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Trabalho em Grupo
Discente:
Adélia Estêvão Kaphatiquila
Isabel Assane
Docente
Dr. Victor Mutombene
Docente
Dr. Victor Mutombene
2. Objectivos:.....................................................................................................................4
2.2.Objectivos Específicos................................................................................................4
2.3.Metodologias...............................................................................................................4
6. Conclusão....................................................................................................................12
Bibliográfica....................................................................................................................13
1. Introdução
Antes de estarmos no tema aqui nos propusemos debruçar, importa antes de mais aflorar
que os Tribunais são órgãos de soberania com competência para administrar a justiça. A
sua função e garantir a defesa dos direitos e interesses dos cidadãos, protegidos por lei,
reprimir a violação da legalidade democrática e dirimir os conflitos de interesses . A
violação das regras de competência implica vícios de diversa natureza, consoante a
regra violada, a esse vício distingue-se entre incompetência absoluta e incompetência
relativa, é dessa matéria que o presente trabalho com tema central violação das regras de
competências pretende abordar.
2. Objectivos:
2.1. Objectivo geral
O presente trabalho tem como objectivo principal, compreender de forma profunda as
consequências que ocorrem em matéria laboral quando haja vícios de competência nos
Tribunais sobre um litígio.
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3. Violação da regra de competência
A violação das regras determinativas da competência implica vícios de diversa natureza,
consoante a regra violada a Lei distingue entre incompetência absoluta, e a mais grave,
a incompetência relativa.
Devido a sua importância, a incompetência pode ser arguida pelas partes e deve ser
suscitada oficiosamente pelo Tribunal em qualquer estado do processo, desde não haja
sentença transitada em julgado sobre o fundo da causa nos termos do art.102º no seu
nº1. Compreende-se que assim seja, uma vez que, não tendo sido arguida pelas partes,
suscitada pelo Juiz ou, mesmo que se suscitada, tenha sido decidida já não se concebe
que o Tribunal ainda possa considerar-se incompetente quando a decisão é definitiva,
não havendo, nenhum recurso extraordinário que se funde na violação das regras sobre
competência internacional em razão da matéria e da hierarquia.
Apreciada ou julgada no despacho liminar nos termos do art. 474º. nº1. b), nos
articulados e antes do despacho saneador art.103º. nº1, no despacho saneador art. 104º e
510º no seu nº 1), depois do despacho saneador, mas antes da sentença final art.104º nº
1, ou na sentença final art. 103º.
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O regime da incompetência relativa é bem diferente da incompetência absoluta quer
quanto a legitimidade quer quanto ao tempo a suscitar: só o réu pode arguir dentro do
prazo fixado para a contestação, oposição ou resposta ou quando haja lugar a estas para
outro meio de defesa que seja licito de deduzir nos termos art.109º do CPC.
Quanto a esta última, como os tribunais novos recebem a sua competência a custa dos
anteriormente existentes, o regime a aplicar é o da modificação funcional descrita em
segundo lugar, se a competência redistribuída o é em função da matéria cria-se um novo
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MENDES, João de Castro, manual de processo civil, 3ª Edição, Coimbra editor, pág. 200,201.
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tribunal especial ou especializado ou da hierarquia (cria-se uma nova instancia judicial),
os tribunais antes investidos nas causas agora atribuídas aos novos tribunais perdem a
sua competência; se a competência redistribuída o é em função do valor, (cria-se um
novo tribunal inferior), ou do território (criam-se novas comarcas), os tribunais
anteriormente existentes conservam a sua competência para as causas já pendentes, e os
novos só julgarão as que se propuserem a partir do momento da sua criação.
Devido a sua importância a incompetência absoluta pode ser arguida pelas partes e deve
ser suscitada oficiosamente pelo tribunal em qualquer estado do processo, desde que
não haja sentença transitada em julgado sobre o fundo da coisa (art.102º, n◦1 do CPC).
Compreende-se que assim seja, uma vez que, tendo sida arguida pelas partes. Suscitada
pelo juiz ou mesmo, que suscitada, tenha sido decidida já não se concebe que o tribunal
possa considerar-se incompetente quando a decisão é definitiva, não havendo, nenhum
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MENDES, João de Castro, manual de processo civil, 3ª Edição, Coimbra editor, pág. 200 a 203.
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recurso extraordinário que se funde na violação das regras sobre competência
internacional, em razão da matéria e da hierarquia.3
A incompetência absoluta vem regulada nos artigos 101◦ e seguintes do CPC. O art.
101º, diz-nos quando se verifica esse vício: a infração das regras de competência em
razão da matéria e da hierarquia e das regras de competências internacionais, salvo
quando haja mera violação do pacto privativo de jurisdição, determina a incompetência
absoluta do tribunal. E por isso pode dar-se a competência internacional, em razão da
matéria e da hierarquia, em conjunto, o nome paralelo de competência absoluta, dizendo
que os tribunais são competentes absolutamente quando o são por estes factores.
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TIMBANE, Tomas. Lições de processo civil I, 2ª Edição revista e actualizada, escola editora, Maputo
Moçambique, pag.310
4
Idem.
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3.2.1. Incompetência absoluta Quanto a legitimidade
Para arguir a incompetência absoluta, dispõe o art.102º. a incompetência absoluta pode
ser arguida pelas partes e devem ser suscitadas oficiosamente pelo tribunal, o tribunal
em certo momento do processo tem mesmo de certificar-se se não o fez já da sua
competência absoluta.
Findo o prazo para a resposta do autor e produzidas as provas, o juiz devera decidir qual
é o tribunal competente para a acção. Julgada procedente a excepção, o processo é
remetido para o tribunal competente (art.111º, n◦3), salvo se tiver havido violação do
pacto privativo de jurisdição, porque nesse caso não havendo tribunal, o réu é absorvido
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MENDES, João de Castro, manual de processo civil, 3ª Edição, Coimbra editor, pág. 203.
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da instância, porque não faria sentido remeter o processo para um tribunal (arbitral)
ainda não constituído.
6
MENDES, João de Castro, manual de processo civil, 3ª Edição, Coimbra editor, pág. 210.
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5. Não verificação da litispendência e do caso julgado.
A verificação da litispendência e do caso julgado impede o regular, o desenvolvimento
da instância, por isso diz-se são pressupostos processuais negativo.
Quer a litispendência, quer o caso julgado pressupõem a repetição de uma causa, se
duas ou mais causas estão simultaneamente pendentes, há litispendência, enquanto se
uma causa esta pendente quando a outra foi decidida por sentença que já não admite o
recurso ordinário, transitou em julgado, diz-se que há caso nos termos do artigo 497º no
seu 1º.
Repete-se a causa quando se propõe uma acção idêntica a outra quanto aos sujeitos, ao
pedido e a causa de pedir nos termos do artigo 498º.
Quer a litispendência quer o caso julgado podem ser apreciados a todo o tempo e podem
ser arguidos pelas partes ou suscitadas pelo Juiz nos termos do artigo 495º e 500º do
CPC, devido ao seu elevado interesse e a necessidade de evitar a repetição ou
contradição de decisões não são sanáveis.
6. Conclusão
A violação das regras determinativas da competência implica vícios de diversa natureza
e consoante a regra violada a Lei distingue entre incompetência absoluta, e a mais
grave, a incompetência relativa. Neste caso ocorre a incompetência absoluta quando se
viola as regras de determinação da competência internacional, da competência em razão
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da matéria, e em razão da hierarquia nos termos do art.101º do CPC, e as consequências
da violação das outras regras sobre a competência dá lugar a incompetência relativa nos
termos do art. 108º.
Na incompetência absoluta tendo em conta a gravidade das normas violadas importa,
em regra, anulação de todos actos praticados e faz caso julgado formal. Toda via, se a
incompetência for verificada no despacho liminar o Juiz deve indeferir liminarmente a
petição art.474º nº 1, b), mas se verificada depois desse despacho, o réu será absolvido
da instância nos termos artigo 105º no seu nº1 do CPC.
Devido a sua importância a incompetência absoluta pode ser arguida pelas partes e deve
ser suscitada oficiosamente pelo tribunal em qualquer estado do processo, desde que
não haja sentença transitada em julgado sobre o fundo da coisa (art.102º, n◦1).
Compreende-se que assim seja, uma vez que, tendo sida arguida pelas partes. Suscitada
pelo juiz ou mesmo, que suscitada, tenha sido decidida já não se concebe que o tribunal
possa considerar-se incompetente quando a decisão. O regime da incompetência relativa
é bem diferente do da incompetência absoluta, quer quanto a legitimidade, quer quanto
ao tempo para a suscitar; só o réu é que o pode arguir, dentro do prazo fixado para a
contestação, oposição ou resposta ou quando não haja lugar a estas para outros meios de
defesa que sejam licito de deduzir (art.109º).
Bibliográfica
1. MENDES, João de Castro, manual de processo civil, 3ª Edição, Coimbra editor,
pág. 200,201
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3. Idem.
4. Código do Processo Civil moçambicano
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