou
de coação.

A alternativa B está incorreta, também. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando,
todavia, os litisconsortes (art. 391, caput, do CPC).

A alternativa C está também está incorreta. A confissão espontânea pode ser feita pela própria parte ou por
representante com poder especial (art. 390, § 1º, do CPC).

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 395:

Art. 395. A confissão é, em regra, indivisível, não podendo a parte que a quiser invocar
como prova aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável,
porém cindir-se-á quando o confitente a ela aduzir fatos novos, capazes de constituir
fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção.

E a alternativa E está incorreta. No caso de o regime de casamento ser o da separação absoluta de bens, a
regra não se aplica. Vejam (art. 391, parágrafo único, do CPC):

Art. 391. (...)

Parágrafo único. Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre
imóveis alheios, a confissão de um cônjuge ou companheiro não valerá sem a do outro,
salvo se o regime de casamento for o de separação absoluta de bens.

10. (FCC/PGE-AP - 2018) Em relação às provas,


a) a produção antecipada da prova, na qual não se julga o mérito da causa, previne a competência do juízo
para a ação que venha a ser proposta.

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b) as provas no sistema processual civil pátrio obedecem a uma hierarquia de valores, tendo a confissão
como a de maior valor e a prova testemunhal como a de menor valor.
c) caberá ao juiz, desde que requerido pelas partes, determinar as provas necessárias ao julgamento do
mérito, indeferindo por despacho as diligências inúteis ou procrastinatórias.
d) a distribuição diversa do ônus da prova é possível, por acordo das partes, desde que tenha ocorrido
durante o processo e não torne excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
e) preservado o direito de não propor prova contra si própria, incumbe à parte comparecer em juízo,
respondendo ao que lhe for perguntado; colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for
considerada necessária; e praticar o ato que lhe for determinado.

Comentários

A alternativa A está incorreta. A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a
ação que venha a ser proposta (art. 381, § 3º, CPC).

A alternativa B está incorreta. Como sabemos, as provas no sistema processual civil pátrio não obedecem a
uma hierarquia de valores (Sistema da prova tarifada). Hoje, está consagrado o sistema do livre
convencimento motivado, o que significa dizer que as provas não possuem um valor pré-estabelecido, elas
serão valoradas de acordo com o convencimento do juiz, que deve expor o seu raciocínio de forma
justificada, motivada.

A alternativa C está incorreta. O juiz também poderá determinar essas provas de ofício, segundo o art. 370,
caput, do CPC. Vejam:

Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas


necessárias ao julgamento do mérito.

A alternativa D está incorreta. A distribuição diversa do ônus da prova por convenção das partes pode
ocorrer antes ou durante o processo (art. 373, § 3º, c/c art. 373, § 4º, do CPC).

E a alternativa E está correta, sendo o gabarito da questão. Segundo o art. 379, CPC:

Art. 379. Preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte:

I - comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for interrogado;

II - colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for considerada necessária;

III - praticar o ato que lhe for determinado.

11. (FCC/MPE-PE - 2018) Acerca da audiência de instrução e julgamento, considere:


I. A audiência poderá ser adiada por mera convenção das partes.
II. O juiz poderá dispensar a produção das provas requerida pela parte cujo advogado ou defensor não tenha
comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra ao Ministério Público.

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III. A audiência é uma e contínua, não se admitindo sua cisão em nenhuma hipótese.
IV. Mesmo enquanto depuserem as testemunhas, o membro do Ministério Público poderá livremente
intervir ou apartear, independentemente de licença do juiz.
V. A audiência será pública, inclusive nos feitos que tramitam em segredo de justiça.
É correto o que se afirma APENAS em:
a) I e II.
b) IV e V.
c) II e IV.
d) III e V.
e) I e III.

Comentários

O item I está correto. O art. 362, I, do CPC, prevê expressamente que a audiência poderá ser adiada por
convenção das partes.

O item II está correto, pois o item reproduz exatamente o teor do §2º do art. 362 do CPC, que dispõe que “o
juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado ou defensor público não
tenha comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra ao Ministério Público”.

O item III está incorreto, pois embora audiência de instrução e julgamento seja una e contínua, ela poderá,
segundo prevê o art. 465, do CPC, ser cindida quando ausente o perito ou testemunha, caso haja
concordância das partes.

O item IV está incorreto também. Ao contrário do afirmado, o art. 361, parágrafo único, prevê veda
intervenções ou apartes de advogados e membros do Ministério Público sem a licença do juiz enquanto
depuserem peritos, assistentes técnicos, partes e testemunhas.

O item V está igualmente incorreto, pois nas hipóteses em que tramitar em segredo de justiça o
procedimento, o acesso ao ato processual audiência ficará restrito às partes, advogados, defensores públicos
e Ministério Público, conforme prevê o art. 11, parágrafo único, do CPC.

Assim, a alternativa A é a correta e gabarito da questão.

12. (FCC/ALESE - 2018) Quanto às provas, a legislação competente sobre a matéria estabelece:
a) Se não forem notórios, dependem de prova os fatos afirmados por uma parte e confessados pela parte
contrária.
b) As únicas provas que se admitem nos processos judiciais são as previstas expressamente em lei.
c) Não pode ser admitida a prova produzida em outro processo por ferir o contraditório e a ampla defesa.
d) O ônus da prova é sempre o estabelecido na lei processual, não se podendo convencioná-lo de outro modo
por acordo das partes.

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e) Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do


mérito, indeferindo em decisão fundamentada as diligências inúteis ou meramente protelatórias.

Comentários

A alternativa A está incorreta, pois contraria o disposto no art. 374, II, da Lei nº 13.105/15:

Art. 374. Não dependem de prova os fatos:

II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;

A alternativa B está incorreta. Vejamos o que dispõe o art. 369, da referida Lei:

Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os
moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade
dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o art. 372, do CPC, o juiz poderá admitir a utilização de prova
produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

A alternativa D está incorreta. Com base no §1º, do art. 373, da Lei nº 13.105/15, poderá o juiz atribuir o
ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à
parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

A alternativa E é correta e gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 370, do CPC:

Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas


necessárias ao julgamento do mérito.

Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou


meramente protelatórias.

13. (FCC/DPE-SC - 2017) De acordo com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, o consumidor
pode exigir judicialmente a exibição de contrato bancário
a) como forma de produção antecipada de provas, de modo que é imprescindível que demonstre a urgência
do pedido, caracterizada pelo fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a
verificação de certos fatos na pendência da ação.
b) desde que comprove de forma inequívoca a existência de relação jurídica com o fornecedor, fato que não
é objeto de inversão legal do ônus da prova, mas não cabe ao consumidor o ônus de provar que houve recusa
injustificada ou pagamento de taxa, em razão dos princípios protetivos consumeristas.
c) com fundamento nas regras protetivas das relações consumeristas, de modo que não cabe ao consumidor
a prova da existência de relação jurídica com o fornecedor, por se tratar de hipótese que impõe a inversão
do ônus do prova.

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d) desde que demonstre interesse processual, caracterizado somente se o consumidor provar a existência
da relação jurídica, o pedido administrativo válido, o pagamento da taxa correspondente, além da recusa
injustificada por parte do fornecedor.
e) desde que comprove a existência de relação jurídica com o fornecedor e a recusa injustificada por parte
deste, mas é abusiva a exigência de pagamento de taxa, cabendo ao Poder Judiciário requisitar a
apresentação do documento independentemente do pagamento de taxa.

Comentários

A alternativa D é correta e gabarito da questão. Segundo o STJ, a propositura de ação cautelar de exibição
de documentos bancários é cabível como medida preparatória a fim de instruir a ação principal, bastando a
demonstração da existência de relação jurídica entre as partes, a comprovação de prévio pedido à instituição
financeira não atendido em prazo razoável e o pagamento do custo do serviço conforme previsão contratual
e normatização da autoridade monetária.

14. (FCC/DPE-AM - 2018) Considere as assertivas abaixo:


I. A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.
II. A inversão judicial do ônus da prova é prevista no CPC/2015 como critério de julgamento e, portanto, deve
ser aplicada quando da sentença, desde que cientificadas anteriormente as partes.
III. Às partes é vedada a prévia convenção de regras de ônus da prova por meio de negócios jurídicos
processuais celebrados anteriormente à formação do processo.
IV. Os princípios da persuasão racional e da comunhão da prova estão previstos expressamente no atual
Código de Processo Civil.
V. É mantida como regra geral o ônus da prova do autor aos fatos constitutivos de seu direito, ao passo que
ao réu incumbe a prova dos fatos extintivos, modificativos ou impeditivos do direito do autor.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, IV e V.
b) IV e V.
c) II, III e IV.
d) I e II.
e) III e V.

Comentários

Vamos analisar cada um dos itens.

O item I está correto, pois é o que dispõe o §3º, do art. 381, do CPC:

§ 3o A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a ação que
venha a ser proposta.

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O item II está incorreto. Quando não há prova, o juiz, obrigatoriamente, aplica a regra do ônus da prova.
Trata-se de regra de julgamento de aplicação subsidiária, ou seja, aplicável somente quando não houver
prova ou não for possível produzi-la.

O item III está incorreto. O CPC permite a redistribuição dinâmica do ônus da prova, convencionalmente,
pelas partes.

O item IV está correto, nos termos do art. 371, do CPC:

Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que
a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.

O item V está correto, com base no art. 373, caput, da Lei nº 13.105/15:

Art. 373. O ônus da prova incumbe:

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do


autor.

Assim, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

15. (FCC/PGE-TO - 2018) No que se refere às regras da confissão previstas no CPC, a confissão
a) em juízo vale como admissão de fatos relativos a direitos indisponíveis, se feita por agente maior e capaz.
b) é revogável, como regra, por se tratar de ato jurídico unilateral, podendo ainda ser anulada se decorreu
de erro de fato, de dolo ou de coação.
c) judicial só pode ser espontânea, já que a confissão provocada é exclusiva do procedimento extrajudicial.
d) judicial faz prova contra o confitente, prejudicando os litisconsortes.
e) extrajudicial, quando feita oralmente, só terá eficácia nos casos em que a lei não exija prova literal.
Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 392, do CPC, não vale como confissão a admissão, em
juízo, de fatos relativos a direitos indisponíveis.

A alternativa B está incorreta. Com base no art. 393, da Lei nº 13.105/15, a confissão é irrevogável, mas pode
ser anulada se decorreu de erro de fato ou de coação.

A alternativa C está incorreta. O art. 390, da referida Lei, estabelece que a confissão judicial pode ser
espontânea ou provocada.

A alternativa D está incorreta. Segundo o art. 391, do CPC, a confissão judicial faz prova contra o confitente,
não prejudicando, todavia, os litisconsortes.

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A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, nos termos do art. 394, da Lei nº 13.105/15:

Art. 394. A confissão extrajudicial, quando feita oralmente, só terá eficácia nos casos em
que a lei não exija prova literal.

16. (FCC/DPE-RS - 2018) Em relação ao Capítulo das Provas no Código de Processo Civil, considere as
seguintes afirmações.
I. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar -lhe-á, de imediato,
o teor e a vigência.
II. A distribuição diversa do ônus da prova pode ocorrer por convenção das partes, antes ou durante o
processo.
III. Os fatos notórios dependem de prova, quando controvertidos por alguma das partes.
IV. Caberá ao juiz, mediante requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do
mérito.
Está correto o que consta APENAS de:
a) I e II.
b) I e III.
c) II.
d) II e IV.
e) III e IV.
Comentários

A assertiva I está incorreta. Segundo o art. 376, do CPC, a parte que alegar direito municipal, estadual,
estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.

A assertiva II está correta. Segundo o art. 373, §§ 3º e 4º, do Código:

“§ 3o A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das
partes, salvo quando:

§ 4o A convenção de que trata o § 3o pode ser celebrada antes ou durante o processo”.

A assertiva III está incorreta. Segundo o art. 374, I, não dependem de prova os fatos notórios.

E a assertiva IV, por fim, também está incorreta. Ao contrário do que diz a assertiva, caberá ao juiz, de ofício
ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito (art. 370, CPC).

O gabarito, portanto, é a alternativa C. Apenas a assertiva II está correta.

17. (FCC/TJ-SC - 2017) Em relação à prova, é correto afirmar que:

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a) como regra, há hierarquia entre as provas previstas normativamente, embora não exista hierarquia entre
as provas admitidas consuetudinariamente.
b) os fatos ocorridos, sobre os quais se tenha estabelecido controvérsia, prescindem de prova.
c) a existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requerimento do
interessado, mediante ata lavrada por tabelião; dados representados por imagem ou som gravados em
arquivos eletrônicos poderão constar da ata notarial.
d) para que o juiz determine as provas necessárias ao julgamento do mérito é preciso sempre que a parte as
requeira, tendo em vista o princípio da inércia jurisdicional.
e) o ônus da prova não admite ser convencionado em sentido contrário ao da norma jurídica, salvo
unicamente nas relações consumeristas, se em prol do consumidor.

Comentários

A alternativa A está incorreta. Não há hierarquia entre meios de prova, sejam eles típicos ou atípicos.
==25069a==

A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 374, do CPC, os fatos controvertidos devem ser provados.
Os fatos não controvertidos são admitidos como verdadeiros e independem de prova.

Art. 374. Não dependem de prova os fatos:

I - notórios;

II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;

III - admitidos no processo como incontroversos;

IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 384, da Lei nº 13.105/15:

Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou
documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.

Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos


eletrônicos poderão constar da ata notarial.

A alternativa D está incorreta. A Lei processual lançar mão de poderes instrutórios e determinar a produção
das provas que entender necessárias à formação de seu convencimento, a fim de alcançar a verdade dos
fatos.

Assim, o juiz poderá determinar a produção de determinada prova ainda que não haja requerimento da
parte. Vejamos o art. 370, caput, da referida Lei:

Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas


necessárias ao julgamento do mérito.

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A alternativa E está incorreta. Com base no art. 373, caput, combinado com o §4º, do CPC, será admitido
que as partes convencionem de modo diverso a distribuição do ônus da prova, excepcionando apenas
algumas hipóteses em que essa convenção não poderá ser feita.

Art. 373. O ônus da prova incumbe:

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do


autor.

§ 4o A convenção de que trata o § 3o pode ser celebrada antes ou durante o processo.

18. (FCC/DPE-PR - 2017) O Novo Código de Processo Civil


a) exige do juiz, sempre que inverter o ônus da prova, que dê oportunidade à parte para se desincumbir do
ônus que lhe tenha atribuído.
b) prevê que a distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, desde
que celebrada durante o processo.
c) extingue a ação cautelar de produção antecipada de provas, não sendo mais possível a dilação probatória
em caráter antecedente.
d) adota com exclusividade a distribuição dinâmica do ônus da prova.
e) admite a utilização de prova produzida em outro processo, devendo o juiz, contudo, atribuir a ela o mesmo
valor dado no processo originário.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O §1º, do art. 373, do CPC, estabelece que poderá o
juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que
deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o §3º, do art. 373, da Lei nº 13.105/15, será admitido que as
partes convencionem acerca da distribuição do ônus da prova de forma distinta da regra geral, desde que
essa convenção não recaia sobre direitos indisponíveis e que não torne excessivamente difícil a qualquer
delas o exercício de seu direito.

§ 3o A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das
partes, salvo quando:

I - recair sobre direito indisponível da parte;

II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

Além disso, o §4º, do art. 373, prevê que a referida convenção pode ser celebrada antes ou durante o
processo.

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§ 4o A convenção de que trata o § 3o pode ser celebrada antes ou durante o processo.

A alternativa C está incorreta. O art. 381, da referida Lei, estabelece que a produção antecipada da prova é
admitida em três hipóteses:

Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:

I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de
certos fatos na pendência da ação;

II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio


adequado de solução de conflito;

III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.

A alternativa D está incorreta. O juiz poderá atribuir o ônus da prova de modo diverso.

A alternativa E está incorreta. Realmente, será admitido, expressamente, a utilização de prova emprestada
no âmbito do processo. Porém, o valor atribuído a ela, será o que o juiz considerar adequado, e não,
necessariamente, o mesmo que lhe foi atribuído no processo originário.

Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo,
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

19. (FCC/Prefeitura de Campinas-SP - 2016) Em relação à audiência de instrução e julgamento, é correto


afirmar:
a) A audiência poderá ser integralmente gravada em imagem ou em áudio, em meio digital ou analógico,
inclusive diretamente por qualquer das partes, nesse caso desde que haja autorização judicial.
b) Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as testemunhas, não poderão os
advogados e o Ministério Público intervir ou apartear, sem licença do juiz.
c) O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado ou defensor público
não tenha comparecido à audiência, regra porém não aplicável ao Ministério Público, em face dos interesses
indisponíveis defendidos.
d) A audiência é una e contínua, podendo ser excepcionalmente adiada mas em caso algum cindida, ainda
que haja concordância das partes.
e) Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate oral deverá ser substituído
por alegações finais, apresentadas sucessivamente pelo autor, réu e Ministério Público, no prazo de dez dias,
para cada um, assegurada vista dos autos.

Comentários

A alternativa A está incorreta. O §6º, do art. 367, do CPC, prevê que a gravação da audiência diretamente
por qualquer das partes independe de autorização judicial.

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A alternativa B é correta e gabarito da questão, pois é o que dispõe o parágrafo único, do art. 361, da Lei nº
13.105/15:

Parágrafo único. Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as


testemunhas, não poderão os advogados e o Ministério Público intervir ou apartear, sem
licença do juiz.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o §2º, do art. 362, da referida Lei, a dispensa aplica-se também
ao órgão do Ministério Público que não comparecer à audiência.

A alternativa D está incorreta. Com base no art. 365, do CPC, a regra é de que a audiência é una e contínua.
Porém, poderá ser excepcional e justificadamente cindida na ausência de perito ou de testemunha, desde
que haja concordância das partes.

A alternativa E está incorreta. Nos termos do §2º, do art. 364, da Lei nº 13.105/15, quando a causa
apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate oral poderá ser substituído por razões finais
escritas, que serão apresentadas pelo autor e pelo réu, bem como pelo Ministério Público, se for o caso de
sua intervenção, em prazos sucessivos de 15 dias, assegurada vista dos autos.

20. (FCC/TST - 2017) Sobre as provas, segundo as normas do novo Código de Processo Civil, considere:
I. É assegurado à parte requerer o próprio depoimento pessoal, assim como o da parte contrária.
II. A confissão judicial faz prova contra o confitente e em prejuízo dos litisconsortes, caso se trate de
litisconsórcio unitário.
III. Cabe à parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar -lhe-á o teor e
a vigência, independentemente de determinação do juiz.
IV. Quando contiver declaração de ciência de determinado fato, o documento particular prova a ciência, mas
não o fato em si, incumbindo o ônus de prová-lo ao interessado em sua veracidade.
V. A nota escrita pelo credor em qualquer parte de documento representativo de obrigação, ainda que não
assinada, faz prova em benefício do devedor.
Está correto o que consta APENAS em
a) I e V.
b) II e III.
c) IV e V.
d) II e IV.
e) I e III.

Comentários

Vejamos cada um dos itens.

O item I está incorreto, pois o art. 385, do CPC, estabelece que cabe à parte requerer o depoimento da parte
contrária para que seja interrogada em audiência de instrução e julgamento. Além disso, o próprio
magistrado poderá determinar o depoimento pessoal da parte, caso não requerido pela parte contrár ia.

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O item II está incorreto, pois um litisconsorte nunca será prejudicado pela ação ou omissão do outro. Nesse
contexto, prevê justamente o contrário o art. 391, caput, do CPC:

Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os
litisconsortes.

O item III está incorreto, pois somente será necessário provar o teor e a vigência de direito municipal,
estadual estrangeiro ou consuetudinário se determinado pelo magistrado, conforme estabelece o art. 376,
do CPC.

O item IV está correto e reproduz exatamente o que consta do parágrafo único do art. 408 do CPC.

O item V está correto e reproduz exatamente o que consta do caput do art. 416, do CPC.

Assim, a alternativa C é a correta e gabarito da questão.

21. (FCC/PGE-MT - 2016) Segundo disposições do novo Código de Processo Civil sobre o direito
probatório,
a) as partes podem, independentemente da natureza do direito em disputa, antes ou durante o processo,
convencionar a forma de distribuição do ônus da prova de forma diversa da estabelecida pela lei, desde que
sejam capazes para a celebração do negócio jurídico processual.
b) a nova legislação abandonou completamente o modelo de distribuição estática do ônus da prova,
contemplada pela legislação revogada, que atribuía o ônus da prova ao autor em relação aos fatos
constitutivos de seu direito, e ao réu com relação à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo
do direito do autor, passando a existir uma distribuição judicial do ônus da prova para cada demanda.
c) a nova legislação prevê expressamente a possibilidade de produção antecipada da prova ainda que não
haja situação de urgência que justifique tal antecipação, desde que a prova seja suscetível de viabilizar a
autocomposição ou outro meio adequado de solução do litígio ou o prévio conhecimento dos fatos possa
justificar ou evitar o ajuizamento de ação.
d) a lei não assegura expressamente à parte o direito de não produzir prova contra si própria, mas tal
aplicação decorre dos princípios constitucionais da legalidade, da ampla defesa e do devido processo legal.
e) a ata notarial e as declarações prestadas por meio de escritura pública têm eficácia probatória não
somente da declaração, como também do fato declarado, que se presume verdadeiro, salvo se existir prova
em sentido contrário.

Comentários

A alternativa A está incorreta. Não é em qualquer hipótese que a lei admite que as partes convencionem a
distribuição diversa do ônus da prova. De acordo com o art. 373, §3º, do CPC, a distribuição diversa do ônus
da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando recair sobre direito indisponível da
parte ou tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

A alternativa B está incorreta. A distribuição estática da prova ainda é a regra, contudo, essa regra pode ser
alterada segundo o art. 373, §1º, que diz que, nos casos previstos em lei, ou diante de peculiaridades da
causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos

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do caput, ou a maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova
de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a
oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 381. A hipótese citada na
alternativa é uma das situações na qual é possível a produção antecipada da prova.

Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:

I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de
certos fatos na pendência da ação;

II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio


adequado de solução de conflito;

III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.

A alternativa D está incorreta. Ao contrário do que se afirma, o art. 379 menciona que, preservado o direito
de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for
interrogado, colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for considerada necessária e
praticar o ato que lhe for determinado.

A alternativa E está incorreta. Com base no art. 384, a ata notarial consiste na existência e no modo de existir
de algum fato que pode ser atestado ou documentado, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada
por tabelião.

22. (FCC/DPE-ES - 2016) O novo Código de Processo Civil


a) não prevê expressamente o princípio da identidade física do juiz.
b) impõe ao advogado e ao defensor público o ônus de intimar a testemunha por ele arrolada do dia, da hora
e do local da audiência designada, dispensando-se a intimação do juízo.
c) abandonou completamente o sistema de distribuição do ônus da prova diante do polo ocupado pela parte
na demanda.
d) exige para a produção antecipada de provas prova de fundado receio de que venha a tornar -se impossível
ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação.
e) mantém o sistema de reperguntas para a produção da prova testemunhal.
Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O art. 132, do CPC73, que previa o princípio da
identidade física do juiz, não encontra correspondência no CPC.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 455, cabe ao advogado da parte informar, ou intimar a
testemunha por ele arrolada, do dia, da hora e do local da audiência designada, dispensando-se a intimação
do juízo.

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Art. 455. Cabe ao advogado da parte informar ou intimar a testemunha por ele arrolada
do dia, da hora e do local da audiência designada, dispensando-se a intimação do juízo.

Essa regra, porém, não se aplica ao defensor público.

A alternativa C está incorreta. O CPC manteve, como regra geral, a distribuição estática do ônus da prova,
prevista no §1º, do art. 373.

§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à


impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da
prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá
dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

A alternativa D está incorreta. Esta não é a única hipótese em que a lei processual admite a produção
antecipada de prova. Outras hipóteses estão descritas no art. 381.

Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:

I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de
certos fatos na pendência da ação;

II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio


adequado de solução de conflito;

III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.

A alternativa E está incorreta. O CPC extinguiu o procedimento da repergunta. De acordo com a lei em vigor,
as testemunhas passaram a ser inquiridas diretamente pelas partes, intervindo o juiz somente quando
necessário. Vejamos o art. 459.

Art. 459. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha,


começando pela que a arrolou, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a
resposta, não tiverem relação com as questões de fato objeto da atividade probatória ou
importarem repetição de outra já respondida.

23. (FCC/TJ-PI - 2015) A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou
documentados
a) por qualquer servidor público, dada a fé pública dos atos por ele praticados.
b) por simples declaração do interessado, que se presume verdadeira.
c) somente pelo registro de documento particular em cartório de títulos e documentos.
d) por tabelião em ata notarial, a requerimento do interessado.
e) apenas por escritura pública de declaração, lavrada em notas de tabelião.

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Comentários

De acordo com o art. 384, do CPC, a existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou
documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.

Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou
documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.

Dessa forma, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

24. (FCC/TRT-23ª REGIÃO - 2016) De acordo com o Código de Processo Civil, na audiência de instrução
a) o Juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado tiver se ausentado
injustificadamente.
b) o Juiz não pode tentar nova conciliação entre as partes.
c) o Juiz pode determinar o adiamento em decorrência de atraso injustificado da parte em tempo superior a
30 minutos do horário marcado.
d) as testemunhas do réu são inquiridas sempre depois das do autor.
e) finda a instrução, o Juiz abrirá prazo para apresentação de alegações-finais, a serem apresentadas
necessariamente na forma escrita.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 362, §2º, do CPC.

§ 2o O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado
ou defensor público não tenha comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra ao
Ministério Público.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 359, o juiz tentará conciliar as partes.

Art. 359. Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente do


emprego anterior de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação
e a arbitragem.

A alternativa C está incorreta, pois o atraso injustificado que gera nova audiência não é por atraso da parte,
mas por atraso do juízo. A parte tem obrigação de estar presente no ato no horário marcado, sob pena de
sofrer consequências jurídicas em decorrência disso. Veja:

Art. 362. A audiência poderá ser adiada:

III - por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta) minutos do horário
marcado.

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A alternativa D está incorreta. A ordem em que as provas orais serão ouvidas estão descritas no art. 361.
Primeiramente, ouve-se as testemunhas do autor e, após, as do réu. Contudo, essa regra pode ser alterada
fundamentadamente pelo magistrado, constando em ata.

A alternativa E está incorreta. Segundo o art. 364, finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do
autor e do réu, bem como ao membro do Ministério Público, se for o caso de sua intervenção.

Art. 364. Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e do réu, bem como
ao membro do Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, sucessivamente, pelo
prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável por 10 (dez) minutos, a critério do
juiz.

Logo, ao contrário do que consta, a regra é que as alegações sejam orais.

25. (FCC/DPE-SP - 2015) A respeito das provas no processo civil, é correto afirmar que
a) o magistrado que não admite uma prova em razão de ter formado a sua convicção age corretamente, pois
ele é o destinatário da prova, tornando inútil ou protelatória a produção de qualquer outra prova depois que
já formou a sua convicção.
b) diante da máxima jura novitcuria (o juiz conhece o direito), a parte que alega a existência e a vigência de
uma determinada lei não tem que produzir prova a este respeito, sendo vedado ao magistrado determinar
que a parte o faça.
c) a confissão, judicial ou extrajudicial caracteriza-se quando a parte admite verdadeira a pretensão da parte
adversária.
d) o depoimento pessoal de uma parte depende de requerimento da parte adversa, hipótese em que a recusa
ao depoimento pode ensejar a pena de confissão dos fatos contra ela alegados.
e) segundo a teoria da distribuição dinâmica do ônus da prova, é a dinâmica da relação processual, ou seja,
o polo da demanda ocupado pela parte, que determinará sobre quais pontos recai o seu ônus probandi.

Comentários

Vejamos cada uma das alternativas:

A alternativa A está incorreta. A ideia de o juiz como destinatário da prova é cada vez mais criticada. O
entendimento que tende a predominar é no sentido de que a prova se destina ao processo, competindo ao
juiz tão somente conduzi-lo e firmar a convicção a partir dos elementos trazidos no bojo do processo.
Contudo, mesmo sem levar em consideração a discussão acima, podemos considerar incorreta a alternativa,
pois o que torna a prova inútil ou protelatória não é a questão da convicção do magistrado, mas,
respectivamente, aquelas que não acrescentam nada ao contexto fático ou que têm por finalidade protelar
a decisão de mérito do processo.

A alternativa B está incorreta, pois embora o princípio segundo o qual o juiz conhece o direito seja a regra,
quando estivermos diante de direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário, a parte deverá
provar o teor e a vigência conforme o art. 376, do CPC.

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A alternativa C está incorreta, pois o conceito apresentado é de reconhecimento jurídico do pedido e não
de confissão. Lembre-se:

Art. 389. Há confissão, judicial ou extrajudicial, quando a parte admite a verdade de fato
contrário ao seu interesse e favorável ao do adversário.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois está conforme o art. 385, do CPC:

Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta
seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de
ordená-lo de ofício.

A alternativa E está totalmente equivocada. A teoria dinâmica implica a distribuição do ônus da prova pelo
magistrado de acordo com as peculiaridades da causa relacionada à impossibilidade ou à excessiva
dificuldade de cumprir o encargo.

26. (FCC/DPE-MA - 2015) De acordo com o Código de Processo Civil, o depoimento pessoal
a) pode ser acompanhado pela parte que ainda não depôs.
b) impõe que a parte responda a todas as perguntas que lhe forem formuladas, sem exceção, seja qual for a
natureza da causa.
c) pode ser requerido pela própria parte que irá depor.
d) leva à confissão, caso a parte, que possui advogado constituído, não compareça ou se recuse a depor,
ainda que não tenha sido intimada pessoalmente.
e) será respondido na forma verbal, pela parte, podendo o juiz permitir consulta a notas breves, desde que
objetivem completar esclarecimentos.
Comentários

Vamos analisar objetivamente cada uma das alternativas.

A alternativa A está incorreta, pois o art. 385, §2º, do CPC, veda a quem ainda não depôs assistir ao
interrogatório da outra parte.

A alternativa B também está incorreta, pois o art. 388, do CPC, traz um rol de hipóteses no qual a parte não
é obrigada a depor. Confira:

Art. 388. A parte não é obrigada a depor sobre fatos:

I - criminosos ou torpes que lhe forem imputados;

II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo;

III - acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, de seu
companheiro ou de parente em grau sucessível;

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IV - que coloquem em perigo a vida do depoente ou das pessoas referidas no inc. III.

Parágrafo único. Esta disposição não se aplica às ações de estado e de família.

A alternativa C está igualmente incorreta, pois o depoimento da parte é requerido pela parte contrária ou
determinado pelo juiz de ofício e não pela própria parte que pretende depor.

O erro da alternativa C está incorreta, pois a pena de confissão somente será aplicada se a parte for intimada
pessoalmente e não comparecer.

De acordo com o CPC, o depoimento pessoal será respondido na forma verbal, pela parte, podendo o juiz
permitir consulta a notas breves, desde que objetivem completar esclarecimentos, segundo o que dispõe o
art. 387, do CPC. Assim, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

27. (FCC/TJ-GO - 2015) Considere as proposições abaixo:


I. O Código de Processo Civil adotou, expressamente, a teoria dinâmica do ônus da prova.
II. O juiz pode, inclusive de ofício, em qualquer estado do processo, determinar o comparecimento das partes
a fim de interrogá-las sobre os fatos da causa.
III. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que
considerar adequado, observado o contraditório.
IV. Aplicam-se ao perito e aos assistentes técnicos as causas de impedimento ou suspeição.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I, II e III.
c) I e IV.
d) II, III e IV.
e) I, III e IV.
Comentários

Vamos analisar cada um dos itens:

O item I está correto. À luz do CPC, em seu art. 373, adotou-se a teoria de distribuição estática do ônus da
prova, atribuindo ao autor o ônus de provar o fato constitutivo de seu direito e ao réu o de provar a existência
de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Contudo, no §1º, do art. 373, temos
expressa a possibilidade de redistribuição do ônus por decisão fundamentada do magistrado.

O item II está correto conforme prevê o art. 139, VIII, do CPC:

Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:

VIII - determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las
sobre os fatos da causa, hipótese em que não incidirá a pena de confesso;

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O item III está correto e reproduz exatamente o teor do art. 372, do CPC, que admite expressamente a prova
emprestada.

O item IV está incorreto. O art. 148 prevê as hipóteses em que se aplicam os motivos de impedimento e de
suspeição.

Art. 148. Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição:

I - ao membro do Ministério Público;

II - aos auxiliares da justiça;

III - aos demais sujeitos imparciais do processo.

Assim, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

28. (FCC/SEFAZ-PE - 2015) Com relação ao sistema de apreciação da prova,


a) o juiz a apreciará livremente, devendo indicar, na sentença, os motivos que lhe formaram o
convencimento.
b) o laudo pericial vincula o juiz.
c) a documental sempre prevalece sobre a testemunhal.
d) o juiz a apreciará atendo-se exclusivamente às alegações das partes, devendo indicar, na sentença, apenas
os dispositivos legais em que tiver se pautado.
e) o juiz a apreciará atendo-se exclusivamente às alegações das partes, devendo indicar, na sentença, os
motivos que lhe formaram o convencimento.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Vejamos o art. 371, do CPC.

Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que
a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.

A alternativa B está incorreta, pois o magistrado é livre para apreciar a prova não estando vinculado a prova
alguma produzida nos autos.

Art. 479. O juiz apreciará a prova pericial de acordo com o disposto no art. 371, indicando
na sentença os motivos que o levaram a considerar ou a deixar de considerar as conclusões
do laudo, levando em conta o método utilizado pelo perito.

A alternativa C está incorreta, não há qualquer espécie de tarifamento legal de provas no CPC.

As alternativas D e E estão incorretas. De acordo com o art. 371, do CPC, não há obrigatoriedade de o
magistrado indicar o dispositivo legal. Segundo o dispositivo, “o juiz apreciará a prova constante dos autos,

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independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu
convencimento”.

29. (FCC/TJ-AP - 2014) No tocante à audiência, é correto afirmar que


a) a ordem de produção das provas é ato judicial, de acordo com as peculiaridades da causa.
b) antes de iniciar a instrução, é faculdade do juiz tentar a conciliação das partes; se obtida, será tomada por
termo nos autos.
c) ao iniciar a instrução, o juiz, como ato de ofício e sem oitiva das partes, fixará os pontos de litígio sobre os
quais incidirá prova.
d) quando o litígio versar sobre direitos patrimoniais de caráter privado, o juiz, de ofício, determinará o
comparecimento das partes ao início da instrução e julgamento.
e) poderá haver seu adiamento, no caso de convenção das partes, por no máximo três vezes, desde que
estejam em busca de acordo.
Comentários

A alternativa A está incorreta, pois, embora haja possibilidade de modulação pelo magistrado, o art. 361, do
CPC, estabelece uma ordem para a produção das provas.

A alternativa B está incorreta, pois o art. 359, do CPC, prevê que o magistrado tentará a conciliação de modo
a indicar que ela é obrigatória.

A alternativa C está incorreta, pois a decisão saneadora ocorre previamente à fase instrutória, momento em
que o magistrado fixará os pontos controvertidos.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 447, do CPC/73. Não tem
correspondente no CPC.

A alternativa E está incorreta, pois o art. 362, I, do CPC, prevê a possibilidade de adiamento da audiência por
convenção das partes, sem explicitar máximos e mínimos.

30. (FCC/DPE-CE - 2014) Em relação ao ônus da prova, é correto afirmar:


a) Pelo nosso sistema processual civil, as partes têm o dever, a obrigação legal da produção da prova, o autor
quanto ao fato constitutivo de seu direito, o réu quanto ao fato desconstitutivo, modificativo ou extintivo do
direito do autor.
b) O ônus probatório incumbe apenas ao autor ou ao réu, não a terceiros que intervenham no processo.
c) É nula a convenção que distribui de maneira diversa o ônus da prova quando recair sobre direito
indisponível da parte ou quando tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
d) O sistema processual civil pátrio só admite a inversão convencional da prova, mas não a inversão judicial
ou legal.
e) O sistema processual civil pátrio só admite a inversão judicial ou legal da prova, mas não a inversão
convencional.

Comentários

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A alternativa C está correta. Sobre o ônus da prova, lembre-se:

o autor deve provar o fato constitutivo


regra estática de
distribuição [regra de
sentença] o réu deve provar o fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito
ÔNUS DA PROVA

impossibilidade de quem deveria provar

pelo magistrado (ope dificuldade de acesso à prova por quem


judicis) quando: deveria provar

facilidade de acesso pela outra parte

regra dinâmica de
distribuição [regra de por convenção das partes (convencional),
julgamento] exceto se extremamente difícil ou impossível
o acesso à prova pela outra parte; ou tratar-
se de direito indisponível

lei específica prevê regra do ônus (inversão


ope legis)

31. (FCC/DPE-PB - 2014) A confissão


a) se emanar de erro, dolo ou coação, só poderá ser revogada por meio de ação anulatória do negócio jurídico
respectivo.
b) quando desfavorável ao confitente, pode beneficiar ou prejudicar igualmente seus litisconsortes.
c) só se caracteriza como tal quando espontânea, pois a provocada diz respeito ao interrogatório da parte
em juízo.
d) não supre a exigência da apresentação de instrumento público, para comprovar a existência de negócio
jurídico que o exige como de sua substância.
e) será sempre expressa, inexistindo confissão ficta ou tácita, em razão das graves consequências jurídicas
dela advindas.
Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 393, do CPC, somente haverá anulação em caso de erro
ou coação, não se fala em dolo.

Art. 393. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou
de coação.

A alternativa B está incorreta. Segundo o art. 391, a confissão não prejudica os litisconsortes.

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Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os
litisconsortes.

A alternativa C está incorreta. Conforme art. 390, a confissão judicial pode ser espontânea ou provocada.

Art. 390. A confissão judicial pode ser espontânea ou provocada.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Vejamos o art. 406.

Art. 406. Quando a lei exigir instrumento público como da substância do ato, nenhuma
outra prova, por mais especial que seja, pode suprir-lhe a falta.

A alternativa E está incorreta. A confissão pode ser expressa ou tácita.

32. (FCC/MPE-PA - 2014) No tocante ao objeto e ao ônus da prova, bem como a seus princípios gerais,
considere os seguintes enunciados:
I. Se o processo versar sobre direito disponível das partes, e se não for excessivamente difícil a qualquer
delas o exercício do direito, poderão as partes convencionar a alteração das regras naturais de distribuição
do ônus probatório.
II. O objeto da prova são os fatos, controvertidos ou não, relevantes para o julgamento do processo.
III. O princípio dispositivo é mitigado no que se refere à produção de provas, pois caberá ao juiz determinar,
mesmo que de ofício, as provas necessárias à formação de seu convencimento.
IV. É princípio geral em relação à prova de que não é possível em nenhuma circunstância a prova de fato
negativo, que se considera como diabólica.
Estão corretos APENAS
a) I e IV.
b) II, III e IV.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) I e III.
Comentários

Vamos analisar cada um dos itens:

O item I está correto. De acordo com o art. 373, do CPC, as regras naturais de distribuição do ônus da prova,
as quais incumbe ao autor provar o fato constitutivo de seu direito e ao réu a existência de fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito do autor, podem ser alteradas por convenção entre as partes, desde que
não recaiam sobre direito indisponível da parte e não tornem excessivamente difícil a uma delas o exercício
do direito.

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O item II está incorreto. O objeto da prova são os fatos controvertidos relevantes para o julgamento do
processo. Fatos incontroversos independem de prova.

O item III está correto, conforme prevê o art. 370.

Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas


necessárias ao julgamento do mérito.

Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou


meramente protelatórias.

O item IV está incorreto. Embora se pretenda evitar a “prova diabólica”, referente a fato negativo, se não for
o caso de inversão e a parte não conseguir se desincumbir, arcará com o ônus da não produção da prova,
ainda que “diabólica”.

Assim, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

33. (FCC/TRT-2ªREGIÃO - 2014) Considere as seguintes disposições:


I. Salvo disposição especial em contrário, as provas devem ser produzidas na petição inicial, pelo autor, e na
contestação, pelo réu.
II. Não dependem de prova os fatos em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.
III. Somente os meios legais são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa.
IV. A convenção que distribui o ônus da prova de maneira diversa à legal é nula quando recair sobre direito
indisponível da parte.
V. As máximas de experiência aplicam-se na falta de normas jurídicas particulares, caracterizando-se tais
máximas pelas regras de experiência comum sub-ministradas pela observação do que ordinariamente
acontece.
Está correto o que consta em:
a) I, II, III, IV e V.
b) I, II, III e V, apenas.
c) II, IV e V, apenas.
d) II, III, IV e V, apenas.
e) I, IV e V, apenas.

Comentários

O item I está incorreto.

O item II está correto, pois corresponde ao art. 374, IV.

Art. 374. Não dependem de prova os fatos:

I - notórios;

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II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;

III - admitidos no processo como incontroversos;

IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.

O item III está incorreto.

Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os
moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade
dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.

O item IV está correto. De acordo com o art. 373, §3º, I, a convenção da distribuição diversa do ônus da prova
é nula quando recair sobre direito indisponível da parte.

§ 3o A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das
partes, salvo quando:

I - recair sobre direito indisponível da parte;

II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

O item V está correto. Vejamos o art. 375.

Art. 375. O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação
do que ordinariamente acontece e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado,
quanto a estas, o exame pericial.

Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

34. (FCC/MPE-CE - 2013) O ônus da prova compete ao autor,


a) não admitindo inversão.
b) em regra, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito.
c) salvo convenção em contrário, que pode recair sobre direito indisponível da parte.
d) quanto ao fato constitutivo de seu direito, não admitindo inversão, salvo se o Ministério Público for parte,
independentemente da natureza da lide.
e) quanto ao fato constitutivo de seu direito, admitindo inversão, em hipóteses excepcionais,
independentemente de ser ou não parte o Ministério Público.
Comentários

O ônus da prova compete ao autor quanto ao fato constitutivo de seu direito, admitindo inversão, em
hipóteses excepcionais, independentemente de ser ou não parte o Ministério Público. Vejamos o art. 373, I,
do CPC.

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Art. 373. O ônus da prova incumbe:

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

Assim, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

35. (FCC/TCE-SP - 2013) Em matéria de Teoria Geral do Processo, no tocante às Provas, é certo que
a) o sistema em que o juiz forma o seu convencimento dentro dos critérios coerentes que devem ser
indicados é o da valoração secundum conscientiam.
b) os poderes de iniciativa do juiz com relação à prova dos fatos controvertidos, seja no processo penal ou
no processo civil, têm importante reflexo na relevância da distribuição do ônus da prova.
c) o ônus da prova, em regra, não recai sobre aquele a quem aproveita o reconhecimento do fato.
d) os fatos incontroversos, em regra, dependem de prova.
e) o sistema em que a lei fixa detalhadamente o valor a ser atribuído a cada meio de prova é o da chamada
persuasão racional.
Comentários

A alternativa A está incorreta, pois o magistrado deverá racionalmente justificar a decisão com base nas
provas produzidas. A valoração, portanto, é racional, não “segundo a consciência” do magistrado.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Vejamos o art. 370, do CPC.

Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas


necessárias ao julgamento do mérito.

Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou


meramente protelatórias.

A alternativa C está incorreta. É justamente em favor de quem aproveita os fatos que recai o ônus de prova-
los, tal como se extrai dos incisos do art. 371, do CPC.

A alternativa D está incorreta. De acordo com o art. 374, III, não dependem de prova os fatos incontroversos.

Art. 374. Não dependem de prova os fatos:

III - admitidos no processo como incontroversos;

A alternativa E está incorreta, pois o sistema em que a lei fixa detalhadamente o valor a ser atribuído à prova
é denominado de sistema tarifado de prova.

36. (FCC/TRT - 23ª REGIÃO - 2011) Paulo ajuizou ação de cobrança de quantia em dinheiro em face de
Pedro. Pedro alegou já ter pago a dívida cobrada. Nesse caso, o ônus de provar a existência da dívida ou a
ocorrência do pagamento

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a) independe de prova.
b) incumbe a Paulo.
c) incumbe a Pedro.
d) incumbe Pedro e a Paulo, respectivamente.
e) incumbe a Paulo e a Pedro, respectivamente.
Comentários

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. O ônus de provar a existência da dívida ou a ocorrência
do pagamento incumbe a Paulo e a Pedro, respectivamente. Vejamos o art. 373, do CPC.

Art. 373. O ônus da prova incumbe:

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do


autor.

37. (FCC/TRT-14ª Região - 2011) A respeito das provas, considere:


I. O depoimento pessoal de quaisquer das partes pode ser determinado pelo juiz de ofício,
independentemente de requerimento da parte contrária.
II. Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos sobre imóveis alheios, a confissão de um cônjuge
não valerá sem a do outro.
III. O juiz não poderá determinar, de ofício, a realização de nova perícia, mesmo se a matéria não lhe parecer
suficientemente esclarecida.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) I e II.
c) I e III.
d) II e III
e) III.

Comentários

Vamos analisar cada um dos itens:

O item I está correto, conforme prevê o art. 385, do CPC.

Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta
seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de
ordená-lo de ofício.

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O item II está correto, com base no art. 391, parágrafo único.

Parágrafo único. Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre
imóveis alheios, a confissão de um cônjuge ou companheiro não valerá sem a do outro,
salvo se o regime de casamento for o de separação absoluta de bens.

O item III está incorreto. De acordo com o art. 480, o juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte,
a realização de nova perícia quando a matéria não estiver suficientemente esclarecida.

Assim, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

38. (FCC/TJ-AP - 2009) Dependem de prova os fatos


a) admitidos, no processo, como incontroversos.
b) notórios.
c) afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária.
d) extintivos do direito do autor.
e) em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.
Comentários

O art. 374, do CPC, estabelece quais fatos não dependem de prova.

Art. 374. Não dependem de prova os fatos:

I - notórios;

II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;

III - admitidos no processo como incontroversos;

IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.

O que não depende de prova são os extintivos do direito do autor. Portanto, a alternativa D está correta e é
o gabarito da questão.

39. (FCC/SEF-SC - 2018) O ônus da prova é


a) o encargo que se atribui a um sujeito para demonstração de determinadas alegações de fato; pode ser
atribuído pelo legislador, pelo juiz ou pela convenção das partes, não se tratando de um dever e, portanto,
não se podendo exigir seu cumprimento.
b) o encargo atribuído pela lei ou pela convenção das partes para que uma delas demonstre certos fatos,
equiparando-se ao dever e, portanto, exigindo-se seu cumprimento.
c) o dever atribuído à parte para prova de seu direito, disponível sob certas condições subjetivas ou
objetivas.

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d) o encargo, que não se confunde com dever, para prova do direito e de certos fatos; é indisponível como
regra, não se podendo alterar a distribuição legal dirigida à parte na produção do fato constitutivo do direito.
e) a regra que determina a autor e réu a produção das provas, de modo estático e inalterável, por se tratar
de normatividade cogente.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Fique atento, pois o ônus da prova deve ser visto
como um direito conferido às partes, não uma obrigação. No mais, a questão acerta em afirmar que o
encargo pode ser atribuído pelo legislador (art. 373, incisos I e II, do CPC); pelo juiz (art. 373, §1º, do CPC) ou
pela convenção entre as partes (art. 373, §3º, do CPC). Veja:

Art. 373. O ônus da prova incumbe:

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do


autor.§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à
impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da
prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá
dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à


impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da
prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá
dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das
partes (...)

As alternativas B e C estão também incorretas. Como já explicado, o ônus da prova se trata de direito, não
havendo que se falar, pois, em obrigação, dever ou encargo obrigatório.

As alternativa D e E estão incorretas, por fim, porque existe previsão legal expressa no sentido de ser possível
a alteração do encargo probatório. Assim, não se trata de algo inalterável, de acordo com o já citado art.
373, §1º, do CPC.

40. (FCC/SEF-SC - 2018) Em relação à prova, considere:


I. Somente os fatos jurídicos, os fatos simples e os fatos positivos podem ser objeto da prova, não podendo
sê-lo os fatos negativos.
II. Quanto à forma, isto é, modalidade ou maneira pela qual se apresentam em juízo, as provas podem ser
orais, documentais ou materiais.
III. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que
considerar adequado, observado o contraditório; a isso denomina-se prova emprestada.

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IV. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do
mérito, indeferindo, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente protelatórias.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II, III e IV.
b) I e IV.
c) II e IV.
d) I e III.
e) I, II e III.

Comentários

O item I está incorreto. De acordo com a doutrina, o fato negativo simples e determinado pode sim ser objeto
de prova. O que não se admite, por outro lado, é prova do fato negativo indeterminado (porva diabólica),
pois se trata de prova impossível.

O item II é correto. Trata-se de classificação doutrinária da prova quanto à forma, que pode se oral
(testemunhal), documental – que é a mais comum – e material, que refere-se a determinado meio físico ou
exame, por exemplo.

O item III é correto, pois foi conceituada corretamente a prova empresata, bem como foi corretamente
descrita a autorização legal contida no art. 372 do CPC.

O item IV é igualmente correto. Trata-se da liberdade probatória do magistrado, que pode ser exercida de
ofício ou a requerimento das partes, tal como previsto no art. 370 do CPC.

Logo, considerando que são verdadeiros os itens II, III e IV, a alternativa A é o gabarito da questão.

41. (FCC/MPE-PE - 2018) Na audiência de instrução e julgamento serão produzidas as provas orais,
ouvindo-se
a) preferencialmente nesta ordem: o perito e os assistentes técnicos; o autor e o réu; e as testemunhas
arroladas pelo autor e pelo réu.
b) obrigatoriamente nesta ordem: o perito e os assistentes técnicos; o autor e o réu; e as testemunhas
arroladas pelo autor e pelo réu.
c) preferencialmente nesta ordem: o autor e o réu; as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu; e o
perito e os assistentes técnicos.
d) obrigatoriamente nesta ordem: o autor e o réu; as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu; e o perito
e os assistentes técnicos.
e) obrigatoriamente nesta ordem: o autor e o réu; o perito e os assistentes técnicos; e as testemunhas
arroladas pelo autor e pelo réu.

Comentários

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A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Trata-se da ordem preferencial da produção da prova
oral em audiência, tal como previsto no art. 361 do CPC. Confira as disposições da norma:

Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem,
preferencialmente:

I - o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de esclarecimentos


requeridos no prazo e na forma do art. 477 , caso não respondidos anteriormente por
escrito;

II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;

III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas.

42. (FCC/TRF-4 - 2019) André ajuizou ação de cobrança contra Reinaldo e Letícia, demandando o
pagamento de alugueres de um imóvel que lhes havia locado, mediante contrato verbal. Em sua
contestação, Reinaldo nega a existência de locação, argumentando que o imó vel lhes havia sido cedido
em comodato. Por sua vez, na contestação de Letícia, ela admite a existência da locação, sustentando que
ela e Reinaldo, seu irmão, deixaram de pagar os alugueres por conta de dificuldades financeiras. Nesse
caso, dada a existência do litisconsórcio passivo, a confissão de Letícia quanto à existência da locação
a) faz prova apenas contra ela, Letícia.
b) faz prova contra ela, Letícia, e também contra Reinaldo.
c) faz prova apenas contra Reinaldo.
d) faz prova contra ela, Letícia, somente se corroborada por outros meios.
e) não faz prova contra ela, Letícia, nem contra Reinaldo.

Comentários

De acordo com o art. 391, caput, do CPC, a confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando,
todavia, os litisconsortes. Confira:

Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os
litisconsortes.

Assim, nos termos do dispositivo citado, a confissão de Letícia, por ser prejudicial ao litisconsorte, faz prova
apenas contra a confitente, não havendo a possibilidade de prejudicar Reinaldo.

Logo, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

43. (FCC/TRT-6 - 2018) Considere as afirmações a seguir, que concernem à produção das provas
processuais.
I. Os fatos afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária, bem como os notórios, necessitam
ser provados nos autos.

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II. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que
considerar adequado, observado o contraditório.
III. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do
mérito, indeferindo, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente protelatórias.
IV. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, desde
que especificados na norma processual civil, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido e
influir eficazmente na convicção do juiz.
V. A distribuição do ônus da prova pode ocorrer de forma diversa pela vontade das partes, desde que a
convenção respectiva seja celebrada durante o curso do processo, necessariamente.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III, IV e V.
b) I, II e V.
c) II, III e V.
d) II e III.
e) I e IV.

Comentários

O item I está incorreto, pois não dependem de prova os fatos notórios e os afirmados por uma parte e
confessados pela parte contrária (art. 374 do CPC).

O item II é correto. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe
o valor que considerar adequado, observado o contraditório (art. 372 do CPC).

O item III está correto, pois caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas
necessárias ao julgamento do mérito. Além disso, o juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências
inúteis ou meramente protelatórias, nos termos do art. 370 do CPC. Confira:

Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas


necessárias ao julgamento do mérito.

Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou


meramente protelatórias.

O item IV está incorreto. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os
moralmente legítimos, ainda que não especificados no CPC, para provar a verdade dos fatos em que se
funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz a teor do art. 396 do CPC.

O item V está incorreto, pois o art. 373, §4º do CPC prevê que a distribuição diversa do ônus da prova também
pode ocorrer por convenção das partes e que esse ajuste pode ser celebrado antes ou durante o processo.

Assim, apenas os itens II e III são corretos e o gabarito da questão é a alternativa D.

44. (FCC/ALESE - 2018) Quanto às provas e seu ônus, considere:

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I. É defesa a utilização da chamada “prova emprestada” na atual sistemática processual civil.


II. No atual código processual civil, o juiz poderá atribuir o ônus da prova de modo diverso ao previsto como
regra normativa, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a
oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
III. A distribuição diversa do ônus da prova pode ocorrer também por convenção das partes, salvo quando
recair sobre direito indisponível da parte ou se tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do
direito.
IV. Prescindem de prova os fatos notórios, afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária,
admitidos no processo como incontroversos e em cujo favor milita presunção legal de existência ou de
veracidade.
V. Caberá ao juiz, somente a requerimento da parte, em razão dos princípios dispositivos e da inércia
jurisdicional, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II, III e IV.
b) I, II e III.
c) I, II, IV e V.
d) III e V.
e) I, IV e V.
Comentários

O item I está incorreto, pois o juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo,
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório (art. 372 do CPC).

O item II é correto. De acordo com o art. 373, §1º do CPC, nos casos previstos em lei ou diante de
peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo ou à
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo
diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de
se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído, tal como previsto na assertiva.

O item III está correto, pois a distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das
partes, salvo (i) quando recair sobre direito indisponível da parte e (ii) quando tornar excessivamente
difícil a uma parte o exercício do direito (art. 373, §3º do CPC).

O item IV está correto. A assertiva abortou corretamente o art. 374 do CPC, que contém previsão no sentido
de que não dependem de provas os fatos:

Art. 374. Não dependem de prova os fatos:

I - notórios;

II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;

III - admitidos no processo como incontroversos;

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IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.

O item V está incorreto, pois caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte,


determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito (art. 370 do CPC).

Assim, apenas os itens II, III e IV são corretos e o gabarito da questão é a alternativa A.

45. (FCC/DPE-AM - 2018) Considere as assertivas abaixo.


I. O depoimento pessoal da parte não pode ser determinado de ofício pelo juiz.
II. Em ações de estado e de família, a parte não é obrigada a prestar depoimento sobre fatos, ainda que
venham a resultar em desonra própria.
III. Haverá confissão ficta quando a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento pessoal e
advertida da pena de confesso, não comparece em juízo.
IV. É vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte.
V. A parte não tem legitimidade para requerer o seu próprio depoimento pessoal.
Em consonância com as disposições do Código de Processo Civil, está correto o que se afirma APENAS em
a) II e IV.
b) II, III e V.
c) I, II e V.
d) III, IV e V.
e) I, III e IV.

Comentários

O item I está incorreto, pois o juiz pode determinar o depoimento pessoal de ofício (art. 385 do CPC).

O item II é incorreto. As disposições contidas no art. 388 e incisos do CPC (dispensa de depor) não se aplicam
às ações de família (art. 388, parágrafo único do CPC), o que deixa o item incorreto.

O item III está correto. Se a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento pessoal e advertida da
pena de confesso, não comparecer ou, comparecendo, se recusar a depor, o juiz aplicar -lhe-á a pena (art.
385, §1º do CPC).

O item IV está correto. A assertiva reproduz corretamente a vedação contida no art. 385, §2º do CPC.

O item V está correto, pois cabe à parte requer apenas o depoimento pessoal da outra parte, a teor do que
dispõe o art. 385 do CPC.

Assim, apenas os itens III, IV e V são corretos e o gabarito da questão é a alternativa D.

46. (FCC/PGE-AP - 2018) A confissão


a) judicial faz prova contra o confitente, podendo beneficiar ou prejudicar o litisconsorte.

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b) se espontânea, só pode ser feita pela própria parte.


c) é, em regra, indivisível, não podendo a parte que a quiser invocar como prova aceitá -la no tópico que a
beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável, porém cindir-se-á quando o confitente a ela aduzir fatos
novos, capazes de constituir fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção.
d) de um cônjuge ou companheiro, nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre
imóveis alheios, não valerá sem a do outro.
e) a confissão é irrevogável, mas pode ser tornada ineficaz se decorreu de erro, de fato ou de direito, dolo
ou coação.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 391 do CPC, a confissão judicial faz prova contra o
confitente, não prejudicando, todavia, os litisconsortes.

A alternativa B está incorreta. A confissão espontânea pode ser feita pela própria parte ou por representante
com poder especial, nos termos do art. 390, §1º, do CPC.

A alternativa C está correta, pois reproduz o teor do art. 395 do CPC, que trata sobre a regra da
indivisibilidade da confissão. Confira:

Art. 395. A confissão é, em regra, indivisível, não podendo a parte que a quiser invocar
como prova aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável,
porém cindir-se-á quando o confitente a ela aduzir fatos novos, capazes de constituir
fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção.

A alternativa D está incorreta. De fato, nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre
imóveis alheios, a confissão de um cônjuge ou companheiro não valerá sem a do outro, salvo se o regime de
casamento for o de separação absoluta de bens, a teor do art. 391, parágrafo único do CPC. No entanto,
como a alternativa não mencionou a exceção, a banca a considerou incorreta.

A alternativa E está incorreta. Conforme prevê o art. 393 do CPC, a confissão é irrevogável, mas pode ser
anulada se decorreu de erro de fato ou de coação. O CPC não estabeleceu a possibilidade de se invalidar a
confissão emanada de dolo ou erro de direito. Além disso, o dispositivo trata a questão no plano da validade,
e não, da eficácia.

CESPE

47. (CESPE/TCE-RJ - 2023) Considerando a atuação dos litisconsortes, do juiz e do MP, bem como as
provas, os processos nos tribunais e os meios de impugnação das decisões judiciais no processo civil, julgue
o item a seguir.
Considere que, na instrução de determinado processo judicial, o autor tenha requerido a exibição de um
documento que estaria em posse do réu, sob pena de multa. Nessa situação, de acordo com o STJ, somente
após tentativa de busca e apreensão, ou da adoção de outra medida coercitiva, o magistrado poderá
determinar a imposição de astreintes, sendo, ainda, necessário que, após contraditório prévio, o magistrado

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considere provável a existência da relação jurídica entre as partes e do documento que se pretende ver
exibido.

Comentários

A assertiva está correta, eis que está em conformidade com o Tema Repetitivo nº 1000 do Superior Tribunal
de Justiça. Foi submetida a julgamento a questão envolvendo o cabimento ou não de multa cominatória na
exibição, incidental ou autônoma, de documento relativo a direito disponível, na vigência do CPC/2015.

Nesse contexto, foi firmada a seguinte tese: "Desde que prováveis a existência da relação jurídica entre as
partes e de documento ou coisa que se pretende seja exibido, apurada em contraditório prévio, poderá o
juiz, após tentativa de busca e apreensão ou outra medida coercitiva, determinar sua exibição sob pena de
multa com base no art. 400, parágrafo único, do CPC/2015." (REsp 1777553/SP, Rel. Ministro PAULO DE
TARSO SANSEVERINO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 26/05/2021, DJe 01/07/2021)

48. (CESPE/DPE-RO - 2022) Em ação de indenização por danos materiais, se a confissão do réu tiver
decorrido de erro de fato, ela poderá ser
A) retratada.
B) ineficaz.
C) desconsiderada.
D) revogada.
E) anulada.

Comentários

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. O art. 393 fixa que a confissão é irrevogável. Apenas
não prevalecerá a confissão se ela for anulada quando identificado em ação específica, a ser promovida
exclusivamente por quem confessou (confitente), erro de fato ou coação. Portanto, a confissão pode ser
objeto de ação anulatória que somente pode ser proposta por quem confessou ou pelos herdeiros na
hipótese de falecimento do confitente. Confira:

Art. 393. A confissão é irrevogável, mas PODE SER ANULADA se decorreu de erro de fato
ou de coação.

Parágrafo único. A legitimidade para a ação prevista no caput é exclusiva do confitente e


pode ser transferida a seus herdeiros se ele falecer após a propositura.

Portanto, as alternativas A, B, C e D estão incorretas.

49. (CESPE/TRT-8ªR - 2022) Nas disposições do direito probatório, o CPC trata das limitações à
capacidade de testemunhar e determina que, ressalvada a exigência do interesse público ou quando a
causa for relativa ao estado da pessoa, se o juízo reputar não ser possível obter a prova necessária ao
julgamento do mérito de outro modo que não o da prova testemunhal, será considerado impedido de
testemunhar o

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A) menor de 18 anos.
B) interditado judicialmente por grave doença mental.
C) colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes.
D) cego, quando a ciência do fato depender da visão.
E) interessado na causa por motivo econômico.

Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. O §2º, do art. 447, do CPC, menciona quem são os
impedidos de testemunhar:

§ 2o São impedidos:

I - o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em qualquer grau e o


colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes, por consanguinidade ou afinidade,
salvo se o exigir o interesse público ou, tratando-se de causa relativa ao estado da pessoa,
não se puder obter de outro modo a prova que o juiz repute necessária ao julgamento do
mérito;

II - o que é parte na causa;

III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o representante legal da pessoa
jurídica, o juiz, o advogado e outros que assistam ou tenham assistido as partes.

Portanto, as alternativas A, B, D e E estão incorretas.

50. (CESPE/TCE-RJ - 2021) À luz das regras do direito processual civil acerca dos atos processuais, dos
elementos da ação, da intervenção de terceiros e do procedimento comum, julgue o item a seguir.
O Código de Processo Civil estabelece previsão de negócio processual típico sobre o ônus da prova, o qual
poderá ser realizado pelas partes antes ou durante o processo judicial.

Comentários

A assertiva está correta.

A teoria estática de distribuição do ônus da prova continua sendo a regra no CPC/15 (art. 373, caput, e seus
incisos). Essa regra, contudo, convive com a exceção, que é a teoria dinâmica de distribuição do ônus da
prova, podendo o juiz, em situações específicas, atribuir o ônus da prova de modo diverso do previsto no
caput, e desde que por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se
desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

Essa exceção, por seu lado, também, deve observar limites (art. 373, § 1º).

Além disso, é verdade, também, que a decisão pela inversão do ônus da prova não pode gerar situação em
que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil (art. 373, § 2º).

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Outrossim, as partes podem, por meio de negócio jurídico processual, distribuir o ônus da prova de forma
diversa da que foi estabelecida pelo legislador, desde que não recaia sobre direito indisponível da parte, ou
que torne excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito. A distribuição diversa do ônus da prova
por convenção das partes pode ocorrer antes ou durante o processo (art. 373, § 3º, c/c art. 373, § 4º, do
CPC). Confiram o dispositivo:

Art. 373. O ônus da prova incumbe:

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do


autor.

§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à


impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou
à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, PODERÁ o juiz atribuir o ônus
da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que
deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

§ 2º A decisão prevista no § 1º deste artigo NÃO PODE gerar situação em que a


desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.

§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das
partes, salvo quando:

I - recair sobre direito indisponível da parte;

II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo.

51. (CESPE/TCDF - 2021) Julgue o item a seguir, referente aos processos nos tribunais, aos meios de
impugnação das decisões judiciais, às provas e ao processo de execução.
A oitiva de testemunha que não resida na comarca em que tramita o processo judicial durante audiência de
instrução e julgamento pode ser realizada por videoconferência, sendo permitido que o depoimento seja
documentado apenas por gravação.

Comentários

A assertiva está correta, mas, por apresentar dubiedade, poderia ser anulada.

Com base no §1º, do art. 453, do CPC, as testemunhas que não residam na comarca podem depor por meio
de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão e recepção de sons e imagens em tempo
real.

Art. 4523. § 1o A oitiva de testemunha que residir em comarca, seção ou subseção judiciária
diversa daquela onde tramita o processo poderá ser realizada por meio de

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videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão e recepção de sons e


imagens em tempo real, o que poderá ocorrer, inclusive, durante a audiência de instrução
e julgamento.

Por sua vez, segundo o art. 460 do CPC, o depoimento poderá ser documentado por meio de gravação.
Assim, a questão poderia ser interpretada como errada, pois não há previsão no sentido de que APENAS por
meio de gravação que se documenta o depoimento.

52. (CESPE/TJ-PA - 2020) A respeito de provas previstas no Código de Processo Civil (CPC), julgue os
itens a seguir.
I A prova escrita é imprescindível para a comprovação de vício do consentimento em contrato realizado
entre particulares.
II A ata notarial é meio de prova idôneo para comprovar fatos que o tabelião declarar que foram constatados
em sua presença.
III Quando a parte invocar direito de natureza estadual ou municipal, o magistrado somente poderá
examinar a questão se houver provas nos autos que demonstre a existência da regra jurídica invocada.
IV Cabe ao advogado da parte intimar a testemunha que arrolou por carta com aviso de recebimento,
devendo juntar aos autos, no prazo legal, cópia da correspondência de intimação e do aviso de recebimento,
sob pena de se considerar desistência da inquirição o não comparecimento da testemunha.
Estão certos apenas os itens
A) I e II.
B) I e III.
C) II e IV.
D) I, III e IV.
E) II, III e IV.

Comentários

O item I está incorreto, pois contraria o disposto no art. 446, II, do CPC, que prevê a possibilidade de se
provar com testemunhas os vícios de consentimento nos contratos:

Art. 446. É lícito à parte provar com testemunhas:

II - nos contratos em geral, os vícios de consentimento.

O item II está correto. De acordo com o art. 384, do CPC, a existência e o modo de existir de algum fato
podem ser atestados ou documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.

Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou
documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.

O item III está incorreto. Em regra, não é necessário provar em juízo a existência da norma jurídica
invocada, pois se parte do pressuposto de que o juiz conhece o direito (iura novit curia). Contudo, nos casos

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de direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário, esse princípio é excepcionado, cabendo a


parte que o alegar, provar-lhe o teor e a vigência, caso o juiz assim determine. Veja o que diz o art. 376 do
CPC:

Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário
provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.

O item IV está correto, pois está em conformidade com o art. 455, §§1º e 3º, CPC:

Art. 455. Cabe ao advogado da parte informar ou intimar a testemunha por ele arrolada
do dia, da hora e do local da audiência designada, dispensando-se a intimação do juízo.

§ 1º A intimação deverá ser realizada por carta com aviso de recebimento, cumprindo ao
advogado juntar aos autos, com antecedência de pelo menos três dias da data da
audiência, cópia da correspondência de intimação e do comprovante de recebimento.

§ 3º A inércia na realização da intimação a que se refere o § 1º importa desistência da


inquirição da testemunha.

Assim, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão, eis que estão corretos apenas os itens II e IV.

53. (CESPE/TJDFT - 2019) Acerca da audiência de instrução e julgamento e do direito à produção de


provas no curso desse ato processual, assinale a opção correta.
a) De acordo com o Código de Processo Civil, as partes são impedidas de fazer perguntas diretamente às
testemunhas, bem como de dirigir-lhes questionamentos que induzam as respostas ou tratem de fatos
diversos do processo.
b) O não comparecimento injustificado do advogado de qualquer das partes na audiência de instrução e
julgamento não implicará a revelia para o réu nem a extinção do processo para o autor; porém, o juiz poderá
dispensar a produção de provas requeridas pela parte cujo advogado estiver ausente.
c) Ao réu cabe comprovar fatos constitutivos de seu direito subjetivo; ao autor caberá provar fatos
impeditivos, modificativos ou extintivos do direito discutido na demanda.
d) A arguição de falsidade documental, por não ter natureza meritória, será resolvida necessariamente como
questão incidental, sendo vedado às partes requerer que o juiz decida esse ponto como questão principal.
e) O juiz poderá proferir a sentença em audiência ou posteriormente, atendendo ao prazo de trinta dias
úteis previsto no Código de Processo Civil, fator esse que deve ser observado pelo Judiciário por se tratar de
prazo próprio expresso no referido código.

Comentários

A alternativa A está incorreta, pois contraria a disposição contida no art. 459 do CPC, uma vez que as
perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. A decretação de revelia ocorrerá quando réu não
contestar a ação (art. 344 do CPC). Logo, o não comparecimento em audiência não implica em revelia, tal
como registrado na questão.

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Além disso, também como registrado na assertiva, o juiz poderá dispensar a produção de provas requeridas
pela parte cujo advogado estiver ausente, de acordo com a previsão contida no art. 362, §2º do CPC. Confira:

§2º: O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado
ou defensor público não tenha comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra ao
Ministério Público

A alternativa C está incorreta. De acordo com o que dispõe o art. 373, incisos I e II do CPC, quanto ao ônus
da prova, incumbe ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito e ao réu, quanto à existência de
fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.

A alternativa D está incorreta, pois o art. 430 do CPC, parágrafo único do CPC estabelece que, uma vez
arguida, a falsidade será resolvida como questão incidental, salvo se a parte requerer que o juiz a decida
como questão principal. Ou seja, não é verdadeira a vedação proposta na questão.

A alternativa E, por fim, está incorreta. A não observância do prazo previsto no art. 366 do CPC não acarreta
qualquer prejuízo ao processo. Assim, trata-se de prazo impróprio.

54. (CESPE/TJ-PR - 2019) De acordo com o Código de Processo Civil, a produção antecipada da prova
requerida antes do ajuizamento da demanda principal
a) segue procedimento no qual é admitida a interposição de apelação contra a decisão que indeferir
totalmente a produção da prova pleiteada.
b) pode ser utilizada somente na hipótese de o autor provar que o prévio conhecimento dos fatos é
imprescindível para o ajuizamento de ação.
c) é da competência exclusiva do foro onde a prova deva ser produzida.
d) acarreta a prevenção do juízo para a ação que venha a ser proposta com base na prova produzida.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. De regra, não se admite recurso ou defesa no
procedimento da produção de prova antecipada. No entanto, de acordo com o art. 382, §4º do CPC, será
possível recurso contra decisão que indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente
originário. Essa decisão negativa tem o condão de pôr fim ao procedimento, assim correta a alternativa em
afirmar que se trata de recurso de apelação. Confira a disposição legal:

Art. 382.

§ 4º Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra decisão que
indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 381 do CPC, a produção antecipada da prova será
admitida três situações distintas. Confira:

Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:

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I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de
certos fatos na pendência da ação;

II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio


adequado de solução de conflito;

III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.

Portanto, equivocada a alternativa ao limitar a produção antecipada de provas aos casos de prévio
conhecimento dos fatos imprescindíveis para o ajuizamento de ação.

A alternativa C está incorreta. A competência é concorrente entre o foro do juízo do foro onde a prova deva
ser produzida ou do foro de domicílio do réu, nos termos do art. 381, §2º do CPC.

A alternativa D está incorreta, pois de acordo com o art. 381, §3º do CPC, a produção antecipada da prova
não previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.

55. (CESPE/DPE-PE - 2018) Não havendo processo anterior que trate da situação, a demonstração de
que determinado fato ocorreu em rede social acessível pela Internet poderá ser realizada com a juntada
aos autos
a) de declaração pessoal do autor.
b) de prova emprestada.
c) do computador.
d) da prova pericial.
e) de ata notarial.
Comentários

A alternativa E é correta e gabarito da questão, nos termos do art. 384, do CPC:

Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou
documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.

Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos


eletrônicos poderão constar da ata notarial.

56. (CESPE/DPE-PE - 2018) Na ação civil, relaciona-se ao pedido de exibição de documento ou coisa o
pressuposto processual consistente na
a) manifestação do Ministério Público sobre a existência de prejuízo, caso não ocorra a exibição.
b) explicação, pelo autor, de que existe o objeto do pedido e de que ele se encontra em poder da outra parte
na relação processual.
c) demonstração, pelo autor, de que pretende conhecer documentos ou coisa para instruir ação de terceiros.

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d) existência de documento que comprove a repetição de processos que contenham controvérsia acerca da
mesma questão em direito.
e) relevância da questão de direito, que deve ter grande repercussão social, mesmo sem se repetir em
múltiplos processos.

Comentários

Para que haja o pedido de exibição de documento ou coisa, a parte deve afirmar que o documento ou a coisa
estejam em poder da parte contrária. Assim, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão, conforme
prevê o art. 397, III, do CPC:

Art. 397. O pedido formulado pela parte conterá:

III - as circunstâncias em que se funda o requerente para afirmar que o documento ou a coisa
existe, ainda que a referência seja a categoria de documentos ou de coisas, e se acha em poder
da parte contrária. (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)

57. (CESPE/STJ - 2018) Acerca do procedimento comum, julgue o item que se segue.
Por ser matéria de ordem pública, a distribuição diversa do ônus da prova não é possível por convenção das
partes.
Comentários

De acordo com o §3º, do art. 373, do CPC, a distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por
convenção das partes. Vejamos:

§ 3o A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das
partes, salvo quando:

I - recair sobre direito indisponível da parte;

II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

Logo, a assertiva está incorreta.

58. (CESPE/STJ - 2018) A luz das disposições do Código de Processo Civil (CPC), julgue os próximos itens.
No que se refere à formação do conjunto de provas no processo, a possibilidade de o magistrado atuar de
ofício está expressamente prevista em lei e é compatível com a adoção, pelo CPC, de um modelo de processo
cooperativo.
Comentários

A assertiva está correta. A assertiva se refere ao art. 370, CPC:

Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas


necessárias ao julgamento do mérito.

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Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou


meramente protelatórias.

O juiz dirige a produção de provas, atuando de forma cooperativa com as partes.

59. (CESPE/TCE-SC - 2016) A respeito dos recursos, do cumprimento de sentença, da revelia e das
provas, julgue o item que se segue.
Caso o réu perceba, antes de proferida a sentença, que incidiu em erro ao confessar os fatos, a revogação
da prova deverá ser requerida incidentalmente.

Comentários

A assertiva está incorreta. De acordo com o art. 393, do CPC, a revogação da confissão deve ser requerida
por meio de ação própria, ou seja, não poderá ocorrer incidentalmente.

Art. 393. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou
de coação.

Parágrafo único. A legitimidade para a ação prevista no caput é exclusiva do confitente e


pode ser transferida a seus herdeiros se ele falecer após a propositura.

60. (CESPE/FUNPRESP-JUD - 2016) Julgue o item a seguir, referente ao processo de conhecimento e ao


cumprimento de sentença.
Para que qualquer das partes possa utilizar de prova emprestada, é necessário, entre outros requisitos, que
a parte contra quem a prova será produzida tenha sido parte também no processo originário e que nele
tenha sido observado o contraditório.

Comentários

O CPC prevê, sobre a prova emprestada, em seu art. 372, o seguinte:

Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo,
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

O contraditório, nesse caso, somente pode ter sido observado, de fato, se, no processo em que a prova foi
originalmente produzida, participou a parte contra a qual ela venha a ser utilizada. Portanto, a assertiva está
correta.

ATENÇÃO: essa assertiva contraria a regra expressa e o entendimento do STJ que diz que a prova poderá ser
emprestada independentemente de as partes do processo terem participado do processo no qual a prova
foi originariamente constituída.

61. (CESPE/TRE-RS - 2015) A prova é um meio hábil de confirmar a existência ou a inexistência de um


acontecimento ou de um ato, e, quando dirigida ao magistrado, visa dar solução ao caso posto em juízo.

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O CPC estabelece regras acerca da prova e da sua produção. No que se refere à prova e às situações que a
envolvem, assinale a opção correta.
a) Segundo as regras processuais expressas relativas ao ônus da prova, incumbe ao autor provar o fato
constitutivo do seu direito, sendo lícita a convenção que distribui o ônus da prova de maneira diversa,
quando recair sobre direito indisponível da parte ou tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do
direito.
b) Da regra estática de distribuição do ônus da prova, extrai-se que quem alega o que não aconteceu terá o
ônus de provar o fato negativo, o que constitui o que a doutrina denomina de prova diabólica. Em face disso,
entende-se admissível que o magistrado fundamentadamente redistribua o ônus da prova tendo em vista a
facilidade de obtenção da prova.
c) Em relação à distribuição do ônus da prova, o CPC aboliu a teoria estática do ônus da prova, de forma que
o magistrado deve, na decisão saneadora delimitar expressamente o ônus da prova.
d) O direito processual civil positivado determina que os fatos notórios sejam provados por quem os alega,
sob pena de cercear a defesa daquele contra quem a prova é utilizada.
e) A confissão é a declaração de uma parte acerca da verdade dos fatos, que pode ser judicial ou extrajudicial.
Há confissão quando a parte admite a verdade de um fato contrário ao adversário e favorável ao seu
interesse.

Comentários

A alternativa A está incorreta. Conforme o art. 373, §3º, a distribuição diversa do ônus da prova também
pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando recair sobre direito indisponível da parte ou tornar
excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Prova diabólica é uma prova impossível ou difícil de
ser produzida, como a prova de fato negativo. O art. 373, caput, estabelece a regra estática de que o réu
deve provar a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Contudo, em
determinadas situações, a prova de fato negativo pode se tornar difícil ou impossível, o que pode conduzir a
uma decisão interlocutória fundamentada do juiz invertendo o ônus da prova na forma do §1º, do art. 373,
do CPC.

A alternativa C está incorreta, pois as regras estáticas constituem a regra do nosso sistema, muito embora
haja regra expressa para flexibilização. Confira-se:

Art. 373. O ônus da prova incumbe:

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do


autor.

A alternativa D está incorreta. De acordo com o art. 374, I, não dependem de prova os fatos notórios.

A alternativa E está incorreta. Com base no art. 389, há confissão, judicial ou extrajudicial, quando a parte
admite a verdade de fato contrário ao seu interesse e favorável ao do adversário.

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62. (CESPE/TJ-DFT - 2015) A respeito da prova, julgue o item que se segue.


A confissão espontânea somente poderá ser realizada pela própria parte e, no caso de a ação judicial versar
sobre direito indisponível, não será válida para o julgamento da causa.

Comentários

A assertiva está incorreta. Segundo o art. 390, §1º, a confissão espontânea pode ser feita pela própria parte
ou por representante com poder especial.

Porém, não vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a direitos indisponíveis. Vejamos o
art. 392:

Art. 392. Não vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a direitos
indisponíveis.

§ 1o A confissão será ineficaz se feita por quem não for capaz de dispor do direito a que se
referem os fatos confessados.

§ 2o A confissão feita por um representante somente é eficaz nos limites em que este pode
vincular o representado.

63. (CESPE/TJ-DFT - 2015) A respeito da prova, julgue o item que se segue.


O juiz pode, de ofício, em qualquer fase do processo, determinar o comparecimento pessoal das partes, a
fim de interrogá-las sobre questões que envolvem a causa.

Comentários

O art. 139, VIII, do CPC, prevê que o juiz dirigirá o processo incumbindo-lhe determinar, a qualquer tempo,
o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre os fatos da causa, hipótese em que não incidirá
a pena de confesso.

Assim, a assertiva está correta.

64. (CESPE/Telebras - 2015) Valter, domiciliado em Brasília, ajuizou, perante a justiça comum da
circunscrição judiciária de Brasília, ação de cobrança de quantia certa contra Gustavo, domiciliado em
Porto Alegre. Em sua peça contestatória, Gustavo arguiu preliminar de incompetência territorial, e, no
mérito, requereu a improcedência do pedido em função de suposta dação em pagamento. Considerando
essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
O ônus da prova compete a Gustavo, visto que ele apresentou fato modificativo do direito do autor.
Comentários

A assertiva está correta. De acordo com o art. 373, do CPC, o ônus da prova incumbe ao autor, quanto ao
fato constitutivo de seu direito e ao réu, quanto à existência de fato impeditivo.

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65. (CESPE/TRE-GO - 2015) Com base no que dispõe o Código de Processo Civil, julgue o item seguinte.
No direito processual civil, expressa disposição legal admite que o juiz aja de ofício e determine a produção
de prova, o que constitui exceção ao princípio conhecido como dispositivo.

Comentários

A assertiva está correta. O art. 370, do CPC, confere ao juiz a iniciativa de determinar a produção das provas
que entender necessárias à formação de seu convencimento, atribuindo o ônus à parte que apresentar
melhores condições de produzi-la.

Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas


necessárias ao julgamento do mérito.

Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou


meramente protelatórias.

66. (CESPE/TRE-GO - 2015) Julgue o seguinte item, relativos à resposta do réu e à teoria das provas no
sistema processual civil.
O juiz pode, de ofício, determinar o comparecimento pessoal das partes em qualquer fase em que se
encontrar o processo, com o intuito de interrogá-las sobre questões que envolvam a causa, para seu correto
deslinde e julgamento.
Comentários

A assertiva está correta. De acordo com o art. 139, VIII, o juiz dirigirá o processo, incumbindo-lhe determinar,
a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre os fatos da causa, hipótese
em que não incidirá a pena de confesso.

67. (CESPE/TJ-CE - 2014) Acerca de audiência e provas, assinale a opção correta.


a) Depende de prova fatos notórios e em cujo favor milita presunção de inocência, ainda que para fins de
certificação.
b) Depende de prova fatos afirmados por uma parte e confessado por outa e admitidos como incontroversos
nos autos, ainda que para fins de certificação.
c) A título de depoimento, a parte pode ler em voz alta, na audiência, texto que tenha preparado
anteriormente para esta finalidade.
d) Verificada a inocorrência do efeito da revelia, poderá o juiz designar audiência.
e) Cada parte tem direito de assistir ao interrogatório da outra em audiência.
Comentários

As alternativas A e B estão incorretas, em face do que prevê o art. 374, do CPC:

Art. 374. Não dependem de prova os fatos:

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I - notórios;

II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;

III - admitidos no processo como incontroversos;

IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.

A alternativa C está incorreta. Segundo art. 387, a parte responderá pessoalmente sobre os fatos articulados,
não podendo servir-se de escritos anteriormente preparados, apenas poderá consultar notas breves, desde
que objetivem completar esclarecimentos.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Não ocorrendo os efeitos da revelia, o juiz ordenará
que o autor especifique as provas que pretenda produzir, se ainda não as tiver indicado. Vejamos o art. 348.

Art. 348. Se o réu não contestar a ação, o juiz, verificando a inocorrência do efeito da
revelia previsto no art. 344, ordenará que o autor especifique as provas que pretenda
produzir, se ainda não as tiver indicado.

A alternativa E está incorreta. O art. 385, §2º, prevê que é vedado a quem ainda não depôs assistir ao
interrogatório da outra parte.

§ 2o É vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte.

68. (CESPE/Câmara dos Deputados - 2014) Acerca da citação e da prova no sistema processual civil,
julgue os seguintes itens.
É defeso aos sujeitos da relação jurídica deduzida em juízo estabelecer convenção que distribua de maneira
diversa o ônus da prova estabelecido em lei. Trata-se, no caso, de regra legal que não se encontra à
disposição das partes e não admite exceção.

Comentários

A assertiva está incorreta, dado que, de acordo com o §3º, do art. 373, do CPC, as partes podem
convencionar sobre o ônus da prova, desde que não recaia sobre direito indisponível da parte ou a prova se
torne excessivamente difícil exercício do direito a uma das partes.

69. (CESPE/TRE-BA - 2010) Julgue os itens subsequentes, a respeito da prova, do ônus da prova, do
tempo dos atos processuais, dos recursos e suas espécies, da competência e da ação rescisória.
Para o CPC, o ônus da prova incumbe ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito, e ao réu, quanto
à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.

Comentários

A assertiva está correta, pois se refere ao art. 373, do CPC.

Art. 373. O ônus da prova incumbe:

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I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do


autor.

VUNESP

70. (VUNESP/Pref. Pindamonhangaba - 2023) A audiência de instrução e julgamento será realizada


após o saneamento e a organização do processo. Sobre o tema, é correto afirmar que
A) a audiência poderá ser adiada ainda que por atraso justificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta)
minutos do horário marcado.
B) a audiência é una e contínua, podendo ser excepcional e justificadamente cindida na ausência de perito
ou de testemunha, desde que haja concordância das partes.
C) encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em audiência ou no prazo de
10 (dez) dias.
D) a audiência poderá ser integralmente gravada em imagem e em áudio, em meio digital ou analógico. A
gravação pode ser realizada diretamente por qualquer das partes, desde que mediante autorização judicial.
E) as provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se, nesta ordem, preferencialmente, o réu e, em
seguida, o autor, que prestarão depoimentos pessoais.

Comentários

A alternativa A está incorreta. Com base no art. 362, da Lei nº 13.105/15, a audiência poderá ser adiada por
atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 minutos do horário marcado.

Art. 362. A audiência poderá ser adiada:

III - por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta) minutos do horário
marcado.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. O art. 365, do CPC, destaca que a audiência de
instrução e julgamento, embora seja em regra una, pode ser dividida em partes, nas seguintes condições:

Art. 365. A audiência é una e contínua, podendo ser excepcional e justificadamente


cindida na ausência de perito ou de testemunha, desde que haja concordância das partes.

Parágrafo único. Diante da impossibilidade de realização da instrução, do debate e do


julgamento no mesmo dia, o juiz marcará seu prosseguimento para a data mais próxima
possível, em pauta preferencial.

A alternativa C está incorreta, pois encerrado o debate, o juiz tem a faculdade de proferir a sentença
oralmente em audiência ou chamar os autos à conclusão e proferir sentença escrita em cartório no prazo
impróprio de trinta dias.

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Art. 366. Encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em
audiência ou no prazo de 30 (trinta) dias.

A alternativa D está incorreta. De acordo com o § 6º do art. 367, a gravação da audiência pode ser realizada
diretamente por qualquer das partes, independentemente de autorização judicial.

A alternativa E está incorreta. A partir da interpretação conjunta dos arts. 361, inciso II; art. 385, caput, e §
1º do CPC, pode-se concluir que a ordem preferencial de produção da prova oral é a oitiva do autor e, em
seguida, do réu, sendo vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte. Confira os
dispositivos:

Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem,
preferencialmente:

II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;

Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta
seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de
ordená-lo de ofício.

§ 2º É vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte.

71. (VUNESP/TJ-SP - 2023) A produção antecipada de provas será admitida nos casos em que haja
fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na
pendência da ação. Acerca do tema, assinale a alternativa correta.
A) Os interessados poderão requerer a produção de qualquer prova no mesmo procedimento, relacionada
ao mesmo fato ou a outro deste decorrente, desde que a sua produção conjunta não acarrete excessiva
demora.
B) A produção antecipada da prova previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.
C) No procedimento de produção antecipada de provas admite-se defesa ou recurso contra decisão que
indeferir total ou parcialmente a produção de prova pleiteada pelo requerente originário.
D) O juiz não se pronunciará sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato, nem sobre as respectivas
consequências jurídicas.
E) O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a citação de interessados na produção da prova
ou no fato a ser provado, salvo se existente caráter contencioso.

Comentários

A alternativa A está incorreta, pois afronta o disposto no §3º do art. 382, do CPC:

Art. 382. § 3o Os interessados poderão requerer a produção de qualquer prova no mesmo


procedimento, desde que relacionada ao mesmo fato, salvo se a sua produção conjunta
acarretar excessiva demora.

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A alternativa B está incorreta. O § 3º do art. 381 do CPC consagra entendimento doutrinário e jurisprudencial
no sentido de a produção antecipada de provas não prevenir a competência do juízo para a ação que venha
a ser proposta. Neste sentido, o art. 381, §3º, do CPC:

Art. 381. [...]

§ 3º A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a ação que
venha a ser proposta.

A alternativa C está incorreta, pois no rito de produção antecipada da prova não se admitirá defesa ou
recurso, salvo contra decisão que indeferir totalmente a produção da prova, nos termos do art. 382, § 4º, do
CPC:

§4º Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra decisão que
indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, porque ao final do procedimento da produção


antecipada de provas, o juiz não pode se pronunciar sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato, nem
sobre suas respectivas consequências jurídicas, devendo se limitar a certificar a ocorrência da realização
das provas e a regularidade na sua produção. Neste sentido, o art. 382, §2º, do CPC:

Art. 382. [...]

§ 2º O juiz não se pronunciará sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato, nem sobre as


respectivas consequências jurídicas.

A alternativa E está incorreta. Com base no §1º, do art. 282, do CPC, o juiz determinará, de ofício ou a
requerimento da parte, a citação de interessados na produção da prova ou no fato a ser provado, salvo se
inexistente caráter contencioso.

Art. 382. [...]

§ 1o O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a citação de interessados na


produção da prova ou no fato a ser provado, SALVO se inexistente caráter contencioso.

72. (VUNESP/MPE-RJ - 2022) A respeito do sistema de distribuição do ônus da prova, assinale a


alternativa correta.
A) A distribuição dinâmica do ônus da prova é permitida, desde que a decisão judicial seja fundamentada na
impossibilidade ou excessiva dificuldade de cumprir o ônus probatório previsto em lei, ou na maior facilidade
de obtenção de prova do fato contrário.
B) A lei processual civil vigente adotou o sistema de distribuição estática do ônus da prova, vedando ao juiz
atribuir o ônus probatório de forma diversa da previamente prevista em lei.
C) É vedada a convenção que discipline o ônus probatório de forma diversa da prevista em lei, tendo em vista
a adoção do sistema de distribuição estática.

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D) É possível a inversão convencional do ônus da prova, desde que celebrada antes do ajuizamento da ação
judicial, não podendo recair sobre direito indisponível da parte, bem como não podendo tornar
excessivamente difícil a uma das partes o exercício do direito.
E) A inversão judicial do ônus da prova somente é admitida nas relações de consumo e a favor do consumidor
hipossuficiente.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A alternativa faz referência à teoria dinâmica do ônus
da prova, positivada pelo CPC. Vejamos o art. 373, §1º:

§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à


impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou
à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus
da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que
deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

A possibilidade de distribuição do ônus da prova de forma dinâmica no processo é uma das novidades do
CPC.

A alternativa B está incorreta. A distribuição estática da prova ainda é a regra, contudo, essa regra pode ser
alterada segundo o art. 373, §1º, que diz que, nos casos previstos em lei, ou diante de peculiaridades da
causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos
do caput, ou a maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova
de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à par te a
oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

A alternativa C está incorreta. O CPC permite a redistribuição dinâmica do ônus da prova,


convencionalmente, pelas partes, que podem, por meio de negócio jurídico processual, distribuir o ônus da
prova de forma diversa da que foi estabelecida pelo legislador, desde que não recaia sobre direito
indisponível da parte, ou que torne excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito. Confiram o art.
373, § 3º, do CPC:

Art. 373. §3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção
das partes, salvo quando:

I - recair sobre direito indisponível da parte;

II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

A alternativa D está incorreta, pois o art. 373, §4º do CPC prevê que a distribuição diversa do ônus da prova
pode ser celebrado antes ou durante o processo.

Art. 373. § 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o
processo.

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A alternativa E está incorreta. A teoria da distribuição dinâmica do ônus probatório consiste na flexibilização
da tradicional distribuição do ônus probatório, de acordo com as circunstâncias fáticas e atributos de cada
uma das partes. No atual CPC, há previsão expressa da teoria dinâmica do ônus da prova, e não somente
nas relações de consumo e a favor do consumidor hipossuficiente.

73. (VUNESP/TJ-AC - 2019) A produção antecipada da prova será admitida, dentre outras situações,
nos casos em que o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação, sendo
certo que
a) o juiz pode pronunciar-se sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato, mas não sobre suas respectivas
consequências jurídicas.
b) findo o procedimento, os autos serão arquivados em cartório.
c) o juízo estadual tem competência para produção antecipada de prova requerida em face da União, de
entidade autárquica ou de empresa pública federal se, na localidade, não houver vara federal.
d) no seu rito, admitir-se-á defesa, porém o recurso apenas será cabível contra a decisão que indeferir
totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário.
Comentários

A alternativa A está incorreta, pois “o juiz não se pronunciará sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato,
nem sobre as respectivas consequências jurídicas” (art. 382, §2º, do CPC).

A assertiva B está errada, porque “findo o prazo, os autos serão entregues ao promovente da medida” (art.
383, parágrafo único, do CPC).

A alternativa C é a correta e gabarito da questão. No art. 381, §4º, do CPC, há interessante inovação quanto
à competência por delegação prevista pelo art. 109, §§ 3º e 4º, da CF. Nos termos do dispositivo, o juízo
estadual tem competência para produção antecipada de prova requerida em face da União, da entidade
autárquica ou de empresa pública federal se, na localidade, não houver vara federal. Na realidade, o
dispositivo determina para a ação cautelar probatória regra já existente para a justificação destinada a
produzir prova perante a administração federal (art. 15, II, da Lei 5.010/66).

A alternativa D está incorreta, pois no rito de produção antecipada da prova não se admitirá defesa ou
recurso, salvo contra decisão que indeferir totalmente a produção da prova, nos termos do art. 382, § 4º, do
CPC:

§4º Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra decisão que
indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário.

74. (VUNESP/TJ-SP - 2017) Numa audiência de instrução e julgamento, o juiz determinou que primeiro
se ouvissem as testemunhas das partes, e, após isso, fossem prestados os esclarecimentos dos peritos.
Além disso, no momento dos debates orais, numa ação em que havia interesse de menores, concedeu
prazo de 40 minutos para o advogado do autor e de 30 minutos para o advogado do réu e para o promotor
de justiça se pronunciarem.
Diante dessa situação, é correto afirmar que o juiz

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a) acertou em todos os seus atos, pois a ordem da oitiva é passível de modificação a critério do juiz, bem
como os prazos para debates orais devem ser estipulados pelo magistrado.
b) acertou ao inverter a ordem da colheita de provas em audiência, pois não há uma obrigatoriedade nesse
roteiro; mas errou ao fixar limite de tempo de 40 minutos para o pronunciamento em razões finais do
advogado do autor, prazo superior ao estabelecido em lei.
c) somente errou ao inverter a ordem de oitiva do perito, tento em vista que a lei determina que,
obrigatoriamente, sejam ouvidos primeiro o perito e depois as testemunhas.
d) errou na questão da inversão da ordem das provas em audiência, bem como ao conceder prazo maior
para uma das partes em detrimento das outras, ferindo o princípio da igualdade processual.
e) errou unicamente ao conceder prazo para o ministério público, tendo em vista que somente as partes
devem participar dos debates orais, cabendo ao promotor apenas manifestar-se por escrito por meio de
memoriais.

Comentários

Não há que se falar em vício processual, no que diz respeito à inversão da ordem probatória. De acordo com
o art. 361, do CPC, a ordem é apenas preferencial, e não obrigatória, podendo o juiz adequá-la ao que
entender mais conveniente para a apreciação e julgamento do caso que lhe for submetido.

Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem,
preferencialmente:

I - o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de esclarecimentos


requeridos no prazo e na forma do art. 477, caso não respondidos anteriormente por
escrito;

II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;

III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas.

Porém, em relação à concessão do prazo de 40 minutos para a manifestação do autor e de 30 minutos para
a manifestação do réu, o juiz incorreu em um vício processual.

Vejamos o que dispõe o art. 364, da Lei nº 13.105/15:

Art. 364. Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e do réu, bem como
ao membro do Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, sucessivamente, pelo
prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável por 10 (dez) minutos, a critério do
juiz.

Assim, nota-se que, embora o juiz tenha respeitado o prazo de vinte minutos prorrogado por mais dez para
a manifestação do réu, ultrapassou esse limite ao conceder o prazo ao autor.

Dessa forma, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

75. (VUNESP/TJ-SP - 2017) Em matéria de prova, é incorreto afirmar:

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a) a falsidade de documento será resolvida como questão incidental e sobre a decisão não incidirá a
autoridade da coisa julgada, salvo se a parte requerer que o juiz decida a falsidade como questão principal.
b) desde que sejam capazes, e que a controvérsia comporte autocomposição, as partes podem escolher o
perito, e a perícia, assim produzida, substituirá, para todos os efeitos, a que seria realizada por perito
nomeado pelo juiz, sem prejuízo do convencimento motivado do magistrado.
c) a parte pode requerer o depoimento pessoal da parte adversária, do litisconsorte e eventualmente dela
própria.
d) na audiência de instrução, as perguntas serão formuladas pelas partes (por seus advogados) diretamente
à testemunha, mas o juiz poderá inquirir a testemunha tanto antes quanto depois da inquirição feita pelas
partes.

Comentários

A alternativa A está correta, nos termos do art. 430, da Lei nº 13.105/15:

Art. 430. A falsidade deve ser suscitada na contestação, na réplica ou no prazo de 15


(quinze) dias, contado a partir da intimação da juntada do documento aos autos.

Parágrafo único. Uma vez arguida, a falsidade será resolvida como questão incidental,
salvo se a parte requerer que o juiz a decida como questão principal, nos termos do inciso
II do art. 19.

A alternativa B está correta, com base no art. 471, caput, combinado com o §3º, da referida Lei:

Art. 471. As partes podem, de comum acordo, escolher o perito, indicando-o mediante
requerimento, desde que:

I - sejam plenamente capazes;

II - a causa possa ser resolvida por autocomposição.

§ 3o A perícia consensual substitui, para todos os efeitos, a que seria realizada por perito
nomeado pelo juiz.

A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão. Depoimento pessoal é o interrogatório de uma


parte, requerido pela outra, ou pelo próprio juiz, a fim de obter uma confissão em juízo. De acordo com o
art. 395, do CPC, a parte pode requerer o depoimento pessoal da parte contrária e não dela própria.

Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta
seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de
ordená-lo de ofício.

A alternativa D está correta, pois é o que dispõe o at. 459, caput, combinado com o §1º, da Lei nº 13.105/15:

Art. 459. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha,


começando pela que a arrolou, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a

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resposta, não tiverem relação com as questões de fato objeto da atividade probatória ou
importarem repetição de outra já respondida.

§ 1o O juiz poderá inquirir a testemunha tanto antes quanto depois da inquirição feita pelas
partes.

76. (VUNESP/Prefeitura de Mogi das Cruzes-SP - 2016) Quando a parte, em depoimento pessoal,
recusar-se a depor, o juiz aplicará a pena de confissão, exceto se os fatos a depor digam respeito
a) a negócios comerciais.
b) a direito de família.
c) a direito indisponível.
d) a direito personalíssimo.
e) ao que possa causar desonra própria.

Comentários

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. O depoimento pessoal está previsto no art. 385, caput,
do CPC:

Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta
seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de
ordená-lo de ofício.

O §1º, afirma que se a parte que for intimada a prestar depoimento, sob pena de confesso, não comparecer
à audiência ou, comparecendo, se negar a depor, o juiz aplicar-lhe-á a pena de confissão ficta, sendo
considerados verdadeiros os fatos alegados pela parte contrária.

§ 1o Se a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento pessoal e advertida da


pena de confesso, não comparecer ou, comparecendo, se recusar a depor, o juiz aplicar-
lhe-á a pena.

Contudo, em algumas hipóteses, a parte é eximida do dever de depor, não lhe sendo aplicada a pena de
confesso, caso opte por permanecer em silêncio. Essas hipóteses estão previstas no art. 388, da Lei nº
13.105/15:

Art. 388. A parte não é obrigada a depor sobre fatos:

I - criminosos ou torpes que lhe forem imputados;

II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo;

III - acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, de seu
companheiro ou de parente em grau sucessível;

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IV - que coloquem em perigo a vida do depoente ou das pessoas referidas no inciso III.

Vejamos, ainda o que dispõe o parágrafo único, do art. 388:

Parágrafo único. Esta disposição não se aplica às ações de estado e de família.

Isto é, nas ações de estado e de família pode ser aplicada a pena de confesso à parte que se recusar a depor
mesmo nessas hipóteses excepcionais.

77. (VUNESP/TJM-SP - 2017) Quanto à audiência de instrução e julgamento em procedimento comum,


assinale a alternativa correta.
a) Será possível a gravação da audiência em imagem e em áudio pelas partes, em meio digital ou analógico,
somente se houver autorização judicial.
b) Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as testemunhas, poderão os advogados
e o Ministério Púbico intervir ou apartear, independentemente de licença do juiz.
c) O juiz poderá dispensar a produção de provas requerida pelo Ministério Público ou pelo defensor público,
se o promotor de justiça ou o defensor público não comparecerem à audiência.
d) Nas provas orais produzidas em audiência, devem ser ouvidos, obrigatoriamente, nesta ordem: o perito e
os assistentes técnicos; o autor e o réu que prestarem depoimentos pessoais; as testemunhas arroladas pelo
autor e, por último, as testemunhas arroladas pelo réu.
e) Instalada a audiência, o juiz pode deixar de tentar conciliar as partes se já tiver empregado anteriormente
outros métodos de solução consensual de conflitos.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o §6º, do art. 367, da Lei nº 13.105/15, a gravação da audiência
pelas partes independe de autorização judicial.

§ 6o A gravação a que se refere o § 5o também pode ser realizada diretamente por qualquer
das partes, independentemente de autorização judicial.

A alternativa B está incorreta. Segundo o parágrafo único, do art. 361, da referida Lei, enquanto essas
pessoas estiverem depondo, o advogado e o membro do Ministério Público poderão intervir ou apartear,
somente com licença do juiz.

Parágrafo único. Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as


testemunhas, não poderão os advogados e o Ministério Público intervir ou apartear, sem
licença do juiz.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o §2º, do art. 362, do CPC:

§ 2o O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado
ou defensor público não tenha comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra ao
Ministério Público.

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A alternativa D está incorreta. A produção da prova oral deve respeitar a ordem prevista no art. 361, da Lei
nº 13.105/15:

Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem,
preferencialmente:

I - o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de esclarecimentos


requeridos no prazo e na forma do art. 477, caso não respondidos anteriormente por
escrito;

II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;

III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas.

A alternativa E está incorreta. O art. 359, da referida Lei, estabelece que após instalada a audiência, o juiz
tentará conciliar as partes, independentemente do emprego anterior de outros métodos de solução
consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem.

78. (VUNESP/Câmara de Marília-SP - 2016) Será realizada uma audiência de instrução e julgamento em
que previamente houve realização de perícia e existe pedido de depoimento pessoal das partes, bem como
arrolamento de testemunhas. Diante disso, assinale a alternativa correta.
a) Antes de instalar a instrução, em regra, não cabe ao juiz tentar conciliar as partes.
b) Em primeiro lugar, o juiz tomará os depoimentos pessoais, primeiro do autor e depois do réu.
c) Por último, o perito e os assistentes técnicos responderão aos quesitos de esclarecimentos, requeridos no
prazo e nos termos do disposto no Código de Processo Civil.
d) Após ouvir os peritos e assistentes técnicos e realizados os depoimentos pessoais, serão inquiridas as
testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu.
e) O juiz não poderá dispensar a produção de prova requerida pela parte cujo advogado não tenha
comparecido à audiência.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 359, do CPC, após instalada a audiência, o juiz tentará
conciliar as partes.

Art. 359. Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente do


emprego anterior de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação
e a arbitragem.

Passemos a análise das alternativas B, C e D:

A ordem de produção das provas em audiência está prevista no art. 361, da Lei nº 13.105/15:

Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem,
preferencialmente:

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I - o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de esclarecimentos


requeridos no prazo e na forma do art. 477, caso não respondidos anteriormente por
escrito;

II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;

III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas.

Podemos perceber que as alternativas B e C estão incorretas. Enquanto, a alternativa D está correta e é o
gabarito da questão.

Por fim, a alternativa E está incorreta. Com base no §2º, do art. 362, do CPC, o juiz poderá dispensar a
produção das provas requeridas pela parte cujo advogado ou defensor público não tenha comparecido à
audiência, aplicando-se a mesma regra ao Ministério Público.

79. (VUNESP/TJM-SP - 2016) A escritura pública, lavrada em notas de tabelião, é documento dotado
de fé pública, fazendo prova plena. Diante desta afirmação, assinale a alternativa correta.
a) No sentido jurídico, a prova demonstrada por instrumento público é direta e recai sobre o fato nela
estipulado, permitindo uma conclusão direta e objetiva, que não admite ser contrariada.
b) As informações contidas em escritura pública, por se tratar de direito disponível, geram presunção
absoluta quanto à declaração de vontade estipulada no instrumento.
c) Independentemente dos negócios jurídicos representados por escritura pública, por ser instrumento
dotado de fé pública, as consequências dela extraídas geram presunção absoluta de veracidade.
d) A quitação dada em escritura pública gera presunção relativa do pagamento, admitindo prova em
contrário que evidencie a invalidade do instrumento eivado de vício que o torne falso.
e) Não há presunção relativa sobre os elementos constitutivos de uma escritura pública, exceto os que forem
eivados de nulidade absoluta, tais como os elementos essenciais de sua formação válida.

Comentários

A alternativa A está incorreta. A prova demonstrada por instrumento público detém presunção relativa,
logo, ao contrário do afirmado, admite ser contrariada.

A alternativa B está incorreta. As informações contidas em escritura pública geram presunção relativa.

A alternativa C está incorreta, pois, novamente, há apenas presunção relativa de veracidade.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. A quitação em escritura pública gera presunção
relativa de pagamento, justamente porque admite prova em contrário.

A alternativa E está incorreta. Como dissemos, a presunção é relativa.

80. (VUNESP/Câmara Municipal de Poá-SP - 2016) Serão ouvidos como prova em audiência na seguinte
ordem:

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a) perito e assistentes técnicos; depoimentos pessoais, primeiro do autor e depois do réu; testemunhas
arroladas pelo autor e pelo réu.
b) depoimentos pessoais, primeiro do autor e depois do réu, testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu;
perito e assistentes técnicos.
c) perito e assistentes técnicos; testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu; depoimentos pessoais,
primeiro do autor e depois do réu.
d) depoimentos pessoais, primeiro do autor e depois do réu; perito e assistentes técnicos; testemunhas
arroladas pelo autor e pelo réu.
e) testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu; perito e assistentes técnicos; depoimentos pessoais,
primeiro do autor e depois do réu.

Comentários

De acordo com o art. 361, do CPC, serão ouvidos como prova em audiência, o perito e os assistentes técnicos,
o autor, o réu e as testemunhas arroladas.

Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem,
preferencialmente:

I - o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de esclarecimentos


requeridos no prazo e na forma do art. 477, caso não respondidos anteriormente por
escrito;

II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;

III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas.

Portanto, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

81. (VUNESP/Prefeitura de Suzano-SP - 2015) Com relação ao depoimento pessoal da parte, é correto
afirmar que
a) caso se recuse a depor, presumir-se-ão confessados os fatos contra ela alegados.
b) a intimação da parte se dará por meio de seu advogado.
c) não depende de requerimento da parte contrária.
d) o depoimento é colhido em audiência de conciliação, caso não haja acordo entre as partes.
e) as perguntas são dirigidas diretamente ao depoente, pelos advogados, sem intermediação do juiz.
Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 385, §1º, do CPC.

§ 1o Se a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento pessoal e advertida da


pena de confesso, não comparecer ou, comparecendo, se recusar a depor, o juiz aplicar-
lhe-á a pena.

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A alternativa B está incorreta. De acordo com o §1º, do art. 385, do CPC, a parte será pessoalmente intimada.

A alternativa C está incorreta, pois é justamente o requerimento da parte contrária que classifica o ato como
depoimento pessoal e não como interrogatório.

A alternativa D está incorreta, pois o depoimento será colhido na audiência de instrução e julgamento.

A alternativa E está incorreta. Note que estamos falando do depoimento da parte e não da colheita de provas
da testemunha.

Segundo o art. 459, do CPC, as perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha. Contudo,
o juiz exercerá o poder de polícia, não admitindo perguntas que não tenham relação com questões de fato,
objeto da atividade probatória.

82. (VUNESP/TJ-SP - 2015) Com relação à confissão, assinale a alternativa correta.


a) Em ação que verse sobre direitos indisponíveis, a confissão não faz prova contra o confitente se
desacompanhada da confissão do outro cônjuge.
b) A confissão judicial faz prova contra os litisconsortes e o confitente.
c) É meio de prova que implica presunção absoluta de veracidade.
d) É, de regra, indivisível.
Comentários

alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Conforme prevê o art. 395, do CPC, a confissão é, em
regra, indivisível.

Art. 395. A confissão é, em regra, indivisível, não podendo a parte que a quiser invocar
como prova aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável,
porém cindir-se-á quando o confitente a ela aduzir fatos novos, capazes de constituir
fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção.

83. (VUNESP/TJ-RJ - 2014) Ao longo do tempo, o processo civil brasileiro passou por mudanças, com o
objetivo de melhor cumprir os princípios da celeridade e economia processual, bem como alcançar a
desejável “verdade real”. Neste contexto surgiu a teoria da distribuição dinâmica do ônus probatório, que
consiste, em suma,
a) na inversão do ônus da prova, a critério do juiz, quando se verificar a hipossuficiência técnica, jurídica ou
financeira de uma das partes.
b) na atribuição de hierarquia às espécies de provas, pelo juiz, de acordo com as circunstâncias e
peculiaridades do caso concreto.
c) na valorização da prova indiciária produzida por uma das partes, quando da avaliação do integral conjunto
probatório.
d) na flexibilização da tradicional distribuição do ônus probatório, de acordo com as circunstâncias fáticas e
atributos de cada uma das partes.

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Comentários

Embora agora no CPC nós tenhamos a previsão expressa da teoria dinâmica do ônus da prova. No CPC73 não
havia tal regra que foi constituída pela doutrina e jurisprudência.

De todo modo a questão é interessante, pois retrata o conceito da teoria dinâmica de distribuição do ônus
da prova, que é adotado no CPC.

A teoria da distribuição dinâmica do ônus probatório consiste na flexibilização da tradicional distribuição do


ônus probatório, de acordo com as circunstâncias fáticas e atributos de cada uma das partes.

Vejamos o §1º, do art. 373, do CPC:

§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à


impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da
prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá
dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

Desse modo, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

84. (VUNESP/EMPLASA - 2014) Quanto ao tema probatório, pode-se afirmar que, no âmbito do
processo civil, são meios de prova admitidos no sistema:
a) somente aqueles que forem previstos expressamente em lei processual ou material.
b) aqueles que o órgão julgador definir no momento do saneamento, após análise dos pontos controvertidos
em cada caso concreto.
c) aqueles obtidos ilicitamente, desde que permitido o contraditório.
d) todos os meios legais e moralmente legítimos, ainda que não previstos expressamente em lei, inclusive a
gravação clandestina de conversa telefônica feita por um dos interlocutores, mesmo que tenha sido feita
sem qualquer autorização ou sem o conhecimento do outro, desde que ambos os interlocutores sejam partes
do processo.
e) aqueles previstos expressamente na lei processual, com exceção da prova emprestada, que sempre será
admitida após o contraditório.
Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 369, do CPC, as partes têm o
direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados
neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente
na convicção do juiz.

Logo, são admitidas outras provas para além daquelas previstas expressamente (alternativa A). Não há
possibilidade de o magistrado restringir os meios de provas na decisão saneadora (alternativa B). O que ele
pode fazer é delimitas fatos controvertidos sobre os quais a prova irá incidir, mas não poderá limitar os meios
de provas. Além disso, não são admissíveis provas ilícitas no processo civil (alternativa C).

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85. (VUNESP/TJ-SP - 2013) Acerca de provas, é correto afirmar que


a) qualquer que seja o valor do contrato, é lícito à parte inocente provar exclusivamente com testemunhas
a sua simulação.
b) há presunção absoluta de veracidade e exatidão dos livros empresariais quando eles constituam prova
contra seu autor, e relativa, quando provam a seu favor.
c) somente a requerimento de algumas das partes, demonstrando que a matéria não está suficientemente
esclarecida, poderá o juiz determinar a realização de nova perícia.
d) para provar a verdade dos fatos, só se podem produzir as provas especificadas no Código de Processo
Civil.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 446, I, da Lei nº 13.105/15:

Art. 446. É lícito à parte provar com testemunhas:

I - nos contratos simulados, a divergência entre a vontade real e a vontade declarada;

A alternativa B está incorreta. Com base no art. 417, do CPC, os livros empresariais provam contra seu autor,
sendo lícito ao empresário, todavia, demonstrar, por todos os meios permitidos em direito, que os
lançamentos não correspondem à verdade dos fatos.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o art. 480, da referida Lei, o juiz determinará, de ofício ou a
requerimento da parte, a realização de nova perícia quando a matéria não estiver suficientemente
esclarecida.

A alternativa D está incorreta. Segundo o art. 369, da Lei nº 13.105/15, as partes têm o direito de empregar
todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para
provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.

86. (VUNESP/MPE-ES - 2013) Sobre as provas, é correto dizer que


a) o ônus da prova compete ao réu quanto ao fato constitutivo e impeditivo do seu direito.
b) o ônus da prova compete ao autor quanto à existência de fato extintivo do direito do réu.
c) não dependem de prova os fatos alegados pelo Ministério Público em ação que atua como fiscal da lei.
d) dependem de prova os fatos em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.
e) a parte que alegar direito municipal, provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o determinar o juiz.
Comentários

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, conforme estabelece o art. 376, do CPC:

Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário
provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.

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87. (VUNESP/TJ-MG - 2012) Quanto ao instituto da confissão, assinale a alternativa correta.


a) A confissão judicial faz prova contra o confitente obrigando os litisconsortes.
b) A confissão espontânea não pode ser feita por mandatário com poderes especiais.
c) A confissão é revogável.
d) Não vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a direitos indisponíveis.

Comentários

A alternativa A está incorreta, de acordo com o art. 391, do CPC:

Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os
litisconsortes.

A alternativa B está incorreta, com base no §1º, do art. 390, da referida Lei:

§ 1o A confissão espontânea pode ser feita pela própria parte ou por representante com
poder especial.

A alternativa C está incorreta, segundo o art. 393, da Lei nº 13.105/15:

Art. 393. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou
de coação.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 392, da referida Lei:

Art. 392. Não vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a direitos
indisponíveis.

88. (VUNESP/TJ-SP - 2010) Quanto à prova testemunhal, aponte a alternativa correta.


a) A prova testemunhal é sempre admissível, não podendo ser indeferida, ainda que haja documento que
prove os fatos, sob pena de cerceamento de defesa.
b) É vedado à parte inocente provar com testemunhas, nos contratos simulados, a divergência entre a
vontade real e a vontade declarada.
c) Estão impedidos de depor como testemunha o que é parte na causa, bem como seu cônjuge.
d) Está impedido de depor o condenado por crime de falso testemunho, havendo transitado em julgado a
sentença.
e) As testemunhas devem depor pessoalmente em juízo, em audiência de instrução, não se admitindo outra
forma de oitiva, sob pena de nulidade.
Comentários

A alternativa A está incorreta. De fato, a prova testemunhal é sempre admissível. Vejamos o art. 442, do
CPC:

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Art. 442. A prova testemunhal é sempre admissível, não dispondo a lei de modo diverso.

Porém, de acordo com o art. 443, a prova testemunhal pode sim ser indeferida:

Art. 443. O juiz indeferirá a inquirição de testemunhas sobre fatos:

I - já provados por documento ou confissão da parte;

II - que só por documento ou por exame pericial puderem ser provados.

A alternativa B está incorreta. Segundo o art. 446, I, da Lei nº 13.105/15, é permitido à parte inocente provar
com testemunhas, nos contratos simulados, a divergência entre a vontade real e a vontade declarada.

Art. 446. É lícito à parte provar com testemunhas:

I - nos contratos simulados, a divergência entre a vontade real e a vontade declarada;

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. O §2º, do art. 447, da referida Lei, menciona quem
são os impedidos:

§ 2o São impedidos:

I - o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em qualquer grau e o colateral,


até o terceiro grau, de alguma das partes, por consanguinidade ou afinidade, salvo se o
exigir o interesse público ou, tratando-se de causa relativa ao estado da pessoa, não se
puder obter de outro modo a prova que o juiz repute necessária ao julgamento do mérito;

II - o que é parte na causa;

III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o representante legal da pessoa
jurídica, o juiz, o advogado e outros que assistam ou tenham assistido as partes.

A alternativa D está incorreta. O condenado por crime de falso testemunho, não está dentre as hipóteses de
impedidos, conforme mencionado no art. acima.

A alternativa E está incorreta. Com base no §1º, do art. 453, do CPC, as testemunhas devem depor por meio
de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão e recepção de sons e imagens em tempo
real.

§ 1o A oitiva de testemunha que residir em comarca, seção ou subseção judiciária diversa


daquela onde tramita o processo poderá ser realizada por meio de videoconferência ou
outro recurso tecnológico de transmissão e recepção de sons e imagens em tempo real, o
que poderá ocorrer, inclusive, durante a audiência de instrução e julgamento.

89. (VUNESP/CEAGESP - 2010) O ônus da prova incumbe


a) ao autor, quanto à existência de fato impeditivo do seu direito.

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b) ao réu, quanto ao fato constitutivo do direito do autor.


c) ao autor, quanto à existência de fato modificativo do seu direito.
d) ao réu, quanto à existência de fato extintivo do direito do autor.
e) aos dois litigantes, nos termos do que foi convencionado, ainda que se trate de direitos indisponíveis.

Comentários

De acordo com o art. 373, do CPC, o ônus da prova incumbe ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu
direito; ou ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor .

Assim, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

90. (VUNESP/IPT-SP - 2014) No tocante à prova, é correta a seguinte afirmação:


a) se a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento pessoal e advertida da pena de confesso, não
comparecer ou, comparecendo, se recusar a depor, o juiz aplicar-lhe-á a pena.
b) no depoimento pessoal, a parte responderá pessoalmente sobre o direito invocado e os fatos articulados,
podendo servir-se de escritos adrede preparados.
c) a confissão judicial pode ser espontânea e deve ser realizada pela própria parte, não podendo ser realizada
por mandatário, ainda que com poderes especiais.
d) nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos sobre imóveis alheios, a confissão de um cônjuge
valerá para ambos.
e) a confissão não pode ser revogada, ainda que emanada de erro, dolo ou coação.
Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois reproduz o §1º, do art. 385, do CPC:

§ 1o Se a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento pessoal e advertida da


pena de confesso, não comparecer ou, comparecendo, se recusar a depor, o juiz aplicar-
lhe-á a pena.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 387, da Lei nº 13.105/15, a parte responderá
pessoalmente sobre os fatos articulados, não podendo servir-se de escritos anteriormente preparados,
permitindo-lhe o juiz, todavia, a consulta a notas breves, desde que objetivem completar esclarecimentos.

A alternativa C está incorreta. Com base no §1º, do art. 390, da referida Lei, a confissão espontânea pode
ser feita pela própria parte ou por representante com poder especial.

A alternativa D está incorreta. Segundo o parágrafo único, do art. 391, do CPC, nas ações que versarem sobre
bens imóveis ou direitos reais sobre imóveis alheios, a confissão de um cônjuge ou companheiro não valerá
sem a do outro, salvo se o regime de casamento for o de separação absoluta de bens.

A alternativa E está incorreta. O art. 393, da Lei nº 13.105/15, prevê que a confissão é irrevogável, mas pode
ser anulada se decorreu de erro de fato ou de coação.

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91. (VUNESP/CM Itaquaquecetuba - 2018) Quanto à produção de provas, assinale a alternativa correta,
de acordo com o Código de Processo Civil.
a) A confissão judicial faz prova contra o confitente e seu teor se estende aos litisconsortes.
b) Depois de apresentado o rol, não poderá haver substituição de testemunhas.
c) A ata notarial atesta a existência de um fato e é lavrada pelo tabelião.
d) Em caso de laudo pericial insatisfatório, o juiz pode determinar a realização de segunda perícia, a qual
substituirá a primeira.
e) Ao réu revel é defeso produzir provas no processo.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 391 do CPC, a confissão judicial faz prova contra o
confitente, não prejudicando, todavia, os litisconsortes.

A alternativa B está incorreta. O art. 451 do CPC autoriza, em situações excepcionais, a substituição de
testemunhas, mesmo após a apresentação do rol.

Confira:

Art. 451. Depois de apresentado o rol de que tratam os §§ 4º e 5º do art. 357, a parte só
pode substituir a testemunha:

I - que falecer;

II - que, por enfermidade, não estiver em condições de depor;

III - que, tendo mudado de residência ou de local de trabalho, não for encontrada.

A alternativa C é a correta e o gabarito da questão. De acordo com o que dispõe o art. 384, do CPC, a
existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requerimento do
interessado, mediante ata lavrada por tabelião.

A alternativa D está incorreta, pois o art. 480, § 3º, do CPC é claro em registrar que a segunda perícia não
substitui a primeira, cabendo ao juiz apreciar o valor de uma e de outra.

A alternativa E, por fim, está incorreta. Diversamente do que contém a assertiva, é possível a intervenção
do réu revel no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar, conforme o
parágrafo único do art. 346 do CPC. Portanto, não é correto afirmar que é defeso ao revel produzir provas.

92. (VUNESP/UNIFAI - 2019) Sobre a audiência de instrução e julgamento, é correto afirmar que
a) é una e contínua, podendo ser excepcional e justificadamente cindida na ausência de perito ou de
testemunha, independentemente da concordância das partes.
b) na impossibilidade de realização da instrução, do debate e do julgamento no mesmo dia, o juiz marcará
seu prosseguimento para a data mais próxima possível, em pauta comum.

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c) encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em audiência ou no prazo de
10 (dez) dias.
d) a audiência não poderá ser integralmente gravada em imagem e em áudio, em meio digital ou analógico.
e) a gravação da audiência pode ser realizada diretamente por qualquer das partes, independentemente de
autorização judicial.
Comentários

A alternativa A está incorreta, pois a cisão da audiência depende da concordância das partes, a teor do que
dispõe o art. 365 do CPC.

A alternativa B está incorreta. Prevê o art. 365, parágrafo único do CPC que, diante da impossibilidade de
realização da instrução, do debate e do julgamento no mesmo dia, o juiz marcará seu prosseguimento para
a data mais próxima possível, em pauta preferencial, não em pauta comum como previsto na afirmação da
questão.

A alternativa C está incorreta. O art. 366 do CPC estabelece que, encerrado o debate ou oferecidas as razões
finais, o juiz proferirá sentença em audiência ou no prazo de 30 (trinta) dias.

A alternativa D está incorreta. Ao contrário do que registrou a alternativa, o art. 465, §5º do CPC registra
que a audiência poderá ser integralmente gravada em imagem e em áudio, em meio digital ou analógico,
desde que assegure o rápido acesso das partes e dos órgãos julgadores, observada a legislação específica.

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois está de acordo com a previsão do art. 367, § 6º
do CPC. Confira:

Art. 367, § 6º A gravação a que se refere o § 5º também pode ser realizada diretamente
por qualquer das partes, independentemente de autorização judicial

93. (VUNESP/CM Piracicaba - 2019) Sobre a audiência de instrução e julgamento, é correto afirmar que
a) é una e contínua, podendo ser excepcional e justificadamente cindida na ausência de perito ou
testemunha, desde que haja concordância das partes.
b) poderá ser adiada por atraso injustificado de seu início em tempo inferior a trinta minutos do horário
marcado.
c) necessariamente o perito e os assistentes técnicos, quando for o caso, devem ser ouvidos antes das
testemunhas do autor e do réu.
d) o prazo para razões finais orais nessa audiência é de 20 minutos sem possibilidade de prorrogação para
ambas as partes.
e) enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as testemunhas, os advogados poderão
intervir ou apartear sem licença do juiz.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois reproduz a disposição do art. 365, caput, do CPC.
Confira:

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Art. 365. A audiência é una e contínua, podendo ser excepcional e justificadamente cindida
na ausência de perito ou de testemunha, desde que haja concordância das partes.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 362, III, do CPC a audiência poderá ser adiada por atraso
injustificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta) minutos do horário marcado.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o que dispõe o art. 361, caput, do CPC, as provas orais serão
produzidas em audiência em ordem preferencial. Assim, é equivocado afirmar que necessariamente o perito
e os assistentes técnicos devem ser ouvidos antes das testemunhas do autor e do réu.

A alternativa D está incorreta, pois o 364 do CPC estabelece que o prazo para razões finais orais em audiência
de instrução e julgamento é de 20 (vinte) minutos para cada parte, prorrogável por 10 (dez) minutos, a
critério do juiz.

A alternativa E, por fim, está incorreta. De acordo com o art. 361 do CPC, enquanto depuserem o perito, os
assistentes técnicos, as partes e as testemunhas, não poderão os advogados e o Ministério Público intervir
ou apartear, sem licença do juiz.

94. (VUNESP/FAPESP - 2018) No dia e na hora designados, o juiz declarará aberta a audiência de
instrução e julgamento e mandará apregoar as partes e os respectivos advogados, bem como outras
pessoas que dela devam participar, observando que:
a) instalada a audiência, tentará conciliar as partes, desde que anteriormente não tenha ocorrido o emprego
de outros métodos de solução consensual de conflitos.
b) exercerá o poder de polícia sobre ela, incumbindo-lhe ordenar que se retirem da sala de audiência os que
se comportarem inconvenientemente.
c) havendo necessidade de prova oral, ouvirá, preferencialmente, as seguintes pessoas na ordem que segue,
a saber: partes, testemunhas e por fim o perito.
d) por convenção das partes, em conjunto com as testemunhas, poderá ser adiada.
e) não poderá dispensar a produção das provas requeridas pelo membro do Ministério Público que não
esteja presente em audiência, devendo portanto redesigná-la.
Comentários

A alternativa A está incorreta. A tentativa de conciliação ocorrerá independente do emprego de outros


métodos de solução consensual de conflitos. É isso que se extrai do art. 359 do CPC.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois descreve uma das formas do exercício do poder
de polícia em audiência pelo magistrado, tal como descrito no art. 360 do CPC:

Art. 360. O juiz exerce o poder de polícia, incumbindo-lhe:

I - manter a ordem e o decoro na audiência;

II - ordenar que se retirem da sala de audiência os que se comportarem


inconvenientemente;

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III - requisitar, quando necessário, força policial;

IV - tratar com urbanidade as partes, os advogados, os membros do Ministério Público e da


Defensoria Pública e qualquer pessoa que participe do processo;

V - registrar em ata, com exatidão, todos os requerimentos apresentados em audiência.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o que dispõe o art. 361 do CPC, a ordem preferencial de oitiva
em audiência é: (i) o perito e os assistentes técnicos; (ii) o autor; (iii) o réu e (iv) as testemunhas arroladas
pelo autor e réu. A alternativa é equivocada porque alterou a ordem legal.

A alternativa D está incorreta, pois o art. 362, I do CPC autoriza o adiamento da audiência por convenção
das partes, não havendo, entretanto, a participação das testemunhas.

A alternativa E, por fim, está incorreta. De acordo com o art. 362, §2º do CPC o juiz pode dispensar a
produção de provas requeridas pela parte desassistida na audiência. Igual regra vale para o Ministério
Público. Confira:

§ 2º O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado
ou defensor público não tenha comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra ao
Ministério Público.

95. (VUNESP/CM Olímpia - 2018) Em relação às normas para realização da audiência de instrução e
julgamento, é correto afirmar:
a) a audiência poderá ser integralmente gravada por qualquer das partes, mediante prévia autorização
judicial.
b) instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, somente se não houve o emprego anterior de
outros métodos de solução consensual de conflitos.
c) encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em audiência ou no prazo de
5 (cinco) dias.
d) a audiência poderá ser adiada por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta)
minutos do horário marcado.
e) as provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se, obrigatoriamente, na seguinte ordem:
testemunhas do autor e réu, autor e réu em depoimentos pessoais, peritos e assistentes técnicos.
Comentários

A alternativa A está incorreta, pois o art. 367, §6º do CPC dispõe que a gravação da audiência independente
de autorização judicial.

A alternativa B está incorreta. A tentativa de conciliação ocorrerá independente do emprego de outros


métodos de solução consensual de conflitos. É isso que se extrai do art. 359 do CPC.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o que dispõe o art. 366 do CPC o prazo é de 30 dias.

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A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois reproduz a norma contida no art. 362, II, do CPC:

Art. 362. A audiência poderá ser adiada:

III - por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta) minutos do horário
marcado.

A alternativa E está incorreta, pois ordem de produção de provas em audiência é preferencial. Além disso,
foi alterada a sequência estabelecida na no art. 361. Confira:

Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem,
preferencialmente:

I - o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de esclarecimentos


requeridos no prazo e na forma do art. 477, caso não respondidos anteriormente por
escrito;

II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;

III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas.

96. (VUNESP/UNIFAI - 2019) Sobre a distribuição diversa do ônus da prova que pode ocorrer por
convenção das partes, assinale a alternativa correta.
a) A convenção não poderá ser celebrada antes do processo.
b) Não poderá ocorrer quando tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
c) Poderá ocorrer inclusive quando recair sobre direito indisponível da parte.
d) A convenção somente poderá ser celebrada durante o processo.
e) Não poderá ocorrer quando recair sobre direito disponível da parte.

Comentários

A alternativa A está incorreta, pois o art. 373, §4º do CPC autoriza a celebração de acordo para distribuição
diversa do ônus da prova por convenção entre as partes antes ou durante o processo.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. A distribuição diversa do ônus da prova não pode
tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito. Essa é a determinação contida no art. 373,
§3º, II do CPC. Confira:

§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das
partes, salvo quando:

II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o que dispõe o art. 373, § 3º, I do CPC, não pode haver
distribuição diversa do ônus da prova quando recair sobre direito indisponível da parte.

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A alternativa D está incorreta. O art. 373, §4º do CPC autoriza a celebração de acordo para distribuição
diversa do ônus da prova por convenção entre as partes antes ou durante o processo.

A alternativa E está incorreta, pois o art. 373, § 3º, I do CPC veda apenas a distribuição diversa do ônus da
prova quando recair sobre direito indisponível da parte.

97. (VUNESP/Pref Itapevi - 2019) As questões de fato controvertidas da demanda devem ser dirimidas
através do conjunto probatório constante dos autos, e, nesse sentido, é certo que
a) as partes têm o direito de empregar todos os meios pragmáticos, teleológicos ou legais, para provar a
verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.
b) caberá ao juiz, desde que haja requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento
do mérito.
c) o juiz não deve indeferir quaisquer que sejam as diligências requeridas pelas partes, sob pena de ofensa
à ampla defesa.
d) o juiz valorará a prova constante dos autos, vinculando- a ao sujeito que a tiver promovido, de modo que
a prova produzida por uma parte não aproveite a adversa.
e) o juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que
considerar adequado, observado o contraditório.
Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 369 do CPC, as partes têm o direito de empregar todos
os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados no CPC para provar a
verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz. Assim,
equivoca-se a questão em falar em meios pragmáticos, teleológicos ou legais, pois não existem esses limites
na legislação.

A alternativa B está incorreta, pois, de acordo com o art. 370, caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento
da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o art. 370, parágrafo único, do CPC, o juiz indeferirá, em
decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente protelatórias. Logo, equivocada a afirmativa
no sentido de que o juiz não deve indeferir provas.

A alternativa D está incorreta. O art. 371 do CPC prevê o juiz apreciará a prova constante dos autos,
independentemente do sujeito que a tiver promovido. A prova pertence ao processo, não havendo, por
isso, a citada vinculação ao sujeito que a tiver promovido.

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois trata da prova emprestada e está de acordo com
a previsão do art. 372 do CPC. Confira:

Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo,
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

98. (VUNESP/Pref Arujá - 2019) No que se refere à produção de provas, assinale a alternativa correta.

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a) Os registros domésticos e o radiograma não são aceitos como meios de prova em processo judicial.
b) A existência de determinado fato pode ser documentada mediante ata notarial lavrada pelo tabelião.
c) Cabe à parte requerer o depoimento pessoal de seu opositor, não podendo o juiz determinar, de ofício,
tal providência.
d) A confissão judicial faz prova contra o confitente e contra os litisconsortes, se o teor da confissão os
atingir.
e) Quando necessária a exibição de documento ou coisa que estiver em poder de terceiro, o juiz mandará
citá-lo para que responda no prazo de 5 (cinco) dias.

Comentários

A alternativa A está incorreta, pois o art. 413 do CPC prevê que o telegrama, o radiograma ou qualquer
outro meio de transmissão tem a mesma força probatória do documento particular se o original constante
da estação expedidora tiver sido assinado pelo remetente.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. A existência e o modo de existir de algum fato podem
ser atestados ou documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião. Essa é
a previsão legal contida no art. 384 do CPC. Confira:

Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou
documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o que dispõe o art. 385 do CPC, cabe à parte requerer o
depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta seja interrogada na audiência de instrução e
julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de ordená-lo de ofício.

A alternativa D está incorreta. O art. 391 do CPC registra que a confissão judicial faz prova contra o
confitente, não prejudicando, todavia, os litisconsortes. Assim, equivocada a alternativa ao defender que a
confissão judicial faz prova contra o litisconsorte indiscriminadamente, se o teor da confissão os atingir.

A alternativa E está incorreta, pois o prazo de citação, quando o documento ou a coisa estiver em poder de
terceiro, é de 15 dias. Veja:

Art. 401. Quando o documento ou a coisa estiver em poder de terceiro, o juiz ordenará sua
citação para responder no prazo de 15 (quinze) dias.

99. (VUNESP/Pref Poá - 2019) As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os
moralmente legítimos, para provar a verdade dos fatos alegados e influir eficazmente na convicção do juiz.
Com relação ao direito probatório, assinale a alternativa correta.
a) A parte que requereu a produção de determinada prova poderá requerer sua desconsideração ou
desentranhamento, caso lhe seja desfavorável.
b) O juiz só poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo em caso de convenção
processual.

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c) A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar -lhe-á o teor e a
vigência independentemente de determinação judicial.
d) Incumbe ao terceiro, em relação a qualquer causa, exibir coisa ou documento que esteja em seu poder.
e) Não incumbe à parte colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o princípio da comunhão das provas, a prova pertence ao
processo, e não às partes que fizeram o requerimento. Assim, pleitear a desconsideração desse acervo por
questões de conveniência não é uma possibilidade aceita.

A alternativa B está incorreta. Pois, de acordo com o art. 372 do CPC, o juiz poderá admitir a utilização de
prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o
contraditório, sendo indevida, portanto, a condicionalmente de convenção entre as partes apresentada na
questão.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o que dispõe o art. 376 do CPC, a parte que alegar direito
municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz
determinar.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois reproduz a norma contida no art. 380, II, do CPC:

Art. 380. Incumbe ao terceiro, em relação a qualquer causa:

II - exibir coisa ou documento que esteja em seu poder.

A alternativa E está incorreta, pois, preservado o direito de não produzir prova contra si própria, é um dever
das partes colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for considerada necessária, a teor do
art. 379, II do CPC.

100. (VUNESP/PGE-SP - 2018) No caso de recusa injustificada de exibição de documento, na fase de


conhecimento de um processo, é correto afirmar que o juiz pode impor multa
a) às partes, aos terceiros e aos advogados privados, inclusive quando se tratar da Fazenda Pública, desde
que assegure a todos ampla defesa e contraditório, mediante prévia intimação pessoal de todos, com prazo
de cinco dias para resposta.
b) às partes, de ofício, mas, se o documento ou coisa estiver em poder de terceiros, o juiz poderá, também
de ofício ou a requerimento das partes, ordenar a citação deles, com prazo de quinze dias para resposta,
para que exibam o documento, sob pena de multa, dentre outras providências.
c) somente aos terceiros, de ofício, mediante intimação por mandado, com prazo de dez dias para a resposta,
visto que, em relação às partes, o juiz deverá aplicar a “confissão” quanto aos fatos que o documento poderia
provar.
d) de até 2% (dois por cento) do valor da causa apenas aos terceiros, quando verificar que eles não estão
colaborando com o Poder Judiciário ao deixar de exibir determinado documento.

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e) às partes, aos terceiros e também aos advogados ou procuradores que estiverem atuando no processo,
de ofício, salvo se uma das partes for a Fazenda Pública, porque o valor dessas multas processuais é sempre
revertido para ela mesma.
Comentários

A alternativa A está incorreta. No caso de recusa injustificada de exibição de documento, na fase de


conhecimento de um processo, é correto afirmar que o juiz pode impor multa às partes e ao terceiro, nos
termos dos artigos 396, 400, parágrafo único e 403 do CPC. Essa regra certamente não se aplica ao
procurador da parte.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois conjuga as obrigações das partes e de terceiros
quanto à exibição documental, nos termos dos artigos 396, 400, parágrafo único e 403 do CPC. Confira:

Art. 396. O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se encontre em
seu poder.

--

Art. 400, parágrafo único. Sendo necessário, o juiz pode adotar medidas indutivas,
coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias para que o documento seja exibido.

--

Art. 403. Se o terceiro, sem justo motivo, se recusar a efetuar a exibição, o juiz ordenar -
lhe-á que proceda ao respectivo depósito em cartório ou em outro lugar designado, no
prazo de 5 (cinco) dias, impondo ao requerente que o ressarça pelas despesas que tiver.

Parágrafo único. Se o terceiro descumprir a ordem, o juiz expedirá mandado de apreensão,


requisitando, se necessário, força policial, sem prejuízo da responsabilidade por crime de
desobediência, pagamento de multa e outras medidas indutivas, coercitivas,
mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar a efetivação da decisão.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o que dispõe o artigo 396 do CPC, a exibição documental é
também uma obrigação da parte.

A alternativa D está incorreta. De acordo com o art. 403, parágrafo único do CPC, se o terceiro descumprir a
ordem, o juiz expedirá mandado de apreensão, requisitando, se necessário, força policial, sem prejuízo da
responsabilidade por crime de desobediência, pagamento de multa e outras medidas indutivas, coercitivas,
mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar a efetivação da decisão. O dispositivo não
estabelece o patamar máximo de 2%, o que deixa a questão incorreta.

A alternativa E está incorreta. No caso de recusa injustificada de exibição de documento, na fase de


conhecimento de um processo, é correto afirmar que o juiz pode impor multa às partes e ao terceiro, nos
termos dos artigos 396, 400, parágrafo único e 403 do CPC. Essa regra certamente não se aplica ao
procurador da parte.

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101. (VUNESP/FAPESP - 2018) As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os
moralmente legítimos, ainda que não especificados no Código de Processo Civil de 2015, para provar a
verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz. Sobre
o regramento das provas, constante no diploma processual civil referido, é importante ressaltar que o juiz:
a) dada a inércia do Poder Judiciário, deve determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito,
apenas a requerimento da parte.
b) apreciará a prova constante dos autos, vinculada e a partir do sujeito que a tiver promovido, e indicará
na decisão as razões da formação de seu convencimento.
c) aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente acontece
e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado, quanto a estas, o exame pericial.
d) poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar
adequado, dispensado o contraditório nos autos do processo em curso para qual foi trazida.
e) deverá, em caso de descumprimento de exibição de documento que esteja em poder de terceiro,
determinar, a imposição de multa, mas não outras medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-
rogatórias.
Comentários

A alternativa A está incorreta, pois, de acordo com o art. 370 do CPC, caberá ao juiz, de ofício ou a
requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito.

A alternativa B está incorreta. O art. 371 do CPC estabelece que o juiz apreciará a prova constante dos autos,
independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu
convencimento, o que torna a afirmação equivocada.

A alternativa C é a correta e o gabarito da questão, pois reproduz corretamente as disposições contidas no


art. 371 do CPC. Confira o dispositivo legal:

Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que
a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.

A alternativa D está incorreta, pois o juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo,
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório (art. 372 do CPC).

A alternativa E está incorreta. De acordo com o art. 403, parágrafo único do CPC, se e o terceiro descumprir
a ordem, o juiz expedirá mandado de apreensão, requisitando, se necessário, força policial, sem prejuízo da
responsabilidade por crime de desobediência, pagamento de multa e outras medidas indutivas,
coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar a efetivação da decisão.

102. (VUNESP/CM Itaquaquecetuba - 2018) Quanto à produção de provas, assinale a alternativa correta,
de acordo com o Código de Processo Civil.
a) A confissão judicial faz prova contra o confitente e seu teor se estende aos litisconsortes.
b) Depois de apresentado o rol, não poderá haver substituição de testemunhas.

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c) A ata notarial atesta a existência de um fato e é lavrada pelo tabelião.


d) Em caso de laudo pericial insatisfatório, o juiz pode determinar a realização de segunda perícia, a qual
substituirá a primeira.
e) Ao réu revel é defeso produzir provas no processo.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 391 do CPC, a confissão judicial faz prova contra o
confitente, não prejudicando, todavia, os litisconsortes.

A alternativa B está incorreta. O art. 451 do CPC autoriza, em situações excepcionais, a substituição de
testemunhas, mesmo após a apresentação do rol. Confira:

Art. 451. Depois de apresentado o rol de que tratam os §§ 4º e 5º do art. 357, a parte só
pode substituir a testemunha:

I - que falecer;

II - que, por enfermidade, não estiver em condições de depor;

III - que, tendo mudado de residência ou de local de trabalho, não for encontrada.

A alternativa C é a correta e o gabarito da questão. De acordo com o que dispõe o art. 384, do CPC, a
existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requerimento do
interessado, mediante ata lavrada por tabelião.

A alternativa D está incorreta, pois o art. 480, § 3º, do CPC é claro em registrar que a segunda perícia não
substitui a primeira, cabendo ao juiz apreciar o valor de uma e de outra.

A alternativa E, por fim, está incorreta. Diversamente do que contém a assertiva, é possível a intervenção
do réu revel no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar, conforme o
parágrafo único do art. 346 do CPC. Portanto, não é correto afirmar que é defeso ao revel produzir provas.

103. (VUNESP/UNICAMP - 2018) Sobre o que prevê o CPC acerca das provas, assinale a alternativa
correta.
a) A distribuição do ônus da prova está fixada nos termos da lei e não caberá às partes defini -lo de outra
maneira em nenhuma hipótese, devendo o autor provar os fatos constitutivos de seu direito e o réu os fatos
impeditivos, extintivos ou modificativos dos direitos do autor, salvo os casos em que se admite a inversão do
ônus probatório.
b) Todas as vezes que a parte alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário deverá
provar-lhe o teor e o conteúdo, além de sua vigência.
c) A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requerimento do
interessado, mediante ata lavrada por tabelião, sendo que dados representados por imagem ou som
gravados em arquivos eletrônicos poderão constar da ata notarial.

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d) A confissão é, em regra, divisível, podendo a parte que a quiser invocar como prova aceitá -la no tópico
que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável, porém cindir-se-á quando o confitente a ela aduzir
fatos novos, capazes de constituir fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção.
e) O rol de testemunhas conterá, obrigatoriamente, o nome, a profissão, o estado civil, a idade, o número
de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas, o número de registro de identidade e o endereço completo da
residência e do local de trabalho.

Comentários

A alternativa A está incorreta, pois é facultado as partes estabelecer, por meio de convenção, que o ônus da
prova seja distribuído de forma diversa daquela prevista no caput do art. 373 do CPC. Nesse sentido, está o
§ 3º do referido artigo:

Art. 373. O ônus da prova incumbe:

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do


autor.

§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das
partes, SALVO quando:

I - recair sobre direito indisponível da parte;

II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 376 do CPC, a parte só precisará provar o teor e a vigência
de direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário se assim o juiz determinar. Confira:

Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário
provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.

A alternativa C está correta, pois reproduz o teor do art. 384, caput e parágrafo único do CPC, que trata
sobre a ata notarial. Veja o que diz a norma:

Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou
documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.

Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos


eletrônicos poderão constar da ata notarial.

A alternativa D está incorreta. Conforme prevê o art. 395, a confissão é, em regra, indivisível, não podendo
a parte que a quiser invocar como prova aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for
desfavorável. Observe:

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Art. 395. A confissão é, em regra, indivisível, não podendo a parte que a quiser invocar
como prova aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável,
porém cindir-se-á quando o confitente a ela aduzir fatos novos, capazes de constituir
fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção.

A alternativa E está incorreta. O rol de testemunhas conterá esses dados sempre que possível. O art. 450 do
CPC não estabelece a obrigatoriedade de constarem sempre todos esses dados. Confira:

Art. 450. O rol de testemunhas conterá, sempre que possível, o nome, a profissão, o
estado civil, a idade, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas, o número de
registro de identidade e o endereço completo da residência e do local de trabalho.

104. (VUNESP/SAAE Barretos - 2018) Em relação à produção antecipada da prova, é correto afirmar:
a) sua apreciação será de competência exclusiva do foro do domicílio do réu.
b) previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.
c) nesse procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra decisão que indeferir totalmente a
produção da prova pleiteada pelo requerente originário.
d) não será admitida nos casos em que o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o
ajuizamento de ação.
e) o juiz se pronunciará sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato, e sobre as respectivas consequências
jurídicas.

Comentários

A alternativa A está incorreta. A competência para apreciar a produção antecipada de prova é concorrente
entre o foro onde a prova deva ser produzida e o foro do domicílio do réu, conforme previsão contida no art.
381, 2º, do CPC. Confira:

Art. 381. (...)

§ 2o A produção antecipada da prova é da competência do juízo do foro onde esta deva


ser produzida ou do foro de domicílio do réu.

A alternativa B está incorreta. A produção antecipada de provas NÃO previne a competência para a ação
que venha a ser proposta. É o que dispõe o art. 381, § 3º do CPC:

Art. 381. (...)

§ 3º A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a ação que
venha a ser proposta.

A alternativa C está correta, pois representa a literalidade do § 4º do art. 382 do CPC. Veja:

Art. 382. (...)

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§ 4º Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, SALVO contra decisão que
indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário.

A alternativa D está incorreta. De acordo com o art. 381, III, do CPC, a produção antecipada da prova será
admitida nesses casos. Confira:

Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:

I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de
certos fatos na pendência da ação;

II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio


adequado de solução de conflito;

III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.

A alternativa E está incorreta. Neste procedimento, o juiz não se pronunciará acerca do direito que se
pretende provar. Veja o que diz o art. 382, §2º do CPC:

Art. 382. (...)

§ 2o O juiz não se pronunciará sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato, nem sobre as


respectivas consequências jurídicas.

FGV

105. (FGV/TJ-RN - 2023) Um paciente propôs uma demanda indenizatória em face do hospital que o
atendera em uma cirurgia. Sustentou que a prova do fato constitutivo de seu direito podia ser obtida com
a juntada do prontuário médico, que se encontrava no poder do réu, que revelava o erro médico ocorrido
durante o procedimento cirúrgico a que foi submetido. Em decisão de organização e saneamento do
processo, o juiz não definiu a quem cabia o referido ônus probatório. Após a regular instrução do feito,
sem a juntada do prontuário médico, foi prolatada a sentença, quando o juiz, em decisão motivada, aplicou
a teoria da distribuição dinâmica do ônus da prova e condenou o réu na forma do pedido, por entender
que cabia a este a prova de que tudo correra na normalidade durante o procedimento médico alegado.
Nesse cenário, a sentença é:
A) nula, por violação ao princípio do contraditório;
B) nula, pois é vedado ao juiz distribuir de forma diversa o ônus da prova;
C) válida, pois cabe ao réu a prova do fato constitutivo de seu direito;
D) válida, pois é possível na sentença a inversão judicial do ônus da prova;
E) válida, pois houve confissão do fato ao não ser acostado aos autos o prontuário médico.

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A alternativa A está correta e é o gabarito da questão De acordo com o §1º, do art. 373, do CPC, a inversão
do ônus da prova deve ocorrer na fase de saneamento do processo, e não na sentença, pois deve ser
assegurada às partes a possibilidade de se desincumbir do ônus probatório (regra de instrução), o que não é
possível quando a inversão ocorre como regra de julgamento:

Art. 373. O ônus da prova incumbe:

§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à


impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da
prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá
dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

A inversão da regra estática de ônus da prova é considerada regra de instrução, por um motivo muito
simples: a parte que, pelas regras dos incisos do art. 373, não estava obrigada a provar determinado fato,
pode, por ocasião da inversão, tornar-se incumbida. Assim, ela somente poderá se desincumbir desse ônus
– apresentando provas – na fase instrutória.

Logo, no caso da questão, tendo o magistrado aplicado a teoria da distribuição dinâmica do ônus da prova
na sentença, essa estará eivada de nulidade, pois houve ofensa ao princípio do contraditório, o qual
possibilitaria que o réu produzisse provas com o fim de evitar sua condenação.

Portanto, as alternativas B, C, D e E estão incorretas.

106. (FGV/CGU - 2022) Um Município celebra um contrato com uma empresa particular, cujo objeto é a
reforma e a conservação de uma escola municipal. Após expedidas as notas fiscais, com a informação de
que os serviços foram prestados e o valor efetivamente pago, veio ao conhecimento da autoridade
municipal que esse serviço não fora realizado. Assim, foi proposta uma ação autônoma para produção
antecipada de provas, a fim de verificar apenas a realização ou não das obras atestadas nas notas fiscais
mencionadas.
Nesse cenário, é correto afirmar que o manejo dessa via é:
A) cabível, uma vez que se pretende, com o resultado dessa prova, justificar ou evitar o ajuizamento de uma
outra demanda em face da empresa particular;
B) inviável, uma vez que a referida prova poderá ser produzida no curso da ação principal, não havendo
interesse processual nessa via autônoma;
C) equivocado, devendo o juízo convolar o procedimento para o de conhecimento contencioso, uma vez que
não há mais possibilidade de cautelar autônoma;
D) viável, sendo que, com a sentença dessa demanda autônoma, pode-se, desde logo, executar a empresa
particular, em caso de sua condenação;
E) equivocado, uma vez que se entende por fato notório um serviço prestado com a expedição de notas
fiscais atestando a sua realização.

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A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O art. 381, do CPC, estabelece as hipóteses em que
será admitida a ação para produção antecipada de prova:

Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos CASOS em que:

I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de
certos fatos na pendência da ação;

II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio


adequado de solução de conflito;

III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação .

Na hipótese do inciso III, temos a possibilidade de produção antecipada de prova para definir se a parte irá,
ou não, demandar contra o réu. Assim, o Município poderá requerer antecipadamente a realização de uma
prova a fim de justificar ou evitar o ajuizamento de outra demanda em face da empresa particular pois, a
depender do resultado dessa ação, é possível que o ente defina se houve, ou não, violação ao pactuado no
contrato.

As alternativas B e C estão incorretas, pois há viabilidade no manejo da produção antecipada de provas,


conforme comentário à alternativa A.

A alternativa D está incorreta, porque ao final do procedimento da produção antecipada de provas, o juiz
não pode se pronunciar sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato, nem sobre suas respectivas
consequências jurídicas, devendo se limitar a certificar a ocorrência da realização das provas e a regularidade
na sua produção. Neste sentido, o art. 382, §2º, do CPC:

Art. 382. [...]

§ 2º O juiz não se pronunciará sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato, nem sobre as


respectivas consequências jurídicas.

A alternativa E está incorreta. Fatos notórios são aqueles que não dependem de prova para serem
admitidos como verdadeiros no processo. São fatos de conhecimento geral. Por exemplo, na contagem de
determinado prazo que se discute a preclusão ou não, considera-se domingo como dia que implica
prorrogação do prazo. É notório que domingo não será considerado na contagem do prazo.

107. (FGV/TJ-TO - 2022) José propôs uma ação em face de João, afirmando ser credor deste na quantia
de cem mil reais, por força de um contrato de mútuo celebrado entre ambos. O réu confessou a existência
do contrato, mas afirmou já ter quitado toda a obrigação estipulada. Analisando a hipótese fática
apresentada, é correto afirmar que:
A) incumbe ao autor a prova da existência de seu crédito afirmado no contrato de mútuo;
B) incumbe ao autor a prova de que recebeu o pagamento afirmado pelo devedor;
C) incumbe ao réu a prova da existência do contrato de mútuo afirmado por ele;
D) o juiz apreciará a prova produzida no processo conforme sua íntima convicção;

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E) incumbe ao réu a prova da quitação da obrigação afirmada pelo autor no contrato de mútuo.

Comentários

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Para o CPC, o ônus da prova incumbe ao autor, quanto
ao fato constitutivo do seu direito, e ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou
extintivo do direito do autor, conforme art. 373, do CPC.

Art. 373. O ônus da prova incumbe:

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do


autor.

O dispositivo acima traz uma regra de julgamento, que se destina a prestar auxílio para o magistrado decidir
o caso concreto. Não se trata de uma regra de instrução, pois as regras de distribuição do ônus somente são
utilizadas no caso de não haver provas suficientes para a decisão.

José afirma ser credor de João, por força de um contrato de mútuo celebrado entre ambos, sendo que este
último confessou a existência do contrato, mas afirmou já ter quitado toda a obrigação estipulada. Assim, a
João incumbe a prova da quitação da obrigação afirmada por José no contrato de mútuo, pois se trata de
fato extintivo do direito deste.

Assim, as alternativas A, B, C e D estão incorretas.

108. (FGV/SEN - 2022) Em uma demanda judicial referente a um litígio existente em um contrato de
compra e venda internacional de mercadorias, uma sociedade empresária japonesa alegou, perante a
autoridade judiciária brasileira, direito estrangeiro para fundamentar a sua pretensão cond enatória
deduzida perante a sociedade empresária nacional.
A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
A) A autoridade judicial brasileira deverá indeferir a petição inicial por inépcia.
B) Ao juiz, é vedado transferir à parte o encargo de comprovar o teor e a vigência do direito estrangeiro.
C) A alegação de direito estrangeiro pelos litigantes depende da concordância da parte contrária.
D) A parte que alegar direito estrangeiro provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.
E) A alegação de direito estrangeiro pelos litigantes viola a ordem pública.

Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Em regra, não é necessário provar em juízo a existência
da norma jurídica invocada, pois se parte do pressuposto de que o juiz conhece o direito (iura novit curia).

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Contudo, nos casos de direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário, esse princípio é
excepcionado, cabendo a parte que o alegar, provar-lhe o teor e a vigência, caso o juiz assim determine.
Veja o que diz o art. 376 do CPC:

Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário
provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.

Portanto, as alternativas A, B, C e E estão incorretas.

109. (FGV/ALERO - 2018) Acerca das provas no processo civil, assinale a afirmativa correta.
a) O ônus da prova incumbe ao réu quanto aos fatos constitutivos do direito.
b) Não dependem de prova os fatos notórios, mas precisam ser provados os afirmados por uma parte e
confessados pela parte contrária.
c) Não cabe a prova de direito, mas apenas das alegações fáticas.
d) O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que
considerar adequado, observado o contraditório.
e) Diante das peculiaridades da causa, é possível ao juiz na sentença distribuir o ônus da prova da maneira
que entender mais justa.

Comentários

A alternativa A está incorreta. O ônus da prova incumbe ao autor quanto aos fatos constitutivos do direito.
Já ao réu, incumbe provar a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. É o
que se extrai do art. 373, I e II do CPC:

Art. 373. O ônus da prova incumbe:

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do


autor.

A alternativa B está incorreta, pois fere o disposto no art. 374 do CPC. Confira:

Art. 374. Não dependem de prova os fatos:

I - notórios;

II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;

III - admitidos no processo como incontroversos;

IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.

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A alternativa C está incorreta. Em regra, não é necessário provar em juízo a existência da norma jurídica
invocada, pois se parte do pressuposto de que o juiz conhece o direito (iura novit curia). Contudo, nos casos
de direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário, esse princípio é excepcionado, cabendo a
parte que o alegar, provar-lhe o teor e a vigência, caso o juiz assim determine. Veja o que diz o art. 376 do
CPC:

Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário
provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.

A alternativa D está correta. Trata-se da chamada prova emprestada, que possui previsão legal no art. 372
do CPC. Veja:

Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo,
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

A alternativa E está incorreta. A inversão judicial do ônus da prova é regra prevista no art. 373, § 1º, do CPC.
O diploma processual adotou o entendimento de que se trata de regra de instrução, e não critério de
julgamento, logo não deve ser aplicada na sentença, mas sim na decisão de saneamento e de organização
do processo, nos termos do art. 357, III, do CPC. Confira:

Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em decisão
de saneamento e de organização do processo:

III - definir a distribuição do ônus da prova, observado o art. 373;

110. (FGV/TRT-12ªR - 2017) Milena celebrou um contrato de adesão com a empresa Céu S.A., tendo por
objeto o fornecimento de sinal de TV a cabo. Em determinada cláusula do contrato de prestação de
serviços consta convenção das partes, atribuindo à adquirente dos serviços o ônus de provar, em caso de
eventual litígio judicial, que o local de sua residência oferece as condições técnicas adequadas para o
fornecimento do sinal de TV a cabo com a qualidade contratada.
Diante dessa situação hipotética, e de acordo com o CPC, é correto afirmar que a cláusula é:
a) nula, pois o CPC não admite convenção das partes sobre distribuição do ônus da prova;
b) nula, pois torna excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito;
c) válida, pois tem amparo no CPC;
d) nula, pois recai sobre direito indisponível da parte;
e) válida, pois tem amparo no Código de Defesa do Consumidor.

Comentários

A alternativa B é correta e gabarito da questão. Nesse caso e de acordo com o §3º, II, do art. 373, do CPC, a
cláusula é nula, pois a distribuição diversa do ônus da prova não poderá ocorrer quando tornar
excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito. Observe que para o cliente, leigo em serviços de

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sinal de TV a cabo, é praticamente impossível saber de antemão se a residência oferece condições para o
serviço.

§ 3o A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das
partes, salvo quando:

II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

111. (FGV/TRT-12ªR - 2017) A audiência de divórcio litigioso do ex-casal Altamir e Luana estava
designada para 13:30 horas. Ocorre que todos estavam esperando e, a despeito de o juiz estar em seu
gabinete, já eram 14:15 horas e o pregão não havia sido realizado. Os advogados tentaram saber o que
estava acontecendo, e a resposta do escrivão foi que o juiz estava repousando do almoço.
Nesse sentido, e de acordo com o disposto no CPC, é correto afirmar que:
a) o ex-casal terá de aguardar, porque o juiz se encontra presente em seu gabinete;
b) não há previsão na Lei de limite temporal para que as partes aguardem o juiz e nem que esse espere os
litigantes;
c) a retirada do casal dependeria de autorização judicial, sob pena de aplicação de multa àquele que se retira
da Corte sem justificativa;
d) Altamir e Luana poderão se retirar, devido ao atraso transcorrido em relação ao início previsto de sua
audiência;
e) a fixação de um horário é referencial, e não vinculante, razão pela qual o atraso de até 1 hora é tolerado
por Lei, o que ainda não havia acontecido.
Comentários

De acordo com o art. 362, do CPC, devido ao atraso de 45 minutos em relação ao início previsto da audiência,
Altamir e Luana poderão se retirar.

Art. 362. A audiência poderá ser adiada:

I - por convenção das partes;

II - se não puder comparecer, por motivo justificado, qualquer pessoa que dela deva
necessariamente participar;

III - por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta) minutos do horário
marcado.

Assim, a alternativa D é correta e gabarito da questão.

112. (FGV/Prefeitura de Paulínia-SP - 2016) A respeito das disposições gerais sobre as provas, assinale a
afirmativa incorreta.
a) Não será admitida prova produzida em outro processo.

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b) É possível utilizar a teoria da carga dinâmica do ônus da prova nos casos previstos em lei ou diante de
peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de produzir a prova ou à
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, de modo a permitir que haja a inversão por decisão
devidamente motivada.
c) A distribuição do ônus da prova pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando recair sobre direito
indisponível da parte ou tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
d) A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário deverá provar o teor e a
vigência, se assim o juiz determinar.
e) Preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte comparecer em juízo,
respondendo ao que lhe for interrogado, colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for
considerada necessária e praticar o ato que lhe for determinado.
Comentários

A alternativa A está incorreta e é o gabarito da questão. Segundo o art. 372, do CPC, o juiz poderá admitir a
utilização de prova produzida em outro processo.

Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo,
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

A alternativa B está correta, conforme prevê o §1º, do art. 373. Como vimos em aula, é possível a distribuição
do ônus da prova nas situações previstas no dispositivo. A essa distribuição é dado o nome de carga dinâmica
do ônus da prova.

A alternativa C está correta, com base no art. 373, §3º.

§ 3o A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das
partes, salvo quando:

I - recair sobre direito indisponível da parte;

II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

A alternativa D está correta, pois reproduz o art. 376, do CPC.

Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário
provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.

A alternativa E está correta, de acordo com o art. 379, do CPC.

Art. 379. Preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte:

I - comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for interrogado;

II - colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for considerada necessária;

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III - praticar o ato que lhe for determinado.

113. (FGV/TJ-RJ - 2014) Carlos Frota propôs uma ação de cobrança em face de Luana Dias. Em sua
contestação, Luana Dias alega e comprova que já pagou o valor que está sendo cobrado por Carlos Frota.
Nessa hipótese, incumbe:
a) ao autor demonstrar o pagamento efetuado;
b) à ré produzir prova testemunhal sobre a existência da dívida;
c) à ré demonstrar que os documentos apresentados pelo autor são originais;
d) ao autor demonstrar que o pagamento não foi válido;
e) à ré demonstrar a inexistência da dívida.

Comentários

A questão exige o conhecimento do art. 373, do CPC, que trata a respeito da regra de distribuição do ônus
da prova:

Art. 373. O ônus da prova incumbe:

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do


autor.

Visto isso, passemos à análise das alternativas.

A alternativa A está incorreta. Se Luana diz já ter realizado o pagamento da dívida, é ela quem deve
comprová-lo.

A alternativa B está incorreta. A existência da dívida, deve ser comprovado por ele, pois corresponde ao fato
constitutivo do direito do autor.

A alternativa C está incorreta. Compete ao autor comprovar que os documentos por ele apresentados são
originais, visto que estes estão relacionados à demonstração do fato constitutivo de seu direito.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Incumbe ao autor trazer elementos aos autos para
comprovar a invalidade do pagamento da dívida. Ao réu incumbe demonstrar que o pagamento da dívida foi
realizado.

A alternativa E está incorreta. Não se exige do réu a produção de prova negativa do direito do autor, mas
exige-se do autor a prova positiva do fato constitutivo de seu direito.

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CONSULPLAN

114. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2018) Considere as afirmativas a seguir a partir do Novo Código de Processo
Civil (Lei nº 13.105/2015).
I. A produção antecipada de prova passou a ter disciplina própria entre os demais meios de provas,
absorvendo a medida de arrolamento de bens toda vez que não envolver atos de apreensão.
II. A justificação foi alocada dentre as modalidades de produção antecipada de prova.
III. O atentado passou a ser entendido como resultado do descumprimento de um dos deveres das partes e
de seus procuradores, qual seja o de não praticar inovação legal no estado de fato do bem ou direito litigioso.
IV. A caução passou a ser prevista entre as regras relativas às despesas processuais, sem um procedimento
próprio e cautelar específico.
Estão corretas as afirmativas
a) I, II, III e IV.
b) I e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
Comentários

O item I está correto, pois a Seção II do CPC/2015 passou a disciplinar a produção antecipada de provas (arts.
381 a 383). Além disso, é também verdadeira a afirmação no sentido de que o arrolamento de bens, quando
não envolver atos de apreensão, foi absorvido por essa sistemática. É o que se extrai do art. 381, §1º, do
CPC.

O item II é correto. O art. 381, §5º do CPC prevê, de fato, a justificação como modalidade de produção
antecipada de provas. Confira:

Art. 381, § 5º: Aplica-se o disposto nesta Seção àquele que pretender justificar a existência
de algum fato ou relação jurídica para simples documento e sem caráter contencioso, que
exporá, em petição circunstanciada, a sua intenção.

O item III é correto. De fato, prevê o art. 77, §1º do CPC que o descumprimento dos deveres contidos nos
incisos IV e VI do dispositivo poderá ser punido como ato atentatório à dignidade da justiça.

O item IV é igualmente correto. Trata-se da previsão contida no art. 83, do CPC. Confira:

Art. 83. O autor, brasileiro ou estrangeiro, que residir fora do Brasil ou deixar de residir no
país ao longo da tramitação de processo prestará caução suficiente ao pagamento das
custas e dos honorários de advogado da parte contrária nas ações que propuser, se não
tiver no Brasil bens imóveis que lhes assegurem o pagamento.

Logo, considerando que são verdadeiros os itens, a alternativa A é o gabarito da questão.

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115. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2017) Para que a sentença declare o direito, faz-se necessário que o
magistrado se certifique da verdade dos fatos alegados, o que se dá por meio das provas. Com relação às
provas, analise as afirmativas abaixo:
I. Em hipótese alguma o magistrado pode modificar a ordem legal da produção das provas, sob pena de ferir
o princípio da legalidade.
II. A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a ação que venha a ser
produzida.
III. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos poderão constar da ata
notarial e servir como meio de prova.
IV. O CPC/2015 extinguiu a exigência das reperguntas às testemunhas, cabendo às partes formularem as
perguntas diretamente às testemunhas.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) I e II.
b) II, III e IV.
c) III e IV.
d) I e III.
Comentários

Vamos analisar cada um dos itens.

O item I está incorreto, pois essa possibilidade é admitida pela lei processual. Vejamos o art. 139, VI, do CPC:

Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:

VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova,


adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela
do direito;

O item II está correto, pois é o que dispõe o §3º, do art. 381, da Lei nº 13.105/15:

§ 3o A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a ação que
venha a ser proposta.

O item III está correto, conforme prevê o art. 384, da referida Lei:

Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou
documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.

Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos


eletrônicos poderão constar da ata notarial.

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Por fim, o item IV está correto. O CPC passou a prever a inquirição direta das testemunhas pelas partes.
Vejamos o art. 459, caput:

Art. 459. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha,


começando pela que a arrolou, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a
resposta, não tiverem relação com as questões de fato objeto da atividade probatória ou
importarem repetição de outra já respondida.

Portanto, a alternativa B é correta e gabarito da questão.

116. (CONSULPLAN/TRF2ª Região - 2017) Com os avanços tecnológicos e a utilização cada vez mais
acentuada dos meios informáticos e telemáticos, a adoção do processo eletrônico revelou -se como a única
alternativa viável ao operador do Direito. Assim, o legislador brasileiro fez a opção correta ao
regulamentá-lo no Código de Processo Civil de 2015 (Lei Federal nº 13.105/2015). Sobre o tema, assinale
a alternativa INCORRETA.
a) É vedada a gravação da audiência de instrução e julgamento realizada diretamente por qualquer das
partes, salvo quando houver autorização judicial para fazê-lo.
b) Quando o advogado que postular em causa própria não comunicar sua mudança de endereço ao juízo,
poderá ser intimado por meio eletrônico.
c) Admite-se a prática de atos processuais por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de
transmissão de sons e imagens em tempo real.
d) Com exceção das microempresas e das empresas de pequeno porte, as empresas públicas e privadas são
obrigadas a manter cadastro nos sistemas de processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de
citações e intimações, as quais serão efetuadas preferencialmente por esse meio.

Comentários

A alternativa A é a incorreta e gabarito da questão. De acordo com o § 6º do art. 367, a gravação da audiência
pode ser realizada diretamente por qualquer das partes, independentemente de autorização judicial.

A alternativa B está correta. Quando postular em causa própria, incumbe ao advogado, segundo o que prevê
o art. 106, II e §2º, comunicar ao juízo qualquer mudança de endereço. Caso contrário, serão consideradas
válidas as intimações enviadas por carta registrada ou meio eletrônico ao endereço constante dos autos.

A alternativa C está correta, pois retrata exatamente o que prevê o §3º do art. 236 do CPC.

A alternativa D também está correta. É o que se extrai da leitura dos §§1º e 2º do art. 246 do CPC:

§ 1º Com exceção das microempresas e das empresas de pequeno porte, as empresas


públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de processo em autos
eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as quais serão efetuadas
preferencialmente por esse meio.

§ 2º O disposto no § 1o aplica-se à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios


e às entidades da administração indireta.

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117. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2016) No que tange à produção antecipada de prova, julgue as seguintes
afirmações:
I. Na petição, o requerente apresentará as razões que justifiquem a necessidade de antecipação da prova e
mencionará, com precisão, os fatos sobre os quais a prova haverá de recair.
II. O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a citação de interessados na produção da prova
ou no fato a ser provado, salvo se inexistente caráter contencioso; todavia, o juiz não se pronunciará sobre
a ocorrência ou a inocorrência do fato, nem sobre as respectivas consequências jurídicas.
III. Os interessados poderão requerer a produção de qualquer prova no mesmo procedimento, desde que
relacionada ao mesmo fato, salvo se a sua produção conjunta acarretar excessiva demora.
IV. Neste procedimento, será admitida defesa ou recurso contra decisão que indeferir total ou parcialmente
a produção da prova pleiteada pelo requerente originário.
Está correto o que se afirma em:
a) I, II e III, apenas.
b) II, III e IV, apenas.
c) II e IV, apenas.
d) I, II, III e IV.

Comentários

A questão exige o conhecimento do art. 382, do CPC. Vamos analisar cada um dos itens:

O item I está correto, conforme prevê o caput, do art. 382.

Art. 382. Na petição, o requerente apresentará as razões que justificam a necessidade de


antecipação da prova e mencionará com precisão os fatos sobre os quais a prova há de
recair.

O item II está correto, pois reproduz os §§1º e 2º.

§ 1o O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a citação de interessados na


produção da prova ou no fato a ser provado, salvo se inexistente caráter contencioso.

§ 2o O juiz não se pronunciará sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato, nem sobre as


respectivas consequências jurídicas.

O item III está correto, com base no §3º.

§ 3o Os interessados poderão requerer a produção de qualquer prova no mesmo


procedimento, desde que relacionada ao mesmo fato, salvo se a sua produção conjunta
acarretar excessiva demora.

O item IV está incorreto. De acordo com o §4º, neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo
contra decisão que indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário.

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Assim, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

118. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2015) São hábeis para provar a verdade dos fatos em que se funda a ação
ou a defesa quaisquer meios legais e moralmente legítimos, ainda que não especificados no Código de
Processo Civil. Sobre o tema, é INCORRETO afirmar que:
a) os fatos notoriamente conhecidos não precisam ser provados pelas partes.
b) em qualquer estado do processo, o juiz pode determinar a produção de depoimento pessoal das partes,
até mesmo de ofício.
c) a produção antecipada da prova previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.
d) o documento lavrado por oficial público incompetente, sendo assinado pelas partes, terá a mesma eficácia
probatória que documento particular.

Comentários

A alternativa A está correta, com base no art. 374, I, do CPC.

Art. 374. Não dependem de prova os fatos:

I - notórios;

A alternativa B está correta. Vejamos o art. 385:

Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta
seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de
ordená-lo de ofício.

A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão, pois a produção antecipada da prova NÃO previne
a competência segundo o disposto no §3º, do art. 381.

A alternativa D está correta, pois está previsto no art. 407.

Art. 407. O documento feito por oficial público incompetente ou sem a observância das
formalidades legais, sendo subscrito pelas partes, tem a mesma eficácia probatória do
documento particular.

119. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2015) Com relação ao instituto da confissão, assinale a alternativa


INCORRETA:
a) Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos sobre imóveis alheios, a confissão de um cônjuge
não valerá sem a do outro.
b) A confissão espontânea pode ser feita pela própria parte, ou por mandatário com poderes especiais.
c) A confissão extrajudicial, quando feita oralmente, terá eficácia ainda que a lei exija prova literal.
d) A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os litisconsortes.

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Comentários

A alternativa A está correta, com base no art. 391, em seu parágrafo único, do CPC.

Parágrafo único. Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre
imóveis alheios, a confissão de um cônjuge ou companheiro não valerá sem a do outro,
salvo se o regime de casamento for o de separação absoluta de bens.

A alternativa B está correta, conforme prevê o art. 390, §1º, do CPC.

§ 1o A confissão espontânea pode ser feita pela própria parte ou por representante com
poder especial.

A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão em face do que prevê o art. 394, do CPC:

Art. 394. A confissão extrajudicial, quando feita oralmente, só terá eficácia nos casos em
que a lei NÃO exija prova literal.

A alternativa D está correta, pois reproduz o art. 391.

Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os
litisconsortes.

Outras Bancas

120. (FUMARC/AL-MG - 2023) Na regulamentação sobre as provas previstas no Código de Processo Civil,
afigura-se correto afirmar, EXCETO:
A) A confissão judicial pode ser provocada.
B) As partes podem convencionar antes ou durante o processo sobre a distribuição diversa do ônus da prova.
C) É impedido de depor como testemunha o inimigo da parte ou seu amigo íntimo.
D) Independentemente de requerimento da parte, o juiz pode inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se
esclarecer sobre fato que interesse à decisão da causa.

Comentários

A alternativa A está correta, pois está em conformidade com o disposto no art. 390, CPC:

Art. 390. A confissão judicial pode ser espontânea ou provocada.

§ 1º A confissão espontânea pode ser feita pela própria parte ou por representante com
poder especial.

§ 2º A confissão provocada constará do termo de depoimento pessoal.

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A alternativa B está correta, pois está em conformidade com o disposto no art. 373, § 4º do CPC:

Art. 373 (...) § 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por
convenção das partes, salvo quando:

§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo.

A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão, pois se trata de hipótese de suspeição, e não de
impedimento, prevista no art. 447, §3º, I, CPC:

Art. 447. Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes,
impedidas ou suspeitas.

§ 3º São suspeitos:

I - o inimigo da parte ou o seu amigo íntimo;

A alternativa D está correta, pois está em conformidade com o disposto no art. 418, do CPC:

Art. 481. O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo,
inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato que interesse à decisão da
causa.

121. (AOCP/SEAD-GO - 2022) Após a nomeação como Perito Judicial, o profissional responsável pela
perícia é, geralmente, intimado a definir data, horário e local do processo de coleta das provas periciais ou
de evidências que permitam avaliar o imóvel sob litígio. Ainda, é comum que o perit o receba
questionamentos formalizados das partes do processo (autora e ré) e do juiz que está conduzindo o
processo, em uma tentativa de esclarecer pontos controversos ou conflituosos que, no momento, estão
impedindo o melhor julgamento da causa. Com base no exposto, como são chamados, juridicamente, os
questionamentos mencionados?
A) Questões técnicas.
B) Quesitos.
C) Questionamentos técnicos.
D) Suplementação de dúvidas.
E) Solução de pontos controversos.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Conforme previsto no art. 421 do CPC, as partes
litigantes poderão, no prazo de 5 dias, indicar assistentes técnicos e apresentar os quesitos, os quais deverão
ser respondidos pela perícia:

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CPC, art. 421 - O juiz nomeará o perito, fixando de imediato o prazo para a entrega do
laudo.

§ 1º - Incumbe às partes, dentro em 5 (cinco) dias, contados da intimação do despacho de


nomeação do perito:

I - indicar o assistente técnico;

II - apresentar quesitos.

Quesitos são inquirições acerca de pontos específicos que são submetidos ao conhecimento técnico do
profissional nomeado para a realização da prova pericial.

Portanto, as alternativas A, C, D e E estão incorretas.

122. (AOCP/SEAD-GO - 2022) O rito processual dos processos judiciais é definido por meio do Código de
Processo Civil (Lei Federal n° 13.105/2015) e prevê a atuação dos peritos e dos assistentes técnicos. No
que tange à atuação dos assistentes técnicos nos processos judiciais, assinale a alternativa correta.
A) Os assistentes técnicos são nomeados para atuarem no processo judicial da mesma maneira que o perito.
B) Os assistentes técnicos possuem a incumbência de analisar o parecer técnico elaborado pelo perito.
C) O documento técnico produzido, em parte, pelo assistente técnico e que responde, em primazia, ao laudo
pericial denomina-se parecer complementar.
D) A produção de pareceres técnicos é um serviço que não demanda a criação de uma anotação de
responsabilidade técnica.
E) Como medida de esclarecimento, o perito pode emitir informações que se caracterizam como uma
complementação do laudo técnico e, por sua vez, o assistente técnico pode auxiliar na criação do parecer
técnico complementar à complementação de laudo criada pelo perito.

Comentários

A alternativa A está incorreta. A missão dos assistentes técnicos é atuar como elemento de confiança das
partes, acompanhando a realização do trabalho do perito. Portanto, não se aplicam a eles as causas de
impedimento e suspeição previstas para os peritos.

A alternativa B está incorreta. Os assistentes técnicos também auxiliam as partes na elaboração dos quesitos,
isto é, perguntas, que serão respondidas pelo perito no laudo pericial. O trabalho do assistente técnico é
materializado através do parecer técnico, que pode corroborar ou discordar do laudo apresentado pelo
perito.

A alternativa C está incorreta. O trabalho do assistente técnico é materializado através do parecer técnico,
que pode corroborar ou discordar do laudo apresentado pelo perito.

A alternativa D está incorreta. Após o juiz determinar a realização da perícia e nomear o perito, as partes
poderão indicar seus assistentes técnicos, no prazo de 15 dias. A prova pericial é meio adequado para a

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comprovação de fatos cuja apuração depende de conhecimentos técnicos, que exigem o auxílio de
profissionais especializados os quais possuem, portanto, responsabilidade técnica.

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, tendo em vista que se encontra em conformidade
com o art. 477, §2º e 3º do CPC:

Art. 477. O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20
(vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento.

§ 1º As partes serão intimadas para, querendo, manifestar-se sobre o laudo do perito do


juízo no prazo comum de 15 (quinze) dias, podendo o assistente técnico de cada uma das
partes, em igual prazo, apresentar seu respectivo parecer.

§ 2º O perito do juízo tem o dever de, no prazo de 15 (quinze) dias, esclarecer ponto:

I - sobre o qual exista divergência ou dúvida de qualquer das partes, do juiz ou do órgão do
Ministério Público;

II - divergente apresentado no parecer do assistente técnico da parte.

§ 3º Se ainda houver necessidade de esclarecimentos, a parte requererá ao juiz que mande


intimar o perito ou o assistente técnico a comparecer à audiência de instrução e
julgamento, formulando, desde logo, as perguntas, sob forma de quesitos.

§ 4º O perito ou o assistente técnico será intimado por meio eletrônico, com pelo menos
10 (dez) dias de antecedência da audiência.

123. (NC-UFPR/Prefeitura de Curitiba-PR - 2019) Como garantia de exercício da ampla defesa e do


contraditório, as partes estão autorizadas a apresentar no processo as provas que entendam necessárias
para a solução do conflito. Há, portanto, no Código de Processo Civil, uma teoria voltada a análise e
tratamento dos meios probatórios. A respeito da teoria geral das provas, identifique as afirmativas a seguir
como verdadeiras (V) ou falsas (F):
( ) Entre as hipóteses de cabimento da produção antecipada da prova, estão os casos em que haja fundado
receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da
ação.
( ) Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do
mérito, podendo ele indeferir, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente protelatórias.
( ) A regra do ônus da prova é uma regra de procedimento, e, portanto, nas hipóteses de distribuição
dinâmica ou inversão do ônus da prova, o juiz deverá, na decisão saneadora, definir a distribuição de tal
ônus.
( ) A falsidade documental deve ser suscitada na contestação, na réplica ou no prazo de 5 (cinco) dias,
contados a partir da intimação da juntada do documento aos autos.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
a) V – F – V – F.

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b) F – V – F – V.
c) V – F – F – V.
d) F – F – V – V.
e) V – V – V – F.

Comentários

Vejamos cada item de modo individual.

O primeiro item está correto, pois, de acordo com o art. 381, I, do CPC, a produção antecipada da prova será
admitida nos casos em que haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a
verificação de certos fatos na pendência da ação.

O segundo item está certo, porque depois de fixado o objeto da prova, o juiz determina de que forma tal
prova será produzida, deferindo os meios de prova requeridos pelas partes, como também indicando a
produção de provas por meios não pedidos, ou seja, de ofício, bem como os indeferindo por serem inúteis
ou meramente protelatórios. Neste sentido, o CPC:

Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas


necessárias ao julgamento do mérito.

Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou


meramente protelatórias.

O terceiro item está correto. De acordo com a doutrina e jurisprudência atuais, toda temática relativa ao
ônus da prova, inclusive as hipóteses de sua inversão, deve ser entendida como regra de procedimento e
não como regra de julgamento. Neste sentido é que se deve interpretar o final do art. 373 do CPC:

Art. 373. [...]

§1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à


impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da
prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá
dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído .

O quarto item está incorreto, pois a falsidade deve ser suscitada na contestação, na réplica ou no prazo de
15 dias, contado a partir da intimação da juntada do documento aos autos (art. 430 do CPC).

Assim, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois a sequência correta dos itens é V – V – V
– F.

124. (FUNDEP/MPMG - 2018) Assinale a alternativa INCORRETA sobre Provas:


a) A teoria estática do ônus da prova continua sendo a regra geral do sistema probatório. A teoria dinâmica
tem lugar quando, por exemplo, existir impossibilidade ou excessiva dificuldade de cumprir o encargo

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estabelecido pelo legislador como regra geral; todavia, é preciso que o magistrado assim o faça de forma
fundamentada, e que permita que a parte possa produzir as provas necessárias de modo a se desincumbir
do ônus que lhe foi atribuído. Além disso, tal decisão não pode gerar situação em que a desincumbência do
encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.
b) As partes podem, por meio de negócio jurídico processual, distribuir o ônus da prova de forma diversa da
que foi estabelecida pelo legislador, desde que não recaia sobre direito indisponível da parte, ou que torne
excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
c) O direito à produção antecipada de prova será cabível quando a prova a ser produzida seja suscetível de
viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito, bem como quando o prévio
conhecimento dos fatos possa evitar ou justificar o ajuizamento de ação.
d) O modo de existir e a existência de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requerimento
do interessado, mediante ata lavrada por tabelião. Dados representados por imagem ou som gravados em
qualquer tipo de mídia também poderão constar da ata notarial.
Comentários

Vejamos alternativa por alternativa:

A alternativa A está correta. Como vimos em aula, a teoria estática de distribuição do ônus da prova continua
sendo a regra no CPC/15 (art. 373, caput, e seus incisos). Essa regra, contudo, convive com a exceção, que é
a teoria dinâmica de distribuição do ônus da prova, podendo o juiz, em situações específicas, atribuir o ônus
da prova de modo diverso do previsto no caput, e desde que por decisão fundamentada, caso em que deverá
dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. Essa exceção, por seu lado,
também, deve observar limites (art. 373, § 1º). Além disso, é verdade, também, que a decisão pela inversão
do ônus da prova não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível
ou excessivamente difícil (art. 373, § 2º).

A alternativa B, também, está correta. Como diz a questão, as partes podem, por meio de negócio jurídico
processual, distribuir o ônus da prova de forma diversa da que foi estabelecida pelo legislador, desde que
não recaia sobre direito indisponível da parte, ou que torne excessivamente difícil a uma parte o exercício
do direito. Confiram o art. 373, § 3º, do CPC:

“§ 3o A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das
partes, salvo quando:

I - recair sobre direito indisponível da parte;

II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito”.

A alternativa C, do mesmo modo, está correta. Em reprodução fiel do art. 381, incisos II e III, a questão afirma
que o direito à produção antecipada de prova será cabível quando a prova a ser produzida seja suscetível de
viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito, bem como quando o prévio
conhecimento dos fatos possa evitar ou justificar o ajuizamento de ação, o que está correto. Vejamos o
dispositivo na sua integralidade:

“Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:

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I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de
certos fatos na pendência da ação;

II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio


adequado de solução de conflito;

III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação”.

A alternativa D, por fim, está incorreta, e é o gabarito da questão. Apesar da correção das demais alternativas
ser inquestionável, na minha opinião, aqui a banca “forçou a barra”. A questão está incorreta porque no art.
384, parágrafo único, o Código menciona dados representados por imagem ou som gravados em “arquivos
eletrônicos”, enquanto a banca fala em “qualquer tipo de mídia”. Enfim... Confiram o dispositivo:

“Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou
documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.

Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos


eletrônicos poderão constar da ata notarial”.

125. (IBFC/TJ-PE - 2017) Sobre as provas em direito processual civil, analise os itens abaixo.
I. É reconhecido o direito das partes de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos,
para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do
juiz.
II. O ônus da prova em direito processual civil incumbe a quem alegar o fato, sendo vedada a inversão do
ônus da prova sob qualquer hipótese.
III. Apenas os fatos notórios e aqueles admitidos no processo como incontroversos independerão de prova.
IV. O juiz poderá se utilizar de prova emprestada de outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar
adequado, observado o contraditório.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas I e III são corretos.
b) Apenas II e IV são corretos.
c) Apenas II e III são corretos.
d) Apenas I e IV são corretos.
e) I, II, III e IV são corretas.

Comentários

Vamos analisar cada um dos itens.

O item I está correto, pois é o que dispõe o art. 369, do CPC:

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Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os
moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade
dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.

O item II está incorreto. Quando houver dificuldade de cumprir o ônus da prova, o juiz poderá atribuir o ônus
da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada. Vejamos o §1º, do art. 373, da Lei
nº 13.105/15:

§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à


impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da
prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá
dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

O item III está incorreto. O art. 374, da referida Lei, estabelece quais os fatos que não dependerão de prova:

Art. 374. Não dependem de prova os fatos:

I - notórios;

II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;

III - admitidos no processo como incontroversos;

IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.

Como se nota, não são apenas os fatos notórios e aqueles admitidos no processo como incontroversos que
independerão de prova.

Por fim, o item IV está correto, com base no art. 372, do CPC:

Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo,
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

Desse modo, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

126. (MPT/MPT - 2017) Acerca da produção probatória, de acordo com o Código de Processo Civil (CPC),
assinale a alternativa INCORRETA.
a) As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que
não especificados pelo CPC, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir
eficazmente na convicção do juiz.
b) Incumbirá à parte, ainda que produzindo prova contra si, colaborar com o juízo na realização de inspeção
judicial que for considerada necessária.
c) Aplicar-se-á a distribuição dinâmica do ônus da prova nos casos já previstos em lei ou diante de
peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou excessiva dificuldade de se cumprir o encargo da

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distribuição legal do ônus da prova ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, desde que
por decisão fundamentada.
d) Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do
mérito.
e) Não respondida.
Comentários

A alternativa A está correta, conforme prevê o art. 369, da Lei nº 13.105/15:

Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os
moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade
dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.

A alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 379, II, da referida Lei,
preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte colaborar com o juízo na
realização de inspeção judicial que for considerada necessária.

A alternativa C está correta, pois é o que dispõe o §1º, do art. 373, do CPC:

§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à


impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da
prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá
dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

A alternativa D está correta, com base no art. 370, da Lei nº 13.105/15:

Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas


necessárias ao julgamento do mérito.

127. (FAFIPA/Fundação Araucária-PR - 2017) Em se tratando das disposições do Código de Processo Civil
vigente (Lei 13.105/2015) acerca da audiência de instrução e julgamento, assinale a alternativa CORRETA.
a) Subscreverão o termo da audiência o juiz, os advogados, o membro do Ministério Público e o escrivão ou
chefe de secretaria, dispensadas as partes, exceto quando houver ato de disposição para cuja prática os
advogados não tenham poderes.
b) As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem, preferencialmente: o autor e,
em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais; as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu,
que serão inquiridas; o perito e os assistentes técnicos.
c) O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado ou defensor público
não tenha comparecido à audiência, não se aplicando essa regra ao Ministério Público.
d) Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate oral poderá ser substituído
por razões finais escritas, que serão apresentadas pelo autor e pelo réu, bem como pelo Ministério Público,
se for o caso de sua intervenção, em prazos sucessivos de 10 (dez) dias, assegurada a vista dos autos.

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Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, nos termos do §2º, do art. 367, do CPC:

§ 2o Subscreverão o termo o juiz, os advogados, o membro do Ministério Público e o


escrivão ou chefe de secretaria, dispensadas as partes, exceto quando houver ato de
disposição para cuja prática os advogados não tenham poderes.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 361, da Lei nº 13.105/15, a ordem em que as provas
orais são produzidas estão alteradas. Vejamos:

Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem,
preferencialmente:

I - o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de esclarecimentos


requeridos no prazo e na forma do art. 477, caso não respondidos anteriormente por
escrito;

II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;

III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas.

A alternativa C está incorreta, pois aplica-se a mesma regra ao MP. É o que dispõe o §2º, do art. 362, da
referida Lei:

§ 2o O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado
ou defensor público não tenha comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra ao
Ministério Público.

A alternativa D está incorreta. Com base no §2º, do art. 364, do CPC, o prazo será de 15 dias, e não 10.

§ 2o Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate oral


poderá ser substituído por razões finais escritas, que serão apresentadas pelo autor e pelo
réu, bem como pelo Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, em prazos
sucessivos de 15 (quinze) dias, assegurada vista dos autos.

128. (FMP Concursos/PGE-AC - 2017) Considere as seguintes afirmativas sobre o tema da audiência de
instrução e julgamento no âmbito do Código de Processo Civil. Assinale a alternativa CORRETA.
a) Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, desde que não tenham sido antes empregados
outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem.
b) A audiência poderá ser adiada por atraso injustificado de seu início em tempo superior a uma hora do
horário marcado.
c) Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as testemunhas, os advogados e o
Ministério Público poderão intervir ou apartear livremente, ainda que sem licença do juiz.

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d) Encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em audiência ou no prazo de
60 (sessenta) dias.
e) Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e do réu, bem como ao membro do Ministério
Público, se for o caso de sua intervenção, sucessivamente, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um,
prorrogável por 10 (dez) minutos, a critério do juiz.
Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 359, do CPC, independentemente do emprego anterior
de outros métodos de solução consensual de conflitos, o juiz tentará conciliar as partes.

Art. 359. Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente do


emprego anterior de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação
e a arbitragem.

A alternativa B está incorreta. Com base no art. 362, da Lei nº 13.105/15, a audiência poderá ser adiada por
atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 minutos do horário marcado.

A alternativa C está incorreta. O parágrafo único, do art. 361, da referida Lei, estabelece que enquanto
depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as testemunhas, não poderão os advogados e o
Ministério Público intervir ou apartear, sem licença do juiz.

A alternativa D está incorreta. O prazo para o juiz proferir sentença é de 30 dias, e não 60. Vejamos o art.
366, do CPC:

Art. 366. Encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em
audiência ou no prazo de 30 (trinta) dias.

A alternativa E é correta e gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 364, da Lei nº 13.105/15:

Art. 364. Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e do réu, bem como
ao membro do Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, sucessivamente, pelo
prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável por 10 (dez) minutos, a critério do
juiz.

129. (FMP Concursos/PGE-AC - 2017) Considere as seguintes afirmativas sobre o tema das provas no
âmbito do Código de Processo Civil. Assinale a alternativa INCORRETA.
a) Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à
excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova
do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão
fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi
atribuído.
b) A carta precatória e a carta rogatória não devolvidas no prazo, ainda que concedidas sem efeito
suspensivo, não poderão ser juntadas aos autos.

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c) O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente
acontece e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado, quanto a estas, o exame pericial.
d) A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar -lhe-á o teor e a
vigência, se assim o juiz determinar.
e) Ninguém se exime do dever de colaborar com o Poder Judiciário para o descobrimento da verdade.
Comentários

A alternativa A está correta, conforme prevê o §1º, do art. 373, do CPC.

A alternativa B é incorreta e gabarito da questão. De acordo com o parágrafo único, do art. 377, da Lei nº
13.105/15, a carta precatória e a carta rogatória não devolvidas no prazo ou concedidas sem efeito
suspensivo poderão ser juntadas aos autos a qualquer momento.

A alternativa C está correta, conforme prevê o art. 375, do CPC.

A alternativa D está correta, conforme prevê o art. 376, do CPC.

A alternativa E está correta, conforme prevê o art. 378, do CPC.

130. (IESES/ALGÁS - 2017) A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:
a) Não haja nenhum fundado receio de que venha a tornar-se impossível o deslinde da question.
b) O prévio conhecimento dos fatos não venha alterar a solução da demanda, mas venha a agilizar o
ajuizamento de ação.
c) A prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução
de conflito.
d) Haja fundado receio de que venha a tornar-se possível ou muito fácil a verificação de certos fatos na
pendência da ação.

Comentários

A questão exige o conhecimento do art. 381, do CPC:

Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:

I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de
certos fatos na pendência da ação;

II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio


adequado de solução de conflito;

III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.

Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

Vejamos os erros das demais alternativas:

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a) Não haja nenhum fundado receio de que venha a tornar-se impossível o deslinde da
question.

b) O prévio conhecimento dos fatos não venha alterar a solução da demanda, mas venha a
agilizar o ajuizamento de ação.

d) Haja fundado receio de que venha a tornar-se possível ou muito fácil a verificação de
certos fatos na pendência da ação.

131. (MPE-PR/MPE-PR - 2017) Sobre o regime das provas no Código de Processo Civil de 2015, assinale
a alternativa incorreta:
a) O direito processual civil incorpora a regra da atipicidade dos meios de prova, desde que os meios
empregados pelas partes sejam legais e moralmente legítimos.
b) A prova deve constar dos autos do processo e o juiz pode valorá-la independentemente de quem a
produziu nos autos, devendo indicar na decisão as razões da formação de seu convencimento.
c) O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que
considerar adequado, observado o contraditório.
d) O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente
acontece.
e) A regra do ônus da prova é aplicada somente em dimensão objetiva, servindo como regra de julgamento
a ser aplicada pelo magistrado em caso de dúvida sobre as alegações de fato das partes.

Comentários

A alternativa A está correta, conforme prevê o art. 369, do CPC:

Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os
moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade
dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.

A alternativa B está correta, pois é o que dispõe o art. 371, da Lei nº 13.105/15:

Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que
a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.

A alternativa C está correta, com base no art. 372, da referida Lei:

Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo,
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

A alternativa D está correta, segundo o art. 375, do CPC:

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Art. 375. O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação
do que ordinariamente acontece e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado,
quanto a estas, o exame pericial.

Por fim, a alternativa E é incorreta e gabarito da questão. O art. 373, combinado com o §1º, da Lei nº
13.105/15, determina, como regra geral, a distribuição estática do ônus da prova, afirmando que compete
ao autor provar os fatos constitutivos de seu direito, e ao réu, os fatos impeditivos, extintivos ou
modificativos do direito do autor. E admite, excepcionalmente, que a distribuição deste ônus seja feita de
modo diverso, a fim de que a produção da prova seja determinada à parte que apresentar melhores
condições de produzi-la.

Art. 373. O ônus da prova incumbe:

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do


autor.

§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à


impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da
prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá
dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

132. (FUNECE/UECE - 2017) o que diz respeito à produção antecipada da prova, assinale a afirmação
verdadeira.
a) A produção antecipada da prova é da competência do juízo do foro onde esta deva ser produzida ou do
foro de domicílio do réu.
b) A produção antecipada da prova previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.
c) O juízo estadual não tem competência para produção antecipada de prova requerida em face da União,
de entidade autárquica ou de empresa pública federal ainda que, na localidade, não exista vara federal.
d) Em qualquer caso, o juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a citação de interessados na
produção da prova ou no fato a ser provado.
Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o §2º, do art. 381, do CPC:

§ 2o A produção antecipada da prova é da competência do juízo do foro onde esta deva ser
produzida ou do foro de domicílio do réu.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o §3º, do art. 381, da Lei nº 13.105/15, a produção antecipada
da prova não previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.

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A alternativa C está incorreta. O §4º, do art. 381, da referida Lei, prevê que o juízo estadual tem competência
para produção antecipada de prova requerida em face da União, de entidade autárquica ou de empresa
pública federal se, na localidade, não houver vara federal.

A alternativa D está incorreta. Com base no §1º, do art. 282, do CPC, o juiz determinará, de ofício ou a
requerimento da parte, a citação de interessados na produção da prova ou no fato a ser provado, salvo se
inexistente caráter contencioso.

133. (MPE-RS/MPE-RS - 2017) Assinale a alternativa INCORRETA acerca do Ministério Público e da


audiência de instrução e julgamento, a teor do disposto no Novo Código de Processo Civil.
a) Intervindo nos processos como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público poderá produzir provas,
requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.
b) Considerando o princípio da publicidade dos atos processuais, a audiência será sempre pública.
c) O Ministério Público possui prazo em dobro para manifestação nos autos, não se aplicando o benefício da
contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o Ministério Público.
d) A audiência é una e contínua, todavia, havendo concordância das partes, na ausência de perito ou de
testemunha, poderá ser excepcional e justificadamente cindida.
e) O Ministério Público, atuando como fiscal da ordem jurídica, intervirá nos processos que envolvam litígios
coletivos pela posse de terra rural ou urbana.

Comentários

A alternativa A está correta, conforme estabelece o art. 179, da Lei nº 13.105/15:

Art. 179. Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público:

I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo;

II - poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.

A alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão. Embora a publicidade da audiência seja a regra, há
algumas exceções, nas quais a audiência será realizada de portas fechadas, sendo o acesso restrito às partes
e aos advogados. Vejamos o art. 368, da referida Lei:

Art. 368. A audiência será pública, ressalvadas as exceções legais.

Essas exceções correspondem às hipóteses previstas no art. 189, caput, em que os processos tramitarão em
segredo de justiça.

A alternativa C está correta, pois é o que dispõe o art. 180, caput, combinado com o §2º, do CPC:

Art. 180. O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que
terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1º.

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§ 2o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma


expressa, prazo próprio para o Ministério Público.

A alternativa D está correta, com base no art. 365, caput, da Lei nº 13.105/15:

Art. 365. A audiência é una e contínua, podendo ser excepcional e justificadamente cindida
na ausência de perito ou de testemunha, desde que haja concordância das partes.

A alternativa E está correta. O art. 178, III, da referida Lei, determina a intervenção obrigatória do Ministério
Público, na qualidade de fiscal da ordem jurídica, nas demandas que envolvam litígios coletivos pela posse
de terra rural ou urbana.

Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir
como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e
nos processos que envolvam:

III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.

134. (Crescer Consultorias/CRF-PI - 2016) “As partes têm o direito de empregar todos os meios legais,
bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos
fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.” (Novo Código
Processual Civil). Sobre o direito probatório, de acordo com o CPC, é CORRETO afirmar que:
a) Caberá às partes, de ofício, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito.
b) O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que
considerar adequado, independentemente de contraditório e ampla defesa.
c) A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar -lhe-á o teor e a
vigência, se assim o juiz determinar.
d) A carta precatória e a carta rogatória não devolvidas no prazo ou concedidas sem efeito suspensivo não
poderão ser juntadas aos autos.
Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 370, do CPC, caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento
da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito.

A alternativa B está incorreta. Com base no art. 372, da Lei nº 13.105/15, o juiz poderá admitir a utilização
de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o
contraditório.

A alternativa C é correta e gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 376, da referida Lei:

Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário
provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.

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A alternativa D está incorreta. Segundo o parágrafo único, do art. 377, do CPC, a carta precatória e a carta
rogatória não devolvidas no prazo ou concedidas sem efeito suspensivo poderão ser juntadas aos autos a
qualquer momento.

135. (IESES/TJ-MA - 2016) Em relação a ata notarial é correto afirmar:


a) A ata notarial deve ser redigida em língua portuguesa, pois a redação no idioma nacional é um dos seus
elementos essenciais.
b) A ata notarial é um tipo de documento que declara a existência de fatos e negócios jurídicos, devendo ter
a assinatura de testemunhas que confirmem a veracidade dos fatos.
c) Ao notário é permitido lavrar atas notariais de seu interesse ou no interesse de seus familiares em linha
reta.
d) A atuação do tabelião na elaboração da ata notarial tem como objetivo convocar o solicitante e as
testemunhas, devendo ouvir suas declarações e as registrar, redigindo o documento conforme seu
entendimento dos fatos.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O art. 192, da Lei nº 13.105/15, prevê o uso da língua
portuguesa em todos os atos praticados no processo.

Art. 192. Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua portuguesa.

A alternativa B está incorreta. A existência ou o modo de existir do fato declarado é atestado pelo próprio
tabelião. Não é exigido a assinatura de testemunhas para validar a ata notarial. Vejamos o art. 384, caput,
da referida Lei:

Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou
documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o art. 27, da Lei nº 8.935/94, ao notário é proibido praticar
qualquer ato de seu interesse ou no interesse de seus familiares em linha reta.

Art. 27. No serviço de que é titular, o notário e o registrador não poderão praticar,
pessoalmente, qualquer ato de seu interesse, ou de interesse de seu cônjuge ou de
parentes, na linha reta, ou na colateral, consanguíneos ou afins, até o terceiro grau.

A alternativa D está incorreta. A presença de testemunhas é dispensável no ato de elaboração da ata


notarial.

136. (IESES/TJ-MA - 2016) Assinale a alternativa correta:


a) A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requerimento
do interessado, mediante ata notarial lavrada por tabelião.
b) A ata notarial dispensa a qualificação das partes, pois o ato praticado em cartório tem fé pública.

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c) Para lavrar uma ata notarial ou escritura o tabelião deve exigir das partes documentos que comprovem a
existência de direitos que serão citados na ata, devendo ser respeitado o princípio da ampla defesa e do
contraditório.
d) A ata notarial e a escritura pública são documentos semelhantes, com a finalidade de outorgar poderes a
terceiros para pratica de atos jurídicos.
Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 384, do CPC:

Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou
documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.

A alternativa B está incorreta. A ata notarial não dispensa a qualificação das partes, ainda que o ato praticado
em cartório pelo tabelião tenha fé pública.

A alternativa C está incorreta. Não são exigidos documentos comprobatórios da existência de direitos
alegados nem a abertura de contraditório e de ampla defesa. Visto que, na ata notarial, o tabelião atesta a
declaração fornecida pelas partes e não a veracidade do conteúdo desta declaração.

A alternativa D está incorreta. Na ata notarial, o tabelião apenas atesta um fato que presenciou ou que foi
levado ao seu conhecimento. Enquanto, na escritura pública, o tabelião lavra um documento contendo uma
manifestação de vontade que constitui um negócio jurídico.

137. (IDECAN/Câmara de Aracruz-ES - 2016) No tocante ao tratamento que o Novo Código de Processo
Civil dá ao tema Ônus da Prova, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) Há previsão expressa de distribuição dinâmica do ônus da prova pelo juiz.
b) Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do
mérito.
c) A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar -lhe-á o teor e a
vigência, se assim o juiz determinar.
d) As partes podem distribuir o ônus da prova de maneira diversa da prevista em lei, desde que a convenção
das partes ocorra antes do processo.
Comentários

A alternativa A está correta, conforme estabelece o art. 373, §1º, do CPC:

§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à


impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da
prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá
dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

A alternativa B está correta, pois é o que dispõe o art. 370, da Lei nº 13.105/15:

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Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas


necessárias ao julgamento do mérito.

A alternativa C está correta, com base no art. 376, da referida Lei:

Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário
provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.

Por fim, a alternativa D está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o §4º, do art. 373, do CPC,
a distribuição diversa do ônus da prova pode ser celebrada antes ou durante o processo.

138. (FUNDATEC/Prefeitura de Porto Alegre-RS - 2016) Em relação ao procedimento comum tratado no


Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/15), analise as assertivas a seguir:
I. A audiência de conciliação ou mediação não será realizada somente se ambas as partes expressamente
manifestarem o desinteresse ou quando a causa não admitir autocomposição.
II. Na fase de saneamento e organização do processo, se a causa apresentar complexidade em matéria de
fato ou de direito, deverá o juiz designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as
partes, oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a esclarecer suas alegações.
III. Iniciada a audiência de instrução e julgamento, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente do
emprego anterior de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem.
Quais estão corretas?
a) Apenas II.
b) Apenas III.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
Comentários

Vamos analisar cada um dos itens.

O item I está correto, conforme estabelece o art. 334, §4º, da Lei nº 13.105/15:

§ 4o A audiência não será realizada:

I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição


consensual;

II - quando não se admitir a autocomposição.

O item II está correto, nos termos do §3º, do art. 357, da referida Lei:

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§ 3o Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz


designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes,
oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer suas
alegações.

O item III está correto, pois é o que dispõe o art. 359, do CPC:

Art. 359. Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente do


emprego anterior de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação
e a arbitragem.

Assim, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

139. (TRT-4º R/TRT-4ª R - 2016) Assinale a assertiva incorreta sobre processo de conhecimento.
a) Até o trânsito em julgado da ação, poderá o Juiz conhecer de ofício, em qualquer tempo e grau de
jurisdição, a ausência dos pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo,
a existência de perempção, litispendência ou coisa julgada, a ausência de legitimidade ou interesse
processual, bem como a intransmissibilidade da ação, por disposição legal, em caso de morte.
b) A não regularização da representação processual pelo autor, no prazo fixado pelo Juízo de primeiro grau,
acarreta a extinção do processo sem resolução do mérito.
c) São condições da ação, conforme previsão expressa, e, portanto, matéria de ordem pública, sobre as quais
o Juiz deve se pronunciar de ofício, a legitimidade de parte, o interesse processual e a possibilidade jurídica
do pedido.
d) É permitido ao Juiz decidir parcialmente o mérito em julgamento antecipado quando um ou mais pedidos
ou parcela deles se mostrarem incontroversos ou em condições de imediato julgamento, podendo a parte
liquidar ou executar, desde logo, a obrigação parcialmente reconhecida, ainda que existente recurso
interposto.
e) A audiência poderá ser integralmente gravada em imagem e áudio, podendo ser realizada a gravação
diretamente por qualquer das partes, ainda que sem autorização judicial.
Comentários

A alternativa A está correta, conforme dispõe o §3º, do art. 485, do CPC:

§ 3o O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer
tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado.

A alternativa B está correta, com base no art. 76, caput, combinado com o §1º, I, da Lei nº 13.105/15:

Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da


parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício.

§ 1o Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária:

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I - o processo será extinto, se a providência couber ao autor;

A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão. Com a entrada em vigor do novo Código de Processo
Civil, a possibilidade jurídica do pedido deixou de ser considerada uma condição da ação.

A alternativa D está correta, pois se refere ao art. 356, I e II, combinado com o §2º, do CPC:

Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados
ou parcela deles:

I - mostrar-se incontroverso;

II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355.

§ 2o A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação reconhecida na decisão


que julgar parcialmente o mérito, independentemente de caução, ainda que haja recurso
contra essa interposto.

A alternativa E está correta, nos termos do art. 367, §§ 5º e 6º, da Lei nº 13.105/15:

§ 5o A audiência poderá ser integralmente gravada em imagem e em áudio, em meio digital


ou analógico, desde que assegure o rápido acesso das partes e dos órgãos julgadores,
observada a legislação específica.

§ 6o A gravação a que se refere o § 5o também pode ser realizada diretamente por qualquer
das partes, independentemente de autorização judicial.

140. (FAU/Prefeitura de Piraquara-PR - 2016) Sobre a Exibição de Documento ou Coisa, considere as


seguintes afirmativas:
I - A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o documento ou a coisa se sua publicidade redundar
em desonra à parte ou ao terceiro, bem como a seus parentes consanguíneos ou afins até o terceiro grau,
ou lhes representar perigo de ação penal.
II - Se o terceiro negar a obrigação de exibir ou a posse do documento ou da coisa, o juiz designará audiência
especial, tomando-lhe o depoimento, bem como o das partes e, se necessário, o de testemunhas, e em
seguida proferirá decisão.
III - Se o terceiro negar a obrigação de exibir ou a posse do documento ou da coisa, o juiz designará audiência
especial, tomando-lhe o depoimento, bem como o das partes e, se necessário, o de testemunhas, e em
seguida proferirá decisão.
a) Nenhuma das afirmativas está correta.
b) Todas as afirmativas estão corretas.
c) Estão corretas as afirmativas I e II.
d) Estão corretas as afirmativas I e III.
e) Estão corretas as afirmativas II e III.

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Comentários

Vamos analisar os itens.

O item I está correto. O art. 404, do CPC, estabelece as hipóteses em que se admite que a parte ou o terceiro
se escusem de exibir, em juízo, o documento ou a coisa. Vejamos:

Art. 404. A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o documento ou a coisa se:

I - concernente a negócios da própria vida da família;

II - sua apresentação puder violar dever de honra;

III - sua publicidade redundar em desonra à parte ou ao terceiro, bem como a seus parentes
consanguíneos ou afins até o terceiro grau, ou lhes representar perigo de ação penal;

IV - sua exibição acarretar a divulgação de fatos a cujo respeito, por estado ou profissão,
devam guardar segredo;

V - subsistirem outros motivos graves que, segundo o prudente arbítrio do juiz, justifiquem
a recusa da exibição;

VI - houver disposição legal que justifique a recusa da exibição.

Os itens II e III estão corretos, conforme prevê o art. 402, da Lei nº 13.105/15:

Art. 402. Se o terceiro negar a obrigação de exibir ou a posse do documento ou da coisa, o


juiz designará audiência especial, tomando-lhe o depoimento, bem como o das partes e, se
necessário, o de testemunhas, e em seguida proferirá decisão.

Portanto, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

141. (MPE-RS/MPE-RS - 2016) Assinale com V (verdadeiro) ou com F (falso) as seguintes afirmações
sobre o tema das provas, segundo o disposto no Código do Processo Civil.
( ) A produção antecipada da prova é da competência do juízo do foro onde esta deva ser produzida ou do
foro de domicílio do autor.
( ) Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre imóveis alheios, a confissão de um
cônjuge ou companheiro não valerá sem a do outro, salvo se o regime de casamento for o de comunhão
universal de bens.
( ) O juiz não admitirá a recusa de exibição se o documento, por seu conteúdo, for comum às partes.
( ) Fazem a mesma prova que os originais os extratos digitais de bancos de dados públicos e privados, desde
que atestado pelo seu emitente, sob as penas da lei, que as informações conferem com o que consta na
origem.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

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a) F – V – V – F.
b) F – V – F – V.
c) V – V – F – F.
d) F – F – V – V.
e) V – F – V – F.
Comentários

Vamos analisar cada uma das afirmativas.

A primeira afirmativa é falsa. De acordo com o §2, do art. 381, do CPC, a produção antecipada da prova é da
competência do juízo do foro onde esta deva ser produzida ou do foro de domicílio do réu.

A segunda afirmativa é falsa. O parágrafo único, do art. 391, da Lei nº 13.105/15, estabelece que nas ações
que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre imóveis alheios, a confissão de um cônjuge ou
companheiro não valerá sem a do outro, salvo se o regime de casamento for o de separação absoluta de
bens.

A terceira afirmativa é verdadeira, conforme prevê o art. 399, III, da referida Lei:

Art. 399. O juiz não admitirá a recusa se:

III - o documento, por seu conteúdo, for comum às partes.

A afirmativa IV é verdadeira, com base no art. 425, V, do CPC:

Art. 425. Fazem a mesma prova que os originais:

V - os extratos digitais de bancos de dados públicos e privados, desde que atestado pelo
seu emitente, sob as penas da lei, que as informações conferem com o que consta na
origem;

Desse modo, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

142. (MPE-PR/MPE-PR - 2016) Sobre a disciplina das provas e da sentença no Direito Processual Civil,
como previsto pelo Código de Processo Civil de 2015, assinale a alternativa correta:
a) Os meios de prova admitidos pelo direito processual civil são aqueles previstos expressamente pelo Código
de Processo Civil, sem qualquer exceção;
b) O Código de Processo Civil admite a possibilidade de o magistrado distribuir o ônus da prova de modo
diverso da regra geral, desde que o magistrado o faça no ato da sentença, de forma fundamentada;
c) Quando o documento que se pretende utilizar como prova consistir em reprodução cinematográfica ou
fonográfica, a parte deverá trazê-lo aos autos, devidamente degravados e reduzidos ao formato de termo
escrito;

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d) Nos casos considerados de baixa complexidade, o Código de Processo Civil admite que a sentença indique
o ato normativo pertinente, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
e) Não se considera fundamentada a decisão que se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula,
sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta
àqueles fundamentos.
Comentários

A alternativa A está incorreta. Segundo o art. 369, do CPC, as partes têm o direito de empregar todos os
meios legais, ainda que não especificados neste Código. Como vimos em aula, os meios de prova evoluem e
não são taxativos.

Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os
moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade
dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.

A alternativa B está incorreta. A primeira parte da alternativa está correta, pois o juiz pode distribuir o ônus
da prova de forma diversa da regra geral. Contudo, a distribuição do ônus da prova deverá ser feita na
instrução do processo para a obtenção de provas e não em sentença. Vejamos o art. 373, § 1º:

§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à


impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da
prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá
dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

A alternativa C está incorreta, pois a exposição dos documentos que consistam em reprodução
cinematográfica ou fonográfica será feita em audiência, conforme parágrafo único do art. 434.

Art. 434. Incumbe à parte instruir a petição inicial ou a contestação com os documentos
destinados a provar suas alegações.

Parágrafo único. Quando o documento consistir em reprodução cinematográfica ou


fonográfica, a parte deverá trazê-lo nos termos do caput, mas sua exposição será realizada
em audiência, intimando-se previamente as partes.

A alternativa D está incorreta, pois se isso for feito, a sentença será considerada como não fundamentada.
Vejamos o art. 489, do CPC.

§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória,


sentença ou acórdão, que:

I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua


relação com a causa ou a questão decidida;

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 489, §1º, V.

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Art. 489. São elementos essenciais da sentença:

§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória,


sentença ou acórdão, que:

V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus


fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles
fundamentos;

143. (Serctam/Prefeitura de Quixadá-CE - 2016) Marque a alternativa INCORRETA.


a) O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que
considerar adequado, observado o contraditório.
b) Pelo princípio do autorregramento da vontade, se as partes decidirem que uma prova não deve ser
produzida, ela não será e o juiz não pode se opor à decisão das partes.
c) As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que
não especificados no CPC, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir
eficazmente na convicção do juiz.
d) Segundo a teoria da carga probatória dinâmica feita pelo juiz, compete ao autor provar fato constitutivo
de seu direito e ao réu, a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, podendo
haver redistribuição do ônus da prova pelas partes.
e) O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido,
indicando na decisão as razões da formação de seu convencimento, podendo valorar prova que não foi
objeto de contraditório.
Comentários

A alternativa A está correta, pois reproduz o art. 372, do CPC.

Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo,
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

A alternativa B está correta. Esse é o princípio da autonomia da vontade das partes, com relação aos direitos
que admitam autocomposição e é baseada no art. 190, do CPC. De todo modo, trata-se de entendimento
ainda não consolidado, uma vez que a prova se destina aos autos do processo e o magistrado tem o dever
de conduzi-lo de forma a alcançar a verdade processual.

Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às
partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às
especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres
processuais, antes ou durante o processo.

A alternativa C está correta, pois reproduz o art. 369.

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Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os
moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade
dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.

A alternativa D está correta, com base no art. 373, §1º. Como vimos, há o conceito de distribuição dinâmica
do ônus da prova e a possibilidade de distribuição desse ônus por parte do magistrado.

Art. 373. O ônus da prova incumbe:

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do


autor.

§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à


impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da
prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá
dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

A alternativa E está incorreta e é o gabarito da questão. Ao juiz não é permitido fundamentar a sua decisão
em uma prova não submetida ao contraditório. Vejamos o art. 371, do CPC.

Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que
a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.

144. (TRT 4º Região - 2016) Assinale a assertiva correta sobre prova.


a) É possível a inversão do ônus da prova por convenção das partes em qualquer circunstância, devendo o
Juiz fundamentar decisão contrária à disposição convencionada.
b) Consiste a confissão no reconhecimento do fato em que se funda o direito do autor. A confissão de um
fato equivale, em termos de efeitos jurídicos, ao reconhecimento jurídico do pedido, conduzindo
necessariamente à procedência da pretensão da parte adversa.
c) Para que a confissão extrajudicial gere efeitos no processo, deverá ser renovada em seus termos perante
o Juiz da causa.
d) Exceto na hipótese de sigilo profissional, é vedado à parte ou a terceiro se escusarem de exibir, em Juízo,
documento ou coisa, quando instados a fazê-lo pelo Julgador, hipótese em que este deverá adotar medidas
coercitivas para efetivar a exibição, a exemplo de imposição de multa por atraso e busca e apreensão.
e) O Juiz pode determinar, de ofício, ainda que com oposição das partes, a realização das provas que
entender necessárias à solução do litígio.

Comentários

A alternativa A está incorreta. Não é em qualquer caso que o juiz estará autorizado a inverter o ônus da
prova.

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A alternativa B está incorreta. A confissão implica o reconhecimento dos fatos e não o reconhecimento
jurídico do pedido. Vejamos o art. 389, do CPC.

Art. 389. Há confissão, judicial ou extrajudicial, quando a parte admite a verdade de fato
contrário ao seu interesse e favorável ao do adversário.

A alternativa C está incorreta. Não há necessidade de que a confissão extrajudicial seja renovada em juízo
para que produza efeitos.

A alternativa D está incorreta. O art. 404 prevê em quais hipóteses é vedado à parte ou a terceiro se
escusarem de exibir, em Juízo, documento ou coisa. A hipótese de sigilo profissional está entre eles.

Art. 404. A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o documento ou a coisa se:

I - concernente a negócios da própria vida da família;

II - sua apresentação puder violar dever de honra;

III - sua publicidade redundar em desonra à parte ou ao terceiro, bem como a seus parentes
consanguíneos ou afins até o terceiro grau, ou lhes representar perigo de ação penal;

IV - sua exibição acarretar a divulgação de fatos a cujo respeito, por estado ou profissão,
devam guardar segredo;

V - subsistirem outros motivos graves que, segundo o prudente arbítrio do juiz, justifiquem
a recusa da exibição;

VI - houver disposição legal que justifique a recusa da exibição.

Parágrafo único. Se os motivos de que tratam os incisos I a VI do caput disserem respeito


a apenas uma parcela do documento, a parte ou o terceiro exibirá a outra em cartório, para
dela ser extraída cópia reprográfica, de tudo sendo lavrado auto circunstanciado.

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, conforme o art. 370.

Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas


necessárias ao julgamento do mérito.

145. (FUNRIO/Prefeitura de Itupeva-SP - 2016) Ao instituir modificações na estruturação das provas o


Código de Processo Civil de 2015 estabeleceu, dentre outras inovações a:
a) teoria dinâmica do ônus da prova
b) determinação de prova por decisão ex officio do magistrado
c) apresentação ilimitada de testemunhas
d) adoção de prova documental

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e) previsão de arguição de falsidade.


Comentários

A questão faz referência à teoria dinâmica do ônus da prova, positivada pelo CPC. Vejamos o art. 373, §1º:

§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à


impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da
prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá
dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

Como dissemos em aula, a possibilidade de distribuição do ônus da prova de forma dinâmica no processo é
uma das novidades do CPC.

Desse modo, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

146. (MPDFT/MPDFT - 2015) O novo Código de Processo Civil, aprovado pela Lei 13.105/2015
(CPC/2015), entrará em vigor a contar de um ano de sua publicação oficial, em substituição ao CPC/1973.
Sobre a aplicação do novo diploma processual, julgue os itens a seguir:
I. A prova requerida no processo antes da vigência do novo código, isto é sob as regras legislativas do
CPC/1973, ao ser produzida na vigência do CPC/2015, regular-se-á pelo novo diploma legal.
II. A contagem de prazos processuais em dias úteis, não mais em dias contínuos, estabelecida pelo CPC/2015,
incidirá nos prazos que iniciarão contagem a partir da vigência do CPC/2015.
III. Ao entrar em vigor, o CPC/2015 será aplicado aos processos que se iniciarem sob a sua égide, mantendo-
se o CPC/1973 para reger todos os processos iniciados em data anterior à vigência do novo código
IV. Os atos processuais praticados sob a vigência do CPC/1973, em processos não sentenciados, por exemplo,
a citação de empresas públicas e privadas, não serão renovados devido à vigência da nova disciplina
processual do CPC/2015.
V. A norma processual do CPC/2015 não retroagirá e será aplicada imediatamente aos processos em curso,
respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência do CPC/1973.
Assinale a alternativa que contém os itens CORRETOS:
a) I, II e IV.
b) III, IV e V.
c) I, III e IV.
d) II, IV e V.
e) I, IV e V.

Comentários

Essa não é bem uma questão de prova, mas de direito intertemporal, todavia, vamos analisar cada um dos
itens.

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O item I está incorreto. De acordo com o art. 1.047, do CPC, as disposições de direito probatório adotadas
neste Código aplicam-se apenas às provas requeridas ou determinadas de ofício a partir da data de início de
sua vigência.

O item II está correto, com base no art. 1.046. Iniciada uma nova contagem de prazo em processo em curso,
deverá ser observada a regra contida no CPC e não mais no CPC/73.

Art. 1.046. Ao entrar em vigor este Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos
processos pendentes, ficando revogada a Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973.

O item III está incorreto. Conforme comentário acima.

Os itens IV e V estão corretos, pois está previsto no art. 14.

Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos
em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas
sob a vigência da norma revogada.

Assim, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

147. (FMP-RS/TJ-MT - 2014) Sobre o direito probatório no processo civil, é correto afirmar que
a) não vige, no direito brasileiro, a regra da atipicidade dos meios de prova.
b) não vige, no processo civil, a regra da comunhão da prova.
c) vige, entre nós, a teoria da distribuição fixa do ônus da prova, que pode, contudo, ser invertida e
dinamizada, conforme o caso.
d) vige, entre nós, a teoria das normas que distribui o ônus da prova de acordo com a capacidade de provar
de cada uma das partes.
e) Nenhuma das alternativas está correta.
Comentários

A alternativa A está incorreta. Os meios de prova não estão taxativamente previstos no CPC, dessa forma,
vige o princípio da atipicidade dos meios de prova.

A alternativa B está incorreta. Como vimos, é possível a comunhão de provas por meio do instituto da prova
emprestada.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A distribuição da prova pode ser dinamizada ou
invertida em certas situações, pois o §1º, do art. 373, do CPC, adotou a teoria da distribuição dinâmica do
ônus da prova.

§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à


impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou
à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus

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da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que
deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

A alternativa D está incorreta, pois como vimos são usadas as teorias estática e dinâmica de distribuição do
ônus da prova.

A alternativa E está incorreta, pois a alternativa C está correta.

148. (UFMT/DPE-MT - 2016) Em relação às provas no Código de Processo Civil (CPC/2015), assinale a
afirmativa correta.
a) O Código de Processo Civil consagrou a posição jurisprudencial, adotada pelo Superior Tribunal de Justiça,
segundo a qual o ônus da prova é regra de julgamento.
b) A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que o prévio conhecimento dos fatos possa
justificar ou evitar o ajuizamento de ação.
c) A prova exclusivamente testemunhal só se admite nos contratos cujo valor não exceda o décuplo do maior
salário mínimo vigente no país, ao tempo em que foram celebrados.
d) A produção antecipada da prova previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.
e) Ao juiz incumbe-lhe determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las
sobre os fatos da causa; havendo silêncio ou recusa em depor, incidirá a pena de confesso.
Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o §1º, do art. 373, do CPC, a inversão do ônus da prova deve
ocorrer na fase de saneamento do processo, e não na sentença, pois deve ser assegurada às partes a
possibilidade de se desincumbir do ônus probatório (regra de instrução), o que não é possível quando a
inversão ocorre como regra de julgamento.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois reproduz o art. 381, III.

Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:

III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.

A alternativa C está incorreta. Com base no art. 442, a prova testemunhal é sempre admissível, não dispondo
a lei de modo diverso.

A alternativa D está incorreta. Segundo o art. 381, §3º, a produção antecipada da prova não previne a
competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.

A alternativa E está incorreta. Conforme o art. 139, VIII, o juiz dirigirá o processo, incumbindo-lhe
determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre os fatos da
causa, hipótese em que não incidirá a pena de confesso.

149. (QFAURGS/TJ-RS - 2016) Na vigência do Novo Código de Processo Civil, instituído pela Lei nº
13.105/2015, Gabriel propõe ação de produção antecipada de prova pericial em face da Construtora

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Macondo S/A. Alega, basicamente, em petição inicial, que preenche os requisitos legais e que a prova,
caso produzida, terá o condão de viabilizar a autocomposição das partes. Nesse caso, é correto afirmar
que a produção
a) deverá ser indeferida, uma vez que a justificativa de Gabriel não demonstra perigo de que venha a se
tornar impossível a verificação dos fatos.
b) deverá ser indeferida, uma vez que a medida judicial em questão só pode ser utilizada para produção de
prova oral.
c) deverá ser deferida, e, caso Gabriel queira propor ação indenizatória posteriormente, o juízo da ação de
produção antecipada já estará prevento para julgar a nova ação.
d) deverá ser deferida, e, havendo caráter contencioso, deverá o juiz determinar, inclusive de ofício, a citação
de interessados na produção da prova.
e) deverá ser indeferida, uma vez que o direito à prova encontra óbice no direito à livre iniciativa da parte
contrária.

Comentários

Vamos analisar cada uma das alternativas.

Por se tratar de prova que possa evitar o surgimento de uma ação judicial por intermédio da
autocomposição, temos o atendimento da regra que consta do art. 381, II, do CPC:

Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:

II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio


adequado de solução de conflito;

Desse modo, devemos desconsiderar as alternativas A, B e E, que falam do indeferimento.

Assim, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

Por fim, a alternativa C não pode ser considerada, pois não há prevenção entre o juízo responsável por julgar
a ação de produção de provas antecipada e a eventual ação posteriormente ajuizada, ante o que disciplina
o §3º do art. 381, do CPC.

O fato de o art. 382 do CPC exigir que haja menção precisa dos fatos sobre os quais a prova irá recair, não
justifica o indeferimento, haja vista que o enunciado não fala que não houve descrição da prova,
simplesmente fala que o peticionamento foi simples e direto.

150. (IESES/BAHIAGÁS - 2016) No tocante às provas a serem produzidas inovou o CPC. Assinale a
alternativa INCORRETA, dentre as elencadas.
a) O CPC em seu art. 439 dispõe que “a utilização de documentos eletrônicos no processo convencional
dependerá de sua conversão à forma impressa e de verificação de sua autenticidade, na forma da lei”
b) No artigo 381, incisos II e III do CPC há duas previsões específicas, que estabelecem a possibilidade de se
pedir, no Judiciário, a produção antecipada de prova para os casos em que a prova a ser produzida seja

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suscetível de viabilizar a auto composição ou outro meio adequado de solução de conflito; ou o prévio
conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.
c) No Novo CPC, os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os órgãos técnicos
ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado.
Permanece a regra de que na localidade onde não houver inscrito no cadastro disponibilizado pelo tribunal,
a nomeação do perito é de livre escolha pelo juiz e deverá recair sobre profissional ou órgão técnico ou
científico detentor do conhecimento necessário à realização da perícia.
d) O CPC inovou, trazendo tópicos importantes: arguição de falsidade documental; juntada de documentos
novos no processo e utilização de documentos eletrônicos. Desses o talvez seja o mais importante o do Art.
435, que permite juntar aos autos documento novos em qualquer momento do processo. É lícito às partes,
em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois
dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos.
e) O artigo 372 do CPC: “O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-
lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório”. Trata-se de norma sem correspondência
no atual CPC.

Comentários

A questão possui duas alternativas incorretas, sendo passível de recurso.

A alternativa A está correta. De fato, corresponde ao art. 489, do CPC.

Art. 439. A utilização de documentos eletrônicos no processo convencional dependerá de


sua conversão à forma impressa e da verificação de sua autenticidade, na forma da lei.

A alternativa B está correta. Vejamos o art. 381, que menciona em quais hipóteses a produção antecipada
da prova será admitida.

Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:

I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de
certos fatos na pendência da ação;

II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio


adequado de solução de conflito;

III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.

A alternativa C está correta, com base no art. 156, §§1º e 5º.

§ 1o Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os órgãos


técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o
juiz está vinculado.

§ 5o Na localidade onde não houver inscrito no cadastro disponibilizado pelo tribunal, a


nomeação do perito é de livre escolha pelo juiz e deverá recair sobre profissional ou órgão

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técnico ou científico comprovadamente detentor do conhecimento necessário à realização


da perícia.

A alternativa D está incorreta e é o gabarito da questão. O CPC trata da arguição de falsidade documental,
da juntada de documentos novos no processo e da utilização de documentos eletrônicos, porém, isso não
corresponde a uma novidade na legislação, pois já são admitidos na sistemática do CPC73.

A alternativa E está incorreta. Isso porque, de fato, essa previsão corresponde ao art. 372.

Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo,
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

151. (TRF - 4ª REGIÃO - 2016) Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta.
Considerando as regras do Código de Processo Civil de 2015:
I. É possível sentença de mérito que resolva parcialmente a lide, prosseguindo o processo quanto à parcela
não resolvida, sendo a decisão impugnável por agravo de instrumento.
II. O rol de testemunhas deve ser apresentado no prazo de 15 dias da decisão de saneamento, se escrita, ou
na própria solenidade, se o saneamento for em audiência.
III. O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pelo Ministério Público caso seu representante,
injustificadamente, não compareça à audiência de instrução.
IV. A distribuição do ônus da prova é dinâmica, fixada em princípio no próprio Código, mas podendo ser
alterada pelo juiz diante de peculiaridades da causa relacionadas à excessiva dificuldade de cumprir o
encargo segundo a regra geral.
a) Estão corretas apenas as assertivas I e III.
b) Estão corretas apenas as assertivas II e III.
c) Estão corretas apenas as assertivas I, II e IV.
d) Estão corretas todas as assertivas.
e) Nenhuma assertiva está correta.
Comentários

Vamos analisar cada um dos itens:

O item I está correto. Vejamos o art. 356, II, combinado com o art. 355, ambos do CPC.

Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados
ou parcela deles:

II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355.

Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de
mérito, quando:

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I - não houver necessidade de produção de outras provas;

II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de
prova, na forma do art. 349.

O item II está correto, em face do que prevê o §4º, do art. 357, do CPC:

§ 3o Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz


designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes,
oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer suas
alegações.

§ 4o Caso tenha sido determinada a produção de prova testemunhal, o juiz fixará prazo
comum não superior a 15 (quinze) dias para que as partes apresentem rol de testemunhas.

§ 5o Na hipótese do § 3o, as partes devem levar, para a audiência prevista, o respectivo rol
de testemunhas.

O item III está correto, pois reproduz o art. 362, §2º, do CPC:

§ 2o O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado
ou defensor público não tenha comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra ao
Ministério Público.

O item IV foi considerado correto pela banca. Contudo, aparenta ser contraditório. Assim, a princípio, a
distribuição do ônus da prova é estático, contudo, o magistrado poderá, em situações de impossibilidade ou
de excessiva dificuldade, dinamizar o ônus da prova na forma do art. 373, do CPC. De todo modo, não foi o
entendimento da banca.

Assim, a alternativa D é a correta e gabarito da questão.

152. (FAURGS/TJ-RS - 2016) Na vigência do Novo Código de Processo Civil, instituído pela Lei nº
13.105/2015, Fernando propõe ação de exibição de documentos em face de Álvaro. Álvaro contesta a
ação, apresentando justificativa para não exibir. O juiz julga ilegítima a justificativa de Álvaro, por
considerar que o réu possui o documento, que tem dever legal de exibi-lo e que o documento em questão
é comum às partes e necessário para a instrução do feito. Nesse caso, é correto afirmar que, em tese,
a) o juiz não poderia admitir como verdadeiros os fatos que, por meio do documento, Fernando pretendia
provar.
b) o juiz poderia determinar busca e apreensão do documento, mas não poderia utilizar medidas coercitivas,
como a multa diária, para constranger Álvaro a exibi-lo.
c) o juiz poderia adotar medidas como multa diária, busca e apreensão e restrição ao exercício de direitos,
para fazer com que o documento seja levado a juízo.
d) o juiz só poderia presumir a veracidade de fatos que não pudessem ser provados por outros meios de
prova, como a prova pericial, a testemunhal ou a ata notarial.

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e) o juiz deveria ter determinado a exibição do documento, ainda que Álvaro tivesse comprovado que a
apresentação do documento violasse dever seu de honra.

Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. O juiz poderia adotar medidas como multa diária,
busca e apreensão e restrição ao exercício de direitos, para fazer com que o documento seja levado a juízo.

A respeito da exibição de documentos, o art. 400, em seu parágrafo único, do CPC, dispõe:

Parágrafo único. Sendo necessário, o juiz pode adotar medidas indutivas, coercitivas,
mandamentais ou sub-rogatórias para que o documento seja exibido.

Sendo que a multa diária corresponde a uma medida indutiva, a busca e apreensão a uma medida sub-
rogatória e a restrição ao exercício de direitos a uma medida coercitiva.

153. (IESES/TJ-PA - 2016) Indique a alternativa INCORRETA:


a) O juízo de valores sobre fatos escapa ao alcance da ata notarial.
b) O instrumento notarial se presta a prevenir litígios e a abreviá-los, diante da qualidade da prova que
constituem.
c) O controle da lavratura da ata notarial é exclusivo do notário, por se tratar de ato unilateral de sua
exclusiva competência, sem que o requerente possa contestar ou refutar o que nela constar.
d) O tabelião deve fazer um juízo de valor sobre os fatos por ele percebidos antes da lavratura da ata notarial.

Comentários

A alternativa A está correta, pois o tabelião deve atestar fatos, não emitir valores.

A alternativa B está correta, pois constitui justamente a finalidade da ata notarial.

A alternativa C está correta, embora o fundamento explícito esteja no art. 7º, III, da Lei nº 8.935/94, podemos
concluir isso a partir da ideia subjacente a esse meio de prova expressamente previsto no CPC. Apenas para
ilustrar, confira:

Art. 7º Aos tabeliães de notas compete com exclusividade:

I - lavrar escrituras e procurações, públicas;

II - lavrar testamentos públicos e aprovar os cerrados;

III - lavrar atas notariais;

A alternativa D está incorreta e é o gabarito da questão. Ao tabelião de notas compete atestar a existência
ou o modo de existir de algum fato, ou seja, de atestar a declaração a ele feita, não lhe cabendo emitir
qualquer juízo de valor a respeito do que lhe é notificado.

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154. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS - 2015) No depoimento pessoal das partes, nos termos do Código de
Processo Civil, a parte não poderá servir-se de
a) consultas breves
b) processos mnemônicos
c) recordações longevas
d) escritos adrede preparados
e) indicações de datas
Comentários

De acordo com o art. 387, do CPC, a parte responderá pessoalmente sobre os fatos articulados, não podendo
servir-se de escritos anteriormente preparados.

Art. 387. A parte responderá pessoalmente sobre os fatos articulados, não podendo servir-
se de escritos anteriormente preparados, permitindo-lhe o juiz, todavia, a consulta a notas
breves, desde que objetivem completar esclarecimentos.

Portanto, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

155. (TRF - 4ª REGIÃO - 2014) Assinale a alternativa correta.


a) A parte, no depoimento pessoal, responderá pessoalmente sobre os fatos articulados, podendo, no
entanto, servir-se de escritos anteriormente preparados.
b) A confissão espontânea é ato personalíssimo da parte, não podendo ser efetuada por mandatário.
c) A ação para anular confissão é transmissível aos herdeiros, ainda que não iniciada em vida do confitente.
d) Nas ações que versarem sobre direitos sobre imóveis alheios, a confissão de um cônjuge não valerá sem
a do outro.
e) Todas as alternativas anteriores estão incorretas.
Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 387, do CPC, a parte responderá pessoalmente sobre os
fatos articulados, não podendo servir-se de escritos anteriormente preparados, permitindo-lhe o juiz,
todavia, a consulta a notas breves, desde que objetivem completar esclarecimentos.

A alternativa B está incorreta. Segundo o art. 390, §1º, a confissão espontânea pode ser feita pela própria
parte ou por representante com poder especial.

A alternativa C está incorreta. Com base no art. 393, a confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se
decorreu de erro de fato ou de coação. A legitimidade para a ação prevista no caput é exclusiva do
confitente e pode ser transferida a seus herdeiros se ele falecer após a propositura.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois se refere ao art. 391.

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Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os
litisconsortes.

Parágrafo único. Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre
imóveis alheios, a confissão de um cônjuge ou companheiro não valerá sem a do outro,
salvo se o regime de casamento for o de separação absoluta de bens.

A alternativa E não pode ser assinalada, pois a alternativa D está correta.

156. (FAURGS/TJ-RS - 2012) Assinale a alternativa correta sobre o regime da prova no Código de
Processo Civil.
a) No depoimento pessoal, não é permitido à parte servir-se de notas breves para completar
esclarecimentos.
b) A parte não é obrigada a depor sobre fatos criminosos ou torpes que lhe forem imputados.
c) Não se admite confissão espontânea feita a mandatário, mesmo que com poderes especiais.
d) A confissão extrajudicial, quando feita oralmente, terá eficácia inclusive nos casos em que a lei exija prova
literal.
e) A confissão é irrevogável e não poderá ser anulada se colhida em juízo.
Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 387, do CPC, o juiz permite a consulta a notas breves,
desde que objetivem completar esclarecimentos.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois se refere ao art. 388, I, da referida Lei:

Art. 388. A parte não é obrigada a depor sobre fatos:

I - criminosos ou torpes que lhe forem imputados;

A alternativa C está incorreta. O §1º, do art. 390, da Lei nº 13.105/15, estabelece que a confissão espontânea
pode ser feita pela própria parte ou por representante com poder especial.

A alternativa D está incorreta. De acordo com o art. 394, do CPC, pois “a confissão extrajudicial, quando feita
oralmente, só terá eficácia nos casos em que a lei não exija prova literal”.

A alternativa E está incorreta. De acordo com o art. 393, do CPC, “a confissão é irrevogável, mas pode ser
anulada se decorreu de erro de fato ou de coação”.

157. (IADES/ApexBrasil - 2018) Quanto à teoria geral da prova, assinale a alternativa correta.
a) As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda
que não especificados no Código de Processo Civil, para provar a verdade dos fatos.
b) O juiz não poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, sob pena de ofensa ao
princípio do contraditório.

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c) A alegação de direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário independe de prova, tendo em


vista o princípio de que o juiz conhece o direito (iura novit curia).
d) O juiz não poderá determinar, de ofício, as provas necessárias ao julgamento do mérito, em atenção ao
princípio da inércia da jurisdição.
e) O princípio que veda a produção de provas contra si não se aplica ao processo civil, sendo tal princípio
garantido às partes somente no processo penal.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A liberdade probatória, apesar de não ser ilimita, é
substancialmente ampla. Nesse sentido, a assertiva reproduz o teor do disposto no art. 396 do CPC, que
autoriza às partes que sejam empregados todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda
que não especificados no CPC, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir
eficazmente na convicção do juiz.

A alternativa B está incorreta, pois é válida a utilização de prova produzida em outro processo. Trata -se da
prova emprestada. Essa previsão está contida no art. 372, do CPC . Confira:

Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo,
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o que dispõe o art. 376, do CPC, a parte que alegar direito
municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz
determinar. Ou seja, não são situações que independem de prova (iura novit cúria).

A alternativa D está incorreta, pois o o juiz, como sujeito processual que é, tem autonomia para determinar
a produção probatória de ofício, de acordo com o disposto no art. 370, do CPC.

A alternativa E está incorreta. O direito de não produzir prova contra si não é limitado à esfera processual
penal. O art. 379, caput do CPC prevê essa garantia. Veja:

Art. 379. Preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte: (...)

158. (FUNDEP/Pref Pará de MG - 2018) Analise as seguintes afirmativas sobre as provas no processo civil
e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas.
( ) Poderá a testemunha requerer ao juiz o pagamento da despesa que efetuou para comparecimento à
audiência, situação na qual a parte que a arrolou pagará logo que arbitrado o valor ou depositará em cartório
no prazo de três dias.
( ) Quando autor e réu forem intimados para depor pessoalmente e comparecerem à audiência, o autor será
ouvido antes, devendo o réu se ausentar da sala de audiência. Após o depoimento do autor, será realizado
o depoimento do réu, não havendo necessidade de o autor se retirar da sala de audiências.
( ) A presunção de veracidade do documento público atinge tanto os fatos que tenham ocorrido na presença
do oficial público, quanto os fatos trazidos ao seu conhecimento pelas partes.

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( ) O perito pode escusar-se da tarefa que lhe foi outorgada de realizar uma perícia, devendo a escusa ser
apresentada dentro de quinze dias da intimação ou do impedimento superveniente, de forma que decorrido
o prazo sem a manifestação do perito não mais poderá este requerer sua dispensa em razão do fenômeno
da preclusão temporal.
Assinale a sequência CORRETA.
a) V F F V
b) V F F F
c) F V V F
d) V V F V
Comentários

O item I está correto, pois reproduz a regra contida no art. 462 do CPC no sentido de que a testemunha pode
requerer ao juiz o pagamento da despesa que efetuou para comparecimento à audiência, devendo a parte
pagá-la logo que arbitrada ou depositá-la em cartório dentro de 3 (três) dias.

O item II é correto. A partir da interpretação conjunta dos arts. 361, inciso II; art. 385, caput, e § 1º do CPC,
pode-se concluir que a ordem preferencial de produção da prova oral é a oitiva do autor e, em seguida, do
réu, sendo vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte.

Confira os dispositivos:

Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem,
preferencialmente:

II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;

Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta
seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de
ordená-lo de ofício.

§ 2º É vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte.

O item III está incorreto, pois, de acordo com o art. 405 do CPC, a presunção de veracidade do documento
público atinge apenas os fatos que tenham ocorrido na presença do o escrivão, do chefe de secretaria, do
tabelião ou do servidor que declarar a ocorrência.

O item IV está correto. A recusa da tarefa pelo perito é permitida, desde que respeitada as formalidades do
art. 157, §1º do CPC, tal como previsto na assertiva. Confira:

Art. 157, § 1º A escusa será apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, contado da


intimação, da suspeição ou do impedimento supervenientes, sob pena de renúncia ao
direito a alegá-la.

Assim, a sequência de julgamento dos itens é (V) (V) (F) (V), estando correta a alternativa D.

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LISTA DE QUESTÕES
FCC

1. (FCC/TRT-18ªR - 2023) De acordo com o Código de Processo Civil, a distribuição do ônus da prova
A) pode ser modificada a critério exclusivo da parte hipossuficiente.
B) pode ser modificada pelas partes, desde que plenamente capazes, ainda que torne excessivamente difícil
a uma delas o exercício do direito.
C) só pode ser modificada pelas partes se recair sobre direito disponível.
D) nunca pode ser modificada por convenção das partes, por constituir matéria de ordem pública.
E) pode ser modificada pelas partes por convenção feita antes do processo, mas não durante ele.
2. (FCC/PGE-AM - 2022) Analise as proposições abaixo, acerca da prova:
I. O Juiz que tiver conhecimentos técnicos poderá dispensar a indicação de perito e conduzir, ele próprio, a
prova pericial.
II. É vedado ao juiz admitir o depoimento de testemunhas menores, impedidas ou suspeitas.
III. A inspeção judicial pode ser determinada de ofício.
IV. As partes podem, a qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, quando destinados a fazer
prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos.
Está correto o que se afirma APENAS em
A) II e III.
B) II e IV.
C) I e III.
D) I e II.
E) III e IV.

3. (FCC/TJ-CE - 2022) De acordo com o Código de Processo Civil, a confissão judicial


A) do cônjuge, nas ações que versarem sobre bens imóveis, só valerá se tiver havido também a do outro,
independentemente do regime de bens.
B) não pode ser provocada.
C) é irrevogável, mas será ineficaz se feita por quem não era capaz de dispor do direito a que se referem os
fatos confessados.
D) faz prova contra os confitentes e prejudica os litisconsortes.
E) é, em regra, divisível, podendo a parte que a quiser invocar como prova aceitá-la no tópico que a beneficiar
e rejeitá-la no que lhe for desfavorável.

4. (FCC/TJ-CE - 2022) De acordo com o Código de Processo Civil, a confissão judicial

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(A) do cônjuge, nas ações que versarem sobre bens imóveis, só valerá se tiver havido também a do outro,
independentemente do regime de bens.
(B) não pode ser provocada.
(C) é irrevogável, mas será ineficaz se feita por quem não era capaz de dispor do direito a que se referem os
fatos confessados.
(D) faz prova contra os confitentes e prejudica os litisconsortes.
(E) é, em regra, divisível, podendo a parte que a quiser invocar como prova aceitá -la no tópico que a
beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável.

5. (FCC/TJ-MA - 2019) Quanto às provas, é correto afirmar:


a) Na atual sistemática processual civil, não há mais fatos em cujo favor milite presunção legal de existência
ou de veracidade para efeito probatório.
b) Os fatos admitidos no processo como incontroversos dependem apenas de prova oral em audiência que
os ratifique.
c) O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente
acontece e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado, quanto a estas, o exame pericial.
d) Caberá ao juiz determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito, somente se requeridas pela
parte, em obediência ao princípio dispositivo.
e) A existência de algum fato pode ser atestada ou documentada, a requerimento do interessado, mediante
ata lavrada por tabelião; excluem-se da ata notarial dados representados por imagem ou som gravados em
arquivos eletrônicos.

6. (FCC/TRF-4ª Região - 2019) Acerca da produção antecipada de provas, considere:


I. A produção antecipada de provas é admitida, entre outras hipóteses, nos casos em que o prévio
conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.
II. O juízo estadual tem competência para produção antecipada de prova requerida em face da União se, na
localidade, não houver vara federal.
III. A produção antecipada de provas previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.
IV. Ao final do procedimento da produção antecipada de provas, caberá ao juiz se pronunciar sobre a
ocorrência ou a inocorrência do fato, mas não sobre as respectivas consequências jurídicas.
V. O procedimento da produção antecipada de prova admite defesa sempre que possuir caráter contencioso.
Está correto o que consta APENAS de
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) III e V.
e) IV e V.
7. (FCC/AFAP - 2019) Em relação às provas, o juiz

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a) apreciará a prova constante dos autos, na dependência do sujeito que a tiver promovido, sua idade e
condição social, cultural e econômica, indicando na decisão as razões da formação de seu convencimento.
b) indeferirá, em decisão que prescinde de fundamentação, as diligências inúteis ou meramente
protelatórias.
c) deverá admitir a utilização da prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe necessariamente o
mesmo valor considerado no processo em que obtida a prova.
d) aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente acontece
e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado, quanto a estas, o exame pericial.
e) distribuirá livremente o ônus da prova, utilizando-se de sua discricionariedade, sem ressalvas legais.
8. (FCC/AFAP - 2019) Na audiência de instrução e julgamento,
a) uma vez instalada, o juiz tentará conciliar as partes, salvo se anteriormente tenha havido o emprego de
outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem.
b) as provas orais serão produzidas em ordem peremptória, após o depoimento pessoal das partes.
c) sua unicidade e intermitência obsta que seja adiada, salvo apenas a hipótese de convenção das partes, em
que será possível o adiamento por uma única vez.
d) enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as testemunhas, não poderão os
advogados e o Ministério Público intervir ou apartear, sem licença do juiz.
e) encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença de imediato ou,
excepcionalmente, se complexas as questões, no prazo de 15 dias.
9. (FCC/PGE-AP - 2018) A confissão
a) a confissão é irrevogável, mas pode ser tornada ineficaz se decorreu de erro, de fato ou de direito, dolo
ou coação.
b) judicial faz prova contra o confitente, podendo beneficiar ou prejudicar o litisconsorte.
c) se espontânea, só pode ser feita pela própria parte.
d) é, em regra, indivisível, não podendo a parte que a quiser invocar como prova aceitá-la no tópico que a
beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável, porém cindir-se-á quando o confitente a ela aduzir fatos
novos, capazes de constituir fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção.
e) de um cônjuge ou companheiro, nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre
imóveis alheios, não valerá sem a do outro.

10. (FCC/PGE-AP - 2018) Em relação às provas,


a) a produção antecipada da prova, na qual não se julga o mérito da causa, previne a competência do juízo
para a ação que venha a ser proposta.
b) as provas no sistema processual civil pátrio obedecem a uma hierarquia de valores, tendo a confissão
como a de maior valor e a prova testemunhal como a de menor valor.
c) caberá ao juiz, desde que requerido pelas partes, determinar as provas necessárias ao julgamento do
mérito, indeferindo por despacho as diligências inúteis ou procrastinatórias.
d) a distribuição diversa do ônus da prova é possível, por acordo das partes, desde que tenha ocorrido
durante o processo e não torne excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

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e) preservado o direito de não propor prova contra si própria, incumbe à parte comparecer em juízo,
respondendo ao que lhe for perguntado; colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for
considerada necessária; e praticar o ato que lhe for determinado.
11. (FCC/MPE-PE - 2018) Acerca da audiência de instrução e julgamento, considere:
I. A audiência poderá ser adiada por mera convenção das partes.
II. O juiz poderá dispensar a produção das provas requerida pela parte cujo advogado ou defensor não tenha
comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra ao Ministério Público.
III. A audiência é uma e contínua, não se admitindo sua cisão em nenhuma hipótese.
IV. Mesmo enquanto depuserem as testemunhas, o membro do Ministério Público poderá livremente
intervir ou apartear, independentemente de licença do juiz.
V. A audiência será pública, inclusive nos feitos que tramitam em segredo de justiça.
É correto o que se afirma APENAS em:
a) I e II.
b) IV e V.
c) II e IV.
d) III e V.
e) I e III.
12. (FCC/ALESE - 2018) Quanto às provas, a legislação competente sobre a matéria estabelece:
a) Se não forem notórios, dependem de prova os fatos afirmados por uma parte e confessados pela parte
contrária.
b) As únicas provas que se admitem nos processos judiciais são as previstas expressamente em lei.
c) Não pode ser admitida a prova produzida em outro processo por ferir o contraditório e a ampla defesa.
d) O ônus da prova é sempre o estabelecido na lei processual, não se podendo convencioná-lo de outro modo
por acordo das partes.
e) Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do
mérito, indeferindo em decisão fundamentada as diligências inúteis ou meramente protelatórias.
13. (FCC/DPE-SC - 2017) De acordo com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, o consumidor
pode exigir judicialmente a exibição de contrato bancário
a) como forma de produção antecipada de provas, de modo que é imprescindível que demonstre a urgência
do pedido, caracterizada pelo fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a
verificação de certos fatos na pendência da ação.
b) desde que comprove de forma inequívoca a existência de relação jurídica com o fornecedor, fato que não
é objeto de inversão legal do ônus da prova, mas não cabe ao consumidor o ônus de provar que houve recusa
injustificada ou pagamento de taxa, em razão dos princípios protetivos consumeristas.
c) com fundamento nas regras protetivas das relações consumeristas, de modo que não cabe ao consumidor
a prova da existência de relação jurídica com o fornecedor, por se tratar de hipótese que impõe a inversão
do ônus do prova.

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d) desde que demonstre interesse processual, caracterizado somente se o consumidor provar a existência
da relação jurídica, o pedido administrativo válido, o pagamento da taxa correspondente, além da recusa
injustificada por parte do fornecedor.
e) desde que comprove a existência de relação jurídica com o fornecedor e a recusa injustificada por parte
deste, mas é abusiva a exigência de pagamento de taxa, cabendo ao Poder Judiciário requisitar a
apresentação do documento independentemente do pagamento de taxa.

14. (FCC/DPE-AM - 2018) Considere as assertivas abaixo:


I. A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.
II. A inversão judicial do ônus da prova é prevista no CPC/2015 como critério de julgamento e, portanto, deve
ser aplicada quando da sentença, desde que cientificadas anteriormente as partes.
III. Às partes é vedada a prévia convenção de regras de ônus da prova por meio de negócios jurídicos
processuais celebrados anteriormente à formação do processo.
IV. Os princípios da persuasão racional e da comunhão da prova estão previstos expressamente no atual
Código de Processo Civil.
V. É mantida como regra geral o ônus da prova do autor aos fatos constitutivos de seu direito, ao passo que
ao réu incumbe a prova dos fatos extintivos, modificativos ou impeditivos do direito do autor.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, IV e V.
b) IV e V.
c) II, III e IV.
d) I e II.
e) III e V.

15. (FCC/PGE-TO - 2018) No que se refere às regras da confissão previstas no CPC, a confissão
a) em juízo vale como admissão de fatos relativos a direitos indisponíveis, se feita por agente maior e capaz.
b) é revogável, como regra, por se tratar de ato jurídico unilateral, podendo ainda ser anulada se decorreu
de erro de fato, de dolo ou de coação.
c) judicial só pode ser espontânea, já que a confissão provocada é exclusiva do procedimento extrajudicial.
d) judicial faz prova contra o confitente, prejudicando os litisconsortes.
e) extrajudicial, quando feita oralmente, só terá eficácia nos casos em que a lei não exija prova literal.

16. (FCC/DPE-RS - 2018) Em relação ao Capítulo das Provas no Código de Processo Civil, considere as
seguintes afirmações.
I. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á, de imediato,
o teor e a vigência.
II. A distribuição diversa do ônus da prova pode ocorrer por convenção das partes, antes ou durante o
processo.
III. Os fatos notórios dependem de prova, quando controvertidos por alguma das partes.

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IV. Caberá ao juiz, mediante requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do
mérito.
Está correto o que consta APENAS de:
a) I e II.
b) I e III.
c) II.
d) II e IV.
e) III e IV.

17. (FCC/TJ-SC - 2017) Em relação à prova, é correto afirmar que:


a) como regra, há hierarquia entre as provas previstas normativamente, embora não exista hierarquia entre
as provas admitidas consuetudinariamente.
b) os fatos ocorridos, sobre os quais se tenha estabelecido controvérsia, prescindem de prova.
c) a existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requerimento do
interessado, mediante ata lavrada por tabelião; dados representados por imagem ou som gravados em
arquivos eletrônicos poderão constar da ata notarial.
d) para que o juiz determine as provas necessárias ao julgamento do mérito é preciso sempre que a parte as
requeira, tendo em vista o princípio da inércia jurisdicional.
e) o ônus da prova não admite ser convencionado em sentido contrário ao da norma jurídica, salvo
unicamente nas relações consumeristas, se em prol do consumidor.
18. (FCC/DPE-PR - 2017) O Novo Código de Processo Civil
a) exige do juiz, sempre que inverter o ônus da prova, que dê oportunidade à parte para se desincumbir do
ônus que lhe tenha atribuído.
b) prevê que a distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, desde
que celebrada durante o processo.
c) extingue a ação cautelar de produção antecipada de provas, não sendo mais possível a dilação probatória
em caráter antecedente.
d) adota com exclusividade a distribuição dinâmica do ônus da prova.
e) admite a utilização de prova produzida em outro processo, devendo o juiz, contudo, atribuir a ela o mesmo
valor dado no processo originário.

19. (FCC/Prefeitura de Campinas-SP - 2016) Em relação à audiência de instrução e julgamento, é


correto afirmar:
a) A audiência poderá ser integralmente gravada em imagem ou em áudio, em meio digital ou analógico,
inclusive diretamente por qualquer das partes, nesse caso desde que haja autorização judicial.
b) Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as testemunhas, não poderão os
advogados e o Ministério Público intervir ou apartear, sem licença do juiz.

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c) O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado ou defensor público
não tenha comparecido à audiência, regra porém não aplicável ao Ministério Público, em face dos interesses
indisponíveis defendidos.
d) A audiência é una e contínua, podendo ser excepcionalmente adiada mas em caso algum cindida, ainda
que haja concordância das partes.
e) Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate oral deverá ser substituído
por alegações finais, apresentadas sucessivamente pelo autor, réu e Ministério Público, no prazo de dez dias,
para cada um, assegurada vista dos autos.

20. (FCC/TST - 2017) Sobre as provas, segundo as normas do novo Código de Processo Civil, considere:
I. É assegurado à parte requerer o próprio depoimento pessoal, assim como o da parte contrária.
II. A confissão judicial faz prova contra o confitente e em prejuízo dos litisconsortes, caso se trate de
litisconsórcio unitário.
III. Cabe à parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar -lhe-á o teor e
a vigência, independentemente de determinação do juiz.
IV. Quando contiver declaração de ciência de determinado fato, o documento particular prova a ciência, mas
não o fato em si, incumbindo o ônus de prová-lo ao interessado em sua veracidade.
V. A nota escrita pelo credor em qualquer parte de documento representativo de obrigação, ainda que não
assinada, faz prova em benefício do devedor.
Está correto o que consta APENAS em
a) I e V.
b) II e III.
c) IV e V.
d) II e IV.
e) I e III.

21. (FCC/PGE-MT - 2016) Segundo disposições do novo Código de Processo Civil sobre o direito
probatório,
a) as partes podem, independentemente da natureza do direito em disputa, antes ou durante o processo,
convencionar a forma de distribuição do ônus da prova de forma diversa da estabelecida pela lei, desde que
sejam capazes para a celebração do negócio jurídico processual.
b) a nova legislação abandonou completamente o modelo de distribuição estática do ônus da prova,
contemplada pela legislação revogada, que atribuía o ônus da prova ao autor em relação aos fatos
constitutivos de seu direito, e ao réu com relação à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo
do direito do autor, passando a existir uma distribuição judicial do ônus da prova para cada demanda.
c) a nova legislação prevê expressamente a possibilidade de produção antecipada da prova ainda que não
haja situação de urgência que justifique tal antecipação, desde que a prova seja suscetível de viabilizar a
autocomposição ou outro meio adequado de solução do litígio ou o prévio conhecimento dos fatos possa
justificar ou evitar o ajuizamento de ação.
d) a lei não assegura expressamente à parte o direito de não produzir prova contra si própria, mas tal
aplicação decorre dos princípios constitucionais da legalidade, da ampla defesa e do devido processo legal.

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e) a ata notarial e as declarações prestadas por meio de escritura pública têm eficácia probatória não
somente da declaração, como também do fato declarado, que se presume verdadeiro, salvo se existir prova
em sentido contrário.
22. (FCC/DPE-ES - 2016) O novo Código de Processo Civil
a) não prevê expressamente o princípio da identidade física do juiz.
b) impõe ao advogado e ao defensor público o ônus de intimar a testemunha por ele arrolada do dia, da hora
e do local da audiência designada, dispensando-se a intimação do juízo.
c) abandonou completamente o sistema de distribuição do ônus da prova diante do polo ocupado pela parte
na demanda.
d) exige para a produção antecipada de provas prova de fundado receio de que venha a tornar -se impossível
ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação.
e) mantém o sistema de reperguntas para a produção da prova testemunhal.
23. (FCC/TJ-PI - 2015) A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou
documentados
a) por qualquer servidor público, dada a fé pública dos atos por ele praticados.
b) por simples declaração do interessado, que se presume verdadeira.
c) somente pelo registro de documento particular em cartório de títulos e documentos.
d) por tabelião em ata notarial, a requerimento do interessado.
e) apenas por escritura pública de declaração, lavrada em notas de tabelião.
24. (FCC/TRT-23ª REGIÃO - 2016) De acordo com o Código de Processo Civil, na audiência de instrução
a) o Juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado tiver se ausentado
injustificadamente.
b) o Juiz não pode tentar nova conciliação entre as partes.
c) o Juiz pode determinar o adiamento em decorrência de atraso injustificado da parte em tempo superior a
30 minutos do horário marcado.
d) as testemunhas do réu são inquiridas sempre depois das do autor.
e) finda a instrução, o Juiz abrirá prazo para apresentação de alegações-finais, a serem apresentadas
necessariamente na forma escrita.
25. (FCC/DPE-SP - 2015) A respeito das provas no processo civil, é correto afirmar que
a) o magistrado que não admite uma prova em razão de ter formado a sua convicção age corretamente, pois
ele é o destinatário da prova, tornando inútil ou protelatória a produção de qualquer outra prova depois que
já formou a sua convicção.
b) diante da máxima jura novitcuria (o juiz conhece o direito), a parte que alega a existência e a vigência de
uma determinada lei não tem que produzir prova a este respeito, sendo vedado ao magistrado determinar
que a parte o faça.
c) a confissão, judicial ou extrajudicial caracteriza-se quando a parte admite verdadeira a pretensão da parte
adversária.

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d) o depoimento pessoal de uma parte depende de requerimento da parte adversa, hipótese em que a recusa
ao depoimento pode ensejar a pena de confissão dos fatos contra ela alegados.
e) segundo a teoria da distribuição dinâmica do ônus da prova, é a dinâmica da relação processual, ou seja,
o polo da demanda ocupado pela parte, que determinará sobre quais pontos recai o seu ônus probandi.

26. (FCC/DPE-MA - 2015) De acordo com o Código de Processo Civil, o depoimento pessoal
a) pode ser acompanhado pela parte que ainda não depôs.
b) impõe que a parte responda a todas as perguntas que lhe forem formuladas, sem exceção, seja qual for a
natureza da causa.
c) pode ser requerido pela própria parte que irá depor.
d) leva à confissão, caso a parte, que possui advogado constituído, não compareça ou se recuse a depor,
ainda que não tenha sido intimada pessoalmente.
e) será respondido na forma verbal, pela parte, podendo o juiz permitir consulta a notas breves, desde que
objetivem completar esclarecimentos.

27. (FCC/TJ-GO - 2015) Considere as proposições abaixo:


I. O Código de Processo Civil adotou, expressamente, a teoria dinâmica do ônus da prova.
II. O juiz pode, inclusive de ofício, em qualquer estado do processo, determinar o comparecimento das partes
a fim de interrogá-las sobre os fatos da causa.
III. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que
considerar adequado, observado o contraditório.
IV. Aplicam-se ao perito e aos assistentes técnicos as causas de impedimento ou suspeição.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I, II e III.
c) I e IV.
d) II, III e IV.
e) I, III e IV.
28. (FCC/SEFAZ-PE - 2015) Com relação ao sistema de apreciação da prova,
a) o juiz a apreciará livremente, devendo indicar, na sentença, os motivos que lhe formaram o
convencimento.
b) o laudo pericial vincula o juiz.
c) a documental sempre prevalece sobre a testemunhal.
d) o juiz a apreciará atendo-se exclusivamente às alegações das partes, devendo indicar, na sentença, apenas
os dispositivos legais em que tiver se pautado.
e) o juiz a apreciará atendo-se exclusivamente às alegações das partes, devendo indicar, na sentença, os
motivos que lhe formaram o convencimento.

29. (FCC/TJ-AP - 2014) No tocante à audiência, é correto afirmar que

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a) a ordem de produção das provas é ato judicial, de acordo com as peculiaridades da causa.
b) antes de iniciar a instrução, é faculdade do juiz tentar a conciliação das partes; se obtida, será tomada por
termo nos autos.
c) ao iniciar a instrução, o juiz, como ato de ofício e sem oitiva das partes, fixará os pontos de litígio sobre os
quais incidirá prova.
d) quando o litígio versar sobre direitos patrimoniais de caráter privado, o juiz, de ofício, determinará o
comparecimento das partes ao início da instrução e julgamento.
e) poderá haver seu adiamento, no caso de convenção das partes, por no máximo três vezes, desde que
estejam em busca de acordo.
30. (FCC/DPE-CE - 2014) Em relação ao ônus da prova, é correto afirmar:
a) Pelo nosso sistema processual civil, as partes têm o dever, a obrigação legal da produção da prova, o autor
quanto ao fato constitutivo de seu direito, o réu quanto ao fato desconstitutivo, modificativo ou extintivo do
direito do autor.
b) O ônus probatório incumbe apenas ao autor ou ao réu, não a terceiros que intervenham no processo.
c) É nula a convenção que distribui de maneira diversa o ônus da prova quando recair sobre direito
indisponível da parte ou quando tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
d) O sistema processual civil pátrio só admite a inversão convencional da prova, mas não a inversão judicial
ou legal.
e) O sistema processual civil pátrio só admite a inversão judicial ou legal da prova, mas não a inversão
convencional.

31. (FCC/DPE-PB - 2014) A confissão


a) se emanar de erro, dolo ou coação, só poderá ser revogada por meio de ação anulatória do negócio jurídico
respectivo.
b) quando desfavorável ao confitente, pode beneficiar ou prejudicar igualmente seus litisconsortes.
c) só se caracteriza como tal quando espontânea, pois a provocada diz respeito ao interrogatório da parte
em juízo.
d) não supre a exigência da apresentação de instrumento público, para comprovar a existência de negócio
jurídico que o exige como de sua substância.
e) será sempre expressa, inexistindo confissão ficta ou tácita, em razão das graves consequências jurídicas
dela advindas.
32. (FCC/MPE-PA - 2014) No tocante ao objeto e ao ônus da prova, bem como a seus princípios gerais,
considere os seguintes enunciados:
I. Se o processo versar sobre direito disponível das partes, e se não for excessivamente difícil a qualquer
delas o exercício do direito, poderão as partes convencionar a alteração das regras naturais de distribuição
do ônus probatório.
II. O objeto da prova são os fatos, controvertidos ou não, relevantes para o julgamento do processo.
III. O princípio dispositivo é mitigado no que se refere à produção de provas, pois caberá ao juiz determinar,
mesmo que de ofício, as provas necessárias à formação de seu convencimento.

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IV. É princípio geral em relação à prova de que não é possível em nenhuma circunstância a prova de fato
negativo, que se considera como diabólica.
Estão corretos APENAS
a) I e IV.
b) II, III e IV.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) I e III.

33. (FCC/TRT-2ªREGIÃO - 2014) Considere as seguintes disposições:


I. Salvo disposição especial em contrário, as provas devem ser produzidas na petição inicial, pelo autor, e na
contestação, pelo réu.
II. Não dependem de prova os fatos em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.
III. Somente os meios legais são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa.
IV. A convenção que distribui o ônus da prova de maneira diversa à legal é nula quando recair sobre direito
indisponível da parte.
V. As máximas de experiência aplicam-se na falta de normas jurídicas particulares, caracterizando-se tais
máximas pelas regras de experiência comum sub-ministradas pela observação do que ordinariamente
acontece.
Está correto o que consta em:
a) I, II, III, IV e V.
b) I, II, III e V, apenas.
c) II, IV e V, apenas.
d) II, III, IV e V, apenas.
e) I, IV e V, apenas.

34. (FCC/MPE-CE - 2013) O ônus da prova compete ao autor,


a) não admitindo inversão.
b) em regra, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito.
c) salvo convenção em contrário, que pode recair sobre direito indisponível da parte.
d) quanto ao fato constitutivo de seu direito, não admitindo inversão, salvo se o Ministério Público for parte,
independentemente da natureza da lide.
e) quanto ao fato constitutivo de seu direito, admitindo inversão, em hipóteses excepcionais,
independentemente de ser ou não parte o Ministério Público.
35. (FCC/TCE-SP - 2013) Em matéria de Teoria Geral do Processo, no tocante às Provas, é certo que
a) o sistema em que o juiz forma o seu convencimento dentro dos critérios coerentes que devem ser
indicados é o da valoração secundum conscientiam.

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b) os poderes de iniciativa do juiz com relação à prova dos fatos controvertidos, seja no processo penal ou
no processo civil, têm importante reflexo na relevância da distribuição do ônus da prova.
c) o ônus da prova, em regra, não recai sobre aquele a quem aproveita o reconhecimento do fato.
d) os fatos incontroversos, em regra, dependem de prova.
e) o sistema em que a lei fixa detalhadamente o valor a ser atribuído a cada meio de prova é o da chamada
persuasão racional.

36. (FCC/TRT - 23ª REGIÃO - 2011) Paulo ajuizou ação de cobrança de quantia em dinheiro em face de
Pedro. Pedro alegou já ter pago a dívida cobrada. Nesse caso, o ônus de provar a existência da dívida ou a
ocorrência do pagamento
a) independe de prova.
b) incumbe a Paulo.
c) incumbe a Pedro.
d) incumbe Pedro e a Paulo, respectivamente.
e) incumbe a Paulo e a Pedro, respectivamente.
37. (FCC/TRT-14ª Região - 2011) A respeito das provas, considere:
I. O depoimento pessoal de quaisquer das partes pode ser determinado pelo juiz de ofício,
independentemente de requerimento da parte contrária.
II. Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos sobre imóveis alheios, a confissão de um cônjuge
não valerá sem a do outro.
III. O juiz não poderá determinar, de ofício, a realização de nova perícia, mesmo se a matéria não lhe parecer
suficientemente esclarecida.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) I e II.
c) I e III.
d) II e III
e) III.

38. (FCC/TJ-AP - 2009) Dependem de prova os fatos


a) admitidos, no processo, como incontroversos.
b) notórios.
c) afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária.
d) extintivos do direito do autor.
e) em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.
39. (FCC/SEF-SC - 2018) O ônus da prova é

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a) o encargo que se atribui a um sujeito para demonstração de determinadas alegações de fato; pode ser
atribuído pelo legislador, pelo juiz ou pela convenção das partes, não se tratando de um dever e, portanto,
não se podendo exigir seu cumprimento.
b) o encargo atribuído pela lei ou pela convenção das partes para que uma delas demonstre certos fatos,
equiparando-se ao dever e, portanto, exigindo-se seu cumprimento.
c) o dever atribuído à parte para prova de seu direito, disponível sob certas condições subjetivas ou
objetivas.
d) o encargo, que não se confunde com dever, para prova do direito e de certos fatos; é indisponível como
regra, não se podendo alterar a distribuição legal dirigida à parte na produção do fato constitutivo do direito.
e) a regra que determina a autor e réu a produção das provas, de modo estático e inalterável, por se tratar
de normatividade cogente.
40. (FCC/SEF-SC - 2018) Em relação à prova, considere:
I. Somente os fatos jurídicos, os fatos simples e os fatos positivos podem ser objeto da prova, não podendo
sê-lo os fatos negativos.
II. Quanto à forma, isto é, modalidade ou maneira pela qual se apresentam em juízo, as provas podem ser
orais, documentais ou materiais.
III. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que
considerar adequado, observado o contraditório; a isso denomina-se prova emprestada.
IV. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do
mérito, indeferindo, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente protelatórias.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II, III e IV.
b) I e IV.
c) II e IV.
d) I e III.
e) I, II e III.

41. (FCC/MPE-PE - 2018) Na audiência de instrução e julgamento serão produzidas as provas orais,
ouvindo-se
a) preferencialmente nesta ordem: o perito e os assistentes técnicos; o autor e o réu; e as testemunhas
arroladas pelo autor e pelo réu.
b) obrigatoriamente nesta ordem: o perito e os assistentes técnicos; o autor e o réu; e as testemunhas
arroladas pelo autor e pelo réu.
c) preferencialmente nesta ordem: o autor e o réu; as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu; e o
perito e os assistentes técnicos.
d) obrigatoriamente nesta ordem: o autor e o réu; as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu; e o perito
e os assistentes técnicos.
e) obrigatoriamente nesta ordem: o autor e o réu; o perito e os assistentes técnicos; e as testemunhas
arroladas pelo autor e pelo réu.

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42. (FCC/TRF-4 - 2019) André ajuizou ação de cobrança contra Reinaldo e Letícia, demandando o
pagamento de alugueres de um imóvel que lhes havia locado, mediante contrato verbal. Em sua
contestação, Reinaldo nega a existência de locação, argumentando que o imóvel lhes havia sido cedido
em comodato. Por sua vez, na contestação de Letícia, ela admite a existência da locação, sustentando que
ela e Reinaldo, seu irmão, deixaram de pagar os alugueres por conta de dificuldades financeiras. Nesse
caso, dada a existência do litisconsórcio passivo, a confissão de Letícia quanto à existência da locação
a) faz prova apenas contra ela, Letícia.
b) faz prova contra ela, Letícia, e também contra Reinaldo.
c) faz prova apenas contra Reinaldo.
d) faz prova contra ela, Letícia, somente se corroborada por outros meios.
e) não faz prova contra ela, Letícia, nem contra Reinaldo.
43. (FCC/TRT-6 - 2018) Considere as afirmações a seguir, que concernem à produção das provas
processuais.
I. Os fatos afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária, bem como os notórios, necessitam
ser provados nos autos.
II. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que
considerar adequado, observado o contraditório.
III. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do
mérito, indeferindo, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente protelatórias.
IV. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, desde
que especificados na norma processual civil, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido e
influir eficazmente na convicção do juiz.
V. A distribuição do ônus da prova pode ocorrer de forma diversa pela vontade das partes, desde que a
convenção respectiva seja celebrada durante o curso do processo, necessariamente.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III, IV e V.
b) I, II e V.
c) II, III e V.
d) II e III.
e) I e IV.
44. (FCC/ALESE - 2018) Quanto às provas e seu ônus, considere:
I. É defesa a utilização da chamada “prova emprestada” na atual sistemática processual civil.
II. No atual código processual civil, o juiz poderá atribuir o ônus da prova de modo diverso ao previsto como
regra normativa, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a
oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

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III. A distribuição diversa do ônus da prova pode ocorrer também por convenção das partes, salvo quando
recair sobre direito indisponível da parte ou se tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do
direito.
IV. Prescindem de prova os fatos notórios, afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária,
admitidos no processo como incontroversos e em cujo favor milita presunção legal de existência ou de
veracidade.
V. Caberá ao juiz, somente a requerimento da parte, em razão dos princípios dispositivos e da inércia
jurisdicional, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II, III e IV.
b) I, II e III.
c) I, II, IV e V.
d) III e V.
e) I, IV e V.
45. (FCC/DPE-AM - 2018) Considere as assertivas abaixo.
I. O depoimento pessoal da parte não pode ser determinado de ofício pelo juiz.
II. Em ações de estado e de família, a parte não é obrigada a prestar depoimento sobre fatos, ainda que
venham a resultar em desonra própria.
III. Haverá confissão ficta quando a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento pessoal e
advertida da pena de confesso, não comparece em juízo.
IV. É vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte.
V. A parte não tem legitimidade para requerer o seu próprio depoimento pessoal.
Em consonância com as disposições do Código de Processo Civil, está correto o que se afirma APENAS em
a) II e IV.
b) II, III e V.
c) I, II e V.
d) III, IV e V.
e) I, III e IV.

46. (FCC/PGE-AP - 2018) A confissão


a) judicial faz prova contra o confitente, podendo beneficiar ou prejudicar o litisconsorte.
b) se espontânea, só pode ser feita pela própria parte.
c) é, em regra, indivisível, não podendo a parte que a quiser invocar como prova aceitá -la no tópico que a
beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável, porém cindir-se-á quando o confitente a ela aduzir fatos
novos, capazes de constituir fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção.
d) de um cônjuge ou companheiro, nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre
imóveis alheios, não valerá sem a do outro.

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e) a confissão é irrevogável, mas pode ser tornada ineficaz se decorreu de erro, de fato ou de direito, dolo
ou coação.

CESPE

47. (CESPE/TCE-RJ - 2023) Considerando a atuação dos litisconsortes, do juiz e do MP, bem como as
provas, os processos nos tribunais e os meios de impugnação das decisões judiciais no processo civil, julgue
o item a seguir.
Considere que, na instrução de determinado processo judicial, o autor tenha requerido a exibição de um
documento que estaria em posse do réu, sob pena de multa. Nessa situação, de acordo com o STJ, somente
após tentativa de busca e apreensão, ou da adoção de outra medida coercitiva, o magistrado poderá
determinar a imposição de astreintes, sendo, ainda, necessário que, após contraditório prévio, o magistrado
considere provável a existência da relação jurídica entre as partes e do documento que se pretende ver
exibido.

48. (CESPE/DPE-RO - 2022) Em ação de indenização por danos materiais, se a confissão do réu tiver
decorrido de erro de fato, ela poderá ser
A) retratada.
B) ineficaz.
C) desconsiderada.
D) revogada.
E) anulada.

49. (CESPE/TRT-8ªR - 2022) Nas disposições do direito probatório, o CPC trata das limitações à
capacidade de testemunhar e determina que, ressalvada a exigência do interesse público ou quando a
causa for relativa ao estado da pessoa, se o juízo reputar não ser possível obter a prova necessária ao
julgamento do mérito de outro modo que não o da prova testemunhal, será considerado impedido de
testemunhar o
A) menor de 18 anos.
B) interditado judicialmente por grave doença mental.
C) colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes.
D) cego, quando a ciência do fato depender da visão.
E) interessado na causa por motivo econômico.
50. (CESPE/TCE-RJ - 2021) À luz das regras do direito processual civil acerca dos atos processuais, dos
elementos da ação, da intervenção de terceiros e do procedimento comum, julgue o item a seguir.
O Código de Processo Civil estabelece previsão de negócio processual típico sobre o ônus da prova, o qual
poderá ser realizado pelas partes antes ou durante o processo judicial.
51. (CESPE/TCDF - 2021) Julgue o item a seguir, referente aos processos nos tribunais, aos meios de
impugnação das decisões judiciais, às provas e ao processo de execução.

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A oitiva de testemunha que não resida na comarca em que tramita o processo judicial durante audiência de
instrução e julgamento pode ser realizada por videoconferência, sendo permitido que o depoimento seja
documentado apenas por gravação.
52. (CESPE/TJ-PA - 2020) A respeito de provas previstas no Código de Processo Civil (CPC), julgue os
itens a seguir.
I A prova escrita é imprescindível para a comprovação de vício do consentimento em contrato realizado
entre particulares.
II A ata notarial é meio de prova idôneo para comprovar fatos que o tabelião declarar que foram constatados
em sua presença.
III Quando a parte invocar direito de natureza estadual ou municipal, o magistrado somente poderá
examinar a questão se houver provas nos autos que demonstre a existência da regra jurídica invocada.
IV Cabe ao advogado da parte intimar a testemunha que arrolou por carta com aviso de recebimento,
devendo juntar aos autos, no prazo legal, cópia da correspondência de intimação e do aviso de recebimento,
sob pena de se considerar desistência da inquirição o não comparecimento da testemunha.
Estão certos apenas os itens
A) I e II.
B) I e III.
C) II e IV.
D) I, III e IV.
E) II, III e IV.
53. (CESPE/TJDFT - 2019) Acerca da audiência de instrução e julgamento e do direito à produção de
provas no curso desse ato processual, assinale a opção correta.
a) De acordo com o Código de Processo Civil, as partes são impedidas de fazer perguntas diretamente às
testemunhas, bem como de dirigir-lhes questionamentos que induzam as respostas ou tratem de fatos
diversos do processo.
b) O não comparecimento injustificado do advogado de qualquer das partes na audiência de instrução e
julgamento não implicará a revelia para o réu nem a extinção do processo para o autor; porém, o juiz poderá
dispensar a produção de provas requeridas pela parte cujo advogado estiver ausente.
c) Ao réu cabe comprovar fatos constitutivos de seu direito subjetivo; ao autor caberá provar fatos
impeditivos, modificativos ou extintivos do direito discutido na demanda.
d) A arguição de falsidade documental, por não ter natureza meritória, será resolvida necessariamente como
questão incidental, sendo vedado às partes requerer que o juiz decida esse ponto como questão principal.
e) O juiz poderá proferir a sentença em audiência ou posteriormente, atendendo ao prazo de trinta dias
úteis previsto no Código de Processo Civil, fator esse que deve ser observado pelo Judiciário por se tratar de
prazo próprio expresso no referido código.

54. (CESPE/TJ-PR - 2019) De acordo com o Código de Processo Civil, a produção antecipada da prova
requerida antes do ajuizamento da demanda principal

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a) segue procedimento no qual é admitida a interposição de apelação contra a decisão que indeferir
totalmente a produção da prova pleiteada.
b) pode ser utilizada somente na hipótese de o autor provar que o prévio conhecimento dos fatos é
imprescindível para o ajuizamento de ação.
c) é da competência exclusiva do foro onde a prova deva ser produzida.
d) acarreta a prevenção do juízo para a ação que venha a ser proposta com base na prova produzida.

55. (CESPE/DPE-PE - 2018) Não havendo processo anterior que trate da situação, a demonstração de
que determinado fato ocorreu em rede social acessível pela Internet poderá ser realizada com a juntada
aos autos
a) de declaração pessoal do autor.
b) de prova emprestada.
c) do computador.
d) da prova pericial.
e) de ata notarial.
56. (CESPE/DPE-PE - 2018) Na ação civil, relaciona-se ao pedido de exibição de documento ou coisa o
pressuposto processual consistente na
a) manifestação do Ministério Público sobre a existência de prejuízo, caso não ocorra a exibição.
b) explicação, pelo autor, de que existe o objeto do pedido e de que ele se encontra em poder da outra parte
na relação processual.
c) demonstração, pelo autor, de que pretende conhecer documentos ou coisa para instruir ação de terceiros.
d) existência de documento que comprove a repetição de processos que contenham controvérsia acerca da
mesma questão em direito.
e) relevância da questão de direito, que deve ter grande repercussão social, mesmo sem se repetir em
múltiplos processos.

57. (CESPE/STJ - 2018) Acerca do procedimento comum, julgue o item que se segue.
Por ser matéria de ordem pública, a distribuição diversa do ônus da prova não é possível por convenção das
partes.

58. (CESPE/STJ - 2018) A luz das disposições do Código de Processo Civil (CPC), julgue os próximos itens.
No que se refere à formação do conjunto de provas no processo, a possibilidade de o magistrado atuar de
ofício está expressamente prevista em lei e é compatível com a adoção, pelo CPC, de um modelo de processo
cooperativo.
59. (CESPE/TCE-SC - 2016) A respeito dos recursos, do cumprimento de sentença, da revelia e das
provas, julgue o item que se segue.
Caso o réu perceba, antes de proferida a sentença, que incidiu em erro ao confessar os fatos, a revogação
da prova deverá ser requerida incidentalmente.

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60. (CESPE/FUNPRESP-JUD - 2016) Julgue o item a seguir, referente ao processo de conhecimento e ao


cumprimento de sentença.
Para que qualquer das partes possa utilizar de prova emprestada, é necessário, entre outros requisitos, que
a parte contra quem a prova será produzida tenha sido parte também no processo originário e que nele
tenha sido observado o contraditório.
61. (CESPE/TRE-RS - 2015) A prova é um meio hábil de confirmar a existência ou a inexistência de um
acontecimento ou de um ato, e, quando dirigida ao magistrado, visa dar solução ao caso posto em juízo.
O CPC estabelece regras acerca da prova e da sua produção. No que se refere à prova e às situações que a
envolvem, assinale a opção correta.
a) Segundo as regras processuais expressas relativas ao ônus da prova, incumbe ao autor provar o fato
constitutivo do seu direito, sendo lícita a convenção que distribui o ônus da prova de maneira diversa,
quando recair sobre direito indisponível da parte ou tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do
direito.
b) Da regra estática de distribuição do ônus da prova, extrai-se que quem alega o que não aconteceu terá o
ônus de provar o fato negativo, o que constitui o que a doutrina denomina de prova diabólica. Em face disso,
entende-se admissível que o magistrado fundamentadamente redistribua o ônus da prova tendo em vista a
facilidade de obtenção da prova.
c) Em relação à distribuição do ônus da prova, o CPC aboliu a teoria estática do ônus da prova, de forma que
o magistrado deve, na decisão saneadora delimitar expressamente o ônus da prova.
d) O direito processual civil positivado determina que os fatos notórios sejam provados por quem os alega,
sob pena de cercear a defesa daquele contra quem a prova é utilizada.
e) A confissão é a declaração de uma parte acerca da verdade dos fatos, que pode ser judicial ou extrajudicial.
Há confissão quando a parte admite a verdade de um fato contrário ao adversário e favorável ao seu
interesse.
62. (CESPE/TJ-DFT - 2015) A respeito da prova, julgue o item que se segue.
A confissão espontânea somente poderá ser realizada pela própria parte e, no caso de a ação judicial versar
sobre direito indisponível, não será válida para o julgamento da causa.
63. (CESPE/TJ-DFT - 2015) A respeito da prova, julgue o item que se segue.
O juiz pode, de ofício, em qualquer fase do processo, determinar o comparecimento pessoal das partes, a
fim de interrogá-las sobre questões que envolvem a causa.
64. (CESPE/Telebras - 2015) Valter, domiciliado em Brasília, ajuizou, perante a justiça comum da
circunscrição judiciária de Brasília, ação de cobrança de quantia certa contra Gustavo, domiciliado em
Porto Alegre. Em sua peça contestatória, Gustavo arguiu preliminar de incompetência territorial, e, no
mérito, requereu a improcedência do pedido em função de suposta dação em pagamento. Considerando
essa situação hipotética, julgue os item subsequente.
O ônus da prova compete a Gustavo, visto que ele apresentou fato modificativo do direito do autor.

65. (CESPE/TRE-GO - 2015) Com base no que dispõe o Código de Processo Civil, julgue o item seguinte.

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No direito processual civil, expressa disposição legal admite que o juiz aja de ofício e determine a produção
de prova, o que constitui exceção ao princípio conhecido como dispositivo.

66. (CESPE/TRE-GO - 2015) Julgue o seguinte item, relativos à resposta do réu e à teoria das provas no
sistema processual civil.
O juiz pode, de ofício, determinar o comparecimento pessoal das partes em qualquer fase em que se
encontrar o processo, com o intuito de interrogá-las sobre questões que envolvam a causa, para seu correto
deslinde e julgamento.
67. (CESPE/TJ-CE - 2014) Acerca de audiência e provas, assinale a opção correta.
a) Depende de prova fatos notórios e em cujo favor milita presunção de inocência, ainda que para fins de
certificação.
b) Depende de prova fatos afirmados por uma parte e confessado por outa e admitidos como incontroversos
nos autos, ainda que para fins de certificação.
c) A título de depoimento, a parte pode ler em voz alta, na audiência, texto que tenha preparado
anteriormente para esta finalidade.
d) Verificada a inocorrência do efeito da revelia, poderá o juiz designar audiência.
e) Cada parte tem direito de assistir ao interrogatório da outra em audiência.
68. (CESPE/Câmara dos Deputados - 2014) Acerca da citação e da prova no sistema processual civil,
julgue os seguintes itens.
É defeso aos sujeitos da relação jurídica deduzida em juízo estabelecer convenção que distribua de maneira
diversa o ônus da prova estabelecido em lei. Trata-se, no caso, de regra legal que não se encontra à
disposição das partes e não admite exceção.
69. (CESPE/TRE-BA - 2010) Julgue os itens subsequentes, a respeito da prova, do ônus da prova, do
tempo dos atos processuais, dos recursos e suas espécies, da competência e da ação rescisória.
Para o CPC, o ônus da prova incumbe ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito, e ao réu, quanto
à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.

VUNESP

70. (VUNESP/Pref. Pindamonhangaba - 2023) A audiência de instrução e julgamento será realizada


após o saneamento e a organização do processo. Sobre o tema, é correto afirmar que
A) a audiência poderá ser adiada ainda que por atraso justificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta)
minutos do horário marcado.
B) a audiência é una e contínua, podendo ser excepcional e justificadamente cindida na ausência de perito
ou de testemunha, desde que haja concordância das partes.
C) encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em audiência ou no prazo de
10 (dez) dias.
D) a audiência poderá ser integralmente gravada em imagem e em áudio, em meio digital ou analógico. A
gravação pode ser realizada diretamente por qualquer das partes, desde que mediante autorização judicial.

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E) as provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se, nesta ordem, preferencialmente, o réu e, em
seguida, o autor, que prestarão depoimentos pessoais.

Comentários

A alternativa A está incorreta. Com base no art. 362, da Lei nº 13.105/15, a audiência poderá ser adiada por
atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 minutos do horário marcado.

Art. 362. A audiência poderá ser adiada:

III - por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta) minutos do horário
marcado.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. O art. 365, do CPC, destaca que a audiência de
instrução e julgamento, embora seja em regra una, pode ser dividida em partes, nas seguintes condições:

Art. 365. A audiência é una e contínua, podendo ser excepcional e justificadamente


cindida na ausência de perito ou de testemunha, desde que haja concordância das partes.

Parágrafo único. Diante da impossibilidade de realização da instrução, do debate e do


julgamento no mesmo dia, o juiz marcará seu prosseguimento para a data mais próxima
possível, em pauta preferencial.

A alternativa C está incorreta, pois encerrado o debate, o juiz tem a faculdade de proferir a sentença
oralmente em audiência ou chamar os autos à conclusão e proferir sentença escrita em cartório no prazo
impróprio de trinta dias.

Art. 366. Encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em
audiência ou no prazo de 30 (trinta) dias.

A alternativa D está incorreta. De acordo com o § 6º do art. 367, a gravação da audiência pode ser realizada
diretamente por qualquer das partes, independentemente de autorização judicial.

A alternativa E está incorreta. A partir da interpretação conjunta dos arts. 361, inciso II; art. 385, caput, e §
1º do CPC, pode-se concluir que a ordem preferencial de produção da prova oral é a oitiva do autor e, em
seguida, do réu, sendo vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte. Confira os
dispositivos:

Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem,
preferencialmente:

II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;

Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta
seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de
ordená-lo de ofício.

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§ 2º É vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte.

71. (VUNESP/TJ-SP - 2023) A produção antecipada de provas será admitida nos casos em que haja
fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na
pendência da ação. Acerca do tema, assinale a alternativa correta.
A) Os interessados poderão requerer a produção de qualquer prova no mesmo procedimento, relacionada
ao mesmo fato ou a outro deste decorrente, desde que a sua produção conjunta não acarrete excessiva
demora.
B) A produção antecipada da prova previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.
C) No procedimento de produção antecipada de provas admite-se defesa ou recurso contra decisão que
indeferir total ou parcialmente a produção de prova pleiteada pelo requerente originário.
D) O juiz não se pronunciará sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato, nem sobre as respectivas
consequências jurídicas.
E) O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a citação de interessados na produção da prova
ou no fato a ser provado, salvo se existente caráter contencioso.

Comentários

A alternativa A está incorreta, pois afronta o disposto no §3º do art. 382, do CPC:

Art. 382. § 3o Os interessados poderão requerer a produção de qualquer prova no mesmo


procedimento, desde que relacionada ao mesmo fato, salvo se a sua produção conjunta
acarretar excessiva demora.

A alternativa B está incorreta. O § 3º do art. 381 do CPC consagra entendimento doutrinário e jurisprudencial
no sentido de a produção antecipada de provas não prevenir a competência do juízo para a ação que venha
a ser proposta. Neste sentido, o art. 381, §3º, do CPC:

Art. 381. [...]

§ 3º A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a ação que
venha a ser proposta.

A alternativa C está incorreta, pois no rito de produção antecipada da prova não se admitirá defesa ou
recurso, salvo contra decisão que indeferir totalmente a produção da prova, nos termos do art. 382, § 4º, do
CPC:

§4º Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra decisão que
indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, porque ao final do procedimento da produção


antecipada de provas, o juiz não pode se pronunciar sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato, nem
sobre suas respectivas consequências jurídicas, devendo se limitar a certificar a ocorrência da realização
das provas e a regularidade na sua produção. Neste sentido, o art. 382, §2º, do CPC:

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Art. 382. [...]

§ 2º O juiz não se pronunciará sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato, nem sobre as


respectivas consequências jurídicas.

A alternativa E está incorreta. Com base no §1º, do art. 282, do CPC, o juiz determinará, de ofício ou a
requerimento da parte, a citação de interessados na produção da prova ou no fato a ser provado, salvo se
inexistente caráter contencioso.

Art. 382. [...]

§ 1o O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a citação de interessados na


produção da prova ou no fato a ser provado, SALVO se inexistente caráter contencioso.

72. (VUNESP/MPE-RJ - 2022) A respeito do sistema de distribuição do ônus da prova, assinale a


alternativa correta.
A) A distribuição dinâmica do ônus da prova é permitida, desde que a decisão judicial seja fundamentada na
impossibilidade ou excessiva dificuldade de cumprir o ônus probatório previsto em lei, ou na maior facilidade
de obtenção de prova do fato contrário.
B) A lei processual civil vigente adotou o sistema de distribuição estática do ônus da prova, vedando ao juiz
atribuir o ônus probatório de forma diversa da previamente prevista em lei.
C) É vedada a convenção que discipline o ônus probatório de forma diversa da prevista em lei, tendo em vista
a adoção do sistema de distribuição estática.
D) É possível a inversão convencional do ônus da prova, desde que celebrada antes do ajuizamento da ação
judicial, não podendo recair sobre direito indisponível da parte, bem como não podendo tornar
excessivamente difícil a uma das partes o exercício do direito.
E) A inversão judicial do ônus da prova somente é admitida nas relações de consumo e a favor do consumidor
hipossuficiente.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A alternativa faz referência à teoria dinâmica do ônus
da prova, positivada pelo CPC. Vejamos o art. 373, §1º:

§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à


impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou
à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus
da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que
deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

A possibilidade de distribuição do ônus da prova de forma dinâmica no processo é uma das novidades do
CPC.

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A alternativa B está incorreta. A distribuição estática da prova ainda é a regra, contudo, essa regra pode ser
alterada segundo o art. 373, §1º, que diz que, nos casos previstos em lei, ou diante de peculiaridades da
causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos
do caput, ou a maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova
de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à par te a
oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

A alternativa C está incorreta. O CPC permite a redistribuição dinâmica do ônus da prova,


convencionalmente, pelas partes, que podem, por meio de negócio jurídico processual, distribuir o ônus da
prova de forma diversa da que foi estabelecida pelo legislador, desde que não recaia sobre direito
indisponível da parte, ou que torne excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito. Confiram o art.
373, § 3º, do CPC:

Art. 373. §3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção
das partes, salvo quando:

I - recair sobre direito indisponível da parte;

II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

A alternativa D está incorreta, pois o art. 373, §4º do CPC prevê que a distribuição diversa do ônus da prova
pode ser celebrado antes ou durante o processo.

Art. 373. § 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o
processo.

A alternativa E está incorreta. A teoria da distribuição dinâmica do ônus probatório consiste na flexibilização
da tradicional distribuição do ônus probatório, de acordo com as circunstâncias fáticas e atributos de cada
uma das partes. No atual CPC, há previsão expressa da teoria dinâmica do ônus da prova, e não somente
nas relações de consumo e a favor do consumidor hipossuficiente.

73. (VUNESP/TJ-AC - 2019) A produção antecipada da prova será admitida, dentre outras situações,
nos casos em que o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação, sendo
certo que
a) o juiz pode pronunciar-se sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato, mas não sobre suas respectivas
consequências jurídicas.
b) findo o procedimento, os autos serão arquivados em cartório.
c) o juízo estadual tem competência para produção antecipada de prova requerida em face da União, de
entidade autárquica ou de empresa pública federal se, na localidade, não houver vara federal.
d) no seu rito, admitir-se-á defesa, porém o recurso apenas será cabível contra a decisão que indeferir
totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário.
74. (VUNESP/TJ-SP - 2017) Numa audiência de instrução e julgamento, o juiz determinou que primeiro
se ouvissem as testemunhas das partes, e, após isso, fossem prestados os esclarecimentos dos peritos.
Além disso, no momento dos debates orais, numa ação em que havia interesse de menores, concedeu

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prazo de 40 minutos para o advogado do autor e de 30 minutos para o advogado do réu e para o promotor
de justiça se pronunciarem.
Diante dessa situação, é correto afirmar que o juiz
a) acertou em todos os seus atos, pois a ordem da oitiva é passível de modificação a critério do juiz, bem
como os prazos para debates orais devem ser estipulados pelo magistrado.
b) acertou ao inverter a ordem da colheita de provas em audiência, pois não há uma obrigatoriedade nesse
roteiro; mas errou ao fixar limite de tempo de 40 minutos para o pronunciamento em razões finais do
advogado do autor, prazo superior ao estabelecido em lei.
c) somente errou ao inverter a ordem de oitiva do perito, tento em vista que a lei determina que,
obrigatoriamente, sejam ouvidos primeiro o perito e depois as testemunhas.
d) errou na questão da inversão da ordem das provas em audiência, bem como ao conceder prazo maior
para uma das partes em detrimento das outras, ferindo o princípio da igualdade processual.
e) errou unicamente ao conceder prazo para o ministério público, tendo em vista que somente as partes
devem participar dos debates orais, cabendo ao promotor apenas manifestar-se por escrito por meio de
memoriais.
75. (VUNESP/TJ-SP - 2017) Em matéria de prova, é incorreto afirmar:
a) a falsidade de documento será resolvida como questão incidental e sobre a decisão não incidirá a
autoridade da coisa julgada, salvo se a parte requerer que o juiz decida a falsidade como questão principal.
b) desde que sejam capazes, e que a controvérsia comporte autocomposição, as partes podem escolher o
perito, e a perícia, assim produzida, substituirá, para todos os efeitos, a que seria realizada por perito
nomeado pelo juiz, sem prejuízo do convencimento motivado do magistrado.
c) a parte pode requerer o depoimento pessoal da parte adversária, do litisconsorte e eventualmente dela
própria.
d) na audiência de instrução, as perguntas serão formuladas pelas partes (por seus advogados) diretamente
à testemunha, mas o juiz poderá inquirir a testemunha tanto antes quanto depois da inquirição feita pelas
partes.

76. (VUNESP/Prefeitura de Mogi das Cruzes-SP - 2016) Quando a parte, em depoimento pessoal,
recusar-se a depor, o juiz aplicará a pena de confissão, exceto se os fatos a depor digam respeito
a) a negócios comerciais.
b) a direito de família.
c) a direito indisponível.
d) a direito personalíssimo.
e) ao que possa causar desonra própria.
77. (VUNESP/TJM-SP - 2017) Quanto à audiência de instrução e julgamento em procedimento comum,
assinale a alternativa correta.
a) Será possível a gravação da audiência em imagem e em áudio pelas partes, em meio digital ou analógico,
somente se houver autorização judicial.

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b) Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as testemunhas, poderão os advogados


e o Ministério Púbico intervir ou apartear, independentemente de licença do juiz.
c) O juiz poderá dispensar a produção de provas requerida pelo Ministério Público ou pelo defensor público,
se o promotor de justiça ou o defensor público não comparecerem à audiência.
d) Nas provas orais produzidas em audiência, devem ser ouvidos, obrigatoriamente, nesta ordem: o perito e
os assistentes técnicos; o autor e o réu que prestarem depoimentos pessoais; as testemunhas arroladas pelo
autor e, por último, as testemunhas arroladas pelo réu.
e) Instalada a audiência, o juiz pode deixar de tentar conciliar as partes se já tiver empregado anteriormente
outros métodos de solução consensual de conflitos.
78. (VUNESP/Câmara de Marília-SP - 2016) Será realizada uma audiência de instrução e julgamento
em que previamente houve realização de perícia e existe pedido de depoimento pessoal das partes, bem
como arrolamento de testemunhas. Diante disso, assinale a alternativa correta.
a) Antes de instalar a instrução, em regra, não cabe ao juiz tentar conciliar as partes.
b) Em primeiro lugar, o juiz tomará os depoimentos pessoais, primeiro do autor e depois do réu.
c) Por último, o perito e os assistentes técnicos responderão aos quesitos de esclarecimentos, requeridos no
prazo e nos termos do disposto no Código de Processo Civil.
d) Após ouvir os peritos e assistentes técnicos e realizados os depoimentos pessoais, serão inquiridas as
testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu.
e) O juiz não poderá dispensar a produção de prova requerida pela parte cujo advogado não tenha
comparecido à audiência.

79. (VUNESP/TJM-SP - 2016) A escritura pública, lavrada em notas de tabelião, é documento dotado
de fé pública, fazendo prova plena. Diante desta afirmação, assinale a alternativa correta.
a) No sentido jurídico, a prova demonstrada por instrumento público é direta e recai sobre o fato nela
estipulado, permitindo uma conclusão direta e objetiva, que não admite ser contrariada.
b) As informações contidas em escritura pública, por se tratar de direito disponível, geram presunção
absoluta quanto à declaração de vontade estipulada no instrumento.
c) Independentemente dos negócios jurídicos representados por escritura pública, por ser instrumento
dotado de fé pública, as consequências dela extraídas geram presunção absoluta de veracidade.
d) A quitação dada em escritura pública gera presunção relativa do pagamento, admitindo prova em
contrário que evidencie a invalidade do instrumento eivado de vício que o torne falso.
e) Não há presunção relativa sobre os elementos constitutivos de uma escritura pública, exceto os que forem
eivados de nulidade absoluta, tais como os elementos essenciais de sua formação válida.

80. (VUNESP/Câmara Municipal de Poá-SP - 2016) Serão ouvidos como prova em audiência na seguinte
ordem:
a) perito e assistentes técnicos; depoimentos pessoais, primeiro do autor e depois do réu; testemunhas
arroladas pelo autor e pelo réu.
b) depoimentos pessoais, primeiro do autor e depois do réu, testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu;
perito e assistentes técnicos.

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c) perito e assistentes técnicos; testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu; depoimentos pessoais,
primeiro do autor e depois do réu.
d) depoimentos pessoais, primeiro do autor e depois do réu; perito e assistentes técnicos; testemunhas
arroladas pelo autor e pelo réu.
e) testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu; perito e assistentes técnicos; depoimentos pessoais,
primeiro do autor e depois do réu.

81. (VUNESP/Prefeitura de Suzano-SP - 2015) Com relação ao depoimento pessoal da parte, é correto
afirmar que
a) caso se recuse a depor, presumir-se-ão confessados os fatos contra ela alegados.
b) a intimação da parte se dará por meio de seu advogado.
c) não depende de requerimento da parte contrária.
d) o depoimento é colhido em audiência de conciliação, caso não haja acordo entre as partes.
e) as perguntas são dirigidas diretamente ao depoente, pelos advogados, sem intermediação do juiz.
82. (VUNESP/TJ-SP - 2015) Com relação à confissão, assinale a alternativa correta.
a) Em ação que verse sobre direitos indisponíveis, a confissão não faz prova contra o confitente se
desacompanhada da confissão do outro cônjuge.
b) A confissão judicial faz prova contra os litisconsortes e o confitente.
c) É meio de prova que implica presunção absoluta de veracidade.
d) É, de regra, indivisível.
83. (VUNESP/TJ-RJ - 2014) Ao longo do tempo, o processo civil brasileiro passou por mudanças, com o
objetivo de melhor cumprir os princípios da celeridade e economia processual, bem como alcançar a
desejável “verdade real”. Neste contexto surgiu a teoria da distribuição dinâmica do ônus probatório, que
consiste, em suma,
a) na inversão do ônus da prova, a critério do juiz, quando se verificar a hipossuficiência técnica, jurídica ou
financeira de uma das partes.
b) na atribuição de hierarquia às espécies de provas, pelo juiz, de acordo com as circunstâncias e
peculiaridades do caso concreto.
c) na valorização da prova indiciária produzida por uma das partes, quando da avaliação do integral conjunto
probatório.
d) na flexibilização da tradicional distribuição do ônus probatório, de acordo com as circunstâncias fáticas e
atributos de cada uma das partes.
84. (VUNESP/EMPLASA - 2014) Quanto ao tema probatório, pode-se afirmar que, no âmbito do
processo civil, são meios de prova admitidos no sistema:
a) somente aqueles que forem previstos expressamente em lei processual ou material.
b) aqueles que o órgão julgador definir no momento do saneamento, após análise dos pontos controvertidos
em cada caso concreto.

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c) aqueles obtidos ilicitamente, desde que permitido o contraditório.


d) todos os meios legais e moralmente legítimos, ainda que não previstos expressamente em lei, inclusive a
gravação clandestina de conversa telefônica feita por um dos interlocutores, mesmo que tenha sido feita
sem qualquer autorização ou sem o conhecimento do outro, desde que ambos os interlocutores sejam partes
do processo.
e) aqueles previstos expressamente na lei processual, com exceção da prova emprestada, que sempre será
admitida após o contraditório.
85. (VUNESP/TJ-SP - 2013) Acerca de provas, é correto afirmar que
a) qualquer que seja o valor do contrato, é lícito à parte inocente provar exclusivamente com testemunhas
a sua simulação.
b) há presunção absoluta de veracidade e exatidão dos livros empresariais quando eles constituam prova
contra seu autor, e relativa, quando provam a seu favor.
c) somente a requerimento de algumas das partes, demonstrando que a matéria não está suficientemente
esclarecida, poderá o juiz determinar a realização de nova perícia.
d) para provar a verdade dos fatos, só se podem produzir as provas especificadas no Código de Processo
Civil.

86. (VUNESP/MPE-ES - 2013) Sobre as provas, é correto dizer que


a) o ônus da prova compete ao réu quanto ao fato constitutivo e impeditivo do seu direito.
b) o ônus da prova compete ao autor quanto à existência de fato extintivo do direito do réu.
c) não dependem de prova os fatos alegados pelo Ministério Público em ação que atua como fiscal da lei.
d) dependem de prova os fatos em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.
e) a parte que alegar direito municipal, provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o determinar o juiz.
87. (VUNESP/TJ-MG - 2012) Quanto ao instituto da confissão, assinale a alternativa correta.
a) A confissão judicial faz prova contra o confitente obrigando os litisconsortes.
b) A confissão espontânea não pode ser feita por mandatário com poderes especiais.
c) A confissão é revogável.
d) Não vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a direitos indisponíveis.
88. (VUNESP/TJ-SP - 2010) Quanto à prova testemunhal, aponte a alternativa correta.
a) A prova testemunhal é sempre admissível, não podendo ser indeferida, ainda que haja documento que
prove os fatos, sob pena de cerceamento de defesa.
b) É vedado à parte inocente provar com testemunhas, nos contratos simulados, a divergência entre a
vontade real e a vontade declarada.
c) Estão impedidos de depor como testemunha o que é parte na causa, bem como seu cônjuge.
d) Está impedido de depor o condenado por crime de falso testemunho, havendo transitado em julgado a
sentença.
e) As testemunhas devem depor pessoalmente em juízo, em audiência de instrução, não se admitindo outra
forma de oitiva, sob pena de nulidade.

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89. (VUNESP/CEAGESP - 2010) O ônus da prova incumbe


a) ao autor, quanto à existência de fato impeditivo do seu direito.
b) ao réu, quanto ao fato constitutivo do direito do autor.
c) ao autor, quanto à existência de fato modificativo do seu direito.
d) ao réu, quanto à existência de fato extintivo do direito do autor.
e) aos dois litigantes, nos termos do que foi convencionado, ainda que se trate de direitos indisponíveis.
90. (VUNESP/IPT-SP - 2014) No tocante à prova, é correta a seguinte afirmação:
a) se a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento pessoal e advertida da pena de confesso, não
comparecer ou, comparecendo, se recusar a depor, o juiz aplicar-lhe-á a pena.
b) no depoimento pessoal, a parte responderá pessoalmente sobre o direito invocado e os fatos articulados,
podendo servir-se de escritos adrede preparados.
c) a confissão judicial pode ser espontânea e deve ser realizada pela própria parte, não podendo ser realizada
por mandatário, ainda que com poderes especiais.
d) nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos sobre imóveis alheios, a confissão de um cônjuge
valerá para ambos.
e) a confissão não pode ser revogada, ainda que emanada de erro, dolo ou coação.

91. (VUNESP/CM Itaquaquecetuba - 2018) Quanto à produção de provas, assinale a alternativa


correta, de acordo com o Código de Processo Civil.
a) A confissão judicial faz prova contra o confitente e seu teor se estende aos litisconsortes.
b) Depois de apresentado o rol, não poderá haver substituição de testemunhas.
c) A ata notarial atesta a existência de um fato e é lavrada pelo tabelião.
d) Em caso de laudo pericial insatisfatório, o juiz pode determinar a realização de segunda perícia, a qual
substituirá a primeira.
e) Ao réu revel é defeso produzir provas no processo.
92. (VUNESP/UNIFAI - 2019) Sobre a audiência de instrução e julgamento, é correto afirmar que
a) é una e contínua, podendo ser excepcional e justificadamente cindida na ausência de perito ou de
testemunha, independentemente da concordância das partes.
b) na impossibilidade de realização da instrução, do debate e do julgamento no mesmo dia, o juiz marcará
seu prosseguimento para a data mais próxima possível, em pauta comum.
c) encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em audiência ou no prazo de
10 (dez) dias.
d) a audiência não poderá ser integralmente gravada em imagem e em áudio, em meio digital ou analógico.
e) a gravação da audiência pode ser realizada diretamente por qualquer das partes, independentemente de
autorização judicial.

93. (VUNESP/CM Piracicaba - 2019) Sobre a audiência de instrução e julgamento, é correto afirmar que

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a) é una e contínua, podendo ser excepcional e justificadamente cindida na ausência de perito ou


testemunha, desde que haja concordância das partes.
b) poderá ser adiada por atraso injustificado de seu início em tempo inferior a trinta minutos do horário
marcado.
c) necessariamente o perito e os assistentes técnicos, quando for o caso, devem ser ouvidos antes das
testemunhas do autor e do réu.
d) o prazo para razões finais orais nessa audiência é de 20 minutos sem possibilidade de prorrogação para
ambas as partes.
e) enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as testemunhas, os advogados poderão
intervir ou apartear sem licença do juiz.

94. (VUNESP/FAPESP - 2018) No dia e na hora designados, o juiz declarará aberta a audiência de
instrução e julgamento e mandará apregoar as partes e os respectivos advogados, bem como outras
pessoas que dela devam participar, observando que:
a) instalada a audiência, tentará conciliar as partes, desde que anteriormente não tenha ocorrido o emprego
de outros métodos de solução consensual de conflitos.
b) exercerá o poder de polícia sobre ela, incumbindo-lhe ordenar que se retirem da sala de audiência os que
se comportarem inconvenientemente.
c) havendo necessidade de prova oral, ouvirá, preferencialmente, as seguintes pessoas na ordem que segue,
a saber: partes, testemunhas e por fim o perito.
d) por convenção das partes, em conjunto com as testemunhas, poderá ser adiada.
e) não poderá dispensar a produção das provas requeridas pelo membro do Ministério Público que não
esteja presente em audiência, devendo portanto redesigná-la.
95. (VUNESP/CM Olímpia - 2018) Em relação às normas para realização da audiência de instrução e
julgamento, é correto afirmar:
a) a audiência poderá ser integralmente gravada por qualquer das partes, mediante prévia autorização
judicial.
b) instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, somente se não houve o emprego anterior de
outros métodos de solução consensual de conflitos.
c) encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em audiência ou no prazo de
5 (cinco) dias.
d) a audiência poderá ser adiada por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta)
minutos do horário marcado.
e) as provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se, obrigatoriamente, na seguinte ordem:
testemunhas do autor e réu, autor e réu em depoimentos pessoais, peritos e assistentes técnicos.

96. (VUNESP/UNIFAI - 2019) Sobre a distribuição diversa do ônus da prova que pode ocorrer por
convenção das partes, assinale a alternativa correta.
a) A convenção não poderá ser celebrada antes do processo.
b) Não poderá ocorrer quando tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

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c) Poderá ocorrer inclusive quando recair sobre direito indisponível da parte.


d) A convenção somente poderá ser celebrada durante o processo.
e) Não poderá ocorrer quando recair sobre direito disponível da parte.
97. (VUNESP/Pref Itapevi - 2019) As questões de fato controvertidas da demanda devem ser dirimidas
através do conjunto probatório constante dos autos, e, nesse sentido, é certo que
a) as partes têm o direito de empregar todos os meios pragmáticos, teleológicos ou legais, para provar a
verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.
b) caberá ao juiz, desde que haja requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento
do mérito.
c) o juiz não deve indeferir quaisquer que sejam as diligências requeridas pelas partes, sob pena de ofensa
à ampla defesa.
d) o juiz valorará a prova constante dos autos, vinculando- a ao sujeito que a tiver promovido, de modo que
a prova produzida por uma parte não aproveite a adversa.
e) o juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que
considerar adequado, observado o contraditório.
98. (VUNESP/Pref Arujá - 2019) No que se refere à produção de provas, assinale a alternativa correta.
a) Os registros domésticos e o radiograma não são aceitos como meios de prova em processo judicial.
b) A existência de determinado fato pode ser documentada mediante ata notarial lavrada pelo tabelião.
c) Cabe à parte requerer o depoimento pessoal de seu opositor, não podendo o juiz determinar, de ofício,
tal providência.
d) A confissão judicial faz prova contra o confitente e contra os litisconsortes, se o teor da confissão os
atingir.
e) Quando necessária a exibição de documento ou coisa que estiver em poder de terceiro, o juiz mandará
citá-lo para que responda no prazo de 5 (cinco) dias.

99. (VUNESP/Pref Poá - 2019) As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como
os moralmente legítimos, para provar a verdade dos fatos alegados e influir eficazmente na convicção do
juiz.
Com relação ao direito probatório, assinale a alternativa correta.
a) A parte que requereu a produção de determinada prova poderá requerer sua desconsideração ou
desentranhamento, caso lhe seja desfavorável.
b) O juiz só poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo em caso de convenção
processual.
c) A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar -lhe-á o teor e a
vigência independentemente de determinação judicial.
d) Incumbe ao terceiro, em relação a qualquer causa, exibir coisa ou documento que esteja em seu poder.
e) Não incumbe à parte colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial.

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100. (VUNESP/PGE-SP - 2018) No caso de recusa injustificada de exibição de documento, na fase de


conhecimento de um processo, é correto afirmar que o juiz pode impor multa
a) às partes, aos terceiros e aos advogados privados, inclusive quando se tratar da Fazenda Pública, desde
que assegure a todos ampla defesa e contraditório, mediante prévia intimação pessoal de todos, com prazo
de cinco dias para resposta.
b) às partes, de ofício, mas, se o documento ou coisa estiver em poder de terceiros, o juiz poderá, também
de ofício ou a requerimento das partes, ordenar a citação deles, com prazo de quinze dias para resposta,
para que exibam o documento, sob pena de multa, dentre outras providências.
c) somente aos terceiros, de ofício, mediante intimação por mandado, com prazo de dez dias para a resposta,
visto que, em relação às partes, o juiz deverá aplicar a “confissão” quanto aos fatos que o documento poderia
provar.
d) de até 2% (dois por cento) do valor da causa apenas aos terceiros, quando verificar que eles não estão
colaborando com o Poder Judiciário ao deixar de exibir determinado documento.
e) às partes, aos terceiros e também aos advogados ou procuradores que estiverem atuando no processo,
de ofício, salvo se uma das partes for a Fazenda Pública, porque o valor dessas multas processuais é sempre
revertido para ela mesma.

101. (VUNESP/FAPESP - 2018) As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os
moralmente legítimos, ainda que não especificados no Código de Processo Civil de 2015, para provar a
verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz. Sobre
o regramento das provas, constante no diploma processual civil referido, é importante ressaltar que o juiz:
a) dada a inércia do Poder Judiciário, deve determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito,
apenas a requerimento da parte.
b) apreciará a prova constante dos autos, vinculada e a partir do sujeito que a tiver promovido, e indicará
na decisão as razões da formação de seu convencimento.
c) aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente acontece
e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado, quanto a estas, o exame pericial.
d) poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar
adequado, dispensado o contraditório nos autos do processo em curso para qual foi trazida.
e) deverá, em caso de descumprimento de exibição de documento que esteja em poder de terceiro,
determinar, a imposição de multa, mas não outras medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-
rogatórias.

102. (VUNESP/CM Itaquaquecetuba - 2018) Quanto à produção de provas, assinale a alternativa


correta, de acordo com o Código de Processo Civil.
a) A confissão judicial faz prova contra o confitente e seu teor se estende aos litisconsortes.
b) Depois de apresentado o rol, não poderá haver substituição de testemunhas.
c) A ata notarial atesta a existência de um fato e é lavrada pelo tabelião.
d) Em caso de laudo pericial insatisfatório, o juiz pode determinar a realização de segunda perícia, a qual
substituirá a primeira.

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e) Ao réu revel é defeso produzir provas no processo.


103. (VUNESP/UNICAMP - 2018) Sobre o que prevê o CPC acerca das provas, assinale a alternativa
correta.
a) A distribuição do ônus da prova está fixada nos termos da lei e não caberá às partes defini -lo de outra
maneira em nenhuma hipótese, devendo o autor provar os fatos constitutivos de seu direito e o réu os fatos
impeditivos, extintivos ou modificativos dos direitos do autor, salvo os casos em que se admite a inversão do
ônus probatório.
b) Todas as vezes que a parte alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário deverá
provar-lhe o teor e o conteúdo, além de sua vigência.
c) A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requerimento do
interessado, mediante ata lavrada por tabelião, sendo que dados representados por imagem ou som
gravados em arquivos eletrônicos poderão constar da ata notarial.
d) A confissão é, em regra, divisível, podendo a parte que a quiser invocar como prova aceitá -la no tópico
que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável, porém cindir-se-á quando o confitente a ela aduzir
fatos novos, capazes de constituir fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção.
e) O rol de testemunhas conterá, obrigatoriamente, o nome, a profissão, o estado civil, a idade, o número
de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas, o número de registro de identidade e o endereço completo da
residência e do local de trabalho.
104. (VUNESP/SAAE Barretos - 2018) Em relação à produção antecipada da prova, é correto afirmar:
a) sua apreciação será de competência exclusiva do foro do domicílio do réu.
b) previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.
c) nesse procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra decisão que indeferir totalmente a
produção da prova pleiteada pelo requerente originário.
d) não será admitida nos casos em que o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o
ajuizamento de ação.
e) o juiz se pronunciará sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato, e sobre as respectivas consequências
jurídicas.

FGV

105. (FGV/TJ-RN - 2023) Um paciente propôs uma demanda indenizatória em face do hospital que o
atendera em uma cirurgia. Sustentou que a prova do fato constitutivo de seu direito podia ser obtida com
a juntada do prontuário médico, que se encontrava no poder do réu, que revelava o erro médico ocorrido
durante o procedimento cirúrgico a que foi submetido. Em decisão de organização e saneamento do
processo, o juiz não definiu a quem cabia o referido ônus probatório. Após a regular instrução do feito,
sem a juntada do prontuário médico, foi prolatada a sentença, quando o juiz, em decisão motivada, aplicou
a teoria da distribuição dinâmica do ônus da prova e condenou o réu na forma do pedido, por entender
que cabia a este a prova de que tudo correra na normalidade durante o procedimento médico alegado.
Nesse cenário, a sentença é:

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A) nula, por violação ao princípio do contraditório;


B) nula, pois é vedado ao juiz distribuir de forma diversa o ônus da prova;
C) válida, pois cabe ao réu a prova do fato constitutivo de seu direito;
D) válida, pois é possível na sentença a inversão judicial do ônus da prova;
E) válida, pois houve confissão do fato ao não ser acostado aos autos o prontuário médico.
106. (FGV/CGU - 2022) Um Município celebra um contrato com uma empresa particular, cujo objeto é a
reforma e a conservação de uma escola municipal. Após expedidas as notas fiscais, com a informação de
que os serviços foram prestados e o valor efetivamente pago, veio ao conhecimento da autoridade
municipal que esse serviço não fora realizado. Assim, foi proposta uma ação autônoma para produção
antecipada de provas, a fim de verificar apenas a realização ou não das obras atestadas nas notas fiscais
mencionadas.
Nesse cenário, é correto afirmar que o manejo dessa via é:
A) cabível, uma vez que se pretende, com o resultado dessa prova, justificar ou evitar o ajuizamento de uma
outra demanda em face da empresa particular;
B) inviável, uma vez que a referida prova poderá ser produzida no curso da ação principal, não havendo
interesse processual nessa via autônoma;
C) equivocado, devendo o juízo convolar o procedimento para o de conhecimento contencioso, uma vez que
não há mais possibilidade de cautelar autônoma;
D) viável, sendo que, com a sentença dessa demanda autônoma, pode-se, desde logo, executar a empresa
particular, em caso de sua condenação;
E) equivocado, uma vez que se entende por fato notório um serviço prestado com a expedição de notas
fiscais atestando a sua realização.
107. (FGV/TJ-TO - 2022) José propôs uma ação em face de João, afirmando ser credor deste na quantia
de cem mil reais, por força de um contrato de mútuo celebrado entre ambos. O réu confessou a existência
do contrato, mas afirmou já ter quitado toda a obrigação estipulada. Analisando a hipótese fática
apresentada, é correto afirmar que:
A) incumbe ao autor a prova da existência de seu crédito afirmado no contrato de mútuo;
B) incumbe ao autor a prova de que recebeu o pagamento afirmado pelo devedor;
C) incumbe ao réu a prova da existência do contrato de mútuo afirmado por ele;
D) o juiz apreciará a prova produzida no processo conforme sua íntima convicção;
E) incumbe ao réu a prova da quitação da obrigação afirmada pelo autor no contrato de mútuo.

108. (FGV/SEN - 2022) Em uma demanda judicial referente a um litígio existente em um contrato de
compra e venda internacional de mercadorias, uma sociedade empresária japonesa alegou, perante a
autoridade judiciária brasileira, direito estrangeiro para fundamen tar a sua pretensão condenatória
deduzida perante a sociedade empresária nacional.
A esse respeito, assinale a afirmativa correta.

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A) A autoridade judicial brasileira deverá indeferir a petição inicial por inépcia.


B) Ao juiz, é vedado transferir à parte o encargo de comprovar o teor e a vigência do direito estrangeiro.
C) A alegação de direito estrangeiro pelos litigantes depende da concordância da parte contrária.
D) A parte que alegar direito estrangeiro provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.
E) A alegação de direito estrangeiro pelos litigantes viola a ordem pública.
109. (FGV/ALERO - 2018) Acerca das provas no processo civil, assinale a afirmativa correta.
a) O ônus da prova incumbe ao réu quanto aos fatos constitutivos do direito.
b) Não dependem de prova os fatos notórios, mas precisam ser provados os afirmados por uma parte e
confessados pela parte contrária.
c) Não cabe a prova de direito, mas apenas das alegações fáticas.
d) O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que
considerar adequado, observado o contraditório.
e) Diante das peculiaridades da causa, é possível ao juiz na sentença distribuir o ônus da prova da maneira
que entender mais justa.
110. (FGV/TRT-12ªR - 2017) Milena celebrou um contrato de adesão com a empresa Céu S.A., tendo por
objeto o fornecimento de sinal de TV a cabo. Em determinada cláusula do contrato de prestação de
serviços consta convenção das partes, atribuindo à adquirente dos serviços o ônus de provar, em caso de
eventual litígio judicial, que o local de sua residência oferece as condições técnicas adequadas para o
fornecimento do sinal de TV a cabo com a qualidade contratada.
Diante dessa situação hipotética, e de acordo com o CPC, é correto afirmar que a cláusula é:
a) nula, pois o CPC não admite convenção das partes sobre distribuição do ônus da prova;
b) nula, pois torna excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito;
c) válida, pois tem amparo no CPC;
d) nula, pois recai sobre direito indisponível da parte;
e) válida, pois tem amparo no Código de Defesa do Consumidor.

111. (FGV/TRT-12ªR - 2017) A audiência de divórcio litigioso do ex-casal Altamir e Luana estava
designada para 13:30 horas. Ocorre que todos estavam esperando e, a despeito de o juiz estar em seu
gabinete, já eram 14:15 horas e o pregão não havia sido realizado. Os advogados tentaram saber o que
estava acontecendo, e a resposta do escrivão foi que o juiz estava repousando do almoço.
Nesse sentido, e de acordo com o disposto no CPC, é correto afirmar que:
a) o ex-casal terá de aguardar, porque o juiz se encontra presente em seu gabinete;
b) não há previsão na Lei de limite temporal para que as partes aguardem o juiz e nem que esse espere os
litigantes;
c) a retirada do casal dependeria de autorização judicial, sob pena de aplicação de multa àquele que se retira
da Corte sem justificativa;

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d) Altamir e Luana poderão se retirar, devido ao atraso transcorrido em relação ao início previsto de sua
audiência;
e) a fixação de um horário é referencial, e não vinculante, razão pela qual o atraso de até 1 hora é tolerado
por Lei, o que ainda não havia acontecido.

112. (FGV/Prefeitura de Paulínia-SP - 2016) A respeito das disposições gerais sobre as provas, assinale
a afirmativa incorreta.
a) Não será admitida prova produzida em outro processo.
b) É possível utilizar a teoria da carga dinâmica do ônus da prova nos casos previstos em lei ou diante de
peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de produzir a prova ou à
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, de modo a permitir que haja a inversão por decisão
devidamente motivada.
c) A distribuição do ônus da prova pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando recair sobre direito
indisponível da parte ou tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
d) A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário deverá provar o teor e a
vigência, se assim o juiz determinar.
e) Preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte comparecer em juízo,
respondendo ao que lhe for interrogado, colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for
considerada necessária e praticar o ato que lhe for determinado.
113. (FGV/TJ-RJ - 2014) Carlos Frota propôs uma ação de cobrança em face de Luana Dias. Em sua
contestação, Luana Dias alega e comprova que já pagou o valor que está sendo cobrado por Carlos Frota.
Nessa hipótese, incumbe:
a) ao autor demonstrar o pagamento efetuado;
b) à ré produzir prova testemunhal sobre a existência da dívida;
c) à ré demonstrar que os documentos apresentados pelo autor são originais;
d) ao autor demonstrar que o pagamento não foi válido;
e) à ré demonstrar a inexistência da dívida.

CONSULPLAN

114. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2018) Considere as afirmativas a seguir a partir do Novo Código de Processo
Civil (Lei nº 13.105/2015).
I. A produção antecipada de prova passou a ter disciplina própria entre os demais meios de provas,
absorvendo a medida de arrolamento de bens toda vez que não envolver atos de apreensão.
II. A justificação foi alocada dentre as modalidades de produção antecipada de prova.
III. O atentado passou a ser entendido como resultado do descumprimento de um dos deveres das partes e
de seus procuradores, qual seja o de não praticar inovação legal no estado de fato do bem ou direito litigioso.
IV. A caução passou a ser prevista entre as regras relativas às despesas processuais, sem um procedimento
próprio e cautelar específico.

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Estão corretas as afirmativas


a) I, II, III e IV.
b) I e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
115. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2017) Para que a sentença declare o direito, faz-se necessário que o
magistrado se certifique da verdade dos fatos alegados, o que se dá por meio das provas. Com relação às
provas, analise as afirmativas abaixo:
I. Em hipótese alguma o magistrado pode modificar a ordem legal da produção das provas, sob pena de ferir
o princípio da legalidade.
II. A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a ação que venha a ser
produzida.
III. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos poderão constar da ata
notarial e servir como meio de prova.
IV. O CPC/2015 extinguiu a exigência das reperguntas às testemunhas, cabendo às partes formularem as
perguntas diretamente às testemunhas.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) I e II.
b) II, III e IV.
c) III e IV.
d) I e III.
116. (CONSULPLAN/TRF2ª Região - 2017) Com os avanços tecnológicos e a utilização cada vez mais
acentuada dos meios informáticos e telemáticos, a adoção do processo eletrônico revelou -se como a única
alternativa viável ao operador do Direito. Assim, o legislador brasileiro fez a opção correta ao
regulamentá-lo no Código de Processo Civil de 2015 (Lei Federal nº 13.105/2015). Sobre o tema, assinale
a alternativa INCORRETA.
a) É vedada a gravação da audiência de instrução e julgamento realizada diretamente por qualquer das
partes, salvo quando houver autorização judicial para fazê-lo.
b) Quando o advogado que postular em causa própria não comunicar sua mudança de endereço ao juízo,
poderá ser intimado por meio eletrônico.
c) Admite-se a prática de atos processuais por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de
transmissão de sons e imagens em tempo real.
d) Com exceção das microempresas e das empresas de pequeno porte, as empresas públicas e privadas são
obrigadas a manter cadastro nos sistemas de processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de
citações e intimações, as quais serão efetuadas preferencialmente por esse meio.

117. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2016) No que tange à produção antecipada de prova, julgue as seguintes
afirmações:

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I. Na petição, o requerente apresentará as razões que justifiquem a necessidade de antecipação da prova e


mencionará, com precisão, os fatos sobre os quais a prova haverá de recair.
II. O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a citação de interessados na produção da prova
ou no fato a ser provado, salvo se inexistente caráter contencioso; todavia, o juiz não se pronunciará sobre
a ocorrência ou a inocorrência do fato, nem sobre as respectivas consequências jurídicas.
III. Os interessados poderão requerer a produção de qualquer prova no mesmo procedimento, desde que
relacionada ao mesmo fato, salvo se a sua produção conjunta acarretar excessiva demora.
IV. Neste procedimento, será admitida defesa ou recurso contra decisão que indeferir total ou parcialmente
a produção da prova pleiteada pelo requerente originário.
Está correto o que se afirma em:
a) I, II e III, apenas.
b) II, III e IV, apenas.
c) II e IV, apenas.
d) I, II, III e IV.
118. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2015) São hábeis para provar a verdade dos fatos em que se funda a ação
ou a defesa quaisquer meios legais e moralmente legítimos, ainda que não especificados no Código de
Processo Civil. Sobre o tema, é INCORRETO afirmar que:
a) os fatos notoriamente conhecidos não precisam ser provados pelas partes.
b) em qualquer estado do processo, o juiz pode determinar a produção de depoimento pessoal das partes,
até mesmo de ofício.
c) a produção antecipada da prova previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.
d) o documento lavrado por oficial público incompetente, sendo assinado pelas partes, terá a mesma eficácia
probatória que documento particular.
119. (CONSULPLAN/TJ-MG - 2015) Com relação ao instituto da confissão, assinale a alternativa
INCORRETA:
a) Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos sobre imóveis alheios, a confissão de um cônjuge
não valerá sem a do outro.
b) A confissão espontânea pode ser feita pela própria parte, ou por mandatário com poderes especiais.
c) A confissão extrajudicial, quando feita oralmente, terá eficácia ainda que a lei exija prova literal.
d) A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os litisconsortes.

Outras Bancas

120. (FUMARC/AL-MG - 2023) Na regulamentação sobre as provas previstas no Código de Processo Civil,
afigura-se correto afirmar, EXCETO:
A) A confissão judicial pode ser provocada.
B) As partes podem convencionar antes ou durante o processo sobre a distribuição diversa do ônus da prova.

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C) É impedido de depor como testemunha o inimigo da parte ou seu amigo íntimo.


D) Independentemente de requerimento da parte, o juiz pode inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se
esclarecer sobre fato que interesse à decisão da causa.
121. (AOCP/SEAD-GO - 2022) Após a nomeação como Perito Judicial, o profissional responsável pela
perícia é, geralmente, intimado a definir data, horário e local do processo de coleta das provas periciais ou
de evidências que permitam avaliar o imóvel sob litígio. Ainda, é comum que o perito receba
questionamentos formalizados das partes do processo (autora e ré) e do juiz que está conduzindo o
processo, em uma tentativa de esclarecer pontos controversos ou conflituosos que, no momento, estão
impedindo o melhor julgamento da causa. Com base no exposto, como são chamados, juridicamente, os
questionamentos mencionados?
A) Questões técnicas.
B) Quesitos.
C) Questionamentos técnicos.
D) Suplementação de dúvidas.
E) Solução de pontos controversos.

122. (AOCP/SEAD-GO - 2022) O rito processual dos processos judiciais é definido por meio do Código de
Processo Civil (Lei Federal n° 13.105/2015) e prevê a atuação dos peritos e dos assistentes técnicos. No
que tange à atuação dos assistentes técnicos nos processos judiciais, assinale a al ternativa correta.
A) Os assistentes técnicos são nomeados para atuarem no processo judicial da mesma maneira que o perito.
B) Os assistentes técnicos possuem a incumbência de analisar o parecer técnico elaborado pelo perito.
C) O documento técnico produzido, em parte, pelo assistente técnico e que responde, em primazia, ao laudo
pericial denomina-se parecer complementar.
D) A produção de pareceres técnicos é um serviço que não demanda a criação de uma anotação de
responsabilidade técnica.
E) Como medida de esclarecimento, o perito pode emitir informações que se caracterizam como uma
complementação do laudo técnico e, por sua vez, o assistente técnico pode auxiliar na criação do parecer
técnico complementar à complementação de laudo criada pelo perito.

123. (NC-UFPR/Prefeitura de Curitiba-PR - 2019) Como garantia de exercício da ampla defesa e do


contraditório, as partes estão autorizadas a apresentar no processo as provas que entendam necessárias
para a solução do conflito. Há, portanto, no Código de Processo Civil, uma teoria voltada a análise e
tratamento dos meios probatórios. A respeito da teoria geral das provas, identifique as afirmativas a seguir
como verdadeiras (V) ou falsas (F):
( ) Entre as hipóteses de cabimento da produção antecipada da prova, estão os casos em que haja fundado
receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da
ação.
( ) Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do
mérito, podendo ele indeferir, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente protelatórias.

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( ) A regra do ônus da prova é uma regra de procedimento, e, portanto, nas hipóteses de distribuição
dinâmica ou inversão do ônus da prova, o juiz deverá, na decisão saneadora, definir a distribuição de tal
ônus.
( ) A falsidade documental deve ser suscitada na contestação, na réplica ou no prazo de 5 (cinco) dias,
contados a partir da intimação da juntada do documento aos autos.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
a) V – F – V – F.
b) F – V – F – V.
c) V – F – F – V.
d) F – F – V – V.
e) V – V – V – F.
124. (FUNDEP/MPMG - 2018) Assinale a alternativa INCORRETA sobre Provas:
a) A teoria estática do ônus da prova continua sendo a regra geral do sistema probatório. A teoria dinâmica
tem lugar quando, por exemplo, existir impossibilidade ou excessiva dificuldade de cumprir o encargo
estabelecido pelo legislador como regra geral; todavia, é preciso que o magistrado assim o faça de forma
fundamentada, e que permita que a parte possa produzir as provas necessárias de modo a se desincumbir
do ônus que lhe foi atribuído. Além disso, tal decisão não pode gerar situação em que a desincumbência do
encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.
b) As partes podem, por meio de negócio jurídico processual, distribuir o ônus da prova de forma diversa da
que foi estabelecida pelo legislador, desde que não recaia sobre direito indisponível da parte, ou que torne
excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
c) O direito à produção antecipada de prova será cabível quando a prova a ser produzida seja suscetível de
viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito, bem como quando o prévio
conhecimento dos fatos possa evitar ou justificar o ajuizamento de ação.
d) O modo de existir e a existência de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requerimento
do interessado, mediante ata lavrada por tabelião. Dados representados por imagem ou som gravados em
qualquer tipo de mídia também poderão constar da ata notarial.
125. (IBFC/TJ-PE - 2017) Sobre as provas em direito processual civil, analise os itens abaixo.
I. É reconhecido o direito das partes de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos,
para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do
juiz.
II. O ônus da prova em direito processual civil incumbe a quem alegar o fato, sendo vedada a inversão do
ônus da prova sob qualquer hipótese.
III. Apenas os fatos notórios e aqueles admitidos no processo como incontroversos independerão de prova.
IV. O juiz poderá se utilizar de prova emprestada de outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar
adequado, observado o contraditório.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas I e III são corretos.
b) Apenas II e IV são corretos.

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c) Apenas II e III são corretos.


d) Apenas I e IV são corretos.
e) I, II, III e IV são corretas.
126. (MPT/MPT - 2017) Acerca da produção probatória, de acordo com o Código de Processo Civil (CPC),
assinale a alternativa INCORRETA.
a) As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que
não especificados pelo CPC, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir
eficazmente na convicção do juiz.
b) Incumbirá à parte, ainda que produzindo prova contra si, colaborar com o juízo na realização de inspeção
judicial que for considerada necessária.
c) Aplicar-se-á a distribuição dinâmica do ônus da prova nos casos já previstos em lei ou diante de
peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou excessiva dificuldade de se cumprir o encargo da
distribuição legal do ônus da prova ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, desde que
por decisão fundamentada.
d) Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do
mérito.
e) Não respondida.

127. (FAFIPA/Fundação Araucária-PR - 2017) Em se tratando das disposições do Código de Processo Civil
vigente (Lei 13.105/2015) acerca da audiência de instrução e julgamento, assinale a alternativa CORRETA.
a) Subscreverão o termo da audiência o juiz, os advogados, o membro do Ministério Público e o escrivão ou
chefe de secretaria, dispensadas as partes, exceto quando houver ato de disposição para cuja prática os
advogados não tenham poderes.
b) As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem, preferencialmente: o autor e,
em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais; as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu,
que serão inquiridas; o perito e os assistentes técnicos.
c) O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado ou defensor público
não tenha comparecido à audiência, não se aplicando essa regra ao Ministério Público.
d) Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate oral poderá ser substituído
por razões finais escritas, que serão apresentadas pelo autor e pelo réu, bem como pelo Ministério Público,
se for o caso de sua intervenção, em prazos sucessivos de 10 (dez) dias, assegurada a vista dos autos.
128. (FMP Concursos/PGE-AC - 2017) Considere as seguintes afirmativas sobre o tema da audiência de
instrução e julgamento no âmbito do Código de Processo Civil. Assinale a alternativa CORRETA.
a) Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, desde que não tenham sido antes empregados
outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem.
b) A audiência poderá ser adiada por atraso injustificado de seu início em tempo superior a uma hora do
horário marcado.
c) Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as testemunhas, os advogados e o
Ministério Público poderão intervir ou apartear livremente, ainda que sem licença do juiz.

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d) Encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em audiência ou no prazo de
60 (sessenta) dias.
e) Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e do réu, bem como ao membro do Ministério
Público, se for o caso de sua intervenção, sucessivamente, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um,
prorrogável por 10 (dez) minutos, a critério do juiz.
129. (FMP Concursos/PGE-AC - 2017) Considere as seguintes afirmativas sobre o tema das provas no
âmbito do Código de Processo Civil. Assinale a alternativa INCORRETA.
a) Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à
excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova
do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão
fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi
atribuído.
b) A carta precatória e a carta rogatória não devolvidas no prazo, ainda que concedidas sem efeito
suspensivo, não poderão ser juntadas aos autos.
c) O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente
acontece e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado, quanto a estas, o exame pericial.
d) A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar -lhe-á o teor e a
vigência, se assim o juiz determinar.
e) Ninguém se exime do dever de colaborar com o Poder Judiciário para o descobrimento da verdade.

130. (IESES/ALGÁS - 2017) A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:
a) Não haja nenhum fundado receio de que venha a tornar-se impossível o deslinde da question.
b) O prévio conhecimento dos fatos não venha alterar a solução da demanda, mas venha a agilizar o
ajuizamento de ação.
c) A prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução
de conflito.
d) Haja fundado receio de que venha a tornar-se possível ou muito fácil a verificação de certos fatos na
pendência da ação.
131. (MPE-PR/MPE-PR - 2017) Sobre o regime das provas no Código de Processo Civil de 2015, assinale
a alternativa incorreta:
a) O direito processual civil incorpora a regra da atipicidade dos meios de prova, desde que os meios
empregados pelas partes sejam legais e moralmente legítimos.
b) A prova deve constar dos autos do processo e o juiz pode valorá-la independentemente de quem a
produziu nos autos, devendo indicar na decisão as razões da formação de seu convencimento.
c) O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que
considerar adequado, observado o contraditório.
d) O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente
acontece.
e) A regra do ônus da prova é aplicada somente em dimensão objetiva, servindo como regra de julgamento
a ser aplicada pelo magistrado em caso de dúvida sobre as alegações de fato das partes.

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132. (FUNECE/UECE - 2017) o que diz respeito à produção antecipada da prova, assinale a afirmação
verdadeira.
a) A produção antecipada da prova é da competência do juízo do foro onde esta deva ser produzida ou do
foro de domicílio do réu.
b) A produção antecipada da prova previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.
c) O juízo estadual não tem competência para produção antecipada de prova requerida em face da União,
de entidade autárquica ou de empresa pública federal ainda que, na localidade, não exista vara federal.
d) Em qualquer caso, o juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a citação de interessados na
produção da prova ou no fato a ser provado.
133. (MPE-RS/MPE-RS - 2017) Assinale a alternativa INCORRETA acerca do Ministério Público e da
audiência de instrução e julgamento, a teor do disposto no Novo Código de Processo Civil.
a) Intervindo nos processos como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público poderá produzir provas,
requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.
b) Considerando o princípio da publicidade dos atos processuais, a audiência será sempre pública.
c) O Ministério Público possui prazo em dobro para manifestação nos autos, não se aplicando o benefício da
contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o Ministério Público.
d) A audiência é una e contínua, todavia, havendo concordância das partes, na ausência de perito ou de
testemunha, poderá ser excepcional e justificadamente cindida.
e) O Ministério Público, atuando como fiscal da ordem jurídica, intervirá nos processos que envolvam litígios
coletivos pela posse de terra rural ou urbana.
134. (Crescer Consultorias/CRF-PI - 2016) “As partes têm o direito de empregar todos os meios legais,
bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos
fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.” (Novo Código
Processual Civil). Sobre o direito probatório, de acordo com o CPC, é CORRETO afirmar que:
a) Caberá às partes, de ofício, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito.
b) O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que
considerar adequado, independentemente de contraditório e ampla defesa.
c) A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar -lhe-á o teor e a
vigência, se assim o juiz determinar.
d) A carta precatória e a carta rogatória não devolvidas no prazo ou concedidas sem efeito suspensivo não
poderão ser juntadas aos autos.

135. (IESES/TJ-MA - 2016) Em relação a ata notarial é correto afirmar:


a) A ata notarial deve ser redigida em língua portuguesa, pois a redação no idioma nacional é um dos seus
elementos essenciais.
b) A ata notarial é um tipo de documento que declara a existência de fatos e negócios jurídicos, devendo ter
a assinatura de testemunhas que confirmem a veracidade dos fatos.

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c) Ao notário é permitido lavrar atas notariais de seu interesse ou no interesse de seus familiares em linha
reta.
d) A atuação do tabelião na elaboração da ata notarial tem como objetivo convocar o solicitante e as
testemunhas, devendo ouvir suas declarações e as registrar, redigindo o documento conforme seu
entendimento dos fatos.
136. (IESES/TJ-MA - 2016) Assinale a alternativa correta:
a) A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requerimento
do interessado, mediante ata notarial lavrada por tabelião.
b) A ata notarial dispensa a qualificação das partes, pois o ato praticado em cartório tem fé pública.
c) Para lavrar uma ata notarial ou escritura o tabelião deve exigir das partes documentos que comprovem a
existência de direitos que serão citados na ata, devendo ser respeitado o princípio da ampla defesa e do
contraditório.
d) A ata notarial e a escritura pública são documentos semelhantes, com a finalidade de outorgar poderes a
terceiros para pratica de atos jurídicos.
137. (IDECAN/Câmara de Aracruz-ES - 2016) No tocante ao tratamento que o Novo Código de Processo
Civil dá ao tema Ônus da Prova, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) Há previsão expressa de distribuição dinâmica do ônus da prova pelo juiz.
b) Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do
mérito.
c) A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar -lhe-á o teor e a
vigência, se assim o juiz determinar.
d) As partes podem distribuir o ônus da prova de maneira diversa da prevista em lei, desde que a convenção
das partes ocorra antes do processo.
138. (FUNDATEC/Prefeitura de Porto Alegre-RS - 2016) Em relação ao procedimento comum tratado no
Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/15), analise as assertivas a seguir:
I. A audiência de conciliação ou mediação não será realizada somente se ambas as partes expressamente
manifestarem o desinteresse ou quando a causa não admitir autocomposição.
II. Na fase de saneamento e organização do processo, se a causa apresentar complexidade em matéria de
fato ou de direito, deverá o juiz designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as
partes, oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a esclarecer suas alegações.
III. Iniciada a audiência de instrução e julgamento, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente do
emprego anterior de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem.
Quais estão corretas?
a) Apenas II.
b) Apenas III.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

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139. (TRT-4º R/TRT-4ª R - 2016) Assinale a assertiva incorreta sobre processo de conhecimento.
a) Até o trânsito em julgado da ação, poderá o Juiz conhecer de ofício, em qualquer tempo e grau de
jurisdição, a ausência dos pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo,
a existência de perempção, litispendência ou coisa julgada, a ausência de legitimidade ou interesse
processual, bem como a intransmissibilidade da ação, por disposição legal, em caso de morte.
b) A não regularização da representação processual pelo autor, no prazo fixado pelo Juízo de primeiro grau,
acarreta a extinção do processo sem resolução do mérito.
c) São condições da ação, conforme previsão expressa, e, portanto, matéria de ordem pública, sobre as quais
o Juiz deve se pronunciar de ofício, a legitimidade de parte, o interesse processual e a possibilidade jurídica
do pedido.
d) É permitido ao Juiz decidir parcialmente o mérito em julgamento antecipado quando um ou mais pedidos
ou parcela deles se mostrarem incontroversos ou em condições de imediato julgamento, podendo a parte
liquidar ou executar, desde logo, a obrigação parcialmente reconhecida, ainda que existente recurso
interposto.
e) A audiência poderá ser integralmente gravada em imagem e áudio, podendo ser realizada a gravação
diretamente por qualquer das partes, ainda que sem autorização judicial.

140. (FAU/Prefeitura de Piraquara-PR - 2016) Sobre a Exibição de Documento ou Coisa, considere as


seguintes afirmativas:
I - A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o documento ou a coisa se sua publicidade redundar
em desonra à parte ou ao terceiro, bem como a seus parentes consanguíneos ou afins até o terceiro grau,
ou lhes representar perigo de ação penal.
II - Se o terceiro negar a obrigação de exibir ou a posse do documento ou da coisa, o juiz designará audiência
especial, tomando-lhe o depoimento, bem como o das partes e, se necessário, o de testemunhas, e em
seguida proferirá decisão.
III - Se o terceiro negar a obrigação de exibir ou a posse do documento ou da coisa, o juiz designará audiência
especial, tomando-lhe o depoimento, bem como o das partes e, se necessário, o de testemunhas, e em
seguida proferirá decisão.
a) Nenhuma das afirmativas está correta.
b) Todas as afirmativas estão corretas.
c) Estão corretas as afirmativas I e II.
d) Estão corretas as afirmativas I e III.
e) Estão corretas as afirmativas II e III.

141. (MPE-RS/MPE-RS - 2016) Assinale com V (verdadeiro) ou com F (falso) as seguintes afirmações
sobre o tema das provas, segundo o disposto no Código do Processo Civil.
( ) A produção antecipada da prova é da competência do juízo do foro onde esta deva ser produzida ou do
foro de domicílio do autor.
( ) Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre imóveis alheios, a confissão de um
cônjuge ou companheiro não valerá sem a do outro, salvo se o regime de casamento for o de comunhão
universal de bens.

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( ) O juiz não admitirá a recusa de exibição se o documento, por seu conteúdo, for comum às partes.
( ) Fazem a mesma prova que os originais os extratos digitais de bancos de dados públicos e privados, desde
que atestado pelo seu emitente, sob as penas da lei, que as informações conferem com o que consta na
origem.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
a) F – V – V – F.
b) F – V – F – V.
c) V – V – F – F.
d) F – F – V – V.
e) V – F – V – F.

142. (MPE-PR/MPE-PR - 2016) Sobre a disciplina das provas e da sentença no Direito Processual Civil,
como previsto pelo Código de Processo Civil de 2015, assinale a alternativa correta:
a) Os meios de prova admitidos pelo direito processual civil são aqueles previstos expressamente pelo Código
de Processo Civil, sem qualquer exceção;
b) O Código de Processo Civil admite a possibilidade de o magistrado distribuir o ônus da prova de modo
diverso da regra geral, desde que o magistrado o faça no ato da sentença, de forma fundamentada;
c) Quando o documento que se pretende utilizar como prova consistir em reprodução cinematográfica ou
fonográfica, a parte deverá trazê-lo aos autos, devidamente degravados e reduzidos ao formato de termo
escrito;
d) Nos casos considerados de baixa complexidade, o Código de Processo Civil admite que a sentença indique
o ato normativo pertinente, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
e) Não se considera fundamentada a decisão que se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula,
sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta
àqueles fundamentos.
143. (Serctam/Prefeitura de Quixadá-CE - 2016) Marque a alternativa INCORRETA.
a) O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que
considerar adequado, observado o contraditório.
b) Pelo princípio do autorregramento da vontade, se as partes decidirem que uma prova não deve ser
produzida, ela não será e o juiz não pode se opor à decisão das partes.
c) As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que
não especificados no CPC, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir
eficazmente na convicção do juiz.
d) Segundo a teoria da carga probatória dinâmica feita pelo juiz, compete ao autor provar fato constitutivo
de seu direito e ao réu, a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, podendo
haver redistribuição do ônus da prova pelas partes.
e) O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido,
indicando na decisão as razões da formação de seu convencimento, podendo valorar prova que não foi
objeto de contraditório.

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144. (TRT 4º Região - 2016) Assinale a assertiva correta sobre prova.


a) É possível a inversão do ônus da prova por convenção das partes em qualquer circunstância, devendo o
Juiz fundamentar decisão contrária à disposição convencionada.
b) Consiste a confissão no reconhecimento do fato em que se funda o direito do autor. A confissão de um
fato equivale, em termos de efeitos jurídicos, ao reconhecimento jurídico do pedido, conduzindo
necessariamente à procedência da pretensão da parte adversa.
c) Para que a confissão extrajudicial gere efeitos no processo, deverá ser renovada em seus termos perante
o Juiz da causa.
d) Exceto na hipótese de sigilo profissional, é vedado à parte ou a terceiro se escusarem de exibir, em Juízo,
documento ou coisa, quando instados a fazê-lo pelo Julgador, hipótese em que este deverá adotar medidas
coercitivas para efetivar a exibição, a exemplo de imposição de multa por atraso e busca e apreensão.
e) O Juiz pode determinar, de ofício, ainda que com oposição das partes, a realização das provas que
entender necessárias à solução do litígio.

145. (FUNRIO/Prefeitura de Itupeva-SP - 2016) Ao instituir modificações na estruturação das provas o


Código de Processo Civil de 2015 estabeleceu, dentre outras inovações a:
a) teoria dinâmica do ônus da prova
b) determinação de prova por decisão ex officio do magistrado
c) apresentação ilimitada de testemunhas
d) adoção de prova documental
e) previsão de arguição de falsidade.

146. (MPDFT/MPDFT - 2015) O novo Código de Processo Civil, aprovado pela Lei 13.105/2015
(CPC/2015), entrará em vigor a contar de um ano de sua publicação oficial, em substituição ao CPC/1973.
Sobre a aplicação do novo diploma processual, julgue os itens a seguir:
I. A prova requerida no processo antes da vigência do novo código, isto é sob as regras legislativas do
CPC/1973, ao ser produzida na vigência do CPC/2015, regular-se-á pelo novo diploma legal.
II. A contagem de prazos processuais em dias úteis, não mais em dias contínuos, estabelecida pelo CPC/2015,
incidirá nos prazos que iniciarão contagem a partir da vigência do CPC/2015.
III. Ao entrar em vigor, o CPC/2015 será aplicado aos processos que se iniciarem sob a sua égide, mantendo-
se o CPC/1973 para reger todos os processos iniciados em data anterior à vigência do novo código
IV. Os atos processuais praticados sob a vigência do CPC/1973, em processos não sentenciados, por exemplo,
a citação de empresas públicas e privadas, não serão renovados devido à vigência da nova disciplina
processual do CPC/2015.
V. A norma processual do CPC/2015 não retroagirá e será aplicada imediatamente aos processos em curso,
respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência do CPC/1973.
Assinale a alternativa que contém os itens CORRETOS:
a) I, II e IV.
b) III, IV e V.

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c) I, III e IV.
d) II, IV e V.
e) I, IV e V.
147. (FMP-RS/TJ-MT - 2014) Sobre o direito probatório no processo civil, é correto afirmar que
a) não vige, no direito brasileiro, a regra da atipicidade dos meios de prova.
b) não vige, no processo civil, a regra da comunhão da prova.
c) vige, entre nós, a teoria da distribuição fixa do ônus da prova, que pode, contudo, ser invertida e
dinamizada, conforme o caso.
d) vige, entre nós, a teoria das normas que distribui o ônus da prova de acordo com a capacidade de provar
de cada uma das partes.
e) Nenhuma das alternativas está correta.

148. (UFMT/DPE-MT - 2016) Em relação às provas no Código de Processo Civil (CPC/2015), assinale a
afirmativa correta.
a) O Código de Processo Civil consagrou a posição jurisprudencial, adotada pelo Superior Tribunal de Justiça,
segundo a qual o ônus da prova é regra de julgamento.
b) A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que o prévio conhecimento dos fatos possa
justificar ou evitar o ajuizamento de ação.
c) A prova exclusivamente testemunhal só se admite nos contratos cujo valor não exceda o décuplo do maior
salário mínimo vigente no país, ao tempo em que foram celebrados.
d) A produção antecipada da prova previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.
e) Ao juiz incumbe-lhe determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las
sobre os fatos da causa; havendo silêncio ou recusa em depor, incidirá a pena de confesso.

149. (QFAURGS/TJ-RS - 2016) Na vigência do Novo Código de Processo Civil, instituído pela Lei nº
13.105/2015, Gabriel propõe ação de produção antecipada de prova pericial em face da Construtora
Macondo S/A. Alega, basicamente, em petição inicial, que preenche os requisitos legais e que a prova,
caso produzida, terá o condão de viabilizar a autocomposição das partes. Nesse caso, é correto afirmar
que a produção
a) deverá ser indeferida, uma vez que a justificativa de Gabriel não demonstra perigo de que venha a se
tornar impossível a verificação dos fatos.
b) deverá ser indeferida, uma vez que a medida judicial em questão só pode ser utilizada para produção de
prova oral.
c) deverá ser deferida, e, caso Gabriel queira propor ação indenizatória posteriormente, o juízo da ação de
produção antecipada já estará prevento para julgar a nova ação.
d) deverá ser deferida, e, havendo caráter contencioso, deverá o juiz determinar, inclusive de ofício, a citação
de interessados na produção da prova.
e) deverá ser indeferida, uma vez que o direito à prova encontra óbice no direito à livre iniciativa da parte
contrária.

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150. (IESES/BAHIAGÁS - 2016) No tocante às provas a serem produzidas inovou o CPC. Assinale a
alternativa INCORRETA, dentre as elencadas.
a) O CPC em seu art. 439 dispõe que “a utilização de documentos eletrônicos no processo convencional
dependerá de sua conversão à forma impressa e de verificação de sua autenticidade, na forma da lei”
b) No artigo 381, incisos II e III do CPC há duas previsões específicas, que estabelecem a possibilidade de se
pedir, no Judiciário, a produção antecipada de prova para os casos em que a prova a ser produzida seja
suscetível de viabilizar a auto composição ou outro meio adequado de solução de conflito; ou o prévio
conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.
c) No Novo CPC, os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os órgãos técnicos
ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado.
Permanece a regra de que na localidade onde não houver inscrito no cadastro disponibilizado pelo tribunal,
a nomeação do perito é de livre escolha pelo juiz e deverá recair sobre profissional ou órgão técnico ou
científico detentor do conhecimento necessário à realização da perícia.
d) O CPC inovou, trazendo tópicos importantes: arguição de falsidade documental; juntada de documentos
novos no processo e utilização de documentos eletrônicos. Desses o talvez seja o mais importante o do Art.
435, que permite juntar aos autos documento novos em qualquer momento do processo. É lícito às partes,
em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois
dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos.
e) O artigo 372 do CPC: “O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-
lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório”. Trata-se de norma sem correspondência
no atual CPC.

151. (TRF - 4ª REGIÃO - 2016) Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta.
Considerando as regras do Código de Processo Civil de 2015:
I. É possível sentença de mérito que resolva parcialmente a lide, prosseguindo o processo quanto à parcela
não resolvida, sendo a decisão impugnável por agravo de instrumento.
II. O rol de testemunhas deve ser apresentado no prazo de 15 dias da decisão de saneamento, se escrita, ou
na própria solenidade, se o saneamento for em audiência.
III. O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pelo Ministério Público caso seu representante,
injustificadamente, não compareça à audiência de instrução.
IV. A distribuição do ônus da prova é dinâmica, fixada em princípio no próprio Código, mas podendo ser
alterada pelo juiz diante de peculiaridades da causa relacionadas à excessiva dificuldade de cumprir o
encargo segundo a regra geral.
a) Estão corretas apenas as assertivas I e III.
b) Estão corretas apenas as assertivas II e III.
c) Estão corretas apenas as assertivas I, II e IV.
d) Estão corretas todas as assertivas.
e) Nenhuma assertiva está correta.

152. (FAURGS/TJ-RS - 2016) Na vigência do Novo Código de Processo Civil, instituído pela Lei nº
13.105/2015, Fernando propõe ação de exibição de documentos em face de Álvaro. Álvaro contesta a

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ação, apresentando justificativa para não exibir. O juiz julga ilegítima a justificativa de Álvaro, por
considerar que o réu possui o documento, que tem dever legal de exibi-lo e que o documento em questão
é comum às partes e necessário para a instrução do feito. Nesse caso, é correto afirmar que, em tese,
a) o juiz não poderia admitir como verdadeiros os fatos que, por meio do documento, Fernando pretendia
provar.
b) o juiz poderia determinar busca e apreensão do documento, mas não poderia utilizar medidas coercitivas,
como a multa diária, para constranger Álvaro a exibi-lo.
c) o juiz poderia adotar medidas como multa diária, busca e apreensão e restrição ao exercício de direitos,
para fazer com que o documento seja levado a juízo.
d) o juiz só poderia presumir a veracidade de fatos que não pudessem ser provados por outros meios de
prova, como a prova pericial, a testemunhal ou a ata notarial.
e) o juiz deveria ter determinado a exibição do documento, ainda que Álvaro tivesse comprovado que a
apresentação do documento violasse dever seu de honra.

153. (IESES/TJ-PA - 2016) Indique a alternativa INCORRETA:


a) O juízo de valores sobre fatos escapa ao alcance da ata notarial.
b) O instrumento notarial se presta a prevenir litígios e a abreviá-los, diante da qualidade da prova que
constituem.
c) O controle da lavratura da ata notarial é exclusivo do notário, por se tratar de ato unilateral de sua
exclusiva competência, sem que o requerente possa contestar ou refutar o que nela constar.
d) O tabelião deve fazer um juízo de valor sobre os fatos por ele percebidos antes da lavratura da ata notarial.
154. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS - 2015) No depoimento pessoal das partes, nos termos do Código de
Processo Civil, a parte não poderá servir-se de
a) consultas breves
b) processos mnemônicos
c) recordações longevas
d) escritos adrede preparados
e) indicações de datas

155. (TRF - 4ª REGIÃO - 2014) Assinale a alternativa correta.


a) A parte, no depoimento pessoal, responderá pessoalmente sobre os fatos articulados, podendo, no
entanto, servir-se de escritos anteriormente preparados.
b) A confissão espontânea é ato personalíssimo da parte, não podendo ser efetuada por mandatário.
c) A ação para anular confissão é transmissível aos herdeiros, ainda que não iniciada em vida do confitente.
d) Nas ações que versarem sobre direitos sobre imóveis alheios, a confissão de um cônjuge não valerá sem
a do outro.
e) Todas as alternativas anteriores estão incorretas.

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156. (FAURGS/TJ-RS - 2012) Assinale a alternativa correta sobre o regime da prova no Código de
Processo Civil.
a) No depoimento pessoal, não é permitido à parte servir-se de notas breves para completar
esclarecimentos.
b) A parte não é obrigada a depor sobre fatos criminosos ou torpes que lhe forem imputados.
c) Não se admite confissão espontânea feita a mandatário, mesmo que com poderes especiais.
d) A confissão extrajudicial, quando feita oralmente, terá eficácia inclusive nos casos em que a lei exija prova
literal.
e) A confissão é irrevogável e não poderá ser anulada se colhida em juízo.
157. (IADES/ApexBrasil - 2018) Quanto à teoria geral da prova, assinale a alternativa correta.
a) As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda
que não especificados no Código de Processo Civil, para provar a verdade dos fatos.
b) O juiz não poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, sob pena de ofensa ao
princípio do contraditório.
c) A alegação de direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário independe de prova, tendo em
vista o princípio de que o juiz conhece o direito (iura novit curia).
d) O juiz não poderá determinar, de ofício, as provas necessárias ao julgamento do mérito, em atenção ao
princípio da inércia da jurisdição.
e) O princípio que veda a produção de provas contra si não se aplica ao processo civil, sendo tal princípio
garantido às partes somente no processo penal.

158. (FUNDEP/Pref Pará de MG - 2018) Analise as seguintes afirmativas sobre as provas no processo
civil e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas.
( ) Poderá a testemunha requerer ao juiz o pagamento da despesa que efetuou para comparecimento à
audiência, situação na qual a parte que a arrolou pagará logo que arbitrado o valor ou depositará em cartório
no prazo de três dias.
( ) Quando autor e réu forem intimados para depor pessoalmente e comparecerem à audiência, o autor será
ouvido antes, devendo o réu se ausentar da sala de audiência. Após o depoimento do autor, será realizado
o depoimento do réu, não havendo necessidade de o autor se retirar da sala de audiências.
( ) A presunção de veracidade do documento público atinge tanto os fatos que tenham ocorrido na presença
do oficial público, quanto os fatos trazidos ao seu conhecimento pelas partes.
( ) O perito pode escusar-se da tarefa que lhe foi outorgada de realizar uma perícia, devendo a escusa ser
apresentada dentro de quinze dias da intimação ou do impedimento superveniente, de forma que decorrido
o prazo sem a manifestação do perito não mais poderá este requerer sua dispensa em razão do fenômeno
da preclusão temporal.
Assinale a sequência CORRETA.
a) V F F V
b) V F F F
c) F V V F

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d) V V F V

GABARITO
1. C 43. D 85. A
2. E 44. A 86. E
3. C 45. D 87. D
4. C 46. C 88. C
5. C 47. CORRETA 89. D
6. A 48. E 90. A
7. D 49. C 91. C
8. D 50. CORRETA 92. E
9. D 51. CORRETA 93. A
10. E 52. C 94. B
11. A 53. B 95. D
12. E 54. A 96. B
13. D 55. E 97. E
14. A 56. B 98. B
15. E 57. INCORRETA 99. D
16. C 58. CORRETA 100. B
17. C 59. INCORRETA 101. C
18. A 60. CORRETA 102. C
19. B 61. B 103. C
20. C 62. INCORRETA 104. C
21. C 63. CORRETA 105. A
22. A 64. CORRETA 106. A
23. D 65. CORRETA 107. E
24. A 66. CORRETA 108. D
25. D 67. D 109. D
26. E 68. INCORRETA 110. B
27. B 69. CORRETA 111. D
28. A 70. B 112. A
29. D 71. D 113. D
30. C 72. A 114. A
31. D 73. C 115. B
32. E 74. B 116. A
33. C 75. C 117. A
34. E 76. E 118. C
35. B 77. C 119. C
36. E 78. D 120. C
37. B 79. D 121. B
38. D 80. A 122. E
39. A 81. A 123. E
40. A 82. D 124. D
41. A 83. D 125. D
42. A 84. D 126. B

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127. A
128. E
129. B
130. C
131. E
132. A
133. B
134. C
135. A
136. A
137. D
138. E
139. C
140. B
141. D
142. E
143. E
144. E
145. A
146. D
147. C
148. B
149. D
150. D
151. D
152. C
153. D
154. D
155. D
156. B
157. A
158. D

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