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REGRAS DE FORMATAÇÃO – ARTIGO CIENTÍFICO

Nos termos do Regulamento TC(C), o Trabalho de Curso (TC) deve


ser elaborado no formato artigo científico, segundo as normas da ABNT, e
conter entre 15 e 30 páginas de elementos textuais (introdução,
desenvolvimento e conclusão).
Segue breve resumo para auxiliá-los na formatação do trabalho.

1) ESTRUTURA E APRESENTAÇÃO DO TRABALHO


• Elementos pré-textuais: Título e subtítulo do artigo; Autor (breve
currículo em nota de rodapé indicado por asterisco); Resumo; Palavras-
chave; Sumário
• Elementos textuais: Introdução; Desenvolvimento; Conclusão
• Elementos pós-textuais: Referências; Apêndice e Anexo (opcionais);
Notas explicativas (opcional)

1.1. Elementos pré textuais1


 Capa e contracapa (modelos anexos)
 Título e Subtítulo (opcional): O título deve estar na primeira página do
artigo. Quando escrito em conjunto com o subtítulo, estes devem ser
diferenciados tipograficamente ou separado por dois pontos (:). Deve
estar no mesmo idioma do texto central do documento.
 Autor: deve conter os elementos mínimos e indicação do autor, com
breve currículo em nota de rodapé indicado por asterisco.
 Resumo: Elemento obrigatório. Deve ser feito com uma sequência de
frases concisas e objetivas e conter no máximo 250 palavras.
 Palavras-chave na língua do texto. Devem figurar logo abaixo do
resumo e é elemento obrigatório. São precedidas da expressão
“Palavras-chave:” e separadas por ponto e vírgula (;).
Exemplo: Palavras-chave: Direito Civil; Sucessões; Partilha.
 Sumário: O sumário constitui-se no roteiro do artigo e é um elemento
obrigatório; deve ser elaborado, ainda que provisoriamente, antes de se

1
Exemplo ao final do arquivo, anexo 1.
iniciar a escritura do desenvolvimento. Assim, feito o pré-projeto (matriz),
o aluno deve construir o sumário que vai indicar as partes (seções) do
artigo e ser elaborado sob a forma de texto corrido. Sua elaboração
precede a redação do artigo e tem a função de proporcionar uma visão
de conjunto de todo o trabalho, indicando a ordenação sequencial dos
assuntos desenvolvidos.
Deve estar na mesma folha do título, autor, resumo e palavras chaves.

1.2. Elementos textuais:


 Introdução. É porta de entrada para o leitor que se interessou pelo
artigo científico. Deve conter as seguintes funções e objetivos:
apresentar o contexto no qual será discutido no artigo; descrever a
proposta do trabalho; descrever o problema que tentará solucionar ou
a abordagem utilizada; se possível, colocar no último parágrafo da
introdução um breve resumo dos tópicos que serão desenvolvidos no
restante do artigo.
 Desenvolvimento. É considerada a parte principal do artigo científico.
Tem uma exposição ordenada do assunto abordado. Deve ser dividido
em seções e subseções, as quais dependem do tema e do método de
pesquisa utilizado.
 Conclusão. Parte final do artigo, apresenta os achados e conclusões
a respeito das questões de pesquisa e hipóteses. É possível descrever
as limitações do trabalho e mostrar necessidades para novas
pesquisas.

1.3. Elementos pós textuais:


 Referências. Elemento obrigatório que segue as regras
estabelecidas pela NBR 6023. Deve obedecer ao sistema autor data.
Isto é, as referências são listadas em ordem alfabética, iniciando com
o sobrenome do autor da obra. Quando citadas ao longo do texto,
deve-se utilizar o sobrenome, nome do autor e ano de publicação.
Para mais detalhes sobre citação, veja nossos vídeos: formatando
automaticamente as citações ABNT
 Apêndice e anexos (opcionais)
 Notas explicativas (opcional)

2) FONTE: Arial ou Times New Roman.


2.1. Tamanho:
 Título - 14 pt
 Subtítulos e corpo do texto - 12 pt
 Resumo - 11 pt
 Tabelas e figuras (legendas): 10 pt
 Citações com mais de três linhas - 10 pt, com recuo de 4 cm da
margem esquerda
 Títulos das seções: os títulos das seções do trabalho devem ser
posicionados à esquerda, em negrito, numerados com algarismos
arábicos (1, 2, 3 etc.). Deve-se utilizar texto com fonte Arial, tamanho
14, em negrito. O título da primeira seção deve ser escrito em caixa
alta.
 Subtítulos das seções: os subtítulos das seções do trabalho devem
ser posicionado à esquerda, em negrito, numerados com algarismos
arábicos (2.1; 2.2 ou 2.1.1, 2.1.2). Dever-se utilizar texto fonte Arial,
tamanho 12, em negrito. Os subtítulos devem ser escritos com a
primeira letra maiúscula e as demais minúsculas.

2.2. Margens:
 Para Margem superior: 3,0cm
 Para Margem direita: 2,0cm
 Para Margem inferior: 2,0cm
 Para Margem esquerda: 3,0cm

 Incluir número de páginas (com exceção da primeira) na margem superior, à


direita.

2.3. Espaçamento: O texto deve ser digitado com espaçamento entre linhas de
1.5, com exceção das citações diretas com mais de três linhas, notas de
rodapé, referências, legendas das ilustrações e das tabelas, que devem ser
digitados em espaçamento entre linhas simples.

O espaço entre o título das seções primárias e o primeiro parágrafo deve


ser de uma linha em branco de 1,5. No caso dos títulos das subseções, os
mesmos também devem ser separados com uma linha em branco de 1,5
após o parágrafo anterior e antes do próximo parágrafo.

3) CITAÇÃO e REFERÊNCIA:
Citação é a menção, no texto, de uma informação extraída de outra fonte, de um
documento (dar o devido crédito ao autor da ideia). Podemos fazer citação direta
e/ou citação indireta.
Exemplos, a seguir, utilizando o método de citação no corpo do texto:

3.1. Citação direta com mais de 3 linhas


Utilizada quando você transcrever parte do texto de uma obra de um
determinado autor consultado por você. Coloque o conteúdo em um novo
parágrafo com um recuo de 4cm da margem esquerda do texto.
O tamanho da fonte da citação deve ser menor que a fonte do texto principal (ex.
fonte n.º 11) e sem as aspas. Exemplo:

3.2. Citação direta de até 3 linhas


No caso de citação direta, usar aspas duplas e fazer uma citação para identificar
de onde o trecho foi retirado. Veja no exemplo:
3.3. Citação da citação
Quando você faz a citação direta ou indireta de um texto que você não teve
acesso direto ao conteúdo original. Citações e Referências ABNT: cf, apud, et
al., et seq., idem ou id., ibid, op. cit., passim, loc. cit.

3.4. REFERÊNCIAS:
Toda vez que citamos, direta ou indiretamente um texto, devemos informar a
referência, ou seja, de onde foi extraído. Essa referência pode ser feita:
1) no próprio corpo do texto (sistema autor, data) ou
2) por nota de rodapé

Importante: ESCOLHER UMA ÚNICA FORMA DE REFERÊNCIA (autor data


no corpo do texto e ao final uma página com título de "Referências".
Nota de rodapé é só EXPLICATIVA, não pode ser utilizada para referenciar
citações.

Exemplo de nota de rodapé:


As notas de rodapé devem obedecer às margens indicadas previamente. São
separadas do texto por um espaço simples e por um filete de 3cm, a partir da
margem esquerda.

Devem utilizar fonte menor do que a fonte do texto. Recomenda-se fonte n. 10.
No caso de utilizar referência completa da citação na nota de rodapé, POR
ORDEM EXPRESSA DO(A) ORIENTADOR(A), esta deve conter todas as
informações da obra citada, conforme exemplo abaixo:

1 MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 27. ed. São Paulo:

Malheiros, 2010. p. 29.


MODELO CAPA E CONTRACAPA

FACULDADE ESTÁCIO DO PARÁ


CURSO DE DIREITO

TÍTULO DO TRABALHO, EM NEGRITO E FONTE 14,


CENTRALIZADO
NOME COMPLETO DO ALUNO

Belém/PA
2022
NOME COMPLETO DO ALUNO

TÍTULO DO TRABALHO, EM NEGRITO E FONTE 14,


CENTRALIZADO

Artigo Científico apresentado à


Faculdade Estácio do Pará - FAP, Curso
de Direito, como requisito parcial para a
obtenção do grau de Bacharel em
Direito.

Orientador: nome do orientador

Belém/PA
Estácio-FAP
2022
Modelo de um artigo com TÍTULO; RESUMO; PALAVRAS CHAVES; SUMÁRIO e com
referência por nota de rodapé.

A DISTRIBUIÇÃO DINÂMICA DO ÔNUS DA PROVA NO CPC

Nome completo do discente1

RESUMO: O presente artigo aborda as inovações trazidas pelo Código de Processo Civil de 2015
nas regras de distribuição do ônus da prova, explicitando a autorização legal para a distribuição
dinâmica desse ônus, quando presentes os requisitos.

PALAVRAS-CHAVE: Ônus da prova. Distribuição dinâmica. Processo civil.

SUMÁRIO: INTRODUÇÃO. 1. O QUE É A DISTRIBUIÇÃO DINÂMICA DO ÔNUS DA


PROVA E QUAIS SEUS FUNDAMENTOS. 1.A. Ônus da prova no aspecto objetivo e aspecto
subjetivo. Ou: regra de julgamento e regra de atividade. 1.B. Fundamentos da dinamização do
ônus da prova.2. EVOLUÇÃO LEGISLATIVA ATÉ A POSITIVAÇÃO DA TÉCNICA NO
CPC-2015. 3. CARACTERÍSTICAS DA DINAMIZAÇÃO DO ÔNUS DA PROVA NO CPC-
2015. 3.A. Deve haver uma regra geral. 3.B. Momento processual adequado. 3.C. A quem deve
ser imputado o ônus de provar. Que situações autorizam a alteração da regra geral. 3.D. Limite à
dinamização. A prova diabólica reversa. 3.E. Hipossuficiência econômica: autoriza a modificação
do ônus de provar? CONCLUSÃO.

INTRODUÇÃO

Aprovado o novo Código de Processo Civil, doravante designado CPC-2015,


é tempo de apresentar definitivamente as novidades e mudanças introduzidas pela novel
legislação. E dentre elas está a autorização para a distribuição dinâmica do ônus da prova
pelo juiz, objeto do presente ensaio2-3. O objetivo do presente texto é, então, apresentar a
técnica a partir de uma abordagem que demonstre a evolução dela em nosso ordenamento,
até chegar na sua positivação na nova legislação processual. Quer-se enfatizar o caminho

1
Acadêmico(a) do x semestre do Curso de Direito da Faculdade Estácio do Pará.

2
O presente trabalho tem por base a análise que fazemos da técnica na obra A dinamização do ônus da prova
nas ações ambientais. Curitiba: Juruá, 2015 (no prelo), onde analisamos a distribuição dinâmica do ônus
da prova com mais vagar e profundidade.
3
Não será objeto de análise nesta sede a possibilidade de distribuição do ônus da prova pelas partes (art. 373,
§ 3º, CPC-2015). Deter-nos-emos apenas na distribuição feita pelo juiz.
das partes e do direito material, poderia resultar em “violação oculta à garantia de acesso
à justiça”.12-13
E como leciona Alvaro de Oliveira, “servindo o processo para a realização do
direito material, não pode a lei processual estabelecer regulação que, por motivos
meramente processuais, ponha em perigo, com risco até de eliminá-la, a igualdade
jurídica assegurada na norma material”.14
Nesse contexto, de inadequação da legislação processual a uma parcela de
litígios, e de necessidade de conformação da legislação infraconstitucional aos direitos e
garantias constitucionais, nasceu no CPC-2015 a técnica processual da dinamização do
onus probandi, que será adiante apresentada e analisada15.
Ressalta-se, desde logo, a manutenção, pelo legislador reformador, da
distribuição legal-estática do ônus da prova como regra geral, pela qual, assim como na
legislação anterior, compete a cada parte fornecer os elementos de prova das alegações
de fato que fizer (art. 373 CPC-2015). Essa regra é adequada para a maioria dos litígios,
sendo apenas excepcional a necessidade de distribuição diversa (dinâmica, pelo
magistrado) do ônus. Tal observação não pode passar despercebida e impõe-se desde já
ressaltar que é orientação adequada ao sistema: a regra geral deve ser segura, legal e
estática, alterando-se quando se fizer necessário dadas as características do litígio.

1. O QUE É A DISTRIBUIÇÃO DINÂMICA DO ÔNUS DA PROVA E QUAIS


SEUS FUNDAMENTOS.
A teoria da distribuição dinâmica do ônus da prova nasceu da necessidade de
conformar a legislação processual aos mandamentos constitucionais, especialmente aos

12
Expressão cunhada por KNIJINIK, Danilo. A prova nos juízos cível, penal e tributário. Rio de Janeiro:
Forense, 2007. p. 173.
Para exemplos de casos em que a aplicação da regra do art. 333 do CPC se mostra inadequada, ver LOPES,
João Batista. Ônus da prova e teoria das cargas dinâmicas no novo Código de Processo Civil. Revista de
Processo, São Paulo: RT, n. 204, fev. 2012.
13
Nesse contexto, podem-se utilizar as lições do festejado constitucionalista português J. J. Gomes Canotilho,
para quem: “Compreende-se que, quando a medida justa da distribuição do ônus da prova é fundamental
para a garantia de um direito, se devam evitar teorias abstractas e apriorísticas (como a já referida de
Rosenberg) e se imponham soluções probatórias não aniquiladoras da própria concretização de direitos,
liberdades e garantias” (CANOTILHO, José Joaquim Gomes. O ônus da prova da jurisdição das liberdades.
Para uma teoria constitucional da prova. Estudos sobre direitos fundamentais. Coimbra: Coimbra Ed., p.
175).
14
OLIVEIRA, Carlos Alberto Alvaro de. Do formalismo no processo civil: proposta de um formalismo-
valorativo cit., p. 99-100.
15
Defendemos que dadas as referidas inadequações da distribuição estática do ônus da prova ao cenário
constitucional, a aplicação do ônus dinâmico já era possível antes da alteração da legislação processual,
fundada nos princípios do acesso à justiça, devido processo legal, direito à prova, igualdade e cooperação.
Sua característica mais marcante é a inserção do juiz como sujeito do
contraditório, que além de ter poderes de instrução do feito, tem deveres de cooperação
para com as partes49, ora destacando-se o dever de auxílio, consistente em “auxiliar as
partes na remoção das dificuldades ao exercício dos seus direitos ou faculdades ou do
cumprimento de ônus ou deveres processuais”50. Havendo impossibilidade ou dificuldade
excessiva para uma parte produzir determinada prova, e tendo a outra parte maior
facilidade, deve o juiz, em cooperação com as partes na instrução probatória, auxiliar na
remoção da dificuldade, transferindo o ônus para a parte detentora de melhores condições
na produção da prova.
Eis, sinteticamente, os fundamentos da dinamização do ônus da prova, que
balizam toda a compreensão da técnica e seu alcance.

2. EVOLUÇÃO LEGISLATIVA ATÉ A POSITIVAÇÃO DA TÉCNICA NO CPC-


2015.
Já se anunciou, acima, entender-se relevante, nesta oportunidade, apresentar
a técnica de dinamização do ônus da prova não só em seu conteúdo (em oposição à regra
estática), mas igualmente compreender a evolução do tema nas leis, doutrina e
jurisprudência, para tentar fornecer substrato ao intérprete do CPC-2015 sobre qual a
posição do instituto e como melhor aplica-lo.
Sendo assim, debate-se neste item a evolução legislativa, buscando mostrar
nas normas processuais brasileiras como o regra estática foi sendo aos poucos questionada
e, mais recentemente, como diversos Projetos de Lei já previam a dinamização que veio
a ser abraçada pelo CPC-2015. Por essas razões, adiante serão descritas aquelas
proposições legislativas entendidas como mais relevantes para demonstrar o crescimento,
em quantidade e qualidade, dos debates sobre o tema.
Vislumbrando e reconhecendo a utilidade e adequação da distribuição
dinâmica do ônus da prova em nosso ordenamento como instrumento de otimização da
instrução, foram elaborados projetos de lei trazendo a técnica processual em seu bojo: são
eles o PL 5.139/2009 (nova Lei da Ação Civil Pública), o PL 282/2012 (projeto de

49
SOUSA, Miguel Teixeira de. Aspectos do novo processo civil português. Revista Forense, Rio de Janeiro,
v. 338, p. 151, 1997.
50
MITIDIERO, Daniel. Colaboração no processo civil: pressupostos sociais, lógicos e éticos. 2. ed. rev.
atual. e ampl. São Paulo: RT, 2011, p. 141-142.
Então, é necessário repisar a doutrina já mencionada acima de Carlos Alberto
de Salles: “essa quebra da simetria entre as partes não tem a ver com a situação econômica
das partes, podendo ser verificada mesmo em relação à partes em situação econômica
bastante similar”.114
Assim, há de concluir que a hipossuficiência econômica não é fator relevante
para a decisão sobre a modificação do ônus de provar. São questões distintas e
juridicamente independentes, e assim devem ser tratadas.
Daí então, finalmente, questionar: sobre o tema, como se posicionou o CPC-
2015? Não há qualquer referência da novel legislação processual sobre o tema, não
obstante houvesse referência expressa nesse sentindo na versão do projeto inicialmente
provada Senado115. A Lei ignorou tais considerações, o que deve receber críticas, pois
cientes de que existem grandes debates sobre o tema116, a ausência de posição específica
do CPC-2015 abre espaço para a sequência de insegurança jurídica, o que merece
reprovação.

CONCLUSÃO
Objetivou-se com o presente trabalho transmitir uma visão geral acerca da
técnica da dinamização do ônus da prova, relevando a evolução que o tema teve em nosso
ordenamento até desembocar em sua positivação no CPC-2015, pontuando pontos
negativos e positivos da redação legislativa, seus fundamentos, características e limites,
esperando, com isso, ter contribuído para o debate da matéria.

REFERÊNCIAS EM ORDEM ALFABÉTICA

ALBANESSE, Carlos Alberto de. Processos coletivos e prova: transformações conceituais, direito à prova e
ônus da prova. In: MILARÉ, Edis (Coord.). A ação civil pública após 25 anos cit., p. 154-155.

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