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HIPÓTESE PRÁTICA DE DIREITO ADMINISTRATIVO

Estudante: Garcia Juca.


I – RESOLUÇÃO
O caso prático em análise remete-nos ao instituto das garantias petitórias no processo
administrativo. Nota-se no caso, a violação de direitos dos particulares por parte do
governo provincial, afectando de forma directa as legítimas expectativas dos
particulares em relação a aplicabilidade do acto administrativo. No entanto, tendo em
conta tal violação, os particulares podem opor-se atal decisão administrativa, através do
exercício do Direito a Oposição Aministrativa, nos termos do art.º 261.º do Código do
Procedimento Administrativo, no intuito de não se ver cumprido tal propósito.
II – RESOLUÇÃO
Este caso em concreto, remete-nos ao instituto da Expropriação por utilidade pública,
com vista a prossecução do interesse público previsto no art.º 16.º do Código do
Procedimento Administrativo. No entanto, algumas situação poderão ser analisadas para
a resolução cabal do mesmo. Tais situações são os factos que constituem o caso.
 Primeiramente, não obstante houver fundamento para a prática do acto
administrativo de expropriação, a lei determina para o efeito que durante a
execução de determianado acto administrativo, devem ser respeitados os direitos
legalmente protegidos dos particulares, previsto no n.º 1 do art.º 222.º do CPA,
facto este, que não se verifica no caso hipotético.
 Portanto, na execução do referido acto administrativo, o expropriado vê violado
o seu direito à justa indemnização por parte do governo provincial do Uíge,
direito este previsto nos termos do art.º 1310.º do CC. e 37.º da CRA.
 Por outra lado, há ainda no caso aquando da execução a privação ilegal da
leberdade, pelo facto de a resistência a expropriação sem a justa e prêvia
indemnização não constituir quaisquer crime a luz do Código Penal. Mas sim,
um abuso de poder por parte do Governador, previsto no n.º 4 do art.º 223.º do
CPA.
Sendo assim, tendo em conta a violação dos direitos legalmente protegidos do
particular, pode o lesado impugnar conteciosamente tal execução, através de uma
reclamação, com fundamento a ilegalidade não da expropriação do acto
expropriação como tal, mas ao vício de forma na execução, gerando a nulidade do
acto administrativo. nos termos do art.º 235.º, n.º 1 e 201.º, n.º 2 al. g).
III – RESOLUÇÃO
O presente caso, tem haver com o instituto de medidas disciplinares presumidamente.
Porém, tal medida está eivada de vícios, nomeadamente a falta de fundamentação legal
adequada a aplicação de tal medida por um lado (uma presume não haver exesistências
de factos, constituem procedimento disciplinar, pois tal suspensão não advém de
qualquer infracção laboral por parte do funcionário) . Não obstante a isto, verifica-se no
caso que a suspensão de salário deu-se sem a audiência prêvia do funcionário, o que
constitui a violação de um direito legalmente previsto no termos da alínea m), do art.º 9
da Lei de Bases da Função Pública.
No entanto, para a resolução desta situação, o art.º 131.º da Lei de Bases da Função
Pública, prevê a possibilidade de reclamação ou recorribilidade por parte do lesado
(professor), atravès. Sendo assim, o mesmo poderá intentar uma acção de impugnação,
através de reclamação com efeito suspensivo, com fundamento a ilegalidade do acto
administrativo, nos termos do artigo 235.º, n.º 1, art.º 240.º n.º 1, e art.º 236.º, n.º 2,
todos do Código do Procedimento Administrativo, com o fito de ver reolvida tal acção.

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