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CURSO DE DIREITO
FORMIGA-MG
2022
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE FORMIGA
CURSO DE DIREITO
FORMIGA-MG
2022
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................4
1.1 Abuso de autoridade: bem jurídico tutelado, âmbito de incidência da nova
lei, vedação do crime de hermenêutica. .................................................................. 4
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 12
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1. INTRODUÇÃO
Considerando que a nova lei de abuso de poder foi alvo de inúmeras críticas,
este estudo faz sentido, principalmente em resposta ao fato de ter sido supostamente
aprovada pelo Congresso Nacional como forma de retaliação ao judiciário e ao setor
público diante de investigações que prejudicam as autoridades legislativas.
Nesta disputa, muitas pessoas discutiram seu impacto sobre essas classes,
que protestaram que a nova regulamentação tiraria sua autonomia e independência
para exercer suas funções, mas pouco ou nada foi dito sobre as consequências
jurídicas da nova regulamentação e do Regimento público relacionadas a outras
partes do serviço, por se tratar de uma lei com diversos novos tipos de crimes próprios,
cujo sujeito é agente público (artigo 2º da Lei 13.869/2019).
É nesse sentido que este estudo tenta apontar as consequências jurídicas das
novas leis de abuso de poder, especialmente no exercício das atividades de polícia,
uma vez que a os agentes nos estados desempenha um papel importante e tem uma
incidência muito próxima na defesa dos direitos fundamentais garantidos pela
Constituição é fundamental.
A nova lei de abuso de autoridade foi terminante ao antever que os seus crimes
encontram-se submissos a ação penal pública plena, conforme disse Fontenele
(2021). O art. 3° da lei n° 13.869/2019 diz:
A lei torna crime realizar uma medida de privação de liberdade sem concordar
claramente com os pressupostos da lei. Termos extremamente vagos que
responsabilizam os agentes. O que mostraria uma não conformidade? Pode tratar-se
de um processo penal punível com prisão preventiva, podendo o agente estar em
prisão preventiva.
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Posto isto, não é difícil concluir que há sempre crime nas situações em que
uma pessoa é detida ou retida é submetida a humilhações ou constrangimentos não
autorizados por lei (Martins, 2020).
Com isso em mente, vejamos com mais precisão a redação da nova Lei de
Abuso de Poderes nº 13.869/19. 13. Item 2:
Assim, veja, no caso específico do Art II, a nova lei tem, na verdade, a mesma
redação da lei anterior. Art. 13 da Lei 13.869/19. O artigo 4º da Lei nº 4.898/65, é claro,
sofreu modificações consideráveis, porém, estabelecendo o mesmo entendimento da
lei anterior e, em seguida, revogando-o, pelo menos nesse aspecto. Em outras
palavras, esse comportamento é “sempre” um crime. Com isso, o hype desnecessário
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O art. 17 que previa a pena para policiais, de seis meses a dois anos de prisão,
para aqueles que algemasse o preso em situações que não há resistência à prisão,
fuga, risco a integridade do preso ou ameaça, foi vetado pelo atual Presidente da
República (Bolsonaro).
De acordo com o autor Freire (2020), o tipo penal que configura o abuso de
autoridade por violação à prerrogativa do (a) advogado (a), no caso, de entrevista
pessoal e reservadamente, consta abaixo citado, na Lei de Abuso de Autoridade:
“Art. 20. Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e reservada do preso
com seu advogado: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e
multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem impede o preso, o réu solto
ou o investigado de entrevistar-se pessoal e reservadamente com seu
advogado ou defensor, por prazo razoável, antes de audiência judicial, e de
sentar-se ao seu lado e com ele comunicar-se durante a audiência, salvo no
curso de interrogatório ou no caso de audiência realizada por
videoconferência.”
Segundo Coimbra (2022), a nova Lei de Abuso de Poder (Lei n.º 13.869/2019),
tal como acontece com a responsabilidade civil doméstica, determina que a nova
legislação não inova o conceito de diurno ou noturno, para fins de ingresso na família
condições, recomendamos aos leitores que visitem o texto deste blog. Bem, a
discussão agora é diferente porque se trata de avaliar se a mesma Lei de Abuso de
Poder revoga a Seção 2 do art. Artigo 226 do Código Penal Militar, verbo:
[…].
Agravação de pena
§ 2º. Aumenta-se a pena de um terço, se o fato é cometido por militar em
serviço ou por funcionário público civil, fora dos casos legais, ou com
inobservância das formalidades prescritas em lei, ou com abuso de poder.”
Com redação muito próxima, estava o § 2º do art. 150 do Código Penal, nos
seguintes termos:
“Violação de domicílio
Art. 150 – Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a
vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas
dependências:
Pena – detenção, de um a três meses, ou multa.
[…].
§ 2º – Aumenta-se a pena de um terço, se o fato é cometido por funcionário
público, fora dos casos legais, ou com inobservância das formalidades
estabelecidas em lei, ou com abuso do poder.”
1.12 CONCLUSÃO
Este estudo foi usado para investigar os tipos de crimes sob a nova lei de abuso
de poder, com particular referência aos tipos de crimes relacionados às atividades
policiais.
A investigação é realizada de forma dinâmica, primeiro discutindo as principais
características do tipo de crime, os bens jurídicos que protege, etc., para depois
vinculá-lo às atividades regulares dos agentes.
Consciente da ligação entre o comportamento previsto na tipologia do crime e
as atividades exercidas pela polícia em ação, a resposta que o dispositivo traz no
exercício da atividade da polícia, seja no que diz respeito à possibilidade de um crime.
Como parte da autoridade, atitudes tomadas para ajustar seu comportamento no
evento e penalidades decorrentes da ocorrência de agentes do tipo de crime
envolvido.
Por meio dessa análise, é possível destacar os tipos de crimes que geram uma
resposta mais efetiva no exercício das atividades uniformizadas. Exemplo disso é o
crime previsto no art. Art. 13 da Lei nº 13.869/2019, referente à vinculação ilícita. Esse
tipo de infração penal tem impacto direto na prática da atividade policial e tem levado,
inclusive, à elaboração de panfletos por diversos policiais do país para orientar a
conduta de seus agentes a fim de evitar que ocorram crimes.
A conclusão final é que a nova Lei de Abuso de Poder em geral é bastante
positiva, e ao mesmo tempo traz um efeito maior ao trazer modernidade e normas
mais rígidas do que as anteriores à sua entrada em vigor. Para os agentes públicos e
policiais, a segurança jurídica, sem dúvida, teve um impacto positivo na sociedade
como um todo.
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REFERÊNCIAS