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Exemplo ao final do arquivo, anexo 1.
iniciar a escritura do desenvolvimento. Assim, feito o pré-projeto (matriz),
o aluno deve construir o sumário que vai indicar as partes (seções) do
artigo e ser elaborado sob a forma de texto corrido. Sua elaboração
precede a redação do artigo e tem a função de proporcionar uma visão
de conjunto de todo o trabalho, indicando a ordenação sequencial dos
assuntos desenvolvidos.
Deve estar na mesma folha do título, autor, resumo e palavras chaves.
2.2. Margens:
Para Margem superior: 3,0cm
Para Margem direita: 2,0cm
Para Margem inferior: 2,0cm
Para Margem esquerda: 3,0cm
2.3. Espaçamento: O texto deve ser digitado com espaçamento entre linhas de
1.5, com exceção das citações diretas com mais de três linhas, notas de
rodapé, referências, legendas das ilustrações e das tabelas, que devem ser
digitados em espaçamento entre linhas simples.
3) CITAÇÃO e REFERÊNCIA:
Citação é a menção, no texto, de uma informação extraída de outra fonte, de um
documento (dar o devido crédito ao autor da ideia). Podemos fazer citação direta
e/ou citação indireta.
Exemplos, a seguir, utilizando o método de citação no corpo do texto:
3.4. REFERÊNCIAS:
Toda vez que citamos, direta ou indiretamente um texto, devemos informar a
referência, ou seja, de onde foi extraído. Essa referência pode ser feita:
1) no próprio corpo do texto (sistema autor, data) ou
2) por nota de rodapé
Devem utilizar fonte menor do que a fonte do texto. Recomenda-se fonte n. 10.
No caso de utilizar referência completa da citação na nota de rodapé, POR
ORDEM EXPRESSA DO(A) ORIENTADOR(A), esta deve conter todas as
informações da obra citada, conforme exemplo abaixo:
1 MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 27. ed. São Paulo:
Belém/PA
2022
NOME COMPLETO DO ALUNO
Belém/PA
Estácio-FAP
2022
Modelo de um artigo com TÍTULO; RESUMO; PALAVRAS CHAVES; SUMÁRIO e com
referência por nota de rodapé.
RESUMO: O presente artigo aborda as inovações trazidas pelo Código de Processo Civil de 2015
nas regras de distribuição do ônus da prova, explicitando a autorização legal para a distribuição
dinâmica desse ônus, quando presentes os requisitos.
INTRODUÇÃO
1
Acadêmico(a) do x semestre do Curso de Direito da Faculdade Estácio do Pará.
2
O presente trabalho tem por base a análise que fazemos da técnica na obra A dinamização do ônus da prova
nas ações ambientais. Curitiba: Juruá, 2015 (no prelo), onde analisamos a distribuição dinâmica do ônus
da prova com mais vagar e profundidade.
3
Não será objeto de análise nesta sede a possibilidade de distribuição do ônus da prova pelas partes (art. 373,
§ 3º, CPC-2015). Deter-nos-emos apenas na distribuição feita pelo juiz.
das partes e do direito material, poderia resultar em “violação oculta à garantia de acesso
à justiça”.12-13
E como leciona Alvaro de Oliveira, “servindo o processo para a realização do
direito material, não pode a lei processual estabelecer regulação que, por motivos
meramente processuais, ponha em perigo, com risco até de eliminá-la, a igualdade
jurídica assegurada na norma material”.14
Nesse contexto, de inadequação da legislação processual a uma parcela de
litígios, e de necessidade de conformação da legislação infraconstitucional aos direitos e
garantias constitucionais, nasceu no CPC-2015 a técnica processual da dinamização do
onus probandi, que será adiante apresentada e analisada15.
Ressalta-se, desde logo, a manutenção, pelo legislador reformador, da
distribuição legal-estática do ônus da prova como regra geral, pela qual, assim como na
legislação anterior, compete a cada parte fornecer os elementos de prova das alegações
de fato que fizer (art. 373 CPC-2015). Essa regra é adequada para a maioria dos litígios,
sendo apenas excepcional a necessidade de distribuição diversa (dinâmica, pelo
magistrado) do ônus. Tal observação não pode passar despercebida e impõe-se desde já
ressaltar que é orientação adequada ao sistema: a regra geral deve ser segura, legal e
estática, alterando-se quando se fizer necessário dadas as características do litígio.
12
Expressão cunhada por KNIJINIK, Danilo. A prova nos juízos cível, penal e tributário. Rio de Janeiro:
Forense, 2007. p. 173.
Para exemplos de casos em que a aplicação da regra do art. 333 do CPC se mostra inadequada, ver LOPES,
João Batista. Ônus da prova e teoria das cargas dinâmicas no novo Código de Processo Civil. Revista de
Processo, São Paulo: RT, n. 204, fev. 2012.
13
Nesse contexto, podem-se utilizar as lições do festejado constitucionalista português J. J. Gomes Canotilho,
para quem: “Compreende-se que, quando a medida justa da distribuição do ônus da prova é fundamental
para a garantia de um direito, se devam evitar teorias abstractas e apriorísticas (como a já referida de
Rosenberg) e se imponham soluções probatórias não aniquiladoras da própria concretização de direitos,
liberdades e garantias” (CANOTILHO, José Joaquim Gomes. O ônus da prova da jurisdição das liberdades.
Para uma teoria constitucional da prova. Estudos sobre direitos fundamentais. Coimbra: Coimbra Ed., p.
175).
14
OLIVEIRA, Carlos Alberto Alvaro de. Do formalismo no processo civil: proposta de um formalismo-
valorativo cit., p. 99-100.
15
Defendemos que dadas as referidas inadequações da distribuição estática do ônus da prova ao cenário
constitucional, a aplicação do ônus dinâmico já era possível antes da alteração da legislação processual,
fundada nos princípios do acesso à justiça, devido processo legal, direito à prova, igualdade e cooperação.
Sua característica mais marcante é a inserção do juiz como sujeito do
contraditório, que além de ter poderes de instrução do feito, tem deveres de cooperação
para com as partes49, ora destacando-se o dever de auxílio, consistente em “auxiliar as
partes na remoção das dificuldades ao exercício dos seus direitos ou faculdades ou do
cumprimento de ônus ou deveres processuais”50. Havendo impossibilidade ou dificuldade
excessiva para uma parte produzir determinada prova, e tendo a outra parte maior
facilidade, deve o juiz, em cooperação com as partes na instrução probatória, auxiliar na
remoção da dificuldade, transferindo o ônus para a parte detentora de melhores condições
na produção da prova.
Eis, sinteticamente, os fundamentos da dinamização do ônus da prova, que
balizam toda a compreensão da técnica e seu alcance.
49
SOUSA, Miguel Teixeira de. Aspectos do novo processo civil português. Revista Forense, Rio de Janeiro,
v. 338, p. 151, 1997.
50
MITIDIERO, Daniel. Colaboração no processo civil: pressupostos sociais, lógicos e éticos. 2. ed. rev.
atual. e ampl. São Paulo: RT, 2011, p. 141-142.
Então, é necessário repisar a doutrina já mencionada acima de Carlos Alberto
de Salles: “essa quebra da simetria entre as partes não tem a ver com a situação econômica
das partes, podendo ser verificada mesmo em relação à partes em situação econômica
bastante similar”.114
Assim, há de concluir que a hipossuficiência econômica não é fator relevante
para a decisão sobre a modificação do ônus de provar. São questões distintas e
juridicamente independentes, e assim devem ser tratadas.
Daí então, finalmente, questionar: sobre o tema, como se posicionou o CPC-
2015? Não há qualquer referência da novel legislação processual sobre o tema, não
obstante houvesse referência expressa nesse sentindo na versão do projeto inicialmente
provada Senado115. A Lei ignorou tais considerações, o que deve receber críticas, pois
cientes de que existem grandes debates sobre o tema116, a ausência de posição específica
do CPC-2015 abre espaço para a sequência de insegurança jurídica, o que merece
reprovação.
CONCLUSÃO
Objetivou-se com o presente trabalho transmitir uma visão geral acerca da
técnica da dinamização do ônus da prova, relevando a evolução que o tema teve em nosso
ordenamento até desembocar em sua positivação no CPC-2015, pontuando pontos
negativos e positivos da redação legislativa, seus fundamentos, características e limites,
esperando, com isso, ter contribuído para o debate da matéria.
ALBANESSE, Carlos Alberto de. Processos coletivos e prova: transformações conceituais, direito à prova e
ônus da prova. In: MILARÉ, Edis (Coord.). A ação civil pública após 25 anos cit., p. 154-155.