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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOAMBIQUE

FACULDADE DE GESTÃO DE RECURSOS FLORESTAIS E FAUNÍSTICOS -LICHINGA

Licenciatura em Direito, 4° Ano, Laboral, IIº Semestre

Trabalho em Grupo

Cadeira: Direito Processual Laboral

Tema: Violação das Regras de Competênciasː incompetência absoluta e incompetência


relativa

Discente:
Adélia Estêvão Kaphatiquila
Isabel Assane
Docente
Dr. Victor Mutombene

Lichinga, Agosto de 2022

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE


(FAGREFF)

FACULDADE DE GESTÃO DE RECURSOS FLORESTAIS E FAUNÍSTICOS -LICHINGA


Licenciatura em Direito, 4° Ano, Laboral, IIº Semestre

Tema: Violação das Regras de Competênciasː incompetência absoluta e incompetência


relativa

Trabalho de pesquisa da cadeira de Direito


Processual Laboral, curso de Direito, 4º ano.

Docente
Dr. Victor Mutombene

Lichinga, Agosto de 2022


Índice
1.Introdução.......................................................................................................................4

2. Objectivos:.....................................................................................................................4

2.1. Objectivo geral...........................................................................................................4

2.2.Objectivos Específicos................................................................................................4

2.3.Metodologias...............................................................................................................4

3. Violação da regra de competência.................................................................................5

3.1. Competência como pressuposto processual...............................................................6

3.1.1. Incompetência e suas espécies.................................................................................7

3.2. Incompetência absoluta..............................................................................................7

3.2.1. Incompetência absoluta Quanto a legitimidade.......................................................9

3.2.2. Incompetência absoluta Quanto oportunidade........................................................9

3.3. Incompetência relativa................................................................................................9

3.4.Preterição de tribunal arbitral....................................................................................10

3.4. A violação do pacto privativo de jurisdição.............................................................10

4. Pressupostos relativo ao objecto da causa...................................................................10

5. Não verificação da litispendência e do caso julgado...................................................11

6. Conclusão....................................................................................................................12

Bibliográfica....................................................................................................................13
1. Introdução
Antes de estarmos no tema aqui nos propusemos debruçar, importa antes de mais aflorar
que os Tribunais são órgãos de soberania com competência para administrar a justiça. A
sua função e garantir a defesa dos direitos e interesses dos cidadãos, protegidos por lei,
reprimir a violação da legalidade democrática e dirimir os conflitos de interesses . A
violação das regras de competência implica vícios de diversa natureza, consoante a
regra violada, a esse vício distingue-se entre incompetência absoluta e incompetência
relativa, é dessa matéria que o presente trabalho com tema central violação das regras de
competências pretende abordar.

2. Objectivos:
2.1. Objectivo geral
O presente trabalho tem como objectivo principal, compreender de forma profunda as
consequências que ocorrem em matéria laboral quando haja vícios de competência nos
Tribunais sobre um litígio.

2.2. Objectivos Específicos


 Identificar os tipos de incompetências reconhecidas pela Lei;
 Identificar os pressupostos processuais da competência de um tribunal;
 Descrever como funciona o recurso jurisdicional quanto a incompetência internacional.
2.3.Metodologias
Para a efectivação do trabalho em destaque, não teria sido concretizado sem o uso de
vários métodos, nos tivemos um papel muito crucial no que diz respeito a recolha de
dados ou informações inerentes ao tema em destaque, a exemplo de consultas
bibliográficas, revistas, obras já publicadas, livros da nossa biblioteca. O trabalho está
estruturado, com elementos pós-textuais; introdução, conclusão e referências
bibliográficas.

4
3. Violação da regra de competência
A violação das regras determinativas da competência implica vícios de diversa natureza,
consoante a regra violada a Lei distingue entre incompetência absoluta, e a mais grave,
a incompetência relativa.

Há incompetência absoluta quando se viola as regras de determinação da competência


internacional, da competência em razão da matéria, e em razão da hierarquia nos termos
do art.101º do CPC, enquanto a violação das outras regras sobre a competência dá lugar
a incompetência relativa nos termos do art. 108º.

Devido a sua importância, a incompetência pode ser arguida pelas partes e deve ser
suscitada oficiosamente pelo Tribunal em qualquer estado do processo, desde não haja
sentença transitada em julgado sobre o fundo da causa nos termos do art.102º no seu
nº1. Compreende-se que assim seja, uma vez que, não tendo sido arguida pelas partes,
suscitada pelo Juiz ou, mesmo que se suscitada, tenha sido decidida já não se concebe
que o Tribunal ainda possa considerar-se incompetente quando a decisão é definitiva,
não havendo, nenhum recurso extraordinário que se funde na violação das regras sobre
competência internacional em razão da matéria e da hierarquia.

Tendo em conta a tramitação processual, a incompetência absoluta pode ser conhecida.

Apreciada ou julgada no despacho liminar nos termos do art. 474º. nº1. b), nos
articulados e antes do despacho saneador art.103º. nº1, no despacho saneador art. 104º e
510º no seu nº 1), depois do despacho saneador, mas antes da sentença final art.104º nº
1, ou na sentença final art. 103º.

Na incompetência absoluta tendo em conta a gravidade das normas violadas importa,


em regra, anulação de todos actos praticados e faz caso julgado formal.

Se a incompetência for verificada no despacho liminar o Juiz deve indeferir


liminarmente a petição art.474º nº 1. b), se verificada depois desse despacho, o reu será
absolvido da instância nos termos artigo 105º no seu nº1 do CPC.

Há incompetência relativa quando são violadas as regras de competências fundadas no


valor da causa, no território ou nos pactos privativos ou atributivos de jurisdição, art.
108º do CPC.

5
O regime da incompetência relativa é bem diferente da incompetência absoluta quer
quanto a legitimidade quer quanto ao tempo a suscitar: só o réu pode arguir dentro do
prazo fixado para a contestação, oposição ou resposta ou quando haja lugar a estas para
outro meio de defesa que seja licito de deduzir nos termos art.109º do CPC.

3.1. Competência como pressuposto processual


Pelo jogo de factos e normas estudadas, toda a causa tem um tribunal onde deve ser
proposta a acção. Assim sendo entre essa causa e esse tribunal há um nexo jurídico, só
aquele tribunal pode regularmente julgar tal caso ou causa, e correspondentemente a
causa pode ser julgada naquele tribunal.
A este nexo pode chamar-se nexo de competência, art. 63º, o nexo de competência fixa-
se no momento em que a acção se propõe, em atenção a lei, por um lado, e por outro a
situação nesse momento dos factores atributivos de competência e em princípio
mantem-se ainda que mude a lei ou a situação de tais factores (art.63º). É o princípio
chamado da perpetuatiojurisdictionis: semelcompetentns, sempercompetens.

Quanto as modificações da lei atributiva da competência (modificações de direito) são


em princípio irrelevantes, excepto nos três casos consignados no art. 63º, n◦2 que
resolve, portanto, o problema da aplicação no tempo das normas sobre competência.

 Se for suprimida o órgão judiciário a que a causa estava afecta;


 Se o órgão a que a causa estava afecta deixa de ser competente em razão da
matéria e da hierarquia, art.63º, n◦2;
 Se ao órgão a que a causa estava (indevidamente) afecta fora atribuída
competência, de que inicialmente carecesse, para o conhecimento da causa.
Nos primeiros dois casos o tribunal era competente e deixa de o ser; no terceiro, não era
competente e passa a sê-lo.

Os dois últimos casos são modificações funcionais da competência. A que deriva da


supressão de tribunais é uma modificação orgânica, assim como a que deriva da criação
de tribunais novos.1

Quanto a esta última, como os tribunais novos recebem a sua competência a custa dos
anteriormente existentes, o regime a aplicar é o da modificação funcional descrita em
segundo lugar, se a competência redistribuída o é em função da matéria cria-se um novo

1
MENDES, João de Castro, manual de processo civil, 3ª Edição, Coimbra editor, pág. 200,201.

6
tribunal especial ou especializado ou da hierarquia (cria-se uma nova instancia judicial),
os tribunais antes investidos nas causas agora atribuídas aos novos tribunais perdem a
sua competência; se a competência redistribuída o é em função do valor, (cria-se um
novo tribunal inferior), ou do território (criam-se novas comarcas), os tribunais
anteriormente existentes conservam a sua competência para as causas já pendentes, e os
novos só julgarão as que se propuserem a partir do momento da sua criação.

3.1.1. Incompetência e suas espécies


O nexo de competência é um pressuposto processual subjectivo relativo aos sujeitos, se
ele faltar a acção é irregularmente proposta; o tribunal é incompetente verifica-se a
incompetência.
A nossa lei admite quatro tipos de incompetências com consequências diferentes:
 Incompetência absoluta;
 Incompetência relativa;
 Preterição de tribunal arbitral; e
 Violação do pacto privativo de jurisdição.2

3.2. Incompetência absoluta


A violação das regras determinativas da competência implica vícios de diversa natureza,
consoante a regra violada. A lei distingue entre incompetência, a mais grave, como
sendo a incompetência relativa.
Há incompetência absoluta quando se violam as regras de determinação da competência
internacional, da competência em razão da matéria e em razão da hierarquia (art. 101º
do CPC), enquanto a violação das outras regras sobre a competência dá lugar a
incompetência relativa (art.108º do CPC).

Devido a sua importância a incompetência absoluta pode ser arguida pelas partes e deve
ser suscitada oficiosamente pelo tribunal em qualquer estado do processo, desde que
não haja sentença transitada em julgado sobre o fundo da coisa (art.102º, n◦1 do CPC).
Compreende-se que assim seja, uma vez que, tendo sida arguida pelas partes. Suscitada
pelo juiz ou mesmo, que suscitada, tenha sido decidida já não se concebe que o tribunal
possa considerar-se incompetente quando a decisão é definitiva, não havendo, nenhum

2
MENDES, João de Castro, manual de processo civil, 3ª Edição, Coimbra editor, pág. 200 a 203.

7
recurso extraordinário que se funde na violação das regras sobre competência
internacional, em razão da matéria e da hierarquia.3

Tendo em conta a tramitação processual, a incompetência absoluta pode ser conhecida,


apreciada ou julgada no despacho liminar (art. 474º, n◦1 a) e b) do CPC nos articulados
e antes do despacho saneador (art. 103º, n◦1), no despacho saneador (arts. 104º, e 510º,
n◦1 al. a) do CPC, depois do despacho saneador mas antes da sentença final (art. 104º,
n◦1) ou na sentença final (art.10º, n◦2). Mas tendo em conta as suas particularidades, o
n◦2 do art. 102º, permite que a incompetência absoluta não possa ser arguida ou
suscitada a todo o tempo, quando se trata de casos em que uma acção da competência de
tribunal especial tenha sido proposta nos tribunais comuns. Neste caso, só pode ser
arguida pelas partes ou suscitada pelo juiz ate ao despacho saneador ou, não havendo,
ate ao encerramento da discussão e julgamento.

Na incompetência absoluta tendo em conta a gravidade das normas de violadas,


importa, em regra, a anulação de todos os actos praticados e faz caso julgado formal, ou
seja, só constitui caso julgado em relação as questões concretas de competência que no
respetivo despacho que tenham sido decididas (art. 104º, n◦2 e art. 106º). Se a
incompetência absoluta for verificada no despacho liminar, o juiz deve indeferir
liminarmente a petição (art.474º, n◦1 al. b) se só for verificada depois desse despacho, o
réu será absorvido da instância (art.105º, n◦1). Em todo caso, a incompetência for
decretada depois de terminados os articulados, podem estes aproveitar-se desde que,
estando as partes de acordo sobre o aproveitamento o autor requeira a remessa do
processo ao tribunal em que a acção deveria ter sido proposta (art. 105º, n◦2). 4

A incompetência absoluta vem regulada nos artigos 101◦ e seguintes do CPC. O art.
101º, diz-nos quando se verifica esse vício: a infração das regras de competência em
razão da matéria e da hierarquia e das regras de competências internacionais, salvo
quando haja mera violação do pacto privativo de jurisdição, determina a incompetência
absoluta do tribunal. E por isso pode dar-se a competência internacional, em razão da
matéria e da hierarquia, em conjunto, o nome paralelo de competência absoluta, dizendo
que os tribunais são competentes absolutamente quando o são por estes factores.

3
TIMBANE, Tomas. Lições de processo civil I, 2ª Edição revista e actualizada, escola editora, Maputo
Moçambique, pag.310
4
Idem.

8
3.2.1. Incompetência absoluta Quanto a legitimidade
Para arguir a incompetência absoluta, dispõe o art.102º. a incompetência absoluta pode
ser arguida pelas partes e devem ser suscitadas oficiosamente pelo tribunal, o tribunal
em certo momento do processo tem mesmo de certificar-se se não o fez já da sua
competência absoluta.

3.2.2. Incompetência absoluta Quanto oportunidade


Para arguir a incompetência absoluta, dá-nos o art. 102º. A regra geral que os arts. 103º,
104º, particularizam, e a única excepção. A regra e de que a questão da incompetência
absoluta deve ser levadas e decidida em qualquer estado do processo, enquanto não
houver sentença transito em julgado proferida sobre o fundo da causa, embora tenha o
seu momento normal para o tribunal conhecer dela o despacho saneador.5

3.3. Incompetência relativa


A incompetência relativa dá lugar a um incidente no processo, este incidente não
suspende o andamento regular do processo (art.110º) deduzido por altura da
contestação, não impede que se juntem os outros articulados, em processo ordinário de
declaração, replica e treplica. Se os articulados findarem, porem, antes do julgamento da
excepção ficam suspensos os termos da causa ate que seja decidida definitivamente a
questão da incompetência (art.110º, n◦2).
Há incompetência relativa quando são violadas as regras competência fundadas no valor
da causa, no território ou nos pactos privativos ou atributivos de jurisdição (art.108º).

O regime da incompetência relativa é bem diferente do da incompetência absoluta, quer


quanto a legitimidade, quer quanto ao tempo para a suscitar; só o réu é que o pode
arguir, dentro do prazo fixado para a contestação, oposição ou resposta ou quando não
haja lugar a estas para outros meios de defesa que sejam lícito deduzir (art.109º). De
modo a não impedir ou suspender o andamento do processo (art. 110º, n◦1), o
requerimento da incompetência relativa deve ser autuado por apenso e a parte contrária
deverá ser notificada para responder (art. 109º, n◦2).

Findo o prazo para a resposta do autor e produzidas as provas, o juiz devera decidir qual
é o tribunal competente para a acção. Julgada procedente a excepção, o processo é
remetido para o tribunal competente (art.111º, n◦3), salvo se tiver havido violação do
pacto privativo de jurisdição, porque nesse caso não havendo tribunal, o réu é absorvido

5
MENDES, João de Castro, manual de processo civil, 3ª Edição, Coimbra editor, pág. 203.

9
da instância, porque não faria sentido remeter o processo para um tribunal (arbitral)
ainda não constituído.

Contrariamente aos diversos momentos de conhecimento da incompetência absoluta, a


incompetência relativa só pode ser conhecida no despacho saneador e antes do inicio da
audiência de discussão e julgamento (art. 110º, n◦2).

3.4.Preterição de tribunal arbitral


Um caso que doutrinariamente é de incompetência, embora a lei o autonomize, é a
preterição de tribunal arbitral, art.494º, n◦1, al. f) e h). O seu regime e efeitos variam
consoante se trate de tribunal arbitral necessário ou voluntario. A preterição de tribunal
arbitral necessário tem regime e efeitos semelhantes ao da incompetência absoluta.
A preterição de tribunal arbitral voluntaria é uma excepção dilatória que,
excepcionalmente não é de conhecimento oficioso tal como a incompetência relativa,
art.495◦, para ser conhecida do tribunal deve ser deduzida pelo réu na contestação, a sua
procedência conduz a absolvição da instância.

3.4. A violação do pacto privativo de jurisdição


Dá lugar a incompetência relativa, como se insere do art.101º, mas, se o seu regime é o
desta, o efeito pode ser a remessa do processo para o tribunal, competente tem de
traduzir-se na absolvição da instância.6

4. Pressupostos relativo ao objecto da causa


Aptidão da petição inicial
A instância inicia-se pela propositura da acção, quando seja entregue na secretária a
respectiva petição inicial. Esta deve, quando ao conteúdo, preencha determinados
requisitos, os quais permitem que seja recebida porque apta. Caso contrário diz-se que a
petição é inapta.
Os casos de inaptidão da petição inicial encontram-se indicados no art.193º, n◦2, uma
vez que a inaptidão conduz a nulidade de todo o processo e é motivo de indeferimento
liminar da petição art.474º, n◦1, a), será objecto de estudo detalhado no despacho
liminar. Tendo em conta a petição iniciar deve estar apta, essa aptidão constitui um
pressuposto processual.

6
MENDES, João de Castro, manual de processo civil, 3ª Edição, Coimbra editor, pág. 210.

10
5. Não verificação da litispendência e do caso julgado.
A verificação da litispendência e do caso julgado impede o regular, o desenvolvimento
da instância, por isso diz-se são pressupostos processuais negativo.
Quer a litispendência, quer o caso julgado pressupõem a repetição de uma causa, se
duas ou mais causas estão simultaneamente pendentes, há litispendência, enquanto se
uma causa esta pendente quando a outra foi decidida por sentença que já não admite o
recurso ordinário, transitou em julgado, diz-se que há caso nos termos do artigo 497º no
seu 1º.

Repete-se a causa quando se propõe uma acção idêntica a outra quanto aos sujeitos, ao
pedido e a causa de pedir nos termos do artigo 498º.

A litispendência e o caso julgado diferirem do momento em que se dá a repetição da


causa, mas ambas visam evitar que o Tribunal venha contradizer ou reduzir uma decisão
anterior nos termos do artigo 497º nos seu nº 3, se a repetição da causa se dá enquanto a
outra esta pendente, dá-se a litispendência, mas se uma já tiver sido definitivamente
decida, haverá caso julgado.

Quer a litispendência quer o caso julgado podem ser apreciados a todo o tempo e podem
ser arguidos pelas partes ou suscitadas pelo Juiz nos termos do artigo 495º e 500º do
CPC, devido ao seu elevado interesse e a necessidade de evitar a repetição ou
contradição de decisões não são sanáveis.

6. Conclusão
A violação das regras determinativas da competência implica vícios de diversa natureza
e consoante a regra violada a Lei distingue entre incompetência absoluta, e a mais
grave, a incompetência relativa. Neste caso ocorre a incompetência absoluta quando se
viola as regras de determinação da competência internacional, da competência em razão

11
da matéria, e em razão da hierarquia nos termos do art.101º do CPC, e as consequências
da violação das outras regras sobre a competência dá lugar a incompetência relativa nos
termos do art. 108º.
Na incompetência absoluta tendo em conta a gravidade das normas violadas importa,
em regra, anulação de todos actos praticados e faz caso julgado formal. Toda via, se a
incompetência for verificada no despacho liminar o Juiz deve indeferir liminarmente a
petição art.474º nº 1, b), mas se verificada depois desse despacho, o réu será absolvido
da instância nos termos artigo 105º no seu nº1 do CPC.
Devido a sua importância a incompetência absoluta pode ser arguida pelas partes e deve
ser suscitada oficiosamente pelo tribunal em qualquer estado do processo, desde que
não haja sentença transitada em julgado sobre o fundo da coisa (art.102º, n◦1).
Compreende-se que assim seja, uma vez que, tendo sida arguida pelas partes. Suscitada
pelo juiz ou mesmo, que suscitada, tenha sido decidida já não se concebe que o tribunal
possa considerar-se incompetente quando a decisão. O regime da incompetência relativa
é bem diferente do da incompetência absoluta, quer quanto a legitimidade, quer quanto
ao tempo para a suscitar; só o réu é que o pode arguir, dentro do prazo fixado para a
contestação, oposição ou resposta ou quando não haja lugar a estas para outros meios de
defesa que sejam licito de deduzir (art.109º).

Bibliográfica
1. MENDES, João de Castro, manual de processo civil, 3ª Edição, Coimbra editor,
pág. 200,201

2. TIMBANE, Tomas. Lições de processo civil I, 2ª Edição revista e actualizada,


escola editora, Maputo Moçambique, pag.310

12
3. Idem.
4. Código do Processo Civil moçambicano

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