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Livro Eletrônico

Aula 01

Atos de Ofício p/ TJ-MG 1ª Instância (Oficial de Justiça - Avaliador)


Com videoaulas
Renan Araujo, Ricardo Torques, Time Renan Araujo
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
Curso em teoria e exercícios
Prof. Ricardo Torques 01

AULA 01
ATOS PROCESSUAIS

1160026

Su m á r io
1 - Considerações I niciais ................................................................................................ 4
2 - Teoria dos At os Jurídicos Processuais ........................................................................... 4
3 - Negócio Jurídico Processual ........................................................................................ 5
4 - Calendário Procedim ent al ......................................................................................... 10
5 - Form a dos At os processuais...................................................................................... 11
5.1 - I nt rodução ....................................................................................................... 12
5.2 – Prát ica elet rônica dos at os processuais ( art s. 193 a 199) ....................................... 17
5.3 - At os das Part es ................................................................................................. 22
5.4 - Pronunciam ent os do Juiz .................................................................................... 24
5.5 - At os do Escrivão ou do Chefe de Secret aria .......................................................... 29
6 - Tem po dos At os Processuais ..................................................................................... 32
7 - Lugar dos At os Processuais ...................................................................................... 37
8 - Prazos ................................................................................................................... 39
8.1 - I nt rodução ....................................................................................................... 39
8.2 - Classificação .................................................................................................... 40
8.3 - Prazo subsidiário e prazo para com parecim ent o ..................................................... 42
8.4 - At o processual prem at uro .................................................................................. 43
8.5 - Cont agem dos prazos ........................................................................................ 44
8.6 - Renúncia do prazo ............................................................................................ 54
8.7 - Prazos do Juiz .................................................................................................. 55
8.8 - Prazos dos servidores ........................................................................................ 56
8.9 - Prazos em caso de lit isconsórcio .......................................................................... 56

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8.10 - Verificação dos Prazos e das Penalidades ............................................................ 57
9 - Preclusão ............................................................................................................... 59
10 – Quest ões ............................................................................................................. 62
10.3 - Quest ões com Com ent ários .............................................................................. 62
10.2 – Gabarit o ...................................................................................................... 108
10.3 - Quest ões com Com ent ários ............................................................................ 109
11 - Dest aques da Legislação e Jurisprudência Correlat a ................................................. 213
12 - Resum o ............................................................................................................. 217
13 - Considerações Finais ............................................................................................ 222

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A TOS P ROCESSUAI S
1 - Con side r a çõe s I n icia is
Na aula de hoj e vam os est udar a part e relat iva aos “ a t os pr oce ssua is” . Não
concluirem os t odo o cont eúdo na aula de hoj e, pois o t em a de com unicação dos
at os processuais ( art s. 236 a 275, do NCPC) é m uit o ext enso.
Serão abordados os assunt os que envolvem os art s. 188 a 235 do NCPC. Verem os
a form a dos at os processuais, que se dividem em t rês assunt os: negócio j urídico
processual, calendarização processual e prát ica elet rônica dos at os processuais.
Vam os t rat ar, ainda, do t em po, do lugar e dos prazos dos at os processuais,
assunt os frequent es em provas.
Vej am os os pont os do edit al que serão t rat ados na aula de hoj e:
4. At os processuais: form a, nulidade, classificação e publicidade; processos que correm em
segredo de j ust iça.
3. At os do j uiz: sent ença, decisão int erlocut ória e despacho; acórdão
6. Prazos: conceit o, curso dos prazos, prazos das part es, do j uiz e do servidor, processos
que correm em recessos.
2. Term os processuais cíveis e aut os: conceit os, cont eúdo, form a e t ipos.

Para com eçar, ent ret ant o, vam os t razer algum as noções dout rinárias.
Vam os lá, ent ão?! Boa aula a t odos.

2 - Te or ia dos At os Ju r ídicos Pr oce ssu a is


Nesse m om ent o vam os explorar, com obj et ividade, algum as noções acerca da
t eoria dos fat os j urídicos processuais.
O processo const it ui um encadeam ent o de at os que são organizados para se
chegar à decisão final. Esses at os encadeados são os at os processuais, que são
prat icados em ordem de acordo com as regras do procedim ent o.
De acordo com Fredie Didier Jr. 1 :
“ at o processual é t odo aquele com port am ent o hum ano volit ivo que é apt o a produzir efeit os
j urídicos num processo, at ual ou fut uro” . Assim , ao cont est ar, a part e prat ica um at o
processual, pois gera efeit os em um processo. Ao despachar, o j uiz prat ica um at o
processual, pois gera efeit os no processo. Ao j unt ar e cert ificar a j unt ada de docum ent os
nos aut os, o servidor prat ica at os processuais, pois gera efeit os no processo.

Os at os j urídicos processuais assum em diversas classificações.

1
JR. DI DI ER, Fredie. Cur so de D ir e it o Pr oce ssu a l Civil, Volum e 1, 18ª edição, rev., am pl. e
at ual, Bahia: Edit ora JusPodvim , 2016, p. 380.

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Tem os os at os j urídicos processuais em sent ido est rit o que envolvem os at os
processuais que conhecem os, t ais com o a cit ação, a cont est ação, a j unt ada de
docum ent os, o t est em unho et c.
Tem os at os- fat os processuais que independem de qualquer m anifest ação de
vont ade, m as que t razem consequências para o m undo j urídico, com o é o caso
da revelia, decorrent e não da m anifest ação, m as da om issão da part e.
Tem os, ainda, os negócios j urídicos processuais, que envolvem a possibilidade
de disposição pelas part es acerca de quest ões processuais.

3 - N e gócio Ju r ídico Pr oce ssu a l


Dada a im port ância do art . 190, vam os colocá- lo com o um
capít ulo próprio para um a análise acurada. Com eçam os a
análise com a leit ura do disposit ivo:
Art . 190. Versando o processo sobre dir e it os qu e a dm it a m a u t ocom posiçã o, é lícit o às
pa r t e s ple n a m e n t e ca pa ze s e st ipu la r m u da n ça s n o pr oce dim e nt o pa r a a j ust á - lo à s
e spe cificida de s da ca u sa e con ve n cion a r sobr e os se u s ôn u s, pode r e s, fa cu lda de s
e de ve r e s pr oce ssua is, a n t e s ou du r a n t e o pr oce sso.
Parágrafo único. De ofício ou a requerim ent o, o j uiz con t r ola r á a va lida de da s
con ve n çõe s pr e vist a s n e st e a r t igo, recusando- lhes aplicação som ent e nos casos de
n u lida de ou de in se r çã o a bu siva em cont rat o de adesão ou em que algum a part e se
encont re em m anifest a sit uação de vulnerabilidade.

O art . 190, do NCPC, prevê que é possível que as part es e st ipule m m uda nça s
no pr oce dim e nt o, um a vez que as part es são colocadas com o gest ores do
procedim ent o.
De acordo com a dout rina 2 :
Negócio processual é o fat o j urídico volunt ário, em cuj o suport e fát ico se reconhece ao
suj eit o o poder de regular, dent ro dos lim it es fixados no próprio ordenam ent o j urídico,
cert as sit uações j urídicas processuais ou alt erar o procedim ent o.

Esses negócios j urídicos processuais ( t am bém conhecidos com o acordos


processuais) podem ser form ulados pelas part es ou com part icipação do j uiz.
Assim ...

2
JR. DI DI ER, Fredie. Cur so de D ir e it o Pr oce ssu a l Civil, Volum e 1, 18ª edição, rev., am pl. e
at ual, Bahia: Edit ora JusPodvim , 2016, p. 380.

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form ulado ent re as


bilat eral
part es

N EGÓCI O

form ulado ent re as


plurilat eral part es com
part icipação do j uiz

A im port ância dessa classificação est á no fat o de que não é necessária a


part icipação do j uiz, de form a que o at o é vá lido in de pe nde nt e m e nt e de
hom ologa çã o do j uiz.
Em bora t enham os um disposit ivo específico no NCPC para t rat ar desses negócios,
t al regram ent o j á exist ia, de form a esparsa, no CPC73. O exem plo t radicional é
a “ cláusula de eleição de foro” que perm anece na Nova Codificação ( art . 63) . Por
int erm édio dessa cláusula, as part es negociam onde a dem anda será j ulgada, ou
sej a, dent ro da m argem concedida pelas regras de com pet ência relat iva, fixam a
com pet ência do j uiz. Essa cláusula t em validade independent e de qualquer
hom ologação j udicial, em bora o m agist rado possa efet uar o cont role de
legalidade desse at o.
De acordo com o parágrafo único do art . 190 – acim a cit ado - o j uiz de ve r á , de
ofício ou a requerim ent o das part es, cont rolar a validade desses negócios
( “ dessas convenções” ) , devendo recusá- las, em t rês sit uações:
 nulidade do negócio j urídico processual ( por exem plo, coação, dolo, lesão, et c.)
 cláusula de adesão abusiva; e
 se a part e que negociou est iver em sit uação de vulnerabilidade.

Com o NCPC, a possibilidade de elaboração de negócios j urídicos processuais é


am pla. Vej am os out ros exem plos:
 definição do m ediador ou do conciliador pelas part es;
 suspensão do processo por convenção das part es;
 fixação da arbit ragem com o form a de solução de im passes referent es a det erm inados
cont rat os;
 acordo para adiar o j ulgam ent o do processo; e
 convenção ent re lit isconsort es para est ipular o t em po das alegações finais orais.

Esses são apenas alguns dos exem plos de negócios


j urídicos processuais que podem os cit ar.
Ent ã o, va m os a va nça r u m pouco m a is. O art . 190, do
NCPC, est abelece um a “clá u sula ge r a l”.
As clá usula s ge r a is são n or m a s com dir e t r ize s inde t e r m ina da s, que não
t razem expressam ent e um a solução j urídica ( consequência) . A norm a é
int eiram ent e abert a. Um a cláusula geral, em out ras palavras, é um t ext o

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norm at ivo que não est abelece, a priori, o significado do t erm o ( pressupost o) ,
t am pouco as consequências j urídicas da norm a ( consequent e) . Sua ideia é
est abelecer um a paut a de valores a ser preenchida de acordo com as
cont ingências hist óricas.
Segundo a dout rina 3 :
O CPC/ 2015, de m odo inovador e sem equivalent e exat o em direit o com parado, rom pe a
dogm át ica at é ent ão reinant e, e, m ediant e um a cláusula geral de negócio j urídico
processual, passa a adm it ir que a vont ade das part es, por m eio de negócios j urídicos
processuais bilat erais at ípicos ( não disciplinados casuist icam ent e em lei) , t enha im pact o no
procedim ent o e na relação j urídica processual est abelecida em lei.

O art . 190 est abelece alguns requisit os para que o negócio sej a firm ado
validam ent e:
 possuir part es plenam ent e capazes; e
 versar sobre direit os que perm it am a aut ocom posição, vale dizer, apenas poderá
envolver direit os disponíveis.

Vej a que int eressant e!


Se as part es forem capazes e negociarem sobre direit os que perm it am a
aut ocom posição e, além disso, não est ipularem cláusula abusiva de adesão nem
envolver pessoa em sit uação de vulnerabilidade, elas t erão am pla liberdade de
se valer do negócio j urídico processual para dispor sobre o procedim ent o.
Cuidado para não confundir aut ocom posição com indisponibilidade de direit os.
Mesm o processos que event ualm ent e versem sobre direit os indisponíveis podem
ser obj et o de aut ocom posição – não quant o ao obj et o, o direit o m at erial em si -
, m as quant o à form a de exercício e ao m om ent o de cum prim ent o da obrigação,
em que pode haver m odulação pelas part es em negócio j urídico processual.
Em razão da liberdade para firm ar esses negócios, part e da dout rina fala em
pr incípio do r e spe it o a o a ut or r e gr a m e nt o da vont a de no pr oce sso civil.
Além disso, de acordo com a dout rina 4 , a validade do negócio j urídico processual
depende de serem observados os requisit os de validade dos negócios j urídicos,
que est udam os no Direit o Civil. Assim , o negócio j urídico processual deve ser
celebrado por pessoas capazes, possuir obj et o lícit o e observar a form a previst a
ou não proibida em lei.

CAPACI D AD E Para a prát ica de at os j urídicos processuais, a part e deve t er capacidade


processual e não pode est ar envolvida em sit uação de vulnerabilidade, sob pena
de violar a igualdade de condições na negociação.

O BJETO Para a licit ude do obj et o, devem os observar alguns parâm et ros:

3
GAJARDONI , Fernando da Fonseca. Te or ia Ge r a l do Pr oce sso: Com e n t á r ios a o CPC de 2 0 1 5
– pa r t e ge r a l. São Paulo: Edit ora Forense: 2015, p. 1816.
4
JR. DI DI ER, Fredie. Cur so de D ir e it o Pr oce ssu a l Civil, Volum e 1, 18ª edição, rev., am pl. e
at ual, Bahia: Edit ora JusPodvim , 2016, p. 388 e seguint es.

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 As part es devem negociar obj et os lícit os, observando event uais delim it ações
legais específicas.
 As part es possuem liberdade na form ação do negócio de m odo que event ual
rest rição deve const ar expressa. Dit o de out ro m odo, na dúvida, preserva- se a
validade do negócio.
 Som ent e é possível fixar negócio j urídico processual em relação a m at érias
que adm it am a aut ocom posição.
 Adm it e- se o negócio j urídico em cont rat o de adesão, desde que não sej a
abusivo.

F ORM A A form a de realização do negócio j urídico processual é livre, excet o quando a lei
exigir form a específica ( por exem plo, a convenção de arbit ragem que deve ser
obj et o de negócio escrit o) .

Na sequência, pergunt a- se:


É possíve l a s pa r t e s fle x ibiliza r e m qua isque r r e gr a s de pr oce dim e nt o?
Não, não é possível! De acordo com a lit eralidade do art . 190, do NCPC, é possível
apenas:
 est ipular m udanças no procedim ent o para aj ust á- lo às especificidades da causa;
 convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, ant es ou
durant e o processo.

Port ant o, as part es podem dispor sobre regras procedim ent ais e posições
processuais.
Em relação à disposição das regras procedim ent ais, a dout rina 5 t em se
m anifest ado no sent ido de que é necessário se j ust ificar, à luz do caso concret o,
a alt eração no procedim ent o. Por exem plo, se t iverm os vários lit isconsort es, as
part es podem negociar prazos m ais am plos para m anifest ação.
Já em relação às posições processuais, não podem ser acordadas as posições do
j uiz, em relação às quais ent ende- se que o m agist rado não t em poder de
disposição.
Ainda há m uit a dúvida quant o a que regras e posições processuais podem ser
negociadas, j á que não há unanim idade e o assunt o som ent e deve ser abordado
em provas na m edida em que houver posicionam ent o dos t ribunais superiores.
Por enquant o, devem os nos preocupar com a redação lit eral dos disposit ivos.
D e t udo o que vim os, você de ve le va r pa r a a pr ova :

5
Cit e a dout rina de NEVES, Daniel Am orim Assum pção. M a n ua l de D ir e it o Pr oce ssua l Civil.
Volum e Único. 8ª edição, Bahia: Edit ora JusPodvim , 2016, p. 930. Há, ent ret ant o, dout rina
afirm ando que não foi essa a int enção do legislador de m odo que a flexibilização procedim ent al
independe das “ especificidades da causa” , a exem plo de GAJARDONI , Fernando da Fonseca.
Te or ia Ge r a l do Pr oce sso: Com e n t á r ios a o CPC de 2 0 1 5 – pa r t e ge r a l. Segundo o referido
aut or, bast a a conveniência das part es. São Paulo: Edit ora Forense: 2015, p. 1839. Para a prova,
você deve seguir a lit eralidade do art . 190, do NCPC, que fala acerca da necessidade de se
observar as “ especificidades da causa” .

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N EGÓCI O JURÍ D I CO PROCESSUAL

• Abrange apenas direit os que adm it em a aut ocom posição.


• As part es podem est ipular regras procedim ent ais ou dispor sobre posições
processuais ( ônus, poderes, faculdades e deveres) .
• Pode ser firm ado ant es ou durant e o processo.
• Não há a necessidade de part icipação do Juiz, m uit o m enos de hom ologação
j udicial, cont udo, o m agist rado deverá cont rolar a legalidade, anulando cláusula
de adesão abusiva e quando o negócio for est ipulado com part e em sit uação de
vulnerabilidade.
• Trat a- se de um a cláusula geral, de form a que as part es possuem liberdade para
est abelecer negócios j urídicos processuais.
• Princípio do respeit o ao aut orregram ent o da vont ade das part es.

Confira com o o assunt o é cobrado em prova:

( Pr e fe it u r a de Sa lva dor - BA/ Pr ocu r a dor / 2 0 1 5 – a da pt a da ) Em bora haj a divergência


dout rinária no que diz respeit o à possibilidade da ut ilização da dist inção ent re at os j urídicos em
sent ido est rit o e negócios j urídicos processuais, a dout rina processual m oderna reconhece a
exist ência da cat egoria dos denom inados negócios j urídicos processuais. À luz dessas
inform ações, e de acordo com essa dout rina e com a legislação em vigor, j ulgue:
As part es poderão realizar negócio j urídico processual referent e à dilação do prazo para recorrer,
caso o processo j udicial t enha com o obj et o direit o disponível.
Com e n t á r ios
Cor r e t a a assert iva à luz do NCPC. No CPC73, havia expressa vedação à part e para dispor sobre
prazo processual perem pt ório, para reduzi- lo ou am pliá- lo. Com a cláusula geral que viabiliza a
ut ilização dos negócios j urídicos processuais e, t am bém , com a previsão da calendarização dos
at os processuais, a dout rina defende que as part es podem dispor de t odos os prazos processuais,
inclusive sobre o prazo para recorrer, para renunciar, para reduzi- lo ou para am pliá- lo, ant es
nom inados com o prazos perem pt órios.

Vej am os m ais um a quest ão:


( Pr e fe it u r a de Sa lva dor - BA/ Pr ocu r a dor / 2 0 1 5 – a da pt a da ) Em bora haj a divergência
dout rinária no que diz respeit o à possibilidade da ut ilização da dist inção ent re at os j urídicos em
sent ido est rit o e negócios j urídicos processuais, a dout rina processual m oderna reconhece a
exist ência da cat egoria dos denom inados negócios j urídicos processuais. À luz dessas
inform ações, e de acordo com essa dout rina e com a legislação em vigor, j ulgue:
É vedada às part es, depois de iniciado o processo, a realização de negócio j urídico processual
sobre a dist ribuição do ônus da prova no processo civil.
Com e n t á r ios
A assert iva est á in cor r e t a , pois a realização do negócio j udicial pode ser prévio ou durant e o
curso do processo.

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4 - Ca le n dá r io Pr oce dim e n t a l
Out ro inst it ut o novo que t em os no NCPC é a denom inada calendarização
processual. Vej a o que nos diz a dout rina 6 :
Com o t écnica processual volt ada para a gest ão eficient e do t em po no processo ( art s. 4º a
8º , CPC) , o novo Código prevê a possibilidade de calendarização do procedim ent o. Vale
dizer: o j uiz e as part es, em regim e de diálogo, podem acert ar dat as para a realização dos
at os processuais.

As part es podem , port ant o, fixar um calendário para a prát ica de at os


processuais, proporcionando m ais agilidade na condução do processo e econom ia
de t em po, isso ocorre porque é desnecessária a int im ação das part es para a
realização de at os cuj as dat as est ej am definidas no calendário. O result ado dessa
prát ica será reduzir o t rabalho burocrát ico no cart ório e elim inar o t em po m ort o
do processo.
Trat a- se de um a espécie t ípica de negócio j urídico processual.
Além de m aior celeridade, ent ende- se que a calendarização processual irá
perm it ir m aior segurança j urídica em razão da previsibilidade da duração do
processo.
Confira o disposit ivo do NCPC:
Art . 191. De com um acordo, o j u iz e a s pa r t e s pode m fix a r ca le ndá r io pa r a a pr á t ica
dos a t os pr oce ssu a is, quando for o caso.
§ 1 o O ca le n dá r io vin cu la a s pa r t e s e o j u iz, e os pr a zos n e le pr e vist os som e n t e
se r ã o m odifica dos e m ca sos e x ce pciona is, de vida m e n t e j u st ifica dos.
§ 2 o Dispensa- se a int im ação das part es para a prát ica de at o processual ou a realização de
audiência cuj as dat as t iverem sido designadas no calendário.

Caso a part e não cum pra com o calendário previst o, haverá preclusão. Dit o de
out ro m odo, a part e perderá o direit o processual que est ava agendado para ser
prat icado at é det erm inada dat a.
Pa r a a pr ova ...

6
MARI NONI , Luiz Guilherm e. N ovo Código de Pr oce sso Civil Com e n t a do. 2ª edição, rev.,
at ual. e am pl., São Paulo: Edit ora Revist a dos Tribunais: 2016, 310.

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CALEN D ARI ZAÇÃO PROCESSUAL

• Possibilidade de as part es e o j uiz fixarem calendário para a prát ica dos at os


processuais.
• Dispensa a obrigat oriedade de int im ação para os at os previst os no calendário.
• Regra de efet ividade e celeridade processual, que im plica a desburocrat ização
do processo e a segurança j urídica.
• Som ent e é possível alt erar a dat a do calendário previam ent e fixado, em
sit uações excepcionais e m ediant e j ust ificat iva.

Confira com o o assunt o é cobrado em prova:

( D PE- PB/ D e fe n sor Pú blico- 2 0 1 4 – a da pt a da ) Quant o aos at os processuais, é corret o


afirm ar:
Podem as part es, de com um acordo, reduzir ou prorrogar quaisquer prazos processuais.
Com e n t á r ios
Essa assert iva, à luz do CPC73 est aria incorret a, pois havia a dist inção ent re prazos dilat órios e
perem pt órios. As part es poderiam reduzir ou prorrogar prazos processuais apenas se fossem
dilat órios.
No NCPC, a assert iva t orna- se cor r e t a , pois adm it e- se a flexibilização de quaisquer prazos, do
que se depreende da possibilidade de negócios j urídicos processuais e da calendarização do
processo.

Vej am os m ais um a quest ão sobre esse t em a:


( TCM - RJ/ Pr ocu r a dor / 2 0 1 5 ) Julgue:
Tendo sido propost a ação de despej o por falt a de pagam ent o, o réu procura o aut or e o advogado
dest e concorda em requerer por pet ição a prorrogação do prazo para oferecim ent o de defesa pelo
réu, enquant o ent abulam acordo. Diant e disso, o j uiz deferirá o pedido, pois se t rat a de direit os
disponíveis e am bas as part es est ão de acordo, irrelevant e a nat ureza do prazo ou do at o a ser
prat icado.
Com e n t á r ios
Est á cor r e t a a assert iva, pois, conform e est abelece o NCPC, as part es podem dispor de prazos,
not adam ent e quando pret enderem fixar acordo.

5 - For m a dos At os pr oce ssu a is


O est udo dos at os processuais no NCPC m ant ém a lógica do diplom a ant erior,
dist inguindo for m a , t e m po e luga r da prát ica dos at os.

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diz respeit o à form a com o o at o se


FORM A
ext erioriza

diz respeit o ao m om ent o em que o at o é


TEM PO
prat icado

diz respeit o ao espaço físico em que o at o é


LUGAR
realizado

Vam os iniciar com o est udo da form a dos at os processuais.


Em relação à prát ica de at os processuais, vam os analisar alguns disposit ivos
gerais do NCPC que são bast ant e relevant es. Na sequência, verem os os at os que
podem ser prat icados pelas part es, pelo j uiz e pelo escrivão ou chefe de
secret aria.
No que diz respeit o à prát ica elet rônica dos at os processuais, o assunt o será
m elhor est udado, com o dit o inicialm ent e, em t ópico próprio j unt am ent e com a
disciplina na Lei nº 11.419/ 2006.

5 .1 - I n t r odu çã o
O Código Civil prevê que, para a validade de negócios j urídicos, não há, em regra,
a necessidade de se observar um a form a especial. Essa regra de direit o m at erial
t ransport ada para o Direit o Processual Civil im plica o pr incípio da libe r da de de
for m a s ( ou sist em a da inst rum ent alidade das form as) , que est á expressam ent e
previst o no art . 188, do NCPC.
Além disso, o disposit ivo abaixo cit ado deixa claro que, m esm o se o at o for
prat icado sem observar as regras de form a, ainda assim poderá ser considerado
válido. Para isso, deverá at ingir a finalidade.
Por exem plo: na cit ação, o réu deve ser cient ificado da ação cont ra ele propost a
e, no m esm o at o, deve ser disponibilizada cópia da pet ição inicial para que possa
se defender. Caso, no at o cit at ório, não cont enha a cópia da pet ição inicial ou
inst rum ent o que perm it a à part e acessá- la, há vício na cit ação. Cont udo, se
m esm o irregular, a part e ré se dirigir ao cart ório e ext rair cópia da pet ição inicial,
pela falt a de prej uízo, o at o prat icado de form a irregular será válido.
Confira com o o assunt o é cobrado em prova:

( TJ- CE/ Ju iz/ 2 0 1 4 – a da pt a da ) Exam ine o enunciado seguint e e j ulgue- o:

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Com o regra geral, os at os processuais não dependem de form a det erm inada, configurando- se
com o válidos os que, realizados de out ro m odo, preencham sua finalidade.
Com e n t á r ios
Est á cor r e t a a assert iva e bem dem onst ra a regra de que som ent e haverá declaração de nulidade
na hipót ese de exist ir prej uízo. Caso haj a at endim ent o à finalidade, não há que se falar em
nulidade. Essa regra evidencia o princípio da inst rum ent alidade das form as.

Confira o que nos ensina o art . 188, do NCPC:


Art . 188. Os at os e os t erm os processuais in de pe nde m de for m a de t e r m ina da , SALVO
quando a le i e x pr e ssa m e n t e a e x igir , considerando- se válidos os que, realizados de out ro
m odo, lhe preencham a finalidade essencial.

Desse disposit ivo, você deve m em orizar:

SI STEM A D A I N STRUM EN TALI D AD E D AS FORM AS

• em regra, os at os processuais independem de form a pré- det erm inada;


• excepcionalm ent e, devem ser prat icados na form a legalm ent e previst a; e
• ainda que realizado irregularm ent e, se o at o at ingir a finalidade, rest ará
convalidado.

O princípio da publicidade inform a o Direit o Processual Civil com o um t odo. Em


relação à form a com que os at os processuais são prat icados, esse princípio fica
ainda m ais evident e.
Em face disso, o art . 189, do NCPC, est abelece que os a t os pr oce ssua is são,
EM REGRA, públicos. Assim , qualquer pessoa poderá t er acesso aos aut os,
part icipar de audiências et c. Há, ent ret ant o, rest rições ao princípio da
publicidade. I sso ocorre porque, em det erm inadas sit uações, exist em out ros
princípios considerados m ais relevant es.
Leia com at enção:
Art . 189. Os at os processuais sã o pú blicos, TOD AVI A t ram it am em se gr e do de j u st iça
os processos:
I - em que o exij a o int e r e sse público ou socia l;
I I - que versem sobre ca sa m e n t o, se pa r a çã o de cor pos, divór cio, se pa r a çã o, u n iã o
e st á ve l, filia çã o, a lim e n t os e gua r da de cr ia n ça s e a dole sce n t e s;
I I I - em que const em dados prot egidos pelo direit o const it ucional à in t im ida de ;
I V - que versem sobre a r bit r a ge m , in clu sive sobr e cu m pr im e nt o de ca r t a a r bit r a l,
D ESD E QUE a confidencialidade est ipulada na arbit ragem sej a com provada perant e o j uízo.

Tem os quat ro exceções ao princípio da publicidade dos at os processuais. Nessas


quat ro exceções, ao invés de serem públicos, os processos t ram it arão em
segredo de j ust iça.
( i) O int eresse público é aquele com um a t odas as pessoas. Já o int eresse social
é aquele que diz respeit o a det erm inada parcela da sociedade.

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Por exem plo, um a ação cont ra o Poder Público que vise discut ir a legalidade de
um a obra pública planej ada para det erm inado local. Nesse caso, a fim de evit ar
a especulação im obiliária das pessoas que residem nas redondezas, por int eresse
social, o processo deve t ram it ar em segredo de j ust iça.
( ii) Ações que envolvam direit o de fam ília dizem respeit o às pessoas que
com preendem aquele núcleo e, por razões de int im idade e privacidade, devem
ficar circunscrit as aos int eressados, j ust ificando- se a lim it ação de acesso ao
processo.
Para a nossa prova, devem os m em orizar quais são as espécies de ações
nom inadas no inc. I I que devem t ram it ar em segrego de j ust iça.
Assim ...

casam ent o

separação de corpos

divórcio

separação
QUESTÕES D E D I REI TO D E
FAM Í LI A QUE TRAM I TAM EM
SEGRED O D E JUSTI ÇA
união est ável

filiação

alim ent o

guarda de crianças/ adolescent es

O BSERVAÇÃO : separação de corpos é espécie de t ut ela j udicial que t em por


finalidade det erm inar o afast am ent o de um dos cônj uges do dom icílio do casal.
( iii) Nos incs. X e XI I , do art . 5º , da CF, t em os a disciplina das inviolabilidades,
que t em por finalidade prot eger a int im idade e a vida privada. Se violados,
confere- se à pessoa o direit o de pleit ear indenização por danos m at eriais e m orais
causados.
Por exem plo, publicidade de processo que visa indenizar a vít im a que t eve fot os
ínt im as veiculadas na int ernet .
Esse é apenas um exem plo. Vários out ros podem ser cit ados, com o:

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 com part ilham ent o de int ercept ações t elefônicas havidas no âm bit o crim inal no processo
civil;
 quebra de sigilo bancário e fiscal das part es em cum prim ent o de sent ença ou execução;
e
 preservação de dados com erciais/ est rat égicos de em presas em processos j udiciais.

( iv) Se as part es est ipularem cláusula de que a arbit ragem correrá em segredo
de j ust iça, at os j udiciais que envolvam a arbit ragem t am bém t erão procedim ent o
reservado.
Sobre o assunt o, ensina a dout rina 7 :
A Lei nº 9.307/ 1996, que t rat a da arbit ragem no Brasil, não im põe a confidencialidade com o
caract eríst ica ou condição do processo arbit ral. No ent ant o, sendo o sigilo um a das
vant agens ordinariam ent e apont adas do uso da arbit ragem , é absolut am ent e com um que
as part es, na convenção de arbit ragem , est abeleçam ou aceit em a confidencialidade. A fim
de preservar a vont ade das part es e a discrição por elas desej ada, corret am ent e o CPC/ 2015
est abelece o segredo de j ust iça nas causas que versem sobre arbit ragem , inclusive sobre
cum prim ent o de cart a arbit ral.

Por exem plo, execução de sent ença arbit ral que cont enha cláusula de
confidencialidade, deve t ram it ar em segredo de j ust iça. Para t ant o, quando a
part e aj uizar a execução deverá requerer que o processo t ram it e em segredo de
j ust iça, com provando a exist ência da cláusula em Juízo.
Um a vez definido que o processo t ram it ará em segredo de j ust iça, o acesso aos
aut os e o direit o de requerer cert idões será lim it ado. De acordo com o §1º , do
art . 191, apenas as part es e os respect ivos procuradores poderão acessar as
inform ações const ant es dos aut os e requerer cert idões.
Vej a:
§ 1 o O direit o de consult ar os aut os de processo que t ram it e em segredo de j ust iça e de
pedir cert idões de seus at os é rest rit o às part es e aos seus procuradores.

O t erceiro j uridicam ent e int eressado t erá acesso t ão som ent e ao disposit ivo da
sent ença ou do invent ário e da part ilha, se for o caso, na hipót ese de o processo
t ram it ar em segredo de j ust iça. Confira:
§ 2 o O t erceiro que dem onst rar int eresse j urídico pode requerer ao j uiz cert idão do
disposit ivo da sent ença, bem com o de invent ário e de part ilha result ant es de divórcio ou
separação.

Desse m odo, t em os:

7
GAJARDONI , Fernando da Fonseca. Te or ia Ge r a l do Pr oce sso: Com e n t á r ios a o CPC de 2 0 1 5
– pa r t e ge r a l. São Paulo: Edit ora Forense: 2015, p. 1801.

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I nt eresse público ou int eresse social

REGRA
Ações sobre casam ent o, separação
PUBLI CI D AD E
de corpos, divórcio, separação,
D OS ATOS
união est ável, filiação, alim ent os e
PROCESSUAI S
guarda de crianças e adolescent es
EXCEÇÕES

I nt im idade com sede const it ucional

Cláusula de confidencialidade em
j uízo arbit ral

N a s h ipót e se s de e x ce çõe s:

• Acessam - se os aut os apenas as part es e os respect ivos procuradores.


• O t erceiro j uridicam ent e int eressado t erá acesso apenas ao disposit ivo da
sent ença e, se for o caso, do invent ário e da part ilha.

Confira com o o assunt o é cobrado em prova:

( D PE- PB/ D e fe n sor Pú blico- 2 0 1 4 – a da pt a da )


Quant o aos at os processuais, é corret o afirm ar:
Pelo princípio da publicidade dos at os processuais, bem com o do direit o à inform ação, não pode
haver at ualm ent e nenhum processo que corra em segredo de j ust iça.
Com e n t á r ios
Podem os afirm ar que exist e o princípio da publicidade dos prazos processuais. Esse princípio,
cont udo, evidencia um a regra que poderá ser flexível quando out ras regras ou princípios m ais
im port ant es foram const at ados no caso concret o. Desse m odo, est á in cor r e t a a assert iva, pois
exist em várias exceções ao princípio da publicidade que im põem t ram it ação sigilosa a alguns
procedim ent os.

Sigam os!
Para encerrar esse prim eiro t ópico int rodut ório da m at éria, cum pre analisar o art .
192, do NCPC. Sem m aior relevância, é necessário t er em m ent e a lit eralidade
do disposit ivo, que prevê:
Art . 192. Em t odos os at os e t erm os do processo é obr iga t ór io o u so da língua
por t u gue sa .

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Parágrafo único. O docum ent o redigido em língua est rangeira som ent e poderá ser j unt ado
aos aut os quando acom panhado de versão para a língua port uguesa t ram it ada por via
diplom át ica ou pela aut oridade cent ral, ou firm ada por t radut or j uram ent ado.

Confira com o o assunt o é cobrado em prova:

( TJ- CE/ Ju iz/ 2 0 1 4 – a da pt a da ) Exam ine o enunciado seguint e e j ulgue- o:


Para ser anexado aos aut os, o docum ent o redigido em língua est rangeira deverá ser
acom panhado de versão em vernáculo, firm ada por t radut or ou cuj a aut ent icação da
t radução, se realizada sem t radut or oficial, sej a assegurada pelo advogado da part e.
Com e n t á r ios
A assert iva est á in cor r e t a . I m port ant e essa quest ão para esclarecer um det alhe:
Não há im pedim ent o para que docum ent os escrit os em língua est rangeira sej am j unt ados aos
Aut os. Cont udo, para que esses docum ent os sej am acost ados, eles devem ser t raduzidos para a
língua port uguesa, em face do que prevê o art . 192, caput , do NCP.

Quant o à t radução, devem os est ar at ent os, pois ela poderá ser realizada de t rês
m odos:
 versão em língua port uguesa t ram it ada por via diplom át ica. Quando o órgão do
Minist ério das Relações Ext eriores faz a t radução do docum ent o.
 versão port uguesa t ram it ada pela aut oridade cent ral, que é recurso do auxílio diret o,
previst o nos art s. 28 e seguint es do NCPC.
 t radução j uram ent ada.

Sigam os!

5 .2 – Pr á t ica e le t r ôn ica dos a t os pr oce ssu a is ( a r t s. 1 9 3 a 1 9 9 )


I nt rodução
Os at os processuais pode m se r t ot a l ou pa r cia lm e nt e digit a is, de m odo a
perm it ir que sej am produzidos, com unicados, arm azenados e validados por m eio
elet rônico, de acordo com o art . 193, do NCPC.
Art . 193. Os a t os pr oce ssua is pode m se r t ot a l ou pa r cia lm e n t e digit a is, de form a a
perm it ir que sej am produzidos, com unicados, arm azenados e validados por m eio elet rônico,
na form a da lei.

A regrat iva desses at os est á previst a t ant o no Código de Processo Civil quant o
na Le i nº 1 1 .4 1 9 / 2 0 0 6 .
O pr oce sso e le t r ônico const it ui um avanço im port ant e, pois elim ina cust os de
labor hum ano, racionalizando a prát ica de at os processuais. No processo físico o
advogado vai ao fórum para despachar com o j uiz, para consult ar o processo,
fot ocopiar, et c. Essas at ividades não exist em no processo elet rônico, pois a
grande m aioria dos at os processuais podem ser prat icados no escrit ório e casa,
com acesso à int ernet .

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Vej am os o que diz o dout rinador Daniel Am orim Assum pção Neves 8 sobre o
assunt o:
O processo elet rônico é um avanço porque elim ina at os hum anos cust osos, t ant o em t erm os
de esforço, t em porais, com o de cust o. Por part e do servent uário da j ust iça elim ina a
necessidade de form ação dos aut os, da j unt ada de peças ou de decisões, com que se dim inui
o t em po m ort o do processo, em nít ida vant agem à duração razoável do processo.

Hoj e, a Lei 11.419/ 2006 convive com o NCPC que est abelece regras relat ivas à
prát ica de at os processuais elet rônicos. Dada a delim it ação do nosso assunt o,
vam os t rat ar exclusivam ent e da legislação específica.

At os Processuais por m eio elet rônico


Prim eiram ent e, é im port ant e m encionar que o Novo Código de Processo Civil é
norm a post erior à edição da Lei 11.419/ 2006. Dessa form a, em event ual
confront o de norm as, deverá prevalecer o Novo Código de Processo Civil. Por
essa razão a aula de hoj e é t ão im port ant e.
Para iniciar o t em a vej am os, m ais um a vez, o art . 193 e seu parágrafo único:
Art . 193. Os at os processuais podem ser t ot al ou parcialm ent e digit ais, de form a a perm it ir
que sej am produzidos, com unicados, arm azenados e validados por m eio elet rônico, na
form a da lei.
Parágrafo único. O dispost o n e st a Se çã o a plica - se , no que for cabível, à pr á t ica de
a t os n ot a r ia is e de r e gist r o.

No que o parágrafo único t em com o obj et ivo perm it ir que os cart órios t am bém
ut ilizem os m eios elet rônicos para realizar seus at os. Com isso o legislador que
criar a possibilidade de que sej a inst it uído um sist em a de regist ro elet rônico que
int egre o Poder Judiciário e os Cart órios.
Sigam os com a análise do art . 194, do NCPC:
Art . 194. Os sist e m a s de a u t om a çã o pr oce ssu a l r e spe it a r ã o a publicida de dos a t os,
o a ce sso e a pa r t icipa çã o da s pa r t e s e de se u s pr ocu r a dor e s, inclusive nas audiências
e sessões de j ulgam ent o, observadas as ga r a n t ia s da disponibilidade, independência da
plat aform a com put acional, acessibilidade e int eroperabilidade dos sist em as, serviços, dados
e inform ações que o Poder Judiciário adm inist re no exercício de suas funções.

O art igo acim a deixa det erm inado que o sist em a elet rônico, em bora t enha com o
caract eríst ica a celeridade, não pode deixar de at ent ar a det erm inadas garant ias
processuais inarredáveis. O art igo prevê que o sist em a de aut om ação processual
deve ser com pat ível com o princípio do acesso à j ust iça.
Essa norm a se dest ina ao adm inist rador do sist em a j udicial, o qual deve agir de
m odo a respeit ar as garant ias descrit as.

8
NEVES, Daniel Am orim Assum pção. M a nu a l de D ir e it o Pr oce ssu a l Civil – Volu m e ú n ico. 8ª
Edição. Bahia: Edit ora Juspodvm , 2016, versão elet rônica.

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Adem ais, o processo j udicial elet rônico deverá respeit ar a publicidade dos at os.
Na verdade, t al form a de not ificação dos at os processuais facilit a m uit o o acesso
aos at os processuais, o que t orna a publicidade dos at os m ais sim ples e am pla.
Por fim , o art igo declara o am plo acesso das part es e de seus procuradores aos
aut os elet rônicos, especialm ent e no caso das audiências e sessões de j ulgam ent o
e t odos os at os orais neles realizados.
Segue um esquem a das garant ias m encionadas no disposit ivo:

a disponibilidade

a independência da plat aform a


com put acional
N O PROCESSO
ELETRÔN I CO D EVE
SER GARAN TI D A

a acessibilidade

a int eroperabilidade dos sist em as,


serviços, dados e inform ações que o
Poder Judiciário adm inist re no exercício de
suas funções

No que se refere à garant ia da disponibilidade, cabe desenvolver o assunt o. Com


disponibilidade o legislador quer garant ir que os sist em as inform at izados est ej am
sem pre em funcionam ent o, excet o em sit uações excepcionais que envolvam a
necessidade de reparo. Quant o a esse aspect o é relevant e m encionar que o STJ
ent ende que a falha operacional do serviço elet rônico no dia cabal do prazo
processual acarret a a consideração de t em pest ividade do at o prat icado no
prim eiro dia út il subsequent e. Esse é um exem plo im port ant e que envolve a
garant ia da disponibilidade.
Vej am os, agora, o que dispõe o art . 195, do NCPC:
Art . 195. O r e gist r o de a t o pr oce ssu a l e le t r ôn ico de ve r á se r fe it o e m pa dr õe s
a be r t os, que at enderão aos r e qu isit os de aut ent icidade, int egridade, t em poralidade, não
repúdio, conservação e, nos casos que t ram it em em segredo de j ust iça, confidencialidade,
observada a infraest rut ura de chaves públicas unificada nacionalm ent e, nos t erm os da lei.

Nesse art igo é essencial ent enderm os o que significa “ padrões abert os” . Com isso
quer- se dizer que o sist em a ut ilizado não poderá ser qualquer t er cust o ou
qualquer form a de lim it ação de uso.
Segue um esquem a com os requisit os do regist ro:

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REQUI SI TOS D OS REGI STROS D OS ATOS


PROCESSUAI S ELETRÔN I COS

• aut ent icidade


• int egridade
• t em poralidade
• não repúdio
• conservação
• confidencialidade, se necessário

Devem os com preender cada um desses t erm os.


• Aut e nt icida de se refere a ident ificação do aut or de cada at o processual.
• Já o requisit o da in t e gr ida de requer que os at os processuais não possam
ser alt erados post eriorm ent e.
• A t e m por a lida de exige que o sist em a sej a organizado de form a a
ident ificar, claram ent e, o dia e hora da prát ica do at o.
• O requisit o do nã o r e púdio visa aut ent icar o recebim ent o e envio das
m ensagens, sem que possa ser alegar o desconhecim ent o.
• O requisit o da conse r va çã o im põe a preservação dos at os processuais no
t em po.
• Por fim , será m ant ida a confide ncia lida de nos casos de segredo de
j ust iça.
Finalm ent e, o art . 195 m enciona que deverá ser observada a infraest rut ura de
chaves públicas. Esse t em a será t rat ado em aula fut ura ao t rat ar da Resolução
15/ 2013 do CNJ, que regulam ent a o sist em a inform at izado de processo j udicial.
É aí que chegam os no art . 196, o qual concede ao Conselho Nacional de Just iça
a com pet ência para regulam ent ar a prát ica e com unicação oficial dos at os
processuais realizados por m eio elet rônico.
Art . 196. Com pe t e a o Con se lh o N a cion a l de Ju st iça e, suplet ivam ent e, aos t r ibu na is,
r e gu la m e nt a r a pr á t ica e a com u n ica çã o oficia l de a t os pr oce ssua is por m e io
e le t r ôn ico e velar pela com pat ibilidade dos sist em as, disciplinando a incorporação
progressiva de novos avanços t ecnológicos e edit ando, para esse fim , os at os que forem
necessários, respeit adas as norm as fundam ent ais dest e Código.

Not e que o art igo confere a com pet ência suplem ent ar aos t ribunais para
regulam ent ar os at os processuais elet rônicos no âm bit o de sua com pet ência
t errit orial.
Vej am os, na sequência, o art . 197, do NCPC:
Art . 197. Os t r ibu na is divu lga r ã o a s infor m a çõe s const ant es de seu sist em a de
aut om ação e m pá gin a pr ópr ia na rede m undial de com put adores, gozando a divulgação
de presunção de veracidade e confiabilidade.
Parágrafo único. Nos casos de problem a t écnico do sist em a e de erro ou om issão do auxiliar
da j ust iça responsável pelo regist ro dos andam ent os, poderá ser configurada a j ust a causa
previst a no art . 223, caput e § 1o.

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Cada Tribunal deverá possuir página própria para a divulgação das inform ações
const ant es no sist em a elet rônico. As inform ações present es na página gozarão
de presunção de veracidade e confiabilidade. Essa regra é im port ant e, m as
t am bém óbvia.
O parágrafo único prevê o inevit ável: a possibilidade de falha t écnica ou erro.
Tais problem as não podem gerar perda de prazo, por isso acarret arão a j ust a
causa do art . 223, § 1º . Vej am os a norm a:
Art . 223. Decorrido o prazo, ext ingue- se o direit o de prat icar ou de em endar o at o
processual, independent em ent e de declaração j udicial, ficando assegurado, porém , à part e
provar que não o realizou por j ust a causa.
§ 1o Conside r a - se j ust a ca u sa o e ve n t o a lh e io à von t a de da pa r t e e qu e a im pe diu
de pr a t ica r o a t o por si ou por m a n da t á r io.

A fim de facilit ar o acesso aos sist em as inform at izados, t em os o art . 198.


Art . 198. As u n ida de s do Pode r Ju diciá r io de ve r ã o m a n t e r gr a t uit a m e n t e , à
disposição dos int eressados, e qu ipa m e n t os ne ce ssá r ios à pr á t ica de a t os pr oce ssu a is
e à con su lt a e a o a ce sso a o sist e m a e aos docum ent os dele const ant es.
Parágrafo único. Será adm it ida a prát ica de at os por m eio não elet rônico no local onde não
est iverem disponibilizados os equipam ent os previst os no caput .

Com o a prát ica processual dos at os elet rônicos requer equipam ent os
com put adorizados, devem as unidades do Poder Judiciário fornecer m eios
t écnicos para a prát ica desses at os. Assim , deverão disponibilizar, grat uit am ent e,
os equipam ent os para prát ica dos aut os e consult as ao sist em a.
Caso a unidade do Poder Judiciário não disponibilize os equipam ent os necessário,
será adm it ida a prát ica de at o processual por m eio não elet rônico.
Sigam os para a análise do últ im o disposit ivo de hoj e.
Art . 199. As unidades do Poder Judiciário a sse gu r a r ã o à s pe ssoa s com de ficiê n cia
a ce ssibilida de a os se u s sít ios na r e de m un dia l de com pu t a dor e s, ao m eio elet rônico
de prát ica de at os j udiciais, à com unicação elet rônica dos at os processuais e à assinat ura
elet rônica.

O art igo 199, do NCPC, declara que deve ser assegurado o acesso, aos port adores
de deficiência, dos sist em as elet rônicos para a prát ica dos at os processuais.

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D EVERÁ SER ACESSÍ VEL AOS D EFI CI EN TES:

a prát ica de at os j udiciais

a com unicação elet rônica dos at os


processuais

a assinat ura elet rônica.

Essas são as balizas gerais, que est ão m elhor explicit adas pela Lei 11.419/ 2006,
a qual passarem os a analisar.

5 .3 - At os da s Pa r t e s
Em relação aos at os prat icados pelas part es, o NCPC reserva t ão som ent e dois
disposit ivos. As part es, ent ret ant o, prat icam inúm eros at os no processo. Elas
podem cont est ar a ação, confessar o pedido, t ransacionar com a out ra part e a
solução da causa de form a ant ecipada et c.
Alguns desses at os a part e prat icará sozinha ( at os unilat erais) , out ros prat icará
em com um acordo com out ras part es processuais ( at os bilat erais) .
De t odo m odo, um a vez prat icado, o at o surt irá efeit os. Essa produção im ediat a
de efeit os, quant o ao at o prat icado pela part e, est á disciplinada expressam ent e
no art . 200, do NCPC:
Art . 200. Os at os das part es consist ent es em declarações unilat erais ou bilat erais de
vont ade pr odu ze m im e dia t a m e n t e a const it uição, m odificação ou ext inção de direit os
processuais.
Parágrafo único. A desist ência da ação só produzirá efeit os após hom ologação j udicial.

A produção im ediat a de efeit os é a regra, pois, na hipót ese do parágrafo único


acim a cit ado, é necessária a hom ologação j udicial para que o at o produza efeit os.
Assim , seu raciocínio deve ser est abelecido da seguint e form a: nã o se e x ige
hom ologa çã o dos a t os da s pa r t e s pa r a que pr oduza m e fe it os j ur ídico
pr oce ssua is, com e x ce çã o da de sist ê ncia da a çã o.
O fat o de não se exigir, em regra, a hom ologação, não significa que o m agist rado
não poderá cont rolar a legalidade dos at os processuais prat icados. Cabe ao
m agist rado, quando em cont at o com os at os processuais prat icados pela part e,
avaliar a regularidade.
Confira com o o assunt o é cobrado em prova:

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( Pr e fe it u r a de Sa lva dor - BA/ Pr ocu r a dor / 2 0 1 5 – a da pt a da ) Em bora haj a divergência
dout rinária no que diz respeit o à possibilidade da ut ilização da dist inção ent re at os j urídicos em
sent ido est rit o e negócios j urídicos processuais, a dout rina processual m oderna reconhece a
exist ência da cat egoria dos denom inados negócios j urídicos processuais. À luz dessas
inform ações, e de acordo com essa dout rina e com a legislação em vigor, j ulgue:
Qualquer negócio j urídico processual deverá ser hom ologado pelo j uiz para que sej a considerado
válido e produza seus efeit os regulares.
Com e n t á r ios
A assert iva est á in cor r e t a , pois o m agist rado, em bora efet ue o cont role de legalidade sobre os
negócios j urídicos processuais, não t raz previsão de prévia hom ologação para produção de
efeit os.
Lem bre- se do exem plo da cláusula de eleição de foro. Ela produz efeit os independent em ent e de
hom ologação j udicial, em bora possa ser declarada nula pelo Judiciário.

Vej am os m ais um a quest ão:


( TJ- CE/ Ju iz/ 2 0 1 4 – a da pt a da ) Exam ine o enunciado seguint e e j ulgue- o:
Os at os das part es, consist ent es em declarações unilat erais ou bilat erais de vont ade, produzem
desde logo a const it uição, a m odificação ou a ext inção de direit os processuais.
Com e n t á r ios
Est á cor r e t a a assert iva, que revela o efeit o im ediat o dos at os processuais prat icados pelas
part es, de m odo que produzem efeit os no processo independent em ent e de qualquer hom ologação
j udicial.

Sigam os!
Um a vez prat icado o at o processual, a part e poderá exigir recibo da prát ica. I sso
porque um a vez prat icado o at o, decorrem duas consequências:
1ª CON SEQUÊN CI A : a irret rat abilidade, um a vez que os efeit os são im ediat os; e
2 ª CON SEQUÊN CI A : a preclusão consum at iva, um a vez que a prát ica do at o pela part e
exaure a prerrogat iva de fazê- lo.

Dit o de form a sim ples, a part e não pode, ainda que dent ro do prazo, cont est ar
duas vezes. A apresent ação da cont est ação é irret rat ável e, um a vez
apresent ada, im plica a preclusão pela consum ação. A segunda cont est ação
apresent ada não será recebida e nem sequer considerada nos Aut os.
Por isso, o art . 201, do NCPC, t rat a da em issão de recibo em face da prát ica de
at os processuais, que const it ui inst rum ent o para dem onst rar a prát ica do at o.
Art . 201. As part es poderão exigir recibo de pet ições, arrazoados, papéis e docum ent os
que ent regarem em cart ório.

Para encerrar o t ópico, confira o art . 202, do NCPC, que est abelece um a regra
sem m uit a relevância em t erm os de cont eúdo, m as que é fr e que nt e e m pr ova s:
Art . 202. É VED AD O lançar nos aut os cot a s m a r gina is ou in t e r line a r e s, as quais o j uiz
m andará riscar, im pondo a quem as escrever m ult a correspondent e à m et ade do salário-
m ínim o.

Esse disposit ivo foi m uit o exigido em provas sob a égide do CPC73 ( no ant igo art
161) . Cert am ent e, será obj et o de provas fut uras, segundo o NCPC.

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 COTAS M ARGI N AI S : m anuscrit o à m argem do processo; e
 COTAS I N TERLI N EARES : m anuscrit o ent re as linhas do que est á escrit o no processo.

Esse disposit ivo não im pede a prát ica de at os na form a m anuscrit a, m as


est abelece que, em docum ent o j á redigido, se a part e lançar esses escrit os
m arginais ou int erlineares serão aplicadas duas sanções:
1 ª sa n çã o: riscar dos aut os o que foi escrit o indevidam ent e; e
2 ª sa n çã o: m ult a no valor de ½ salário m ínim o.

Pa r a a pr ova , o que de vo obr iga t or ia m e nt e m e m or iza r ?

ATOS D AS PARTES

• Envolvem declarações unilat erais e bilat erais.


• Produzem efeit os im ediat am ent e, em regra, com exceção da desist ência da
ação que depende de hom ologação da part e.
• A prát ica do at o pela part e é irret rat ável e leva à preclusão consum at iva.
• Veda- se o uso de cot as m arginais e int erlineares. O j uiz m andará riscar e
m ult ará a part e em ½ salário m ínim o.

5 .4 - Pr on u n cia m e n t os do Ju iz
Ao longo de t odo o procedim ent o, o j uiz t am bém prat ica e part icipa de diversos
at os processuais. Por exem plo, o j uiz exerce a presidência e o poder de polícia
na audiência. Trat a- se de um at o m at erial prat icado pelo m agist rado no processo.
Cont udo, para nosso est udo, nesse t ópico, int eressam os pronunciam ent os
j udiciais. Vale dizer, os at os processuais que são prat icados t ão som ent e pelo
m agist rado. São t rês:

sent enças

PRON UN CI AM EN TOS
decisões int erlocut órias
JUD I CI AI S

despachos

Confira:
Art . 203. Os pr on u n cia m e n t os do j u iz consist irão em sent enças, decisões int erlocut órias
e despachos.

Nos parágrafos t em os o conceit o de cada um a dessas espécies de


pronunciam ent os j udiciais.

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A se nt e nça é o pronunciam ent o j udicial que dá fim à a t ivida de j ur isdiciona l
da fa se de conh e cim e nt o ou e x t ingue a a çã o de e x e cuçã o. A sent ença
poderá se dar com ou sem resolução de m érit o, conform e dispõem ,
respect ivam ent e, os art s. 487 e 485, am bos do NCPC. Vej a:
§ 1 o RESSALVAD AS as disposições expressas dos procedim ent os especiais, SEN TEN ÇA é
o pronunciam ent o por m eio do qual o j u iz, com fundam ent o nos art s. 485 e 487, põe fim
à fa se cogn it iva do pr oce dim e nt o com u m , be m com o e x t ingu e a e x e cu çã o.

Da sent ença, cabe apelação.


Pa r a a pr ova ...

põe fim à fase de conhecim ent o

SEN TEN ÇA –
ext ingue a execução
decisão que

o que for previst o com o sent ença em


procedim ent o especial

A de cisã o int e r locut ór ia envolve pronunciam ent os j udiciais dados no curso do


processo, que resolvem quest ões incident es. Em t erm os prát icos, t oda e qualquer
decisão proferida pelo m agist rado, que não coloque fim à fase de conhecim ent o,
será denom inada de int erlocut ória.
Da decisão int erlocut ória, cabe agravo de inst rum ent o.
E se pôr fim à fa se de conhe cim e nt o? Se a decisão pôr fim à fase de
conhecim ent o será cham ada de sent ença, conform e analisado acim a!
Confira:
§ 2 o D ECI SÃO I N TERLOCUTÓRI A é t odo pronunciam ent o j udicial de nat ureza decisória
que não se enquadre no § 1 o .

O de spa cho, por sua vez, é at o prat icado pelo j uiz se m cunho decisório. São
at os que t em por finalidade t ão som ent e im pulsiona r o pr oce sso, denom inados
at os de m ero expedient e. Por não cont er cont eúdo decisório, os despachos são
irrecorríveis.
§ 3 o São D ESPACH OS t odos os dem ais pronunciam ent os do j uiz prat icados no processo,
de ofício ou a requerim ent o da part e.

Pergunt a- se:
A Const it uiçã o n ã o pr e vê no inc. XI V, do a r t . 9 3 , que os se r vidor e s
r e ce be r ã o de le ga çã o pa r a a pr á t ica de a t os de a dm inist r a çã o e a t os de
m e r o e x pe die nt e ? Por t a n t o, o j uiz pode r á de le ga r a o se r vidor a pr á t ica
de de spa chos?

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N ÃO! Na realidade, t udo o que disser respeit o a at os do j uiz sem carát er decisório
será denom inado de despacho. Alguns desses at os, ent ret ant o, envolvem
sit uações expressam ent e previst as na legislação ou, at é m esm o, em provim ent os
de corregedorias ou port arias j udiciais. Quando isso ocorrer, ao invés de o
m agist rado prat icar esse at o, com o form a de ot im izar e de racionalizar a
prest ação da at ividade j urisdicional, ele será efet uado pelo servidor, por previsão
legal ou por delegação do m agist rado. Nesse caso, eles serão denom inados de
at os ordinários. Vej a:
§ 4 o Os a t os m e r a m e n t e or din a t ór ios, com o a j un t a da e a vist a obr iga t ór ia ,
I N D EPEN D EM D E D ESPACH O, devendo ser prat icados de ofício pelo servidor e revist os
pelo j uiz quando necessário.

Para facilit ar a com preensão...


Vam os pensar em um processo físico. Quando a part e prot ocoliza em cart ório
um a pet ição para ser j unt ada no processo, é desnecessário despacho do j uiz
det erm inando a j unt ada ( o fam oso “ Junt e- se” ) . O próprio servidor poderá j unt ar
aos aut os a via da pet ição prot ocolada e enviar concluso o processo ao
m agist rado para que ele decida qual o andam ent o ( leia- se o im pulsionam ent o) a
ser dado. Da análise dessa pet ição, o j uiz poderá despachar que a part e sej a
int im ada para se m anifest ar no prazo de 5 dias. Esse pronunciam ent o do j uiz
será um despacho.
Port ant o...

D e spa ch o At o Or din a t ór io

at o sem carát er decisório, de m ero prát ica de at os sem carát er


im pulsionam ent o decisório pelo servidor

poderá ser delegada a prát ica ao


previst o em lei ou delegado pelo
servidor ( se delegada, é prat icado
m agist rado ao servidor
com o at o ordinat ório)

Ape na s um e scla r e cim e nt o...


O at o processual " despacho" não é prat icado pelo
servidor, m as pelo j uiz.
Cont udo, pela nat ureza do despacho, ele pode ser
delegado ao servidor.
Nesse cont ext o, quando delegado ao servidor o cont eúdo de at o que deveria ser
prat icado pelo j uiz com o despacho, o servidor o faz na form a de at o ordinat ório.
Port ant o, o servidor NÃO pode despachar, m as pode receber a delegação para a
prát ica de " despachos" , sob a form a de at os ordinat órios.

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Sint et izando as espécies de pronunciam ent os j udiciais, t em os:

decisão que põe fim à fase de conhecim ent o ou


SEN TEN ÇA
ext ingue a execução

D ECI SÃO decisão que resolve incident e sem pôr fim ao


I N TERLOCUTÓRI A processo

pronunciam ent os j udiciais sem carát er


D ESPACH O
decisório

O art . 204, do NCPC, esclarece a quest ão dos pronunciam ent os pelo Tribunal.
Quando est udam os os pronunciam ent os, sem pre nos referim os ao j uiz com o
m agist rado at uando sozinho em prim eira inst ância.
No t ribunal, as decisões são colegiadas e não é corret o, t ecnicam ent e, falar em
sent ença dada pelo t ribunal. Desse m odo, esclarece o art . 204, do NCPC, que
sem pre que o órgão colegiado do Tribunal proferir um a decisão será denom inado
de a cór dã o. Confira:
Art . 204. Acórdão é o j ulgam ent o colegiado proferido pelos t ribunais.

Cum pre esclarecer que, nos t ribunais, t em os a figura


do relat or. O relat or é quem conduz o processo at é o
j ulgam ent o pelo órgão colegiado, sendo o responsável
por analisar o caso com a elaboração do relat ório e do
vot o, por dar andam ent o ao processo e por redigir, em regra, o acórdão após o
j ulgam ent o. Nesse curso – desde a chegada do processo no t ribunal at é o final
do t râm it e – serão necessários alguns despachos e decisões, que serão
denom inadas de decisões m onocrát icas. São cham adas de m onocrát icas porque,
em bora em t râm it e em órgão colegiado, essa decisão é proferida por apenas um
j uiz, o relat or do processo.
Assim ...

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decisão que
põe fim à fase
de
decisão que
conhecim ent o
ext ingue a
execução

decisão que
resolve
incident es no
processo

ACÓRD ÃO

O art . 205, por sua vez, est abelece que esses pronunciam ent os j udiciais – t ant o
do j uiz de prim eiro grau com o do t ribunal – devem ser:
 redigidos, vale dizer, não podem ser prat icados exclusivam ent e na form a oral;
 dat ados;
 assinados pelos j uízes que o prat icaram ; e
 publicados no Diário de Just iça Elet rônico.

Leia:
Art . 205. Os despachos, as decisões, as sent enças e os acórdãos serão r e digidos, da t a dos
e a ssina dos pe los j u íze s.
§ 1 o Quando os pronunciam ent os previst os no caput forem proferidos oralm ent e, o servidor
os docum ent ará, subm et endo- os aos j uízes para revisão e assinat ura.
§ 2 o A assinat ura dos j uízes, em t odos os graus de j urisdição, pode ser feit a
elet ronicam ent e, na form a da lei.
§ 3 o Os despachos, as decisões int erlocut órias, o disposit ivo das sent enças e a em ent a dos
acórdãos se r ã o publica dos n o D iá r io de Ju st iça Ele t r ôn ico.

Em relação aos at os do j uiz...

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ATOS D O JUI Z

• O j uiz prat ica at os m at eriais ( presidência da audiência) e pronunciam ent os


j udiciais.
• A SENTENÇA e a decisão que põe fim à fase de conhecim ent o, ext ingue a
execução ou o que for previst o com o sent ença em procedim ent o especial.
• A DECI SÃO I NTERLOCUTÓRI A const it ui decisão que resolve incident e sem pôr
fim ao processo.
• O DESPACHO envolve pronunciam ent os j udiciais sem carát er decisório.
• O ACÓRDÃO const it ui decisão que põe fim à fase de conhecim ent o, que ext ingue
a execução e que resolve incident es no processo no âm bit o dos t ribunais.

5 .5 - At os do Escr ivã o ou do Ch e fe de Se cr e t a r ia
Para encerrar essa prim eira part e da aula de hoj e, rest a est udar os at os
processuais prat icados pelo escrivão ou pelo chefe de secret aria. Lem brando,
para fins do nosso est udo, que escrivão e chefe de secret aria represent am a
m esm a pessoa.
Os servidores são auxiliares do Juízo que execut am at ividade- m eio a fim de que
sej a prest ada a t ut ela j urisdicional do m odo m ais efet ivo possível. Nesse
cont ext o, a adm inist ração de t odo o procedim ent o burocrát ico de t râm it e
processual fica sob o encargo do escrivão e do chefe de secret aria.
Nesse cont ext o, prevê o art . 206, do NCPC, que recebida a pet ição inicial, o
escrivão ou chefe de secret aria fará a a ut ua çã o. Ant es da aut uação, porém ,
haverá o regist ro do processo.
Art . 206. Ao receber a pet ição inicial de processo, o escrivão ou o chefe de secret aria a
aut uará, m encionando o j uízo, a nat ureza do processo, o núm ero de seu regist ro, os nom es
das part es e a dat a de seu início, e procederá do m esm o m odo em relação aos volum es em
form ação.

Em ordem , t em os:

PROTOCOLO : m arca a proposit ura da ação

REGI STRO : inscrição de fat os referent es ao processo para fins


de consult a, est at íst icos e hist óricos

D I STRI BUI ÇÃO :


divisão im parcial de processos ent re j uízes com
idênt ica com pet ência

AUTUAÇÃO : colocação de capa, j unt ada de peças e docum ent os,


rubrica de folhas et c.

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Um det alhe relevant e! N ÃO H Á AUTUAÇÃO PELO SERVI D OR N O PROCESSO
ELETRÔN I CO. I sso m esm o! A aut uação no processo físico é at o prat icado pelo
escrivão ou chefe de secret aria. No processo elet rônico, t odas essas inform ações
são m ont adas via sist em a a part ir das inform ações lançadas pelo advogado da
part e no m om ent o do pet icionam ent o.
De acordo com a dout rina 9 :
A at uação do escrivão ou do chefe da secret aria na aut uação da pet ição inicial é exclusiva
do processo que t enha aut os físicos, porque nos aut os elet rônicos os requisit os exigidos
para a at uação são preenchidos pelo próprio aut or. Não há, propriam ent e, um a aut uação
aut om át ica, conform e previst o no art . 10 da Lei 11.419/ 2006, j á que caberá ao advogado
do aut or a indicação do j uízo, da nat ureza do processo, o núm ero de seu regist ro, os nom es
das part es e a dat a de seu início.

Assim , no caso do processo elet rônico, ao invés de o servidor execut ar as


at ividades relat ivas ao regist ro, ele at uará na fiscalização do at o. I rá, port ant o,
analisar se os dados inform ados est ão corret os e se foram prat icados de form a
regular.
De acordo com os art s. 207 e 208, am bos do NCPC, cabe ao servidor efet uar a
num eração e a rubrica das folhas nos aut os. Novam ent e é im port ant e frisar que
esse at o processual do escrivão ou chefe de secret aria é prat icado t ão som ent e
quando envolver processo físico. No processo elet rônico, esses at os são
prat icados aut om at icam ent e pelo sist em a j udicial.
Confira:
Art . 207. O escrivão ou o chefe de secret aria nu m e r a r á e r u br ica r á t oda s a s folh a s dos
a u t os.
Parágrafo único. À part e, ao procurador, ao m em bro do Minist ério Público, ao defensor
público e aos auxiliares da j ust iça é facult ado rubricar as folhas correspondent es aos at os
em que int ervierem .
Art . 208. Os t e r m os de j unt ada, vist a , con clu sã o e out ros sem elhant es const arão de
not as dat adas e rubricadas pelo escrivão ou pelo chefe de secret aria.

Ape na s pa r a e scla r e ce r ...

9
NEVES, Daniel Am orim Assum pção. M a n ua l de D ir e it o Pr oce ssua l Civil. Volum e Único. 8ª
edição, Bahia: Edit ora Jus PodVim , 2016, p. 1.019.

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TERM O

• docum ent o gerado pela servent ia, ou sej a, pelos servidores na exercício das suas funções
em relação àquele processo ( por exem plo, cert idões de j unt ada de docum ent o) .

VI STA

• encam inham ent o dos aut os ao advogado da part e e, quando for o caso, ao Minist ério
Público e à Defensoria.

CON CLUSÃO

• encam inham ent o do processo ao m agist rado para deliberação.

A fina lida de dessa norm a ( aplicável aos processos físicos) é conferir fé pública
aos docum ent os e peças que const am dos aut os. Além disso, a num eração irá
at est ar a ordem cronológica de prát ica dos at os processuais.
O art . 209, do NCPC, prevê a assinat ura de at os e dos t erm os do processo:
Art . 209. Os at os e os t erm os do processo serão a ssin a dos pelas pessoas que neles
int ervierem , t odavia, quando essas não puderem ou não quiserem firm á- los, o escrivão ou
o chefe de secret aria cert ificará a ocorrência.
§ 1 o Quando se t rat ar de processo t ot al ou parcialm ent e docu m e n t a do e m a u t os
e le t r ôn icos, os at os processuais prat icados na presença do j uiz poderão ser produzidos e
arm azenados de m odo int egralm ent e digit al em arquivo elet rônico inviolável, na form a da
lei, m ediant e regist ro em t erm o, que será assinado digit alm ent e pelo j uiz e pelo escrivão
ou chefe de secret aria, bem com o pelos advogados das part es.
§ 2 o Na hipót ese do § 1 o , event uais cont radições na t ranscrição deverão ser suscit adas
oralm ent e no m om ent o de realização do at o, sob pena de preclusão, devendo o j uiz decidir
de plano e ordenar o regist ro, no t erm o, da alegação e da decisão.

A assinat ura é o que confere aut ent icidade ao docum ent o processual. Caso a
part e se negue a assiná- la ou não possa fazê- lo, o escrivão ou chefe de secret aria,
em razão do poder que lhe é conferido, at est ará a fé pública do at o, aut ent icando-
o em nom e da part e.
O art . 210, do NCPC, disciplina os m ét odos de regist ro de at os processuais:
Art . 210. É LÍ CI TO o uso da t aquigrafia, da est enot ipia ou de out ro m ét odo idôneo em
qualquer j uízo ou t ribunal.

Na prát ica de det erm inados at os processuais, em razão do pouco t em po de que


dispõem o m agist rado, os advogados e as part es, é necessário im prim ir agilidade
no regist ro de at os. Com o dit o, t odos os at os verbais dos m agist rados devem ser
regist rados por escrit o.
Nesse cont ext o, são adot adas algum as t écnicas, ent re elas, a t aquigrafia e a
est enot ipia. Qua l é a dife r e nça ?

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escrit a abreviada à
TAQUI GRAFI A
m ão

escrit a abreviada
ESTEN OTI PI A por aparelho
m ecânico

Port ant o, em palavras sim ples, a t aquigrafia e est enot ipia const it uem for m a s
a br e via da s de e scr it a que pode m se r ut iliza da s pa r a o r e gist r o de a t os
pr oce ssua is.
Para encerrar esse t ópico da aula, t em os a expressa previsão do art . 211, cuj a
leit ura é o suficient e para a nossa prova:
Art . 211. N ÃO se adm it em nos a t os e t e r m os pr oce ssua is e spa ços e m br a n co, SALVO
os que forem inut ilizados, assim com o ent relinhas, em endas ou rasuras, EXCETO quando
expressam ent e ressalvadas.

D e t udo o que vim os ne sse t ópico...

ATOS D O ESCRI VÃO OU CH EFE D E SECRETARI A

• São responsáveis pelo prot ocolo, regist ro, dist ribuição ( se houver) e aut uação.
• Todos as peças e docum ent os devem ser num erados e rubricados, inclusive
t erm os, vist as e conclusão.
• Adm it e- se o uso de form as abreviadas ( t aquigrafia e est enot ipia) para o regist ro
de at os processuais.

6 - Te m po dos At os Pr oce ssu a is


Em relação à t em át ica do t em po dos at os processuais, t em os cinco art igos no
NCPC. Com o vist o na int rodução, o t em po dos at os processuais t rat a do m om ent o
em que o at o processual é prat icado.
Em r e gr a , os at os processuais são pr a t ica dos e m dia s út e is, e nt r e a s 6 e 2 0
hor a s, segundo disciplina o art . 212, do NCPC.
Art . 212. Os at os processuais serão r e a liza dos e m dia s ú t e is, D AS 6 ( SEI S) ÀS 2 0
( VI N TE) H ORAS.

Não obst ant e a regra, t em os algum as ESPECI FI CI D AD ES que devem os est udar.
 Caso não sej a possível concluir o at o processual at é as 20 horas, ele deverá
ser cont inuado em out ro dia út il, dent ro do horário previst o.

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Cont udo, há possibilidade de que sej a concluído no m esm o dia, a pós a s 2 0
hor a s, se:
 prej udicar a diligência; ou
 causar grave dano.
Confira:
§ 1 o Serão concluídos APÓS as 20 ( vint e) horas os at os iniciados ant es, qu a n do o
a dia m e n t o pr e j udica r a diligê n cia ou ca u sa r gr a ve da n o.

Por exem plo, se a audiência envolver a oit iva de t est em unhas e não forem t odas
ouvidas e, ent re elas, rest ar um a t est em unha que est ej a com viagem m arcada
para residir de form a definit iva no ext erior e essa t est em unha for fundam ent al
ao deslinde do processo, a fim de evit ar grave dano e at é m esm o prej udicar a
produção da prova, adm it e- se, excepcionalm ent e, a cont inuação da audiência
para além das 20 horas.
 Considera- se dia út il, excet o se coincidir com feriado, de se gunda a se x t a -
fe ir a . I m port ant e regist rar que, conform e verem os no art . 216, do NCPC, sábado
e dom ingo são considerados feriados para fins forenses. I sso é im port ant e, pois,
em regra, o sábado é dia út il, em t erm os t écnicos. Cont udo, à luz do NCPC,
devem os considerá- los com o feriados. I sso fará t oda diferença quando
est udarm os os prazos processuais.
 Cit ações, int im ações e penhoras pode m se r r e a liza da s for a do h or á r io e ,
inclusive , e m dia s nã o út e is.
Confira:
§ 2 o I ndependent em ent e de aut orização j udicial, as cit ações, int im ações e penhoras
poderão realizar- se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias
út eis fora do horário est abelecido nest e art igo, observado o dispost o no art . 5 o, inciso XI ,
da Const it uição Federal.

 Quando, para prát ica do at o, for necessário o prot ocolo físico perant e o órgão
j udiciário, deve ser observado o horário de funcionam ent o do fórum , de acordo
com as norm as de organização j udiciária.
§ 3 o Quando o at o t iver de ser prat icado por m eio de pet ição em aut os não elet rônicos, essa
deverá ser prot ocolada no horário de funcionam ent o do fórum ou t ribunal, conform e o
dispost o na lei de organização j udiciária local.

Esse disposit ivo não se aplica aos casos em que o envio da peça pode ser feit o
exclusivam ent e por m eio elet rônico. Agora, se houver prot ocolo de docum ent o
físico, aplica- se o §3º .
Vam os t razer um exem plo: a part e, para apresent ar a cont est ação em processo
elet rônico, necessit a j unt ar aos aut os algum as m ídias com gravações. Essas
gravações irão com por os Aut os do processo e devem ser ent regues fisicam ent e
perant e o órgão j udiciário. Nesse caso, a defesa poderia j unt ar a cont est ação at é
o final do dia, cont udo, o docum ent o físico deve ser deposit ado em cart ório at é o
horário de fecham ent o da unidade j udiciária.

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Confira, na sequência, a regra para a prát ica de at os processuais na form a
elet rônica:
Art . 213. A pr á t ica e le t r ôn ica de a t o pr oce ssua l pode ocorrer em qualquer horário at é
as 2 4 ( VI N TE E QUATRO) H ORAS D O ÚLTI M O D I A D O PRAZO.
Parágrafo único. O horário vigent e no j uízo perant e o qual o at o deve ser prat icado será
considerado para fins de at endim ent o do prazo.

Vim os que os at os processuais são prat icados, em regra, em dias út eis, de form a
que no dom ingo, em feriados e em férias forenses não serão prat icados, em
regra, at os processuais. Para a prova, cont udo, é im port ant e est ar at ent os às
exceções previst as no art . 214, do NCPC:
Art . 214. Durant e as fé r ia s for e n se s e n os fe r ia dos, n ã o se pr a t ica r ã o a t os
pr oce ssua is, EXCETUAN D O- SE:
I - os at os previst os no art . 212, § 2 o ;
I I - a t ut ela de urgência.

Pa r a a pr ova ...

PRÁTI CA D OS ATOS
PROCESSUAI S

regra exceções

prat icados t ut ela e


cit ações int im ações penhoras
em dias út eis urgência

No que diz respeit o às férias forenses, é im port ant e deixar claro que o art . 93,
XI I , da CF, ext inguiu a possibilidade de férias forenses nos j uízos e nos t ribunais
de segunda inst ância. I sso, cont udo, não im pede que os t ribunais superiores ( ou
de superposição) fixem férias forenses. Assim , o STF, o STJ, o TST, o TSE e o
STM gozam a prerrogat iva de férias forenses.
Confira com o o assunt o é cobrado em prova:

( D PE- PB/ D e fe n sor Pú blico- 2 0 1 4 – a da pt a da ) Quant o aos at os processuais, é corret o


afirm ar:
A superveniência de férias int errom perá o curso do prazo para a prát ica dos at os processuais.

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Com e n t á r ios
A assert iva est á in cor r e t a , pois a superveniência das férias forenses im plica a suspensão do
prazo processual e não necessariam ent e a int errupção.

Sigam os!
O art . 215, do NCPC, na sequência, est abelece que, em rega, a t ram it ação do
processo é inint errupt a e det erm inados procedim ent os não serão suspensos com
a superveniência das férias.
Port ant o, a regra que você deve m em orizar é a de que a ocorrência de férias
forenses suspende o prazo processual, excet o nas hipót eses dos incs. do art . 215,
do NCPC:
Art . 215. Pr oce ssa m - se dur a n t e a s fé r ia s for e n se s, onde as houver, e N ÃO SE
SUSPEN D EM pela superveniência delas:
I - os procedim ent os de j u r isdiçã o volu n t á r ia e os ne ce ssá r ios à con se r va çã o de
dir e it os, quando puderem ser prej udicados pelo adiam ent o;
I I - a a çã o de a lim e n t os e os pr oce ssos de n om e a çã o ou r e m oçã o de t u t or e cu r a dor ;
I I I - os processos que a le i de t e r m in a r .

Prest e at enção! Essa regra im port a t ão som ent e para os processos que t ram it am
perant e os t ribunais superiores, um a vez que som ent e há que se falar em
suspensão dos prazos em razão de férias forenses no STF, STJ, TST, TSE e STM.
Além disso, é im port ant e frisar que as férias forenses não se confundem com o
recesso j udiciário, que ocorre, em regra, em 20 de dezem bro a 6 de j aneiro do
ano seguint e, do qual falarem os adiant e.
Para a prova...

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regra são suspensos os prazos

j urisdição volunt ária


FÉRI AS
FOREN SES x
PRAZOS at os necessários à conservação de direit os
quando causar prej uízos em face do
adiam ent o

exceções ação de alim ent os

processos de nom eação ou rem oção de


t ut or e curador

quando a lei prever

Por fim , o art . 216, do NCPC, fixa que são considerados feriados:
 aqueles declarados em lei ( por exem plo, Nat al, Dia da I ndependência et c.) ;
 sábados;
 dom ingos; e
 dias sem expedient e forense.

Vej a:
Art . 216. Além dos declarados em lei, são feriados, para efeit o forense, os sábados, os
dom ingos e os dias em que não haj a expedient e forense.

Em sínt e se ...

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TEM PO D OS ATOS PROCESSUAI S

• REGRA: prat icados ent re as 6 e 20 horas, em dias út eis ( de segunda a sext a) . Há


possibilidade de prorrogação para além das 20 horas quando houver possibilidade
de prej udicar a diligência ou result ar em grave dano.
• Cit ações, int im ações, penhoras e at os relat ivos a t ut elas de urgência podem ser
realizadas fora do horário e, inclusive, em dias não út eis.
• FÉRI AS FORENSES: em regra, suspende o prazo. Não há suspensão
excepcionalm ent e nos casos de j urisdição volunt ária, de at os necessários à
conservação de direit os quando causar prej uízos em face do adiam ent o, de ação
de alim ent os, e processos de nom eação ou de rem oção de t ut or e curador e
quando a lei prever.
• São considerados FERI ADOS os dias declarados em lei, sábados, dom ingos e dias
sem expedient e forense.

Confira com o o assunt o é cobrado em prova:

( D PE- PB/ D e fe n sor Pú blico- 2 0 1 4 – a da pt a da ) Quant o aos at os processuais, é corret o


afirm ar:
O prazo para sua prát ica é cont ínuo, sej a est abelecido pela lei ou pelo j uiz, m as é int errom pido
nos feriados.
Com e n t á r ios
Não há int errupção do prazo nos feriados, m as suspensão. Se fosse o caso de int errupção, o
prazo se iniciaria novam ent e desde início. Tem os, na verdade, um congelam ent o do prazo que
será cont ado apenas em dias út eis. I n cor r e t a a assert iva.

Finalizam os m ais um t ópico!

7 - Lu ga r dos At os Pr oce ssu a is


A regra é sim ples: os a t os pr oce ssua is sã o pr a t ica dos na se de do Ju ízo
pe r a nt e o qua l t r a m it a o pr oce sso. Para a prova é relevant e, cont udo,
com preender e m em orizar as hipót eses em que t ais at os podem ser prat icados
fora do Juízo.
Assim , a nt e s m e sm o de le r o disposit ivo...

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regra prat icados na sede do Juízo

LUGAR D OS deferência
ATOS
PROCESSUAI S

int eresse da j ust iça

exceções

nat ureza do at o

obst áculo arguido pelo int eressado e


acolhido pelo m agist rado

O cont eúdo do esquem a acim a é ext raído do art . 217, do NCPC:


Art . 217. Os at os processuais r e a liza r - se - ã o or dina r ia m e n t e na se de do j u ízo, ou,
EXCEPCI ON ALM EN TE, em out ro lugar em razão de deferência, de int eresse da j ust iça, da
nat ureza do at o ou de obst áculo arguido pelo int eressado e acolhido pelo j uiz.

Cum pre analisar quais são essas sit uações em que o at o processual poderá,
excepcionalm ent e, ser prat icado fora da sede do j uízo.
 e m r a z ã o de de fe r ê ncia : algum as aut oridades devem ser int im adas no local
onde exercem sua função. Nesse caso, há possibilidade de que o at o sej a
prat icado fora da sede do Juízo, caso a aut oridade exerça a função em out ro local.
Essas aut oridades est ão arroladas nos incs. do art . 454, do NCPC. Para que
com preendam os, vam os cit ar alguns exem plos. Ent re as aut oridades
m encionadas est ão: o president e e o vice- president e da República, os m inist ros
de Est ado, o procurador- geral da República e os conselheiros do Conselho
Nacional do Minist ério Público, os senadores e os deput ados federais, o prefeit o,
ent re out ros.
 e m r a zã o do int e r e sse da j ust iça : aqui t em os englobadas sit uações nas
quais, se verificadas no cont ext o dos aut os, t ornam necessária a produção da
prova fora da sede do Juízo. É um a hipót ese abert a que será decidida à luz do
caso concret o.
Por exem plo, inspeção j udicial de det erm inado im óvel. Trat a- se de at o que é
prat icado fora da sede, necessariam ent e.
 e m r a zã o da na t ur e za do a t o: são at os que, em razão da sua essência, são
realizados fora da sede do Juízo.
Por exem plo, int im ação por oficial de j ust iça, const rição de bens, ent re out ros.

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 e m r a zã o de obst á culo a r guido pe lo int e r e ssa do e a colhido pe lo j uiz :
são sit uações em que a part e int eressada, na prát ica do at o processual que,
ordinariam ent e, ocorreria perant e a sede do Juízo, não t em condições de fazê- lo
em face de algum obst áculo apresent ado.
Por exem plo, oit iva de t est em unha que se encont ra enferm a, de m odo que não
possa se deslocar.
Com isso, finalizam os m ais um a part e do cont eúdo t eórico.

8 - Pr a zos

8 .1 - I n t r odu çã o
Nesse t ópico, vam os explorar os prazos processuais. Esse é um dos assunt os que
possui grande probabilidade de est ar present e na sua prova. Em razão disso,
redobre a at enção.
Vam os com eçar com um conceit o dout rinário 10 :
Prazos são lapsos t em porais que exist em ent re dois t erm os ( t erm o inicial, dies a quo, e
t erm o final, dies ad quem ) dent ro dos quais se prevê a oport unidade para um a ação ou
om issão.

A represent ação gráfica desse prazo é a seguint e:


t erm o inicial t erm o final
dies a quo dies ad quem

PRAZO

Assim , há um a dat a inicial e um a dat a final delim it adas para a prát ica de
det erm inado at o processual. Com isso, t em os a delim it ação obj et iva do t em po
para a prát ica de at os processuais no curso do processo. Essa delim it ação at inge
as part es, o j uiz e, inclusive, os auxiliares de j ust iça.
Port ant o, a fim de que o procedim ent o sej a sucessivo e cam inhe com vist as à
decisão de m érit o e à efet iva prest ação da t ut ela j urisdicional, t em os a fixação

10
MARI NONI , Luiz Guilherm e, ARENHART, Sérgio Cruz e MI TI DI ERO, Daniel. Código de
Pr oce sso Civil Com e n t a do, 2ª edição, rev., at ual e am pl., São Paulo: Edit ora Revist a dos
Tribunais, 2016, p. 322.

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de diversos prazos processuais. De acordo com a dout rina, esses prazos podem
ser agrupados em classificações.

8 .2 - Cla ssifica çã o
Os prazos podem ser classificados:
a) pe la sua or ige m :

legais

pe la ORI GEM j udiciais

convencionais

Os pr a zos le ga is são aqueles que est ão previst os na legislação, t al com o vem


explicit ado no caput , do art . 218, do NCPC. Em REGRA, os prazos est ão previst os
na legislação.
Art . 218. Os at os processuais serão realizados nos prazos pr e scr it os e m le i.

Os pr a zos j udicia is, de acordo com o art . 218, §1º , do NCPC, são aqueles que,
devido à om issão da lei, são fixados pelo j uiz, de acordo com a com plexidade do
at o.
§ 1 o Quando a lei for om issa, o j u iz de t e r m ina r á os pr a zos em consideração à
com plexidade do at o.

Os pr a zos conve n ciona is são aqueles fixados pelas part es, sej a em razão de
um negócio j urídico processual, sej a em face da calendarização do processo,
ent re out ras possibilidades previst as na legislação processual.
b) qua nt o à s con se quê ncia s de se u de scum pr im e nt o:

próprios
pe la CON SEQUÊN CI A D E
ordinários
SEU D ESCUM PRI M EN TO
im próprios

anôm alos

Assim , leva- se em consideração a ocorrência, ou não, de preclusão t em poral.


Se ocorrer a preclusão, o prazo será denom inado de pr ópr io.
Se não im plicar a preclusão, o prazo é im pr ópr io.

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Os prazos im próprios podem ser or diná r ios, em bora não gerem a preclusão,
podem im plicar sanção disciplinar. É o caso de o servidor não prat icar o prazo
conform e previst o em lei. Não podem os afirm ar que, se o servidor não fez a
rem essa a quem det erm inado no despacho, no prazo definido, rest ará preclusa a
possibilidade de fazer a rem essa dos aut os. Pelo cont rário, o servidor t em a
obrigação de fazer o quant o ant es e, por ult rapassar o prazo prescrit o, poderá
sofrer sanções de nat ureza disciplinar.
Já nos prazos im próprios, anôm alos, há t ão som ent e repercussão de nat ureza
processual. A int im ação do Minist ério Público para a prát ica de at os processuais
quando for fiscal da ordem j urídica gera prazo para que o órgão m inist erial se
m anifest e. Ult rapassado esse prazo, não ocorre propriam ent e a preclusão, o j uiz
requisit ará os aut os e dará seguim ent o ao processo. Out ro exem plo é a rem essa
dos aut os ao am icus curie, figura int ervenient e no processo, segundo prevê o
NCPC. Se o am icus curie não se m anifest ar no prazo, não haverá preclusão, nem
m esm o aplicação de penalidade.
c) qua nt o à e x clu sivida de do de st ina t á r io:

com um
pe la EXCLUSI VI D AD E D O
D ESTI N ATÁRI O
part iculares

Os pr a zos com un s são aqueles dest inados a am bas as part es ( aut or e réu) ; os
pr a zos pa r t icula r e s são aqueles dest inados apenas ao aut or ou apenas ao réu.
Pergunt a- se:
E a cla ssifica çã o e nt r e pr a zos dila t ór ios e pe r e m pt ór ios? Ta l cla ssifica çã o
nã o fa z m a is se nt ido n o N CPC.
No CPC73, essa dist inção est abelecia, em sínt ese, a possibilidade de o m agist rado
flexibilizar alguns prazos legais. No NCPC, os prazos observam a regra da
alt erabilidade, de m odo que t odos os prazos podem ser alt erados.
O art . 139, VI , do NCPC, est abelece que o m agist rado, na condução do processo,
poderá “ dilat ar os prazos processuais” . Além disso, conform e est udado no art .
190, as part es podem fixar negócio j urídico processual adapt ando os prazos às
especificidades do caso segundo a conveniência das part es.
Para arrem at ar, vej a o que conclui a dout rina 11 :
At endidos os seus pressupost os, t odos os prazos legais são suscet íveis de alt eração no novo
Código ( art s. 139, VI , 189, 190 e 222, §1º , CPC) . Daí que a velha dicot om ia prazos
perem pt órios e prazos dilat órios perdeu grande part e de sua im port ância.

11
MARI NONI , Luiz Guilherm e, ARENHART, Sérgio Cruz e MI TI DI ERO, Daniel. Código de
Pr oce sso Civil Com e n t a do, 2ª edição, rev., at ual e am pl., São Paulo: Edit ora Revist a dos
Tribunais, 2016, p. 322.

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Confira com o o assunt o é cobrado em prova:

( TRT2 º R- SP/ TRT2 ª R- SP – Ju iz do Tr a ba lho Su bst it u t o – 2 0 1 5 – a da pt a da )


À luz da legislação vigent e, analise as seguint es proposições:
As part es, de com um acordo, poderão reduzir ou prorrogar prazos; essa convenção t em eficácia
m esm o quando requerida após o vencim ent o do prazo, ent ret ant o, desde que fundada em m ot ivo
legít im o.
Com e n t á r ios
A assert iva est á in cor r e t a , pois apenas a consum ação do prazo não é m ais possível dilat ar, ainda
que sej a por convenção das part es. A dilat ação de prazo deve ocorrer ant es de iniciado ( em regra,
pela calendarização) ou durant e o curso ( com requerim ent o nos aut os) . Um a vez exaurido o
prazo, não é m ais possível dilat á- lo.

Sigam os!

8 .3 - Pr a zo su bsidiá r io e pr a zo pa r a com pa r e cim e n t o


Em regra, as int im ações dest inadas às part es cont êm prazos explicit am ent e
fixados, sej a pela lei, pelo m agist rado e, inclusive, pelas part es. Há sit uações
excepcionais, cont udo, com int im ações para a prát ica de det erm inados at os sem
a explicit ação de prazo. Nesse caso, a pa r t e pode r á pr a t icá - lo qu a ndo quise r ?
Evident em ent e que não, isso seria prej udicial ao bom andam ent o da causa. Em
face disso, t em os duas regras relevant es no art . 218, §§ 2º e 3º .
A prim eira delas t rat a do prazo para com parecim ent o:
§ 2 o Quando a lei ou o j uiz N ÃO det erm inar pr a zo, as int im ações som e n t e obr iga r ã o a
com pa r e cim e n t o a pós de cor r ida s 4 8 ( QUAREN TA E OI TO) H ORAS.

A segunda, disciplina o prazo subsidiário:


§ 3 o I ne x ist in do preceit o legal ou pr a zo det erm inado pelo j uiz, SERÁ D E 5 ( CI N CO)
D I AS o pr a zo pa r a a pr á t ica de a t o pr oce ssu a l a ca r go da pa r t e .

Em relação ao prim eiro disposit ivo, devem os t er em m ent e que é necessário


int im ar a part e com ant ecedência m ínim a de 48 horas para sej a ela sej a obrigada
a com parecer.
Por exem plo, se a part e for int im ada no dia 1º , para com parecer a um a audiência
no dia 2, ela não est ará obrigada a com parecer. Agora se int im ada no dia 1º e a
audiência ocorrer no dia 7, por exem plo, rest ará obrigada a com parecer por cont a
da regra cont ida no §2º do art . 218, do NCPC.
A segunda regra esclarece que, se o j uiz int im ar a part e para se m anifest ar sobre
a j unt ada de algum docum ent o e não houver na legislação o prazo, ou o j uiz não
fixar prazo det erm inado, o at o deverá ser prat icado no prazo de 5 dias.
Assim ...

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PRAZO NCPC PRAZO JUDI CI AL PRAZO SUBSI DI ÁRI O

Re un indo a s dua s r e gr a s...

I N TI M AÇÃO PARA
COM PARECI M EN TO PRAZO SUBSI D I ÁRI O
( a n t e ce dê n cia m ín im a )

48 horas 5 dias

Confira com o o assunt o é cobrado em prova:

( M PE- SP/ Oficia l de Pr om ot or ia I / 2 0 1 6 – a da pt a da )


Jaqueline foi int im ada para adit ar sua pet ição inicial em 10 dias, sob pena de ext inção do
processo. Diant e dessa hipót ese, j ulgue:
Se não houvesse prazo legal ou j udicial det erm inado para que Jaqueline fizesse o adit am ent o, a
lei det erm ina que sej a cum prido o at o em 15 dias.
Com e n t á r ios
Conform e art . 218, §3º , se não houvesse prazo legal ou j udicial det erm inado para que Jaqueline
fizesse o adit am ent o, a lei det erm ina que sej a cum prido o at o em 5 dias. I n cor r e t a , port ant o.

8 .4 - At o pr oce ssu a l pr e m a t u r o
Vim os, no início do capít ulo, que t odo prazo com port a um t erm o inicial ( dies a
quo) e um t erm o final ( dies ad quem ) . Assim , o j uiz fixa no despacho a int im ação
da part e para que ela cum pra o prazo em 5 dias e det erm ina que o cart ório faça
a int im ação.
Ent re a fixação j udicial e a efet iva int im ação podem se passar dias, às vezes,
sem anas. É possível que o advogado da part e, por exem plo, decida consult ar os
aut os e se depare com a det erm inação j udicial, da qual ainda não foi int im ado.
Ca so o a dvoga do de cida pr a t ica r o a t o a nt e s da int im a çã o, e le se r á
vá lido? É j ust am ent e disso que t rat am os aqui!
Sem pre houve m uit a discussão na dout rina, e t am bém na j urisprudência, acerca
da possibilidade da prát ica do at o processual prem at uro ou ext em porâneo. No

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caso do exem plo acim a, a part e nem m esm o fora int im ada, logo, não há t erm o
inicial ( dies a quo) , nesse caso, o prazo de 5 dias nem sequer com eçou a correr.
Em face disso, a j urisprudência t inha m anifest ações no sent ido de que a prát ica
ext em porânea do at o era inválida porque o prazo não exist ia.
Esse era o ent endim ent o do STJ ( que const ava da Súm ula STJ 418) e do TST.
Com o NCPC, t ivem os um a m odificação im port ant e no t rat am ent o desse t em a. A
part ir do NCPC, o at o processual prem at uro é t em pest ivo. Se o advogado
pret ender “ adiant ar” o seu t rabalho e, desde logo prat icar o at o processual para
o qual ainda não foi int im ado, ele poderá fazê- lo. É o que nos diz o art . 218, §4º ,
do NCPC. Leia com at enção:
4 o Será considerado t e m pe st ivo o at o prat icado ant es do t erm o inicial do prazo.

E as novidades em relação aos prazos no NCPC não param por aí...

8 .5 - Con t a ge m dos pr a zos


Um a das grandes alt erações processuais que t ivem os
envolve a cont agem dos prazos processuais. Aqui,
devem os ir com calm a!
Para com preender bem o assunt o, vam os, inicialm ent e,
est udar alguns conceit os.
O t erm o inicial ( dies a quo) do prazo é o m om ent o que m arca a exist ência do
prazo. I sso não significa que, no m om ent o em que há ocorrência do t erm o, o
prazo com eça a cont ar. O t erm o inicial m arca t ão som ent e a exist ência ( a fluência
do prazo) .
O t erm o final ( dies ad quem ) m arca o fim da exist ência do prazo. Aqui, ao
cont rário do t erm o inicial, o m om ent o final da cont agem coincide com o t erm o
final. Enfim , e nt ã o, com o se dá a cont a ge m do pr a zo?
A prim eira inform ação, seguindo a ordem de disposit ivos do NCPC, é a que const a
no art . 219, o qual est abelece que os prazos são cont ados apenas de segunda a
sext a- feira. Confira:
Art . 219. Na con t a ge m de pr a zo em dias, est abelecido por lei ou pelo j uiz, com pu t a r -
se - ã o SOM EN TE OS D I AS ÚTEI S.
Parágrafo único. O dispost o nest e art igo aplica- se som ent e aos prazos processuais.

Assim , não são levados em consideração, para fins de cont agem dos prazos
processuais, os sábados, os dom ingos e os dias em que não haj a expedient e
forense, t al com o os feriados.
Por exem plo, se est iverm os cont ando um prazo de 10 dias que com eça a correr
na segunda, vam os cont ar at é sext a os cinco prim eiros dias ( se não houver
feriados) , suspendem os a cont agem no sábado e dom ingo, e ret om am os na
segunda- feira. Assim , o prazo de 10 dias t erm inará efet ivam ent e na sext a- feira
seguint e.

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É im port ant e com preender que essa regra se aplica aos prazos processuais, t al
com o int im ação para cont est ar, recurso, m anifest ação quando há docum ent os
et c. Enfim , t oda a gam a de prazos que est udam os no processo civil. Essa
m oda lida de de cont a ge m nã o se a plica a pr a zos m a t e r ia is.
Por exem plo, você est uda em direit o civil os prazos prescricionais e decadenciais.
Esses prazos são m at eriais e não processuais, de m odo que a eles a cont agem
em dias út eis não se aplica.
Além da suspensão em sábados, em dom ingos e em dias que não há expedient e
forense, o NCPC est abelece que, no período de 20 de dezem bro a 20 de j aneiro,
haverá suspensão do curso dos prazos processuais.
Pergunt a- se: nã o se r ia de 2 0 de de ze m br o a 6 de j a ne ir o? Cuidado para não
confundir com o recesso j udiciário.

SUSPEN SÃO
20/ dez 20/ j an
D OS PRAZOS

RECESSO
20/ dez 6/ j an
JUD I CI ÁRI O

Confira o disposit ivo do NCPC:


Art . 220. SUSPEN D E- SE o curso do prazo processual nos dia s com pr e e n didos e n t r e 2 0
de de ze m br o e 2 0 de j a n e ir o, inclusive.
§ 1 o RESSALVAD AS as férias individuais e os feriados inst it uídos por lei, os j u íze s, os
m e m br os do M in ist é r io Pú blico, da D e fe nsor ia Pú blica e da Advoca cia Pública e os
a u x ilia r e s da Ju st iça e x e r ce r ã o su a s a t r ibu içõe s du r a n t e o pe r íodo pr e vist o
n o ca pu t .
§ 2 o Durant e a suspensão do prazo, N ÃO se realizarão audiências nem sessões de
j ulgam ent o.

Os §§ acim a cit ados aj udam a com preender a diferença ent re suspensão dos
prazos e o recesso. Ent re os dias 7 de j aneiro e 20 de dezem bro, os Juízes, os
m em bros do MP, os defensores e os advogados podem cont inuar a prat icar at os
processuais e podem exercer suas funções. Cont udo, durant e esse período, não
t erem os o curso de prazos processuais. Além disso, com o est abelece o §2º , não
t erem os audiência ou sessões de j ulgam ent o.
De acordo com a dout rina, a suspensão dos prazos ent re 20 de dezem bro e 20
de j aneiro const it ui conquist a dos advogados, para que possam gozar de período
de descanso. Desse m odo, excet o se deliberadam ent e quiserem laborar durant e
esse período, os prazos que t enham iniciado ant es do dia 20 de dezem bro e que
ainda não t enham sido concluídos, t em a cont agem paralisada, volt ando a correr
apenas após o dia 20 de j aneiro.
Vej a um exem plo.

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A part e foi int im ada para prat icar um at o processual no prazo de 10 dias e o início
da cont agem se dá no dia 19/ 12/ 2016, segunda- feira. Port ant o, segunda é o
prim eiro dos 10 dias de prazo. Com o no dia 20 de dezem bro com eça o período
de suspensão, o prazo som ent e cont inuará a correr – pelos nove dias rest ant es
– após dia 20 de j aneiro. Com o dia 21 é sábado e dia 22 é dom ingo, o segundo
dia do prazo será no dia 23/ 1/ 2017. Logo, o prazo da part e t erm inará no dia
2/ 2/ 2017.
No calendário:

D EZEM BRO

D S T Q Q S S

1 2 3

4 5 6 7 8 9 10

11 12 13 14 15 16 17

18 19 20 21 22 23 24

25 26 27 28 29 30 31

JAN EI RO

D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

29 30 31

FEVEREI RO

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D S T Q Q S S

1 2 3 4

5 6 7 8 9 10 11

12 13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23 24 25

26 27 28

Desse m odo...

D URAN TE O PERÍ OD O D E
SUSPEN SÃO D OS PRAZOS
PROCESSUAI S

não haverá
os prazos não
audiência/ sessão de
correm
j ulgam ent o

Tem os, ainda, m ais duas regras de suspensão de prazos processuais


est abelecidas no art . 221, do NCPC. Leia com at enção:
Art . 221. SUSPEN D E- SE o curso do prazo por obst á cu lo cr ia do e m de t r im e n t o da
pa r t e ou ocor r e n do qu a lqu e r da s h ipót e se s do a r t . 3 1 3 , devendo o prazo ser rest it uído
por t em po igual ao que falt ava para sua com plem ent ação.
Parágrafo único. SUSPEN D EM - SE os prazos durant e a execução de pr ogr a m a inst it u ído
pe lo Pode r Judiciá r io pa r a pr om ove r a a u t ocom posiçã o, in cum bin do a os t r ibu na is
e spe cifica r , com a n t e ce dê n cia , a dur a çã o dos t r a ba lh os.

Na hipót ese do caput , t oda vez que houver algum obst áculo que possa im pedir a
part e de prat icar o at o processual, haverá possibilidade de suspensão do prazo.
I sso será analisado caso a caso e o m agist rado fixará o período que será
considerado com o suspenso para que, post eriorm ent e, haj a concessão do período
do prazo prej udicado. Essa obst rução poderá decorrer de inúm eras sit uações. Por
exem plo, se a part e criar algum a obst rução à prát ica do at o processual, o j uiz
fixará o período da obst rução e esse lapso será considerado com o suspensão.
Tam bém ocorrerá suspensão do prazo quando as part es decidirem pela
suspensão do processo, que é disciplinada no art . 313, do NCPC. Novam ent e,
t erem os o congelam ent o do prazo, que cont inuará a correr pelo que rest a.
Por exem plo, se a part e devia devolver os aut os físicos em cart ório em
det erm inado dia para que a out ra part e, sucessivam ent e, se m anifest asse sobre

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det erm inado docum ent o j unt ado, m as efet ua a ent rega apenas cinco dias depois,
o prazo sucessivo de m anifest ação irá com eçar som ent e após a obst rução.
Na hipót ese do parágrafo único, há possibilidade de suspensão dos prazos quando
o Poder Judiciário form aliza program as para aut ocom posição. São as conhecidas
“ Sem anas de Conciliação” . Nesses períodos, haverá a suspensão dos prazos para
que t odos os suj eit os envolvidos no processo – not adam ent e m agist rados,
servidores, m em bros do Minist ério Público – possam volt ar- se para o program a.
Vej a com o o assunt o é cobrado em prova:

( TRT2 º R- SP/ TRT2 ª R- SP/ 2 0 1 5 – a da pt a da )


À luz da legislação vigent e, analise as seguint es proposições:
A suspensão do curso do prazo, por obst áculo criado pela part e cont rária, im port a rest it uição
int egral do prazo para a im plem ent ação do at o processual.
Com e n t á r ios
A assert iva est á in cor r e t a , pois a part e t erá rest it uído a parcela do prazo que foi obst aculizado
pela out ra part e, não o prazo t odo.

No art . 222, do NCPC, há m ais um a hipót ese de suspensão do prazo processual,


dessa vez pela prorrogação. Prevê o Código que, em unidades j udiciais em que
for difícil o t ransport e, o m agist rado poderá prorrogar os prazos pelo período de
at é dois m eses. Tam bém poderá fazê- lo em caso de calam idade pública.
É im port ant e deixar claro que, na hipót ese de calam idade pública – t al com o um a
enchent e –, a prorrogação do prazo poderá ocorrer m esm o em cidades de fácil
locom oção. Nesse caso, o event o de força m aior j ust ifica a prorrogação do prazo
que poderá, inclusive, ser superior a dois m eses.
Vej a:
Art . 222. Na com arca, seção ou subseção j udiciária onde for difícil o t r a n spor t e , o j u iz
pode r á pr or r oga r os pr a zos por ATÉ 2 ( D OI S) M ESES.
§ 1 o Ao j uiz é VED AD O reduzir prazos perem pt órios sem anuência das part es.
§ 2 o Havendo ca la m ida de pú blica , o lim it e previst o no caput para pr or r oga çã o de
pr a zos pode r á se r e x ce dido.

Dos disposit ivos acim a cit ados, prest e at enção ao §1º . Falam os que não há m ais
sent ido para dist inção ent re prazos perem pt órios e dilat órios, afinal t odos podem
ser m odulados em razão do negócio j urídico processual ( art . 190, do NCPC) e por
cont a da calendarização processual ( art . 191, do NCPC) .
Não obst ant e isso, o legislador ainda ut ilizou a expressão. Desse m odo, a
conclusão que você deve levar para a prova é no sent ido de que o j uiz não poderá
reduzir ( e t ão som ent e reduzir! ) prazos processuais das part es, sem que elas
concordem , um a vez que o t em po assegurado na legislação processual é
prerrogat iva da part e que garant e o princípio do cont radit ório e da am pla defesa.

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Desse m odo, você não pode assinalar a alt ernat iva ou assert iva com o incorret a,
t ão som ent e por ela m encionar “ prazo perem pt ório” .
O art . 223, do NCPC, t rat a do efeit o decorrent e do t érm ino do prazo. Assim ,
t erm inado o prazo, ext ingue- se o direit o da part e de prat icar o at o de em endá-
lo, a não ser que a part e consiga provar que não prat icou o at o por j ust a causa.
A j ust a causa, aqui, é com preendida t ecnicam ent e com o um conceit o j urídico
indet erm inado, que engloba event os alheios à vont ade da part e que a im pediram
de prat icar o at o processual. Por exem plo, deflagração de m ovim ent o grevist a
dos servidores que im peça a ent rega de det erm inado docum ent o físico em
cart ório.
Confira:
Art . 223. D e cor r ido o pr a zo, e x t in gu e - se o dir e it o de pr a t ica r ou de e m e nda r o at o
processual, independent em ent e de declaração j udicial, ficando a sse gu r a do, por é m , à
pa r t e pr ova r qu e nã o o r e a lizou por j u st a ca u sa .
§ 1 o Considera- se j u st a ca u sa o e ve n t o a lh e io à von t a de da pa r t e e qu e a im pe diu de
pr a t ica r o a t o por si ou por m a n da t á r io.
§ 2 o Verificada a j ust a causa, o j uiz perm it irá à part e a prát ica do at o no prazo que lhe
assinar.

Re un indo a s pr incipa is infor m a çõe s a r e spe it o da cont a ge m do pr a zo a t é


a gor a ...

H I PÓTESES D E SUSPEN SÃO/ PRORROGAÇÃO D O PRAZO

Haverá a suspensão do prazo em sábados, em dom ingos, em feriados e em dias sem


expedient e forense.

Haverá suspensão dos prazos ent re os dias 20/ dez a 20/ j an.

Haverá suspensão do prazo por obst áculo criado pela part e ou pela suspensão do processo
( art . 313, do CPC) .

Haverá suspensão do prazo quando houver inst it uição de program a de aut ocom posição pelo
Poder Judiciário.

Haverá prorrogação do prazo, por at é 2 m eses, quando se t rat ar de unidade j udiciária de


difícil acesso.

Haverá prorrogação do prazo em sit uação de calam idade, podendo ult rapassar os 2 m eses, a
depender da sit uação concret a.

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Na sequência do est udo da cont agem dos prazos processuais é relevant e
com preender a regra do art . 224, do NCPC, que est abelece que, na cont agem do
prazo, devem os excluir o dia do com eço e incluir o dia do vencim ent o.
Por exem plo, em um prazo de 3 dias, se a part e for considerada int im ada no dia
24/ 10/ 2016 ( segunda- feira) , o prim eiro dia do prazo será o dia 25/ 10/ 2016
( t erça- feira) , pois será excluído o dia do início. O últ im o dia para prat icar o at o
processual, no exem plo, será o dia 27/ 10/ 2016 ( quint a- feira) , que m arca o
t erceiro e o últ im o dia do prazo que est á incluído na cont agem .
No calendário:

OUTUBRO

D S T Q Q S S

2 3 4 5 6 7 8

9 10 11 12 13 14 15

16 17 18 19 20 21 22

23 24 25 26 27 28 29

30 31

Vej a com o ficou fácil com preender a redação do art . 224, do NCPC:
Art . 224. SALVO disposição em cont rário, os pr a zos se r ã o con t a dos e x clu indo o dia
do com e ço e in clu indo o dia do ve n cim e n t o.

Confira com o o assunt o é cobrado em prova:

( M PE- SP/ Oficia l de Pr om ot or ia I / 2 0 1 6 – a da pt a da ) Jaqueline foi int im ada para adit ar sua
pet ição inicial em 10 dias, sob pena de ext inção do processo. Diant e dessa hipót ese, j ulgue:
Se o prazo fat al para cum prir t al det erm inação recair em um feriado, Jaqueline deverá realizar
t al at o no dia út il ant erior a essa dat a.
Com e n t á r ios
Jaqueline deverá realizar t al at o no dia út il post erior a essa dat a. Est á, port ant o, in cor r e t a a
assert iva.

Sigam os!
Nos §§, do art . 224, t em os algum as regras específicas im port ant es.

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Se o dia que inicia o prazo recair em dia em que o expedient e sej a encerrado
ant es, ou t enha se iniciado após, ou at é m esm o quando ocorrer indisponibilidade
no sist em a elet rônico de com unicação processual, considera- se que o prazo
com eçou no prim eiro dia út il seguint e. Vej a:
§ 1 o Os dias do com eço e do vencim ent o do prazo serão prot raídos para o prim eiro dia út il
seguint e, se coincidirem com dia em que o expedient e forense for encerrado ant es ou
iniciado depois da hora norm al ou houver indisponibilidade da com unicação elet rônica.

No caso específico do processo elet rônico, considera- se o início do prazo, ou sej a,


a sua fluência, no dia út il seguint e ao da disponibilização.
§ 2 o Considera- se com o da t a de pu blica çã o o pr im e ir o dia út il se gu in t e a o da
dispon ibiliza çã o da in for m a çã o n o D iá r io da Ju st iça e le t r ôn ico.

Por fim , com o observado no exem plo acim a, fluência ( ou exist ência do prazo)
não se confunde com a dat a em que o prazo com eça a correr, isso porque
devem os excluir o dia do com eço. Assim , a cont agem do prazo t em início no
prim eiro dia út il que se seguir àquele em que for publicado.
§ 3 o A cont agem do prazo t erá início no prim eiro dia út il que seguir ao da publicação.

No exem plo acim a, o dia 24 é o considerado com o o dia da publicação. Port ant o,
esse dia deve ser desconsiderado e os t rês dias do prazo são cont ados apenas
nos dias 25 a 27.
Port ant o, um a coisa é a int im ação, que revela o m om ent o em que o prazo passa
a exist ir. Out ra coisa é o m om ent o em que o prazo irá correr.
Confira com o o assunt o é cobrado em prova:

( M PE- SP/ Oficia l de Pr om ot or ia I / 2 0 1 6 – a da pt a da )


Jaqueline foi int im ada para adit ar sua pet ição inicial em 10 dias, sob pena de ext inção do
processo. Diant e dessa hipót ese, j ulgue:
O prazo det erm inado deverá ser cont ado em dias út eis, dent ro da sist em át ica processual em
vigor, incluindo o dia do com eço e excluindo o dia de t érm ino do prazo.
Com e n t á r ios
De acordo com os art s. 219 e 224, do NCPC, o prazo deverá ser cont ado em dias út eis, excluindo
o dia do com eço e incluindo o dia do vencim ent o. Assim , est á in cor r e t a a assert iva.

Sigam os!
A exist ência é delim it ada pela cit ação, pela int im ação ou pela not ificação,
conform e est abelecem os art s. 230 e 231, am bos do NCPC:
Art . 230. O pr a zo para a part e, o procurador, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública e
o Minist ério Público será con t a do da cit a çã o, da in t im a çã o ou da n ot ifica çã o.
Art . 231. Salvo disposição em sent ido diverso, con side r a - se dia do com e ço do pr a zo:
I - a dat a de j u n t a da a os a u t os do a viso de r e ce bim e n t o, qua n do a cit a çã o ou a
in t im a çã o for pe lo cor r e io;

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I I - a dat a de j u n t a da a os a u t os do m a n da do cum pr ido, qu a ndo a cit a çã o ou a
in t im a çã o for por oficia l de j u st iça ;
I I I - a dat a de ocor r ê ncia da cit a çã o ou da in t im a çã o, qu a n do e la se de r por a t o do
e scr ivã o ou do ch e fe de se cr e t a r ia ;
I V - o dia út il se guin t e a o fim da dila çã o a ssin a da pe lo j u iz, qua n do a cit a çã o ou a
in t im a çã o for por e dit a l;
V - o dia ú t il se gu int e à con su lt a a o t e or da cit a çã o ou da in t im a çã o ou a o t é r m in o
do pr a zo pa r a qu e a con su lt a se dê , qua ndo a cit a çã o ou a in t im a çã o for e le t r ôn ica ;
VI - a da t a de j u n t a da do com u n ica do de que t r a t a o a r t . 2 3 2 ou , n ã o h a ve ndo e sse ,
a da t a de j u n t a da da ca r t a a os a u t os de or ige m de vida m e n t e cu m pr ida , qu a ndo a
cit a çã o ou a in t im a çã o se r e a liza r e m cum pr im e n t o de ca r t a ;
VI I - a da t a de pu blica çã o, qu a ndo a in t im a çã o se de r pe lo D iá r io da Ju st iça
im pr e sso ou e le t r ôn ico;
VI I I - o dia da ca r ga , qu a n do a in t im a çã o se de r por m e io da r e t ir a da dos a u t os, e m
ca r ga , do ca r t ór io ou da se cr e t a r ia .

A cit ação, a not ificação ou a int im ação podem ocorrer de diversas form as no
processo, em razão disso, t em os m om ent os dist int os para que o prazo se inicie.
Esses m om ent os foram lidos nos incisos do art . 231. Para a nossa prova:

F ORM A COM EÇO DO P RAZO

Pelos Correios Junt ada aos Aut os do Aviso de Recebim ent o.

Por oficial de Just iça Junt ada aos Aut os do Mandado Cum prido

Por at o do escrivão ou do chefe de Na dat a at est ada.


secret aria

Por edit al Dia út il seguint e ao fim da dilação assinada pelo Juiz.

Via elet rônica Dia út il seguint e à consult a ou ao t érm ino do prazo para
consult ar ( 10 dias) .

Por Diário de Just iça Dat a da publicação.

Por ret irada dos aut os de cart ório. Dia da carga.

Na hipót ese de exist ir m ais de um réu, o dia do com eço do prazo para cont est ar
leva em consideração o últ im o a ser cit ado quando o prazo for diferent e, t al com o
prevê o §1º .
De t odo m odo, fora a regra excepcional acim a, os prazos serão cont ados
individualm ent e, t al com o se ext rai da leit ura do §2º .
Confira:

52
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§ 1 o Quando houver m ais de um réu, o dia do com eço do prazo para cont est ar corresponderá
à últ im a das dat as a que se referem os incisos I a VI do caput .
§ 2 o Havendo m ais de um int im ado, o prazo para cada um é cont ado individualm ent e.

Por fim , confira os §§ 3º e 4º , do art . 231:


§ 3 o Quando o at o t iver de ser prat icado diret am ent e pela part e ou por quem , de qualquer
form a, part icipe do processo, sem a int erm ediação de represent ant e j udicial, o dia do
com eço do prazo para cum prim ent o da det erm inação j udicial corresponderá à dat a em que
se der a com unicação.
§ 4 o Aplica- se o dispost o no inciso I I do caput à cit ação com hora cert a.

Vim os um a série de regras com a int enção de que você saiba cont ar corret am ent e
os prazos processuais, vam os criar alguns exem plos:

1 º e x e m plo: de spa cho do j u iz e m 1 º / 1 1 / 2 0 1 6 , pa r a qu e a pa r t e se


m a nife st e no pr a zo de 1 0 dia s, com int im a çã o pe lo D iá r io Ele t r ôn ico de
Just iça n o dia 7 / 1 1 / 2 0 1 6 .
Vam os lá!

N OVEM BRO Obse r va çõe s:


 COM EÇO D O PRAZO ( art . 231, VI , do NCPC) :
D S T Q Q S S 7/ 11/ 2016.
 1 º D I A D O PRAZO: 8/ 11/ 2016.
1 2 3 4 5
 FERI AD O DE PROCLAM AÇÃO DA
REPÚBLI CA – 15/ 11/ 2016
6 7 8 9 10 11 12
 ÚLTI M O D I A D O PRAZO: 22/ 11/ 2016

13 14 15 16 17 18 19 ( vam os considerar que haj a expedient e no dia


14/ 11, se não houver, devem os “ pular” esse dia
t am bém )
20 21 22 23 24 25 26

27 28 29 30

1 º e x e m plo: de spa cho do j uiz e m 1 º / 1 1 / 2 0 1 6 , de t e r m ina ndo a cit a çã o


da pa r t e por e dit a l, a se r a fix a do por 2 0 dia s, pa r a cont e st a r no pr a zo de
1 5 dia s. N o ca so, o se r vidor cum pr iu a diligê ncia no dia ú t il se guint e ,
por t a nt o, e m 3 / 1 1 / 2 0 1 6

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Vam os lá!

N OVEM BRO

D S T Q Q S S Obse r va çõe s:
 D ESPACH O: 1º / 11/ 2016
1 2 3 4 5
 CUM PRI M EN TO D O ED I TAL: 3/ 11/ 2016

6 7 8 9 10 11 12  AFI XAÇÃO D O ED I TAL: 4/ 11 a 23/ 11


 COM EÇO D O PRAZO ( art . 231, VI , do NCPC) :
13 14 15 16 17 18 19 24/ 11/ 2016.
 1 º D I A D O PRAZO: 25/ 11/ 2016.
20 21 22 23 24 25 26
 ÚLTI M O D I A D O PRAZO: 15/ 12/ 2016

27 28 29 30

D EZEM BRO

D S T Q Q S S

1 2 3

4 5 6 7 8 9 10

11 12 13 14 15 16 17

18 19 20 21 22 23 24

25 26 27 28 29 30 31

Sigam os!

8 .6 - Re n ú n cia do pr a zo
O art . 225, do NCPC, t rat a da possibilidade de a part e renunciar ao prazo. A
renúncia ocorre quando a part e não desej a prat icar o at o que lhe é perm it ido e
desej a que o processo t enha seu curso.
Por exem plo, o m agist rado int im a a part e para se m anifest ar quant o a
det erm inado docum ent o j unt ado nos aut os no prazo de 10 dias. A part e, cont udo,
não pret ende se m anifest ar quant o àqueles docum ent os j unt ados e, para evit ar
que o processo fique parado por 10 dias, renuncia ao prazo para que o j uiz dê
seguim ent o ao t râm it e.
I sso som ent e será possível se observadas duas regras:

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1 ª r e gr a : som ent e é possível a renúncia quando se t rat ar de prazo est abelecido
exclusivam ent e a seu favor.
2 ª r e gr a : deve renunciar de m odo expresso, com pet ição nos aut os.

Confira:
Art . 225. A part e poderá renunciar ao prazo est abelecido exclusivam ent e em seu favor,
desde que o faça de m aneira expressa.

8 .7 - Pr a zos do Ju iz
O NCPC, t al com o o CPC73, est abelece prazos para que o j uiz faça seus
pronunciam ent os. A diferença em relação ao código ant erior é que, no novo,
t em os prazo m ais elast ecidos.
De t odo m odo, t ais prazos são considerados im próprios, pois não geram a
preclusão pelo não cum prim ent o no prazo est ipulado. Vej a:
Art . 226. O j uiz proferirá:
I - os despachos no prazo de 5 ( cinco) dias;
I I - as decisões int erlocut órias no prazo de 10 ( dez) dias;
I I I - as sent enças no prazo de 30 ( t rint a) dias.

Pa r a fins de pr ova ...

D ESPACH OS 5 dias

D ECI SÕES
10 dias
I N TERLOCUTÓRI AS

SEN TEN ÇA 30 dias

O art . 227, do NCPC, confirm ando a classificação dos prazos do j uiz com o
im próprios, est abelece que é possível prorrogar os prazos do j uiz por m ot ivo
j ust ificado. I sso é im port ant e, pois, caso a part e se sint a lesada pela dem ora do
m agist rado, poderá reclam ar perant e as corregedorias e o Conselho Nacional de
Just iça ( CNJ) .
Art . 227. Em qualquer grau de j urisdição, havendo m ot ivo j ust ificado, pode o j uiz exceder,
por igual t em po, os prazos a que est á subm et ido.

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8 .8 - Pr a zos dos se r vidor e s


Em relação aos servidores do Poder Judiciário, aplicam - se os prazos previst os no
art . 228, do NCPC:
Art . 228. I ncum birá ao servent uário r e m e t e r os a u t os con clu sos no PRAZO D E 1 ( UM )
D I A e e x e cu t a r os at os processuais no PRAZO D E 5 ( CI N CO) D I AS, cont ado da dat a em
que:
I - houver concluído o at o processual ant erior, se lhe foi im post o pela lei;
I I - t iver ciência da ordem , quando det erm inada pelo j uiz.
§ 1 o Ao receber os aut os, o servent uário ce r t ifica r á o dia e a h or a e m que t e ve ciê n cia
da ordem referida no inciso I I .
§ 2 o Nos processos em aut os elet rônicos, a j unt ada de pet ições ou de m anifest ações em
geral ocorrerá de form a aut om át ica, independent em ent e de at o de servent uário da j ust iça.

Pa r a fins de pr ova ...

REM ETER OS AUTOS


1 dia
CON CLUSOS

EXECUTAR 5 dias

8 .9 - Pr a zos e m ca so de lit iscon sór cio


O lit isconsórcio ocorre t oda vez que t iverm os duas ou m ais part es no m esm o polo
da ação. Caso isso ocorra, é possível que sej a aplicada a regra do art . 229, do
NCPC, a qual prevê que os prazos serão prat icados em dobro. Assim , se o prazo
para cont est ar é de 15 dias, caso exist am dois ou m ais réus, o prazo será de 30
dias.
I sso, cont udo, não se aplica a t odos os casos de
lit isconsórcio, m as apenas àqueles em que houver
procuradores diferent es e escrit ório dist int os. At enção: se
forem procuradores diferent es, m as do m esm o escrit ório, o
prazo não será em dobro.
É im port ant e regist rar que, configurada a sit uação de lit isconsórcio por
procuradores diferent es, de escrit órios dist int os, o prazo em dobro será:
 para t odas as m anifest ações;
 para qualquer j uízo ou t ribunal; e
 independe de requerim ent o da part e.

Vej a:

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Art . 229. Os lit isconsor t e s que t iverem dife r e n t e s pr ocu r a dor e s, de e scr it ór ios de
a dvoca cia dist in t os, t erão PRAZOS CON TAD OS EM D OBRO para t oda s a s sua s
m a n ife st a çõe s, em qua lqu e r j u ízo ou t r ibun a l, inde pe nde n t e m e n t e de
r e que r im e n t o.
§ 1 o Cessa a cont agem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 ( dois) réus, é oferecida
defesa por apenas um deles.
§ 2 o Não se aplica o dispost o no caput aos processos em aut os elet rônicos.

Confira com o o assunt o é cobrado em prova:

( TJ- D F – Ju iz – 2 0 1 6 – a da pt a da )
Acerca dos t em as respost a do réu, prazos e lit isconsórcio, j ulgue, de acordo com a legislação
aplicável e a j urisprudência dom inant e do STJ.
A prerrogat iva de prazo em dobro para recorrer, de que t rat a o art igo 229, do NCPC, som ent e se
aplica quando os lit isconsort es com procuradores dist int os de escrit órios diferent es. Tal
prerrogat iva aplica- se a t odas as suas m anifest ações, em qualquer j uízo ou t ribunal,
independent em ent e de requerim ent o.
Com e n t á r ios
A assert iva est á cor r e t a , por ret rat ar j ust am ent e o art . 229, caput , do NCPC.

Sigam os!
Para encerrar o t ópico, leia com at enção o art . 232, do NCPC:
Art . 232. Nos at os de com unicação por cart a precat ória, rogat ória ou de ordem , a realização
da cit ação ou da int im ação será im ediat am ent e inform ada, por m eio elet rônico, pelo j uiz
deprecado ao j uiz deprecant e.

8 .1 0 - Ve r ifica çã o dos Pr a zos e da s Pe n a lida de s


O excesso de prazo poderá im plicar diversas consequências a t odos os suj eit os
do processo. Tant o as part es com o os servidores, e t am bém o m agist rado, podem
ser responsabilizados em face do excesso de prazo.
 e m r e la çã o a os se r vidor e s públicos:
No NCPC, a quest ão referent e ao cum prim ent o dos prazos pelo Poder Judiciário
ficou bast ant e séria. Além de prever prazos para os servidores prat icarem os at os
processuais que lhes são de responsabilidade, há, expressam ent e, regras que
t rat am da responsabilização adm inist rat iva em caso de excesso de prazo.
O art . 233, do NCPC, prevê que o j uiz será responsável por inst aurar o processo
adm inist rat ivo, de ofício ou por represent ação das part es int eressadas, quando
os servidores excederem os prazos est abelecidos para a prát ica do at o
processual. Vej a:
Art . 233. I ncum be ao j u iz ve r ifica r se o se r ve n t u á r io e x ce de u, sem m ot ivo legít im o,
os pr a zos est abelecidos em lei.

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§ 1 o Const at ada a fa lt a , o j uiz ordenará a in st a u r a çã o de pr oce sso a dm in ist r a t ivo, na
form a da lei.
§ 2 o Qualquer das pa r t e s, o M in ist é r io Pú blico ou a D e fe n sor ia Pú blica pode r á
r e pr e se n t a r a o j u iz con t r a o se r ve n t uá r io que inj ust ificadam ent e exceder os prazos
previst os em lei.

Assim , se não cum pridos os prazos de rem essa à conclusão ( 1 dias) , ou de


execução de at os det erm inados ( 5 dias) , é possível que haj a inst auração de
procedim ent o adm inist rat ivo.
 e m r e la çã o à s pa r t e s no pr oce sso:
Para as part es, a principal consequência por não prat icar os at os processuais no
prazo é a perda da prerrogat iva processual de fazê- lo, em razão da preclusão,
que será est udada adiant e.
De t oda form a, há, ainda, um a possibilidade específica que se refere à carga dos
aut os físicos, ou sej a, quando o advogado da part e com parece em cart ório para
ret irada dos aut os a fim de prat icar det erm inado at o processual.
Essa responsabilidade, quant o à quest ão da carga dos aut os, est ende- se aos
advogados, aos defensores e aos m em bros do Minist ério Público.
Art . 234. Os a dvoga dos públicos ou pr iva dos, o de fe n sor público e o m e m br o do
M in ist é r io Pú blico devem rest it uir os aut os no prazo do at o a ser prat icado.
§ 1 o É lícit o a qualquer int eressado exigir os aut os do advogado que exceder prazo legal.

Caso haj a excesso de prazo em razão de carga dos aut os ( ret irada dos aut os
físicos) por part e dos advogados, dos defensores e dos m em bros do Minist ério
Público, o j uiz det erm inará a int im ação para que os aut os sej am devolvidos no
prazo de 3 dias. Para t ant o, o j uiz im porá t rês consequências:
1 ª con se qu ê n cia : perda do direit o de vist a fora do cart ório. Dit o de out ro m odo, a part e
não poderá ret irar os aut os físicos em carga.
2 ª con se qu ê n cia : m ult a no valor de ½ salário m ínim o.
3 ª con se qu ê n cia : com unicação ao órgão de classe para apuração disciplinar ( por exem plo,
OAB, Conselho Superior do Minist ério Público, ent re out ros) .

Vej a:
§ 2 o Se, in t im a do, o a dvoga do N ÃO de volve r os a u t os n o PRAZO D E 3 ( TRÊS) D I AS,
pe r de r á o dir e it o à vist a for a de ca r t ór io e in cor r e r á e m m u lt a cor r e spon de n t e à
m e t a de do sa lá r io- m ín im o.
§ 3 o Verificada a falt a, o j uiz com unicará o fa t o à se çã o loca l da Or de m dos Advoga dos
do Br a sil pa r a pr oce dim e n t o disciplin a r e im posiçã o de m u lt a .
§ 4 o Se a sit uação envolver m e m br o do M inist é r io Pú blico, da D e fe n sor ia Pú blica ou
da Advoca cia Pú blica , a m u lt a , se for o ca so, se r á a plica da a o a ge n t e público
r e spon sá ve l pe lo a t o.
§ 5 o Verificada a falt a, o j u iz com u n ica r á o fa t o a o ór gã o com pe t e nt e r e spon sá ve l
pe la in st a u r a çã o de pr oce dim e n t o disciplin a r con t r a o m e m br o qu e a t u ou n o fe it o.

 e m r e la çã o a os m a gist r a dos:

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Para encerrar o t ópico, falt ou t rat ar da responsabilidade do j uiz. O art . 235, do
NCPC, prevê duas at it udes que podem ser t om adas cont ra o j uiz em razão do
excesso de prazo:
 represent ação à corregedoria do t ribunal respect ivo; e
 represent ação ao CNJ.

Vej a:
Art . 235. Qualquer part e, o Minist ério Público ou a Defensoria Pública poderá represent ar
ao corregedor do t ribunal ou ao Conselho Nacional de Just iça cont ra j uiz ou relat or que
inj ust ificadam ent e exceder os prazos previst os em lei, regulam ent o ou regim ent o int erno.

Nos §§, do art . 235, do NCPC, t em os a disciplina do procedim ent o dessa


represent ação. Confira com o se dá o procedim ent o da represent ação:
1 º – aj uizam ent o da represent ação ( corregedoria ou CNJ) ;
2 º - oit iva prévia do Juiz;
3 º - verificação se é caso de arquivam ent o lim it ar;
4 º - inst auração do procedim ent o;
5 º - int im ação do represent ado ( no caso, o j uiz supost am ent e incorreu em excesso de
prazo) para se m anifest ar no prazo de 15 dias;
6 º - adoção das m edidas adm inist rat ivas cabíveis no prazo de 48 horas;
7 º - det erm inação para que o j uiz prat ique o at o processual que gerou a represent ação
no prazo de 10 dias;
8 º - não prat icado o at o no prazo de 10 dias, será det erm inado que o subst it ut o o faça
em 10 dias.

Confira:
§ 1 o D ist r ibu ída a represent ação ao órgão com pet ent e e ouvido previam ent e o j uiz, não
sendo caso de arquivam ent o lim inar, será in st a u r a do pr oce dim e n t o pa r a a pur a çã o da
r e spon sa bilida de , com int im ação do represent ado por m eio elet rônico para, querendo,
apresent ar j ust ificat iva no prazo de 1 5 ( QUI N ZE) D I AS.
§ 2 o Sem prej uízo das sanções adm inist rat ivas cabíveis, e m ATÉ 4 8 ( QUAREN TA E OI TO)
h or a s a pós a a pr e se nt a çã o ou nã o da j u st ifica t iva de que t rat a o § 1 o , se for o caso, o
corregedor do t ribunal ou o relat or no Conselho Nacional de Just iça det erm inará a
in t im a çã o do r e pr e se n t a do por m e io e le t r ôn ico pa r a qu e , e m 1 0 ( de z) dia s,
pr a t iqu e o a t o.
§ 3 o M a n t ida a in é r cia , os aut os serão rem et idos ao subst it u t o legal do j uiz ou do relat or
cont ra o qual se represent ou para decisão em 1 0 ( D EZ) D I AS.

Finalizam os, com isso, m ais um t ópico.

9 - Pr e clu sã o
Com o vim os ao longo da aula de hoj e, a principal consequência em razão da part e
não prat icar det erm inado at o processual é a preclusão. De acordo com a

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dout rina 12 , a “ preclusão é definida com o a perda de um a sit uação j urídica
processual at iva” .
Port ant o, se a part e não prat icar o at o processual, perderá a possibilidade de
fazê- lo. Esse inst it ut o confere aut oridade aos prazos processuais, de form a que
a preclusão é fundam ent al para o andam ent o do processo, encadeando os at os
processuais e conduzindo o processo à decisão final.
Assim , a preclusão const it ui inst rum ent o processual fundam ent al para o deslinde
da ação. Dest e m odo, pode- se afirm ar que sem preclusão não há processo.
A preclusão consagra t rês pr incípios:
 princípio da segurança j urídica, na m edida em que a part e obt ém a cert eza
que o provim ent o j urisdicional será dado, de que haverá um final para o
processo;
 princípio da boa- fé, na m edida em que são vedadas at uações
ext em porâneas, repet it ivas e cont radit órias.
 princípio da duração razoável do processo, pois exige que o processo dê
seguim ent o ao procedim ent o, ainda que a part e não se m anifest e ou t ent e
at rasá- lo.
Tradicionalm ent e, a dout rina m enciona e spé cie s de preclusão, que,
sint et icam ent e, podem ser definidas do seguint e m odo:
1 - Pr e clusã o Te m por a l: perda de um poder processual em razão da
perda de um prazo.
É j ust am ent e essa a consequência que ext raím os do art . 223, do NCPC, ao
prever que, decorrido o prazo, ext ingue- se o direit o de prat icar ou de
em endar o at o processual, independent em ent e de haver declaração do j uiz,
excet o na hipót ese de configuração de j ust a causa.
Por exem plo, a part e deixa de apresent ar a cont est ação no prazo legal.
2 - Pr e clusã o Lógica : perda do poder processual em razão da prát ica
ant erior de um at o incom pat ível com ele.
Por exem plo, em audiência de inst rução, as part es decidem pela
conciliação, que é hom ologada pelo m agist rado no at o. Em bora, num
prim eiro m om ent o, t enha concordado com o acordo, a part e decide recorrer
da hom ologação. Esse recurso não deve ser adm it ido por preclusão lógica.
O segundo at o processual – o recurso – é incom pat ível com o prim eiro at o,
qual sej a: o acordo.
Trat a- se de espécie de preclusão que dest aca o princípio da boa- fé
processual, na m edida em que refut a com port am ent o cont radit ório das
part es ( vedação ao vernire cont ra fact um proprium ) .

12
JR. DI DI ER, Fredie. Cur so de D ir e it o Pr oce ssu a l Civil, Volum e 1, 18ª edição, rev., am pl. e
at ual, Bahia: Edit ora JusPodvim , 2016, p. 425

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3 - Pr e clusã o Consum a t iva : perda de um poder processual em razão do
seu exercício. A ideia é sim ples, veda- se à part e repet ir at o processual j á
prat icado.
Por exem plo, nova cont est ação após apresent ação da prim eira. A segunda
cont est ação não será aceit a por preclusão consum at iva em face da prim eira
cont est ação apresent ada. Consum a- se o direit o de cont est ar com a
apresent ação da prim eira cont est ação.
4 - Pr e clusã o sa nçã o: preclusão decorrent e da prát ica de at o ilícit o.
Por exem plo, confissão fict a em razão do não com parecim ent o do réu
devidam ent e int im ado.
Fat o é que, independent em ent e da espécie, a preclusão decorre da perda de um
poder que a part e t em de prat icar det erm inado at o processual, um efeit o j urídico
em razão de out ros at os prat icados, ou não prat icados, no prazo devido.
Vam os aprofundar um pouco m ais.
Os conceit os de preclusão, de prescrição e de
decadência são conceit os próxim os. Para que você não
confunda, vam os diferenciá- los!

D ECAD ÊN CI A P RESCRI ÇÃO P RECLUSÃO

Perda de um dir e it o Perda da eficácia de Perda da prerrogat iva de


pot e st a t ivo em razão do seu det erm inada pr e t e n sã o por prat icar det erm inado ato
não exercício dent ro do prazo não t ê- la exercit ado no prazo pr oce ssua l.
legal ou convencional. legal.
O obj et o da preclusão é
Perde- se a pret ensão, não o rest rit o ao processo.
direit o.

Quest iona- se:


A pr e clu sã o, com o vist a a cim a , t r a z conse quê ncia s à pa r t e . O j uiz pode
se r a fe t a do pe la pr e clusã o se nã o pr a t ica r de t e r m ina do a t o no pr oce sso
sob sua com pe t ê ncia ?
Ao se falar em preclusão do j uiz usa- se, com um ent e, a expressão preclusão pro
iudicat o. Se considerarm os a classificação acim a est udada, e t endo em vist a que
os prazos processuais do m agist rado são im próprios, não se fala em preclusão
t em poral do j uiz. Cont udo, é possível ocorrer a preclusão.
Port ant o, o j uiz poderá sofrer a preclusão pela prát ica de at o incom pat ível ( lógica)
e pelo exercício do at o ( consum at iva) , m uit o em bora essa hipót ese sej a obj et o
de dúvidas.
Com isso, encerram os o t ópico relat ivo à preclusão. De t udo o que foi dit o,
m em orize:

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PRECLUSÃO

CONCEI TO: perda de um a Espécies:


sit uação j urídica processual.

1 - Preclusão Tem poral: perda de um poder


processual em razão da perda de um prazo.

2 - Preclusão Lógica: perda do poder processual em


razão da prát ica ant erior de um at o incom pat ível com
ele.

3 - Preclusão Consum at iva: perda de um poder


processual em razão do seu exercício. A ideia é
sim ples, veda- se à part e repet ir at o processual j á
prat icado.

4 - Preclusão sanção: preclusão decorrent e da prát ica


de at o ilícit o.

1 0 – Qu e st õe s

1 0 .3 - Qu e st õe s com Com e n t á r ios


Q1 . CESPE/ TRF1 ª R/ 2 0 1 7
Julgue os próxim os it ens, relat ivos aos at os processuais.
O servent uário deverá rem et er os aut os conclusos no prazo de um dia
cont ado da dat a em que t iver cum prido at o processual ant erior; o não
cum prim ent o dessa regra, sem m ot ivo legít im o, acarret ará a inst auração de
processo adm inist rat ivo.

Q2 . CESPE/ TRF1 ª R/ 2 0 1 7
Julgue os próxim os it ens, relat ivos aos at os processuais.
Serão considerados int em pest ivos os at os processuais realizados ant es do
t erm o inicial do prazo.

Q3 . CESPE/ TRF1 ª R/ 2 0 1 7

62
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Julgue os próxim os it ens, relat ivos aos at os processuais.
A part e poderá renunciar ao prazo est abelecido exclusivam ent e em seu
favor, desde que o faça expressam ent e.

Q4 . CESPE/ TRF1 ª R/ 2 0 1 7
Julgue os próxim os it ens, relat ivos aos at os processuais.
At o processual elet rônico pode ser prat icado em qualquer horário desde que
at é as vint e horas do últ im o dia do prazo.

Q5 . CS- UFG/ TJ- GO/ 2 0 1 7


Quando for celebrado negócio ou calendário processual,
a) os processos que versem sobre arbit ragem , independent em ent e da
exist ência de cláusula de confidencialidade, devem t ram it ar em segredo de
j ust iça.
b) as negociações que est abeleçam m udanças no procedim ent o são
consideradas ilícit as.
c) as part es envolvidas ficarão vinculadas à sua observância, salvo o j uiz,
nos casos de calendarização.
d) a int im ação das part es acerca dos at os agendados t orna- se desnecessária
nos casos de calendarização.
e) os at os processuais, inclusive os elet rônicos, devem ser realizados em
dias út eis, das 06h às 20h.

Q6 . PUC- PR/ TJ- M S/ 2 0 1 7


Considerando a Part e Geral do Código de Processo Civil, é CORRETO afirm ar:
a) O procedim ent o da cart a rogat ória perant e o Superior Tribunal de Just iça
é de j urisdição volunt ária.
b) A grat uidade da j ust iça com preende as despesas com publicação na
im prensa oficial, m as não dispensa a publicação em out ros m eios.
c) O escrivão ou o chefe de secret aria at enderá, obrigat oriam ent e, à ordem
cronológica de recebim ent o para publicação e efet ivação dos
pronunciam ent os j udiciais.
d) É lícit o às part es plenam ent e capazes, em qualquer caso, est ipular
m udanças no procedim ent o para aj ust á- lo às especificidades da causa e
convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres
processuais, desde que haj a processo pendent e.
e) O regist ro ou a dist ribuição da pet ição inicial t orna prevent o o j uízo.

Q7 . CESPE/ TRT- 7 ª R/ 2 0 1 7

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Eduarda e Carolina, dem andadas por Mário em ação que t ram it a em aut os
elet rônicos, const it uíram procuradores de escrit órios dist int os.
Nessa sit uação hipot ét ica, as lit isconsort es t erão prazo
a) em dobro som ent e para cont est ar.
b) em dobro para t odos os at os.
c) em quádruplo para t odos os at os.
d) sim ples para cont est ar.

Q8 . CON SULPLAN / TJ- M G/ 2 0 1 7


Segundo o Código de Processo Civil 2015,sobre os at os processuais, é
corret o afirm ar :
a) Em regra, dependem de form a det erm inada, considerando- se inválidos os
realizados de out ro m odo, ainda que preenchida a finalidade essencial.
b) São públicos, t odavia, podem t ram it ar em segrego de j ust iça quando
versarem sobre casam ent o, separação de corpos, divórcio, separação, união
est ável, filiação, alim ent os e guarda de crianças e adolescent es.
c) É indispensável a int im ação das part es para a prát ica de at os processuais,
m esm o quando exist a calendário fixado de com um acordo com o j uiz.
d) Aut oriza- se o lançam ent o de cot as m arginais ou int erlineares nos aut os,
desde que devidam ent e ident ificadas.

Q9 . CON SULPLAN / TJ- M G/ 2 0 1 7


Analise as afirm at ivas, sobre os prazos processuais, de acordo com o Código
Processo Civil 2015:
I . Quando t iver ciência da ordem em anada pelo Juiz, o servent uário deverá
execut ar os at os processuais no prazo de 10 ( dez) dias.
I I . Nos processos elet rônicos, a j unt ada de pet ições ou de m anifest ações em
geral dependerá de at o de servent uário da j ust iça, que cert ificará o dia e a
hora da prát ica do at o.
I I I . Os lit isconsort es que t iverem diferent es procuradores, de escrit ório de
advocacia dist int os, t erão prazos cont ados em dobro para t odas as suas
m anifest ações, em qualquer j uízo ou t ribunal, independent em ent e de
requerim ent o, nos processos j udiciais físicos e elet rônicos.
I V. Salvo disposição em sent ido diverso, considera- se dia do com eço do
prazo a dat a de ocorrência da cit ação ou da int im ação, quando ela se der
por at o do escrivão ou do chefe de secret aria.
Est á corret o o que se afirm a em :
a) Todas as afirm at ivas são verdadeiras.
b) Apenas a afirm at iva I é falsa.

64
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c) Apenas a afirm at iva I V é verdadeira.
d) Apenas as afirm at ivas I I e I V são verdadeiras.

Q1 0 . CON SULPLAN / TJ- M G/ 2 0 1 7


Considerando as disposições cont idas no Código de Processo Civil sobre os
prazos processuais, faça a avaliação das afirm at ivas expost as a seguir:
I . É t em pest ivo o at o prat icado ant es do t erm o inicial do prazo.
I I . Para efeit o de definir o início da cont agem do prazo, considera- se com o
dat a de publicação o prim eiro dia út il seguint e ao da disponibilização da
inform ação no Diário da Just iça elet rônico.
I I I . Em relação aos at os processuais que lhe são im post os pela lei, incum be
ao servent uário execut ar, no prazo de 5( cinco) dias, aquele que lhe for
cobrado pela part e com alegação de urgência, ainda que não houver
concluído o at o processual ant erior.
I V. Ordenada pelo j uiz a prát ica de um at o processual, o servent uário deve
cert ificar o dia e a hora que a recebeu, dando cum prim ent o em 5( cinco) dias.
Est á corret o o que se afirm a nos seguint es it ens:
a) I , I I e I I I .
b) I , I I e I V.
c) I , I I I e I V.
d) I I , I I I e I V.

Q1 1 . CON SULPLAN / TJ- M G/ 2 0 1 7


Com relação aos at os, o escrivão ou o chefe de secret aria NÃO devem
a) num erar e rubricar t odas as folhas dos aut os.
b) cert ificar os casos nos quais as pessoas que int ervierem no processo, se
recusarem assinar at os que t enham realizado.
c) im pedir a part e ou o seu procurador rubricar as folhas correspondent es
nos at os em que int ervierem .
d) perm it ir o uso da t aquigrafia, da est enot ipia ou de out ro m ét odo idôneo
em qualquer j uízo ou t ribunal.

Q1 2 . CON SULPLAN / TJ- M G/ 2 0 1 7


Os prazos processuais devem ser cont ados, salvo disposição em cont rário,
a) excluindo o dia do com eço e incluindo o dia do vencim ent o.
b) excluindo o dia do vencim ent o e incluindo o dia do com eço.
c) iniciando no segundo dia út il que seguir ao da publicação.
d) incluindo o dia do com eço e do vencim ent o.

65
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Q1 3 . CON SULPLAN / TJ- M G/ 2 0 1 7
Novidade no est at ut o é a expressa previsão de que o at o prat icado ant es do
t erm o inicial do prazo, vencendo assim cont rovérsia j urisprudencial sobre o
pont o, é considerado t em pest ivo. Trat a- se de disposição que vem ao
encont ro da efet ividade e t em pest ividade do processo, vet ores do novo
processo civil. Nessa est eira, t odas as opções correspondem à nova
t endência do CPC/ 15, EXCETO:
a) Os prazos podem receber regras próprias de acordo com a font e de sua
origem ( legais ou j udiciais) ou seus dest inat ários ( j uiz, órgãos auxiliares da
j ust iça, part es) com consequências dist int as sobre o at o processual a ser
prat icado.
b) A m odificação no t rat o dado aos prazos processuais est abelece nova
form a de cont agem do prazo em dias ( apenas em dias, não podendo ser
considerado para prazos m eses ou anos) , com put ando- se os dias corridos.
Port ant o, serão incluídos sábados, dom ingos e feriados.
c) Quant o à origem , os prazos ou são legais ou j udiciais nesses últ im os est á
present e a recom endação de sua fixação de acordo com a com plexidade do
at o, perm it indo, t am bém , por via de consequência, sua event ual dilação, a
ser definida pelo j uiz, desde que devidam ent e j ust ificada a post ulação de
prorrogação.
d) Se houver om issão da lei na fixação de prazo e o j uiz deixar de fazê- lo, o
prazo para a prát ica do at o ret om a à condição de ser fixado por lei, hipót ese
em que será de 5 ( cinco) dias. No que diz respeit o, à exigência de
com parecim ent o em j uízo, em sendo om issos a lei e o j uiz, a part e só se
obriga a t ant o, se a int im ação for ant ecedida de 48 ( quarent a e oit o) horas.

Q1 4 . CON SULPLAN / TJ- M G/ 2 0 1 7


O art . 220 do CPC/ 15 est abelece no seu caput as cham adas férias forenses,
que não se confundem com as férias individuais de cada j uiz, e os §§ 1º e
2º do disposit ivo cit ado est abelecem que, durant e o período ent re 20 de
dezem bro e 20 de j aneiro não haj a audiências ou sessões, sem prej uízo das
dem ais at ividades a serem exercidas pelos j uízes, m em bros do Minist ério
Público, Defensoria Pública e Advocacia Pública. Dest inat ários, port ant o, da
regra os advogados privados. Dest a form a, t odas as afirm ações sobre prazos
processuais est ão corret as, EXCETO:
a) O prazo processual em part icular pode t am bém rest ar suspenso ou por
obst áculo criado em det rim ent o da part e ou nos casos de suspensão do
processo, quando ent ão o prazo será rest it uído pelo t em po rem anescent e,
pois não se t rat a de int errupção, m as, sim , suspensão do prazo, caso em
que o t em po j á decorrido com put a.
b) A dilação do prazo perem pt ório, em havendo consenso, poderá ser
deferida pelo j uiz, t udo em favor de um novo m odelo de processo que
est im ula a aut ocom posição, o negócio j urídico processual, a int ervenção

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ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
Curso em teoria e exercícios
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m ais at iva dos int eressados na com posição do conflit o. Um processo m ais
part icipat ivo e colaborat ivo em subst it uição ao processo adversarial.
c) A regra geral para o início e o t érm ino da cont agem dos prazos foi
m odificada incluindo- se o dia do com eço e excluindo- se o dia do vencim ent o,
desde que dias út eis ou quando o expedient e forense for reduzido, hipót eses
que aut orizam a sua prot ração para o prim eiro dia út il subsequent e.
d) Mant ém - se, t am bém , a regra de que a part e pode renunciar ao prazo que
lhe for exclusivo, m as o deverá fazê- lo expressam ent e.

Q1 5 . FAURGS/ TJ- RS/ 2 0 1 7


A respeit o dos prazos processuais, assinale a alt ernat iva corret a.
a) No novo processo civil brasileiro, os prazos processuais est abelecidos em
dias são cont ínuos, com put ando- se sábados, dom ingos e feriados.
b) I nexist indo preceit o legal ou det erm inação pelo Juiz, ent ende- se que o
prazo para prát ica de at o processual a cargo da part e é de 10 dias út eis.
c) A m ort e ou a perda da capacidade processual da part e acarret a a
int errupção do prazo, que volt a a ser cont ado desde o início.
d) Aos lit isconsort es que t iverem diferent es procuradores, m esm o em
processo elet rônico, é assegurada a cont agem em dobro de t odos os prazos
processuais.
e) Considera- se, com o dat a da publicação, o prim eiro dia út il seguint e ao da
disponibilização da int im ação no Diário da Just iça Elet rônico.

Q1 6 . FGV/ TRT- 1 2 ª R/ 2 0 1 7
Marcella, advogada de um a em presa em processo que t ram it a num a Vara
Cível da Com arca de Caçador ( SC) , foi int im ada pelo j uízo, num a quart a-
feira, para a prát ica de det erm inado at o processual no prazo de cinco dias.
Considerando ser feriado na segunda- feira da sem ana seguint e, o t erm o final
do prazo processual concedido à pat rona se dá na:
a) segunda- feira da sem ana seguint e;
b) t erça- feira da sem ana seguint e;
c) quart a- feira da sem ana seguint e;
d) quint a- feira da sem ana seguint e;
e) sext a- feira da sem ana seguint e.

Q1 7 . FGV/ TRT- 1 2 ª R/ 2 0 1 7
Arm ando se sent iu lesado em um pacot e t uríst ico que adquiriu para as suas
férias e, assim , aj uizou em j unho de 2016 um a ação cont ra a com panhia
aérea na qual voou e cont ra a operadora de t urism o que lhe vendeu o pacot e

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ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
Curso em teoria e exercícios
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t errest re. Cada réu cont rat ou um advogado diferent e, m as que at uavam no
m esm o escrit ório j urídico.
Prolat ada a sent ença, e de acordo com o CPC, é corret o afirm ar que:
a) o prazo para recurso será cont ado de form a sim ples;
b) no caso concret o será em quádruplo o prazo para recorrer;
c) será cont ado em dobro o prazo para apelar;
d) o j uiz decidirá, m as, em deferindo o prazo em dobro para os réus, deverá
dar o m esm o t rat am ent o ao aut or, por isonom ia;
e) o prazo em dobro será apenas para o réu principal.

Q1 8 . CESPE/ TRE- BA/ 2 0 1 7


De acordo com o CPC, no que se refere aos at os processuais, cabe ao
servidor
a) t om ar decisões int erlocut órias, com a revisão do j uiz, se necessário.
b) docum ent ar acórdão pronunciado oralm ent e, dispensada a revisão pelo
j uiz prolat or.
c) redigir despachos, com a revisão do j uiz, se necessário.
d) docum ent ar sent enças pronunciadas oralm ent e, dispensada a revisão
pelo j uiz.
e) prat icar os at os ordinat órios de j unt ada e vist a obrigat ória, com revisão
do j uiz, se necessário.

Q1 9 . VUN ESP/ Câ m a r a de Sum a r é – SP/ 2 0 1 7


A prát ica elet rônica processual, o que inclui o pet icionam ent o elet rônico,
pode ocorrer, para a validade do at o para fins de cont agem do prazo:
a) das seis às vint e horas.
b) das nove às dezesset e horas.
c) dent ro do horário forense est abelecido pela Com arca.
d) no horário de funcionam ent o do fórum ou t ribunal, conform e est abelecido
na lei de organização j udiciária.
e) em qualquer horário at é as vint e e quat ro horas do últ im o dia do prazo.

Q2 0 . FCC/ D PE- SC/ 2 0 1 7


João Haroldo procura a defensoria pública com a finalidade de deduzir
pret ensão de danos m at eriais e m orais em face de um a em presa de cart ões
de crédit o e do banco que com ercializa o cart ão, em razão de cobranças
indevidas. O defensor aj uíza, por m eio elet rônico, pet ição inicial que segue
o procedim ent o com um . A em presa de cart ões foi cit ada, sendo a cart a com
aviso de recebim ent o j unt ada aos aut os no dia 23 de j aneiro de 2017

68
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
Curso em teoria e exercícios
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( segunda- feira) . O banco, por seu t urno, foi cit ado e houve j unt ada do
com provant e post al no dia 02 de fevereiro de 2017 ( quint a- feira) . No dia 1°
de m arço de 2017 ( quart a- feira) , a em presa de cart ões prot ocolou pet ição
m anifest ando desint eresse na realização de audiência de t ent at iva de
conciliação. Em 12 de m aio de 2017 ( sext a- feira) , ocorreu a audiência de
t ent at iva de conciliação, que cont ou com a part icipação do aut or e do banco,
ausent e a adm inist radora de cart ões, sendo ao final infrut ífera a t ent at iva
de aut ocom posição. Os dem andados cont am com advogados de escrit órios
dist int os. Considerando os prazos previst os no at ual CPC, considerando a
sit uação hipot ét ica de inexist ência de qualquer feriado ( nacional ou local) no
decurso do prazo, é corret o dizer que o últ im o dia do prazo para a respost a
da adm inist radora de cart ões foi
a) 22 de m arço de 2017.
b) 23 de j unho de 2017.
c) 13 de fevereiro de 2017.
d) 2 de j unho de 2017.
e) 23 de fevereiro de 2017.

Q2 1 . I ESES/ TJ- RO/ 2 0 1 7


Acerca dos At os Processuais e sua disciplina no Código de Processo Civil,
assinale a alt ernat iva corret a:
a) O art . 188 do Código de Processo Civil consagra o sist em a de
inst rum ent alidade das form as.
b) A regra em se t rat ando de at os processuais é que sej am realizados e
t ram it em em segredo de j ust iça.
c) O uso da língua port uguesa pode ser dispensado na prát ica de cert os at os
e t erm os do processo.
d) Não é lícit o às part es est ipular m udanças no procedim ent o para aj ust á- lo
às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes,
faculdades e deveres processuais, ant es ou durant e o processo, ainda que
verse exclusivam ent e sobre direit os que adm it am aut ocom posição.

Q2 2 . I ESES/ TJ- RO/ 2 0 1 7


Ainda acerca dos At os Processuais e sua disciplina no Código de Processo
Civil:
I . Os at os das part es consist ent es em declarações unilat erais ou bilat erais
de vont ade produzem im ediat am ent e a const it uição, m odificação ou
ext inção de direit os processuais, excet uada a desist ência da ação, que só
produzirá efeit os após hom ologação j udicial.
I I . Os at os das part es consist ent es em declarações unilat erais ou bilat erais
de vont ade produzem im ediat am ent e a const it uição, m odificação ou

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ext inção de direit os processuais, inclusive a desist ência da ação, que produz
efeit os independent em ent e de hom ologação j udicial.
I I I . Os at os processuais serão realizados em dias út eis, das 6 ( seis) às 20
( vint e) horas.
É corret o o que se afirm a em :
a) I I e I I I .
b) I e I I I .
c) I e I I .
d) I , I I e I I I .

Q2 3 . I ESES/ TJ- RO/ 2 0 1 7


Em se t rat ando do t em po e do lugar dos at os processuais, segundo o Código
de Processo Civil vigent e pode- se afirm ar, EXCETO:
a) I ndependent em ent e de aut orização j udicial, as cit ações, int im ações e
penhoras poderão realizar- se no período de férias forenses, onde as houver,
e nos feriados ou dias út eis fora do horário est abelecido no Código de
processo Civil, observada a Const it uição Federal.
b) Os at os processuais serão realizados em dias út eis, das 8 ( oit o) às 20
( vint e) horas.
c) Quando o at o t iver de ser prat icado por m eio de pet ição em aut os não
elet rônicos, essa deverá ser prot ocolada no horário de funcionam ent o do
fórum ou t ribunal, conform e o dispost o na lei de organização j udiciária local.
d) Serão concluídos após as 20 ( vint e) horas os at os iniciados ant es, quando
o adiam ent o prej udicar a diligência ou causar grave dano.

Q2 4 . FM P Concur sos/ PGE- AC/ 2 0 1 7


Considere as seguint es afirm at ivas sobre o t em a dos at os processuais no
âm bit o do Código de Processo Civil. Assinale a alt ernat iva CORRETA.
a) O direit o de consult ar os aut os de processo que t ram it e em segredo de
j ust iça e de pedir cert idões de seus at os é rest rit o às part es e aos seus
procuradores.
b) O t erceiro que dem onst rar int eresse j urídico pode requerer ao j uiz
cert idão do disposit ivo da sent ença, excet o dos casos de invent ário e de
part ilha result ant es de divórcio ou separação.
c) O docum ent o redigido em língua est rangeira poderá ser j unt ado aos aut os
ainda que desacom panhado de versão para a língua port uguesa.
d) É perm it ido lançar nos aut os cot as m arginais ou int erlineares.
e) Os at os processuais realizar- se- ão exclusivam ent e na sede do j uízo.

Q2 5 . FM P Concur sos/ PGE- AC/ 2 0 1 7

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ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
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Considere as seguint es afirm at ivas sobre o t em a dos prazos no âm bit o do
Código do Processo Civil. Assinale a alt ernat iva I NCORRETA.
a) I nexist indo preceit o legal ou prazo det erm inado pelo j uiz, será de 5
( cinco) dias o prazo para a prát ica de at o processual a cargo da part e.
b) Na com arca, seção ou subseção j udiciária onde for difícil o t ransport e, o
j uiz poderá prorrogar os prazos por at é 3 ( t rês) m eses.
c) O prazo para a part e, o procurador, a Advocacia Pública, a Defensoria
Pública e o Minist ério Público será cont ado da cit ação, da int im ação ou da
not ificação.
d) Em qualquer grau de j urisdição, havendo m ot ivo j ust ificado, pode o j uiz
exceder, por igual t em po, os prazos a que est á subm et ido.
e) E lícit o a qualquer int eressado exigir os aut os do advogado que exceder
o prazo legal.

Q2 6 . FCC/ TJ- SC/ 2 0 1 7


Em relação à form a dos at os processuais, é corret o afirm ar:
a) Com pet e privat ivam ent e aos t ribunais regulam ent ar a prát ica e a
com unicação oficial de at os processuais por m eio elet rônico, velando pela
com pat ibilidade dos sist em as, disciplinando a incorporação progressiva de
novos avanços t ecnológicos e edit ando, para esse fim , os at os que forem
necessários.
b) Os at os e t erm os processuais são em regra form ais, considerando- se
nulos os que t enham sido prat icados em desrespeit o a essa prem issa.
c) A desist ência da ação produzirá efeit os im ediat os nos aut os, em bora sej a
possível discut ir os ônus sucum benciais se não houver anuência da part e
adversa ao at o.
d) Apenas decisões int erlocut órias e sent enças devem ser publicadas no
Diário de Just iça Elet rônico, j á que despachos, por não causarem gravam es,
não necessit am de publicação.
e) Versando o processo sobre direit os que adm it am aut ocom posição, é lícit o
às part es plenam ent e capazes est ipular m udanças no procedim ent o para
aj ust á- lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus,
poderes, faculdades e deveres processuais, ant es ou durant e o processo.

Q2 7 . VUN ESP/ Pr e fe it ur a de Por t o Fe r r e ir a – SP/ 2 0 1 7


Acerca dos prazos no processo civil, assinale a alt ernat iva corret a.
a) Se os aut os do processo forem elet rônicos, havendo pluralidade de réus
assist idos por advogados diferent es, m esm o que pert ençam a sociedade de
advogados em com um , est es t erão o benefício da cont agem de prazo
dobrado para se defender.

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ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
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b) A suspensão dos processos, que ocorre ent re 20 de dezem bro e 20 de
j aneiro, em virt ude do recesso forense, suspenderá t ant o os prazos
processuais quant o os relat ivos a direit o m at erial.
c) A cont agem de prazos deverá ser feit a em dias út eis, incluindo- se o dia
em que foi prat icado o at o e excluindo- se o dia do vencim ent o. Nos processos
digit ais, t ais prazos, para serem considerados t em pest ivos, deverão ser
cum pridos das 6 às 22 horas do últ im o dia do int erregno.
d) Em se t rat ando da hipót ese de cont agem de prazos em dobro, a part e
beneficiária, para usufruir dest e direit o, deverá requerer ao j uiz, que não
poderá conceder t al benesse de ofício.
e) A Fazenda Pública, o Minist ério Público, e a Defensoria Pública, para
cont est ar, recorrer e falar nos aut os quando int im ados gozam , em regra, de
prazo em dobro.

Q2 8 . CESPE/ Pr e fe it u r a de Be lo H or izont e – M G/ 2 0 1 7
Acerca de at os processuais e dist ribuição, assinale a opção corret a.
a) O recurso int erpost o ant es da publicação da sent ença ou do acórdão será
considerado int em pest ivo e não produzirá efeit o j urídico, salvo se a part e
rat ificar as razões recursais dent ro do prazo para a sua int erposição após a
publicação do at o.
b) A cit ação de m unicípio e suas respect ivas aut arquias pode ser firm ada
pelo correio, com aviso de recebim ent o, caso em que a correspondência
deverá ser enviada para o órgão da advocacia pública responsável pela
represent ação j udicial do referido ent e público.
c) Havendo, na localidade, m ais de um j uízo com pet ent e e est ando
dem onst rada a cont inência ent re um a ação em curso e nova ação a ser
propost a, pode o dem andant e dist ribuir sua nova ação por dependência ao
j uízo processant e da ação em curso.
d) A legislação processual vigent e não perm it e que as part es e o j uiz
est abeleçam calendário para a realização de det erm inados at os processuais,
t ais com o prazo para m anifest ações das part es e dat a de realização de
audiências, assim com o a dispensa de int im ação das part es para a prát ica
de at os processuais est abelecidos.

Q2 9 . FCC/ D PE- PR/ 2 0 1 7


Sobre os prazos no Código de Processo Civil, é corret o afirm ar:
a) O cum prim ent o definit ivo da sent ença, no caso de condenação em quant ia
cert a, far- se- á m ediant e requerim ent o do exequent e, sendo o execut ado
int im ado a pagar o débit o em quinze dias út eis.
b) Os lit isconsort es que t iverem diferent es procuradores, desde que de
escrit órios dist int os, t erão prazos cont ados em dobro para t odas as suas
m anifest ações, t rat ando- se de aut os físicos.

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c) O prazo para respost a, em caso de cit ação por edit al, inicia- se quando
finda a dilação assinalada pelo j uiz, ainda que em dia não út il.
d) Considera- se dia do com eço do prazo o dia subsequent e à dat a em que
efet ivam ent e o oficial de j ust iça realizou a cit ação com hora cert a.
e) O prazo para cada um dos execut ados em bargar, quando houver m ais de
um , cont a- se a part ir da j unt ada do respect ivo com provant e de cit ação,
ainda que cônj uges ou com panheiros.

Q3 0 . FCC/ D PE- PR/ 2 0 1 7


Vulnerabilidade processual é a suscet ibilidade do lit igant e que o im pede de
prat icar at os processuais em razão de um a lim it ação pessoal involunt ária.
Dest e m odo,
a) para dirim ir a suscet ibilidade daquele que foi vulnerável na relação de
direit o m at erial, o m agist rado poderá em qualquer m om ent o processual
afast ar de ofício a cláusula de eleição de foro.
b) reconhecendo a vulnerabilidade da m ulher em face do hom em na relação
conj ugal, sendo ainda um a realidade brasileira a sua subm issão a prát icas
fam iliares pat riarcais, o novo CPC m ant eve a prerrogat iva do foro da esposa
para ações de divórcio.
c) apesar de o novo CPC não conceit uar o t erm o vulnerabilidade, t al vocábulo
aparece no diplom a em disposit ivo que versa sobre a possibilidade de o j uiz
cont rolar a convenção das part es acerca de alt eração em procedim ent o.
d) verificada a suscet ibilidade de um as das part es em face da out ra, não
poderá o m agist rado dilat ar os prazos processuais em benefício dela, pois
deve assegurar às part es igualdade de t rat am ent o.
e) há regra específica para a superação da vulnerabilidade geográfica a qual
prevê que na com arca, seção ou subseção j udiciária, onde for difícil o
t ransport e, o j uiz poderá prorrogar os prazos por at é um m ês.

Q3 1 . CESPE/ Pr e fe it u r a de For t a le za – CE/ 2 0 1 7


Julgue o it em seguint e, com base no que dispõe o CPC sobre at os
processuais, deveres das part es e dos procuradores e t ut ela provisória.
É dever do m agist rado m anifest ar- se de ofício quant o ao inadim plem ent o de
qualquer negócio j urídico processual válido celebrado pelas part es, j á que,
conform e expressa det erm inação legal, as convenções processuais devem
ser obj et o de cont role pelo j uiz.

Q3 2 . FUN D EP/ M PE- M G/ 2 0 1 7


Assinale a alt ernat iva I NCORRETA sobre as norm as processuais do
CPC/ 2015:
a) Versando o processo sobre direit os que adm it am aut ocom posição, é lícit o
às part es plenam ent e capazes est ipular m udanças no procedim ent o para

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aj ust á- lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus,
poderes, faculdades e deveres processuais, ant es ou durant e o processo.
b) De com um acordo, o j uiz e as part es podem fixar calendário para a prát ica
de at os processuais, quando for o caso.
c) O calendário vincula as part es e o j uiz, e os prazos nele previst os som ent e
serão m odificados em casos excepcionais, devidam ent e j ust ificados.
d) Mesm o com a calendarização dos at os processuais, é indispensável a
int im ação das part es, sob pena de cerceam ent o de defesa.

Q3 3 . COM PERVE/ Câ m a r a de Cur r a is N ovos – RN / 2 0 1 7


O devido processo legal t em im port ância singular do pont o de vist a
procedim ent al, vist o que a est rut ura do processo, quando bem est abelecida,
concede segurança j urídica para as part es em conflit o. Dessa m aneira, os
at os processuais
a) realizar- se- ão em dias út eis, das seis às vint e e um a horas, m as poderão
ser concluídos após esse horário quando o adiam ent o im port ar grave dano.
b) são públicos, rest ringindo- se o segredo de j ust iça àqueles em que o exij a
o int eresse público ou social, conform e definido em lei.
c) independem de form a det erm inada, salvo quando a lei expressam ent e a
exigir, considerando- se válidos os que, realizados de out ro m odo, lhe
preencham a finalidade essencial.
d) ocorrerão, ordinariam ent e, no local de preferência dos at ores processuais,
em razão de obst áculo arguido pelo int eressado e acolhido pelo j uiz.

Q3 4 . FCC/ TRT 2 4 ª R/ 2 0 1 7
À luz do Código de Processo Civil, sobre os prazos, é corret o afirm ar:
a) Nos processos em aut os elet rônicos, a j unt ada de pet ições não ocorrerá
de form a aut om át ica e dependerá de at o de servent uário da j ust iça.
b) O prazo para o j uiz prolat ar sent ença é de 15 dias, prorrogáveis por m ais
dez dias havendo m ot ivo j ust ificável.
c) Em regra, considera- se o dia do com eço do prazo o dia út il seguint e à
consult a ao t eor da cit ação ou da int im ação ou ao t érm ino do prazo para que
a consult a se dê, quando a cit ação ou a int im ação for elet rônica.
d) Nos processos físicos, os lit isconsort es que t iverem diferent es
procuradores, ainda que do m esm o escrit ório de advocacia, t erão prazos
cont ados em dobro para t odas as suas m anifest ações, em qualquer j uízo ou
t ribunal, independent em ent e de requerim ent o.
e) É lícit o ao j uiz reduzir em carát er excepcional algum prazo perem pt ório
independent em ent e de anuência das part es.

Q3 5 . M PE- RS/ M PE- RS/ 2 0 1 7

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ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
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Assinale a alt ernat iva I NCORRETA sobre o t em a dos at os processuais,
segundo dispost o no Código de Processo Civil.
a) O t erceiro que dem onst rar int eresse j urídico pode requerer ao j uiz
cert idão do disposit ivo da sent ença, bem com o de invent ário e de part ilha
result ant es de divórcio ou separação.
b) O regist ro de at o processual elet rônico deverá ser feit o em padrões
abert os, que at enderão aos requisit os de aut ent icidade, int egridade,
t em poralidade, não repúdio, conservação e, nos casos que t ram it em em
segredo de j ust iça, confidencialidade, observada a infraest rut ura de chaves
públicas unificada nacionalm ent e, nos t erm os da lei.
c) O j uiz proferirá os despachos no prazo de 5 ( cinco) dias, as decisões
int erlocut órias no prazo de 15 ( quinze) dias e as sent enças no prazo de 30
( t rint a) dias
d) Salvo para evit ar o perecim ent o do direit o, não se fará a cit ação de noivos
nos 3 ( t rês) prim eiros dias seguint es ao casam ent o.
e) Feit a a cit ação com hora cert a, o escrivão ou chefe de secret aria enviará
ao réu, execut ado ou int eressado, no prazo de 10 ( dez) dias, cont ado da
dat a da j unt ada do m andado aos aut os, cart a, t elegram a ou correspondência
elet rônica, dando- lhe de t udo ciência.

Q3 6 . CESPE/ TRE- PE/ 2 0 1 7


A respeit o dos poderes, deveres e responsabilidades do j uiz e dos at os
processuais, assinale a opção corret a à luz do Código de Processo Civil ( CPC) .
a) Não podem ocorrer durant e as férias forenses cit ações, int im ações e
penhoras, ainda que haj a aut orização j udicial.
b) Na ausência de preceit o legal ou prazo det erm inado pelo j uiz, será de
cinco dias út eis o prazo para a prát ica de at o processual a cargo da part e.
c) O j uiz pode dilat ar e reduzir os prazos processuais, adequando- os às
necessidades do conflit o, de m odo a conferir m aior efet ividade à t ut ela do
direit o.
d) Pode o m agist rado declarar- se suspeit o no processo por razões de foro
ínt im o; cont udo, para assim fazer, ele deve ext ernar t ais razões.
e) O t erceiro que dem onst re int eresse j urídico poderá requerer ao j uiz
cert idão de int eiro t eor da sent ença, no caso de processo que t ram it e sob
segredo de j ust iça.

Q3 7 . I BEG/ I PREV/ 2 0 1 7
Em um a ação de conhecim ent o foi à sent ença foi publicada no dia 01 de
m arço de 2017 ( quart a- feira) . I nconform ada com a decisão, a Ré pret ende
int erpor o recurso de apelação. Qual o prazo final para a int erposição do
recurso?

75
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a) 16 de m arço de 2017.
b) 15 de m arço de 2017.
c) 21 de m arço de 2017.
d) 22 de m arço de 2017.
e) 23 de m arço de 2017.

Q3 8 . CON SULPLAN / TRF2 ª R/ 2 0 1 7


Um dos principais paradigm as que nort earam a elaboração do Código de
Processo Civil de 2015 ( Lei Federal n º 13.105/ 2015) foi a bua por um
processo m ais célere e eficient e, capaz de t ut elar, em m enor t em po e com
m aior grau de abrangência possível, os int eresses dos j urisdicionados. Sobre
o t em a propost o, assinale a alt ernat iva corret a.
a) I ndependent em ent e de aut orização j udicial, as cit ações, int im ações e
penhoras poderão ser realizadas no período de férias forenses, onde as
houver, e nos feriados ou dias út eis fora do horário est abelecido, observadas
as regras const it ucionais at inent es à inviolabilidade do dom icílio.
b) Os lit isconsort es que t iverem diferent es procuradores, ainda que
associados ao m esm o escrit ório de advocacia, t erão prazos cont ados em
dobro para t odas as suas m anifest ações, em qualquer j uízo ou t ribunal,
independent em ent e de requerim ent o.
c) A União, os Est ados, o Dist rit o Federal, os Municípios e suas respect ivas
aut arquias, fundações públicas e em presas est at ais gozarão de prazo em
dobro para t odas as suas m anifest ações processuais, cuj a cont agem t erá
início a part ir da publicação na im prensa oficial.
d) Os at os processuais pela via elet rônica podem ser prat icados at é 24 ( vint e
e quat ro) horas do últ im o dia do prazo, não sendo est e passível de
prorrogação caso seu t érm ino se dê em um sábado considerado dia út il pela
nova sist em át ica processual para efeit os forenses.

Q3 9 . CON SULPLAN / TRF2 ª R/ 2 0 1 7


O Código de Processo Civil de 2015 ( Lei Federal nº 13.105/ 2015) buscou
com bat er o excesso de form alism o que exist ia nos diplom as processuais que
o procederam , corroborando a m áxim a dout rinária de que “ o processo não
é um fim em si m esm o” . Sobre o t em a, assinale a alt ernat iva corret a.
a) Podem as part es, independent em ent e da aquiescência do j uiz da causa,
fixar calendário para a prát ica de at os processuais.
b) Ant es de considerar inadm issível o recurso, o relat or concederá o prazo
de 5 ( cinco) dias ao recorrent e para que sej a sanado vício ou com plem ent ada
a docum ent ação exigível.

76
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c) Caso verifique a ocorrência de vícios sanáveis ou de irregularidades no
processo, o j uiz det erm inará sua correção em prazo nunca superior a dez
dias.
d) Verificando que a pet ição inicial não preenche os requisit os legais ou que
apresent a defeit os e irregularidades capazes de dificult ar o j ulgam ent o de
m érit o, o j uiz deverá indeferi- la e ext inguir o processo sem resolução do
m érit o.

Q4 0 . FCC/ TRT 1 1 ª R/ 2 0 1 7
A respeit o dos prazos processuais, é corret o afirm ar que
a) inexist indo preceit o legal ou det erm inação j udicial, será de 3 dias o prazo
para a prát ica de at o processual a cargo da part e.
b) na cont agem de prazo em dias com put ar- se- ão os dias út eis, os dom ingos
e feriados.
c) ao j uiz é vedado reduzir prazos perem pt órios sem anuência das part es.
d) se considera com o dat a de publicação o dia da disponibilização da
inform ação no Diário da Just iça elet rônico.
e) salvo disposição em cont rário, os prazos serão cont ados incluindo o dia
do com eço e excluindo o dia do vencim ent o.

Q4 1 . VUN ESP/ TJM - SP/ 2 0 1 7


Quant o aos prazos processuais, é corret o afirm ar que
a) a Defensoria Pública t erá prazo em dobro para t odas as suas
m anifest ações processuais.
b) as fundações de direit o público t erão prazo em quádruplo para cont est ar
as ações.
c) a União t erá prazo quádruplo para cont est ar e em dobro para recorrer.
d) os Est ados t erão prazo em dobro para recorrer e sim ples para responder
a recursos.
e) o beneficiário da j ust iça grat uit a t erá prazo em dobro para cont est ar e
recorrer.

Q4 2 . VUN ESP/ Pr e fe it ur a de Andr a dina - SP/ 2 0 1 7


Num a ação de conhecim ent o pelo procedim ent o com um , em que o polo
passivo é com post o por lit isconsórcio form ado por duas pessoas, assinale a
alt ernat iva corret a.
a) Em caso de pedido de am bos os réus para que não sej a realizada a
audiência de conciliação e m ediação, feit o por advogados dist int os, o prazo
para apresent ar defesa se inicia quando do prot ocolo do últ im o pedido para
ret irada de paut a de t al sessão.

77
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b) Quando a cit ação for elet rônica, o início do prazo será o dia út il seguint e
à últ im a consult a feit a pelos réus quant o ao t eor da cit ação, o que será
cert ificado nos aut os.
c) A dat a para cont est ar com eça individualm ent e para cada réu quando a
cit ação for feit a por m eio de oficial de j ust iça, iniciando- se o lapso para
defesa a part ir da j unt ada aos aut os de cada cert idão posit iva de cit ação.
d) Na cit ação por cart a precat ória, para am bos os réus, a realização do at o
cit at ório será im ediat am ent e inform ada, por m eio elet rônico, pelo j uiz
deprecado ao j uiz deprecant e, iniciando- se o prazo para defesa dos réus em
lit isconsórcio na dat a de j unt ada da últ im a com unicação do cum prim ent o
dessas cart as nos aut os originários.
e) No caso de cit ação por edit al, o prazo para defesa com eçará para am bos
os réus da dat a em que se det erm inou a cit ação por essa m odalidade.

Q4 3 . Pr e fe it ur a de Coque ir a l- M G/ 2 0 1 6
Um cidadão propôs um a Ação Ordinária com Pedido de Tut ela Ant ecipada
em face do Município de Coqueiral/ MG requerendo a realização de um a
cirurgia de cat arat a. Foi deferida ant ecipação de t ut ela pelo MM. Juiz da 2ª
Vara Cível para que o Município realizasse a cirurgia em 30 dias. O prazo
para o Município recorrer dessa decisão é de:
a) 30 dias út eis.
b) 10 dias út eis.
c) 30 dias corridos.
d) 20 dias corridos.

Q4 4 . I BAD E/ Câ m a r a de Sa nt a M a r ia M a da le na – RJP/ 2 0 1 7
Prazos são int ervalos de t em po est abelecidos para que, dent ro deles, sej am
prat icados at os j urídicos. Sendo processual a nat ureza do at o, t er- se- á um
prazo processual.
( Câm ara, Alexandre Freit as, O Novo Processo Civil Brasileiro, São Paulo:
At las, 2015, p. 137)
Sobre o t em a, assinale a alt ernat iva corret a.
a) Prazos im próprios são aqueles cuj o decurso não acarret a a perda da
possibilidade de prat icar o at o.
b) Os prazos fixados em m eses não são cont ínuos, suspendendo- se nos dias
em que não haj a expedient e forense.
c) Não havendo prazo legal e não t endo o j uiz assinado o prazo, deverá ser
o at o prat icado em quinze dias.
d) Cont am - se os prazos incluindo o dia do com eço e excluindo o do
vencim ent o.

78
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e) O prazo j udicial é fixado em lei.

Q4 5 . RH S Con sult / Pr e fe it ur a de Pa r a t y – RJ/ 2 0 1 6


Considerando a Lei nº 13.105/ 2015, no que t ange ao t em po dos at os
processuais, assinale a alt ernat iva corret a.
a) Os at os processuais devem ser realizados em dias út eis, das 12 ( doze) às
20 ( vint e) horas.
b) I ndependent em ent e de aut orização j udicial, as cit ações, int im ações e
penhoras podem ser realizadas no período de férias forenses.
c) A prát ica elet rônica de at o processual pode ocorrer em qualquer horário
at é as 12 ( doze) horas do últ im o dia do prazo.
d) O horário vigent e no j uízo perant e o qual o at o deve ser prat icado não é
considerado para fins de at endim ent o do prazo.
e) Durant e as férias forenses e nos feriados, não se prat icarão at os
processuais, inclusive a t ut ela de urgência.

Q4 6 . RH S Con sult / Pr e fe it ur a de Pa r a t y – RJ/ 2 0 1 6


De acordo com a Lei nº 13.105/ 2015, quant o ao at o das part es, pode- se
afirm ar:
a) Os at os das part es consist ent es em declarações unilat erais ou bilat erais
de vont ade não ext inguem direit os processuais.
b) Os at os das part es consist ent es ext inguem direit os processuais desde que
em declarações bilat erais de vont ade.
c) As part es não podem exigir recibo de pet ições, arrazoados, papéis e
docum ent os que ent regarem em cart ório.
d) A desist ência da ação só produzirá efeit os após hom ologação j udicial.
e) É perm it ido lançar nos aut os cot as m arginais ou int erlineares.

Q4 7 . M PE- PR/ 2 0 1 7
Sobre a disciplina dos at os processuais no Código de Processo Civil de 2015,
assinale a alt ernat iva corret a:
a) Os at os processuais podem ser parcialm ent e digit ais, de form a a perm it ir
que sej am produzidos, com unicados, arm azenados e validados por m eio
elet rônico;
b) Os negócios j urídicos processuais e o calendário processual são faculdades
que decorrem da negociação exclusiva das part es, devendo o m agist rado
apenas cont rolar a validade das convenções previst as;
c) Com o a m ovim ent ação processual é exclusiva de advogado, não há no
Código de Processo Civil preocupação com a acessibilidade aos sít ios das
unidades do Poder Judiciário na rede m undial de com put adores;

79
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d) A dist inção ent re sent ença e decisão int erlocut ória é de cont eúdo m at erial,
sendo irrelevant e o m om ent o e a sit uação processual em que o at o do j uiz
foi prat icado e seus efeit os para o andam ent o do processo;
e) Toda decisão oriunda dos t ribunais é considerada, pelo Código de Processo
Civil, com o um acórdão.

Q4 8 . FEPESE/ Pr e fe it ur a de La ge s – SC/ 2 0 1 6
Assinale a alt ernat iva que indica corret am ent e o prazo em que a part e
deverá prat icar o at o processual quando inexist ir preceit o legal ou prazo
det erm inado pelo j uiz.
a) 24 horas
b) 48 horas
c) 5 dias
d) 10 dias
e) 15 dias

Q4 9 . FUN D ATEC/ Pr e fe it ur a de Por t o Ale gr e – RS/ 2 0 1 6


No que diz respeit o à inform at ização do processo j udicial, analise as
assert ivas abaixo:
I . As garant ias da disponibilidade, independência da plat aform a
com put acional, acessibilidade e int eroperabilidade dos sist em as, serviços,
dados e inform ações que o Poder Judiciário adm inist ra no exercício de suas
funções devem ser observadas pelos sist em as de aut om ação processual.
I I . O regist ro de at o processual elet rônico deverá ser feit o em padrões
abert os, que at enderão aos requisit os de aut ent icidade, int egridade,
t em poralidade, não repúdio, conservação e, nos casos que t ram it em em
segredo de j ust iça, confidencialidade, observada a infraest rut ura de chaves
públicas unificada nacionalm ent e, nos t erm os da lei.
I I I . Os at os processuais realizados por m eio elet rônico são considerados
realizados no dia e hora do seu envio ao sist em a do Poder Judiciário, do que
deverá ser fornecido prot ocolo elet rônico.
Quais est ão corret as?
a) Apenas I I .
b) Apenas I I I .
c) Apenas I e I I .
d) Apenas I I e I I I .
e) I , I I e I I I .

Q5 0 . FCC/ SEGEP- M A/ 2 0 1 6

80
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Considere as seguint es assert ivas a respeit o dos prazos do Código de
Processo Civil.
I . São cont ados em dias út eis som ent e os prazos processuais.
I I . Suspendem - se os prazos durant e a execução de program a inst it uído pelo
Poder Judiciário para prom over a aut ocom posição, incum bindo aos t ribunais
especificar, com ant ecedência, a duração dos t rabalhos.
I I I . É de cinco dias o prazo para int erposição e m anifest ação do agravado no
agravo int erno.
I V. O prazo para int erposição de recurso cont a- se da dat a em que os
advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria
Pública ou o Minist ério Público são int im ados da decisão.
V. Os lit isconsort es que t iverem diferent es procuradores, ainda que do
m esm o escrit ório de advocacia, a Defensoria Pública e a Advocacia Pública
t erão prazos cont ados em dobro para t odas as suas m anifest ações, m as essa
regra não se aplica aos processos em aut os elet rônicos.
É corret o o que se afirm a APENAS em
a) I I , I I I e I V.
b) I , I I e I V.
c) I , I I I e V.
d) I I , I V e V.
e) I I I , I V e V.

Q5 1 . FCC/ Pr e fe it ur a de Te r e sin a – PI / 2 0 1 6
Quant o aos prazos processuais, é corret o afirm ar que
a) a part e não poderá renunciar ao prazo est abelecido exclusivam ent e em
seu favor.
b) os prazos cont ados em dias serão cont ínuos, não se int errom pendo nos
feriados.
c) a cont agem do prazo t erá início no dia da publicação no Diário da Just iça
elet rônico.
d) o j uiz poderá reduzir os prazos perem pt órios com a anuência das part es.
e) não será considerado t em pest ivo o at o prat icado ant es do t erm o inicial do
prazo.

Q5 2 . FCC/ Pr e fe it ur a de Te r e sin a – PI / 2 0 1 6
Penélope recebeu pessoalm ent e, em sua casa, em um dom ingo às 22 horas,
um m andado de cit ação para responder à dem anda cont ra si aj uizada. Em
sua defesa, Penélope alegou que a cit ação é nula, pois os at os processuais
devem ser realizados apenas em dias út eis, das 6 às 20 horas. Est a alegação

81
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a) não procede, pois o at o processual denom inado cit ação pode ser
prat icado, independent e de aut orização j udicial, durant e o período de férias
forenses e nos feriados ou dias út eis fora do horário forense.
b) procede, j á que os dom ingos são considerados feriados, para efeit o
forense.
c) parcialm ent e procede, eis que a cit ação, em bora válida, é inexist ent e,
porque realizada fora do horário forense.
d) procede, pois a cit ação não se referia à t ut ela de urgência, única hipót ese
possível para a prát ica de at os processuais durant e férias e feriados
forenses.
e) não procede, pois a cit ação é válida, eis que não exist e lim it e para as
t ent at ivas de localização pelo Oficial de Just iça, fora do horário com ercial.

Q5 3 . CESPE/ TCE- PA/ 2 0 1 6


À luz do Novo Código de Processo Civil, j ulgue o it em seguint e, referent es
aos prazos e aos at os processuais.
As part es poderão negociar as dat as em que os at os processuais serão
prat icados, desde que essas dat as at endam às especificidades do processo.

Q5 4 . CESPE/ TCE- PA/ 2 0 1 6


À luz do Novo Código de Processo Civil, j ulgue o it em seguint e, referent es
aos prazos e aos at os processuais.
Cit ações, int im ações e penhoras poderão ser realizadas no período de férias
forenses bem com o nos feriados e nos dias út eis fora do horário regular,
independent em ent e de aut orização j udicial, respeit ando- se a regra
const it ucional da inviolabilidade de dom icílio.

Q5 5 . CESPE/ TCE- PA/ 2 0 1 6


À luz do Novo Código de Processo Civil, j ulgue o it em seguint e, referent es
aos prazos e aos at os processuais.
Os prazos processuais podem ser fixados em m eses, dias, horas, m inut os ou
out ra unidade de m edida, quando houver a possibilidade de sua est ipulação
pelas part es ou pelo j uiz; os prazos cont ados em dias, sej am j udiciais ou
legais, serão cont ados som ent e em dias út eis.

Q5 6 . CESPE/ TCE- PA/ 2 0 1 6


No que diz respeit o às norm as processuais, aos at os e negócios processuais
e aos honorários de sucum bência, j ulgue o it em que se segue, com base no
dispost o no novo Código de Processo Civil.
As part es capazes podem , ant es ou durant e o processo, convencionar sobre
os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, sendo sem pre
indispensável a hom ologação j udicial para a validade do acordo processual.

82
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Q5 7 . I N TEGRI / Câ m a r a de Suza no – SP/ 2 0 1 6
Assinale a alt ernat iva corret a:
a) Os at os e os t erm os processuais dependem de form a det erm inada, salvo
quando a lei expressam ent e a dispensar, considerando- se válidos os que,
realizados de out ro m odo, lhe preencham a finalidade essencial.
b) Os at os processuais são públicos, t odavia t ram it am em segredo de j ust iça
som ent e aqueles que em que o exij a o int eresse público ou social.
c) Os at os processuais serão realizados em dias út eis, das 6 ( seis) às 19
( dezenove) horas. Serão concluídos após as 19 ( dezenove) horas os at os
iniciados ant es, quando o adiam ent o prej udicar a diligência ou causar grave
dano.
d) Os at os processuais realizar- se- ão ordinariam ent e na sede do j uízo, ou,
excepcionalm ent e, em out ro lugar em razão de deferência, de int eresse da
j ust iça, da nat ureza do at o ou de obst áculo arguido pelo int eressado e
acolhido pelo j uiz.

Q5 8 . CON SULPLAN / TJ- M G/ 2 0 1 6


Relat ivam ent e aos advogados públicos ou privados, ao defensor público e ao
m em bro do Minist ério Público, const it ui dever de ofício prom over a
rest it uição dos aut os no prazo do at o a ser prat icado.
A esse respeit o, avalie as seguint es proposições:
I . É lícit o a qualquer int eressado exigir os aut os do advogado que exceder
prazo legal.
I I . Se, int im ado, o advogado não devolver os aut os no prazo de quarent a e
oit o horas, perderá o direit o à vist a fora de cart ório e incorrerá em m ult a
correspondent e à m et ade do salário- m ínim o.
I I I . Verificada a falt a, o j uiz com unicará o fat o à seção local da Ordem dos
Advogados do Brasil para procedim ent o disciplinar e im posição de m ult a.
I V. Se a sit uação envolver m em bro do Minist ério Público, da Defensoria
Pública ou da Advocacia Pública, a m ult a, se for o caso, será aplicada ao
agent e público responsável pelo at o.
Est á corret o o que se afirm a em :
a) I , I I e I I I , apenas.
b) I , I I I e I V, apenas.
c) I I e I V, apenas.
d) I , I I , I I I e I V.

Q5 9 . FCC/ Pr e fe it ur a de Ca m pina s – SP/ 2 0 1 6


Quant o aos prazos, é corret o afirm ar:

83
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a) Decorrido o prazo, ext ingue- se o direit o de prat icar ou de em endar o at o
processual, desde que a ext inção t enha sido reconhecida e declarada
j udicialm ent e, assegurada à part e provar a não realização do at o por j ust a
causa.
b) Quando a lei for om issa, o j uiz det erm inará o prazo de dez dias para a
prát ica do at o.
c) Na cont agem de prazo em dias, est abelecido por lei ou pelo j uiz,
com put ar- se- ão som ent e os dias út eis, disposição que se aplica apenas aos
prazos processuais.
d) Será considerado int em pest ivo o at o prat icado ant es do t erm o inicial do
prazo.
e) Ao j uiz é defeso reduzir prazos dilat órios sem anuência das part es.

Q6 0 . FGV/ M PE- RJ/ 2 0 1 6


De acordo com a disciplina em vigor, é corret o afirm ar, no que concerne aos
prazos processuais, que:
a) o Minist ério Público dispõe do prazo em quádruplo para cont est ar;
b) reput a- se t em pest ivo o at o prat icado ant es do t erm o a quo da fluência do
prazo;
c) não havendo norm a j urídica expressa ou prazo fixado pelo j uiz, deve a
part e prat icar o at o processual que lhe incum bir em quarent a e oit o horas;
d) os lit isconsort es com procuradores diferent es, ainda que int egrant es de
um m esm o escrit ório de advocacia, t êm o benefício do prazo em dobro para
que se m anifest em ;
e) salvo disposição em cont rário, os prazos são cont ados incluindo- se o dia
do com eço e o do vencim ent o.

Q6 1 . VUN ESP/ Câ m a r a de M a r ília – SP/ 2 0 1 6


Assinale a alt ernat iva corret a, no que concerne aos at os processuais.
a) Os at os e t erm os processuais sem pre dependem de form a det erm inada,
reput ando- se nulos os que forem realizados de out ro m odo.
b) Todos os at os processuais são públicos, sem exceção.
c) O direit o de consult ar os aut os e de pedir cert idões de seus at os em
processo que t ram it e em segredo de j ust iça é rest rit o às part es e a seus
procuradores.
d) O t erceiro, ainda eu dem onst re int eresse j urídico, não pode requerer ao
j uiz cert idão de disposit ivo de sent ença, bem com o de invent ário.
e) Não exist e a obrigat oriedade do uso do vernáculo em t odos os at os e
t erm os do processo.

84
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Q6 2 . CESPE/ TCE- RN / 2 0 1 5
No que diz respeit o às norm as processuais, à função j urisdicional, à pet ição
inicial e ao t em po e lugar dos at os processuais, conform e o Novo Código de
Processo Civil, j ulgue o it em que se segue.
Em bora a lei prevej a a realização de at os processuais em dias út eis, das 6 h
às 20 h, a prát ica elet rônica de at o processual pode ocorrer em qualquer
horário at é as 24 h do últ im o dia do prazo.

Q6 3 . M S CON CURSOS/ Pr e fe it ur a de I t a pe m a – SC/ 2 0 1 6


O Novo Código de Processo Civil brasileiro ( CPC) , int roduzido pela Lei nº
13.105, de 16 de m arço de 2015, revogou o Código de Processo Civil vigent e
ant eriorm ent e e t rouxe algum as m udanças ao processo civil brasileiro. De
acordo com o at ual CPC, assinale a alt ernat iva incorret a:
a) Para cont agem de prazos processuais em dias, com put ar- se- ão os dias de
form a cont ínua, prorrogando- se o vencim ent o do prazo para o próxim o dia
út il quando cair em feriado.
b) Os at os e os t erm os processuais independem de form a det erm inada, salvo
quando a lei expressam ent e a exigir.
c) Os at os processuais são públicos, t odavia, é adm it ido que alguns
processos t ram it em em segredo de j ust iça.
d) A decisão int erlocut ória do Juiz nunca põe fim ao processo.

Q6 4 . VUN ESP/ Pr e fe it ur a de Alum ínio- SP/ 2 0 1 6


Com relação aos prazos no at ual Código de Processo Civil, é corret o afirm ar
que:
a) inexist indo prazo legal ou j udicial para a prát ica dos at os processuais,
esses deverão ser prat icados em 15 ( quinze) dias.
b) a cont agem de prazos será feit a em dias út eis, m esm o que t ais
int erregnos t enham carát er de direit o m at erial.
c) será considerado int em pest ivo o prazo cum prido ant es do t erm o inicial de
sua cont agem .
d) na seção ou subseção j udiciária onde for difícil o t ransport e, o j uiz poderá
prorrogar os prazos por at é dois m eses.
e) por se t rat ar o processo de direit o indisponível, as part es não poderão
renunciar aos prazos processuais.

Q6 5 . M PE- SC/ M PE- SC/ 2 0 1 6


Julgue:
Nos t erm os do novo Código de Processo Civil, o j uiz pode dilat ar os prazos
processuais e alt erar a ordem de produção dos m eios de prova, adequando-

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Prof. Ricardo Torques 01
os às necessidades do conflit o de m odo a conferir m aior efet ividade à t ut ela
do direit o.

Q6 6 . FGV/ Pr e fe it u r a de Pa ulínia - SP/ 2 0 1 6


Com relação à cont agem de prazos, assinale V para a afirm at iva verdadeira
e F para a falsa.
( ) A cont agem de prazo em dias út eis se aplica apenas aos prazos
processuais quando est abelecida por lei ou pelo j uiz.
( ) O at o prat icado ant es do t erm o inicial do prazo não será considerado
t em pest ivo.
( ) A part e poderá renunciar ao prazo est abelecido exclusivam ent e em seu
favor, desde que o faça de m aneira expressa.
As afirm at ivas são, respect ivam ent e,
a) F, V e F.
b) F, V e V.
c) V, F e F.
d) V, V e F.
e) V, F e V.

Q6 7 . TRT2 ª R- SP/ TRT2 ª R- SP/ 2 0 1 6


Quant o aos at os e prazos processuais é corret o afirm ar que:
a) Os at os processuais realizar- se- ão em dias út eis, das 8 ( oit o) às 18
( dezoit o) horas e serão concluídos depois das 18 ( dezoit o) horas, os at os
iniciados ant es, quando o adiam ent o prej udicar a diligência ou causar grave
dano.
b) É defeso lançar, nos aut os, cot as m arginais ou int erlineares; o Juiz
m andará riscá- las, im pondo a quem as escrever m ult a correspondent e ao
dobro do salário m ínim o vigent e na sede do j uízo.
c) Os at os e t erm os processuais não dependem de form a det erm inada senão
quando a Lei, expressam ent e, a exigir, reput ando- se válidos os que,
realizados de out ro m odo, lhe preencham a finalidade essencial.
d) Não havendo preceit o legal nem assinação pelo Juiz, será de 10 ( dez) dias
o prazo para a prát ica de at o processual a cargo da part e.
e) É possível j unt ar aos aut os docum ent o redigido em língua est rangeira,
quando acom panhado de versão em vernáculo, desde que firm ada pelo
subscrit or regularm ent e const it uído pela part e.

Q6 8 . CAI P- I M ES/ Câ m a r a M unicipa l de At iba ia - SP/ 2 0 1 6


Relacione corret am ent e os inst it ut os abaixo descrit os.

86
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
Curso em teoria e exercícios
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I - A ________________ é um inst it ut o de int eresse privado. É renunciável,
t ácit a ou expressam ent e e seus prazos não podem ser m odificados pela
m anifest ação da vont ade das part es. Por fim , pode ser alegada em qualquer
grau de j urisdição, pela part e a quem aproveit a, adm it e suspensão e
int errupção de seu prazo e pode ser conhecida pelo j uiz de ofício.
I I - A ________________ é um inst it ut o de int eresse público. É
irrenunciável, pode ser conhecida a qualquer t em po ou grau de j urisdição;
seus prazos não adm it em suspensão e int errupção e o j uiz deve conhecê- la
de oficio.
Assinale a alt ernat iva que preenche corret am ent e as lacunas acim a.
a) I . preclusão / I I . prescrição
b) I . perem pção / I I . preclusão
c) I . decadência / I I . prescrição
d) I . prescrição / I I . Decadência

Q6 9 . VUN ESP/ M PE- SP/ 2 0 1 6 / a da pt a da


A respeit o da verificação dos prazos e suas penalidades no Código de
Processo Civil, é corret o afirm ar que
a) é lícit o a qualquer int eressado cobrar os aut os ao advogado que exceder
o prazo legal. Se, int im ado, não os devolver dent ro de 48 ( quarent a e oit o)
horas, perderá o direit o à vist a fora de cart ório e incorrerá em m ult a
correspondent e à m et ade do salário m ínim o.
b) o advogado deve rest it uir os aut os no prazo legal. Não o fazendo, perderá
o direit o à vist a fora de cart ório e incorrerá em m ult a correspondent e à
m et ade do salário- m ínim o.
c) apenas as part es poderão represent ar ao president e do Tribunal de Just iça
cont ra o j uiz que excedeu os prazos previst os em lei, sendo vedada essa
função ao órgão do Minist ério Público, t endo em vist a não haver hierarquia
ent re t al órgão e a Magist rat ura.
d) o Minist ério Público não t em prazo para rest it uir os aut os quando dele
possa fazer carga.
e) com pet e ao Minist ério Público verificar se o servent uário excedeu, sem
m ot ivo legít im o, os prazos est abelecidos no Código de Processo Civil, t endo
em vist a que é fiscal da lei.

Q7 0 . VUN ESP/ Pr e fe it ur a de Rosa na - SP/ 2 0 1 6 / a da pt a da


No que t ange aos prazos processuais, é corret o afirm ar que
a) se det erm inada decisão int erlocut ória foi disponibilizada no Diário da
Just iça elet rônico em 26.01.2016 ( t erça- feira) , o prazo para int erposição do
recurso de agravo, em sua form a inst rum ent al, encerra- se em 05.02.2016
( sext a- feira) .

87
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
Curso em teoria e exercícios
Prof. Ricardo Torques 01
b) os prazos podem ser reduzidos ou prorrogados por convenção das part es,
independent em ent e de legít im o m ot ivo, desde que o requerim ent o se dê
ant es do vencim ent o do prazo.
c) não havendo preceit o legal nem assinação do prazo pelo j uiz, será de 10
( dez) dias o prazo para prát ica de at o processual a cargo da part e.
d) é ilícit o às part es, de com um acordo e por legít im o m ot ivo, reduzir ou
prorrogar os prazos processuais.
e) em se t rat ando de prazo im próprio, são válidos e eficazes os at os
prat icados além do prazo fixado na lei.

Q7 1 . UECE- CEV/ D ER- CE/ 2 0 1 6


No que concerne aos prazos processuais, salvo disposição em cont rário,
com put ar- se- ão os prazos
a) excluindo o dia do com eço e incluindo o do vencim ent o.
b) excluindo o dia do com eço e o do vencim ent o.
c) incluindo o dia do com eço e excluindo o do vencim ent o.
d) incluindo o dia do com eço e o do vencim ent o.

Q7 2 . CESPE/ TCE- PR/ 2 0 1 6


A respeit o dos at os processuais, assinale a opção corret a.
a) Se, para não haver perecim ent o de direit o, a cit ação do réu t iver de
ocorrer em um dom ingo, a prát ica do at o deverá ser aut orizada pelo j uiz
com pet ent e.
b) Caso a part e vencida int erponha apelação ant es de publicada a sent ença,
o recurso não será conhecido por int em pest ivo.
c) Versando a causa sobre cont rat o de com pra e venda, é possível que as
part es est ipulem m udanças no procedim ent o, inclusive quant o aos prazos
processuais.
d) Ainda que t enha t ram it ado por via diplom át ica, o cont rat o, redigido em
língua est rangeira, que servir de prova do direit o alegado som ent e poderá
ser j unt ado aos aut os se est iver t raduzido para o port uguês e assinado por
t radut or j uram ent ado.
e) À exceção das causas que t ram it em em segredo de j ust iça, com o é o caso
de ações de separação e divórcio, os at os processuais podem ser digit ais.

Q7 3 . CESPE/ TJ- D FT/ 2 0 1 5


Acerca dos at os processuais, j ulgue o it em a seguir.
Sit uação hipot ét ica: Fábio aj uizou ação ordinária cont ra Cláudio, que foi
cit ado por m eio de cart a precat ória.

88
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
Curso em teoria e exercícios
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Assert iva: Nesse caso, o prazo para a respost a de Cláudio com eça a correr
a part ir da dat a da j unt ada, aos aut os principais, da cart a precat ória
devidam ent e cum prida.

Q7 4 . CESPE/ TRE- RS/ 2 0 1 5 / a da pt a da


Consoant e o Código de Processo Civil ( CPC) , os at os processuais realizar- se-
ão nos prazos prescrit os em lei, sob pena de preclusão. Dessa form a, os
prazos t êm a finalidade de im pulsionar a m archa processual para se efet ivar
a j urisdição. No que se refere a prazo processual, assinale a opção corret a.
a) Segundo ent endim ent o do STF, não se cont a em dobro o prazo para
recorrer, quando um só dos lit isconsort es houver sucum bido.
b) Ao j uiz é perm it ido reduzir prazos perem pt órios sem anuência das part es.
c) Segundo o CPC, não havendo preceit o legal nem assinação pelo j uiz, será
de dez dias o prazo para a prát ica do at o processual a cargo da part e.
d) A superveniência de férias ou feriado int errom perá o curso do prazo
processual, iniciando- se novam ent e a cont agem no prim eiro dia út il seguint e
ao t erm o das férias ou do feriado.
e) Quando os lit isconsort es t iverem diferent es procuradores, ser- lhes- ão
cont ados em quádruplo os prazos para cont est ar e, em dobro, para recorrer.

Q7 5 . CESPE/ TJ- D FT/ 2 0 1 5


Com relação ao lit isconsórcio, às nulidades e à at uação do j uiz no processo
civil, j ulgue o it em a seguir, de acordo com o CPC e com a j urisprudência
dos t ribunais superiores.
Exist e prazo em dobro para int erposição de recurso para lit isconsort es com
diferent es procuradores, ainda que, diant e de det erm inada decisão do
processo, apenas um dos lit isconsort es possua int eresse em recorrer na
sit uação concret a.

Q7 6 . FGV/ TJ- PI / 2 0 1 5 / a da pt a da
A respeit o dos at os processuais, é corret o afirm ar que:
a) o direit o de consult ar os aut os de processo que corre em segredo de
j ust iça e de pedir cert idões de seus at os é rest rit o às part es, seus
ascendent es e descendent es, bem com o a seus procuradores;
b) correm em segredo de j ust iça, quando assim decidir o Juiz da causa, os
processos que dizem respeit o a casam ent o, filiação, separação dos cônj uges,
conversão dest a em divórcio, alim ent os e guarda de m enores;
c) os at os m eram ent e ordinat órios, com o a j unt ada e a vist a obrigat ória,
podem ser prat icados pelo servidor, desde que à vist a de det erm inação do
Juiz, que supervisionará a at uação;

89
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
Curso em teoria e exercícios
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d) a desist ência da ação ou do recurso só produz efeit o depois de
hom ologada j udicialm ent e;
e) os at os e t erm os do processo devem ser assinados pelas pessoas que
neles int ervieram , devendo o escrivão cert ificar nos aut os quando não
quiserem ou não puderem fazê- lo, valendo a cert idão independent em ent e
de t est em unhas da ocorrência.

Q7 7 . CAI P- I M ES/ D AE de Sã o Ca e t a no do Su l – SP/ 2 0 1 5 / a da pt a da


O art igo 212 do Novo Código de Processo Civil nos ensina que os at os
processuais realizar- se- ão em dias út eis, das:
a) 7 às 18 horas.
b) 8 às 18 horas.
c) 7 às 19 horas
d) 6 às 20 horas.

Q7 8 . FCC/ D PE- RR/ 2 0 1 5


Os at os e t erm os processuais
a) não dependem de form a det erm inada senão quando a lei expressam ent e
a exigir, reput ando- se válidos os que, realizados de out ro m odo, lhe
preencham a finalidade essencial.
b) dependem sem pre de form a det erm inada, a ser est abelecida pelo j uiz em
caso de om issão da lei, reput ando- se válidos os que, realizados de out ro
m odo, lhe preencham a finalidade essencial.
c) não dependem de form a det erm inada senão quando a lei expressam ent e
a exigir, reput ando- se inválidos os realizados de out ro m odo, ainda que lhe
preencham a finalidade essencial.
d) dependem sem pre de form a det erm inada, a ser est abelecida pelo j uiz em
caso de om issão da lei, reput ando- se inválidos os realizados de out ro m odo,
ainda que lhe preencham a finalidade essencial.
e) dependem sem pre de form a det erm inada, conform e previst o em lei,
reput ando- se inválidos os realizados de out ro m odo, ainda que lhe
preencham a finalidade essencial.

Q7 9 . FCC/ D PE- RR/ 2 0 1 5


Em det erm inada ação, o aut or foi int im ado pela I m prensa Oficial, na pessoa
do seu advogado, acerca da sent ença de im procedência do pedido. O prazo
para o aut or recorrer dessa sent ença
a) int errom pe- se nos feriados.
b) não se prorroga se o vencim ent o cair em feriado, caso em que o t erm o
final é ant ecipado ao prim eiro dia út il ant ecedent e.

90
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
Curso em teoria e exercícios
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c) corre em dom ingos ou feriados, ainda que iniciado em dia út il.
d) com put ar- se- á excluindo o dia do com eço e incluindo o do vencim ent o.
e) cont a- se em t riplo, caso est ej a represent ado por defensor público.

Q8 0 . FCC/ TJ- PI / 2 0 1 5 / a da pt a da
Considere os enunciados abaixo.
I . Os at os processuais realizar- se- ão nos prazos prescrit os em lei, sendo
defesa ao j uiz a fixação de prazos j udiciais, salvo para diligências periciais
ou para cum prim ent o de cart as precat órias.
I I . Quaisquer prazos podem ser prorrogados pelas part es, desde que
est ej am de com um acordo, m as a convenção só valerá se fundada em
m ot ivo legít im o e se for requerida ant es do vencim ent o do prazo.
I I I . O prazo, est abelecido pela lei ou pelo j uiz, é cont ínuo, não se
suspendendo nos feriados.
I V. A superveniência de férias suspenderá o curso do prazo, o que lhe sobej ar
recom eçará a correr do prim eiro dia út il seguint e ao t erm o das férias.
Est á corret o o que const a APENAS em
a) I e I I .
b) I , I I e I I I .
c) I I e I V.
d) I I , I I I e I V.
e) I , I I I e I V.

Q8 1 . FCC/ TRT9 ª R- PR/ 2 0 1 5 / a da pt a da


Em relação aos prazos processuais, considere:
I . O j uiz poderá, nas com arcas em que for difícil o t ransport e, prorrogar
quaisquer prazos, m as nunca por m ais de dois m eses, salvo em caso de
calam idade pública, quando ent ão poderá ser excedido esse lim it e t em poral.
I I . Decorrido o prazo, deverá o j uiz declarar a ext inção do direit o de prat icar
o ato processual − como requisito para a extinção −, salvo se a parte provar
que o não realizou por j ust a causa.
I I I . Salvo disposição em cont rário, com put ar- se- ão os prazos em dias út eis,
excluindo o dia do com eço e incluindo o do vencim ent o.
I V. Não havendo preceit o legal nem det erm inação pelo j uiz, será de dez dias
o prazo para a prát ica de at o processual a cargo da part e.
V. A part e poderá renunciar ao prazo est abelecido exclusivam ent e em seu
favor.
Est á corret o o que se afirm a APENAS em :

91
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
Curso em teoria e exercícios
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a) I , I I I e V.
b) I , I I , I I I e I V.
c) I I , I I I , I V e V.
d) I , I I , I V e V.
e) I I I , I V e V.

Q8 2 . FUN CAB/ CRF- RO/ 2 0 1 5


Segundo o NCPC, t rat ando- se da Fazenda Pública ou do Minist ério Público, o
prazo para recorrer cont ar- se- á:
a) pela regra com um .
b) em dobro.
c) em t riplo.
d) em quádruplo.
e) em quínt uplo.

Q8 3 . FCC/ TRE- AP/ 2 0 1 5 / a da pt a da


Considere a seguint e sit uação hipot ét ica: Det erm inado at o processual
deverá ser prat icado pela part e no prazo de cinco dias. A publicação efet iva
para cum prim ent o dest e at o ocorreu no dia 14 de Out ubro de 2015 ( sext a-
feira) . O últ im o dia do prazo processual em quest ão foi
a) 24 de Out ubro de 2016.
b) 20 de Out ubro de 2016.
c) 21 de Out ubro de 2016.
d) 23 de Out ubro de 2016.
e) 22 de Out ubro de 2016.

Q8 4 . TRT 2 1 ª R- RN / TRT 2 1 ª R- RN / 2 0 1 5 / a da pt a da
Avalie os it ens abaixo, a respeit o do t em a At os, Prazo e Despesas
Processuais, e, seguindo a legislação at ualm ent e aplicada e a j urisprudência
m aj orit ária, assinale a assert iva corret a:
I - Na cont agem de prazo em dias, est abelecido por lei ou pelo j uiz,
com put ar- se- ão som ent e os dias út eis.
I I – Apenas o Minist ério Público poderá represent ar ao corregedor do t ribunal
ou ao Conselho Nacional de Just iça cont ra j uiz ou relat or que
inj ust ificadam ent e exceder os prazos previst os em lei, regulam ent o ou
regim ent o int erno
I I I - Não se cont a em dobro o prazo para recorrer, quando só um dos
lit isconsort es haj a sucum bido.

92
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I V - O j uiz poderá, nas com arcas onde for difícil o t ransport e, prorrogar
quaisquer prazos, m as nunca por m ais de dois m eses excet o no caso de
calam idade pública, cuj o prazo poderá ser est endido.
a) apenas as assert ivas I I I e I V est ão corret as;
b) apenas as assert ivas I I e I I I est ão corret as;
c) apenas as assert ivas I , I I I e I V est ão corret as;
d) apenas as assert ivas I I e I V est ão corret as;
e) apenas as assert ivas I I , I I I e I V est ão corret as.

Q8 5 . TRT 1 6 ª R- M A/ TRT 1 6 ª R- M A/ 2 0 1 5
Se o prazo não est iver est abelecido em lei, deverá ser:
a) Por acordo ent re as part es.
b) Pelo m agist rado.
c) Pelo cart ório do ofício da respect iva Vara.
d) Pelo escrevent e.
e) De 05 ( cinco) dias.

Q8 6 . I ESES/ TRE- M A/ 2 0 1 5 / a da pt a da
Em relação aos prazos processuais, responda:
I . Quando a lei não m arcar out ro prazo, as int im ações som ent e obrigarão a
com parecim ent o depois de decorridas 48 horas.
I I . A part e poderá renunciar prazo est abelecido exclusivam ent e em seu
favor.
I I I . Não havendo preceit o legal nem assinação pelo j uiz, será de cinco dias
a prát ica de at o processual a cargo da part e.
Assinale a alt ernat iva corret a:
a) Apenas a assert iva I I é verdadeira.
b) Apenas a assert iva I I I é verdadeira.
c) Apenas as assert ivas I e I I I são verdadeiras.
d) Todas as assert ivas são verdadeiras.

Q8 7 . FCC/ TRT 2 3 ª R- M T/ 2 0 1 5 / a da pt a da
Det erm inando o j uiz que o perit o apresent e o laudo em cart ório at é 10 dias
ant es da audiência que se realizará em 27 de out ubro de 2016 ( quint a- feira) ,
o últ im o dia do prazo, considerando- se inexist ir feriado no período, será
a) 13 de out ubro, porque descont ando- se 10 dias út eis a cont ar da audiência
chega- se ao dia 27, dia da audiência.

93
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b) 14 de out ubro, porque descont ando- se 10 dias út eis a cont ar da audiência
chega- se ao dia 27, dia da audiência.
c) 12 de out ubro, porque descont ando- se 10 dias út eis a cont ar da audiência
chega- se ao dia 27, dia da audiência.
d) 17 de out ubro, porque descont ando- se 10 dias a cont ar da audiência
chega- se ao dia 27, dia da audiência.
e) 18 de out ubro, porque descont ando- se 10 dias a cont ar da audiência
chega- se ao dia 27, dia da audiência.

Q8 8 . N C- UFPR/ Pr e fe it ur a de Cur it iba – PR/ 2 0 1 5 / a da pt a da


Acerca dos at os e dos prazos processuais, nos t erm os do Novo Código de
Processo Civil, assinale a alt ernat iva corret a.
a) Versando o processo sobre direit os que adm it am aut ocom posição, é lícit o
às part es plenam ent e capazes est ipular m udanças no procedim ent o para
aj ust á- lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus,
poderes, faculdades e deveres processuais, ant es ou durant e o processo.
b) Os at os processuais devem ser t ot alm ent e digit ais, de form a a perm it ir
que sej am produzidos, com unicados, arm azenados e validados por m eio
elet rônico, na form a da lei.
c) Podem as part es lançar, nos aut os, cot as m arginais ou int erlineares,
inclusive elet rônicas, desde que respeit ado o cont radit ório.
d) Enquant o sent ença é a decisão final proferida pelo j uízo de prim eiro grau,
acórdão designa qualquer decisão proferida em um t ribunal.
e) Quando o réu for ao Minist ério Público, com put ar- se- á em quádruplo para
as m anifest ações nos aut os.

Q8 9 . FCC/ M PE- PB/ 2 0 1 5 / a da pt a da


A respeit o dos at os processuais, é corret o afirm ar:
a) Os prazos com eçam a correr no dia da int im ação, quando as part es saírem
int im adas da audiência.
b) A cit ação com hora cert a não necessit a de nova det erm inação j udicial
para que se realize.
c) A part e não pode renunciar o prazo est abelecido exclusivam ent e em seu
favor.
d) Salvo disposição em cont rário, os prazos serão cont ados inclusão o dia do
com eço e exclusão o dia do vencim ent o.
e) Considera- se com o dat a de publicação o dia seguint e ao da
disponibilização da inform ação no Diário da Just iça elet rônico,
independent em ent e de ser dia út il.

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Q9 0 . FGV/ D PE- RO/ 2 0 1 5
Os at os e t erm os processuais não dependem de form a det erm inada senão
quando a lei expressam ent e a exigir. Out rossim , os at os podem ser
classificados em at os da part e, do j uiz e do escrivão. Em relação aos at os a
seguir elencados. É corret o afirm ar que:
a) sent ença é o at o pelo qual o j uiz, no curso do processo, resolve quest ão
incident e;
b) despachos são t odos os at os do j uiz que encerram o processo, com ou
sem resolução do m érit o;
c) sent ença é o j ulgam ent o proferido pelos t ribunais;
d) a j unt ada e a vist a obrigat ória, independem de despacho do j uiz, devendo
ser prat icados de ofício pelo servidor;
e) os despachos, decisões, sent enças e acórdãos serão redigidos e assinados
pelo escrivão.

Q9 1 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 1 5


Os at os processuais são at os das part es, do j uiz e dos auxiliares da Just iça,
e a eles são assinalados prazos para cum prim ent o. Nesse caso, assinale a
alt ernat iva corret a.
a) A part e não poderá renunciar ao prazo est abelecido exclusivam ent e em
seu favor.
b) Não havendo preceit o legal nem assinação pelo j uiz, será de cinco dias o
prazo para a prát ica de at o processual a cargo da part e.
c) Salvo disposição em cont rário, com put ar- se- ão os prazos, incluindo- se o
dia do com eço e o do vencim ent o.
d) Decorrido o prazo, ext ingue- se, m ediant e declaração j udicial, o direit o de
prat icar o at o.
e) Os at os processuais realizar- se- ão nos prazos prescrit os em lei. Quando
est a for om issa, o j uiz det erm inará que os prazos se cum pram em cinco dias.

Q9 2 . FCC/ M AN AUSPREV/ 2 0 1 5
Os at os processuais
a) podem ser prat icados, no processo, por m eio de cot as m arginais ou
int erlineares.
b) são sem pre públicos a fim de dar t ransparência ao Poder Judiciário.
c) podem ser aproveit ados se at ingirem sua finalidade, m esm o quando
realizados por m eio diverso ao previst o em lei.
d) t êm form a prescrit a em lei com o regra geral, excepcionalm ent e não
obedecendo a form as det erm inadas.

95
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
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e) que com port em a desist ência da dem anda produzem efeit o im ediat o se
requerida ant es da cit ação do réu.

Q9 3 . FCC/ TJ- PE/ 2 0 1 5 / a da pt a da


Quant o ao t em po e lugar dos at os processuais, é I NCORRETO afirm ar que:
a) são excepcionais os at os processuais prat icados nos feriados forenses
b) a cit ação e a penhora poderão, em casos excepcionais, realizar- se em
dom ingos e feriados, ou nos dias út eis, fora do horário legalm ent e
est abelecido, observado o dispost o na Const it uição Federal, a respeit o da
inviolabilidade da casa do indivíduo.
c) podem ser concluídos após o horário legal os at os processuais, se houver
perigo de grave dano ou prej uízo à diligência com o adiam ent o.
d) com o regra geral, os at os processuais realizam - se na sede do j uízo.
e) não se prat icarão quaisquer at os processuais durant e os recessos
forenses, bem com o aos sábados.

Q9 4 . FCC/ TRE- RR/ 2 0 1 5 / a da pt a da


Gabriel é advogado recém - form ado. No final do ano de 2014 ele fez carga
de um processo que est ava com prazo para m anifest ação. Após o recesso
forense, Gabriel não devolveu os aut os um a vez que os esqueceu em sua
chácara na cidade de Caracaraí. Nest e caso, de acordo com o Código de
Processo Civil, se Gabriel for devidam ent e int im ado para devolver os aut os,
t erá o prazo de
a) 48 horas sob pena de perder o direit o à vist a fora de cart ório e incorrer
em m ult a, correspondent e à m et ade do salário m ínim o vigent e na sede do
j uízo.
b) 24 horas sob pena de perder o direit o à vist a fora de cart ório e incorrer
em m ult a, correspondent e a dois salários m ínim os vigent e na sede do j uízo.
c) 2 dias sob pena de incorrer em m ult a, correspondent e a um salário m ínim o
vigent e na sede do j uízo.
d) 24 horas sob pena de incorrer em m ult a, correspondent e a um salário
m ínim o vigent e na sede do j uízo
e) 3 dias sob pena de perder o direit o à vist a fora de cart ório e incorrer em
m ult a, correspondent e à m et ade do salário m ínim o vigent e na sede do j uízo.

Q9 5 . FCC/ CN M P/ 2 0 1 5
Os at os processuais do j uiz
a) precisam ser provocados pelas part es.
b) podem ser prat icados pelo escrivão, sem exceção, desde que revist os pelo
j uiz.

96
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c) se lim it am a resolver quest ões incident es no curso do processo.
d) precisam cont er relat ório, os fundam ent os e disposit ivo, se consist ent es
em sent ença.
e) consist irão em sent enças, decisões ordinat órias e despachos.

Q9 6 . FCC/ CN M P/ 2 0 1 5 / a da pt a da
Segundo as regras do Código de Processo Civil:
a) à, ao procurador, ao m em bro do Minist ério Público, ao defensor público e
aos auxiliares da j ust iça não é facult ado rubricar as folhas correspondent es
aos at os em que int ervieram .
b) é possível lançar nos aut os cot as m arginais ou int erlineares desde que
não ofensivas ao j uiz ou a qualquer das part es.
c) os at os das part es consist ent es em declarações unilat erais ou bilat erais
de vont ade produzem im ediat am ent e a const it uição, a m odificação ou a
ext inção de direit os processuais.
d) é facult ada a ut ilização de abreviat uras nos at os e t erm os do processo.
e) a desist ência da ação produzirá efeit o independent em ent e de
hom ologação por sent ença.

Q9 7 . FCC/ CN M P/ 2 0 1 5 / a da pt a da
Quant o aos prazos para a prát ica dos at os processuais, prescreve o Código
de Processo Civil que:
a) o j uiz poderá, nas com arcas onde for difícil o t ransport e, prorrogar t ant os
os prazos, m as nunca por m ais de t rint a dias.
b) dent re out ros, o prazo para int erposição de recurso, para apresent ar
respost a e para se m anifest ar sobre o laudo perícia não podem ser alt erados
pela part e.
c) não havendo preceit o legal nem assinação pelo j uiz, será de 5 ( cinco) dias
o prazo para a prát ica de at o processual a cargo da part e.
d) salvo disposição em cont rário, com put ar- se- ão os prazos a part ir do dia
da int im ação.
e) é im possível às part es reduzir ou prorrogar os prazos.

Q9 8 . CEFET- BA/ M PE- BA/ 2 0 1 5 / a da pt a da


Quant o a prazos e sua aplicação, é CORRETO afirm ar que:
a) Devem ser cum pridos pelas part es, sob pena de preclusão t em poral,
perdendo a part e, por om issão, a faculdade processual da prát ica do at o.
b) Os prazos legais podem ser m odificados a crit ério do j ulgador.

97
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c) Diz- se da preclusão consum at iva t rat ar- se da prát ica de at o com pat ível
com out ro ant eriorm ent e prat icado pela part e.
d) Os prazos não podem ser alt erados pela vont ade das part es
e) Os at os processuais não est ão suj eit os à preclusão.

Q9 9 . FCC/ TRT2 4 ª R- M S/ 2 0 1 4
Quant o a prazos e preclusão, é corret o afirm ar:
a) os prazos das part es e dos t erceiros int ervenient es em regra são próprios,
t endo de ser respeit ados sob pena de preclusão t em poral, com a perda da
faculdade processual da prát ica do at o.
b) os at os processuais j udiciais não est ão suj eit os a preclusão em nenhum a
hipót ese.
c) a preclusão consum at iva consist e na perda da faculdade processual de
prat icar um at o que sej a logicam ent e incom pat ível com out ro consum ado
ant eriorm ent e.
d) os prazos cogent es são dilat órios, podendo ser alt erados pela vont ade das
part es.
e) é possível às part es, desde que de acordo, prorrogar os prazos
perem pt órios.

Q1 0 0 . FCC/ D PE- CE/ 2 0 1 4


Quant o aos at os processuais, sua form a e prazos:
a) salvo disposição em cont rário, com put ar- se- ão os prazos, incluindo o dia
do com eço e excluindo o do vencim ent o.
b) são válidos os at os processuais que, realizados de form a diversa da
previst a em lei, lhe preencham a finalidade essencial.
c) quando a lei não m arcar out ro prazo, as int im ações som ent e obrigarão a
com parecim ent o depois de decorridos cinco dias.
d) por m andam ent o const it ucional, que se sobrepõe à lei processual civil,
ent ende- se hoj e que t odos os at os processuais são públicos, sem exceção.
e) desde que de com um acordo, podem as part es dilat ar quaisquer prazos,
m as não reduzi- los, o que é defeso inclusive ao órgão j urisdicional.

Q1 0 1 . FCC/ TCE- GO/ 2 0 1 4


Num procedim ent o ordinário há dois réus, am bos represent ados pelo m esm o
advogado. Na audiência, o j uiz ordenou que os réus se m anifest assem sobre
docum ent o j unt ado pelo aut or, sem fixar prazo. Nesse caso, o prazo para
m anifest ação será de
a) 3 dias, iniciando- se no dia da audiência.
b) 10 dias, iniciando- se no prim eiro dia út il subsequent e à audiência.

98
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
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c) 5 dias, iniciando- se no dia da audiência.
d) 10 dias, iniciando- se no dia da audiência.
e) 5 dias, iniciando- se no prim eiro dia út il subsequent e à audiência.

Q1 0 2 . FCC/ TCE- GO/ 2 0 1 4


Considere:
I . Perda da faculdade processual em função do decurso do prazo previst o em
lei ou assinado pelo j uiz sem o seu exercício.
I I . Perda da faculdade processual em razão da prát ica de at o incom pat ível
com aquele que se pret ende realizar. Os conceit os acim a dizem respeit o,
respect ivam ent e, à preclusão
Os conceit os acim a dizem respeit o, respect ivam ent e, à preclusão
a) lógica e consum at iva.
b) t em poral e lógica.
c) lógica e t em poral.
d) t em poral e consum at iva
e) consum at iva e t em poral.

Q1 0 3 . FGV/ TJ- GO/ 2 0 1 4


Maria propõe dem anda j udicial em face de João, pleit eando danos m at eriais
e m orais decorrent es do fat o dest e t er quebrado a j anela de sua casa com
um a bola de fut ebol. O réu, em cont est ação, não nega o fat o e afirm a
reconhecer a procedência do pedido do dano m at erial. Afirm a que reconhece
t er quebrado a j anela da casa da aut ora e que deve reparar esse dano.
Todavia, im pugna qualquer pedido de dano m oral sobre esse fat o, alegando
que ninguém se m achucou e que a casa est ava vazia quando do ocorrido.
Port ant o, apresent a defesa em relação ao dano m oral pleit eado e prot est a
por provas para com provar sua alegação. O j uiz do feit o, em seu
pronunciam ent o, reconhece a procedência do pedido de dano m at erial e
det erm ina a produção das provas requeridas pelas part es para apurar a
exist ência de dano m oral no caso. A nat ureza j urídica do at o do j ulgador que
reconheceu a procedência do pedido em relação ao dano m at erial é
considerado:
a) sent ença definit iva, pois reconheceu a procedência do pedido e pôs fim
ao m érit o da causa;
b) decisão int erlocut ória, pois não houve a resolução do m érit o t ot al, eis que
ainda segue a relação processual com a dem anda sobre o dano m oral;
c) despacho, pois o j uiz apenas concordou com as part es sem resolver a lide;
d) sent ença t erm inat iva, pois não haverá resolução do m érit o, eis que o réu
concordou com o pedido;

99
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e) sent ença det erm inat iva, pois o processo cont inua para provim ent o final.

Q1 0 4 . VUN ESP/ I PT- SP/ 2 0 1 4 / a da pt a da


Quant o aos at os processuais, assinale a alt ernat iva corret a.
a) Em t odos os at os e t erm os do processo é obrigat ório o uso de vernáculo,
sendo inadm issíveis docum ent os escrit os em língua est rangeira, ainda que
acom panhados de versão em vernáculo, firm ados por t radut or j uram ent ado.
b) Os at os das part es, consist ent es em declarações unilat erais ou bilat erais
de vont ade, dent re os quais a desist ência da ação, produzem efeit os
im ediat am ent e, independent em ent e de hom ologação pelo j uiz.
c) Os at os e t erm os processuais sem pre dependem de form a det erm inada,
reput ando- se inválidos os realizados de out ro m odo.
d) Os at os processuais podem ser t ot al ou parcialm ent e digit ais, de form a a
perm it ir que sej am produzidos, com unicados, arm azenados e validados por
m eio elet rônico, na form a da lei.
e) É defeso às part es, ao procurador, ao m em bro do Minist ério Público, ao
defensor e aos auxiliares da j ust iça rubricar as folhas dos aut os
correspondent es aos at os em que int ervieram .

Q1 0 5 . TRT2 3 ª R- M T/ TRT2 3 ª R- M T/ 2 0 1 4 / a da pt a da
Assinale a alt ernat iva CORRETA:
a) Os at os processuais realizar- se- ão em dias út eis, das 8 ( oit o) às 20 ( vint e)
horas. Todavia, serão concluídos após as 20 ( vint e) horas os at os iniciados
ant es, quando o adiam ent o prej udicar a diligência ou causar grave dano.
b) É defeso às part es e ao j uiz, ainda que t odas est ej am de acordo, reduzir
ou prorrogar os prazos perem pt órios. Em caso de calam idade pública,
poderá ser excedido o lim it e previst o nest e art igo para a prorrogação de
prazos.
c) A cit ação far- se- á pelo correio, m esm o nas ações de est ado das pessoas,
por oficial de j ust iça, por edit al e por m eio elet rônico, conform e regulado em
lei própria.
d) As cit ações e as int im ações serão nulas, quando feit as sem observância
das prescrições legais. Anulado o at o, reput am - se de nenhum efeit o t odos
os subseqüent es, que dele dependam . Todavia, a nulidade de um a part e do
at o prej udicará as out ras post eriores, ainda que sej am independent es.
e) É lícit o a qualquer int eressado cobrar os aut os ao advogado que exceder
o prazo legal. Se, int im ado, não os devolver dent ro em 3 dias, perderá o
direit o à vist a fora de cart ório e incorrerá em m ult a, correspondent e à
m et ade do salário m ínim o vigent e na sede do j uízo.

Q1 0 6 . FCC/ TJ- CE/ 2 0 1 4 / a da pt a da

100
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Exam ine os enunciados seguint es, referent es aos at os processuais:
I . As part es poderão exigir recibo de pet ições, arrazoados, papéis e
docum ent os que ent regarem em cart ório.
I I . Com o regra geral, os at os processuais não dependem de form a
det erm inada, configurando- se com o válidos os que, realizados de out ro
m odo, preencham sua finalidade.
I I I . Para ser anexado aos aut os, o docum ent o redigido em língua est rangeira
deverá ser acom panhado de versão em vernáculo, firm ada por t radut or
j uram ent ado ou cuj a aut ent icação da t radução, se realizada sem t radut or
oficial, sej a assegurada pelo advogado da part e.
I V. Os at os das part es, consist ent es em declarações unilat erais ou bilat erais
de vont ade, produzem desde logo a const it uição, a m odificação ou a ext inção
de direit os processuais.
Est ão corret os
a) I , I I e I I I , apenas.
b) I , I I I e I V, apenas.
c) I , I I , I I I e I V.
d) I , I I e I V, apenas.
e) I I , I I I e I V, apenas.

Q1 0 7 . CESPE/ TJ- CE/ 2 0 1 4 / a da pt a da


Considerando a disciplina do Código de Processo Civil, assinale a opção
corret a acerca dos at os processuais.
a) Não se processam - se durant e as férias forenses, onde as houver, e se
suspendem pela superveniência delas os procedim ent os de j urisdição
volunt ária e os necessários à conservação de direit os, quando puderem ser
prej udicados pelo adiam ent o.
b) Mediant e acordo escrit o prot ocolado nos aut os, as part es podem prorrogar
ou reduzir os prazos para int erposição de recursos, m esm o que j á exauridos.
c) Com pet e ao servidor prat icar os at os m eram ent e ordinat órios, com o a
j unt ada e a vist a obrigat ória, por iniciat iva própria, independent em ent e de
despacho do j uiz.
d) Por ser at o unilat eral, a desist ência da ação produz efeit os t ão logo a part e
prot ocole a pet ição com o pedido.
e) Em casos excepcionais, a crit ério do j uiz, a cit ação e a penhora podem
ser realizadas nos dom ingos e feriados.

Q1 0 8 . TRT 2 R ( SP) / TRT - 2 ª REGI ÃO ( SP) / 2 0 1 4 / a da pt a da


No que concerne à form a dos at os processuais, apont e a alt ernat iva corret a:

101
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a) Os at os processuais que dizem respeit o a casam ent o, filiação, separação
de cônj uges e guarda de m enores são públicos, podendo t erceiro que
dem onst re int eresse, consult ar os aut os.
b) At os m eram ent e ordinat órios, com o a j unt ada e a vist a obrigat ória,
dependem de despacho do j uiz, não podendo ser prat icados de ofício pelo
servidor.
c) Salvo no Dist rit o Federal e nas capit ais dos Est ados, t odas as pet ições e
docum ent os que inst ruírem o processo, quando const ant es de regist ro
público, serão sem pre acom panhadas de cópia, dat ada e assinada por quem
as oferecer.
d) É defeso lançar nos aut os cot as m arginais ou int erlineares, salvo com
perm issão do j uiz da causa.
e) Event uais cont radições na t ranscrição deverão ser suscit adas oralm ent e
no m om ent o de realização do at o, sob pena de preclusão, devendo o j uiz
decidir de plano e ordenar o regist ro, no t erm o, da alegação e da decisão.

Q1 0 9 . FCC/ Câ m a r a M unicipa l de Sã o Pa ulo – SP/ 2 0 1 4


No t ocant e ao t em po e lugar dos at os processuais, considere as afirm ações
abaixo.
I . Durant e as férias e nos feriados não se prat icarão aos processuais, com a
única exceção das m edidas caut elares urgent es.
I I . Ent re out ros, processam - se durant e as férias e não se suspendem pela
superveniência delas os at os de j urisdição volunt ária, bem com o os
necessários à conservação de direit os, quando possam ser prej udicados pelo
adiam ent o.
I I I . Os at os processuais realizam - se necessariam ent e na sede do j uízo, só
se efet uando em out ro lugar em razão de obst áculo arguido pelo int eressado
e acolhido pelo j uiz.
Est á corret o o que se afirm a APENAS em
a) I e I I .
b) I I e I I I .
c) I I I .
d) I
e) I I

Q1 1 0 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 1 4 / a da pt a da


Quant o aos prazos, assinale a alt ernat iva corret a.
a) Não havendo preceit o legal, o prazo será de 10 dias para a part e.

102
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b) Podem o j uiz e as part es, de com um acordo, fixar calendário para a prát ica
dos at os processuais.
c) Os prazos com eçam a correr no dia da int im ação.
d) Em regra, com put ar- se- ão os prazos, incluindo o dia do com eço.
e) O prazo, est abelecido pela lei ou pelo j uiz, int errom pe- se nos feriados.

Q1 1 1 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 0 6 / a da pt a da


Quant o ao t em po dos at os processuais, pode- se afirm ar:
a) Os at os processuais realizar- se- ão em dias út eis, das 6 às 20 horas.
b) O j uiz deve aut orizar que a cit ação e a penhora se realizem em dom ingos
e feriados.
c) O prazo para respost a do réu só com eçará a correr no t erceiro dia út il
seguint e ao feriado ou férias.
d) Apenas o dom ingo e os dias declarados por lei são considerados feriados.
e) É vedada a produção ant ecipada de provas durant e as férias ou feriados.

Q1 1 2 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 0 7


Quando a lei não m arcar out ro prazo, as int im ações som ent e obrigarão a
com parecim ent o depois de decorridas
a) 12 horas.
b) 24 horas.
c) 36 horas.
d) 48 horas.
e) 60 horas.

Q1 1 3 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 0 7


É corret o afirm ar que
a) os at os processuais são de nat ureza pública e privada.
b) o princípio do sigilo dos at os processuais aplica- se indist int am ent e.
c) o direit o de consult ar os aut os é rest rit o apenas aos advogados.
d) t odos os at os e t erm os do processo podem ser produzidos por m eio
elet rônico.
e) os at os processuais são válidos quando cum pridas t odas as solenidades e
não a sua finalidade essencial.

Q1 1 4 . VUN ESP/ SP- URBAN I SM O/ 2 0 1 4 / a da pt a da


Sobre os prazos processuais descrit os no Código de Processo Civil, é corret o
afirm ar que

103
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a) o Minist ério Público gozará de prazo em dobro para m anifest ar- se nos
aut os, que t erá início a part ir de sua int im ação pessoal.
b) quando a lei ou o j uiz não det erm inarem o prazo para cum prim ent o de
det erm inada decisão, deverá t al det erm inação ser cum prida no prazo de t rês
dias út eis
c) havendo lit isconsórcio e t endo as part es advogados diferent es, som ent e
quando t al fat o se der no polo passivo, os prazos serão cont ados em dobro
para as part es.
d) a part e represent ada pelo Defensor Público t erá o quádruplo de prazo
para recorrer e o dobro de prazo para apresent ar defesa nos processos em
que for part e.
e) os prazos serão cont ados, incluindo- se o dia do início e excluindo- se o dia
do final, suspendendo- se a cont agem nos dom ingos.

Q1 1 5 . VUN ESP/ I PT- SP/ 2 0 1 4 / a da pt a da


Assinale a alt ernat iva corret a.
a) O represent ant e legal do incapaz é considerado part e, pois sua presença
é necessária para suprir a incapacidade processual.
b) O pedido deve ser cert o ou det erm inado, sendo vedado, ainda que
excepcionalm ent e, a form ulação de pedido genérico.
c) É defeso ao aut or form ular m ais de um pedido em ordem subsidiária, a
fim de que o j uiz conheça do post erior, em não podendo acolher o ant erior.
d) É perm it ida a cum ulação, num único processo, cont ra o m esm o réu, de
vários pedidos, ainda que os pedidos sej am incom pat íveis ent re si.
e) O aut or poderá at é a cit ação, adit ar ou alt erar o pedido ou a causa de
pedir, independent em ent e de consent im ent o do réu.

Q1 1 6 . VUN ESP/ TJ- PA/ 2 0 1 / a da pt a da


Havendo lit isconsort es com advogados dist int os de escrit órios diferent es, o
prazo deve ser cont ado em dobro para
a) cont est ar, salvo se houver revelia de um dos lit isconsort es.
b) cont est ar, desde que haj a requerim ent o desse benefício na prim eira
m et ade do prazo.
c) recorrer, m esm o que só um dos lit isconsort es t enha sucum bido.
d) cont est ar, ainda que os advogados sej am do m esm o escrit ório e t enham
apresent ado a pet ição em conj unt o, suscit ando as m esm as razões.
e) de m odo geral, falar nos aut os, para t odas as suas m anifest ações, em
qualquer j uízo ou t ribunal, independent em ent e de requerim ent o.

Q1 1 7 . VUN ESP/ TJ- RJ/ 2 0 1 4

104
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Conform e o art . 218 do NCPC, os at os processuais são prat icados nos prazos
previst os em lei. No ent ant o, se a lei for om issa, o prazo será
a) aquele que for convencionado pelas part es por pet ição conj unt a, na
audiência prelim inar do art . 373 do NCPC, sendo que ao j uiz caberá apenas
a hom ologação do prazo por elas indicado.
b) aquele que for convencionado pelas part es por pet ição conj unt a, sendo
que, na falt a dest a convenção, o prazo será de cinco dias para at os
ordinat órios, com o a j unt ada de docum ent os, e de dez dias para os dem ais.
c) aquele fixado expressam ent e pelo j uiz, sendo que, se est e nada
det erm inar, o prazo será aquele convencionado pelas part es, as quais serão
int im adas para t ant o.
d) aquele fixado expressam ent e pelo j uiz, sendo que, se est e nada
det erm inar, o prazo será de, obrigat oriam ent e, cinco dias, sej a qual for o
at o processual a ser prat icado.
e) de cinco dias, obrigat oriam ent e, conform e det erm inado expressam ent e
pelo código de processo civil, não podendo o órgão j ulgador fixar prazo
diferenciado.

Q1 1 8 . VUN ESP/ UN I CAM P/ 2 0 1 4


Em favor da Fazenda Pública, o prazo cont a- se em
a) quádruplo para opor em bargos à execução.
b) dobro para aj uizar ação rescisória.
c) quádruplo para responder a recurso de apelação.
d) dobro para int erpor agravo regim ent al no Superior Tribunal de Just iça.
e) dobro para apresent ar recursos em processos de cont role concent rado de
const it ucionalidade.

Q1 1 9 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 1 3 / a da pt a da


Considerando as disposições do Código de Processo Civil sobre prazos, é
corret o afirm ar que
a) o Minist ério Público gozará de prazo em dobro para m anifest ar- se nos
aut os.
b) o j uiz poderá, nas com arcas onde for difícil o t ransport e, prorrogar
quaisquer prazos, m as nunca por m ais de 90 ( novent a) dias.
c) as part es, m esm o que t odas est ej am de acordo, não podem reduzir os
prazos.
d) incum birá ao servent uário rem et er os aut os conclusos no prazo de 48
( quarent a e oit o) horas da dat a em que t iver ciência da ordem , quando
det erm inada pelo j uiz.

105
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e) o prazo, est abelecido pela lei ou pelo j uiz, é cont ínuo, não se
int errom pendo nos feriados e nas férias.

Q1 2 0 . VUN ESP/ TJM - SP/ 2 0 1 1 / a da pt a da


Sobre os at os processuais, é corret o afirm ar que
a) se processam durant e as férias e não se suspendem pela superveniência
delas as causas de dação ou rem oção de t ut ores e curadores.
b) a desist ência da ação produzirá efeit o ant es de hom ologada por sent ença.
c) a assinat ura dos j uízes, em t odos os graus de j urisdição, não pode ser
feit a elet ronicam ent e.
d) as part es, m esm o que t odas est ej am de acordo, não podem reduzir os
prazos.
e) o prazo para m anifest ar- se nos aut os, será com put ado em quadruplo
quando a part e for o Minist ério Público.

Q1 2 1 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 1 0


Sobre a form a dos at os processuais, apont e a alt ernat iva corret a.
a) Os at os prat icados em processo em que foi decret ado o segredo de j ust iça
não podem ser produzidos em form a elet rônica.
b) A desist ência da ação produz efeit o desde que publicada pela im prensa
oficial, para conhecim ent o de t erceiros.
c) Despacho é t odo at o pelo qual o j uiz, no curso do processo, resolve
quest ão incident e.
d) A assinat ura dos j uízes, em t odos os graus de j urisdição, pode ser feit a
elet ronicam ent e, na form a da lei.
e) É vedada a ut ilização de m ét odo elet rônico para gravação de voz ou
im agem durant e a realização de audiências.

Q1 2 2 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 1 0


Leia as assert ivas a seguir.
I . O prazo, est abelecido pela lei ou pelo j uiz, é cont ínuo, int errom pendo- se
nos feriados.
I I . Suspende- se o curso do prazo processual nos dias com preendidos ent re
20 de dezem bro e 20 de j aneiro.
I I I . É vedado às part es plenam ent e capazes est ipular m udanças no
procedim ent o para aj ust á- lo às especificidades da causa e convencionar
sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, ant es ou
durant e o processo.

106
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I V. Decorrido o prazo, ext ingue- se, independent em ent e de declaração
j udicial, o direit o de prat icar o at o, ficando salvo, porém , à part e provar que
o não realizou por j ust a causa.
V. Salvo disposição em cont rário, com put ar- se- ão os prazos, incluindo o dia
do com eço e excluindo o do vencim ent o.
É corret o apenas o que se afirm a em
a) I e I I .
b) I I I e I V.
c) I I e I V.
d) I , I I I e V.
e) I I , I I I e I V.

Q1 2 3 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 0 9 / a da pt a da


Assinale a alt ernat iva corret a.
a) Os at os processuais podem ser prat icados quaisquer dias, a crit ério do
j uiz.
b) O j uiz det erm inará o cum prim ent o de t odos os at os processuais no prazo
de cinco dias, quando a lei processual for om issa ao criá- los.
c) O prazo para a Fazenda Pública cont rarrazoar recurso de apelação cont a-
se em dobro, nas ações em que for part e.
d) A cit ação som ent e será feit a pessoalm ent e ao réu, ainda que realizada
pelo correio e se pessoa j urídica, a seu represent ant e legal.
e) Não se fará a cit ação ao cônj uge de falecido, no dia de seu falecim ent o e
nos cinco dias seguint es ao óbit o.

Q1 2 4 . VUN ESP/ TJ- M T/ 2 0 0 8 / a da pt a da


Sobre os at os processuais em geral, pode- se afirm ar, corret am ent e, que
a) os at os e t erm os processuais dependem de form a det erm inada, salvo
quando a lei expressam ent e a dispensar.
b) os Tribunais, no âm bit o da respect iva j urisdição, não poderão disciplinar
a prát ica e a com unicação oficial dos at os processuais por m eios elet rônicos.
c) t odos os at os e t erm os do processo podem ser produzidos, com unicados,
arm azenados e validados por m eio elet rônico, na form a da lei.
d) nos at os e t erm os processuais em que um est rangeiro figurar com o part e
lit igant e, o j uiz poderá perm it ir, a seu crit ério, o uso do idiom a est rangeiro
de origem da part e.
e) os at os processuais são sem pre públicos e de livre acesso.

107
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
Curso em teoria e exercícios
Prof. Ricardo Torques 01
Q1 2 5 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 0 7
Não havendo preceit o legal nem assinação pelo j uiz, o prazo para a prát ica
de at o processual a cargo da part e será de
a) 48 horas
b) 5 dias.
c) 10 dias.
d) 15 dias.
e) 20 dias.

1 0 .2 – Ga ba r it o
Q1. CORRETA Q34. C Q67. C
Q2. I NCORRETA Q35. C Q68. D
Q3. CORRETA Q36. B Q69. B
Q4. I NCORRETA Q37. D Q70. E
Q5. D Q38. A Q71. A
Q6. E Q39. B Q72. C
Q7. D Q40. C Q73. I NCORRETA
Q8. B Q41. A Q74. A
Q9. C Q42. D Q75. I NCORRETA
Q10. B Q43. A Q76. E
Q11. C Q44. A Q77. D
Q12. A Q45. B Q78. A
Q13. B Q46. D Q79. D
Q14. C Q47. A Q80. C
Q15. E Q48. C Q81. A
Q16. D Q49. E Q82. B
Q17. A Q50. B Q83. C
Q18. E Q51. D Q84. C
Q19. E Q52. A Q85. B
Q20. D Q53. CORRETA Q86. D
Q21. A Q54. CORRETA Q87. A
Q22. B Q55. CORRETA Q88. A
Q23. B Q56. I NCORRETA Q89. B
Q24. A Q57. D Q90. D
Q25. B Q58. B Q91. B
Q26. E Q59. C Q92. C
Q27. E Q60. B Q93. E
Q28. C Q61. C Q94. E
Q29. B Q62. CORRETA Q95. D
Q30. C Q63. A Q96. C
Q31. I NCORRETA Q64. D Q97. C
Q32. D Q65. CORRETA Q98. A
Q33. C Q66. E Q99. A

108
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
Curso em teoria e exercícios
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Q100. B Q110. B Q120. A
Q101. E Q111. A Q121. D
Q102. B Q112. D Q122. C
Q103. B Q113. D Q123. C
Q104. D Q114. A Q124. C
Q105. E Q115. E Q125. B
Q106. D Q116. E
Q107. C Q117. D
Q108. E Q118. D
Q109. E Q119. A

1 0 .3 - Qu e st õe s com Com e n t á r ios


Q1 . CESPE/ TRF1 ª R/ 2 0 1 7
Julgue os próxim os it ens, relat ivos aos at os processuais.
O servent uário deverá rem et er os aut os conclusos no prazo de um dia
cont ado da dat a em que t iver cum prido at o processual ant erior; o não
cum prim ent o dessa regra, sem m ot ivo legít im o, acarret ará a inst auração de
processo adm inist rat ivo.

Com e nt á r ios
Est á cor r e t a a assert iva. De acordo com o art . 228, I , do NCPC, cabe ao
servent uário rem et er os aut os conclusos no prazo de um dia, cont ado da dat a
em que:
- houver concluído o at o processual ant erior, se lhe foi im post o pela lei;
- t iver ciência da ordem , quando det erm inada pelo j uiz.
Ult rapassado o prazo, sem m ot ivo legít im o, o art . 233, do NCPC, est abelece que
o j uiz ordenará a inst auração de processo adm inist rat ivo, na form a da lei.

Q2 . CESPE/ TRF1 ª R/ 2 0 1 7
Julgue os próxim os it ens, relat ivos aos at os processuais.
Serão considerados int em pest ivos os at os processuais realizados ant es do
t erm o inicial do prazo.

Com e nt á r ios
Est á incor r e t a a assert iva, pois o at o processual prem at uro é válido por expressa
disposição no §4º do art . 218, do NCPC:
§ 4o Será considerado t em pest ivo o at o prat icado ant es do t erm o inicial do prazo.

Q3 . CESPE/ TRF1 ª R/ 2 0 1 7
Julgue os próxim os it ens, relat ivos aos at os processuais.

109
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A part e poderá renunciar ao prazo est abelecido exclusivam ent e em seu
favor, desde que o faça expressam ent e.

Com e nt á r ios
A assert iva est á cor r e t a , porque const it ui a exat a lit eralidade do art . 225, do
NCPC:
Art . 225. A part e poderá renunciar ao prazo est abelecido exclusivam ent e em seu favor,
desde que o faça de m aneira expressa.

Q4 . CESPE/ TRF1 ª R/ 2 0 1 7
Julgue os próxim os it ens, relat ivos aos at os processuais.
At o processual elet rônico pode ser prat icado em qualquer horário desde que
at é as vint e horas do últ im o dia do prazo.

Com e nt á r ios
Est á incor r e t a a assert iva, pois o at o elet rônico pode ser prat icado at é as 24h
do últ im o dia do prazo. Confira:
Art . 213. A prát ica elet rônica de at o processual pode ocorrer em qualquer horário at é as
24 ( vint e e quat ro) horas do últ im o dia do prazo.

Q5 . CS- UFG/ TJ- GO/ 2 0 1 7


Quando for celebrado negócio ou calendário processual,
a) os processos que versem sobre arbit ragem , independent em ent e da
exist ência de cláusula de confidencialidade, devem t ram it ar em segredo de
j ust iça.
b) as negociações que est abeleçam m udanças no procedim ent o são
consideradas ilícit as.
c) as part es envolvidas ficarão vinculadas à sua observância, salvo o j uiz,
nos casos de calendarização.
d) a int im ação das part es acerca dos at os agendados t orna- se desnecessária
nos casos de calendarização.
e) os at os processuais, inclusive os elet rônicos, devem ser realizados em
dias út eis, das 06h às 20h.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. Conform e os t erm os do art . 189, I V do NCPC,
os processos que versem sobre a arbit ragem , desde que a confidencialidade
est ipulada na arbit ragem sej a com provada perant e j uízo, devem t ram it ar em
segredo de j ust iça.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. De acordo com o art . 190, da Lei nº 13.105/ 15,
as negociações que est abeleçam m udanças no procedim ent o são consideradas
lícit as.

110
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A a lt e r na t iva C est á incorret a. Conform e o art . 191, §1º , da referida Lei, o
calendário vincula as part es e o j uiz, e os prazos nele previst os som ent e serão
m odificados em casos excepcionais, devidam ent e j ust ificados.
A a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Vej am os o art . 191, §2º ,
do NCPC.
§ 2o Dispensa- se a int im ação das part es para a prát ica de at o processual ou a realização
de audiência cuj as dat as t iverem sido designadas no calendário.

A a lt e r n a t iva E est á incorret a. De acordo o art . 213, da Lei nº 13.105/ 15, a


prát ica elet rônica de at o processual pode ocorrer em qualquer horário at é as 24
horas do últ im o dia do prazo.

Q6 . PUC- PR/ TJ- M S/ 2 0 1 7


Considerando a Part e Geral do Código de Processo Civil, é CORRETO afirm ar:
a) O procedim ent o da cart a rogat ória perant e o Superior Tribunal de Just iça
é de j urisdição volunt ária.
b) A grat uidade da j ust iça com preende as despesas com publicação na
im prensa oficial, m as não dispensa a publicação em out ros m eios.
c) O escrivão ou o chefe de secret aria at enderá, obrigat oriam ent e, à ordem
cronológica de recebim ent o para publicação e efet ivação dos
pronunciam ent os j udiciais.
d) É lícit o às part es plenam ent e capazes, em qualquer caso, est ipular
m udanças no procedim ent o para aj ust á- lo às especificidades da causa e
convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres
processuais, desde que haj a processo pendent e.
e) O regist ro ou a dist ribuição da pet ição inicial t orna prevent o o j uízo.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. Conform e o art . 36, do NCPC o procedim ent o da
cart a rogat ória perant e o Superior Tribunal de Just iça é de j urisdição cont enciosa.
A a lt e r n a t iva B est á incorret a. De acordo com o art . 98, §1º , I I I , da Lei nº
13.105/ 15, a grat uidade da j ust iça com preende as despesas com publicação na
im prensa oficial, dispensando- se a publicação em out ros m eios.
A a lt e r na t iva C est á incorret a. Nos t erm os no art . 153, da referida Lei, o escrivão
ou o chefe de secret aria at enderá, preferencialm ent e, à ordem cronológica de
recebim ent o para publicação e efet ivação dos pronunciam ent os j udiciais.
A a lt e r n a t iva D est á incorret a. Conform e o art . 190, do NCPC, versando o
processo sobre direit os que adm it am aut ocom posição, é lícit o às part es
plenam ent e capazes est ipular m udanças no procedim ent o para aj ust á- lo às
especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades
e deveres processuais, ant es ou durant e o processo.

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A a lt e r n a t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois é o que dispõe o
art . 59, da Lei nº 13.105/ 15:
Art . 59. O regist ro ou a dist ribuição da pet ição inicial t orna prevent o o j uízo.

Q7 . CESPE/ TRT- 7 ª R/ 2 0 1 7
Eduarda e Carolina, dem andadas por Mário em ação que t ram it a em aut os
elet rônicos, const it uíram procuradores de escrit órios dist int os.
Nessa sit uação hipot ét ica, as lit isconsort es t erão prazo
a) em dobro som ent e para cont est ar.
b) em dobro para t odos os at os.
c) em quádruplo para t odos os at os.
d) sim ples para cont est ar.

Com e nt á r ios
Devido ao fat o de se t rat ar de um a ação que t ram it a em aut os elet rônicos as
lit isconsort es não t erão prazos cont ados em dobro para se m anifest ar. É o que
prevê o art . 229, §2º , do NCPC:
Art . 229. Os lit isconsort es que t iverem diferent es procuradores, de escrit órios de advocacia
dist int os, t erão prazos cont ados em dobro para t odas as suas m anifest ações, em qualquer
j uízo ou t ribunal, independent em ent e de requerim ent o.
§ 2o Não se aplica o dispost o no caput aos processos em aut os elet rônicos.

Assim , as lit isconsort es t erão prazo sim ples para cont est ar. Port ant o, a
a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q8 . CON SULPLAN / TJ- M G/ 2 0 1 7


Segundo o Código de Processo Civil 2015,sobre os at os processuais, é
corret o afirm ar :
a) Em regra, dependem de form a det erm inada, considerando- se inválidos os
realizados de out ro m odo, ainda que preenchida a finalidade essencial.
b) São públicos, t odavia, podem t ram it ar em segrego de j ust iça quando
versarem sobre casam ent o, separação de corpos, divórcio, separação, união
est ável, filiação, alim ent os e guarda de crianças e adolescent es.
c) É indispensável a int im ação das part es para a prát ica de at os processuais,
m esm o quando exist a calendário fixado de com um acordo com o j uiz.
d) Aut oriza- se o lançam ent o de cot as m arginais ou int erlineares nos aut os,
desde que devidam ent e ident ificadas.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. Conform e o art . 188 do NCPC, os at os processuais
independem de form a det erm inada.

112
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Art . 188. Os at os e os t erm os processuais independem de form a det erm inada, salvo quando
a lei expressam ent e a exigir, considerando- se válidos os que, realizados de out ro m odo, lhe
preencham a finalidade essencial.

A a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão, com base no art . 189,
I I , da Lei nº 13.105/ 15:
Art . 189. Os at os processuais são públicos, t odavia t ram it am em segredo de j ust iça os
processos:
I I - que versem sobre casam ent o, separação de corpos, divórcio, separação, união est ável,
filiação, alim ent os e guarda de crianças e adolescent es;

A a lt e r na t iva C est á incorret a. De acordo com o art . 191, §2º , do NCPC, será
dispensada a int im ação das part es para a prát ica de at os processuais, m esm o
quando exist a calendário fixado de com um acordo com o j uiz.
§ 2 o Dispensa- se a int im ação das part es para a prát ica de at o processual ou a realização de
audiência cuj as dat as t iverem sido designadas no calendário.

A a lt e r n a t iva D est á incorret a. Conform e os t erm os do art . 202, do NCPC, é


vedado lançar nos aut os cot as m arginais ou int erlineares.
Art . 202. É vedado lançar nos aut os cot as m arginais ou int erlineares, as quais o j uiz
m andará riscar, im pondo a quem as escrever m ult a correspondent e à m et ade do salário-
m ínim o.

Q9 . CON SULPLAN / TJ- M G/ 2 0 1 7


Analise as afirm at ivas, sobre os prazos processuais, de acordo com o Código
Processo Civil 2015:
I . Quando t iver ciência da ordem em anada pelo Juiz, o servent uário deverá
execut ar os at os processuais no prazo de 10 ( dez) dias.
I I . Nos processos elet rônicos, a j unt ada de pet ições ou de m anifest ações em
geral dependerá de at o de servent uário da j ust iça, que cert ificará o dia e a
hora da prát ica do at o.
I I I . Os lit isconsort es que t iverem diferent es procuradores, de escrit ório de
advocacia dist int os, t erão prazos cont ados em dobro para t odas as suas
m anifest ações, em qualquer j uízo ou t ribunal, independent em ent e de
requerim ent o, nos processos j udiciais físicos e elet rônicos.
I V. Salvo disposição em sent ido diverso, considera- se dia do com eço do
prazo a dat a de ocorrência da cit ação ou da int im ação, quando ela se der
por at o do escrivão ou do chefe de secret aria.
Est á corret o o que se afirm a em :
a) Todas as afirm at ivas são verdadeiras.
b) Apenas a afirm at iva I é falsa.
c) Apenas a afirm at iva I V é verdadeira.
d) Apenas as afirm at ivas I I e I V são verdadeiras.

113
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Vam os analisar cada um dos it ens.
O it em I est á incorret o. De acordo com o art . 228, do NCPC, quando t iver ciência
da ordem em anada pelo Juiz, o servent uário deverá execut ar os at os processuais
no prazo de 5 dias, e não 10.
O it em I I est á incorret o. Conform e o art . 228, §2º , nos processos em aut os
elet rônicos, a j unt ada de pet ições ou de m anifest ações em geral ocorrerá de
form a aut om át ica, independent em ent e de at o de servent uário da j ust iça.
O it em I I I est á incorret o, pois o prazo em dobro não se aplica aos processos em
aut os elet rônicos. Vej am os o art . 229, §2º , da referida Lei:
Art . 229. Os lit isconsort es que t iverem diferent es procuradores, de escrit órios de advocacia
dist int os, t erão prazos cont ados em dobro para t odas as suas m anifest ações, em qualquer
j uízo ou t ribunal, independent em ent e de requerim ent o.
§ 2 o Não se aplica o dispost o no caput aos processos em aut os elet rônicos.

Por fim , o it em I V est á corret o, pois se refere ao art . 231, I I I , do NCPC:


Art . 231. Salvo disposição em sent ido diverso, considera- se dia do com eço do prazo:
I I I - a dat a de ocorrência da cit ação ou da int im ação, quando ela se der por at o do escrivão
ou do chefe de secret aria;

Dessa form a, a a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q1 0 . CON SULPLAN / TJ- M G/ 2 0 1 7


Considerando as disposições cont idas no Código de Processo Civil sobre os
prazos processuais, faça a avaliação das afirm at ivas expost as a seguir:
I . É t em pest ivo o at o prat icado ant es do t erm o inicial do prazo.
I I . Para efeit o de definir o início da cont agem do prazo, considera- se com o
dat a de publicação o prim eiro dia út il seguint e ao da disponibilização da
inform ação no Diário da Just iça elet rônico.
I I I . Em relação aos at os processuais que lhe são im post os pela lei, incum be
ao servent uário execut ar, no prazo de 5( cinco) dias, aquele que lhe for
cobrado pela part e com alegação de urgência, ainda que não houver
concluído o at o processual ant erior.
I V. Ordenada pelo j uiz a prát ica de um at o processual, o servent uário deve
cert ificar o dia e a hora que a recebeu, dando cum prim ent o em 5( cinco) dias.
Est á corret o o que se afirm a nos seguint es it ens:
a) I , I I e I I I .
b) I , I I e I V.
c) I , I I I e I V.
d) I I , I I I e I V.

114
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Vam os analisar cada um dos it ens.
O it em I est á corret o, com base no art . 218, §4º , do NCPC:
Art . 218. Os at os processuais serão realizados nos prazos prescrit os em lei.
§ 4o Será considerado t em pest ivo o at o prat icado ant es do t erm o inicial do prazo.

O it em I I est á corret o. Vej am os o art . 224, §2º , da Lei nº 13.105/ 15:


Art . 224. Salvo disposição em cont rário, os prazos serão cont ados excluindo o dia do
com eço e incluindo o dia do vencim ent o.
§ 2o Considera- se com o dat a de publicação o prim eiro dia út il seguint e ao da
disponibilização da inform ação no Diário da Just iça elet rônico.

O it em I I I est á incorret o. Conform e o art . 228, I , da Lei nº 13.105/ 15, cont ado
da dat a em que houver concluído o at o processual ant erior, incum birá ao
servent uário rem et er os aut os conclusos no prazo de 1 dia e execut ar os at os
processuais no prazo de 5 dias.
O it em I V est á corret o, pois se refere ao art . 228, I I , com binado com o §1º , do
NCPC:
Art . 228. I ncum birá ao servent uário rem et er os aut os conclusos no prazo de 1 ( um ) dia e
execut ar os at os processuais no prazo de 5 ( cinco) dias, cont ado da dat a em que:
I I - t iver ciência da ordem , quando det erm inada pelo j uiz.
§ 1º Ao receber os aut os, o servent uário cert ificará o dia e a hora em que t eve ciência da
ordem referida no inciso I I .

Port ant o, a a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q1 1 . CON SULPLAN / TJ- M G/ 2 0 1 7


Com relação aos at os, o escrivão ou o chefe de secret aria NÃO devem
a) num erar e rubricar t odas as folhas dos aut os.
b) cert ificar os casos nos quais as pessoas que int ervierem no processo, se
recusarem assinar at os que t enham realizado.
c) im pedir a part e ou o seu procurador rubricar as folhas correspondent es
nos at os em que int ervierem .
d) perm it ir o uso da t aquigrafia, da est enot ipia ou de out ro m ét odo idôneo
em qualquer j uízo ou t ribunal.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. Com base no art . 207, caput , do NCPC, o escrivão
ou o chefe de secret aria devem num erar e rubricar t odas as folhas dos aut os.
Art . 207. O escrivão ou o chefe de secret aria num erará e rubricará t odas as folhas dos
aut os.

A a lt e r na t iva B est á incorret a. De acordo com o art . 209, caput , da Lei nº


13.105/ 15, o escrivão ou o chefe de secret aria devem cert ificar os casos nos

115
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quais as pessoas que int ervierem no processo, se recusarem assinar at os que
t enham realizado.
Art . 209. Os at os e os t erm os do processo serão assinados pelas pessoas que neles
int ervierem , t odavia, quando essas não puderem ou não quiserem firm á- los, o escrivão ou
o chefe de secret aria cert ificará a ocorrência.

A a lt e r n a t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão, conform e prevê o


parágrafo único, do art . 207, da referida Lei:
Parágrafo único. À part e, ao procurador, ao m em bro do Minist ério Público, ao defensor
público e aos auxiliares da j ust iça é facult ado rubricar as folhas correspondent es aos at os
em que int ervierem .

A a lt e r na t iva D est á incorret a. O art . 210, do NCPC, est abelece que o escrivão
ou o chefe de secret aria devem perm it ir o uso da t aquigrafia, da est enot ipia ou
de out ro m ét odo idôneo em qualquer j uízo ou t ribunal.
Art . 210. É lícit o o uso da t aquigrafia, da est enot ipia ou de out ro m ét odo idôneo em
qualquer j uízo ou t ribunal.

Q1 2 . CON SULPLAN / TJ- M G/ 2 0 1 7


Os prazos processuais devem ser cont ados, salvo disposição em cont rário,
a) excluindo o dia do com eço e incluindo o dia do vencim ent o.
b) excluindo o dia do vencim ent o e incluindo o dia do com eço.
c) iniciando no segundo dia út il que seguir ao da publicação.
d) incluindo o dia do com eço e do vencim ent o.

Com e nt á r ios
De acordo com o art . 224, do NCPC, os prazos processuais devem ser cont ados
excluindo o dia do com eço e incluindo o dia do vencim ent o.
Art . 224. Salvo disposição em cont rário, os prazos serão cont ados excluindo o dia do
com eço e incluindo o dia do vencim ent o.

Assim , a a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q1 3 . CON SULPLAN / TJ- M G/ 2 0 1 7


Novidade no est at ut o é a expressa previsão de que o at o prat icado ant es do
t erm o inicial do prazo, vencendo assim cont rovérsia j urisprudencial sobre o
pont o, é considerado t em pest ivo. Trat a- se de disposição que vem ao
encont ro da efet ividade e t em pest ividade do processo, vet ores do novo
processo civil. Nessa est eira, t odas as opções correspondem à nova
t endência do CPC/ 15, EXCETO:
a) Os prazos podem receber regras próprias de acordo com a font e de sua
origem ( legais ou j udiciais) ou seus dest inat ários ( j uiz, órgãos auxiliares da
j ust iça, part es) com consequências dist int as sobre o at o processual a ser
prat icado.

116
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b) A m odificação no t rat o dado aos prazos processuais est abelece nova
form a de cont agem do prazo em dias ( apenas em dias, não podendo ser
considerado para prazos m eses ou anos) , com put ando- se os dias corridos.
Port ant o, serão incluídos sábados, dom ingos e feriados.
c) Quant o à origem , os prazos ou são legais ou j udiciais nesses últ im os est á
present e a recom endação de sua fixação de acordo com a com plexidade do
at o, perm it indo, t am bém , por via de consequência, sua event ual dilação, a
ser definida pelo j uiz, desde que devidam ent e j ust ificada a post ulação de
prorrogação.
d) Se houver om issão da lei na fixação de prazo e o j uiz deixar de fazê- lo, o
prazo para a prát ica do at o ret om a à condição de ser fixado por lei, hipót ese
em que será de 5 ( cinco) dias. No que diz respeit o, à exigência de
com parecim ent o em j uízo, em sendo om issos a lei e o j uiz, a part e só se
obriga a t ant o, se a int im ação for ant ecedida de 48 ( quarent a e oit o) horas.

Com e nt á r ios
Essa quest ão parece difícil pelos t erm os ut ilizados, cont udo, a alt ernat iva
incorret a é facilm ent e ident ificável.
A a lt e r na t iva B est á incorret a e é o gabarit o da quest ão. O art . 219, do NCPC,
prevê que será com put ado som ent e os dias út eis, na cont agem de prazo em dias
corrido. Esse era o prazo adot ado pelo CPC73. Vej am os o disposit ivo cit ado:
Art . 219. Na cont agem de prazo em dias, est abelecido por lei ou pelo j uiz, com put ar- se- ão
som ent e os dias út eis.
Parágrafo único. O dispost o nest e art igo aplica- se som ent e aos prazos processuais.

Q1 4 . CON SULPLAN / TJ- M G/ 2 0 1 7


O art . 220 do CPC/ 15 est abelece no seu caput as cham adas férias forenses,
que não se confundem com as férias individuais de cada j uiz, e os §§ 1º e
2º do disposit ivo cit ado est abelecem que, durant e o período ent re 20 de
dezem bro e 20 de j aneiro não haj a audiências ou sessões, sem prej uízo das
dem ais at ividades a serem exercidas pelos j uízes, m em bros do Minist ério
Público, Defensoria Pública e Advocacia Pública. Dest inat ários, port ant o, da
regra os advogados privados. Dest a form a, t odas as afirm ações sobre prazos
processuais est ão corret as, EXCETO:
a) O prazo processual em part icular pode t am bém rest ar suspenso ou por
obst áculo criado em det rim ent o da part e ou nos casos de suspensão do
processo, quando ent ão o prazo será rest it uído pelo t em po rem anescent e,
pois não se t rat a de int errupção, m as, sim , suspensão do prazo, caso em
que o t em po j á decorrido com put a.
b) A dilação do prazo perem pt ório, em havendo consenso, poderá ser
deferida pelo j uiz, t udo em favor de um novo m odelo de processo que
est im ula a aut ocom posição, o negócio j urídico processual, a int ervenção

117
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m ais at iva dos int eressados na com posição do conflit o. Um processo m ais
part icipat ivo e colaborat ivo em subst it uição ao processo adversarial.
c) A regra geral para o início e o t érm ino da cont agem dos prazos foi
m odificada incluindo- se o dia do com eço e excluindo- se o dia do vencim ent o,
desde que dias út eis ou quando o expedient e forense for reduzido, hipót eses
que aut orizam a sua prot ração para o prim eiro dia út il subsequent e.
d) Mant ém - se, t am bém , a regra de que a part e pode renunciar ao prazo que
lhe for exclusivo, m as o deverá fazê- lo expressam ent e.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á corret a, pois é o que dispõe o art . 221, da Lei nº 13.105/ 15:
Art . 221. Suspende- se o curso do prazo por obst áculo criado em det rim ent o da part e ou
ocorrendo qualquer das hipót eses do art . 313, devendo o prazo ser rest it uído por t em po
igual ao que falt ava para sua com plem ent ação.

A a lt e r na t iva B est á corret a, conform e prevê o art . 222, §1º , da referida Lei:
Art . 222. Na com arca, seção ou subseção j udiciária onde for difícil o t ransport e, o j uiz
poderá prorrogar os prazos por at é 2 ( dois) m eses.
§ 1 o Ao j uiz é vedado reduzir prazos perem pt órios sem anuência das part es.

A a lt e r n a t iva C est á incorret a e é o gabarit o da quest ão. É j ust am ent e o


cont rário, de acordo com o art . 224, caput , do NCPC, os prazos serão cont ados
excluindo o dia do com eço e incluindo o dia do vencim ent o.
Além disso, o §1º , prevê que os dias do com eço e do vencim ent o do prazo serão
prot raídos para o prim eiro dia út il seguint e, se coincidirem com dia em que o
expedient e forense for encerrado ant es ou iniciado depois da hora norm al ou
houver indisponibilidade da com unicação elet rônica.
A a lt e r na t iva D est á corret a, com base no art . 225, da Lei nº 13.105/ 15:
Art . 225. A part e poderá renunciar ao prazo est abelecido exclusivam ent e em seu favor,
desde que o faça de m aneira expressa.

Q1 5 . FAURGS/ TJ- RS/ 2 0 1 7


A respeit o dos prazos processuais, assinale a alt ernat iva corret a.
a) No novo processo civil brasileiro, os prazos processuais est abelecidos em
dias são cont ínuos, com put ando- se sábados, dom ingos e feriados.
b) I nexist indo preceit o legal ou det erm inação pelo Juiz, ent ende- se que o
prazo para prát ica de at o processual a cargo da part e é de 10 dias út eis.
c) A m ort e ou a perda da capacidade processual da part e acarret a a
int errupção do prazo, que volt a a ser cont ado desde o início.
d) Aos lit isconsort es que t iverem diferent es procuradores, m esm o em
processo elet rônico, é assegurada a cont agem em dobro de t odos os prazos
processuais.

118
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e) Considera- se, com o dat a da publicação, o prim eiro dia út il seguint e ao da
disponibilização da int im ação no Diário da Just iça Elet rônico.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. Os prazos processuais serão com put ados apenas
em dias út eis. Vej am os o art . 219, do NCPC:
Art . 219. Na cont agem de prazo em dias, est abelecido por lei ou pelo j uiz, com put ar- se- ão
som ent e os dias út eis.

A a lt e r na t iva B est á incorret a. De acordo com o §3º , do art . 218, da Lei nº


13.105/ 15, será de 5 dias o prazo para a prát ica de at o processual a cargo da
part e, caso inexist a preceit o legal ou prazo det erm inado pelo j uiz.
§ 3 o I nexist indo preceit o legal ou prazo det erm inado pelo j uiz, será de 5 ( cinco) dias o prazo
para a prát ica de at o processual a cargo da part e.

A a lt e r na t iva C est á incorret a. Com base no art . 313, I , da referida Lei, a m ort e
ou a perda da capacidade processual da part e acarret a a suspensão do prazo, e
não a int errupção do prazo.
Art . 313. Suspende- se o processo:
I - pela m ort e ou pela perda da capacidade processual de qualquer das part es, de seu
represent ant e legal ou de seu procurador;

A a lt e r na t iva D est á incorret a. O art . 229, com binado com o §2º , do NCPC,
est abelece que aos processos elet rônicos não é assegurada a cont agem de prazo
em dobro.
Art . 229. Os lit isconsort es que t iverem diferent es procuradores, de escrit órios de advocacia
dist int os, t erão prazos cont ados em dobro para t odas as suas m anifest ações, em qualquer
j uízo ou t ribunal, independent em ent e de requerim ent o.
§ 2 o Não se aplica o dispost o no caput aos processos em aut os elet rônicos.

A a lt e r na t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão, conform e prevê o §2º ,


do art . 224, da Lei nº 13.105/ 15:
§ 2 o Considera- se com o dat a de publicação o prim eiro dia út il seguint e ao da disponibilização
da inform ação no Diário da Just iça elet rônico.

Q1 6 . FGV/ TRT- 1 2 ª R/ 2 0 1 7
Marcella, advogada de um a em presa em processo que t ram it a num a Vara
Cível da Com arca de Caçador ( SC) , foi int im ada pelo j uízo, num a quart a-
feira, para a prát ica de det erm inado at o processual no prazo de cinco dias.
Considerando ser feriado na segunda- feira da sem ana seguint e, o t erm o final
do prazo processual concedido à pat rona se dá na:
a) segunda- feira da sem ana seguint e;
b) t erça- feira da sem ana seguint e;
c) quart a- feira da sem ana seguint e;
d) quint a- feira da sem ana seguint e;

119
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e) sext a- feira da sem ana seguint e.

Com e nt á r ios
O art . 212, do NCPC, prevê que os at os processuais serão realizados das 6 às 20
horas, em dias út eis.
Art . 212. Os at os processuais serão realizados em dias út eis, das 6 ( seis) às 20 ( vint e)
horas.

Além disso, de acordo com o art . 219, do m esm o diplom a, será com put ado
apenas os dias út eis, na cont agem de prazo em dias.
Art . 219. Na cont agem de prazo em dias, est abelecido por lei ou pelo j uiz, com put ar- se- ão
som ent e os dias út eis.
Parágrafo único. O dispost o nest e art igo aplica- se som ent e aos prazos processuais.

Por fim , o art . 224, com binado com o §1º , da referida Lei, est abelece que os
prazos serão cont ados excluindo o dia do com eço e incluindo o dia do vencim ent o.
E, os dias do com eço e do vencim ent o do prazo serão prot raídos para o prim eiro
dia út il seguint e.
Art . 224. Salvo disposição em cont rário, os prazos serão cont ados excluindo o dia do
com eço e incluindo o dia do vencim ent o.
§ 1 o Os dias do com eço e do vencim ent o do prazo serão prot raídos para o prim eiro dia út il
seguint e, se coincidirem com dia em que o expedient e forense for encerrado ant es ou
iniciado depois da hora norm al ou houver indisponibilidade da com unicação elet rônica.

Nesse caso, e considerando ser feriado na segunda- feira da sem ana seguint e, o
t erm o final do prazo processual concedido à pat rona se dá na quint a- feira da
sem ana seguint e. Desse m odo, a a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da
quest ão.

Q1 7 . FGV/ TRT- 1 2 ª R/ 2 0 1 7
Arm ando se sent iu lesado em um pacot e t uríst ico que adquiriu para as suas
férias e, assim , aj uizou em j unho de 2016 um a ação cont ra a com panhia
aérea na qual voou e cont ra a operadora de t urism o que lhe vendeu o pacot e
t errest re. Cada réu cont rat ou um advogado diferent e, m as que at uavam no
m esm o escrit ório j urídico.
Prolat ada a sent ença, e de acordo com o CPC, é corret o afirm ar que:
a) o prazo para recurso será cont ado de form a sim ples;
b) no caso concret o será em quádruplo o prazo para recorrer;
c) será cont ado em dobro o prazo para apelar;
d) o j uiz decidirá, m as, em deferindo o prazo em dobro para os réus, deverá
dar o m esm o t rat am ent o ao aut or, por isonom ia;
e) o prazo em dobro será apenas para o réu principal.

Com e nt á r ios

120
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De acordo com a lei processual, quando forem diferent es os procuradores dos
vários lit isconsort es, de escrit órios de advocacia dist int os, serão cont ados em
dobro os prazos para t odas as suas m anifest ações, em qualquer j uízo ou t ribunal,
independent em ent e de requerim ent o.
Porém , a regra não prevalecerá quando os advogados dos lit isconsort es, em bora
dist int os, pert encerem ao m esm o escrit ório de advocacia.
Além disso, a cont agem em dobro não se aplica aos processos elet rônicos. I sso
porque, nest as hipót eses, não há qualquer dificuldade para os advogados
acessarem os aut os, que est arão sem pre à disponibilidade de t odos os
int eressados, pela própria nat ureza do processo digit al.
Vej am os o art . 229, do NCPC:
Art . 229. Os lit isconsort es que t iverem diferent es procuradores, de escrit órios de advocacia
dist int os, t erão prazos cont ados em dobro para t odas as suas m anifest ações, em qualquer
j uízo ou t ribunal, independent em ent e de requerim ent o.
§ 1 o Cessa a cont agem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 ( dois) réus, é oferecida
defesa por apenas um deles.
§ 2 o Não se aplica o dispost o no caput aos processos em aut os elet rônicos.

Port ant o, a a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q1 8 . CESPE/ TRE- BA/ 2 0 1 7


De acordo com o CPC, no que se refere aos at os processuais, cabe ao
servidor
a) t om ar decisões int erlocut órias, com a revisão do j uiz, se necessário.
b) docum ent ar acórdão pronunciado oralm ent e, dispensada a revisão pelo
j uiz prolat or.
c) redigir despachos, com a revisão do j uiz, se necessário.
d) docum ent ar sent enças pronunciadas oralm ent e, dispensada a revisão
pelo j uiz.
e) prat icar os at os ordinat órios de j unt ada e vist a obrigat ória, com revisão
do j uiz, se necessário.

Com e nt á r ios
Para responder à quest ão devem os conhecer o §4º do art . 203 do NCPC, que
disciplina:
§ 4º Os at os m eram ent e ordinat órios, com o a j unt ada e a vist a obrigat ória, independem de
despacho, devendo ser prat icados de ofício pelo servidor e revist os pelo j uiz quando
necessário.

Port ant o, a a lt e r na t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q1 9 . VUN ESP/ Câ m a r a de Sum a r é – SP/ 2 0 1 7

121
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A prát ica elet rônica processual, o que inclui o pet icionam ent o elet rônico,
pode ocorrer, para a validade do at o para fins de cont agem do prazo:
a) das seis às vint e horas.
b) das nove às dezesset e horas.
c) dent ro do horário forense est abelecido pela Com arca.
d) no horário de funcionam ent o do fórum ou t ribunal, conform e est abelecido
na lei de organização j udiciária.
e) em qualquer horário at é as vint e e quat ro horas do últ im o dia do prazo.

Com e nt á r ios
A quest ão exige o conhecim ent o do art . 213, do NCPC. Vej am os:
Art . 213. A prát ica elet rônica de at o processual pode ocorrer em qualquer horário at é as
24 ( vint e e quat ro) horas do últ im o dia do prazo.

Assim , a prát ica elet rônica processual pode ocorrer em qualquer horário desde
que realizado at é as vint e e quat ro horas do últ im o dia do prazo. Dessa form a, a
a lt e r na t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q2 0 . FCC/ D PE- SC/ 2 0 1 7


João Haroldo procura a defensoria pública com a finalidade de deduzir
pret ensão de danos m at eriais e m orais em face de um a em presa de cart ões
de crédit o e do banco que com ercializa o cart ão, em razão de cobranças
indevidas. O defensor aj uíza, por m eio elet rônico, pet ição inicial que segue
o procedim ent o com um . A em presa de cart ões foi cit ada, sendo a cart a com
aviso de recebim ent o j unt ada aos aut os no dia 23 de j aneiro de 2017
( segunda- feira) . O banco, por seu t urno, foi cit ado e houve j unt ada do
com provant e post al no dia 02 de fevereiro de 2017 ( quint a- feira) . No dia 1°
de m arço de 2017 ( quart a- feira) , a em presa de cart ões prot ocolou pet ição
m anifest ando desint eresse na realização de audiência de t ent at iva de
conciliação. Em 12 de m aio de 2017 ( sext a- feira) , ocorreu a audiência de
t ent at iva de conciliação, que cont ou com a part icipação do aut or e do banco,
ausent e a adm inist radora de cart ões, sendo ao final infrut ífera a t ent at iva
de aut ocom posição. Os dem andados cont am com advogados de escrit órios
dist int os. Considerando os prazos previst os no at ual CPC, considerando a
sit uação hipot ét ica de inexist ência de qualquer feriado ( nacional ou local) no
decurso do prazo, é corret o dizer que o últ im o dia do prazo para a respost a
da adm inist radora de cart ões foi
a) 22 de m arço de 2017.
b) 23 de j unho de 2017.
c) 13 de fevereiro de 2017.
d) 2 de j unho de 2017.
e) 23 de fevereiro de 2017.

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Com e nt á r ios
Vej am os o art . 335, do NCPC:
Art . 335. O réu poderá oferecer cont est ação, por pet ição, no prazo de 15 ( quinze) dias,
cuj o t erm o inicial será a dat a:
I - da audiência de conciliação ou de m ediação, ou da últ im a sessão de conciliação, quando
qualquer part e não com parecer ou, com parecendo, não houver aut ocom posição;

Assim , com o a audiência foi em 12 de m aio de 2017 ( sext a- feira) , o prim eiro dia
út il seria 15 de m aio de 2017 ( segunda- feira) . Com o o prazo é de 15 dias, o
últ im o dia do prazo para a respost a da adm inist radora de cart ões será no início
de j unho.
Cuidado, ainda, com quest ões que envolvem lit isconsórcio passivo e a cont agem
do prazo para cont est ação.
 Se o aut or não desej ar expressam ent e a audiência de conciliação/ m ediação,
necessário levar em consideração a m anifest ação dos réus:
a) se am bos não t iverem int eresse no at o de com posição, o prazo
cont ará individualm ent e para cada um deles a part ir do pet icionam ent o;
b) se um deles t iver int eresse ou não pedir o cancelam ent o, o prazo
cont ará, para am bos, a part ir da audiência infrut ífera. É o caso da quest ão!
 Se o aut or desej ar ou não se m anifest ar sobre a conciliação, a audiência
ocorrerá e o prazo para cont est ação correrá, para am bos os réus, da audiência
infrut ífera.
Dessa form a, a a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q2 1 . I ESES/ TJ- RO/ 2 0 1 7


Acerca dos At os Processuais e sua disciplina no Código de Processo Civil,
assinale a alt ernat iva corret a:
a) O art . 188 do Código de Processo Civil consagra o sist em a de
inst rum ent alidade das form as.
b) A regra em se t rat ando de at os processuais é que sej am realizados e
t ram it em em segredo de j ust iça.
c) O uso da língua port uguesa pode ser dispensado na prát ica de cert os at os
e t erm os do processo.
d) Não é lícit o às part es est ipular m udanças no procedim ent o para aj ust á- lo
às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes,
faculdades e deveres processuais, ant es ou durant e o processo, ainda que
verse exclusivam ent e sobre direit os que adm it am aut ocom posição.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão. O art . 188, do NCPC,
prevê o princípio da inst rum ent alidade das form as:

123
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Art . 188. Os at os e os t erm os processuais independem de form a det erm inada, salvo quando
a lei expressam ent e a exigir, considerando- se válidos os que, realizados de out ro m odo, lhe
preencham a finalidade essencial.

A a lt e r na t iva B est á incorret a. Em se t rat ando de at os processuais, a regra é a


de que os processos sej am públicos, correndo em segredo de j ust iça apenas
excepcionalm ent e, conform e prevê o art . 189, da Lei nº 13.105/ 15:
Art . 189. Os at os processuais são públicos, t odavia t ram it am em segredo de j ust iça os
processos:
I - em que o exij a o int eresse público ou social;
I I - que versem sobre casam ent o, separação de corpos, divórcio, separação, união est ável,
filiação, alim ent os e guarda de crianças e adolescent es;
I I I - em que const em dados prot egidos pelo direit o const it ucional à int im idade;
I V - que versem sobre arbit ragem , inclusive sobre cum prim ent o de cart a arbit ral, desde que
a confidencialidade est ipulada na arbit ragem sej a com provada perant e o j uízo.

A a lt e r n a t iva C est á incorret a. De acordo com o art . 192, da referida Lei, em


t odos os at os e t erm os do processo é obrigat ório o uso da língua port uguesa.
A a lt e r na t iva D est á incorret a. Com base no art . 190, do NCPC, é perm it ido as
part es int ervir no rit o procedim ent al para adequá- lo às suas conveniências e às
da causa, t ant o ant es quant o durant e o processo.
Art . 190. Versando o processo sobre direit os que adm it am aut ocom posição, é lícit o às
part es plenam ent e capazes est ipular m udanças no procedim ent o para aj ust á- lo às
especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres
processuais, ant es ou durant e o processo.

Q2 2 . I ESES/ TJ- RO/ 2 0 1 7


Ainda acerca dos At os Processuais e sua disciplina no Código de Processo
Civil:
I . Os at os das part es consist ent es em declarações unilat erais ou bilat erais
de vont ade produzem im ediat am ent e a const it uição, m odificação ou
ext inção de direit os processuais, excet uada a desist ência da ação, que só
produzirá efeit os após hom ologação j udicial.
I I . Os at os das part es consist ent es em declarações unilat erais ou bilat erais
de vont ade produzem im ediat am ent e a const it uição, m odificação ou
ext inção de direit os processuais, inclusive a desist ência da ação, que produz
efeit os independent em ent e de hom ologação j udicial.
I I I . Os at os processuais serão realizados em dias út eis, das 6 ( seis) às 20
( vint e) horas.
É corret o o que se afirm a em :
a) I I e I I I .
b) I e I I I .
c) I e I I .

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d) I , I I e I I I .

Com e nt á r ios
Vam os analisar cada um dos it ens.
O it em I est á corret o, pois é o que dispõe o art . 200, do NCPC:
Art . 200. Os at os das part es consist ent es em declarações unilat erais ou bilat erais de
vont ade produzem im ediat am ent e a const it uição, m odificação ou ext inção de direit os
processuais.
Parágrafo único. A desist ência da ação só produzirá efeit os após hom ologação j udicial.

O it em I I est á incorret o. A desist ência da ação só produzirá efeit os após


hom ologação j udicial.
O it em I I I est á corret o, com base no art . 212, caput , do NCPC:
Art . 212. Os at os processuais serão realizados em dias út eis, das 6 ( seis) às 20 ( vint e)
horas.

Dessa form a, a a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q2 3 . I ESES/ TJ- RO/ 2 0 1 7


Em se t rat ando do t em po e do lugar dos at os processuais, segundo o Código
de Processo Civil vigent e pode- se afirm ar, EXCETO:
a) I ndependent em ent e de aut orização j udicial, as cit ações, int im ações e
penhoras poderão realizar- se no período de férias forenses, onde as houver,
e nos feriados ou dias út eis fora do horário est abelecido no Código de
processo Civil, observada a Const it uição Federal.
b) Os at os processuais serão realizados em dias út eis, das 8 ( oit o) às 20
( vint e) horas.
c) Quando o at o t iver de ser prat icado por m eio de pet ição em aut os não
elet rônicos, essa deverá ser prot ocolada no horário de funcionam ent o do
fórum ou t ribunal, conform e o dispost o na lei de organização j udiciária local.
d) Serão concluídos após as 20 ( vint e) horas os at os iniciados ant es, quando
o adiam ent o prej udicar a diligência ou causar grave dano.

Com e nt á r ios
A quest ão exige o conhecim ent o do art . 212, do NCPC. Vam os analisar cada um a
das alt ernat ivas.
A a lt e r na t iva A est á corret a, pois é o que dispõe o §2º , do referido art igo:
§ 2o I ndependent em ent e de aut orização j udicial, as cit ações, int im ações e penhoras
poderão realizar- se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias
út eis fora do horário est abelecido nest e art igo, observado o dispost o no art . 5o, inciso XI ,
da Const it uição Federal.

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A a lt e r na t iva B est á incorret a e é o gabarit o da quest ão. De acordo com o art .
212, caput , os at os processuais serão realizados em dias út eis, das 6 às 20 horas,
e não das 8 às 20 horas.
A a lt e r na t iva C est á corret a, conform e prevê o §3º :
§ 3 o Quando o at o t iver de ser prat icado por m eio de pet ição em aut os não elet rônicos, essa
deverá ser prot ocolada no horário de funcionam ent o do fórum ou t ribunal, conform e o
dispost o na lei de organização j udiciária local.

A a lt e r na t iva D est á corret a, com base no §1º :


§ 1 o Serão concluídos após as 20 ( vint e) horas os at os iniciados ant es, quando o adiam ent o
prej udicar a diligência ou causar grave dano.

Q2 4 . FM P Concur sos/ PGE- AC/ 2 0 1 7


Considere as seguint es afirm at ivas sobre o t em a dos at os processuais no
âm bit o do Código de Processo Civil. Assinale a alt ernat iva CORRETA.
a) O direit o de consult ar os aut os de processo que t ram it e em segredo de
j ust iça e de pedir cert idões de seus at os é rest rit o às part es e aos seus
procuradores.
b) O t erceiro que dem onst rar int eresse j urídico pode requerer ao j uiz
cert idão do disposit ivo da sent ença, excet o dos casos de invent ário e de
part ilha result ant es de divórcio ou separação.
c) O docum ent o redigido em língua est rangeira poderá ser j unt ado aos aut os
ainda que desacom panhado de versão para a língua port uguesa.
d) É perm it ido lançar nos aut os cot as m arginais ou int erlineares.
e) Os at os processuais realizar- se- ão exclusivam ent e na sede do j uízo.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois reproduz o §1º , do
art . 189, do NCPC:
§ 1 o O direit o de consult ar os aut os de processo que t ram it e em segredo de j ust iça e de
pedir cert idões de seus at os é rest rit o às part es e aos seus procuradores.

A a lt e r n a t iva B est á incorret a. De acordo com o art . 189, §2º , da Lei nº


13.105/ 15, o t erceiro que dem onst rar int eresse j urídico pode requerer ao j uiz
cert idão do disposit ivo da sent ença, isso t am bém poderá ser feit o no caso de
invent ário e de part ilha result ant es de divórcio ou separação.
A a lt e r na t iva C est á incorret a. Com base no parágrafo único, o art . 192, da
referida Lei, o docum ent o redigido em língua est rangeira som ent e poderá ser
j unt ado aos aut os quando acom panhado de versão para a língua port uguesa
t ram it ada por via diplom át ica ou pela aut oridade cent ral, ou firm ada por t radut or
j uram ent ado.
A a lt e r na t iva D est á incorret a. Segundo o art . 202, do NCPC, é vedado lançar
nos aut os cot as m arginais ou int erlineares.

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A a lt e r n a t iva E est á incorret a. Apesar de ser a regra geral, possui exceções.
Vej am os o art . 217, da Lei nº 13.105/ 15:
Art . 217. Os at os processuais realizar- se- ão ordinariam ent e na sede do j uízo, ou,
excepcionalm ent e, em out ro lugar em razão de deferência, de int eresse da j ust iça, da
nat ureza do at o ou de obst áculo arguido pelo int eressado e acolhido pelo j uiz.

Q2 5 . FM P Concur sos/ PGE- AC/ 2 0 1 7


Considere as seguint es afirm at ivas sobre o t em a dos prazos no âm bit o do
Código do Processo Civil. Assinale a alt ernat iva I NCORRETA.
a) I nexist indo preceit o legal ou prazo det erm inado pelo j uiz, será de 5
( cinco) dias o prazo para a prát ica de at o processual a cargo da part e.
b) Na com arca, seção ou subseção j udiciária onde for difícil o t ransport e, o
j uiz poderá prorrogar os prazos por at é 3 ( t rês) m eses.
c) O prazo para a part e, o procurador, a Advocacia Pública, a Defensoria
Pública e o Minist ério Público será cont ado da cit ação, da int im ação ou da
not ificação.
d) Em qualquer grau de j urisdição, havendo m ot ivo j ust ificado, pode o j uiz
exceder, por igual t em po, os prazos a que est á subm et ido.
e) E lícit o a qualquer int eressado exigir os aut os do advogado que exceder
o prazo legal.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva B est á incorret a e é o gabarit o da quest ão. O art . 222, do NCPC,
est abelece que na com arca, seção ou subseção j udiciária onde for difícil o
t ransport e, o j uiz poderá prorrogar os prazos por at é 2 m eses.
A a lt e r na t iva A est á corret a, conform e prevê o §3º , do art . 218, do NCPC.
A a lt e r na t iva C est á corret a, conform e prevê o art . 230, do NCPC.
A a lt e r na t iva D est á corret a, conform e prevê o art . 227, do NCPC.
A a lt e r na t iva E est á corret a, conform e prevê o §1º , do art . 234, do NCPC.

Q2 6 . FCC/ TJ- SC/ 2 0 1 7


Em relação à form a dos at os processuais, é corret o afirm ar:
a) Com pet e privat ivam ent e aos t ribunais regulam ent ar a prát ica e a
com unicação oficial de at os processuais por m eio elet rônico, velando pela
com pat ibilidade dos sist em as, disciplinando a incorporação progressiva de
novos avanços t ecnológicos e edit ando, para esse fim , os at os que forem
necessários.
b) Os at os e t erm os processuais são em regra form ais, considerando- se
nulos os que t enham sido prat icados em desrespeit o a essa prem issa.

127
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c) A desist ência da ação produzirá efeit os im ediat os nos aut os, em bora sej a
possível discut ir os ônus sucum benciais se não houver anuência da part e
adversa ao at o.
d) Apenas decisões int erlocut órias e sent enças devem ser publicadas no
Diário de Just iça Elet rônico, j á que despachos, por não causarem gravam es,
não necessit am de publicação.
e) Versando o processo sobre direit os que adm it am aut ocom posição, é lícit o
às part es plenam ent e capazes est ipular m udanças no procedim ent o para
aj ust á- lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus,
poderes, faculdades e deveres processuais, ant es ou durant e o processo.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a, vist o que se t rat a de com pet ência do Conselho
Nacional de Just iça e, suplet ivam ent e, aos t ribunais. Vej am os o art . 196, do
NCPC:
Art . 196. Com pet e ao Conselho Nacional de Just iça e, suplet ivam ent e, aos t ribunais,
regulam ent ar a prát ica e a com unicação oficial de at os processuais por m eio elet rônico e
velar pela com pat ibilidade dos sist em as, disciplinando a incorporação progressiva de novos
avanços t ecnológicos e edit ando, para esse fim , os at os que forem necessários, respeit adas
as norm as fundam ent ais dest e Código.

A a lt e r na t iva B est á incorret a. De acordo com o art . 188, da Lei nº 13.105/ 15,
Os at os e t erm os processuais não dependem de form a det erm inada.
Art . 188. Os at os e os t erm os processuais independem de form a det erm inada, salvo quando
a lei expressam ent e a exigir, considerando- se válidos os que, realizados de out ro m odo, lhe
preencham a finalidade essencial.

A a lt e r na t iva C est á incorret a. O parágrafo único, do art . 200, da referida Lei,


prevê que a desist ência da ação só produzirá efeit os após hom ologação j udicial.
A a lt e r na t iva D est á incorret a. Com base no §3º , do art . 205, do NCPC, t odos
os at os do j uiz devem ser publicados no diário de j ust iça elet rônico.
§ 3 o Os despachos, as decisões int erlocut órias, o disposit ivo das sent enças e a em ent a dos
acórdãos serão publicados no Diário de Just iça Elet rônico.

A a lt e r na t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois se refere ao art .


190, do NCPC:
Art . 190. Versando o processo sobre direit os que adm it am aut ocom posição, é lícit o às
part es plenam ent e capazes est ipular m udanças no procedim ent o para aj ust á- lo às
especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres
processuais, ant es ou durant e o processo.

Q2 7 . VUN ESP/ Pr e fe it ur a de Por t o Fe r r e ir a – SP/ 2 0 1 7


Acerca dos prazos no processo civil, assinale a alt ernat iva corret a.
a) Se os aut os do processo forem elet rônicos, havendo pluralidade de réus
assist idos por advogados diferent es, m esm o que pert ençam a sociedade de

128
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advogados em com um , est es t erão o benefício da cont agem de prazo
dobrado para se defender.
b) A suspensão dos processos, que ocorre ent re 20 de dezem bro e 20 de
j aneiro, em virt ude do recesso forense, suspenderá t ant o os prazos
processuais quant o os relat ivos a direit o m at erial.
c) A cont agem de prazos deverá ser feit a em dias út eis, incluindo- se o dia
em que foi prat icado o at o e excluindo- se o dia do vencim ent o. Nos processos
digit ais, t ais prazos, para serem considerados t em pest ivos, deverão ser
cum pridos das 6 às 22 horas do últ im o dia do int erregno.
d) Em se t rat ando da hipót ese de cont agem de prazos em dobro, a part e
beneficiária, para usufruir dest e direit o, deverá requerer ao j uiz, que não
poderá conceder t al benesse de ofício.
e) A Fazenda Pública, o Minist ério Público, e a Defensoria Pública, para
cont est ar, recorrer e falar nos aut os quando int im ados gozam , em regra, de
prazo em dobro.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. Os processos em aut os elet rônicos não t erão o
benefício da cont agem de prazo dobrado, conform e prevê o art . 229, §2º , da Lei
nº 13.105/ 15:
Art . 229. Os lit isconsort es que t iverem diferent es procuradores, de escrit órios de advocacia
dist int os, t erão prazos cont ados em dobro para t odas as suas m anifest ações, em qualquer
j uízo ou t ribunal, independent em ent e de requerim ent o.
§ 2 o Não se aplica o dispost o no caput aos processos em aut os elet rônicos.

A a lt e r na t iva B est á incorret a. A suspensão dos processos ocorrerá apenas para


os prazos processuais. Vej am os os art s. 219 e 220, da referida Lei:
Art . 219. Na cont agem de prazo em dias, est abelecido por lei ou pelo j uiz, com put ar- se- ão
som ent e os dias út eis.
Parágrafo único. O dispost o nest e art igo aplica- se som ent e aos prazos processuais.
Art . 220. Suspende- se o curso do prazo processual nos dias com preendidos ent re 20 de
dezem bro e 20 de j aneiro, inclusive.

A a lt e r na t iva C est á incorret a. O art . 224, do NCPC, est abelece que os prazos
serão cont ados excluindo o dia do com eço e incluindo o dia do vencim ent o.
Adem ais, o art . 213, dispõe que a prát ica elet rônica de at o processual pode
ocorrer em qualquer horário at é as 24 horas do últ im o dia do prazo.
A a lt e r na t iva D est á incorret a, pois não se fala de necessidade de requerim ent o.
Vej am os o art . 229, da Lei nº 13.105/ 15:
Art . 229. Os lit isconsort es que t iverem diferent es procuradores, de escrit órios de advocacia
dist int os, t erão prazos cont ados em dobro para t odas as suas m anifest ações, em qualquer
j uízo ou t ribunal, independent em ent e de requerim ent o.

A a lt e r na t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão, com base nos art s. 180,
183 e 186, da referida Lei:

129
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Art . 180. O Minist ério Público gozará de prazo em dobro para m anifest ar- se nos aut os, que
t erá início a part ir de sua int im ação pessoal, nos t erm os do art . 183, § 1o.
Art . 183. A União, os Est ados, o Dist rit o Federal, os Municípios e suas respect ivas aut arquias
e fundações de direit o público gozarão de prazo em dobro para t odas as suas m anifest ações
processuais, cuj a cont agem t erá início a part ir da int im ação pessoal.
Art . 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para t odas as suas m anifest ações
processuais.

Q2 8 . CESPE/ Pr e fe it u r a de Be lo H or izont e – M G/ 2 0 1 7
Acerca de at os processuais e dist ribuição, assinale a opção corret a.
a) O recurso int erpost o ant es da publicação da sent ença ou do acórdão será
considerado int em pest ivo e não produzirá efeit o j urídico, salvo se a part e
rat ificar as razões recursais dent ro do prazo para a sua int erposição após a
publicação do at o.
b) A cit ação de m unicípio e suas respect ivas aut arquias pode ser firm ada
pelo correio, com aviso de recebim ent o, caso em que a correspondência
deverá ser enviada para o órgão da advocacia pública responsável pela
represent ação j udicial do referido ent e público.
c) Havendo, na localidade, m ais de um j uízo com pet ent e e est ando
dem onst rada a cont inência ent re um a ação em curso e nova ação a ser
propost a, pode o dem andant e dist ribuir sua nova ação por dependência ao
j uízo processant e da ação em curso.
d) A legislação processual vigent e não perm it e que as part es e o j uiz
est abeleçam calendário para a realização de det erm inados at os processuais,
t ais com o prazo para m anifest ações das part es e dat a de realização de
audiências, assim com o a dispensa de int im ação das part es para a prát ica
de at os processuais est abelecidos.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. De acordo com o §4º , do art . 218, do NCPC, será
considerado t em pest ivo o at o prat icado ant es do t erm o inicial do prazo.
A a lt e r n a t iva B est á incorret a. A cit ação será feit a, em regra, pelo correio,
porém , em alguns casos será realizada por out ro m eio. Vej am os o que dispõe o
art . 247, da Lei nº 13.105/ 15:
Art . 247. A cit ação será feit a pelo correio para qualquer com arca do país, excet o:
I - nas ações de est ado, observado o dispost o no art . 695, § 3o;
I I - quando o cit ando for incapaz;
I I I - quando o cit ando for pessoa de direit o público;
I V - quando o cit ando residir em local não at endido pela ent rega dom iciliar de
correspondência;
V - quando o aut or, j ust ificadam ent e, a requerer de out ra form a.

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Com o o Município é um a pessoa j urídica de direit o público, a sua cit ação não será
feit a pelo correio, m as sim seguirá um a regra específica, previst a no §3º , do art .
242:
§ 3 o A cit ação da União, dos Est ados, do Dist rit o Federal, dos Municípios e de suas
respect ivas aut arquias e fundações de direit o público será realizada perant e o órgão de
Advocacia Pública responsável por sua represent ação j udicial.

A a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Sabendo da exist ência


de lit ispendência, o aut or poderá requerer a dist ribuição de sua ação por
dependência. Confira o art . 286, I , do NCPC:
Art . 286. Serão dist ribuídas por dependência as causas de qualquer nat ureza:
I - quando se relacionarem , por conexão ou cont inência, com out ra j á aj uizada;

A a lt e r n a t iva D est á incorret a. O art . 191, caput , da Lei nº 13.105/ 15, prevê
que de com um acordo, o j uiz e as part es podem fixar calendário para a prát ica
dos at os processuais, quando for o caso.
Além disso, o §2º , est abelece que se dispensa a int im ação das part es para a
prát ica de at o processual ou a realização de audiência cuj as dat as t iverem sido
designadas no calendário.

Q2 9 . FCC/ D PE- PR/ 2 0 1 7


Sobre os prazos no Código de Processo Civil, é corret o afirm ar:
a) O cum prim ent o definit ivo da sent ença, no caso de condenação em quant ia
cert a, far- se- á m ediant e requerim ent o do exequent e, sendo o execut ado
int im ado a pagar o débit o em quinze dias út eis.
b) Os lit isconsort es que t iverem diferent es procuradores, desde que de
escrit órios dist int os, t erão prazos cont ados em dobro para t odas as suas
m anifest ações, t rat ando- se de aut os físicos.
c) O prazo para respost a, em caso de cit ação por edit al, inicia- se quando
finda a dilação assinalada pelo j uiz, ainda que em dia não út il.
d) Considera- se dia do com eço do prazo o dia subsequent e à dat a em que
efet ivam ent e o oficial de j ust iça realizou a cit ação com hora cert a.
e) O prazo para cada um dos execut ados em bargar, quando houver m ais de
um , cont a- se a part ir da j unt ada do respect ivo com provant e de cit ação,
ainda que cônj uges ou com panheiros.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. Confira o art . 523, da Lei nº 13.105/ 15
Art . 523. No caso de condenação em quant ia cert a, ou j á fixada em liquidação, e no caso
de decisão sobre parcela incont roversa, o cum prim ent o definit ivo da sent ença far- se- á a
requerim ent o do exequent e, sendo o execut ado int im ado para pagar o débit o, no prazo de
15 ( quinze) dias, acrescido de cust as, se houver.

O prazo previst o no art . 523, deve ser considerado em dias corridos. Vist o que,
t rat ando- se de prazo para pagam ent o, prazo est e at ribuído à part e para cum prir

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a obrigação, não há que se falar em cont agem em dias út eis. Essa quest ão,
cont udo, é polêm ica, pois há aut ores que falam que o prazo é cont ado em dias
út eis. Todavia, com essa quest ão t em os um posicionam ent o da FCC sobre o t em a.
A a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão, conform e prevê o art .
229, com binado com o §2º , da referida Lei:
Art . 229. Os lit isconsort es que t iverem diferent es procuradores, de escrit órios de advocacia
dist int os, t erão prazos cont ados em dobro para t odas as suas m anifest ações, em qualquer
j uízo ou t ribunal, independent em ent e de requerim ent o.
§ 2 o Não se aplica o dispost o no caput aos processos em aut os elet rônicos.

A a lt e r na t iva C est á incorret a. De acordo com o art . 231, I V, da referida Lei, o


dia do com eço será considerado o próxim o dia út il do fim do prazo assinalado.
Art . 231. Salvo disposição em sent ido diverso, considera- se dia do com eço do prazo:
I V - o dia út il seguint e ao fim da dilação assinada pelo j uiz, quando a cit ação ou a int im ação
for por edit al;

A a lt e r na t iva D est á incorret a. Ainda que a cit ação se dê por hora cert a, a
cont agem do prazo se iniciará na dat a de j unt ada aos aut os do m andado
cum prido pelo oficial de j ust iça. Vej am os o art . 231, I I , do NCPC:
I I - a dat a de j unt ada aos aut os do m andado cum prido, quando a cit ação ou a int im ação
for por oficial de j ust iça;

A a lt e r n a t iva E est á incorret a. O §1º , do art . 915, da Lei nº 13.105/ 15,


est abelece que quando houver m ais de um execut ado, o prazo para cada um
deles em bargar cont a- se a part ir da j unt ada do respect ivo com provant e da
cit ação, salvo no caso de cônj uges ou de com panheiros, quando será cont ado a
part ir da j unt ada do últ im o.

Q3 0 . FCC/ D PE- PR/ 2 0 1 7


Vulnerabilidade processual é a suscet ibilidade do lit igant e que o im pede de
prat icar at os processuais em razão de um a lim it ação pessoal involunt ária.
Dest e m odo,
a) para dirim ir a suscet ibilidade daquele que foi vulnerável na relação de
direit o m at erial, o m agist rado poderá em qualquer m om ent o processual
afast ar de ofício a cláusula de eleição de foro.
b) reconhecendo a vulnerabilidade da m ulher em face do hom em na relação
conj ugal, sendo ainda um a realidade brasileira a sua subm issão a prát icas
fam iliares pat riarcais, o novo CPC m ant eve a prerrogat iva do foro da esposa
para ações de divórcio.
c) apesar de o novo CPC não conceit uar o t erm o vulnerabilidade, t al vocábulo
aparece no diplom a em disposit ivo que versa sobre a possibilidade de o j uiz
cont rolar a convenção das part es acerca de alt eração em procedim ent o.
d) verificada a suscet ibilidade de um as das part es em face da out ra, não
poderá o m agist rado dilat ar os prazos processuais em benefício dela, pois
deve assegurar às part es igualdade de t rat am ent o.

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e) há regra específica para a superação da vulnerabilidade geográfica a qual
prevê que na com arca, seção ou subseção j udiciária, onde for difícil o
t ransport e, o j uiz poderá prorrogar os prazos por at é um m ês.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. De acordo com os §§3º e 4º , do art . 63, do NCPC,
a cláusula de eleição de foro não poderá ser afast ada, de ofício, pelo j uiz, em
qualquer fase do processo, m as apenas ant es da cit ação do réu. Após vencida
est a et apa, o afast am ent o da cláusula por abusividade dependerá de
requerim ent o da part e.
§ 3 o Ant es da cit ação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reput ada ineficaz
de ofício pelo j uiz, que det erm inará a rem essa dos aut os ao j uízo do foro de dom icílio do
réu.
§ 4 o Cit ado, incum be ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na
cont est ação, sob pena de preclusão.

A a lt e r na t iva B est á incorret a. Essa regra foi ext int a do NCPC, passando a prever
o dispost o no art . 53, I :
Art . 53. É com pet ent e o foro:
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casam ent o e reconhecim ent o ou
dissolução de união est ável:
a) de dom icílio do guardião de filho incapaz;
b) do últ im o dom icílio do casal, caso não haj a filho incapaz;
c) de dom icílio do réu, se nenhum a das part es residir no ant igo dom icílio do casal;

A a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão, conform e prevê o art .


190, da Lei nº 13.105/ 15:
Art . 190. Versando o processo sobre direit os que adm it am aut ocom posição, é lícit o às
part es plenam ent e capazes est ipular m udanças no procedim ent o para aj ust á- lo às
especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres
processuais, ant es ou durant e o processo.

A a lt e r n a t iva D est á incorret a. Em sit uação de vulnerabilidade, o j uiz poderá


dilat ar prazo processual em benefício dela. I sso ocorrerá em razão do princípio
da isonom ia, que det erm ina que as part es iguais sej am t rat adas de form a
igualit ária, e im põe que as part es desiguais sej am t rat adas de m odo diferent e a
fim de que a desigualdade ent re elas sej a dim inuída.
A a lt e r n a t iva E est á incorret a. De acordo com o art . 222, do NCPC, o prazo
poderá ser prorrogado por at é 2 m eses, e não apenas por um m ês.
Art . 222. Na com arca, seção ou subseção j udiciária onde for difícil o t ransport e, o j uiz
poderá prorrogar os prazos por at é 2 ( dois) m eses.

Q3 1 . CESPE/ Pr e fe it u r a de For t a le za – CE/ 2 0 1 7


Julgue o it em seguint e, com base no que dispõe o CPC sobre at os
processuais, deveres das part es e dos procuradores e t ut ela provisória.

133
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É dever do m agist rado m anifest ar- se de ofício quant o ao inadim plem ent o de
qualquer negócio j urídico processual válido celebrado pelas part es, j á que,
conform e expressa det erm inação legal, as convenções processuais devem
ser obj et o de cont role pelo j uiz.

Com e nt á r ios
A assert iva est á incor r e t a . De acordo com o art . 190, do NCPC, o j uiz som ent e
deve int erferir no negócio j urídico processual firm ado ent re as part es quando est e
for considerado nulo, abusivo ou quando um a das part es se encont rar em
sit uação de vulnerabilidade em relação à out ra.
Art . 190. Versando o processo sobre direit os que adm it am aut ocom posição, é lícit o às
part es plenam ent e capazes est ipular m udanças no procedim ent o para aj ust á- lo às
especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres
processuais, ant es ou durant e o processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerim ent o, o j uiz cont rolará a validade das convenções
previst as nest e art igo, recusando- lhes aplicação som ent e nos casos de nulidade ou de
inserção abusiva em cont rat o de adesão ou em que algum a part e se encont re em m anifest a
sit uação de vulnerabilidade.

Q3 2 . FUN D EP/ M PE- M G/ 2 0 1 7


Assinale a alt ernat iva I NCORRETA sobre as norm as processuais do
CPC/ 2015:
a) Versando o processo sobre direit os que adm it am aut ocom posição, é lícit o
às part es plenam ent e capazes est ipular m udanças no procedim ent o para
aj ust á- lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus,
poderes, faculdades e deveres processuais, ant es ou durant e o processo.
b) De com um acordo, o j uiz e as part es podem fixar calendário para a prát ica
de at os processuais, quando for o caso.
c) O calendário vincula as part es e o j uiz, e os prazos nele previst os som ent e
serão m odificados em casos excepcionais, devidam ent e j ust ificados.
d) Mesm o com a calendarização dos at os processuais, é indispensável a
int im ação das part es, sob pena de cerceam ent o de defesa.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á corret a, pois é o que dispõe o art . 190, caput , do NCPC.
A a lt e r na t iva B est á corret a, pois é o que dispõe o art . 191, caput , do NCPC.
A a lt e r na t iva C est á corret a, pois é o que dispõe o art . 191, §1º , do NCPC.
A a lt e r n a t iva D est á incorret a. De acordo com o art . 191, §2º , do NCPC, a
int im ação das part es é dispensável para a prát ica de at o processual ou para a
realização de audiência quando as respect ivas dat as t iverem sido por elas
designadas no calendário.
§ 2 o Dispensa- se a int im ação das part es para a prát ica de at o processual ou a realização de
audiência cuj as dat as t iverem sido designadas no calendário.

134
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Prof. Ricardo Torques 01
Q3 3 . COM PERVE/ Câ m a r a de Cur r a is N ovos – RN / 2 0 1 7
O devido processo legal t em im port ância singular do pont o de vist a
procedim ent al, vist o que a est rut ura do processo, quando bem est abelecida,
concede segurança j urídica para as part es em conflit o. Dessa m aneira, os
at os processuais
a) realizar- se- ão em dias út eis, das seis às vint e e um a horas, m as poderão
ser concluídos após esse horário quando o adiam ent o im port ar grave dano.
b) são públicos, rest ringindo- se o segredo de j ust iça àqueles em que o exij a
o int eresse público ou social, conform e definido em lei.
c) independem de form a det erm inada, salvo quando a lei expressam ent e a
exigir, considerando- se válidos os que, realizados de out ro m odo, lhe
preencham a finalidade essencial.
d) ocorrerão, ordinariam ent e, no local de preferência dos at ores processuais,
em razão de obst áculo arguido pelo int eressado e acolhido pelo j uiz.

Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á incorret a. De acordo com o art . 212, do NCPC, os at os
processuais serão realizados em dias út eis, das 6 às 20 horas.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. O art . 189, da Lei nº 13.105/ 15, prevê quais os
processos que t ram it am em segredo de j ust iça:
Art . 189. Os at os processuais são públicos, t odavia t ram it am em segredo de j ust iça os
processos:
I - em que o exij a o int eresse público ou social;
I I - que versem sobre casam ent o, separação de corpos, divórcio, separação, união est ável,
filiação, alim ent os e guarda de crianças e adolescent es;
I I I - em que const em dados prot egidos pelo direit o const it ucional à int im idade;
I V - que versem sobre arbit ragem , inclusive sobre cum prim ent o de cart a arbit ral, desde que
a confidencialidade est ipulada na arbit ragem sej a com provada perant e o j uízo.

A a lt e r n a t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois é o que dispõe o


art . 188, da referida Lei:
Art . 188. Os at os e os t erm os processuais independem de form a det erm inada, salvo quando
a lei expressam ent e a exigir, considerando- se válidos os que, realizados de out ro m odo, lhe
preencham a finalidade essencial.

A a lt e r na t iva D est á incorret a. Segundo o art . 217, do NCPC, os at os processuais


realizar- se- ão ordinariam ent e na sede do j uízo, ou, excepcionalm ent e, em out ro
lugar em razão de deferência, de int eresse da j ust iça, da nat ureza do at o ou de
obst áculo arguido pelo int eressado e acolhido pelo j uiz.

Q3 4 . FCC/ TRT 2 4 ª R/ 2 0 1 7
À luz do Código de Processo Civil, sobre os prazos, é corret o afirm ar:

135
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a) Nos processos em aut os elet rônicos, a j unt ada de pet ições não ocorrerá
de form a aut om át ica e dependerá de at o de servent uário da j ust iça.
b) O prazo para o j uiz prolat ar sent ença é de 15 dias, prorrogáveis por m ais
dez dias havendo m ot ivo j ust ificável.
c) Em regra, considera- se o dia do com eço do prazo o dia út il seguint e à
consult a ao t eor da cit ação ou da int im ação ou ao t érm ino do prazo para que
a consult a se dê, quando a cit ação ou a int im ação for elet rônica.
d) Nos processos físicos, os lit isconsort es que t iverem diferent es
procuradores, ainda que do m esm o escrit ório de advocacia, t erão prazos
cont ados em dobro para t odas as suas m anifest ações, em qualquer j uízo ou
t ribunal, independent em ent e de requerim ent o.
e) É lícit o ao j uiz reduzir em carát er excepcional algum prazo perem pt ório
independent em ent e de anuência das part es.

Com e nt á r ios
Vej am os cada um a das alt ernat ivas.
A a lt e r n a t iva A est á incorret a, pois o art . 218, §2º , do NCPC, prevê
expressam ent e que em relação a aut os elet rônicos a j unt ada de pet ições não
ocorrerá de form a aut om át ica e não depende de at o de servent uário da j ust iça.
A a lt e r na t iva B est á incorret a, pois o prazo para prolat ar sent ença é de 30 dias,
segundo o art . 226, I I I , do NCPC.
A a lt e r na t iva C, por sua vez, é a corret a e gabarit o da nossa quest ão. Vej a:
Art . 231. Salvo disposição em sent ido diverso, considera- se dia do com eço do prazo: ( ...)
V - o dia út il seguint e à consult a ao t eor da cit ação ou da int im ação ou ao t érm ino do prazo
para que a consult a se dê, quando a cit ação ou a int im ação for elet rônica; ( ...)

O dia do com eço do prazo será o dia seguint e ao da consult a da com unicação
elet rônica. Lem bre- se, ainda, que o prim eiro dia do prazo será o dia út il seguint e
ao do com eço do prazo, pois os prazos cont am - se excluindo- se o dia do com eço.
A a lt e r na t iva D , por sua vez, est á incorret a, pois a prerrogat iva do prazo em
dobro exige:
 advogados dist int os; e
 escrit órios diferent es.
Confira o caput do art . 229, do NCPC:
Art . 229. Os lit isconsort es que t iverem diferent es procuradores, de escrit órios de advocacia
dist int os, t erão prazos cont ados em dobro para t odas as suas m anifest ações, em qualquer
j uízo ou t ribunal, independent em ent e de requerim ent o.

A a lt e r na t iva E, por sua vez, est á incorret o em razão do que prevê o art . 222,
§1º , do NCPC:
§ 1 o Ao j uiz é vedado reduzir prazos perem pt órios sem anuência das part es.

136
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Q3 5 . M PE- RS/ M PE- RS/ 2 0 1 7
Assinale a alt ernat iva I NCORRETA sobre o t em a dos at os processuais,
segundo dispost o no Código de Processo Civil.
a) O t erceiro que dem onst rar int eresse j urídico pode requerer ao j uiz
cert idão do disposit ivo da sent ença, bem com o de invent ário e de part ilha
result ant es de divórcio ou separação.
b) O regist ro de at o processual elet rônico deverá ser feit o em padrões
abert os, que at enderão aos requisit os de aut ent icidade, int egridade,
t em poralidade, não repúdio, conservação e, nos casos que t ram it em em
segredo de j ust iça, confidencialidade, observada a infraest rut ura de chaves
públicas unificada nacionalm ent e, nos t erm os da lei.
c) O j uiz proferirá os despachos no prazo de 5 ( cinco) dias, as decisões
int erlocut órias no prazo de 15 ( quinze) dias e as sent enças no prazo de 30
( t rint a) dias
d) Salvo para evit ar o perecim ent o do direit o, não se fará a cit ação de noivos
nos 3 ( t rês) prim eiros dias seguint es ao casam ent o.
e) Feit a a cit ação com hora cert a, o escrivão ou chefe de secret aria enviará
ao réu, execut ado ou int eressado, no prazo de 10 ( dez) dias, cont ado da
dat a da j unt ada do m andado aos aut os, cart a, t elegram a ou correspondência
elet rônica, dando- lhe de t udo ciência.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á corret a, com base no §2º , do art . 189, do NCPC:
§ 2 o O t erceiro que dem onst rar int eresse j urídico pode requerer ao j uiz cert idão do
disposit ivo da sent ença, bem com o de invent ário e de part ilha result ant es de divórcio ou
separação.

A a lt e r na t iva B est á corret a, pois é o que dispõe o art . 195, da Lei nº 13.105/ 15:
Art . 195. O regist ro de at o processual elet rônico deverá ser feit o em padrões abert os, que
at enderão aos requisit os de aut ent icidade, int egridade, t em poralidade, não repúdio,
conservação e, nos casos que t ram it em em segredo de j ust iça, confidencialidade, observada
a infraest rut ura de chaves públicas unificada nacionalm ent e, nos t erm os da lei.

A a lt e r na t iva C est á incorret a e é o gabarit o da quest ão. De acordo com o art .


226, I I , da referida Lei, as decisões int erlocut órias deverão ser proferidas pelo
j uiz no prazo de 10 dias, e não de 15.
Art . 226. O j uiz proferirá:
I I - as decisões int erlocut órias no prazo de 10 ( dez) dias;

A a lt e r na t iva D est á corret a, conform e prevê o art . 244, I I I , do NCPC:


Art . 244. Não se fará a cit ação, salvo para evit ar o perecim ent o do direit o:
I I I - de noivos, nos 3 ( t rês) prim eiros dias seguint es ao casam ent o;

A a lt e r na t iva E est á corret a, segundo o art . 254, da Lei nº 13.105/ 15:

137
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Art . 254. Feit a a cit ação com hora cert a, o escrivão ou chefe de secret aria enviará ao réu,
execut ado ou int eressado, no prazo de 10 ( dez) dias, cont ado da dat a da j unt ada do
m andado aos aut os, cart a, t elegram a ou correspondência elet rônica, dando- lhe de t udo
ciência.

Q3 6 . CESPE/ TRE- PE/ 2 0 1 7


A respeit o dos poderes, deveres e responsabilidades do j uiz e dos at os
processuais, assinale a opção corret a à luz do Código de Processo Civil ( CPC) .
a) Não podem ocorrer durant e as férias forenses cit ações, int im ações e
penhoras, ainda que haj a aut orização j udicial.
b) Na ausência de preceit o legal ou prazo det erm inado pelo j uiz, será de
cinco dias út eis o prazo para a prát ica de at o processual a cargo da part e.
c) O j uiz pode dilat ar e reduzir os prazos processuais, adequando- os às
necessidades do conflit o, de m odo a conferir m aior efet ividade à t ut ela do
direit o.
d) Pode o m agist rado declarar- se suspeit o no processo por razões de foro
ínt im o; cont udo, para assim fazer, ele deve ext ernar t ais razões.
e) O t erceiro que dem onst re int eresse j urídico poderá requerer ao j uiz
cert idão de int eiro t eor da sent ença, no caso de processo que t ram it e sob
segredo de j ust iça.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. De acordo com o §2º , do art . 212, do NCPC, as
cit ações, int im ações e penhoras poderão ocorrer no período de férias forenses,
independent e de aut orização j udicial.
§ 2o I ndependent em ent e de aut orização j udicial, as cit ações, int im ações e penhoras
poderão realizar- se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias
út eis fora do horário est abelecido nest e art igo, observado o dispost o no art . 5o, inciso XI ,
da Const it uição Federal.

A a lt e r n a t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois é o que dispõe o


§3º , do art . 218, com binado com o art . 219, da Lei nº 13.105/ 15:
Art . 218
§ 3 o I nexist indo preceit o legal ou prazo det erm inado pelo j uiz, será de 5 ( cinco) dias o prazo
para a prát ica de at o processual a cargo da part e.
Art . 219. Na cont agem de prazo em dias, est abelecido por lei ou pelo j uiz, com put ar- se- ão
som ent e os dias út eis.

A a lt e r na t iva C est á incorret a. De fat o, o poderá dilat ar os prazos processuais a


fim de adequá- lo às necessidades do conflit o, porém , não poderá reduzi- los.
Vej am os o art . 139, VI , da referida Lei:
Art . 139. O j uiz dirigirá o processo conform e as disposições dest e Código, incum bindo- lhe:
VI - dilat ar os prazos processuais e alt erar a ordem de produção dos m eios de prova,
adequando- os às necessidades do conflit o de m odo a conferir m aior efet ividade à t ut ela do
direit o;

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A a lt e r na t iva D est á incorret a. Com base no §1º , do art . 145, do NCPC, quando
o j uiz se declara suspeit o por m ot ivo de foro ínt im o, não precisa declarar as suas
razões.
§ 1 o Poderá o j uiz declarar- se suspeit o por m ot ivo de foro ínt im o, sem necessidade de
declarar suas razões.

A a lt e r na t iva E est á incorret a. Os §§1º e 2º , do art . 189, da Lei nº 13.105/ 15,


est abelecem que no caso de processo que corre em segredo de j ust iça, o t erceir o
som ent e poderá requerer cert idão do disposit ivo da sent ença, e não o seu int eiro
t eor, e, ainda assim , se dem onst rar int eresse j urídico.
§ 1 o O direit o de consult ar os aut os de processo que t ram it e em segredo de j ust iça e de
pedir cert idões de seus at os é rest rit o às part es e aos seus procuradores.
§ 2 o O t erceiro que dem onst rar int eresse j urídico pode requerer ao j uiz cert idão do
disposit ivo da sent ença, bem com o de invent ário e de part ilha result ant es de divórcio ou
separação.

Q3 7 . I BEG/ I PREV/ 2 0 1 7
Em um a ação de conhecim ent o foi à sent ença foi publicada no dia 01 de
m arço de 2017 ( quart a- feira) . I nconform ada com a decisão, a Ré pret ende
int erpor o recurso de apelação. Qual o prazo final para a int erposição do
recurso?
a) 16 de m arço de 2017.
b) 15 de m arço de 2017.
c) 21 de m arço de 2017.
d) 22 de m arço de 2017.
e) 23 de m arço de 2017.

Com e nt á r ios
A prim eira inform ação im port ant e é a de que se a sent ença foi publicada no dia
1 de m arço de 2017 ( quart a- feira) , a cont agem do prazo será iniciada no dia 2
de m arço de 2017 ( quint a- feira) , conform e prevê os §§2º e 3º , do art . 224, do
NCPC:
§ 2 o Considera- se com o dat a de publicação o prim eiro dia út il seguint e ao da disponibilização
da inform ação no Diário da Just iça elet rônico.
§ 3 o A cont agem do prazo t erá início no prim eiro dia út il que seguir ao da publicação.

Adem ais, com base no art . 219, da Lei nº 13.105/ 15, na cont agem de prazo em
dias, est abelecido por lei ou pelo j uiz, com put ar- se- ão som ent e os dias út eis.
Vej am os t am bém o que dispõe o art . 216, da referida Lei:
Art . 216. Além dos declarados em lei, são feriados, para efeit o forense, os sábados, os
dom ingos e os dias em que não haj a expedient e forense.

139
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Assim , se o prazo para int erpor o recurso de apelação é de 15 dias, e se devem
ser com put ados apenas os dias út eis, a part ir do dia 2 de m arço de 2017 ( quint a-
feira) , o seu vencim ent o ocorrerá no dia 22 de m arço de 2017 ( quart a- feira) .
Port ant o, a a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q3 8 . CON SULPLAN / TRF2 ª R/ 2 0 1 7


Um dos principais paradigm as que nort earam a elaboração do Código de
Processo Civil de 2015 ( Lei Federal n º 13.105/ 2015) foi a bua por um
processo m ais célere e eficient e, capaz de t ut elar, em m enor t em po e com
m aior grau de abrangência possível, os int eresses dos j urisdicionados. Sobre
o t em a propost o, assinale a alt ernat iva corret a.
a) I ndependent em ent e de aut orização j udicial, as cit ações, int im ações e
penhoras poderão ser realizadas no período de férias forenses, onde as
houver, e nos feriados ou dias út eis fora do horário est abelecido, observadas
as regras const it ucionais at inent es à inviolabilidade do dom icílio.
b) Os lit isconsort es que t iverem diferent es procuradores, ainda que
associados ao m esm o escrit ório de advocacia, t erão prazos cont ados em
dobro para t odas as suas m anifest ações, em qualquer j uízo ou t ribunal,
independent em ent e de requerim ent o.
c) A União, os Est ados, o Dist rit o Federal, os Municípios e suas respect ivas
aut arquias, fundações públicas e em presas est at ais gozarão de prazo em
dobro para t odas as suas m anifest ações processuais, cuj a cont agem t erá
início a part ir da publicação na im prensa oficial.
d) Os at os processuais pela via elet rônica podem ser prat icados at é 24 ( vint e
e quat ro) horas do últ im o dia do prazo, não sendo est e passível de
prorrogação caso seu t érm ino se dê em um sábado considerado dia út il pela
nova sist em át ica processual para efeit os forenses.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A é a corret a e gabarit o da quest ão, pois ret rat a j ust am ent e o §2º
do art . 212, do NCPC:
§ 2o I ndependent em ent e de aut orização j udicial, as cit ações, int im ações e penhoras
poderão realizar- se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias
út eis fora do horário est abelecido nest e art igo, observado o dispost o no art . 5o, inciso XI ,
da Const it uição Federal.

A a lt e r na t iva B est á incorret a, pois o benefício do prazo em dobro para


lit isconsort es aplica- se apenas caso possuam advogados dist int os de escrit órios
diferent es, conform e est abelece o caput do art . 229 do NCPC.
A a lt e r na t iva C t am bém est á incorret a pois a cont agem do prazo se dá a part ir
da int im ação pessoal e não da publicação na im prensa oficial conform e se ext rai
do caput do art . 183, do NCPC.

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A a lt e r na t iva D , por fim , est á incorret a. Em bora a prim eira part e da alt ernat iva
est ej a corret a e de acordo com o art . 213 do NCPC, o erro da alt ernat iva est á em
m encionar que não há prorrogação caso o últ im o dia do prazo findem em dia não
út il. Com a nova sist em át ica para a cont agem de prazos processuais, não
podem os considerar na cont agem sábados, dom ingos e feriados. Port ant o, se o
penúlt im o dia foi na sext a- feira, vam os desconsiderar sábado e dom ingo e o
últ im o dia do prazo será na segunda.

Q3 9 . CON SULPLAN / TRF2 ª R/ 2 0 1 7


O Código de Processo Civil de 2015 ( Lei Federal nº 13.105/ 2015) buscou
com bat er o excesso de form alism o que exist ia nos diplom as processuais que
o procederam , corroborando a m áxim a dout rinária de que “ o processo não
é um fim em si m esm o” . Sobre o t em a, assinale a alt ernat iva corret a.
a) Podem as part es, independent em ent e da aquiescência do j uiz da causa,
fixar calendário para a prát ica de at os processuais.
b) Ant es de considerar inadm issível o recurso, o relat or concederá o prazo
de 5 ( cinco) dias ao recorrent e para que sej a sanado vício ou com plem ent ada
a docum ent ação exigível.
c) Caso verifique a ocorrência de vícios sanáveis ou de irregularidades no
processo, o j uiz det erm inará sua correção em prazo nunca superior a dez
dias.
d) Verificando que a pet ição inicial não preenche os requisit os legais ou que
apresent a defeit os e irregularidades capazes de dificult ar o j ulgam ent o de
m érit o, o j uiz deverá indeferi- la e ext inguir o processo sem resolução do
m érit o.

Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á incorret a, pois o j uiz part icipará do calendário
procedim ent al, devendo ser hom ologado pelo j uiz para que possa produzir
efeit os, t al com o se ext rai da leit ura do art . 191, do NCPC.
A a lt e r n a t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Not e que alt ernat iva
represent a exat am ent e o que prevê o parágrafo único do art . 932 do NCPC:
Parágrafo único. Ant es de considerar inadm issível o recurso, o relat or concederá o prazo de
5 ( cinco) dias ao recorrent e para que sej a sanado vício ou com plem ent ada a docum ent ação
exigível.

A a lt e r na t iva C est á incorret a, pois o prazo par ret ificação de irregularidades ou


vícios sanáveis não podem ser superiores a 30 dias, t al com o est abelece o art .
352, do NCPC.
A a lt e r n a t iva D est á incorret a, pois ant es de ext inguir o processo sem
j ulgam ent o do m érit o, o j uiz deve viabilizar à part e a possibilidade de ret irar o
vício. Apenas se o aut or não efet uar a correção do vício ou irregularidade no prazo
assinalado é que o j uiz ext inguirá o processo sem análise do m érit o.

141
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Q4 0 . FCC/ TRT 1 1 ª R/ 2 0 1 7
A respeit o dos prazos processuais, é corret o afirm ar que
a) inexist indo preceit o legal ou det erm inação j udicial, será de 3 dias o prazo
para a prát ica de at o processual a cargo da part e.
b) na cont agem de prazo em dias com put ar- se- ão os dias út eis, os dom ingos
e feriados.
c) ao j uiz é vedado reduzir prazos perem pt órios sem anuência das part es.
d) se considera com o dat a de publicação o dia da disponibilização da
inform ação no Diário da Just iça elet rônico.
e) salvo disposição em cont rário, os prazos serão cont ados incluindo o dia
do com eço e excluindo o dia do vencim ent o.

Com e nt á r ios
Vej am os cada um a das alt ernat ivas.
Se o j uiz int im ar a part e para se m anifest ar sobre a j unt ada de algum docum ent o
e não houver na legislação o prazo, ou o j uiz não fixar prazo det erm inado, o at o
deverá ser prat icado no prazo de 5 dias. É o que prevê o §3º do art . 218 do
NCPC:
§ 3 o I ne x ist in do preceit o legal ou pr a zo det erm inado pelo j uiz, SERÁ D E 5 ( CI N CO)
D I AS o pr a zo pa r a a pr á t ica de a t o pr oce ssu a l a ca r go da pa r t e .

Logo, a a lt e r na t iva A est á incorret a ao falar em 3 dias.


De acordo com o art . 216, do NCPC, não são considerados dias út eis:
 aqueles declarados em lei ( por exem plo, Nat al, Dia da I ndependência et c.) ;
 sábados;
 dom ingos; e
 dias sem expedient e forense.

Vej a:
Art . 216. Além dos declarados em lei, são feriados, para efeit o forense, os sábados, os
dom ingos e os dias em que não haj a expedient e forense.

Port ant o, incorret a a a lt e r na t iva B.


Não obst ant e t oda a crít ica à referência a prazos perem pt órios no NCPC dado o
fat o de não m ais exist irem . De t odo m odo, conform e alert ado, você deve
conhecer a lit eralidade do art . 222, §1º , do NCPC, que assim prevê:
§ 1 o Ao j uiz é VED AD O reduzir prazos perem pt órios sem anuência das part es.

Assim , a a lt e r na t iva C é a corret a e gabarit o da quest ão.


A a lt e r na t iva D est á incorret a, pois considerada com o com eço do prazo a dat a
da publicação, que ocorre no dia seguint e à disponibilização do diário de j ust iça.
É o que ext raím os do art . 231, VI I I , do NCPC, com binado com o §3º do art . 4º
da Lei 11.419/ 2006:

142
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Vej a:
 art . 231, VI I I , do NCPC:
Art . 231. Salvo disposição em sent ido diverso, con side r a - se dia do com e ço do pr a zo:
VI I - a da t a de pu blica çã o, qu a ndo a in t im a çã o se de r pe lo D iá r io da Ju st iça
im pr e sso ou e le t r ôn ico;

 art . 4º , §3º , da Lei 11.419/ 2006:


§ 3 o Considera- se com o dat a da publicação o prim eiro dia út il seguint e ao da
disponibilização da inform ação no Diário da Just iça elet rônico.

A a lt e r na t iva E est á incorret a. De acordo com o art . 224, do NCPC, os prazos


serão cont ados excluindo o dia do com eço e incluindo o dia do vencim ent o.
Art . 224. Salvo disposição em cont rário, os prazos serão cont ados excluindo o dia do
com eço e incluindo o dia do vencim ent o.

Q4 1 . VUN ESP/ TJM - SP/ 2 0 1 7


Quant o aos prazos processuais, é corret o afirm ar que
a) a Defensoria Pública t erá prazo em dobro para t odas as suas
m anifest ações processuais.
b) as fundações de direit o público t erão prazo em quádruplo para cont est ar
as ações.
c) a União t erá prazo quádruplo para cont est ar e em dobro para recorrer.
d) os Est ados t erão prazo em dobro para recorrer e sim ples para responder
a recursos.
e) o beneficiário da j ust iça grat uit a t erá prazo em dobro para cont est ar e
recorrer.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão, conform e est abelece o
art . 186, caput , do NCPC:
Art . 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para t odas as suas m anifest ações
processuais.

As a lt e r n a t iva s B, C e D est ão incorret as. De acordo com o art . 183, caput , da


Lei nº 13.105/ 15, a União, os Est ados, o Dist rit o Federal, os Municípios e suas
respect ivas aut arquias e fundações de direit o público gozarão de prazo em dobro
para t odas as suas m anifest ações processuais, cuj a cont agem t erá início a part ir
da int im ação pessoal.
A a lt e r n a t iva E est á incorret a. O beneficiário da j ust iça grat uit a não possui
qualquer benefício de prazo.

Q4 2 . VUN ESP/ Pr e fe it ur a de Andr a dina - SP/ 2 0 1 7

143
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
Curso em teoria e exercícios
Prof. Ricardo Torques 01
Num a ação de conhecim ent o pelo procedim ent o com um , em que o polo
passivo é com post o por lit isconsórcio form ado por duas pessoas, assinale a
alt ernat iva corret a.
a) Em caso de pedido de am bos os réus para que não sej a realizada a
audiência de conciliação e m ediação, feit o por advogados dist int os, o prazo
para apresent ar defesa se inicia quando do prot ocolo do últ im o pedido para
ret irada de paut a de t al sessão.
b) Quando a cit ação for elet rônica, o início do prazo será o dia út il seguint e
à últ im a consult a feit a pelos réus quant o ao t eor da cit ação, o que será
cert ificado nos aut os.
c) A dat a para cont est ar com eça individualm ent e para cada réu quando a
cit ação for feit a por m eio de oficial de j ust iça, iniciando- se o lapso para
defesa a part ir da j unt ada aos aut os de cada cert idão posit iva de cit ação.
d) Na cit ação por cart a precat ória, para am bos os réus, a realização do at o
cit at ório será im ediat am ent e inform ada, por m eio elet rônico, pelo j uiz
deprecado ao j uiz deprecant e, iniciando- se o prazo para defesa dos réus em
lit isconsórcio na dat a de j unt ada da últ im a com unicação do cum prim ent o
dessas cart as nos aut os originários.
e) No caso de cit ação por edit al, o prazo para defesa com eçará para am bos
os réus da dat a em que se det erm inou a cit ação por essa m odalidade.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. No caso cit ado, o início do prazo cont a- se da dat a
da apresent ação de cada pedido de cancelam ent o da audiência. Assim , cada
lit isconsort e passivo t erá um prazo para apresent ar a cont est ação a depender da
dat a do requerim ent o.
Art . 335
§ 1o No caso de lit isconsórcio passivo, ocorrendo a hipót ese do art . 334, § 6o, o t erm o
inicial previst o no inciso I I será, para cada um dos réus, a dat a de apresent ação de seu
respect ivo pedido de cancelam ent o da audiência.

A a lt e r na t iva B est á incorret a. Com base no art . 231, V, do NCPC, o t erm o inicial
do prazo, havendo cit ação elet rônica, será o do dia út il seguint e à consult a
realizada ou, não sendo essa realizada, o dia út il seguint e ao vencim ent o do prazo
para que fosse feit a.
Art . 231. Salvo disposição em sent ido diverso, considera- se dia do com eço do prazo:
V - o dia út il seguint e à consult a ao t eor da cit ação ou da int im ação ou ao t érm ino do prazo
para que a consult a se dê, quando a cit ação ou a int im ação for elet rônica;

A a lt e r na t iva C est á incorret a. Havendo m ais de um réu o prazo para cont est ar
será cont ado da dat a de j unt ada aos aut os do últ im o m andado de cit ação
cum prido, havendo para eles um prazo com um , não sendo considerada um a dat a
de início para cada réu. Vej am os o §1º , do art . 231, da Lei nº 13.105/ 15:

144
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
Curso em teoria e exercícios
Prof. Ricardo Torques 01
§ 1 o Quando houver m ais de um réu, o dia do com eço do prazo para cont est ar corresponderá
à últ im a das dat as a que se referem os incisos I a VI do caput .

A a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão, nos t erm os do art . 231,
VI , §1º , com binado com o art . 232, da referida Lei:
Art . 231. Salvo disposição em sent ido diverso, considera- se dia do com eço do prazo:
VI - a dat a de j unt ada do com unicado de que t rat a o art . 232 ou, não havendo esse, a dat a
de j unt ada da cart a aos aut os de origem devidam ent e cum prida, quando a cit ação ou a
int im ação se realizar em cum prim ent o de cart a;
§ 1o Quando houver m ais de um réu, o dia do com eço do prazo para cont est ar
corresponderá à últ im a das dat as a que se referem os incisos I a VI do caput .
Art . 232. Nos at os de com unicação por cart a precat ória, rogat ória ou de ordem , a realização
da cit ação ou da int im ação será im ediat am ent e inform ada, por m eio elet rônico, pelo j uiz
deprecado ao j uiz deprecant e.

A a lt e r n a t iva E est á incorret a. De acordo com o art . 231, I V, do NCPC, salvo


disposição em sent ido diverso, considera- se dia do com eço do prazo o dia út il
seguint e ao fim da dilação assinada pelo j uiz, quando a cit ação ou a int im ação
for por edit al.

Q4 3 . Pr e fe it ur a de Coque ir a l- M G/ 2 0 1 6
Um cidadão propôs um a Ação Ordinária com Pedido de Tut ela Ant ecipada
em face do Município de Coqueiral/ MG requerendo a realização de um a
cirurgia de cat arat a. Foi deferida ant ecipação de t ut ela pelo MM. Juiz da 2ª
Vara Cível para que o Município realizasse a cirurgia em 30 dias. O prazo
para o Município recorrer dessa decisão é de:
a) 30 dias út eis.
b) 10 dias út eis.
c) 30 dias corridos.
d) 20 dias corridos.

Com e nt á r ios
De acordo com o art . 1.015, I , do NCPC, a decisão que ant ecipa os efeit os da
t ut ela t em nat ureza de decisão int erlocut ória, im pugnável por agravo de
inst rum ent o.
Art . 1.015. Cabe agravo de inst rum ent o cont ra as decisões int erlocut órias que versarem
sobre:
I - t ut elas provisórias;

Além disso, com base no art . 1.003, §5º , do NCPC, o prazo para a int erposição
do agravo de inst rum ent o é de 15 dias.
§ 5 o Excet uados os em bargos de declaração, o prazo para int erpor os recursos e para
responder- lhes é de 15 ( quinze) dias.

Por se t rat ar de Município, esse prazo deverá ser com put ado em dobro, conform e
prevê o art . 183, caput , da referida Lei:

145
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
Curso em teoria e exercícios
Prof. Ricardo Torques 01
Art . 183. A União, os Est ados, o Dist rit o Federal, os Municípios e suas respect ivas aut arquias
e fundações de direit o público gozarão de prazo em dobro para t odas as suas m anifest ações
processuais, cuj a cont agem t erá início a part ir da int im ação pessoal.

Lem bre- se t am bém que o prazo para int erpor recurso é um prazo processual e,
segundo o art . 219, do NCPC, em sua cont agem deverão ser considerados apenas
os dias út eis.
Art . 219. Na cont agem de prazo em dias, est abelecido por lei ou pelo j uiz, com put ar- se- ão
som ent e os dias út eis.

Assim , o Município disporá do prazo de 30 dias út eis para recorrer dessa decisão.
Port ant o, a a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q4 4 . I BAD E/ Câ m a r a de Sa nt a M a r ia M a da le na – RJP/ 2 0 1 7
Prazos são int ervalos de t em po est abelecidos para que, dent ro deles, sej am
prat icados at os j urídicos. Sendo processual a nat ureza do at o, t er- se- á um
prazo processual.
( Câm ara, Alexandre Freit as, O Novo Processo Civil Brasileiro, São Paulo:
At las, 2015, p. 137)
Sobre o t em a, assinale a alt ernat iva corret a.
a) Prazos im próprios são aqueles cuj o decurso não acarret a a perda da
possibilidade de prat icar o at o.
b) Os prazos fixados em m eses não são cont ínuos, suspendendo- se nos dias
em que não haj a expedient e forense.
c) Não havendo prazo legal e não t endo o j uiz assinado o prazo, deverá ser
o at o prat icado em quinze dias.
d) Cont am - se os prazos incluindo o dia do com eço e excluindo o do
vencim ent o.
e) O prazo j udicial é fixado em lei.

Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão. A inobservância dos
prazos im próprios não gera consequências processuais, não acarret ando,
port ant o, a perda da possibilidade de prat icar o at o.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. Apenas os prazos cont ados em dias são
com put ados em dias út eis. Os prazos fixados em m eses são cont ínuos, não se
suspendendo nos dias em que não houver expedient e forense.
A a lt e r n a t iva C est á incorret a. De acordo com o §3º , do art . 218, da Lei nº
13.105/ 15, não havendo prazo legal ou prazo det erm inado pelo j uiz, deverá o
at o ser prat icado em 5 dias, e não em 15.
§ 3 o I nexist indo preceit o legal ou prazo det erm inado pelo j uiz, será de 5 ( cinco) dias o prazo
para a prát ica de at o processual a cargo da part e.

146
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
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Prof. Ricardo Torques 01
A a lt e r na t iva D est á incorret a. O art . 224, caput , da referida Lei, prevê que se
cont am os prazos excluindo o dia do com eço e incluindo o do vencim ent o.
Art . 224. Salvo disposição em cont rário, os prazos serão cont ados excluindo o dia do
com eço e incluindo o dia do vencim ent o.

A a lt e r na t iva E est á incorret a. Ao cont rário do que se afirm a, prazo fixado pela
lei é denom inado de prazo legal. Enquant o, prazo j udicial é o prazo fixado pelo
j uiz.

Q4 5 . RH S Con sult / Pr e fe it ur a de Pa r a t y – RJ/ 2 0 1 6


Considerando a Lei nº 13.105/ 2015, no que t ange ao t em po dos at os
processuais, assinale a alt ernat iva corret a.
a) Os at os processuais devem ser realizados em dias út eis, das 12 ( doze) às
20 ( vint e) horas.
b) I ndependent em ent e de aut orização j udicial, as cit ações, int im ações e
penhoras podem ser realizadas no período de férias forenses.
c) A prát ica elet rônica de at o processual pode ocorrer em qualquer horário
at é as 12 ( doze) horas do últ im o dia do prazo.
d) O horário vigent e no j uízo perant e o qual o at o deve ser prat icado não é
considerado para fins de at endim ent o do prazo.
e) Durant e as férias forenses e nos feriados, não se prat icarão at os
processuais, inclusive a t ut ela de urgência.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. De acordo com o art . 212, caput , do NCPC, os
at os processuais serão realizados em dias út eis, das 6 às 20 horas.
A a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão, com base no §2º , do art .
212, da Lei nº 13.105/ 15:
§ 2o I ndependent em ent e de aut orização j udicial, as cit ações, int im ações e penhoras
poderão realizar- se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias
út eis fora do horário est abelecido nest e art igo, observado o dispost o no art . 5o, inciso XI ,
da Const it uição Federal.

A a lt e r na t iva C est á incorret a. O art . 213, caput , da referida Lei, est abelece que
a prát ica elet rônica de at o processual pode ocorrer em qualquer horário at é as
24 horas do últ im o dia do prazo.
A a lt e r na t iva D est á incorret a. Segundo o parágrafo único, o art . 213, do NCPC,
o horário vigent e no j uízo perant e o qual o at o deve ser prat icado será
considerado para fins de at endim ent o do prazo.
A a lt e r na t iva E est á incorret a. Durant e as férias forenses e nos feriados, não se
prat icarão at os processuais, excet uando- se as cit ações, int im ações e penhoras e
a t ut ela de urgência, conform e dispõe o art . 214, da Lei nº 13.105/ 15.

Q4 6 . RH S Con sult / Pr e fe it ur a de Pa r a t y – RJ/ 2 0 1 6

147
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De acordo com a Lei nº 13.105/ 2015, quant o ao at o das part es, pode- se
afirm ar:
a) Os at os das part es consist ent es em declarações unilat erais ou bilat erais
de vont ade não ext inguem direit os processuais.
b) Os at os das part es consist ent es ext inguem direit os processuais desde que
em declarações bilat erais de vont ade.
c) As part es não podem exigir recibo de pet ições, arrazoados, papéis e
docum ent os que ent regarem em cart ório.
d) A desist ência da ação só produzirá efeit os após hom ologação j udicial.
e) É perm it ido lançar nos aut os cot as m arginais ou int erlineares.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. Os at os das part es consist ent es em declarações
unilat erais ou bilat erais de vont ade podem ext inguir direit os processuais.
Vej am os o art . 200, caput , da Lei nº 13.105/ 15:
Art . 200. Os at os das part es consist ent es em declarações unilat erais ou bilat erais de
vont ade produzem im ediat am ent e a const it uição, m odificação ou ext inção de direit os
processuais.

A a lt e r n a t iva B est á incorret a. As declarações unilat erais e as bilat erais das


part es t êm o poder de ext inguir direit os processuais.
A a lt e r n a t iva C est á incorret a. Nos t erm os do art . 201, do NCPC, as part es
podem exigir recibo de pet ições, arrazoados, papéis e docum ent os que
ent regarem em cart ório.
Art . 201. As part es poderão exigir recibo de pet ições, arrazoados, papéis e docum ent os
que ent regarem em cart ório.

A a lt e r n a t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão, conform e prevê o


parágrafo único, do art . 200, da Lei nº 13.105/ 15:
Parágrafo único. A desist ência da ação só produzirá efeit os após hom ologação j udicial.

A a lt e r na t iva E est á incorret a. Segundo o art . 202, da referida Lei, é vedado


lançar nos aut os cot as m arginais ou int erlineares.
Art . 202. É vedado lançar nos aut os cot as m arginais ou int erlineares, as quais o j uiz
m andará riscar, im pondo a quem as escrever m ult a correspondent e à m et ade do salário-
m ínim o.

Q4 7 . M PE- PR/ 2 0 1 7
Sobre a disciplina dos at os processuais no Código de Processo Civil de 2015,
assinale a alt ernat iva corret a:
a) Os at os processuais podem ser parcialm ent e digit ais, de form a a perm it ir
que sej am produzidos, com unicados, arm azenados e validados por m eio
elet rônico;

148
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b) Os negócios j urídicos processuais e o calendário processual são faculdades
que decorrem da negociação exclusiva das part es, devendo o m agist rado
apenas cont rolar a validade das convenções previst as;
c) Com o a m ovim ent ação processual é exclusiva de advogado, não há no
Código de Processo Civil preocupação com a acessibilidade aos sít ios das
unidades do Poder Judiciário na rede m undial de com put adores;
d) A dist inção ent re sent ença e decisão int erlocut ória é de cont eúdo m at erial,
sendo irrelevant e o m om ent o e a sit uação processual em que o at o do j uiz
foi prat icado e seus efeit os para o andam ent o do processo;
e) Toda decisão oriunda dos t ribunais é considerada, pelo Código de Processo
Civil, com o um acórdão.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva B est á incorret a. De acordo com o art . 191, caput , do NCPC, o j uiz
t am bém t em part icipação na negociação acerca do calendário processual.
Art . 191. De com um acordo, o j uiz e as part es podem fixar calendário para a prát ica dos
at os processuais, quando for o caso.

A a lt e r n a t iva C est á incorret a. Com base nos art s. 194 e 199, da Lei nº
13.105/ 15, podem observar que a lei processual se preocupa em dar
acessibilidade às part es a m ovim ent ação de seus processos.
Art . 194. Os sist em as de aut om ação processual respeit arão a publicidade dos at os, o acesso
e a part icipação das part es e de seus procuradores, inclusive nas audiências e sessões de
j ulgam ent o, observadas as garant ias da disponibilidade, independência da plat aform a
com put acional, acessibilidade e int eroperabilidade dos sist em as, serviços, dados e
inform ações que o Poder Judiciário adm inist re no exercício de suas funções.
Art . 199. As unidades do Poder Judiciário assegurarão às pessoas com deficiência
acessibilidade aos seus sít ios na rede m undial de com put adores, ao m eio elet rônico de
prát ica de at os j udiciais, à com unicação elet rônica dos at os processuais e à assinat ura
elet rônica.

A a lt e r na t iva D est á incorret a. O art . 203, §§1º e 2º , da referida Lei, est abelece
que o m om ent o de prolação da decisão, a sit uação processual em que o at o foi
prat icado e os seus efeit os para o andam ent o do processo influem na sua
definição em decisão int erlocut ória ou sent ença.
Art . 203. Os pronunciam ent os do j uiz consist irão em sent enças, decisões int erlocut órias e
despachos.
§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedim ent os especiais, sent ença é o
pronunciam ent o por m eio do qual o j uiz, com fundam ent o nos art s. 485 e 487, põe fim à
fase cognit iva do procedim ent o com um , bem com o ext ingue a execução.
§ 2o Decisão int erlocut ória é t odo pronunciam ent o j udicial de nat ureza decisória que não se
enquadre no § 1o.

A a lt e r na t iva E est á incorret a. Com base no art . 204, do NCPC, se o j ulgam ent o
for colegiado, será considerado acórdão. Se não o for, será considerado decisão
m onocrát ica.
Art . 204. Acórdão é o j ulgam ent o colegiado proferido pelos t ribunais.

149
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Por fim , a a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois é o que
dispõe o art . 193, caput , da Lei nº 13.105/ 15:
Art . 193. Os at os processuais podem ser t ot al ou parcialm ent e digit ais, de form a a perm it ir
que sej am produzidos, com unicados, arm azenados e validados por m eio elet rônico, na
form a da lei.

Q4 8 . FEPESE/ Pr e fe it ur a de La ge s – SC/ 2 0 1 6
Assinale a alt ernat iva que indica corret am ent e o prazo em que a part e
deverá prat icar o at o processual quando inexist ir preceit o legal ou prazo
det erm inado pelo j uiz.
a) 24 horas
b) 48 horas
c) 5 dias
d) 10 dias
e) 15 dias

Com e nt á r ios
De acordo com o §3º , do art . 218, do NCPC, o prazo em que a part e deverá
prat icar o at o processual quando inexist ir preceit o legal ou prazo det erm inado
pelo j uiz será de 5 dias.
§ 3 o I nexist indo preceit o legal ou prazo det erm inado pelo j uiz, será de 5 ( cinco) dias o prazo
para a prát ica de at o processual a cargo da part e.

Desse m odo, a a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q4 9 . FUN D ATEC/ Pr e fe it ur a de Por t o Ale gr e – RS/ 2 0 1 6


No que diz respeit o à inform at ização do processo j udicial, analise as
assert ivas abaixo:
I . As garant ias da disponibilidade, independência da plat aform a
com put acional, acessibilidade e int eroperabilidade dos sist em as, serviços,
dados e inform ações que o Poder Judiciário adm inist ra no exercício de suas
funções devem ser observadas pelos sist em as de aut om ação processual.
I I . O regist ro de at o processual elet rônico deverá ser feit o em padrões
abert os, que at enderão aos requisit os de aut ent icidade, int egridade,
t em poralidade, não repúdio, conservação e, nos casos que t ram it em em
segredo de j ust iça, confidencialidade, observada a infraest rut ura de chaves
públicas unificada nacionalm ent e, nos t erm os da lei.
I I I . Os at os processuais realizados por m eio elet rônico são considerados
realizados no dia e hora do seu envio ao sist em a do Poder Judiciário, do que
deverá ser fornecido prot ocolo elet rônico.
Quais est ão corret as?
a) Apenas I I .

150
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b) Apenas I I I .
c) Apenas I e I I .
d) Apenas I I e I I I .
e) I , I I e I I I .

Com e nt á r ios
Vam os analisar cada um dos it ens.
O it em I est á corret o, pois é o que dispõe o art . 194, do NCPC.
O it em I I est á corret o, pois é o que dispõe o art . 195, do NCPC.
O it em I I I est á corret o, pois é o que dispõe o art . 3º , da Lei nº 11.419/ 06.
Dessa form a, a a lt e r na t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q5 0 . FCC/ SEGEP- M A/ 2 0 1 6
Considere as seguint es assert ivas a respeit o dos prazos do Código de
Processo Civil.
I . São cont ados em dias út eis som ent e os prazos processuais.
I I . Suspendem - se os prazos durant e a execução de program a inst it uído pelo
Poder Judiciário para prom over a aut ocom posição, incum bindo aos t ribunais
especificar, com ant ecedência, a duração dos t rabalhos.
I I I . É de cinco dias o prazo para int erposição e m anifest ação do agravado no
agravo int erno.
I V. O prazo para int erposição de recurso cont a- se da dat a em que os
advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria
Pública ou o Minist ério Público são int im ados da decisão.
V. Os lit isconsort es que t iverem diferent es procuradores, ainda que do
m esm o escrit ório de advocacia, a Defensoria Pública e a Advocacia Pública
t erão prazos cont ados em dobro para t odas as suas m anifest ações, m as essa
regra não se aplica aos processos em aut os elet rônicos.
É corret o o que se afirm a APENAS em
a) I I , I I I e I V.
b) I , I I e I V.
c) I , I I I e V.
d) I I , I V e V.
e) I I I , I V e V.

Com e nt á r ios
Vam os analisar cada um dos it ens.

151
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O it em I est á corret o, conform e prevê o art . 219, do NCPC:
Art . 219. Na cont agem de prazo em dias, est abelecido por lei ou pelo j uiz, com put ar- se- ão
som ent e os dias út eis.
Parágrafo único. O dispost o nest e art igo aplica- se som ent e aos prazos processuais.

O it em I I est á corret o, com base no parágrafo único, do art . 221, da Lei nº


13.105/ 15:
Parágrafo único. Suspendem - se os prazos durant e a execução de program a inst it uído pelo
Poder Judiciário para prom over a aut ocom posição, incum bindo aos t ribunais especificar,
com ant ecedência, a duração dos t rabalhos.

O it em I I I est á incorret o. De acordo com o §2º , do art . 1.021, da referida Lei, o


prazo para o agravado se m anifest ar é de 15 dias, e não de 5.
§ 2 o O agravo será dirigido ao relat or, que int im ará o agravado para m anifest ar- se sobre o
recurso no prazo de 15 ( quinze) dias, ao final do qual, não havendo ret rat ação, o relat or
levá- lo- á a j ulgam ent o pelo órgão colegiado, com inclusão em paut a.

O it em I V est á corret o, segundo o art . 1.003, caput , do NCPC:


Art . 1.003. O prazo para int erposição de recurso cont a- se da dat a em que os advogados,
a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Minist ério Público
são int im ados da decisão.

Por fim , o it em V est á incorret o. O art . 229, caput , da Lei nº 13.105/ 15,
est abelece que aos lit isconsort es com procuradores dist int os, m as que at uam no
m esm o escrit ório de advocacia, não é est endido o benefício da cont agem do prazo
em dobro.
Art . 229. Os lit isconsort es que t iverem diferent es procuradores, de escrit órios de advocacia
dist int os, t erão prazos cont ados em dobro para t odas as suas m anifest ações, em qualquer
j uízo ou t ribunal, independent em ent e de requerim ent o.

Assim , a a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q5 1 . FCC/ Pr e fe it ur a de Te r e sin a – PI / 2 0 1 6
Quant o aos prazos processuais, é corret o afirm ar que
a) a part e não poderá renunciar ao prazo est abelecido exclusivam ent e em
seu favor.
b) os prazos cont ados em dias serão cont ínuos, não se int errom pendo nos
feriados.
c) a cont agem do prazo t erá início no dia da publicação no Diário da Just iça
elet rônico.
d) o j uiz poderá reduzir os prazos perem pt órios com a anuência das part es.
e) não será considerado t em pest ivo o at o prat icado ant es do t erm o inicial do
prazo.

Com e nt á r ios

152
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Curso em teoria e exercícios
Prof. Ricardo Torques 01
A a lt e r na t iva A est á incorret a. O art . 225, do NCPC, prevê que a part e poderá
renunciar ao prazo est abelecido exclusivam ent e em seu favor, desde que o faça
de m aneira expressa.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. Com base no art . 219, caput , da Lei nº
13.105/ 15, na cont agem de prazo em dias, est abelecido por lei ou pelo j uiz,
com put ar- se- ão som ent e os dias út eis.
A a lt e r na t iva C est á incorret a. Dispõe os §2º , do art . 224, da referida Lei, que
se considera com o dat a de publicação o prim eiro dia út il seguint e ao da
disponibilização da inform ação no Diário da Just iça elet rônico.
Além disso o §3º , est abelece que a cont agem do prazo t erá início no prim eiro dia
út il que seguir ao da publicação.
A a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Vej am os o §1º , do art .
222, do NCPC:
§ 1 o Ao j uiz é vedado reduzir prazos perem pt órios sem anuência das part es.

A redução do prazo pelo j uiz ocorre com a copart icipação das part es por
int erm édio do calendário procedim ent al, previst o no art . 191, do NCPC.
A a lt e r na t iva E est á incorret a. Segundo o art . 218, §4º , da Lei nº 13.105/ 15,
será considerado t em pest ivo o at o prat icado ant es do t erm o inicial do prazo.

Q5 2 . FCC/ Pr e fe it ur a de Te r e sin a – PI / 2 0 1 6
Penélope recebeu pessoalm ent e, em sua casa, em um dom ingo às 22 horas,
um m andado de cit ação para responder à dem anda cont ra si aj uizada. Em
sua defesa, Penélope alegou que a cit ação é nula, pois os at os processuais
devem ser realizados apenas em dias út eis, das 6 às 20 horas. Est a alegação
a) não procede, pois o at o processual denom inado cit ação pode ser
prat icado, independent e de aut orização j udicial, durant e o período de férias
forenses e nos feriados ou dias út eis fora do horário forense.
b) procede, j á que os dom ingos são considerados feriados, para efeit o
forense.
c) parcialm ent e procede, eis que a cit ação, em bora válida, é inexist ent e,
porque realizada fora do horário forense.
d) procede, pois a cit ação não se referia à t ut ela de urgência, única hipót ese
possível para a prát ica de at os processuais durant e férias e feriados
forenses.
e) não procede, pois a cit ação é válida, eis que não exist e lim it e para as
t ent at ivas de localização pelo Oficial de Just iça, fora do horário com ercial.

Com e nt á r ios
Vej am os o art . 212, §2º , do NCPC:
Art . 212. Os at os processuais serão realizados em dias út eis, das 6 ( seis) às 20 ( vint e)
horas.

153
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
Curso em teoria e exercícios
Prof. Ricardo Torques 01
§ 2o I ndependent em ent e de aut orização j udicial, as cit ações, int im ações e penhoras
poderão realizar- se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias
út eis fora do horário est abelecido nest e art igo, observado o dispost o no art . 5o, inciso XI ,
da Const it uição Federal.

A alegação de Penélope não procede, vist o que o at o processual denom inado


cit ação pode ser prat icado, independent e de aut orização j udicial, durant e o
período de férias forenses e nos feriados ou dias út eis fora do horário forense.
Dessa form a, a a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q5 3 . CESPE/ TCE- PA/ 2 0 1 6


À luz do Novo Código de Processo Civil, j ulgue o it em seguint e, referent es
aos prazos e aos at os processuais.
As part es poderão negociar as dat as em que os at os processuais serão
prat icados, desde que essas dat as at endam às especificidades do processo.

Com e nt á r ios
A assert iva est á cor r e t a , conform e dispõe os art s 190 e 191, do NCPC:
Art . 190. Versando o processo sobre direit os que adm it am aut ocom posição, é lícit o às
part es plenam ent e capazes est ipular m udanças no procedim ent o para aj ust á- lo às
especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres
processuais, ant es ou durant e o processo.
Art . 191. De com um acordo, o j uiz e as part es podem fixar calendário para a prát ica dos
at os processuais, quando for o caso.

Q5 4 . CESPE/ TCE- PA/ 2 0 1 6


À luz do Novo Código de Processo Civil, j ulgue o it em seguint e, referent es
aos prazos e aos at os processuais.
Cit ações, int im ações e penhoras poderão ser realizadas no período de férias
forenses bem com o nos feriados e nos dias út eis fora do horário regular,
independent em ent e de aut orização j udicial, respeit ando- se a regra
const it ucional da inviolabilidade de dom icílio.

Com e nt á r ios
A assert iva est á cor r e t a , nos t erm os do §2º , do art . 212, do NCPC:
§ 2o I ndependent em ent e de aut orização j udicial, as cit ações, int im ações e penhoras
poderão realizar- se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias
út eis fora do horário est abelecido nest e art igo, observado o dispost o no art . 5o, inciso XI ,
da Const it uição Federal.

Q5 5 . CESPE/ TCE- PA/ 2 0 1 6


À luz do Novo Código de Processo Civil, j ulgue o it em seguint e, referent es
aos prazos e aos at os processuais.
Os prazos processuais podem ser fixados em m eses, dias, horas, m inut os ou
out ra unidade de m edida, quando houver a possibilidade de sua est ipulação

154
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Curso em teoria e exercícios
Prof. Ricardo Torques 01
pelas part es ou pelo j uiz; os prazos cont ados em dias, sej am j udiciais ou
legais, serão cont ados som ent e em dias út eis.

Com e nt á r ios
A assert iva est á cor r e t a . De fat o, os prazos processuais podem ser fixados em
m eses, dias, horas, m inut os ou em qualquer out ra unidade de m edida.
Além disso, vej am os o que dispõe o art . 219, do NCPC:
Art . 219. Na cont agem de prazo em dias, est abelecido por lei ou pelo j uiz, com put ar- se- ão
som ent e os dias út eis.
Parágrafo único. O dispost o nest e art igo aplica- se som ent e aos prazos processuais.

Q5 6 . CESPE/ TCE- PA/ 2 0 1 6


No que diz respeit o às norm as processuais, aos at os e negócios processuais
e aos honorários de sucum bência, j ulgue o it em que se segue, com base no
dispost o no novo Código de Processo Civil.
As part es capazes podem , ant es ou durant e o processo, convencionar sobre
os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, sendo sem pre
indispensável a hom ologação j udicial para a validade do acordo processual.

Com e nt á r ios
A assert iva est á incor r e t a . De acordo com o art . 190, do NCPC, não é
indispensável a hom ologação j udicial para a validade do acordo processual.
Segundo o parágrafo único, o j uiz, de ofício ou a requerim ent o, cont rolará a
validade das convenções, recusando- lhes aplicação som ent e nos casos de
nulidade, inserção abusiva em cont rat o de adesão, ou quando algum a part e se
encont rar m anifest am ent e em sit uação de vulnerabilidade.
Art . 190. Versando o processo sobre direit os que adm it am aut ocom posição, é lícit o às
part es plenam ent e capazes est ipular m udanças no procedim ent o para aj ust á- lo às
especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres
processuais, ant es ou durant e o processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerim ent o, o j uiz cont rolará a validade das convenções
previst as nest e art igo, recusando- lhes aplicação som ent e nos casos de nulidade ou de
inserção abusiva em cont rat o de adesão ou em que algum a part e se encont re em m anifest a
sit uação de vulnerabilidade.

Q5 7 . I N TEGRI / Câ m a r a de Suza no – SP/ 2 0 1 6


Assinale a alt ernat iva corret a:
a) Os at os e os t erm os processuais dependem de form a det erm inada, salvo
quando a lei expressam ent e a dispensar, considerando- se válidos os que,
realizados de out ro m odo, lhe preencham a finalidade essencial.
b) Os at os processuais são públicos, t odavia t ram it am em segredo de j ust iça
som ent e aqueles que em que o exij a o int eresse público ou social.

155
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
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c) Os at os processuais serão realizados em dias út eis, das 6 ( seis) às 19
( dezenove) horas. Serão concluídos após as 19 ( dezenove) horas os at os
iniciados ant es, quando o adiam ent o prej udicar a diligência ou causar grave
dano.
d) Os at os processuais realizar- se- ão ordinariam ent e na sede do j uízo, ou,
excepcionalm ent e, em out ro lugar em razão de deferência, de int eresse da
j ust iça, da nat ureza do at o ou de obst áculo arguido pelo int eressado e
acolhido pelo j uiz.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. De acordo com o art . 188, do NCPC, os at os e os
t erm os processuais independem de form a det erm inada, salvo quando a lei
expressam ent e a exigir, considerando- se válidos os que, realizados de out ro
m odo, lhe preencham a finalidade essencial.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. As hipót eses em que os at os processuais deverão
t ram it ar em segredo de j ust iça est ão previst as no art . 189, da Lei nº 13.105/ 15:
Art . 189. Os at os processuais são públicos, t odavia t ram it am em segredo de j ust iça os
processos:
I - em que o exij a o int eresse público ou social;
I I - que versem sobre casam ent o, separação de corpos, divórcio, separação, união est ável,
filiação, alim ent os e guarda de crianças e adolescent es;
I I I - em que const em dados prot egidos pelo direit o const it ucional à int im idade;
I V - que versem sobre arbit ragem , inclusive sobre cum prim ent o de cart a arbit ral, desde que
a confidencialidade est ipulada na arbit ragem sej a com provada perant e o j uízo.

A a lt e r na t iva C est á incorret a. Com base no art . 212, caput , da referida Lei, os
at os processuais serão realizados em dias út eis, das 6 às 20 horas.
A a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois reproduz o art . 217,
do NCPC:
Art . 217. Os at os processuais realizar- se- ão ordinariam ent e na sede do j uízo, ou,
excepcionalm ent e, em out ro lugar em razão de deferência, de int eresse da j ust iça, da
nat ureza do at o ou de obst áculo arguido pelo int eressado e acolhido pelo j uiz.

Q5 8 . CON SULPLAN / TJ- M G/ 2 0 1 6


Relat ivam ent e aos advogados públicos ou privados, ao defensor público e ao
m em bro do Minist ério Público, const it ui dever de ofício prom over a
rest it uição dos aut os no prazo do at o a ser prat icado.
A esse respeit o, avalie as seguint es proposições:
I . É lícit o a qualquer int eressado exigir os aut os do advogado que exceder
prazo legal.
I I . Se, int im ado, o advogado não devolver os aut os no prazo de quarent a e
oit o horas, perderá o direit o à vist a fora de cart ório e incorrerá em m ult a
correspondent e à m et ade do salário- m ínim o.

156
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I I I . Verificada a falt a, o j uiz com unicará o fat o à seção local da Ordem dos
Advogados do Brasil para procedim ent o disciplinar e im posição de m ult a.
I V. Se a sit uação envolver m em bro do Minist ério Público, da Defensoria
Pública ou da Advocacia Pública, a m ult a, se for o caso, será aplicada ao
agent e público responsável pelo at o.
Est á corret o o que se afirm a em :
a) I , I I e I I I , apenas.
b) I , I I I e I V, apenas.
c) I I e I V, apenas.
d) I , I I , I I I e I V.

Com e nt á r ios
A quest ão exige o conhecim ent o do art . 234, do NCPC. Vam os analisar cada um
dos it ens.
O it em I est á corret o, pois é o que dispõe o §1º .
O it em I I est á incorret o. De acordo com o §2º , se, int im ado, o advogado não
devolver os aut os no prazo de 3 dias, perderá o direit o à vist a fora de cart ório e
incorrerá em m ult a correspondent e à m et ade do salário- m ínim o.
O it em I I I est á corret o, pois é o que dispõe o §3º .
O it em I V est á corret o, pois é o que dispõe o §4º .
Desse m odo, a a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q5 9 . FCC/ Pr e fe it ur a de Ca m pina s – SP/ 2 0 1 6


Quant o aos prazos, é corret o afirm ar:
a) Decorrido o prazo, ext ingue- se o direit o de prat icar ou de em endar o at o
processual, desde que a ext inção t enha sido reconhecida e declarada
j udicialm ent e, assegurada à part e provar a não realização do at o por j ust a
causa.
b) Quando a lei for om issa, o j uiz det erm inará o prazo de dez dias para a
prát ica do at o.
c) Na cont agem de prazo em dias, est abelecido por lei ou pelo j uiz,
com put ar- se- ão som ent e os dias út eis, disposição que se aplica apenas aos
prazos processuais.
d) Será considerado int em pest ivo o at o prat icado ant es do t erm o inicial do
prazo.
e) Ao j uiz é defeso reduzir prazos dilat órios sem anuência das part es.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. Vej am os o art . 223, do NCPC:

157
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Prof. Ricardo Torques 01
Art . 223. Decorrido o prazo, ext ingue- se o direit o de prat icar ou de em endar o at o
processual, independent em ent e de declaração j udicial, ficando assegurado, porém , à part e
provar que não o realizou por j ust a causa.

A a lt e r na t iva B est á incorret a. De acordo com o §1º , do art . 218, da Lei nº


13.105/ 15, o j uiz det erm inará os prazos em consideração à com plexidade do at o,
quando a lei for om issa.
§ 1 o Quando a lei for om issa, o j uiz det erm inará os prazos em consideração à com plexidade
do at o.

A a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão, conform e prevê o art .


219, da referida Lei:
Art . 219. Na cont agem de prazo em dias, est abelecido por lei ou pelo j uiz, com put ar- se- ão
som ent e os dias út eis.
Parágrafo único. O dispost o nest e art igo aplica- se som ent e aos prazos processuais.

A a lt e r na t iva D est á incorret a. O at o prat icado ant es do t erm o inicial do prazo,


será considerado t em pest ivo, e não int em pest ivo. É o que prevê o §4º , do art .
218, do NCPC:
§ 4 o Será considerado t em pest ivo o at o prat icado ant es do t erm o inicial do prazo.

A a lt e r na t iva E est á incorret a. Com base no §1º , do art . 222, da Lei nº


13.105/ 15, ao j uiz é vedado reduzir os prazos perem pt órios, e não dilat órios,
sem a anuência das part es.
§ 1 o Ao j uiz é vedado reduzir prazos perem pt órios sem anuência das part es.

Q6 0 . FGV/ M PE- RJ/ 2 0 1 6


De acordo com a disciplina em vigor, é corret o afirm ar, no que concerne aos
prazos processuais, que:
a) o Minist ério Público dispõe do prazo em quádruplo para cont est ar;
b) reput a- se t em pest ivo o at o prat icado ant es do t erm o a quo da fluência do
prazo;
c) não havendo norm a j urídica expressa ou prazo fixado pelo j uiz, deve a
part e prat icar o at o processual que lhe incum bir em quarent a e oit o horas;
d) os lit isconsort es com procuradores diferent es, ainda que int egrant es de
um m esm o escrit ório de advocacia, t êm o benefício do prazo em dobro para
que se m anifest em ;
e) salvo disposição em cont rário, os prazos são cont ados incluindo- se o dia
do com eço e o do vencim ent o.

Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á incorret a. De acordo com o art . 180, caput , da Lei nº
13.105/ 15, o MP dispõe de prazo em dobro, e não em quádruplo, para cont est ar.
Art . 180. O Minist ério Público gozará de prazo em dobro para m anifest ar- se nos aut os, que
t erá início a part ir de sua int im ação pessoal, nos t erm os do art . 183, § 1o.

158
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A a lt e r na t iva B é a corret a e gabarit o da quest ão, com base no §4º , do art . 218,
da referida Lei:
§ 4 o Será considerado t em pest ivo o at o prat icado ant es do t erm o inicial do prazo.

A a lt e r na t iva C est á incorret a. Nesse caso, o prazo é de 5 dias, e não quarent a


e oit o horas. Vej am os o §3º , do art . 218, do NCPC:
§ 3 o I nexist indo preceit o legal ou prazo det erm inado pelo j uiz, será de 5 ( cinco) dias o prazo
para a prát ica de at o processual a cargo da part e.

A a lt e r n a t iva D est á incorret a. O art . 229, caput , da Lei nº 13.105/ 15,


est abelece que o benefício do prazo em dobro será concedido som ent e se os
procuradores est iverem vinculados a escrit órios de advocacia dist int os
Art . 229. Os lit isconsort es que t iverem diferent es procuradores, de escrit órios de advocacia
dist int os, t erão prazos cont ados em dobro para t odas as suas m anifest ações, em qualquer
j uízo ou t ribunal, independent em ent e de requerim ent o.

A a lt e r na t iva E est á incorret a. Os prazos serão cont ados excluindo- se o dia do


com eço e incluindo- se o do vencim ent o, salvo disposição em cont rário. É o que
dispõe o art . 224, caput , da referida Lei:
Art . 224. Salvo disposição em cont rário, os prazos serão cont ados excluindo o dia do
com eço e incluindo o dia do vencim ent o.

Q6 1 . VUN ESP/ Câ m a r a de M a r ília – SP/ 2 0 1 6


Assinale a alt ernat iva corret a, no que concerne aos at os processuais.
a) Os at os e t erm os processuais sem pre dependem de form a det erm inada,
reput ando- se nulos os que forem realizados de out ro m odo.
b) Todos os at os processuais são públicos, sem exceção.
c) O direit o de consult ar os aut os e de pedir cert idões de seus at os em
processo que t ram it e em segredo de j ust iça é rest rit o às part es e a seus
procuradores.
d) O t erceiro, ainda eu dem onst re int eresse j urídico, não pode requerer ao
j uiz cert idão de disposit ivo de sent ença, bem com o de invent ário.
e) Não exist e a obrigat oriedade do uso do vernáculo em t odos os at os e
t erm os do processo.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. De acordo com o art . 188, do NCPC, os at os e os
t erm os processuais independem de form a det erm inada, salvo quando a lei
expressam ent e a exigir, considerando- se válidos os que, realizados de out ro
m odo, lhe preencham a finalidade essencial.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. De fat o, os at os processuais são públicos. Porém ,
o art . 189, da Lei nº 13.105/ 15, prevê algum as exceções.
A a lt e r na t iva C é a corret a e gabarit o da quest ão, pois se refere ao §1º , do art .
189, da referida Lei:

159
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§ 1 o O direit o de consult ar os aut os de processo que t ram it e em segredo de j ust iça e de
pedir cert idões de seus at os é rest rit o às part es e aos seus procuradores.

A a lt e r na t iva D est á incorret a. O §2º , do art . 189, do NCPC, est abelece que o
t erceiro que dem onst rar int eresse j urídico pode requerer ao j uiz cert idão do
disposit ivo da sent ença, bem com o de invent ário e de part ilha result ant es de
divórcio ou separação.
A a lt e r n a t iva E est á incorret a. Com base no art . 192, caput , da Lei nº
13.105/ 15, em t odos os at os e t erm os do processo é obrigat ório o uso da língua
port uguesa.

Q6 2 . CESPE/ TCE- RN / 2 0 1 5
No que diz respeit o às norm as processuais, à função j urisdicional, à pet ição
inicial e ao t em po e lugar dos at os processuais, conform e o Novo Código de
Processo Civil, j ulgue o it em que se segue.
Em bora a lei prevej a a realização de at os processuais em dias út eis, das 6 h
às 20 h, a prát ica elet rônica de at o processual pode ocorrer em qualquer
horário at é as 24 h do últ im o dia do prazo.

Com e nt á r ios
A assert iva est á cor r e t a . Vej am os os art s. 212 e 213, do NCPC:
Art . 212. Os at os processuais serão realizados em dias út eis, das 6 ( seis) às 20 ( vint e)
horas.
Art . 213. A prát ica elet rônica de at o processual pode ocorrer em qualquer horário at é as
24 ( vint e e quat ro) horas do últ im o dia do prazo.

Q6 3 . M S CON CURSOS/ Pr e fe it ur a de I t a pe m a – SC/ 2 0 1 6


O Novo Código de Processo Civil brasileiro ( CPC) , int roduzido pela Lei nº
13.105, de 16 de m arço de 2015, revogou o Código de Processo Civil vigent e
ant eriorm ent e e t rouxe algum as m udanças ao processo civil brasileiro. De
acordo com o at ual CPC, assinale a alt ernat iva incorret a:
a) Para cont agem de prazos processuais em dias, com put ar- se- ão os dias de
form a cont ínua, prorrogando- se o vencim ent o do prazo para o próxim o dia
út il quando cair em feriado.
b) Os at os e os t erm os processuais independem de form a det erm inada, salvo
quando a lei expressam ent e a exigir.
c) Os at os processuais são públicos, t odavia, é adm it ido que alguns
processos t ram it em em segredo de j ust iça.
d) A decisão int erlocut ória do Juiz nunca põe fim ao processo.

Com e nt á r ios

160
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
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A a lt e r na t iva A est á incorret a e é o gabarit o da quest ão. De acordo com o art .
219, do NCPC, na cont agem de prazo em dias, est abelecido por lei ou pelo j uiz,
com put ar- se- ão som ent e os dias út eis.
A a lt e r na t iva B est á corret a, conform e prevê o art . 188, da Lei nº 13.105/ 15:
Art . 188. Os at os e os t erm os processuais independem de form a det erm inada, salvo quando
a lei expressam ent e a exigir, considerando- se válidos os que, realizados de out ro m odo, lhe
preencham a finalidade essencial.

A a lt e r na t iva C est á corret a, com base no art . 189, da referida Lei:


Art . 189. Os at os processuais são públicos, t odavia t ram it am em segredo de j ust iça os
processos:
I - em que o exij a o int eresse público ou social;
I I - que versem sobre casam ent o, separação de corpos, divórcio, separação, união est ável,
filiação, alim ent os e guarda de crianças e adolescent es;
I I I - em que const em dados prot egidos pelo direit o const it ucional à int im idade;
I V - que versem sobre arbit ragem , inclusive sobre cum prim ent o de cart a arbit ral, desde que
a confidencialidade est ipulada na arbit ragem sej a com provada perant e o j uízo.

A a lt e r na t iva D est á corret a. É cert o que a decisão que põe fim ao processo é
denom inada sent ença, sendo as dem ais denom inadas de decisão int erlocut ória.
Vej am os o art . 203, §§ 1º , 2º , 3º , do NCPC:
Art . 203. Os pronunciam ent os do j uiz consist irão em sent enças, decisões int erlocut órias e
despachos.
§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedim ent os especiais, sent ença é o
pronunciam ent o por m eio do qual o j uiz, com fundam ent o nos art s. 485 e 487, põe fim à
fase cognit iva do procedim ent o com um , bem com o ext ingue a execução.
§ 2o Decisão int erlocut ória é t odo pronunciam ent o j udicial de nat ureza decisória que não se
enquadre no § 1o.
§ 3o São despachos t odos os dem ais pronunciam ent os do j uiz prat icados no processo, de
ofício ou a requerim ent o da part e.

Q6 4 . VUN ESP/ Pr e fe it ur a de Alum ínio- SP/ 2 0 1 6


Com relação aos prazos no at ual Código de Processo Civil, é corret o afirm ar
que:
a) inexist indo prazo legal ou j udicial para a prát ica dos at os processuais,
esses deverão ser prat icados em 15 ( quinze) dias.
b) a cont agem de prazos será feit a em dias út eis, m esm o que t ais
int erregnos t enham carát er de direit o m at erial.
c) será considerado int em pest ivo o prazo cum prido ant es do t erm o inicial de
sua cont agem .
d) na seção ou subseção j udiciária onde for difícil o t ransport e, o j uiz poderá
prorrogar os prazos por at é dois m eses.
e) por se t rat ar o processo de direit o indisponível, as part es não poderão
renunciar aos prazos processuais.

161
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Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á incorret a. De acordo com o art . 218, §3º , do NCPC, não
havendo prazo legal ou j udicial definidos, o at o processual deverá ser prat icado
no prazo de 5 dias ( denom inado de “ prazo subsidiário” ) .
A a lt e r na t iva B est á incorret a. Conform e art . 219, parágrafo único, do NCPC, a
cont agem de prazo será em dias út eis e se aplica apenas aos prazos processuais.
A a lt e r na t iva C est á incorret a e t rat a do at o “ processual prem at uro” . Segundo
art . 218, §4º , será considerado t em pest ivo o at o prat icado ant es do t erm o inicial
do prazo.
A a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão, previst o no art . 222, do
NCPC:
Art . 222. Na com arca, seção ou subseção j udiciária onde for difícil o t ransport e, o j uiz
poderá prorrogar os prazos por at é 2 ( dois) m eses.

A a lt e r na t iva E est á incorret a. Com base no art . 225, do NCPC, a part e poderá
renunciar ao prazo, desde que o faça de m aneira expressa.

Q6 5 . M PE- SC/ M PE- SC/ 2 0 1 6


Julgue:
Nos t erm os do novo Código de Processo Civil, o j uiz pode dilat ar os prazos
processuais e alt erar a ordem de produção dos m eios de prova, adequando-
os às necessidades do conflit o de m odo a conferir m aior efet ividade à t ut ela
do direit o.

Com e nt á r ios
A assert iva est á cor r e t a . Todos os prazos podem ser dilat ados por negócio ent re
as part es ou pelo m agist rado. Cit e- se, com o exem plo, o art . 139, VI , do NCPC:
Art . 139. O j u iz dir igir á o processo conform e as disposições dest e Código, incum bindo-
lhe: ( ...)
VI - dila t a r os pr a zos pr oce ssua is e a lt e r a r a or de m de pr odu çã o dos m e ios de
pr ova , a de qua n do- os à s n e ce ssida de s do con flit o de m odo a con fe r ir m a ior
e fe t ivida de à t u t e la do dir e it o; ( ...)

Q6 6 . FGV/ Pr e fe it u r a de Pa ulínia - SP/ 2 0 1 6


Com relação à cont agem de prazos, assinale V para a afirm at iva verdadeira
e F para a falsa.
( ) A cont agem de prazo em dias út eis se aplica apenas aos prazos
processuais quando est abelecida por lei ou pelo j uiz.
( ) O at o prat icado ant es do t erm o inicial do prazo não será considerado
t em pest ivo.
( ) A part e poderá renunciar ao prazo est abelecido exclusivam ent e em seu
favor, desde que o faça de m aneira expressa.

162
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As afirm at ivas são, respect ivam ent e,
a) F, V e F.
b) F, V e V.
c) V, F e F.
d) V, V e F.
e) V, F e V.

Com e nt á r ios
Vam os analisar cada um a das afirm at ivas:
A prim eira afirm at iva é verdadeira, conform e prevê o art . 219, parágrafo único,
do NCPC:
Art . 219. Na cont agem de prazo em dias, est abelecido por lei ou pelo j uiz, com pu t a r - se -
ã o som e n t e os dia s út e is.
Parágrafo único. O dispost o nest e art igo aplica- se som ent e a os pr a zos pr oce ssu a is.

A segunda afirm at iva é falsa. De acordo com o art . 218, §4º , do NCPC, o at o
prat icado ant es do t erm o inicial do prazo será considerado t em pest ivo.
A t erceira afirm at iva é verdadeira, conform e est á previst o no art . 225, do NCPC:
Art . 225. A part e poderá renunciar ao prazo est abelecido exclusivam ent e em seu favor,
desde que o faça de m aneira expressa.

Dessa form a, a a lt e r na t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q6 7 . TRT2 ª R- SP/ TRT2 ª R- SP/ 2 0 1 6


Quant o aos at os e prazos processuais é corret o afirm ar que:
a) Os at os processuais realizar- se- ão em dias út eis, das 8 ( oit o) às 18
( dezoit o) horas e serão concluídos depois das 18 ( dezoit o) horas, os at os
iniciados ant es, quando o adiam ent o prej udicar a diligência ou causar grave
dano.
b) É defeso lançar, nos aut os, cot as m arginais ou int erlineares; o Juiz
m andará riscá- las, im pondo a quem as escrever m ult a correspondent e ao
dobro do salário m ínim o vigent e na sede do j uízo.
c) Os at os e t erm os processuais não dependem de form a det erm inada senão
quando a Lei, expressam ent e, a exigir, reput ando- se válidos os que,
realizados de out ro m odo, lhe preencham a finalidade essencial.
d) Não havendo preceit o legal nem assinação pelo Juiz, será de 10 ( dez) dias
o prazo para a prát ica de at o processual a cargo da part e.
e) É possível j unt ar aos aut os docum ent o redigido em língua est rangeira,
quando acom panhado de versão em vernáculo, desde que firm ada pelo
subscrit or regularm ent e const it uído pela part e.

Com e nt á r ios

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A a lt e r n a t iva A est á incorret a. Conform e art . 212, §1º , do NCPC, os at os
processuais serão realizados em dias út eis, das 6 às 20 horas e,
excepcionalm ent e, podem ser concluídos depois das 20 horas quando o
adiam ent o puder prej udicar a diligência ou causar grave dano.
Art . 212. Os at os processuais serão realizados em dias út eis, da s 6 ( se is) à s 2 0 ( vin t e )
h or a s.
§ 1 o Serão concluídos a pós a s 2 0 ( vin t e ) h or a s os at os iniciados ant es, quando o
adiam ent o prej udicar a diligência ou causar grave dano.

A a lt e r na t iva B est á incorret a. Segundo o art . 202, do NCPC, é vedado lançar


nos aut os cot as m arginais ou int erlineares, as quais o j uiz m andará riscar,
im pondo a quem as escrever m ult a correspondent e à m et ade do salário- m ínim o.
Art . 202. É ve da do lançar nos aut os cot as m arginais ou int erlineares, as quais o j uiz
m andará riscar, im pondo a quem as escrever m ult a correspondent e à m e t a de do sa lá r io-
m ín im o.

A a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois reproduz o exat o


t eor do art . 188, do NCPC:
Art . 188. Os at os e os t erm os processuais independem de form a det erm inada, salvo quando
a lei expressam ent e a exigir, considerando- se válidos os que, realizados de out ro m odo, lhe
preencham a finalidade essencial.

A a lt e r na t iva D est á incorret a. Com base no art . 218, §3º , do NCPC não havendo
preceit o legal nem assinação pelo Juiz, será de cinco dias o prazo para a prát ica
de at o processual a cargo da part e.
A a lt e r na t iva E est á incorret a. Segundo o art . 192, do NCPC, em t odos os at os
e t erm os do processo é obrigat ório o uso da língua port uguesa. A j unt ada de
docum ent o est rangeiro, conform e prevê o parágrafo do disposit ivo, depende da
versão para a língua port uguesa t ram it ada por via diplom át ica, por aut oridade
cent ral ou, ainda, firm ada por t radut or j uram ent ado. Logo, não bast a que a
versão t raduzida est ej a assinada pelo subscrit or const it uído pela part e.

Q6 8 . CAI P- I M ES/ Câ m a r a M unicipa l de At iba ia - SP/ 2 0 1 6


Relacione corret am ent e os inst it ut os abaixo descrit os.
I - A ________________ é um inst it ut o de int eresse privado. É renunciável,
t ácit a ou expressam ent e e seus prazos não podem ser m odificados pela
m anifest ação da vont ade das part es. Por fim , pode ser alegada em qualquer
grau de j urisdição, pela part e a quem aproveit a, adm it e suspensão e
int errupção de seu prazo e pode ser conhecida pelo j uiz de ofício.
I I - A ________________ é um inst it ut o de int eresse público. É
irrenunciável, pode ser conhecida a qualquer t em po ou grau de j urisdição;
seus prazos não adm it em suspensão e int errupção e o j uiz deve conhecê- la
de oficio.
Assinale a alt ernat iva que preenche corret am ent e as lacunas acim a.
a) I . preclusão / I I . prescrição

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b) I . perem pção / I I . preclusão
c) I . decadência / I I . prescrição
d) I . prescrição / I I . Decadência

Com e nt á r ios
Aqui t em os um a quest ão dout rinária. Tal com o t razido em aula, os conceit os de
decadência, de prescrição e de preclusão são dist int os.
A decadência refere- se à perda de direit os pot est at ivos em razão do seu não
exercício.
A prescrição, por sua vez, const it ui a perda da pret ensão em razão do seu não
exercício. Trat a- se de inst it ut o de int eresse privado, que pode ser renunciado
pela part e, alegável em qualquer m om ent o do processo.
A preclusão, por sua vez, decorre da perda da prerrogat iva para a prát ica de
det erm inado at o processual em face do seu não exercício. Aqui, t em os um
inst it ut o de direit o público, t am bém alegável a qualquer t em po, m as que não
pode ser suspenso ou int errom pido.
Port ant o, a a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q6 9 . VUN ESP/ M PE- SP/ 2 0 1 6 / a da pt a da


A respeit o da verificação dos prazos e suas penalidades no Código de
Processo Civil, é corret o afirm ar que
a) é lícit o a qualquer int eressado cobrar os aut os ao advogado que exceder
o prazo legal. Se, int im ado, não os devolver dent ro de 48 ( quarent a e oit o)
horas, perderá o direit o à vist a fora de cart ório e incorrerá em m ult a
correspondent e à m et ade do salário m ínim o.
b) o advogado deve rest it uir os aut os no prazo legal. Não o fazendo, perderá
o direit o à vist a fora de cart ório e incorrerá em m ult a correspondent e à
m et ade do salário- m ínim o.
c) apenas as part es poderão represent ar ao president e do Tribunal de Just iça
cont ra o j uiz que excedeu os prazos previst os em lei, sendo vedada essa
função ao órgão do Minist ério Público, t endo em vist a não haver hierarquia
ent re t al órgão e a Magist rat ura.
d) o Minist ério Público não t em prazo para rest it uir os aut os quando dele
possa fazer carga.
e) com pet e ao Minist ério Público verificar se o servent uário excedeu, sem
m ot ivo legít im o, os prazos est abelecidos no Código de Processo Civil, t endo
em vist a que é fiscal da lei.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. De acordo com o art . 234, §1º e §2º , do NCPC,
se, int im ado, o advogado não devolver os aut os no prazo de 3 dias, perderá o

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direit o à vist a fora de cart ório e incorrerá em m ult a correspondent e à m et ade do
salário- m ínim o.
A a lt e r n a t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois se refere ao art .
234, §2º , do NCPC.
§ 2º Se, int im ado, o advogado não devolver os aut os no prazo de 3 ( t rês) dias, perderá o
direit o à vist a fora de cart ório e incorrerá em m ult a correspondent e à m et ade do salário-
m ínim o.

A a lt e r na t iva C est á incorret a. Segundo o art . 235, do NCPC, qualquer part e, o


Minist ério Público ou a Defensoria Pública, poderá represent ar, ao corregedor do
t ribunal ou ao Conselho Nacional de Just iça, cont ra j uiz ou relat or que,
inj ust ificadam ent e, exceder os prazos previst os em lei, no regulam ent o ou no
regim ent o int erno.
A a lt e r na t iva D est á incorret a. O art . 234, do NCPC, m enciona que os advogados
públicos ou privados, o defensor público e o m e m br o do M inist é r io Público
de ve m r e st it uir os aut os no prazo do at o a ser prat icado.
A a lt e r na t iva E est á incorret a. Com base no art . 233, com pet e ao j uiz verificar
se o servent uário excedeu, sem m ot ivo legít im o, os prazos est abelecidos em lei.
Art . 233. I n cu m be a o j u iz verificar se o servent uário excedeu, sem m ot ivo legít im o, os
prazos est abelecidos em lei.

Q7 0 . VUN ESP/ Pr e fe it ur a de Rosa na - SP/ 2 0 1 6 / a da pt a da


No que t ange aos prazos processuais, é corret o afirm ar que
a) se det erm inada decisão int erlocut ória foi disponibilizada no Diário da
Just iça elet rônico em 26.01.2016 ( t erça- feira) , o prazo para int erposição do
recurso de agravo, em sua form a inst rum ent al, encerra- se em 05.02.2016
( sext a- feira) .
b) os prazos podem ser reduzidos ou prorrogados por convenção das part es,
independent em ent e de legít im o m ot ivo, desde que o requerim ent o se dê
ant es do vencim ent o do prazo.
c) não havendo preceit o legal nem assinação do prazo pelo j uiz, será de 10
( dez) dias o prazo para prát ica de at o processual a cargo da part e.
d) é ilícit o às part es, de com um acordo e por legít im o m ot ivo, reduzir ou
prorrogar os prazos processuais.
e) em se t rat ando de prazo im próprio, são válidos e eficazes os at os
prat icados além do prazo fixado na lei.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. De acordo com o art . 224, do NCPC, os prazos
serão cont ados excluindo o dia do com eço e incluindo o dia do vencim ent o.
Art . 224. Salvo disposição em cont rário, os prazos serão cont ados excluindo o dia do
com eço e incluindo o dia do vencim ent o.

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E, conform e o art . 1.003, §5º , o prazo para int erpor os recursos é de 15 dias.
§ 5 o Excet uados os em bargos de declaração, o prazo para int erpor os recursos e para
responder- lhes é de 15 ( quinze) dias.

Desse m odo, com o a inform ação foi disponibilizada dia 26/ 01, o dia 27/ 01 cont a
com o dat a da publicação e o dia 28/ 01 com o início do prazo. Com o o prazo para
recurso de agravo é de 15 dias, ent ão, o t érm ino será dia 17/ 02.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. O m ot ivo legít im o é um dos requisit os exigidos
pela lei para que as part es possam convencionar a respeit o dos prazos.
A a lt e r na t iva C est á incorret a. Segundo o art . 218, §3º , do NCPC, não havendo
preceit o legal nem assinação do prazo pelo j uiz, será de 5 dia s o pr a zo para a
prát ica de at o processual a cargo da part e.
A a lt e r na t iva D est á incorret a. A m odulação de prazos é adm it ida com o regra
no NCPC em face do negócio j urídico processual e da calendarização do processo.
A a lt e r na t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Os prazos im próprios são
aqueles im post os à at uação do m agist rado. Caso sej am prat icados após o período
previst o, t endo em vist a que não há preclusão, esses são válidos. De t odo m odo,
o excesso de prazo pelo m agist rado poderá levar à represent ação perant e a
corregedoria ou o CNJ.

Q7 1 . UECE- CEV/ D ER- CE/ 2 0 1 6


No que concerne aos prazos processuais, salvo disposição em cont rário,
com put ar- se- ão os prazos
a) excluindo o dia do com eço e incluindo o do vencim ent o.
b) excluindo o dia do com eço e o do vencim ent o.
c) incluindo o dia do com eço e excluindo o do vencim ent o.
d) incluindo o dia do com eço e o do vencim ent o.

Com e nt á r ios
Com base no art . 224, do NCPC, os prazos serão cont ados excluindo o dia do
com eço e incluindo o dia do vencim ent o.
Art . 224. Salvo disposição em cont rário, os pr a zos se r ã o con t a dos e x clu in do o dia do
com e ço e in clu in do o dia do ve n cim e n t o.

Port ant o, a a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q7 2 . CESPE/ TCE- PR/ 2 0 1 6


A respeit o dos at os processuais, assinale a opção corret a.
a) Se, para não haver perecim ent o de direit o, a cit ação do réu t iver de
ocorrer em um dom ingo, a prát ica do at o deverá ser aut orizada pelo j uiz
com pet ent e.

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b) Caso a part e vencida int erponha apelação ant es de publicada a sent ença,
o recurso não será conhecido por int em pest ivo.
c) Versando a causa sobre cont rat o de com pra e venda, é possível que as
part es est ipulem m udanças no procedim ent o, inclusive quant o aos prazos
processuais.
d) Ainda que t enha t ram it ado por via diplom át ica, o cont rat o, redigido em
língua est rangeira, que servir de prova do direit o alegado som ent e poderá
ser j unt ado aos aut os se est iver t raduzido para o port uguês e assinado por
t radut or j uram ent ado.
e) À exceção das causas que t ram it em em segredo de j ust iça, com o é o caso
de ações de separação e divórcio, os at os processuais podem ser digit ais.

Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á incorret a. As hipót eses de cit ação, para evit ar o
perecim ent o do direit o, est ão no art . 244, do NCPC. Nele, não se encont ra a
possibilidade de prát ica do at o aos dom ingos.
Art . 244. Não se fará a cit ação, salvo para evit ar o perecim ent o do direit o:
I - de quem est iver part icipando de at o de cult o religioso;
I I - de cônj uge, de com panheiro ou de qualquer parent e do m ort o, consanguíneo ou afim ,
em linha ret a ou na linha colat eral em segundo grau, no dia do falecim ent o e nos 7 ( set e)
dias seguint es;
I I I - de noivos, nos 3 ( t rês) prim eiros dias seguint es ao casam ent o;
I V - de doent e, enquant o grave o seu est ado.

E, de acordo com o art . 212, §2º , do NCPC, a prát ica do at o ocorrerá


independent em ent e de aut orização j udicial.
§ 2 o I ndependent em ent e de aut orização j udicial, as cit ações, int im ações e penhoras poderão
realizar- se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias út eis fora
do horário est abelecido nest e art igo, observado o dispost o no art . 5o, inciso XI , da
Const it uição Federal.

A a lt e r n a t iva B est á incorret a. Com base no art . 218, §4º , do NCPC, será
considerado t em pest ivo o at o prat icado ant es do t erm o inicial do prazo.
A a lt e r n a t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Com as inovações do
Novo CPC, o processo est á à disposição das part es, que poderão escolher com o
e quando serão feit os os at os processuais. Vej am os os art . 190 e 191.
Art . 190. Versando o processo sobre direit os que adm it am aut ocom posição, é lícit o às
part es plenam ent e capazes est ipular m udanças no procedim ent o para aj ust á- lo às
especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres
processuais, ant es ou durant e o processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerim ent o, o j uiz cont rolará a validade das convenções
previst as nest e art igo, recusando- lhes aplicação som ent e nos casos de nulidade ou de
inserção abusiva em cont rat o de adesão ou em que algum a part e se encont re em m anifest a
sit uação de vulnerabilidade.

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Art . 191. De com um acordo, o j uiz e as part es podem fixar calendário para a prát ica dos
at os processuais, quando for o caso.
§ 1 o O calendário vincula as part es e o j uiz, e os prazos nele previst os som ent e serão
m odificados em casos excepcionais, devidam ent e j ust ificados.
§ 2 o Dispensa- se a int im ação das part es para a prát ica de at o processual ou a realização de
audiência cuj as dat as t iverem sido designadas no calendário.

A a lt e r n a t iva D est á incorret a. Conform e o art . 192, do NCPC, o docum ent o


redigido em língua est rangeira som ent e poderá ser j unt ado aos aut os quando
acom panhado de versão para a língua port uguesa, t ram it ada por via diplom át ica
ou pela aut oridade cent ral, ou, ainda, firm ada por t radut or j uram ent ado.
Art . 192. Em t odos os at os e t erm os do processo é obrigat ório o uso da língua port uguesa.
Parágrafo único. O docum ent o redigido em língua est rangeira som ent e poderá ser j unt ado
aos aut os quando acom panhado de versão para a língua port uguesa t ram it ada por via
diplom át ica ou pela aut oridade cent ral, ou firm ada por t radut or j uram ent ado.

No caso, port ant o, não é necessária a t radução por t radut or j uram ent ado, um a
vez que t ram it ou regularm ent e por via diplom át ica.
A a lt e r na t iva E est á incorret a. Segundo o art . 193, do NCPC, os at os processuais
podem ser t ot al ou parcialm ent e digit ais, de form a a perm it ir que sej am
produzidos, com unicados, arm azenados e validados por m eio elet rônico, na
form a da lei. Não há exceção à t ram it ação digit al.

Q7 3 . CESPE/ TJ- D FT/ 2 0 1 5


Acerca dos at os processuais, j ulgue o it em a seguir.
Sit uação hipot ét ica: Fábio aj uizou ação ordinária cont ra Cláudio, que foi
cit ado por m eio de cart a precat ória.
Assert iva: Nesse caso, o prazo para a respost a de Cláudio com eça a correr
a part ir da dat a da j unt ada, aos aut os principais, da cart a precat ória
devidam ent e cum prida.

Com e nt á r ios
A assert iva est á incor r e t a .
Na realidade, a j unt ada da com unicação do cum prim ent o bast a para iniciar o
prazo e não necessariam ent e a j unt ada a cart a. Assim , t orna- se incorret a a
assert iva à luz do NCPC. Est aria corret a, se assim fosse: " Nesse caso, o prazo
para respost a de Cláudio com eça a correr a part ir da dat a da j unt ada da
com unicação de cum prim ent o pelo deprecado ou, se não houver, da j unt a da
cart a precat ória" .
Vej am os os art . 231, VI , do NCPC:
Art . 231. Salvo disposição em sent ido diverso, considera- se dia do com eço do prazo: ( ...)
VI - a dat a de j u n t a da do com u n ica do de que t r a t a o a r t . 2 3 2 ou, não havendo esse, a
dat a de j unt ada da cart a aos aut os de origem devidam ent e cum prida, quando a cit ação ou
a int im ação se realizar em cum prim ent o de cart a;

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Q7 4 . CESPE/ TRE- RS/ 2 0 1 5 / a da pt a da
Consoant e o Código de Processo Civil ( CPC) , os at os processuais realizar- se-
ão nos prazos prescrit os em lei, sob pena de preclusão. Dessa form a, os
prazos t êm a finalidade de im pulsionar a m archa processual para se efet ivar
a j urisdição. No que se refere a prazo processual, assinale a opção corret a.
a) Segundo ent endim ent o do STF, não se cont a em dobro o prazo para
recorrer, quando um só dos lit isconsort es houver sucum bido.
b) Ao j uiz é perm it ido reduzir prazos perem pt órios sem anuência das part es.
c) Segundo o CPC, não havendo preceit o legal nem assinação pelo j uiz, será
de dez dias o prazo para a prát ica do at o processual a cargo da part e.
d) A superveniência de férias ou feriado int errom perá o curso do prazo
processual, iniciando- se novam ent e a cont agem no prim eiro dia út il seguint e
ao t erm o das férias ou do feriado.
e) Quando os lit isconsort es t iverem diferent es procuradores, ser- lhes- ão
cont ados em quádruplo os prazos para cont est ar e, em dobro, para recorrer.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Segundo a Súm ula STF
641, não se cont a em dobro o prazo para recorrer, quando só um dos
lit isconsort es haj a sucum bido.
A a lt e r n a t iva B est á incorret a. De acordo com o art . 222, §1º , do NCPC, é
vedado ao j uiz reduzir prazos perem pt órios sem anuência das part es.
§ 1 o Ao j uiz é ve da do reduzir prazos perem pt órios sem anuência das part es.

Vam os aproveit ar essa quest ão para t ecer um esclarecim ent o: Falam os, no
cont ext o da aula, que não há m ais sent ido para que se faça a dist inção ent re
prazos dilat órios e perem pt órios, um a vez que t odos os prazos processuais
podem ser flexibilizados.
Esse é o ent endim ent o que você deve seguir. Em face disso, o disposit ivo acim a
cit ado não faz m uit o sent ido, de t odo m odo, com o est á expressam ent e previst o
no NCPC, devem os considerá- lo em event ual quest ão obj et iva t al com o a que
fizem os ( adapt ando- a ao NCPC) na alt ernat iva acim a.
A a lt e r na t iva C est á incorret a. Com base no art . 218, §3º , do NCPC, inexist indo
preceit o legal ou prazo det erm inado pelo j uiz, será de 5 dia s o prazo para a
prát ica de at o processual a cargo da part e.
A a lt e r n a t iva D est á incorret a. A superveniência de feriado forense ou do
recesso j udiciário ao final do ano im plica t ão som ent e a suspensão dos prazos
processuais, que perm anecerão congelados at é serem novam ent e ret om ados,
pelo que rest a.
A a lt e r n a t iva E est á incorret a. Conform e art . 229, do NCPC, os lit isconsort es
que t iverem diferent es procuradores, de escrit órios de advocacia dist int os, t erão

170
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pr a zos cont a dos e m dobr o para t odas as suas m anifest ações, em qualquer
j uízo ou t ribunal, inde pe nde nt e m e nt e de r e que r im e nt o.

Q7 5 . CESPE/ TJ- D FT/ 2 0 1 5


Com relação ao lit isconsórcio, às nulidades e à at uação do j uiz no processo
civil, j ulgue o it em a seguir, de acordo com o CPC e com a j urisprudência
dos t ribunais superiores.
Exist e prazo em dobro para int erposição de recurso para lit isconsort es com
diferent es procuradores, ainda que, diant e de det erm inada decisão do
processo, apenas um dos lit isconsort es possua int eresse em recorrer na
sit uação concret a.

Com e nt á r ios
A assert iva est á incor r e t a . Não se cont a em dobro o prazo para recorrer, quando
só um dos lit isconsort es possua int eresse em fazê- lo. Vej am os o art . 229, do
NCPC, o qual m enciona que som ent e os lit isconsort es que t iverem diferent es
procuradores, de escrit órios de advocacia dist int os, t erão prazos cont ados em
dobro.
Além disso, de acordo com o ent endim ent o da Cort e Suprem a, exarado na
Súm ula STF 641, não se cont a em dobro o prazo para recorrer, quando só um
dos lit isconsort es haj a sucum bido.

Q7 6 . FGV/ TJ- PI / 2 0 1 5 / a da pt a da
A respeit o dos at os processuais, é corret o afirm ar que:
a) o direit o de consult ar os aut os de processo que corre em segredo de
j ust iça e de pedir cert idões de seus at os é rest rit o às part es, seus
ascendent es e descendent es, bem com o a seus procuradores;
b) correm em segredo de j ust iça, quando assim decidir o Juiz da causa, os
processos que dizem respeit o a casam ent o, filiação, separação dos cônj uges,
conversão dest a em divórcio, alim ent os e guarda de m enores;
c) os at os m eram ent e ordinat órios, com o a j unt ada e a vist a obrigat ória,
podem ser prat icados pelo servidor, desde que à vist a de det erm inação do
Juiz, que supervisionará a at uação;
d) a desist ência da ação ou do recurso só produz efeit o depois de
hom ologada j udicialm ent e;
e) os at os e t erm os do processo devem ser assinados pelas pessoas que
neles int ervieram , devendo o escrivão cert ificar nos aut os quando não
quiserem ou não puderem fazê- lo, valendo a cert idão independent em ent e
de t est em unhas da ocorrência.

Com e nt á r ios

171
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A a lt e r n a t iva A est á incorret a. Conform e art . 189, §1º , do NCPC, o direit o de
consult ar os aut os de processo que corre em segredo de j ust iça e de pedir
cert idões de seus at os é rest rit o à s pa r t e s e a os se us pr ocur a dor e s.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. De acordo com o art . 189, I I , do NCPC, t ram it am
em segredo de j ust iça, quando assim decidir o Juiz da causa, os processos que
dizem respeit o a ca sa m e nt o, se pa r a çã o de cor pos, divór cio, se pa r a çã o,
uniã o e st á ve l, filia çã o, a lim e nt os e gua r da de cr ia n ça s e a dole sce nt e s.
Não é necessária qualquer decisão do m agist rado pela concessão, ou não, do
segredo de j ust iça nessas hipót eses, eles decorrem nat uralm ent e em face da
regra t razida no NCPC.
A a lt e r n a t iva C est á incorret a. Com base no art . 203, §4º , do NCPC, os at os
m eram ent e ordinat órios, com o a j unt ada e a vist a obrigat ória, inde pe nde m de
de spa cho, devendo ser pr a t ica dos de ofício pelo servidor e revist os pelo j uiz,
quando necessário.
A a lt e r na t iva D est á incorret a. Segundo o art . 200, do NCPC, a desist ência da
a çã o só produzirá efeit os após hom ologação j udicial. Cont udo, não há
necessidade de hom ologação para desist ência do recurso.
A a lt e r na t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois reproduz o art . 209,
do NCPC:
Art . 209. Os at os e os t erm os do processo serão assinados pelas pessoas que neles
int ervierem , t odavia, quando essas não puderem ou não quiserem firm á- los, o escrivão ou
o chefe de secret aria cert ificará a ocorrência.

Q7 7 . CAI P- I M ES/ D AE de Sã o Ca e t a no do Su l – SP/ 2 0 1 5 / a da pt a da


O art igo 212 do Novo Código de Processo Civil nos ensina que os at os
processuais realizar- se- ão em dias út eis, das:
a) 7 às 18 horas.
b) 8 às 18 horas.
c) 7 às 19 horas
d) 6 às 20 horas.

Com e nt á r ios
Vej am os o art . 212, do NCPC, que m enciona que os at os processuais serão
realizados em dias út eis, das 6 às 20 horas.
Art . 212. Os at os processuais serão realizados em dias út eis, das 6 ( seis) às 20 ( vint e)
horas.

Assim , a a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q7 8 . FCC/ D PE- RR/ 2 0 1 5


Os at os e t erm os processuais

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a) não dependem de form a det erm inada senão quando a lei expressam ent e
a exigir, reput ando- se válidos os que, realizados de out ro m odo, lhe
preencham a finalidade essencial.
b) dependem sem pre de form a det erm inada, a ser est abelecida pelo j uiz em
caso de om issão da lei, reput ando- se válidos os que, realizados de out ro
m odo, lhe preencham a finalidade essencial.
c) não dependem de form a det erm inada senão quando a lei expressam ent e
a exigir, reput ando- se inválidos os realizados de out ro m odo, ainda que lhe
preencham a finalidade essencial.
d) dependem sem pre de form a det erm inada, a ser est abelecida pelo j uiz em
caso de om issão da lei, reput ando- se inválidos os realizados de out ro m odo,
ainda que lhe preencham a finalidade essencial.
e) dependem sem pre de form a det erm inada, conform e previst o em lei,
reput ando- se inválidos os realizados de out ro m odo, ainda que lhe
preencham a finalidade essencial.

Com e nt á r ios
A quest ão exige o conhecim ent o do art . 188, do NCPC.
A a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão.
Art . 188. Os a t os e os t e r m os pr oce ssu a is in de pe nde m de form a det erm inada, salvo
quando a lei expressam ent e a exigir, considerando- se vá lidos os que, realizados de out ro
m odo, lhe preencham a finalidade essencial.

A a lt e r na t iva B, C, D e E est ão incorret as, pois não est ão de acordo com o art .
188.

Q7 9 . FCC/ D PE- RR/ 2 0 1 5


Em det erm inada ação, o aut or foi int im ado pela I m prensa Oficial, na pessoa
do seu advogado, acerca da sent ença de im procedência do pedido. O prazo
para o aut or recorrer dessa sent ença
a) int errom pe- se nos feriados.
b) não se prorroga se o vencim ent o cair em feriado, caso em que o t erm o
final é ant ecipado ao prim eiro dia út il ant ecedent e.
c) corre em dom ingos ou feriados, ainda que iniciado em dia út il.
d) com put ar- se- á excluindo o dia do com eço e incluindo o do vencim ent o.
e) cont a- se em t riplo, caso est ej a represent ado por defensor público.

Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á incorret a. De acordo com o art . 220, o curso do prazo
processual é suspendido e não int errom pidos, em feriados.

173
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A a lt e r n a t iva B est á incorret a. Com base no art . 244, §1º , prorroga- se, se o
vencim ent o cair em feriado, para o prim eiro dia út il seguint e.
Art . 224. Salvo disposição em cont rário, os prazos serão cont ados excluindo o dia do
com eço e incluindo o dia do vencim ent o.
§ 1 o Os dias do com eço e do vencim ent o do prazo serão prot raídos para o pr im e ir o dia ú t il
se gu in t e , se coincidirem com dia em que o expedient e forense for encerrado ant es ou
iniciado depois da hora norm al ou houver indisponibilidade da com unicação elet rônica.

A a lt e r na t iva C est á incorret a. Pelo NCPC, a cont agem dos prazos ocorre apenas
em dias út eis. Desse m odo, ao cont rário do afirm ado, NÃO corre em dom ingos
ou feriados.
A a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois est á previst o no art .
224, do NCPC:
Art . 224. Salvo disposição em cont rário, os prazos serão cont ados excluindo o dia do
com eço e incluindo o dia do vencim ent o.

A a lt e r na t iva E est á incorret a. Segundo o art . 186, do NCPC, cont a- se em dobro,


caso est ej a represent ado por defensor público.
Art . 186. A Defensoria Pública gozará de pr a zo e m dobr o para t odas as suas
m anifest ações processuais.

Q8 0 . FCC/ TJ- PI / 2 0 1 5 / a da pt a da
Considere os enunciados abaixo.
I . Os at os processuais realizar- se- ão nos prazos prescrit os em lei, sendo
defesa ao j uiz a fixação de prazos j udiciais, salvo para diligências periciais
ou para cum prim ent o de cart as precat órias.
I I . Quaisquer prazos podem ser prorrogados pelas part es, desde que
est ej am de com um acordo, m as a convenção só valerá se fundada em
m ot ivo legít im o e se for requerida ant es do vencim ent o do prazo.
I I I . O prazo, est abelecido pela lei ou pelo j uiz, é cont ínuo, não se
suspendendo nos feriados.
I V. A superveniência de férias suspenderá o curso do prazo, o que lhe sobej ar
recom eçará a correr do prim eiro dia út il seguint e ao t erm o das férias.
Est á corret o o que const a APENAS em
a) I e I I .
b) I , I I e I I I .
c) I I e I V.
d) I I , I I I e I V.
e) I , I I I e I V.

Com e nt á r ios
Vam os analisar cada um dos it ens:

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O it em I est á incorret o. De acordo com o art . 218, §1º , os at os processuais serão
realizados nos prazos prescrit os em lei. Quando a lei for om issa, o j uiz
det erm inará os prazos em consideração à com plexidade do at o.
Art . 218. Os at os processuais serão realizados nos prazos prescrit os em lei.
§ 1 o Quando a lei for om issa, o j uiz det erm inará os prazos em consideração à com plexidade
do at o.

O it em I I est á corret o. Devem os lem brar que, à luz do NCPC, adm it e- se a dilação
de t odos os prazos processuais, desde que fundado em m ot ivo legít im o e sej a
requerido ant es de findo o prazo.
O it em I I I est á incorret o. Ao cont rário do afirm ado, há suspensão do prazo em
feriados.
O it em I V est á corret o.
Art . 220. Suspende- se o curso do prazo processual nos dias com preendidos ent re 20 de
dezem bro e 20 de j aneiro, inclusive.

Dessa form a, a a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q8 1 . FCC/ TRT9 ª R- PR/ 2 0 1 5 / a da pt a da


Em relação aos prazos processuais, considere:
I . O j uiz poderá, nas com arcas em que for difícil o t ransport e, prorrogar
quaisquer prazos, m as nunca por m ais de dois m eses, salvo em caso de
calam idade pública, quando ent ão poderá ser excedido esse lim it e t em poral.
I I . Decorrido o prazo, deverá o j uiz declarar a ext inção do direit o de prat icar
o ato processual − como requisito para a extinção −, salvo se a parte provar
que o não realizou por j ust a causa.
I I I . Salvo disposição em cont rário, com put ar- se- ão os prazos em dias út eis,
excluindo o dia do com eço e incluindo o do vencim ent o.
I V. Não havendo preceit o legal nem det erm inação pelo j uiz, será de dez dias
o prazo para a prát ica de at o processual a cargo da part e.
V. A part e poderá renunciar ao prazo est abelecido exclusivam ent e em seu
favor.
Est á corret o o que se afirm a APENAS em :
a) I , I I I e V.
b) I , I I , I I I e I V.
c) I I , I I I , I V e V.
d) I , I I , I V e V.
e) I I I , I V e V.

Com e nt á r ios
Vam os analisar cada um dos it ens:

175
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O it em I est á corret o, conform e previst o no art . 222, do NCPC.
Art . 222. Na com arca, seção ou subseção j udiciária onde for difícil o t ransport e, o j uiz
poderá prorrogar os prazos por a t é 2 ( dois) m e se s.
§ 1 o Ao j uiz é vedado reduzir prazos perem pt órios sem anuência das part es.
§ 2 o Havendo ca la m ida de pú blica , o lim it e previst o no caput para pr or r oga çã o de
pr a zos pode r á se r e x ce dido.

O it em I I est á incorret o. De acordo com o art . 223, do NCPC, decorrido o prazo,


ext ingue- se o direit o de prat icar ou de em endar o at o processual,
independent em ent e de declaração j udicial, ficando assegurado à part e, porém ,
provar que não o realizou por j ust a causa.
Art . 223. Decorrido o prazo, ext ingue- se o direit o de prat icar ou de em endar o at o
processual, in de pe nde n t e m e n t e de de cla r a çã o j u dicia l, ficando assegurado, porém , à
part e provar que não o realizou por j ust a causa.

O it em I I I est á corret o, pois se refere ao art . 224, do NCPC.


Art . 224. Salvo disposição em cont rário, os prazos serão cont ados excluindo o dia do
com eço e incluindo o dia do vencim ent o.

O it em I V est á incorret o. Com base no art . 218, §3º , do NCPC, inexist indo o
preceit o legal e a det erm inação pelo j uiz, será de cinco dias o prazo para a prát ica
de at o processual a cargo da part e.
O it em V est á corret o, pois reproduz o art . 225, do NCPC:
Art . 225. A part e poderá renunciar ao prazo est abelecido exclusivam ent e em seu favor,
desde que o faça de m aneira expressa.

Port ant o, a a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q8 2 . FUN CAB/ CRF- RO/ 2 0 1 5


Segundo o NCPC, t rat ando- se da Fazenda Pública ou do Minist ério Público, o
prazo para recorrer cont ar- se- á:
a) pela regra com um .
b) em dobro.
c) em t riplo.
d) em quádruplo.
e) em quínt uplo.

Com e nt á r ios
De acordo com o art . 180, do NCPC, o Minist ério Público gozará de prazo em
dobro para se m anifest ar nos aut os, que t erá início a part ir de sua int im ação
pessoal.
Art . 180. O Minist ério Público gozará de prazo em dobro para m anifest ar- se nos aut os, que
t erá início a part ir de sua int im ação pessoal, nos t erm os do art . 183, § 1o.

Dessa form a, a a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

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Q8 3 . FCC/ TRE- AP/ 2 0 1 5 / a da pt a da
Considere a seguint e sit uação hipot ét ica: Det erm inado at o processual
deverá ser prat icado pela part e no prazo de cinco dias. A publicação efet iva
para cum prim ent o dest e at o ocorreu no dia 14 de Out ubro de 2015 ( sext a-
feira) . O últ im o dia do prazo processual em quest ão foi
a) 24 de Out ubro de 2016.
b) 20 de Out ubro de 2016.
c) 21 de Out ubro de 2016.
d) 23 de Out ubro de 2016.
e) 22 de Out ubro de 2016.

Com e nt á r ios
Conform e o art . 224, os prazos serão cont ados excluindo o dia do com eço e
incluindo o dia do vencim ent o, prot raídos para o prim eiro dia út il seguint e.
Art . 224. Salvo disposição em cont rário, os pr a zos se r ã o con t a dos e x clu in do o dia do
com e ço e in clu in do o dia do ve n cim e n t o.
§ 1 o Os dias do com eço e do vencim ent o do prazo serão pr ot r a ídos pa r a o pr im e ir o dia
ú t il se gu int e , se coincidirem com dia em que o expedient e forense for encerrado ant es ou
iniciado depois da hora norm al ou houver indisponibilidade da com unicação elet rônica.
§ 2 o Considera- se com o dat a de publicação o prim eiro dia út il seguint e ao da disponibilização
da inform ação no Diário da Just iça elet rônico.
§ 3 o A cont a ge m do pr a zo t e r á in ício n o pr im e ir o dia ú t il qu e se guir a o da
pu blica çã o.

Com o a publicação efet iva ocorreu na sext a- feira, a cont agem do prazo se dará
no dia út il seguint e. Logo, devem os desconsiderar sábado e dom ingo – dias 15 e
16.
O prim eiro dia út il do prazo será no dia 17, que t erm inará no dia 21, sext a- feira.
Assim , a a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q8 4 . TRT 2 1 ª R- RN / TRT 2 1 ª R- RN / 2 0 1 5 / a da pt a da
Avalie os it ens abaixo, a respeit o do t em a At os, Prazo e Despesas
Processuais, e, seguindo a legislação at ualm ent e aplicada e a j urisprudência
m aj orit ária, assinale a assert iva corret a:
I - Na cont agem de prazo em dias, est abelecido por lei ou pelo j uiz,
com put ar- se- ão som ent e os dias út eis.
I I – Apenas o Minist ério Público poderá represent ar ao corregedor do t ribunal
ou ao Conselho Nacional de Just iça cont ra j uiz ou relat or que
inj ust ificadam ent e exceder os prazos previst os em lei, regulam ent o ou
regim ent o int erno

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I I I - Não se cont a em dobro o prazo para recorrer, quando só um dos
lit isconsort es haj a sucum bido.
I V - O j uiz poderá, nas com arcas onde for difícil o t ransport e, prorrogar
quaisquer prazos, m as nunca por m ais de dois m eses excet o no caso de
calam idade pública, cuj o prazo poderá ser est endido.
a) apenas as assert ivas I I I e I V est ão corret as;
b) apenas as assert ivas I I e I I I est ão corret as;
c) apenas as assert ivas I , I I I e I V est ão corret as;
d) apenas as assert ivas I I e I V est ão corret as;
e) apenas as assert ivas I I , I I I e I V est ão corret as.

Com e nt á r ios
Vam os analisar cada um dos it ens:
O it em I est á corret o, conform e art . 219, do NCPC:
Art . 219. Na cont agem de prazo em dias, est abelecido por lei ou pelo j uiz, com put ar- se- ão
som ent e os dias út eis.

O it em I I est á incorret o, pois, de acordo com o caput , do art . 235, do NCPC, a


part e, o Minist ério Público ou a Defensoria podem represent ar cont ra o
m agist rado por excesso de prazo:
Art . 235. Qualquer part e, o Minist ério Público ou a Defensoria Pública poderá represent ar
ao corregedor do t ribunal ou ao Conselho Nacional de Just iça cont ra j uiz ou relat or que
inj ust ificadam ent e exceder os prazos previst os em lei, regulam ent o ou regim ent o int erno.

O it em I I I est á corret o, pois ret rat a j ust am ent e a Súm ula STF 641.
O it em I V est á corret o. De acordo com o caput do art . 222, do NCPC, na com arca,
seção ou subseção j udiciária onde for difícil o t ransport e, o j uiz poderá prorrogar
os prazos por at é dois m eses. Cont udo, quando houver sit uação de calam idade
pública, de acordo com o §2º do art . 222 do NCPC o prazo poderá ult rapassar o
lim it e est abelecido.
Port ant o, a a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q8 5 . TRT 1 6 ª R- M A/ TRT 1 6 ª R- M A/ 2 0 1 5
Se o prazo não est iver est abelecido em lei, deverá ser:
a) Por acordo ent re as part es.
b) Pelo m agist rado.
c) Pelo cart ório do ofício da respect iva Vara.
d) Pelo escrevent e.
e) De 05 ( cinco) dias.

Com e nt á r ios

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De acordo com o NCPC, em seu art . 218, §3º , inexist indo preceit o legal, o prazo
será j udicial. Apenas se o m agist rado não fixar o prazo é que aplicam os a regra
do prazo subsidiário de 5 dias.
Logo:

• prazo previst o

em lei

• prazo definido

pelo j uiz

3º • prazo de 5 dias

Assim , a a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q8 6 . I ESES/ TRE- M A/ 2 0 1 5 / a da pt a da
Em relação aos prazos processuais, responda:
I . Quando a lei não m arcar out ro prazo, as int im ações som ent e obrigarão a
com parecim ent o depois de decorridas 48 horas.
I I . A part e poderá renunciar prazo est abelecido exclusivam ent e em seu
favor.
I I I . Não havendo preceit o legal nem assinação pelo j uiz, será de cinco dias
a prát ica de at o processual a cargo da part e.
Assinale a alt ernat iva corret a:
a) Apenas a assert iva I I é verdadeira.
b) Apenas a assert iva I I I é verdadeira.
c) Apenas as assert ivas I e I I I são verdadeiras.
d) Todas as assert ivas são verdadeiras.

Com e nt á r ios
Vam os analisar cada um dos it ens:
O it em I est á corret o, pois est á previst o no art . 218, §2º , do NCPC.
§ 2 o Quando a lei ou o j uiz não det erm inar prazo, as int im ações som ent e obrigarão a
com parecim ent o após decorridas 48 ( quarent a e oit o) horas.

O it em I I est á corret o, conform e art . 225, do NCPC:


Art . 225. A part e poderá renunciar ao prazo est abelecido exclusivam ent e em seu favor,
desde que o faça de m aneira expressa.

O fat o de o it em não referir “ desde que o faça de m aneira expressa” não t orna o
it em incorret o, m as apenas incom plet o.

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O it em I I I est á corret o, conform e art . 118, §3º , do NCPC:
§ 3 o I nexist indo preceit o legal ou prazo det erm inado pelo j uiz, será de 5 ( cinco) dias o prazo
para a prát ica de at o processual a cargo da part e.

Port ant o, a a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q8 7 . FCC/ TRT 2 3 ª R- M T/ 2 0 1 5 / a da pt a da
Det erm inando o j uiz que o perit o apresent e o laudo em cart ório at é 10 dias
ant es da audiência que se realizará em 27 de out ubro de 2016 ( quint a- feira) ,
o últ im o dia do prazo, considerando- se inexist ir feriado no período, será
a) 13 de out ubro, porque descont ando- se 10 dias út eis a cont ar da audiência
chega- se ao dia 27, dia da audiência.
b) 14 de out ubro, porque descont ando- se 10 dias út eis a cont ar da audiência
chega- se ao dia 27, dia da audiência.
c) 12 de out ubro, porque descont ando- se 10 dias út eis a cont ar da audiência
chega- se ao dia 27, dia da audiência.
d) 17 de out ubro, porque descont ando- se 10 dias a cont ar da audiência
chega- se ao dia 27, dia da audiência.
e) 18 de out ubro, porque descont ando- se 10 dias a cont ar da audiência
chega- se ao dia 27, dia da audiência.

Com e nt á r ios
Trat a- se de um a sit uação excepcional, que envolve prazos regressivos. De t oda
form a, aplicam os o art . 224, do NCPC:
Art . 224. Salvo disposição em cont rário, os prazos serão cont ados excluindo o dia do
com eço e incluindo o dia do vencim ent o.

Sobre prazos regressivos, ensina a dout rina 13 :


Alguns prazos são cont ados de form a regressiva, ou sej a, para t rás, a part ir de det erm inado
event o. Nesse caso, exclui- se o dia indicado com o m arco t em poral e o prazo é cont abilizado
a part ir do prim eiro dia út il ant erior at é o dia final, incluído na cont agem , e que deve ser
t am bém dia út il, com expedient e forense com plet o, sob pena de prorrogação para o prim eiro
dia út il ant erior, nas m esm as sit uações do § 1.º . Exem plos de prazos regressivos ao longo
do CPC/ 2015 est ão, ent re out ros casos, nos art igos 334, caput e § 5.º ; 455, § 1.º ; 466, §
1.º ; 477, § 4.º ; 695, § 2.º ; 889; e 984, I I , “ b” .

Vam os m ont ar um pequeno calendário:

OUTUBRO

D S T Q Q S S

13
GAJARDONI , Fernando da Fonseca. Te or ia Ge r a l do Pr oce sso: Com e n t á r ios a o CPC de
2 0 1 5 – pa r t e ge r a l. São Paulo: Edit ora Forense: 2015, p. 2064.

180
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
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2 3 4 5 6 7 8

9 10 11 12 13 14 15

16 17 18 19 20 21 22

23 24 25 26 27 28 29

30 31

Conform e o calendário acim a, exclui- se o dia do prazo ( dia 27/ 10) e cont am - se
10 dias út eis ant eriores, descont ando- se sábados e dom ingos. Logo, o últ im o dia
para que a perícia sej a ent regue em cart ório é o dia 13 de agost o.
Desse m odo, a a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q8 8 . N C- UFPR/ Pr e fe it ur a de Cur it iba – PR/ 2 0 1 5 / a da pt a da


Acerca dos at os e dos prazos processuais, nos t erm os do Novo Código de
Processo Civil, assinale a alt ernat iva corret a.
a) Versando o processo sobre direit os que adm it am aut ocom posição, é lícit o
às part es plenam ent e capazes est ipular m udanças no procedim ent o para
aj ust á- lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus,
poderes, faculdades e deveres processuais, ant es ou durant e o processo.
b) Os at os processuais devem ser t ot alm ent e digit ais, de form a a perm it ir
que sej am produzidos, com unicados, arm azenados e validados por m eio
elet rônico, na form a da lei.
c) Podem as part es lançar, nos aut os, cot as m arginais ou int erlineares,
inclusive elet rônicas, desde que respeit ado o cont radit ório.
d) Enquant o sent ença é a decisão final proferida pelo j uízo de prim eiro grau,
acórdão designa qualquer decisão proferida em um t ribunal.
e) Quando o réu for ao Minist ério Público, com put ar- se- á em quádruplo para
as m anifest ações nos aut os.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois reproduz o art . 190,
do NCPC.
Art . 190. Versando o processo sobre direit os que adm it am aut ocom posição, é lícit o às
part es plenam ent e capazes est ipular m udanças no procedim ent o para aj ust á- lo às
especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres
processuais, ant es ou durant e o processo.

181
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
Curso em teoria e exercícios
Prof. Ricardo Torques 01
A a lt e r na t iva B est á incorret a. De acordo com o art . 193, do NCPC, os at os
processuais podem ser t ot al ou parcialm ent e digit ais.
Art . 193. Os a t os pr oce ssu a is pode m se r t ot a l ou pa r cia lm e n t e digit a is, de form a a
perm it ir que sej am produzidos, com unicados, arm azenados e validados por m eio elet rônico,
na form a da lei.
Parágrafo único. O dispost o nest a Seção aplica- se, no que for cabível, à prát ica de at os
not ariais e de regist ro.

A a lt e r n a t iva C est á incorret a. Conform e art . 202, do NCPC, é vedado lançar


nos aut os cot as m arginais ou int erlineares.
Art . 202. É ve da do lançar nos aut os cot as m arginais ou int erlineares, as quais o j uiz
m andará riscar, im pondo a quem as escrever m ult a correspondent e à m et ade do salário-
m ínim o.

A a lt e r na t iva D est á incorret a. Acórdãos são as decisões colegiadas dos


Tribunais. É im port ant e at ent ar- se que exist em , no âm bit o dos t ribunais, decisões
m onocrát icas que não são colegiadas e, port ant o, não são denom inadas de
acórdãos.
A a lt e r n a t iva E est á incorret a. Com base no art . 180, do NCPC, o Minist ério
Público gozará de prazo em dobro para m anifest ar- se nos aut os.
Art . 180. O Minist ério Público gozará de pr a zo e m dobr o para m anifest ar- se nos aut os,
que t erá início a part ir de sua int im ação pessoal, nos t erm os do art . 183, § 1o.

Q8 9 . FCC/ M PE- PB/ 2 0 1 5 / a da pt a da


A respeit o dos at os processuais, é corret o afirm ar:
a) Os prazos com eçam a correr no dia da int im ação, quando as part es saírem
int im adas da audiência.
b) A cit ação com hora cert a não necessit a de nova det erm inação j udicial
para que se realize.
c) A part e não pode renunciar o prazo est abelecido exclusivam ent e em seu
favor.
d) Salvo disposição em cont rário, os prazos serão cont ados inclusão o dia do
com eço e exclusão o dia do vencim ent o.
e) Considera- se com o dat a de publicação o dia seguint e ao da
disponibilização da inform ação no Diário da Just iça elet rônico,
independent em ent e de ser dia út il.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. De acordo com o art . 224, §3º , do NCPC, o prazo
com eça a correr no prim eiro dia út il que seguir.
A a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Vej am os o art . 253, do
NCPC:

182
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
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Art . 253. No dia e na hora designados, o oficial de j ust iça, in de pe nde n t e m e n t e de n ovo
de spa ch o, com parecerá ao dom icílio ou à residência do cit ando a fim de realizar a
diligência.

A cit ação por hora cert a será est udada m elhor adiant e.
A a lt e r n a t iva C est á incorret a. Conform e art . 225, do NCPC, a part e poderá
renunciar ao prazo est abelecido exclusivam ent e em seu favor.
Art . 225. A part e pode r á renunciar ao prazo est abelecido exclusivam ent e em seu favor,
desde que o faça de m aneira expressa.

A a lt e r na t iva D est á incorret a, de acordo com o caput , do art . 224, o NCPC,


salvo disposição em cont rário, os prazos serão cont ados excluindo o dia do
com eço e incluindo o dia do vencim ent o.
A a lt e r n a t iva E est á incorret a, pois o art . 224, §2º , do NCPC, prevê que se
considera com o dat a de publicação o prim eiro dia út il seguint e ao da
disponibilização da inform ação no Diário da Just iça elet rônico.

Q9 0 . FGV/ D PE- RO/ 2 0 1 5


Os at os e t erm os processuais não dependem de form a det erm inada senão
quando a lei expressam ent e a exigir. Out rossim , os at os podem ser
classificados em at os da part e, do j uiz e do escrivão. Em relação aos at os a
seguir elencados. É corret o afirm ar que:
a) sent ença é o at o pelo qual o j uiz, no curso do processo, resolve quest ão
incident e;
b) despachos são t odos os at os do j uiz que encerram o processo, com ou
sem resolução do m érit o;
c) sent ença é o j ulgam ent o proferido pelos t ribunais;
d) a j unt ada e a vist a obrigat ória, independem de despacho do j uiz, devendo
ser prat icados de ofício pelo servidor;
e) os despachos, decisões, sent enças e acórdãos serão redigidos e assinados
pelo escrivão.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. De acordo com o art . 203, §1º , do NCPC,
sent ença é o pronunciam ent o por m eio do qual o j uiz põe fim à fase cognit iva do
procedim ent o com um , bem com o ext ingue a execução.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. Conform e art . 203, §3º , do NCPC, são despachos
t odos os dem ais pronunciam ent os do j uiz prat icados no processo, de ofício ou a
requerim ent o da part e, que não se enquadrem com o at os decisórios.
A a lt e r n a t iva C est á incorret a. Com base no art . 204, do NCPC, a cór dã o é o
j ulgam ent o colegiado proferido pelos t ribunais.
A a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois reproduz o art . 203,
§4º , do NCPC:

183
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§ 4 o Os at os m eram ent e ordinat órios, com o a j unt ada e a vist a obrigat ória, independem de
despacho, devendo ser prat icados de ofício pelo servidor e revist os pelo j uiz quando
necessário.

A a lt e r na t iva E est á incorret a. Segundo o art . 205, do NCPC, os despachos, as


decisões, as sent enças e os acórdãos serão redigidos, da t a dos e a ssina dos
pe los j uíze s.

Q9 1 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 1 5


Os at os processuais são at os das part es, do j uiz e dos auxiliares da Just iça,
e a eles são assinalados prazos para cum prim ent o. Nesse caso, assinale a
alt ernat iva corret a.
a) A part e não poderá renunciar ao prazo est abelecido exclusivam ent e em
seu favor.
b) Não havendo preceit o legal nem assinação pelo j uiz, será de cinco dias o
prazo para a prát ica de at o processual a cargo da part e.
c) Salvo disposição em cont rário, com put ar- se- ão os prazos, incluindo- se o
dia do com eço e o do vencim ent o.
d) Decorrido o prazo, ext ingue- se, m ediant e declaração j udicial, o direit o de
prat icar o at o.
e) Os at os processuais realizar- se- ão nos prazos prescrit os em lei. Quando
est a for om issa, o j uiz det erm inará que os prazos se cum pram em cinco dias.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. De acordo com o art . 225, do NCPC, a part e
pode r á renunciar ao prazo est abelecido exclusivam ent e em seu favor, desde que
o faça de m aneira expressa.
A a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois est á previst o no art .
218, §3º , do NCPC:
§ 3 o I nexist indo preceit o legal ou prazo det erm inado pelo j uiz, será de 5 ( cinco) dias o prazo
para a prát ica de at o processual a cargo da part e.

A a lt e r n a t iva C est á incorret a. Conform e art . 224, do NCPC, salvo disposição


em cont rário, os prazos serão cont ados e x cluindo o dia do com e ço e incluindo
o dia do ve ncim e nt o.
A a lt e r n a t iva D est á incorret a. Com base no art . 223, do NCPC, decorrido o
prazo, ext ingue- se o direit o de prat icar ou de em endar o at o processual,
inde pe n de nt e m e nt e de de cla r a çã o j udicia l, ficando assegurado, porém , à
part e provar que não o realizou por j ust a causa.
A a lt e r na t iva E est á incorret a. Segundo o art . 218, §1º , do NCPC, os at os
processuais serão realizados nos prazos prescrit os em lei. Quando a lei for
om issa, o j uiz de t e r m ina r á os pr a zos le va ndo e m conside r a çã o à
com ple x ida de do a t o.

184
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Q9 2 . FCC/ M AN AUSPREV/ 2 0 1 5
Os at os processuais
a) podem ser prat icados, no processo, por m eio de cot as m arginais ou
int erlineares.
b) são sem pre públicos a fim de dar t ransparência ao Poder Judiciário.
c) podem ser aproveit ados se at ingirem sua finalidade, m esm o quando
realizados por m eio diverso ao previst o em lei.
d) t êm form a prescrit a em lei com o regra geral, excepcionalm ent e não
obedecendo a form as det erm inadas.
e) que com port em a desist ência da dem anda produzem efeit o im ediat o se
requerida ant es da cit ação do réu.

Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á incorret a. Conform e art . 202, do NCPC, é vedado lançar
nos aut os cot as m arginais ou int erlineares.
Art . 202. É vedado lançar nos aut os cot as m arginais ou int erlineares, as quais o j uiz
m andará riscar, im pondo a quem as escrever m ult a correspondent e à m et ade do salário-
m ínim o.

Not e que esse disposit ivo é sim ples, porém , recorrent e em provas.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. Com base no art . 189, os at os processuais são
públicos, t odavia, alguns deles podem vir, em sit uações excepcionais, a t ram it ar
e m se gr e do de j ust iça .
A a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Vej am os ao art . 188, do
NCPC:
Art . 188. Os at os e os t erm os processuais independem de form a det erm inada, salvo quando
a lei expressam ent e a exigir, considerando- se válidos os que, realizados de out ro m odo, lhe
preencham a finalidade essencial.

A a lt e r na t iva D est á incorret a. Com o j á m encionado, o art . 188, do NCPC, t raz


que os at os e os t erm os pr oce ssua is inde pe n de m de form a det erm inada. É o
cont rário do afirm ado na alt ernat iva. A regra é a liberdade de form as.
A a lt e r na t iva E est á incorret a. De acordo com o art . 200, parágrafo único, do
NCPC, a desist ência da ação só produzirá efeit os após a hom ologação j udicial.
Parágrafo único. A de sist ê n cia da a çã o só pr oduzir á e fe it os a pós h om ologa çã o
j u dicia l.

Q9 3 . FCC/ TJ- PE/ 2 0 1 5 / a da pt a da


Quant o ao t em po e lugar dos at os processuais, é I NCORRETO afirm ar que:
a) são excepcionais os at os processuais prat icados nos feriados forenses
b) a cit ação e a penhora poderão, em casos excepcionais, realizar- se em
dom ingos e feriados, ou nos dias út eis, fora do horário legalm ent e

185
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est abelecido, observado o dispost o na Const it uição Federal, a respeit o da
inviolabilidade da casa do indivíduo.
c) podem ser concluídos após o horário legal os at os processuais, se houver
perigo de grave dano ou prej uízo à diligência com o adiam ent o.
d) com o regra geral, os at os processuais realizam - se na sede do j uízo.
e) não se prat icarão quaisquer at os processuais durant e os recessos
forenses, bem com o aos sábados.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á corret a. De fat o, os at os processuais prat icados nos feriados
forenses são excepcionais, a regra é a prát ica de at os em dias út eis ent re as 6 e
20 horas.
Confira:
Art . 212. Os at os processuais serão realizados em dias út eis, das 6 ( seis) às 20 ( vint e)
horas.
§ 1 o Serão concluídos após as 20 ( vint e) horas os at os iniciados ant es, quando o adiam ent o
prej udicar a diligência ou causar grave dano.
§ 2 o I ndependent em ent e de aut orização j udicial, as cit ações, int im ações e penhoras
poderão realizar- se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias
út eis fora do horário est abelecido nest e art igo, observado o dispost o no art . 5 o, inciso XI ,
da Const it uição Federal.

A a lt e r na t iva B est á corret a, pois est á previst o no art . 212, §2º , do NCPC,
independent em ent e de aut orização j udicial, que as cit a çõe s, as int im ações e os
pe nhor a s poderão realizar- se no período de férias forenses, onde as houver, e
nos feriados ou dia s út e is for a do h or á r io.
A a lt e r na t iva C est á corret a, conform e cit ado acim a.
A a lt e r n a t iva D est á corret a. Com base no art . 217, do NCPC, os at os
processuais realizar- se- ão ordinariam ent e na sede do j uízo, ou,
e x ce pciona lm e nt e , e m ou t r o luga r , em razão de deferência, de int eresse da
j ust iça, da nat ureza do at o ou de obst áculo arguido pelo int eressado e acolhido
pelo j uiz.
A a lt e r na t iva E est á incorret a e é o gabarit o da quest ão. De acordo com o art .
212, §2º , do NCPC, independent em ent e de aut orização j udicial, as cit ações, as
int im ações e os penhoras poderão realizar- se no período de férias forenses.
Confira, ainda, o art . 214, do NCPC:
Ar t . 2 1 4 . D u r a n t e a s fé r ia s for e n se s e n os fe r ia dos, nã o se pr a t ica r ã o a t os
pr oce ssua is, e x ce t ua n do- se :
I - os a t os pr e vist os n o a r t . 2 1 2 , § 2 o;
I I - a t u t e la de u r gê ncia .

Q9 4 . FCC/ TRE- RR/ 2 0 1 5 / a da pt a da

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Gabriel é advogado recém - form ado. No final do ano de 2014 ele fez carga
de um processo que est ava com prazo para m anifest ação. Após o recesso
forense, Gabriel não devolveu os aut os um a vez que os esqueceu em sua
chácara na cidade de Caracaraí. Nest e caso, de acordo com o Código de
Processo Civil, se Gabriel for devidam ent e int im ado para devolver os aut os,
t erá o prazo de
a) 48 horas sob pena de perder o direit o à vist a fora de cart ório e incorrer
em m ult a, correspondent e à m et ade do salário m ínim o vigent e na sede do
j uízo.
b) 24 horas sob pena de perder o direit o à vist a fora de cart ório e incorrer
em m ult a, correspondent e a dois salários m ínim os vigent e na sede do j uízo.
c) 2 dias sob pena de incorrer em m ult a, correspondent e a um salário m ínim o
vigent e na sede do j uízo.
d) 24 horas sob pena de incorrer em m ult a, correspondent e a um salário
m ínim o vigent e na sede do j uízo
e) 3 dias sob pena de perder o direit o à vist a fora de cart ório e incorrer em
m ult a, correspondent e à m et ade do salário m ínim o vigent e na sede do j uízo.

Com e nt á r ios
Com base no art . 234, §2º , do NCPC, se o advogado for int im ado e não devolver
os aut os no prazo de 3 dias, perderá o direit o à vist a fora de cart ório e incorrerá
em m ult a correspondent e à m et ade do salário- m ínim o.
Dessa form a, a a lt e r na t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q9 5 . FCC/ CN M P/ 2 0 1 5
Os at os processuais do j uiz
a) precisam ser provocados pelas part es.
b) podem ser prat icados pelo escrivão, sem exceção, desde que revist os pelo
j uiz.
c) se lim it am a resolver quest ões incident es no curso do processo.
d) precisam cont er relat ório, os fundam ent os e disposit ivo, se consist ent es
em sent ença.
e) consist irão em sent enças, decisões ordinat órias e despachos.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. As part es possuem liberdade para a prát ica de
at os processuais que geram efeit os de form a im ediat a.
A a lt e r n a t iva B est á incorret a. Com base no art . 203, §4º , do NCPC, os at os
processuais podem ser prat icados pelo servidor e revist os pelo j uiz quando
necessário.

187
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§ 4 o Os at os m eram ent e ordinat órios, com o a j unt ada e a vist a obrigat ória, independem de
despacho, devendo ser prat icados de ofício pe lo se r vidor e r e vist os pe lo j u iz qu a ndo
n e ce ssá r io.

A a lt e r na t iva C est á incorret a, pois não há t al previsão. Apenas decisões


int erlocut órias decidem incident es e serão prat icadas pelo m agist rado, não pelas
part es.
A a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois est á previst o no art .
489, do NCPC
Art . 489. São elem ent os essenciais da sent ença:
I - o r e la t ór io, que cont erá os nom es das part es, a ident ificação do caso, com a sum a do
pedido e da cont est ação, e o regist ro das principais ocorrências havidas no andam ent o do
processo;
I I - os fu nda m e n t os, em que o j uiz analisará as quest ões de fat o e de direit o;
I I I - o disposit ivo, em que o j uiz resolverá as quest ões principais que as part es lhe
subm et erem .

Muit o em bora sej a assunt o a ser m elhor est udado em out ra aula, desde j á você
pode m em orizar que a est rut ura da sent ença ou do acórdão é com post a por
relat ório, fundam ent os e disposit ivo.
A a lt e r n a t iva E est á incorret a. De acordo com o art . 203, do NCPC, os
pronunciam ent os do j uiz consist irão em sent enças, decisões int erlocut órias e
despachos.
Art . 203. Os pronunciam ent os do j uiz consist irão em sent enças, de cisõe s in t e r locu t ór ia s
e despachos.

Não exist e a figura das “ decisões ordinat órias” .

Q9 6 . FCC/ CN M P/ 2 0 1 5 / a da pt a da
Segundo as regras do Código de Processo Civil:
a) à, ao procurador, ao m em bro do Minist ério Público, ao defensor público e
aos auxiliares da j ust iça não é facult ado rubricar as folhas correspondent es
aos at os em que int ervieram .
b) é possível lançar nos aut os cot as m arginais ou int erlineares desde que
não ofensivas ao j uiz ou a qualquer das part es.
c) os at os das part es consist ent es em declarações unilat erais ou bilat erais
de vont ade produzem im ediat am ent e a const it uição, a m odificação ou a
ext inção de direit os processuais.
d) é facult ada a ut ilização de abreviat uras nos at os e t erm os do processo.
e) a desist ência da ação produzirá efeit o independent em ent e de
hom ologação por sent ença.

Com e nt á r ios

188
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A a lt e r na t iva A est á incorret a. O art . 207, do NCPC, det erm ina que à part e, ao
procurador, ao m em bro do Minist ério Público, ao defensor público e aos auxiliares
da j ust iça é fa cult a do rubricar as folhas correspondent es aos at os em que
int ervierem .
A a lt e r na t iva B est á incorret a. De acordo com o art . 202, do NCPC, é ve da do
lançar nos aut os cot as m arginais ou int erlineares, as quais o j uiz m andará riscar,
im pondo, a quem as escrever, m ult a correspondent e à m et ade do salário-
m ínim o.
A a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois reproduz o art . 200,
do NCPC:
Art . 200. Os at os das part es consist ent es em declarações unilat erais ou bilat erais de
vont ade produzem im ediat am ent e a const it uição, m odificação ou ext inção de direit os
processuais.
Parágrafo único. A desist ência da ação só produzirá efeit os após hom ologação j udicial.

A a lt e r na t iva D est á incorret a, pios não há referência nesse sent ido no NCPC. O
que se adm it e é a ut ilização da t aquigrafia e da est enot ipia, ou de out ro m ét odo
idôneo em qualquer j uízo ou t ribunal, pelo servidor para a prát ica de at os orais.
Da form a com o a alt ernat iva foi criada, ela ficou genérica em excesso, m ot ivo
que faz com que est ej a incorret a.
A a lt e r n a t iva E est á incorret a. Conform e art . 200, parágrafo único ( acim a
cit ado) , a desist ência da ação só produzirá efeit os a pós hom ologa çã o j udicia l.

Q9 7 . FCC/ CN M P/ 2 0 1 5 / a da pt a da
Quant o aos prazos para a prát ica dos at os processuais, prescreve o Código
de Processo Civil que:
a) o j uiz poderá, nas com arcas onde for difícil o t ransport e, prorrogar t ant os
os prazos, m as nunca por m ais de t rint a dias.
b) dent re out ros, o prazo para int erposição de recurso, para apresent ar
respost a e para se m anifest ar sobre o laudo perícia não podem ser alt erados
pela part e.
c) não havendo preceit o legal nem assinação pelo j uiz, será de 5 ( cinco) dias
o prazo para a prát ica de at o processual a cargo da part e.
d) salvo disposição em cont rário, com put ar- se- ão os prazos a part ir do dia
da int im ação.
e) é im possível às part es reduzir ou prorrogar os prazos.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. De acordo com o art . 222, do NCPC, na com arca,
seção ou subseção j udiciária onde for difícil o t ransport e, o j uiz poderá prorrogar
os prazos por a t é 2 m e se s.

189
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
Curso em teoria e exercícios
Prof. Ricardo Torques 01
A a lt e r na t iva B e E est ão incorret as, pois, com o est udado, os prazos podem ser
flexibilizados pelas part es.
A a lt e r n a t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois se refere ao art .
218, §3º , do NCPC:
§ 3 o I nexist indo preceit o legal ou prazo det erm inado pelo j uiz, será de 5 ( cinco) dias o prazo
para a prát ica de at o processual a cargo da part e.

A a lt e r na t iva D est á incorret a. Segundo o art . 224, os pr a zos se r ã o cont a dos


e x cluindo o dia do com e ço e inclu indo o dia do ve n cim e nt o.

Q9 8 . CEFET- BA/ M PE- BA/ 2 0 1 5 / a da pt a da


Quant o a prazos e sua aplicação, é CORRETO afirm ar que:
a) Devem ser cum pridos pelas part es, sob pena de preclusão t em poral,
perdendo a part e, por om issão, a faculdade processual da prát ica do at o.
b) Os prazos legais podem ser m odificados a crit ério do j ulgador.
c) Diz- se da preclusão consum at iva t rat ar- se da prát ica de at o com pat ível
com out ro ant eriorm ent e prat icado pela part e.
d) Os prazos não podem ser alt erados pela vont ade das part es
e) Os at os processuais não est ão suj eit os à preclusão.

Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Essa é a principal
consequência, caso não sej a prat icado o at o processual pela part e.
A a lt e r n a t iva B est á incorret a. Conform e art . 218, §1º , do NCPC, som ent e é
dado ao j uiz fixar um prazo na ausência do prazo fixado pela lei.
Art . 218. Os at os processuais serão realizados nos prazos prescrit os em lei.
§ 1 o Quando a lei for om issa, o j uiz det erm inará os prazos em consideração à com plexidade
do at o.

A a lt e r na t iva C est á incorret a. A conceit uação é da preclusão lógica. A preclusão


consum at iva é decorrent e da prát ica do at o processual.
A a lt e r n a t iva D est á incorret a, pois é adm issível a alt eração de prazos pela
vont ade das part es.
A a lt e r na t iva E est á incorret a, pois os at os processuais est ão suj eit os a prazos
que im plicam preclusão se não forem prat icados no t em po oport uno.

Q9 9 . FCC/ TRT2 4 ª R- M S/ 2 0 1 4 / a da pt a da
Quant o a prazos e preclusão, é corret o afirm ar:
a) os prazos das part es e dos t erceiros int ervenient es em regra são próprios,
t endo de ser respeit ados sob pena de preclusão t em poral, com a perda da
faculdade processual da prát ica do at o.

190
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
Curso em teoria e exercícios
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b) os at os processuais j udiciais não est ão suj eit os a preclusão em nenhum a
hipót ese.
c) a preclusão consum at iva consist e na perda da faculdade processual de
prat icar um at o que sej a logicam ent e incom pat ível com out ro consum ado
ant eriorm ent e.
d) os prazos cogent es são dilat órios, podendo ser alt erados pela vont ade das
part es.
e) não é possível às part es, desde que de acordo, prorrogar os prazos.

Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Prazos próprios são
aqueles cuj o vencim ent o acarret a preclusão t em poral, ou sej a, a perda da
faculdade processual pelo decurso do t em po.
A a lt e r n a t iva B est á incorret a. Os at os processuais j udiciais e st ã o suj eit os à
preclusão em nenhum a hipót ese.
A a lt e r n a t iva C est á incorret a. A pr e clusã o lógica consist e na perda da
faculdade processual de prat icar um at o que sej a logicam ent e incom pat ível com
out ro consum ado ant eriorm ent e.
A pr e clu sã o consum a t iva ocorre pela própria prát ica do at o que, um a vez
realizado, não poderá m ais ser renovado ou com plem ent ado.
A a lt e r n a t iva D est á incorret a. Os prazos cogent es são perem pt órios, e não
dilat órios, não podendo ser alt erados pela vont ade das part es. Vej am os o art .
222, §1º , do NCPC.
Art . 222. Na com arca, seção ou subseção j udiciária onde for difícil o t ransport e, o j uiz
poderá prorrogar os prazos por at é 2 ( dois) m eses.
§ 1 o Ao j uiz é vedado reduzir prazos perem pt órios sem anuência das part es.

A a lt e r na t iva E est á incorret a. Às part es é perm it ido, em com um acordo, reduzir


ou prorrogar os prazos processuais por int erm édio do negócio j urídico processual
( art . 190, do NCPC) e por int erm édio da calendarização processual ( art . 191, do
NCPC) .

Q1 0 0 . FCC/ D PE- CE/ 2 0 1 4


Quant o aos at os processuais, sua form a e prazos:
a) salvo disposição em cont rário, com put ar- se- ão os prazos, incluindo o dia
do com eço e excluindo o do vencim ent o.
b) são válidos os at os processuais que, realizados de form a diversa da
previst a em lei, lhe preencham a finalidade essencial.
c) quando a lei não m arcar out ro prazo, as int im ações som ent e obrigarão a
com parecim ent o depois de decorridos cinco dias.

191
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
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d) por m andam ent o const it ucional, que se sobrepõe à lei processual civil,
ent ende- se hoj e que t odos os at os processuais são públicos, sem exceção.
e) desde que de com um acordo, podem as part es dilat ar quaisquer prazos,
m as não reduzi- los, o que é defeso inclusive ao órgão j urisdicional.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. Vej am os o art . 224, do NCPC.
Art . 224. Salvo disposição em cont rário, os pr a zos se r ã o con t a dos e x clu in do o dia do
com e ço e in clu in do o dia do ve n cim e n t o.

A a lt e r n a t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois se refere ao art .


188.
Art . 188. Os at os e os t erm os processuais independem de form a det erm inada, salvo quando
a lei expressam ent e a exigir, considerando- se válidos os que, realizados de out ro m odo, lhe
preencham a finalidade essencial.

A a lt e r na t iva C est á incorret a. De acordo com o art . 218, §2º , do NCPC, quando
a lei não m arcar out ro prazo, as int im ações som ent e obrigarão o com parecim ent o
depois de decorridas 48 horas.
§ 2 o Quando a lei ou o j uiz não det erm inar prazo, as int im ações som ent e obrigarão a
com parecim ent o após decorridas 4 8 ( qu a r e n t a e oit o) hor a s.

A a lt e r na t iva D est á incorret a. Com base no art . 5º , LX, da CF, a lei só poderá
rest ringir a publicidade dos at os processuais quando a defesa da int im idade ou o
int eresse social o exigirem .
A a lt e r n a t iva E est á incorret a, pois a part es podem flexibilizar os prazos
processuais, reduzindo- os ou aum ent ando- os.

Q1 0 1 . FCC/ TCE- GO/ 2 0 1 4


Num procedim ent o ordinário há dois réus, am bos represent ados pelo m esm o
advogado. Na audiência, o j uiz ordenou que os réus se m anifest assem sobre
docum ent o j unt ado pelo aut or, sem fixar prazo. Nesse caso, o prazo para
m anifest ação será de
a) 3 dias, iniciando- se no dia da audiência.
b) 10 dias, iniciando- se no prim eiro dia út il subsequent e à audiência.
c) 5 dias, iniciando- se no dia da audiência.
d) 10 dias, iniciando- se no dia da audiência.
e) 5 dias, iniciando- se no prim eiro dia út il subsequent e à audiência.

Com e nt á r ios
Com base no art . 218, §3º , do NCPC, não exist indo preceit o legal ou prazo
det erm inado pelo j uiz, será de 5 dias para a prát ica de at o processual a cargo da
part e.

192
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§ 3 o I nexist indo preceit o legal ou prazo det erm inado pelo j uiz, será de 5 ( cin co) dia s o
prazo para a prát ica de at o processual a cargo da part e.

Quant o à cont agem do prazo, at enção. O t erm o a quo do prazo é o dia da


audiência, cont udo, o curso com eça apenas no dia seguint e.
Port ant o, a a lt e r na t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q1 0 2 . FCC/ TCE- GO/ 2 0 1 4


Considere:
I . Perda da faculdade processual em função do decurso do prazo previst o em
lei ou assinado pelo j uiz sem o seu exercício.
I I . Perda da faculdade processual em razão da prát ica de at o incom pat ível
com aquele que se pret ende realizar. Os conceit os acim a dizem respeit o,
respect ivam ent e, à preclusão
Os conceit os acim a dizem respeit o, respect ivam ent e, à preclusão
a) lógica e consum at iva.
b) t em poral e lógica.
c) lógica e t em poral.
d) t em poral e consum at iva
e) consum at iva e t em poral.

Com e nt á r ios
São t rês espécies t radicionais de preclusão:
• Pr e clusã o t e m por a l: é a ext inção da faculdade de prat icar um
det erm inado at o processual em virt ude de haver decorrido o prazo fixado
na lei.
• Pr e clusã o lógica : é a ext inção da faculdade de prat icar um det erm inado
at o processual em virt ude da não com pat ibilidade de um at o com out ro j á
realizado.
• Pr e clusã o consu m a t iva : é a ext inção da faculdade de prat icar um
det erm inado at o processual em virt ude de j á haver ocorrido a oport unidade
para t ant o.
Dessa form a, o it em I se refere à preclusão t em poral e o it em I I à preclusão
lógica. Port ant o, a a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q1 0 3 . FGV/ TJ- GO/ 2 0 1 4


Maria propõe dem anda j udicial em face de João, pleit eando danos m at eriais
e m orais decorrent es do fat o dest e t er quebrado a j anela de sua casa com
um a bola de fut ebol. O réu, em cont est ação, não nega o fat o e afirm a
reconhecer a procedência do pedido do dano m at erial. Afirm a que reconhece
t er quebrado a j anela da casa da aut ora e que deve reparar esse dano.
Todavia, im pugna qualquer pedido de dano m oral sobre esse fat o, alegando

193
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
Curso em teoria e exercícios
Prof. Ricardo Torques 01
que ninguém se m achucou e que a casa est ava vazia quando do ocorrido.
Port ant o, apresent a defesa em relação ao dano m oral pleit eado e prot est a
por provas para com provar sua alegação. O j uiz do feit o, em seu
pronunciam ent o, reconhece a procedência do pedido de dano m at erial e
det erm ina a produção das provas requeridas pelas part es para apurar a
exist ência de dano m oral no caso. A nat ureza j urídica do at o do j ulgador que
reconheceu a procedência do pedido em relação ao dano m at erial é
considerado:
a) sent ença definit iva, pois reconheceu a procedência do pedido e pôs fim
ao m érit o da causa;
b) decisão int erlocut ória, pois não houve a resolução do m érit o t ot al, eis que
ainda segue a relação processual com a dem anda sobre o dano m oral;
c) despacho, pois o j uiz apenas concordou com as part es sem resolver a lide;
d) sent ença t erm inat iva, pois não haverá resolução do m érit o, eis que o réu
concordou com o pedido;
e) sent ença det erm inat iva, pois o processo cont inua para provim ent o final.

Com e nt á r ios
Os pronunciam ent os do j uiz consist irão em sent enças, decisões int erlocut órias e
despachos e est ão previst os no art . 203, do NCPC.
Art . 203. Os pronunciam ent os do j uiz consist irão em sent enças, decisões int erlocut órias e
despachos.
§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedim ent os especiais, sent ença é o
pronunciam ent o por m eio do qual o j uiz, com fundam ent o nos art s. 485 e 487, põe fim à
fase cognit iva do procedim ent o com um , bem com o ext ingue a execução.
§ 2o Decisão int erlocut ória é t odo pronunciam ent o j udicial de nat ureza decisória que não se
enquadre no § 1o.
§ 3o São despachos t odos os dem ais pronunciam ent os do j uiz prat icados no processo, de
ofício ou a requerim ent o da part e.
§ 4o Os at os m eram ent e ordinat órios, com o a j unt ada e a vist a obrigat ória, independem de
despacho, devendo ser prat icados de ofício pelo servidor e revist os pelo j uiz quando
necessário.

São dois pedidos form ulados:


 condenação do réu ao pagam ent o de danos m at eriais; e
 condenação do réu ao pagam ent o de danos m orais.

Em relação aos danos m at eriais, a part e ré reconheceu o pedido da part e aut ora.
Opôs- se, ent ret ant o, em relação ao pagam ent o de danos m orais.
I sso irá im plicar resolução parcial da lide que, com o não pôs fim à fase de
conhecim ent o, é classificada com o decisão int erlocut ória. Logo, a a lt e r na t iva B
é a corret a e gabarit o da quest ão.

Q1 0 4 . VUN ESP/ I PT- SP/ 2 0 1 4 / a da pt a da

194
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Quant o aos at os processuais, assinale a alt ernat iva corret a.
a) Em t odos os at os e t erm os do processo é obrigat ório o uso de vernáculo,
sendo inadm issíveis docum ent os escrit os em língua est rangeira, ainda que
acom panhados de versão em vernáculo, firm ados por t radut or j uram ent ado.
b) Os at os das part es, consist ent es em declarações unilat erais ou bilat erais
de vont ade, dent re os quais a desist ência da ação, produzem efeit os
im ediat am ent e, independent em ent e de hom ologação pelo j uiz.
c) Os at os e t erm os processuais sem pre dependem de form a det erm inada,
reput ando- se inválidos os realizados de out ro m odo.
d) Os at os processuais podem ser t ot al ou parcialm ent e digit ais, de form a a
perm it ir que sej am produzidos, com unicados, arm azenados e validados por
m eio elet rônico, na form a da lei.
e) É defeso às part es, ao procurador, ao m em bro do Minist ério Público, ao
defensor e aos auxiliares da j ust iça rubricar as folhas dos aut os
correspondent es aos at os em que int ervieram .

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. De acordo com o art . 192, do NCPC, em t odos os
at os e t erm os do processo é obrigat ório o uso da língua port uguesa. O docum ent o
redigido em língua est rangeira som ent e poderá ser j unt ado aos aut os quando
acom panhado de versão para a língua port uguesa t ram it ada por via diplom át ica,
pela aut oridade cent ral ou firm ada por t radut or j uram ent ado.
A a lt e r n a t iva B est á incorret a. Conform e art . 200, do NCPC, a desist ência da
ação só produzirá efeit os após hom ologação j udicial.
Art . 200. Os at os das part es consist ent es em declarações unilat erais ou bilat erais de
vont ade produzem im ediat am ent e a const it uição, m odificação ou ext inção de direit os
processuais.
Parágrafo único. A desist ência da ação só produzirá efeit os a pós h om ologa çã o j u dicia l.

A a lt e r na t iva C est á incorret a. Com base no art . 188, do NCPC, os at os e t erm os


processuais independem de form a det erm inada, reput ando- se válidos os
realizados de out ro m odo.
Art . 188. Os at os e os t erm os processuais in de pe nde m de for m a de t e r m in a da , salvo
quando a lei expressam ent e a exigir, con side r a n do- se vá lidos os que, realizados de out ro
m odo, lhe preencham a finalidade essencial.

A a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois se refere ao art .


193, do NCPC.
Art . 193. Os at os processuais podem ser t ot al ou parcialm ent e digit ais, de form a a perm it ir
que sej am produzidos, com unicados, arm azenados e validados por m eio elet rônico, na
form a da lei.

A a lt e r n a t iva E est á incorret a. Segundo o art . 207, do NCPC, é perm it ido às


part es, ao procurador, ao m em bro do Minist ério Público, ao defensor e aos

195
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auxiliares da j ust iça rubricar as folhas dos aut os correspondent es aos at os em
que int ervieram .
Parágrafo único. À part e, ao procurador, ao m em bro do Minist ério Público, ao defensor
público e aos auxiliares da j ust iça é fa cult a do r u br ica r as folhas correspondent es aos at os
em que int ervierem .

Q1 0 5 . TRT2 3 ª R- M T/ TRT2 3 ª R- M T/ 2 0 1 4 / a da pt a da
Assinale a alt ernat iva CORRETA:
a) Os at os processuais realizar- se- ão em dias út eis, das 8 ( oit o) às 20 ( vint e)
horas. Todavia, serão concluídos após as 20 ( vint e) horas os at os iniciados
ant es, quando o adiam ent o prej udicar a diligência ou causar grave dano.
b) É defeso às part es e ao j uiz, ainda que t odas est ej am de acordo, reduzir
ou prorrogar os prazos perem pt órios. Em caso de calam idade pública,
poderá ser excedido o lim it e previst o nest e art igo para a prorrogação de
prazos.
c) A cit ação far- se- á pelo correio, m esm o nas ações de est ado das pessoas,
por oficial de j ust iça, por edit al e por m eio elet rônico, conform e regulado em
lei própria.
d) As cit ações e as int im ações serão nulas, quando feit as sem observância
das prescrições legais. Anulado o at o, reput am - se de nenhum efeit o t odos
os subseqüent es, que dele dependam . Todavia, a nulidade de um a part e do
at o prej udicará as out ras post eriores, ainda que sej am independent es.
e) É lícit o a qualquer int eressado cobrar os aut os ao advogado que exceder
o prazo legal. Se, int im ado, não os devolver dent ro em 3 dias, perderá o
direit o à vist a fora de cart ório e incorrerá em m ult a, correspondent e à
m et ade do salário m ínim o vigent e na sede do j uízo.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. Conform e art . 212, do NCPC, os at os processuais
serão realizados em dias út eis, das 6 ( seis) às 20 ( vint e) horas.
Art . 212. Os at os processuais serão realizados em dias út eis, da s 6 ( se is) à s 2 0 ( vin t e )
h or a s.
§ 1 o Serão concluídos após as 20 ( vint e) horas os at os iniciados ant es, quando o adiam ent o
prej udicar a diligência ou causar grave dano.

A a lt e r na t iva B est á incorret a.


Art . 222. Na com arca, seção ou subseção j udiciária onde for difícil o t ransport e, o j uiz
poderá prorrogar os prazos por at é 2 ( dois) m eses.
§ 1 o Ao j uiz é vedado reduzir prazos perem pt órios sem anuência das part es.
§ 2 o Havendo calam idade pública, o lim it e previst o no caput para prorrogação de prazos
poderá ser excedido.

196
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A a lt e r na t iva C est á incorret a. Com base no art . 247, I , do NCPC, a cit ação será
feit a pelo correio para qualquer com arca do país, e x ce t o nas ações de est ado,
conform e será m elhor est udado em out ra oport unidade nest e curso.
A a lt e r n a t iva D est á incorret a. De acordo com os art . 280 e 281, am bos do
NCPC, as cit ações e as int im ações serão nulas quando feit as sem observância das
prescrições legais. Anulado o at o, consideram - se de nenhum efeit o t odos os
subsequent es que dele dependam , t odavia, a nulidade de um a part e do at o nã o
pr e j udica r á as out ras que dela sej am independent es.
A a lt e r na t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois est á previst o no art .
234, §2º , do NCPC:
§ 2 o Se, int im ado, o advogado não devolver os aut os no prazo de 3 ( t rês) dias, perderá o
direit o à vist a fora de cart ório e incorrerá em m ult a correspondent e à m et ade do salário-
m ínim o.

Q1 0 6 . FCC/ TJ- CE/ 2 0 1 4 / a da pt a da


Exam ine os enunciados seguint es, referent es aos at os processuais:
I . As part es poderão exigir recibo de pet ições, arrazoados, papéis e
docum ent os que ent regarem em cart ório.
I I . Com o regra geral, os at os processuais não dependem de form a
det erm inada, configurando- se com o válidos os que, realizados de out ro
m odo, preencham sua finalidade.
I I I . Para ser anexado aos aut os, o docum ent o redigido em língua est rangeira
deverá ser acom panhado de versão em vernáculo, firm ada por t radut or
j uram ent ado ou cuj a aut ent icação da t radução, se realizada sem t radut or
oficial, sej a assegurada pelo advogado da part e.
I V. Os at os das part es, consist ent es em declarações unilat erais ou bilat erais
de vont ade, produzem desde logo a const it uição, a m odificação ou a ext inção
de direit os processuais.
Est ão corret os
a) I , I I e I I I , apenas.
b) I , I I I e I V, apenas.
c) I , I I , I I I e I V.
d) I , I I e I V, apenas.
e) I I , I I I e I V, apenas.

Com e nt á r ios
Vam os analisar cada um dos it ens:
O it em I est á corret o, pois reproduz o art . 201, do NCPC:
Art . 201. As part es poderão exigir recibo de pet ições, arrazoados, papéis e docum ent os
que ent regarem em cart ório.

197
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O it em I I est á corret o, pois se refere ao art . 188, do NCPC:
Art . 188. Os at os e os t erm os processuais independem de form a det erm inada, salvo quando
a lei expressam ent e a exigir, considerando- se válidos os que, realizados de out ro m odo, lhe
preencham a finalidade essencial.

O it em I I I est á incorret o. De acordo com o art . 192, do NCPC, o docum ent o


redigido em língua est rangeira som ent e poderá ser j unt ado aos aut os quando
acom panhado de versão para a língua port uguesa t ram it ada por via diplom át ica,
pela aut oridade cent ral ou firm ada por t radut or j uram ent ado.
O it em I V est á corret o, pois reproduz o art . 200, do NCPC:
Art . 200. Os at os das part es consist ent es em declarações unilat erais ou bilat erais de
vont ade produzem im ediat am ent e a const it uição, m odificação ou ext inção de direit os
processuais.

Assim , a a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q1 0 7 . CESPE/ TJ- CE/ 2 0 1 4 / a da pt a da


Considerando a disciplina do Código de Processo Civil, assinale a opção
corret a acerca dos at os processuais.
a) Não se processam - se durant e as férias forenses, onde as houver, e se
suspendem pela superveniência delas os procedim ent os de j urisdição
volunt ária e os necessários à conservação de direit os, quando puderem ser
prej udicados pelo adiam ent o.
b) Mediant e acordo escrit o prot ocolado nos aut os, as part es podem prorrogar
ou reduzir os prazos para int erposição de recursos, m esm o que j á exauridos.
c) Com pet e ao servidor prat icar os at os m eram ent e ordinat órios, com o a
j unt ada e a vist a obrigat ória, por iniciat iva própria, independent em ent e de
despacho do j uiz.
d) Por ser at o unilat eral, a desist ência da ação produz efeit os t ão logo a part e
prot ocole a pet ição com o pedido.
e) Em casos excepcionais, a crit ério do j uiz, a cit ação e a penhora podem
ser realizadas nos dom ingos e feriados.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a, t endo em vist a o que const a do art . 215, I , do
NCPC:
Art . 215. Processam - se durant e as férias forenses, onde as houver, e não se suspendem
pela superveniência delas:
I - os procedim ent os de j urisdição volunt ária e os necessários à conservação de direit os,
quando puderem ser prej udicados pelo adiam ent o; ( ...)

A a lt e r na t iva B est á incorret a, pois não é possível est ender prazo j á vencido.
A a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão em face do que prevê o
art . 203, §4º , do NCPC:

198
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
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§ 4 o Os at os m eram ent e ordinat órios, com o a j unt ada e a vist a obrigat ória, independem de
despacho, devendo ser prat icados de ofício pelo servidor e revist os pelo j uiz quando
necessário.

A a lt e r na t iva D est á incorret a. Vej a:


Art . 200. Os at os das part es consist ent es em declarações unilat erais ou bilat erais de
vont ade produzem im ediat am ent e a const it uição, m odificação ou ext inção de direit os
processuais.
Parágrafo único. A desist ência da ação só produzirá efeit os após hom ologação j udicial.

A a lt e r n a t iva E est á incorret a. De acordo com o art . 212, §2º , do NCPC,


inde pe n de nt e m e nt e de a ut or iza çã o j udicia l, as cit ações, as int im ações e as
penhoras poderão realizar- se no período de férias forenses, onde as houver, e
nos feriados ou dias út eis fora do horário;

Q1 0 8 . TRT 2 R ( SP) / TRT - 2 ª REGI ÃO ( SP) / 2 0 1 4 / a da pt a da


No que concerne à form a dos at os processuais, apont e a alt ernat iva corret a:
a) Os at os processuais que dizem respeit o a casam ent o, filiação, separação
de cônj uges e guarda de m enores são públicos, podendo t erceiro que
dem onst re int eresse, consult ar os aut os.
b) At os m eram ent e ordinat órios, com o a j unt ada e a vist a obrigat ória,
dependem de despacho do j uiz, não podendo ser prat icados de ofício pelo
servidor.
c) Salvo no Dist rit o Federal e nas capit ais dos Est ados, t odas as pet ições e
docum ent os que inst ruírem o processo, quando const ant es de regist ro
público, serão sem pre acom panhadas de cópia, dat ada e assinada por quem
as oferecer.
d) É defeso lançar nos aut os cot as m arginais ou int erlineares, salvo com
perm issão do j uiz da causa.
e) Event uais cont radições na t ranscrição deverão ser suscit adas oralm ent e
no m om ent o de realização do at o, sob pena de preclusão, devendo o j uiz
decidir de plano e ordenar o regist ro, no t erm o, da alegação e da decisão.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. De acordo com o art . 189, I I , os at os processuais
são públicos, t oda via , t r a m it a m e m se gr e do de j ust iça os processos que
versem sobre casam ent o, separação de corpos, divórcio, separação, união
est ável, filiação, alim ent os e guarda de crianças e adolescent es.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. Com base no art . 203, §4º , os at os m eram ent e
ordinat órios, com o a j unt ada e a vist a obrigat ória, inde pe nde m de despacho,
devendo ser prat icados de ofício pelo servidor e revist os pelo j uiz, quando
necessário.
A a lt e r na t iva C est á incorret a. Não há t al previsão no NCPC.

199
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A a lt e r na t iva D est á incorret a. Conform e art . 202, é vedado lançar nos aut os
cot as m arginais ou int erlineares, sem exceções.
A a lt e r na t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois reproduz o art . 209,
§2º .
§ 2 o Na hipót ese do § 1 o , event uais cont radições na t ranscrição deverão ser suscit adas
oralm ent e no m om ent o de realização do at o, sob pena de preclusão, devendo o j uiz decidir
de plano e ordenar o regist ro, no t erm o, da alegação e da decisão.

Q1 0 9 . FCC/ Câ m a r a M unicipa l de Sã o Pa ulo – SP/ 2 0 1 4


No t ocant e ao t em po e lugar dos at os processuais, considere as afirm ações
abaixo.
I . Durant e as férias e nos feriados não se prat icarão aos processuais, com a
única exceção das m edidas caut elares urgent es.
I I . Ent re out ros, processam - se durant e as férias e não se suspendem pela
superveniência delas os at os de j urisdição volunt ária, bem com o os
necessários à conservação de direit os, quando possam ser prej udicados pelo
adiam ent o.
I I I . Os at os processuais realizam - se necessariam ent e na sede do j uízo, só
se efet uando em out ro lugar em razão de obst áculo arguido pelo int eressado
e acolhido pelo j uiz.
Est á corret o o que se afirm a APENAS em
a) I e I I .
b) I I e I I I .
c) I I I .
d) I
e) I I

Com e nt á r ios
Vam os analisar cada um dos it ens:
O it em I est á incorret o. O art . 215, do NCPC, m enciona em quais hipót eses se
prat icarão os at os processuais durant e as férias forenses.
Art . 215. Processam - se durant e as férias forenses, onde as houver, e não se suspendem
pela superveniência delas:
I - os procedim ent os de j urisdição volunt ária e os necessários à conservação de direit os,
quando puderem ser prej udicados pelo adiam ent o;
I I - a ação de alim ent os e os processos de nom eação ou rem oção de t ut or e curador;
I I I - os processos que a lei det erm inar.

O it em I I est á corret o. Conform e m encionado acim a, no inciso I .


O it em I I I est á incorret o. De acordo com o art . 217, os at os processuais realizar-
se- ão ordinariam ent e na sede do j uízo, ou, excepcionalm ent e, e m out r o lu ga r

200
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e m r a zã o de de fe r ê ncia , de int e r e sse da j ust iça , da na t ur e za do a t o ou
de obst á culo a r guido pe lo in t e r e ssa do e a colhido pe lo j uiz.
Assim , a a lt e r na t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q1 1 0 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 1 4 / a da pt a da


Quant o aos prazos, assinale a alt ernat iva corret a.
a) Não havendo preceit o legal, o prazo será de 10 dias para a part e.
b) Podem o j uiz e as part es, de com um acordo, fixar calendário para a prát ica
dos at os processuais.
c) Os prazos com eçam a correr no dia da int im ação.
d) Em regra, com put ar- se- ão os prazos, incluindo o dia do com eço.
e) O prazo, est abelecido pela lei ou pelo j uiz, int errom pe- se nos feriados.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. De acordo com o art . 218, §3º , do NCPC,
inexist indo preceit o legal ou prazo det erm inado pelo j uiz, será de 5 dia s o prazo
para a prát ica de at o processual a cargo da part e.
A a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois reproduz o art . 191,
do NCPC:
Art . 191. De com um acordo, o j uiz e as part es podem fixar calendário para a prát ica dos
at os processuais, quando for o caso.

A a lt e r n a t iva C est á incorret a. Conform e art . 224, do NCPC, salvo disposição


em cont rário, os pr a zos se r ã o cont a dos e x cluindo o dia do com e ço e
inclu indo o dia do ve ncim e nt o.
A a lt e r na t iva D est á incorret a. Com o j á m encionado, os prazos serão cont ados
e x cluindo o dia do com eço.
A a lt e r n a t iva E est á incorret a. O prazo não se int errom pe nos feriados,
suspende- se.

Q1 1 1 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 0 6 / a da pt a da


Quant o ao t em po dos at os processuais, pode- se afirm ar:
a) Os at os processuais realizar- se- ão em dias út eis, das 6 às 20 horas.
b) O j uiz deve aut orizar que a cit ação e a penhora se realizem em dom ingos
e feriados.
c) O prazo para respost a do réu só com eçará a correr no t erceiro dia út il
seguint e ao feriado ou férias.
d) Apenas o dom ingo e os dias declarados por lei são considerados feriados.
e) É vedada a produção ant ecipada de provas durant e as férias ou feriados.

201
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
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Com e nt á r ios
Vej am os cada um a das alt ernat ivas.
A a lt e r n a t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Em regra, os at os
processuais são prat icados apenas em dias út eis ( segunda a sext a- feira) ent re as
6 e 20 horas.
A a lt e r na t iva B est á incorret a, pois é desnecessária qualquer aut orização j udicial
para que cit ação e penhora ocorra em sábados, dom ingos ou feriados.
A a lt e r n a t iva C est á incorret a, pois o prazo para respost a com eça a correr,
segundo as regras do NCPC, no prim eiro dia út il seguint e após a publicação.
A a lt e r na t iva D est á incorret a pelo uso do “ apenas” . Os sábados t am bém são
considerados feriados para fins de prát ica e cont agem do prazo dos at os
processuais.
A a lt e r na t iva E est á incorret a, pois a produção ant ecipada de provas const it ui
procedim ent o específico que pode ser prat icado durant e o período de férias ou
feriados em razão da urgência.

Q1 1 2 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 0 7


Quando a lei não m arcar out ro prazo, as int im ações som ent e obrigarão a
com parecim ent o depois de decorridas
a) 12 horas.
b) 24 horas.
c) 36 horas.
d) 48 horas.
e) 60 horas.

Com e nt á r ios
De acordo com o art . 218, §2º , do NCPC, quando a lei não m arcar out ro prazo,
as int im ações som ent e obrigarão a com parecim ent o depois de decorridas 48
horas. Vej am os:
§ 2 o Quando a lei ou o j uiz não det erm inar prazo, as int im ações som ent e obrigarão a
com parecim ent o após decorridas 48 ( quarent a e oit o) horas.

Dessa form a, a a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q1 1 3 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 0 7


É corret o afirm ar que
a) os at os processuais são de nat ureza pública e privada.
b) o princípio do sigilo dos at os processuais aplica- se indist int am ent e.
c) o direit o de consult ar os aut os é rest rit o apenas aos advogados.

202
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
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d) t odos os at os e t erm os do processo podem ser produzidos por m eio
elet rônico.
e) os at os processuais são válidos quando cum pridas t odas as solenidades e
não a sua finalidade essencial.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. Segundo o art . 189, da Lei nº 13.105/ 15, os at os
processuais são públicos, e não privados.
Art . 189. Os at os processuais são públicos, t odavia t ram it am em segredo de j ust iça os
processos:

A a lt e r na t iva B est á incorret a. O princípio do sigilo dos aut os processuais aplica-


se aos processos est abelecidos no art . 189, do NCPC. Vej am os:
Art . 189. Os at os processuais são públicos, t odavia t ram it am em segredo de j ust iça os
processos:
I - em que o exij a o int eresse público ou social;
I I - que versem sobre casam ent o, separação de corpos, divórcio, separação, união est ável,
filiação, alim ent os e guarda de crianças e adolescent es;
I I I - em que const em dados prot egidos pelo direit o const it ucional à int im idade;
I V - que versem sobre arbit ragem , inclusive sobre cum prim ent o de cart a arbit ral, desde que
a confidencialidade est ipulada na arbit ragem sej a com provada perant e o j uízo.

A a lt e r na t iva C est á incorret a. De acordo com o §1º , do art . 189, da referida


Lei, o direit o de consult ar os aut os é rest rit o às part es e seus procuradores.
§ 1 o O direit o de consult ar os aut os de processo que t ram it e em segredo de j ust iça e de
pedir cert idões de seus at os é rest rit o às part es e aos seus procuradores.

A a lt e r n a t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois é o que dispõe o


art . 193, do NCPC:
Art . 193. Os at os processuais podem ser t ot al ou parcialm ent e digit ais, de form a a perm it ir
que sej am produzidos, com unicados, arm azenados e validados por m eio elet rônico, na
form a da lei.

A a lt e r n a t iva E est á incorret a. Com base no art . 188, da referida Lei, os at os


processuais são válidos de qualquer m odo na form a da lei que at inj a finalidade
essencial, salvo quando a lei exigir expressam ent e form a det erm inada.
Art . 188. Os at os e os t erm os processuais independem de form a det erm inada, salvo quando
a lei expressam ent e a exigir, considerando- se válidos os que, realizados de out ro m odo, lhe
preencham a finalidade essencial.

Q1 1 4 . VUN ESP/ SP- URBAN I SM O/ 2 0 1 4 / a da pt a da


Sobre os prazos processuais descrit os no Código de Processo Civil, é corret o
afirm ar que
a) o Minist ério Público gozará de prazo em dobro para m anifest ar- se nos
aut os, que t erá início a part ir de sua int im ação pessoal.

203
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
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b) quando a lei ou o j uiz não det erm inarem o prazo para cum prim ent o de
det erm inada decisão, deverá t al det erm inação ser cum prida no prazo de t rês
dias út eis
c) havendo lit isconsórcio e t endo as part es advogados diferent es, som ent e
quando t al fat o se der no polo passivo, os prazos serão cont ados em dobro
para as part es.
d) a part e represent ada pelo Defensor Público t erá o quádruplo de prazo
para recorrer e o dobro de prazo para apresent ar defesa nos processos em
que for part e.
e) os prazos serão cont ados, incluindo- se o dia do início e excluindo- se o dia
do final, suspendendo- se a cont agem nos dom ingos.

Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois é o que dispõe o
art . 180, da Lei nº 13.105/ 15:
Art . 180. O Minist ério Público gozará de prazo em dobro para m anifest ar- se nos aut os, que
t erá início a part ir de sua int im ação pessoal, nos t erm os do art . 183, § 1o.

A a lt e r na t iva B est á incorret a. De acordo com o art . 218, §3º , do NCPC, o prazo
será de 5 cinco dias út eis.
§ 3 o I nexist indo preceit o legal ou prazo det erm inado pelo j uiz, será de 5 ( cinco) dias o prazo
para a prát ica de at o processual a cargo da part e.

A a lt e r na t iva C est á incorret a. Nesse caso, o prazo será cont ado em dobro para
t odas as m anifest ações. Vej am os o art . 229, da referida Lei:
Art . 229. Os lit isconsort es que t iverem diferent es procuradores, de escrit órios de advocacia
dist int os, t erão prazos cont ados em dobro para t odas as suas m anifest ações, em qualquer
j uízo ou t ribunal, independent em ent e de requerim ent o.

A a lt e r na t iva D est á incorret a. O defensor público t em o prazo em dobro para a


prát ica dos at os processuais.
A a lt e r na t iva E est á incorret a. Com base no art . 224, do NCPC, os prazos serão
cont ados excluindo o dia do com eço e incluindo o dia do vencim ent o.
Art . 224. Salvo disposição em cont rário, os prazos serão cont ados excluindo o dia do
com eço e incluindo o dia do vencim ent o.

Q1 1 5 . VUN ESP/ I PT- SP/ 2 0 1 4 / a da pt a da


Assinale a alt ernat iva corret a.
a) O represent ant e legal do incapaz é considerado part e, pois sua presença
é necessária para suprir a incapacidade processual.
b) O pedido deve ser cert o ou det erm inado, sendo vedado, ainda que
excepcionalm ent e, a form ulação de pedido genérico.
c) É defeso ao aut or form ular m ais de um pedido em ordem subsidiária, a
fim de que o j uiz conheça do post erior, em não podendo acolher o ant erior.

204
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
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d) É perm it ida a cum ulação, num único processo, cont ra o m esm o réu, de
vários pedidos, ainda que os pedidos sej am incom pat íveis ent re si.
e) O aut or poderá at é a cit ação, adit ar ou alt erar o pedido ou a causa de
pedir, independent em ent e de consent im ent o do réu.

Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á incorret a. De acordo com o art . 72, I , do NCPC, o j uiz
nom eará curador especial ao incapaz, se não t iver represent ant e legal ou se os
int eresses dest e colidirem com os daquele, enquant o durar a incapacidade.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. Segundo o art . 324, com binado com o §1º , da
Lei nº 13.105/ 15, o pedido deve ser det erm inado. É lícit o, porém , form ular pedido
genérico.
A a lt e r n a t iva C est á incorret a. Com base no art . 326, da referida Lei, é lícit o
form ular m ais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o j uiz conheça
do post erior, quando não acolher o ant erior.
A a lt e r na t iva D est á incorret a. O art . 327, com binado com o §1º , I , da Lei nº
13.105/ 15, prevê que é lícit a a cum ulação, em um único processo, cont ra o
m esm o réu, de vários pedidos, ainda que ent re eles não haj a conexão. São
requisit os de adm issibilidade da cum ulação que os pedidos sej am com pat íveis
ent re si.
A a lt e r na t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois reproduz o art . 329,
I , do NCPC:
Art . 329. O aut or poderá:
I - at é a cit ação, adit ar ou alt erar o pedido ou a causa de pedir, independent em ent e de
consent im ent o do réu;

Q1 1 6 . VUN ESP/ TJ- PA/ 2 0 1 / a da pt a da


Havendo lit isconsort es com advogados dist int os de escrit órios diferent es, o
prazo deve ser cont ado em dobro para
a) cont est ar, salvo se houver revelia de um dos lit isconsort es.
b) cont est ar, desde que haj a requerim ent o desse benefício na prim eira
m et ade do prazo.
c) recorrer, m esm o que só um dos lit isconsort es t enha sucum bido.
d) cont est ar, ainda que os advogados sej am do m esm o escrit ório e t enham
apresent ado a pet ição em conj unt o, suscit ando as m esm as razões.
e) de m odo geral, falar nos aut os, para t odas as suas m anifest ações, em
qualquer j uízo ou t ribunal, independent em ent e de requerim ent o.

Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á incorret a. Não podendo a part e adivinhar se o out ro réu
vai, ou não, cont est ar, é inviável afast ar- se o benefício do prazo em dobro só

205
ATOS DE OFÍCIO – TJ-MG Aula
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pelo fat o de est ar ausent e a cont est ação do out ro réu, decret ada a revelia,
conform e prevê o art . 229, da Lei nº 13.105/ 15.
Art . 229. Os lit isconsort es que t iverem diferent es procuradores, de escrit órios de advocacia
dist int os, t erão prazos cont ados em dobro para t odas as suas m anifest ações, em qualquer
j uízo ou t ribunal, independent em ent e de requerim ent o.

A a lt e r n a t iva B est á incorret a. O benefício do prazo é det erm inado pela lei
processual, não t razendo qualquer exigência de requerim ent o para a sua
aplicação.
A a lt e r na t iva C est á incorret a. De acordo com a súm ula nº 641, do STF, não se
cont a em dobro o prazo para recorrer, quando só um dos lit isconsort es haj a
sucum bido.
A a lt e r n a t iva D est á incorret a. O fat o de os lit isconsort es pert encerem ao
m esm o escrit ório afast a a prerrogat iva na disciplina at ual do NCPC.
A a lt e r na t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão. Lem bre- se: PARA O
PRAZO SER CONTATO EM DOBRO PRECI SAMOS:
 diferent es advogados; e
 advogados de escrit órios dist int os.

Q1 1 7 . VUN ESP/ TJ- RJ/ 2 0 1 4


Conform e o art . 218 do NCPC, os at os processuais são prat icados nos prazos
previst os em lei. No ent ant o, se a lei for om issa, o prazo será
a) aquele que for convencionado pelas part es por pet ição conj unt a, na
audiência prelim inar do art . 373 do NCPC, sendo que ao j uiz caberá apenas
a hom ologação do prazo por elas indicado.
b) aquele que for convencionado pelas part es por pet ição conj unt a, sendo
que, na falt a dest a convenção, o prazo será de cinco dias para at os
ordinat órios, com o a j unt ada de docum ent os, e de dez dias para os dem ais.
c) aquele fixado expressam ent e pelo j uiz, sendo que, se est e nada
det erm inar, o prazo será aquele convencionado pelas part es, as quais serão
int im adas para t ant o.
d) aquele fixado expressam ent e pelo j uiz, sendo que, se est e nada
det erm inar, o prazo será de, obrigat oriam ent e, cinco dias, sej a qual for o
at o processual a ser prat icado.
e) de cinco dias, obrigat oriam ent e, conform e det erm inado expressam ent e
pelo código de processo civil, não podendo o órgão j ulgador fixar prazo
diferenciado.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão, conform e est abelece o
art . 218, §§1º e 3º , do NCPC:
Art . 218. Os at os processuais serão realizados nos prazos prescrit os em lei.

206
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§ 1 o Quando a lei for om issa, o j uiz det erm inará os prazos em consideração à com plexidade
do at o.
§ 3 o I ne x ist in do preceit o legal ou prazo det erm inado pelo j uiz, será de 5 ( cin co) dia s o
prazo para a prát ica de at o processual a cargo da part e.

Q1 1 8 . VUN ESP/ UN I CAM P/ 2 0 1 4


Em favor da Fazenda Pública, o prazo cont a- se em
a) quádruplo para opor em bargos à execução.
b) dobro para aj uizar ação rescisória.
c) quádruplo para responder a recurso de apelação.
d) dobro para int erpor agravo regim ent al no Superior Tribunal de Just iça.
e) dobro para apresent ar recursos em processos de cont role concent rado de
const it ucionalidade.

Com e nt á r ios
De acordo com a súm ula nº 116, do STJ, a Fazenda Pública t em prazo em dobro
para int erpor agravo regim ent al no Superior Tribunal de Just iça.
Súm ula 116 - A Fazenda Pública e o Minist ério Público t êm prazo em dobro para int erpor
agravo regim ent al no Superior Tribunal de Just iça.

Port ant o, a a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q1 1 9 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 1 3 / a da pt a da


Considerando as disposições do Código de Processo Civil sobre prazos, é
corret o afirm ar que
a) o Minist ério Público gozará de prazo em dobro para m anifest ar- se nos
aut os.
b) o j uiz poderá, nas com arcas onde for difícil o t ransport e, prorrogar
quaisquer prazos, m as nunca por m ais de 90 ( novent a) dias.
c) as part es, m esm o que t odas est ej am de acordo, não podem reduzir os
prazos.
d) incum birá ao servent uário rem et er os aut os conclusos no prazo de 48
( quarent a e oit o) horas da dat a em que t iver ciência da ordem , quando
det erm inada pelo j uiz.
e) o prazo, est abelecido pela lei ou pelo j uiz, é cont ínuo, não se
int errom pendo nos feriados e nas férias.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão, conform e prevê o art .
180, da Lei nº 13.105/ 15:
Art . 180. O Minist ério Público gozará de prazo em dobro para m anifest ar- se nos aut os, que
t erá início a part ir de sua int im ação pessoal, nos t erm os do art . 183, § 1o.

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A a lt e r na t iva B est á incorret a. De acordo com o art . 222, da referida Lei, o lim it e
para prorrogar qualquer t ipo de prazo nas com arcas em que for difícil o
t ransport e, é de 60 dias, e não 90.
Art . 222. Na com arca, seção ou subseção j udiciária onde for difícil o t ransport e, o j uiz
poderá prorrogar os prazos por at é 2 ( dois) m eses.

A a lt e r n a t iva C est á incorret a. Conform e est udado no art . 191, do NCPC, às


part es é conferido, em com um acordo com o j uízo, a adapt ação dos prazos
processuais, inclusive a redução.
A a lt e r n a t iva D est á incorret a. Segundo o art . 228, do NCPC, incum birá ao
servent uário rem et er os aut os conclusos no prazo de 1 dia, e não 2.
Art . 228. I ncum birá ao servent uário rem et er os aut os conclusos no prazo de 1 ( um ) dia e
execut ar os at os processuais no prazo de 5 ( cinco) dias, cont ado da dat a em que:

A a lt e r n a t iva E est á incorret a. Os prazos processuais, independent em ent e de


serem fixados no NCPC ou pelo j uiz, são cont ados apenas em dias út eis, de m odo
que são suspensos em feriados é férias forenses.

Q1 2 0 . VUN ESP/ TJM - SP/ 2 0 1 1 / a da pt a da


Sobre os at os processuais, é corret o afirm ar que
a) se processam durant e as férias e não se suspendem pela superveniência
delas as causas de dação ou rem oção de t ut ores e curadores.
b) a desist ência da ação produzirá efeit o ant es de hom ologada por sent ença.
c) a assinat ura dos j uízes, em t odos os graus de j urisdição, não pode ser
feit a elet ronicam ent e.
d) as part es, m esm o que t odas est ej am de acordo, não podem reduzir os
prazos.
e) o prazo para m anifest ar- se nos aut os, será com put ado em quadruplo
quando a part e for o Minist ério Público.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão. De acordo com o art .
214, do NCPC, durant e as férias e feriados, não se prat icarão at os processuais.
Adem ais, o art . 215, I I est abelece que processam - se durant e as férias forenses,
onde as houver, e não se suspendem pela superveniência delas a ação de
alim ent os e os processos de nom eação ou rem oção de t ut or e curador.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. O parágrafo único, do art . 200, da Lei nº
13.105/ 15, prevê que a desist ência da ação só produzirá efeit os após
hom ologação j udicial.
A a lt e r na t iva C est á incorret a. Com base no §2º , do art . 205, da referida Lei, a
assinat ura dos j uízes, em t odos os graus de j urisdição, pode ser feit a
elet ronicam ent e.

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A a lt e r n a t iva D est á incorret a. Conform e est udado no art . 191, do NCPC, às
part es é conferido, em com um acordo com o j uízo, a adapt ação dos prazos
processuais, inclusive a redução.
A a lt e r n a t iva E est á incorret a. Segundo o art . 180, do NCPC, o Minist ério Público
gozará de prazo em dobro para m anifest ar- se nos aut os, que t erá início a part ir
de sua int im ação pessoal.

Q1 2 1 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 1 0


Sobre a form a dos at os processuais, apont e a alt ernat iva corret a.
a) Os at os prat icados em processo em que foi decret ado o segredo de j ust iça
não podem ser produzidos em form a elet rônica.
b) A desist ência da ação produz efeit o desde que publicada pela im prensa
oficial, para conhecim ent o de t erceiros.
c) Despacho é t odo at o pelo qual o j uiz, no curso do processo, resolve
quest ão incident e.
d) A assinat ura dos j uízes, em t odos os graus de j urisdição, pode ser feit a
elet ronicam ent e, na form a da lei.
e) É vedada a ut ilização de m ét odo elet rônico para gravação de voz ou
im agem durant e a realização de audiências.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. Conform e o art . 195, do NCPC, os at os prat icados
em processo em que foi decret ado o segredo de j ust iça podem ser produzidos
em form a elet rônica.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. De acordo com o parágrafo único, do art . 200,
da Lei nº 13.105/ 15, a desist ência da ação só produzirá efeit os após hom ologação
j udicial.
A a lt e r na t iva C est á incorret a. Com base no §3º , do art . 203, da referida Lei,
São despachos t odos os dem ais pronunciam ent os do j uiz prat icados no processo,
de ofício ou a requerim ent o da part e.
A a lt e r n a t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois é o que dispõe o
§2º , do art . 205, do NCPC:
§ 2 o A assinat ura dos j uízes, em t odos os graus de j urisdição, pode ser feit a elet ronicam ent e,
na form a da lei.

A a lt e r na t iva E est á incorret a. Segundo o §5º , do art . 367, do NCPC, a audiência


poderá ser int egralm ent e gravada em im agem e em áudio, em m eio digit al ou
analógico, desde que assegure o rápido acesso das part es e dos órgãos
j ulgadores, observada a legislação específica.

Q1 2 2 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 1 0


Leia as assert ivas a seguir.

209
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I . O prazo, est abelecido pela lei ou pelo j uiz, é cont ínuo, int errom pendo- se
nos feriados.
I I . Suspende- se o curso do prazo processual nos dias com preendidos ent re
20 de dezem bro e 20 de j aneiro.
I I I . É vedado às part es plenam ent e capazes est ipular m udanças no
procedim ent o para aj ust á- lo às especificidades da causa e convencionar
sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, ant es ou
durant e o processo.
I V. Decorrido o prazo, ext ingue- se, independent em ent e de declaração
j udicial, o direit o de prat icar o at o, ficando salvo, porém , à part e provar que
o não realizou por j ust a causa.
V. Salvo disposição em cont rário, com put ar- se- ão os prazos, incluindo o dia
do com eço e excluindo o do vencim ent o.
É corret o apenas o que se afirm a em
a) I e I I .
b) I I I e I V.
c) I I e I V.
d) I , I I I e V.
e) I I , I I I e I V.

Com e nt á r ios
Vam os analisar cada um dos it ens.
O it em I est á incorret a. Os prazos processuais, independent em ent e de serem
fixados no NCPC ou pelo j uiz, são cont ados apenas em dias út eis, de m odo que
são suspensos em feriados é férias forenses.
O it em I I est á corret o, pois reproduz o art . 220, do NCPC:
Art . 220. Suspende- se o curso do prazo processual nos dias com preendidos ent re 20 de
dezem bro e 20 de j aneiro, inclusive.

O it em I I I est á incorret o. De acordo com o art . 190, da Lei nº 13.105/ 15,


versando o processo sobre direit os que adm it am aut ocom posição, é lícit o às
part es plenam ent e capazes est ipular m udanças no procedim ent o para aj ust á- lo
às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes,
faculdades e deveres processuais, ant es ou durant e o processo.
O it em I V est á corret o, conform e prevê o art . 223, da referida Lei:
Art . 223. Decorrido o prazo, ext ingue- se o direit o de prat icar ou de em endar o at o
processual, independent em ent e de declaração j udicial, ficando assegurado, porém , à part e
provar que não o realizou por j ust a causa.

O it em V est á incorret o. Segundo o art . 224, do NCPC, os prazos serão cont ados
excluindo o dia do com eço e incluindo o dia do vencim ent o.

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Desse m odo, a a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q1 2 3 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 0 9 / a da pt a da


Assinale a alt ernat iva corret a.
a) Os at os processuais podem ser prat icados quaisquer dias, a crit ério do
j uiz.
b) O j uiz det erm inará o cum prim ent o de t odos os at os processuais no prazo
de cinco dias, quando a lei processual for om issa ao criá- los.
c) O prazo para a Fazenda Pública cont rarrazoar recurso de apelação cont a-
se em dobro, nas ações em que for part e.
d) A cit ação som ent e será feit a pessoalm ent e ao réu, ainda que realizada
pelo correio e se pessoa j urídica, a seu represent ant e legal.
e) Não se fará a cit ação ao cônj uge de falecido, no dia de seu falecim ent o e
nos cinco dias seguint es ao óbit o.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. Devem os verificar, no caso, o art . 212, da Lei nº
13.105/ 15:
Art . 212. Os at os processuais serão realizados em dias út eis, das 6 ( seis) às 20 ( vint e)
horas.

A a lt e r na t iva B est á incorret a. De acordo com o art . 218, §1º , do NCPC, quando
a lei for om issa, o j uiz det erm inará os prazos em consideração à com plexidade
do at o. Porém , conform e o §3º , inexist indo preceit o legal ou prazo det erm inado
pelo j uiz, será de 5 dias o prazo para a prát ica de at o processual a cargo da part e.
A a lt e r n a t iva C est á corret a é o gabarit o da quest ão. Com o vim os, t odos os
prazos processuais são cont ados em dobro quando, em um dos polos da ação,
est iver a Fazenda Pública.
A a lt e r n a t iva D est á incorret a. Segundo o art . 242, da Lei nº 13.105/ 15, a
cit ação será pessoal, podendo, no ent ant o, ser feit a na pessoa do represent ant e
legal ou do procurador do réu, do execut ado ou do int eressado.
A a lt e r na t iva E est á incorret a. Com base no art . 244, I I , do NCPC, não se fará
a cit ação, salvo para evit ar o perecim ent o do direit o de cônj uge, de com panheiro
ou de qualquer parent e do m ort o, consanguíneo ou afim , em linha ret a ou na
linha colat eral em segundo grau, no dia do falecim ent o e nos 7 dias seguint es.

Q1 2 4 . VUN ESP/ TJ- M T/ 2 0 0 8 / a da pt a da


Sobre os at os processuais em geral, pode- se afirm ar, corret am ent e, que
a) os at os e t erm os processuais dependem de form a det erm inada, salvo
quando a lei expressam ent e a dispensar.
b) os Tribunais, no âm bit o da respect iva j urisdição, não poderão disciplinar
a prát ica e a com unicação oficial dos at os processuais por m eios elet rônicos.

211
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c) t odos os at os e t erm os do processo podem ser produzidos, com unicados,
arm azenados e validados por m eio elet rônico, na form a da lei.
d) nos at os e t erm os processuais em que um est rangeiro figurar com o part e
lit igant e, o j uiz poderá perm it ir, a seu crit ério, o uso do idiom a est rangeiro
de origem da part e.
e) os at os processuais são sem pre públicos e de livre acesso.

Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. De acordo com o art . 188, do NCPC, os at os e
t erm os processuais independem de form a det erm inada, salvo quando a lei
expressam ent e a exigir.
Art . 188. Os at os e os t erm os processuais independem de form a det erm inada, salvo quando
a lei expressam ent e a exigir, considerando- se válidos os que, realizados de out ro m odo, lhe
preencham a finalidade essencial.

A a lt e r n a t iva B est á incorret a. Segundo o art . 196, da Lei nº 13.105/ 15, os


Tribunais, no âm bit o da respect iva j urisdição, poderão disciplinar a prát ica e a
com unicação oficial dos at os processuais por m eios elet rônicos.
Art . 196. Com pet e ao Conselho Nacional de Just iça e, suplet ivam ent e, aos t ribunais,
regulam ent ar a prát ica e a com unicação oficial de at os processuais por m eio elet rônico e
velar pela com pat ibilidade dos sist em as, disciplinando a incorporação progressiva de novos
avanços t ecnológicos e edit ando, para esse fim , os at os que forem necessários, respeit adas
as norm as fundam ent ais dest e Código.

A a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão, conform e prevê o art .


193, do NCPC:
Art . 193. Os at os processuais podem ser t ot al ou parcialm ent e digit ais, de form a a perm it ir
que sej am produzidos, com unicados, arm azenados e validados por m eio elet rônico, na
form a da lei.

A a lt e r na t iva D est á incorret a. Com base no art . 192, da referida Lei, em t odos
os at os e t erm os do processo é obrigat ório o uso da língua port uguesa.
Art . 192. Em t odos os at os e t erm os do processo é obrigat ório o uso da língua port uguesa.
Parágrafo único. O docum ent o redigido em língua est rangeira som ent e poderá ser j unt ado
aos aut os quando acom panhado de versão para a língua port uguesa t ram it ada por via
diplom át ica ou pela aut oridade cent ral, ou firm ada por t radut or j uram ent ado.

A a lt e r n a t iva E est á incorret a. O art . 189, do NCPC, prevê quais processos


t ram it am em segredo de j ust iça. Vej am os:
Art . 189. Os at os processuais são públicos, t odavia t ram it am em segredo de j ust iça os
processos:
I - em que o exij a o int eresse público ou social;
I I - que versem sobre casam ent o, separação de corpos, divórcio, separação, união est ável,
filiação, alim ent os e guarda de crianças e adolescent es;
I I I - em que const em dados prot egidos pelo direit o const it ucional à int im idade;
I V - que versem sobre arbit ragem , inclusive sobre cum prim ent o de cart a arbit ral, desde que
a confidencialidade est ipulada na arbit ragem sej a com provada perant e o j uízo.

212
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Q1 2 5 . VUN ESP/ TJ- SP/ 2 0 0 7
Não havendo preceit o legal nem assinação pelo j uiz, o prazo para a prát ica
de at o processual a cargo da part e será de
a) 48 horas
b) 5 dias.
c) 10 dias.
d) 15 dias.
e) 20 dias.

Com e nt á r ios
De acordo com o art . 218, §3º , da Lei nº 13.105/ 15, não havendo preceit o legal
nem assinação pelo j uiz, o prazo para a prát ica de at o processual a cargo da
part e será de 5 dias.
§ 3 o I nexist indo preceit o legal ou prazo det erm inado pelo j uiz, será de 5 ( cinco) dias o prazo
para a prát ica de at o processual a cargo da part e.

Assim , a a lt e r na t iva B est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

1 1 - D e st a qu e s da Le gisla çã o e Ju r ispr u dê n cia Cor r e la t a


 art . 188, do NCPC: inst rum ent alidade de form as.
Art . 188. Os at os e os t erm os processuais in de pe nde m de for m a de t e r m ina da , SALVO
quando a le i e x pr e ssa m e n t e a e x igir , considerando- se válidos os que, realizados de out ro
m odo, lhe preencham a finalidade essencial.

 art . 189, do NCPC: publicidade X segredo de j ust iça.


Art . 189. Os at os processuais sã o pú blicos, TOD AVI A t ram it am em se gr e do de j u st iça
os processos:
I - em que o exij a o int e r e sse público ou socia l;
I I - que versem sobre ca sa m e n t o, se pa r a çã o de cor pos, divór cio, se pa r a çã o, u n iã o
e st á ve l, filia çã o, a lim e n t os e gua r da de cr ia n ça s e a dole sce n t e s;
I I I - em que const em dados prot egidos pelo direit o const it ucional à in t im ida de ;
I V - que versem sobre a r bit r a ge m , in clu sive sobr e cu m pr im e nt o de ca r t a a r bit r a l,
D ESD E QUE a confidencialidade est ipulada na arbit ragem sej a com provada perant e o j uízo.

 art . 190, do NCPC: negócio j urídico processual.


Art . 190. Versando o processo sobre dir e it os qu e a dm it a m a u t ocom posiçã o, é lícit o às
pa r t e s ple n a m e n t e ca pa ze s e st ipu la r m u da n ça s n o pr oce dim e nt o pa r a a j ust á - lo à s
e spe cificida de s da ca u sa e con ve n cion a r sobr e os se u s ôn u s, pode r e s, fa cu lda de s
e de ve r e s pr oce ssua is, a n t e s ou du r a n t e o pr oce sso.
Parágrafo único. De ofício ou a requerim ent o, o j uiz con t r ola r á a va lida de da s
con ve n çõe s pr e vist a s n e st e a r t igo, recusando- lhes aplicação som ent e nos casos de
n u lida de ou de in se r çã o a bu siva em cont rat o de adesão ou em que algum a part e se
encont re em m anifest a sit uação de vulnerabilidade.

 art . 191, do NCPC: calendário procedim ent al.

213
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Art . 191. De com um acordo, o j u iz e a s pa r t e s pode m fix a r ca le ndá r io pa r a a pr á t ica
dos a t os pr oce ssu a is, quando for o caso.
§ 1 o O ca le n dá r io vin cu la a s pa r t e s e o j u iz, e os pr a zos n e le pr e vist os som e n t e
se r ã o m odifica dos e m ca sos e x ce pciona is, de vida m e n t e j u st ifica dos.
§ 2 o Dispensa- se a int im ação das part es para a prát ica de at o processual ou a realização de
audiência cuj as dat as t iverem sido designadas no calendário.

 art . 202, do NCPC: vedação às quot as m arginais ou int erlineares


Art . 202. É VED AD O lançar nos aut os cot a s m a r gina is ou in t e r line a r e s, as quais o j uiz
m andará riscar, im pondo a quem as escrever m ult a correspondent e à m et ade do salário-
m ínim o.

 art . 203: pronunciam ent os j udiciais


Art . 203. Os pr on u n cia m e n t os do j u iz consist irão em sent enças, decisões int erlocut órias
e despachos.
§ 1 o RESSALVAD AS as disposições expressas dos procedim ent os especiais, SEN TEN ÇA é
o pronunciam ent o por m eio do qual o j u iz, com fundam ent o nos art s. 485 e 487, põe fim
à fa se cogn it iva do pr oce dim e nt o com u m , be m com o e x t ingu e a e x e cu çã o.
§ 2 o D ECI SÃO I N TERLOCUTÓRI A é t odo pronunciam ent o j udicial de nat ureza decisória
que não se enquadre no § 1 o .
§ 3 o São D ESPACH OS t odos os dem ais pronunciam ent os do j uiz prat icados no processo,
de ofício ou a requerim ent o da part e.
§ 4 o Os a t os m e r a m e n t e or din a t ór ios, com o a j un t a da e a vist a obr iga t ór ia ,
I N D EPEN D EM D E D ESPACH O, devendo ser prat icados de ofício pelo servidor e revist os
pelo j uiz quando necessário.

 art . 212, do NCPC: t em po dos at os processuais


Art . 212. Os at os processuais serão r e a liza dos e m dia s ú t e is, D AS 6 ( SEI S) ÀS 2 0
( VI N TE) H ORAS.
§ 1 o Serão concluídos APÓS as 20 ( vint e) horas os at os iniciados ant es, qu a n do o
a dia m e n t o pr e j udica r a diligê n cia ou ca u sa r gr a ve da n o.
§ 2 o I ndependent em ent e de aut orização j udicial, as cit ações, int im ações e penhoras
poderão realizar- se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias
út eis fora do horário est abelecido nest e art igo, observado o dispost o no art . 5 o, inciso XI ,
da Const it uição Federal.
§ 3 o Quando o at o t iver de ser prat icado por m eio de pet ição em aut os não elet rônicos, essa
deverá ser prot ocolada no horário de funcionam ent o do fórum ou t ribunal, conform e o
dispost o na lei de organização j udiciária local.

 art . 218, §4º , do NCPC: adm issão do prazo processual prem at uro
4 o Será considerado t e m pe st ivo o at o prat icado ant es do t erm o inicial do prazo.

 art . 219, do NCPC: cont agem do prazo


Art . 219. Na con t a ge m de pr a zo em dias, est abelecido por lei ou pelo j uiz, com pu t a r -
se - ã o SOM EN TE OS D I AS ÚTEI S.
Parágrafo único. O dispost o nest e art igo aplica- se som ent e aos prazos processuais.

 art . 220, do NCPC: suspensão do prazo

214
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Art . 220. SUSPEN D E- SE o curso do prazo processual nos dia s com pr e e n didos e n t r e 2 0
de de ze m br o e 2 0 de j a n e ir o, inclusive.
§ 1 o RESSALVAD AS as férias individuais e os feriados inst it uídos por lei, os j u íze s, os
m e m br os do M in ist é r io Pú blico, da D e fe nsor ia Pú blica e da Advoca cia Pública e os
a u x ilia r e s da Ju st iça e x e r ce r ã o su a s a t r ibu içõe s du r a n t e o pe r íodo pr e vist o
n o ca pu t .
§ 2 o Durant e a suspensão do prazo, N ÃO se realizarão audiências nem sessões de
j ulgam ent o.

 art . 230, do NCPC: m om ent o para cont agem do prazo processual


Art . 230. O pr a zo para a part e, o procurador, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública e
o Minist ério Público será con t a do da cit a çã o, da in t im a çã o ou da n ot ifica çã o.
Art . 231. Salvo disposição em sent ido diverso, con side r a - se dia do com e ço do pr a zo:
I - a dat a de j u n t a da a os a u t os do a viso de r e ce bim e n t o, qua n do a cit a çã o ou a
in t im a çã o for pe lo cor r e io;
I I - a dat a de j u n t a da a os a u t os do m a n da do cum pr ido, qu a ndo a cit a çã o ou a
in t im a çã o for por oficia l de j u st iça ;
I I I - a dat a de ocor r ê ncia da cit a çã o ou da in t im a çã o, qu a n do e la se de r por a t o do
e scr ivã o ou do ch e fe de se cr e t a r ia ;
I V - o dia út il se guin t e a o fim da dila çã o a ssin a da pe lo j u iz, qua n do a cit a çã o ou a
in t im a çã o for por e dit a l;
V - o dia ú t il se gu int e à con su lt a a o t e or da cit a çã o ou da in t im a çã o ou a o t é r m in o
do pr a zo pa r a qu e a con su lt a se dê , qua ndo a cit a çã o ou a in t im a çã o for e le t r ôn ica ;
VI - a da t a de j u n t a da do com u n ica do de que t r a t a o a r t . 2 3 2 ou , n ã o h a ve ndo e sse ,
a da t a de j u n t a da da ca r t a a os a u t os de or ige m de vida m e n t e cu m pr ida , qu a ndo a
cit a çã o ou a in t im a çã o se r e a liza r e m cum pr im e n t o de ca r t a ;
VI I - a da t a de pu blica çã o, qu a ndo a in t im a çã o se de r pe lo D iá r io da Ju st iça
im pr e sso ou e le t r ôn ico;
VI I I - o dia da ca r ga , qu a n do a in t im a çã o se de r por m e io da r e t ir a da dos a u t os, e m
ca r ga , do ca r t ór io ou da se cr e t a r ia .

 Súm u la STF 3 1 0 : fluência do prazo X cont agem .


Súm ula STF 310
Quando a int im ação t iver lugar na sext a- feira, ou a publicação com efeit o de int im ação for
feit a nesse dia, o prazo j udicial t erá início na segunda- feira im ediat a, salvo se não houver
expedient e, caso em que com eçará no prim eiro dia út il que se seguir.

 Súm ula STF 6 4 1 : para a cont agem em dobro do prazo recursal é necessário
que am bas as part es t enham sucum bido.
Súm ula STF 641
Não se cont a em dobro o prazo para recorrer, quando só um dos lit isconsort es haj a
sucum bido.

215
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 AREsp 2 2 9 .3 2 7 / RS 14 : aplicação do sist em a de inst rum ent alidade das form as
para recurso cuj o nom e da part e const ou incorret o.
AGRAVO REGI MENTAL EM AGRAVO EM RECURSO ESPECI AL. PROCESSUAL CI VI L. ERRÔNEA
I DENTI FI CAÇÃO DAS PARTES E DO NÚMERO DO PROCESSO NA PETI ÇÃO DE I NTERPOSI ÇÃO
DO RECURSO ESPECI AL. APLI CAÇÃO DO PRI NCÍ PI O DA I NSTRUMENTALI DADE DAS
FORMAS. ( ...)
2. Est a Cort e j á se pronunciou no sent ido de se aplicar o princípio da inst rum ent alidade das
form as na hipót ese em que há equívoco de designação da part e recorrent e, se, cont udo,
forem preenchidos os dem ais pressupost os recursais e se for possível ident ificar a decisão
que se pret ende at acar. Precedent es: ( REsp 1.225.645/ RS, de m inha relat oria, DJe
4.3.2011; AgRg no AgRg no Ag 1.081.347/ PR, Rel. Min. João Ot ávio de Noronha, DJe
19.4.2010; REsp 412.484/ RS, Rel. Min. Franciulli Net t o, Segunda Turm a, DJ de 1.7.2002.) .
( ...)

 REsp. 1 .3 4 9 .3 6 3 / SP 15 : im possibilidade de aut uação de peças sigilosas em


apart ado. Todo o processo deve t ram it ar em segredo.
PROCESSUAL CI VI L. DI SCUSSÃO A RESPEI TO DA NECESSI DADE DE ARQUI VAMENTO EM
" PASTA PRÓPRI A" FORA DOS AUTOS OU DECRETAÇÃO DE SEGREDO DE JUSTI ÇA. ART.
155, I , DO CPC. ( ...)
3. Não há no código de processo civil nenhum a previsão para que se crie " past a própria"
fora dos aut os da execução fiscal para o arquivam ent o de docum ent os subm et idos a sigilo.
Ant es, nos casos em que o int eresse público j ust ificar, cabe ao m agist rado lim it ar às part es
o acesso aos aut os passando o feit o a t ram it ar em segredo de j ust iça, na form a do art . 155,
I , do CPC. ( ...)

 AgRg AREsp 4 4 4 .5 6 3 1 6 : exclusão de lit isconsort e const it ui decisão


int erlocut ória.
PROCESSUAL CI VI L. AGRAVO REGI MENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECI AL.
EXCLUSÃO DE UM DOS COEXECUTADOS DA FASE DE CUMPRI MENTO DE SENTENÇA.
DECI SÃO I NTERLOCUTÓRI A. I MPUGNAÇÃO MEDI ANTE AGRAVO DE I NSTRUMENTO.
I NTERPOSI ÇÃO DE APELAÇÃO. FALHA I NESCUSÁVEL. I NAPLI CABI LI DADE DO PRI NCÍ PI O
DA FUNGI BI LI DADE RECURSAL. DECI SÃO MANTI DA.
1. A decisão que exclui um dos coexecut ados da fase do cum prim ent o de sent ença, com o
prosseguim ent o da execução relat ivam ent e aos dem ais devedores, possui nat ureza
int erlocut ória e, em decorrência, é im pugnável m ediant e agravo de inst rum ent o.
2. Adem ais, const it ui falha inescusável int erpor apelação, sendo nesse caso, inaplicável o
princípio da fungibilidade recursal.
3. Agravo regim ent al a que se nega provim ent o.

14
AgRg no AREsp 229.327/ RS, Rel. Min. Mauro Cam pbell Marques, 2ª Turm a, j ulgado em
27/ 11/ 2012, DJe 05/ 12/ 2012.
15
REsp 1.349.363/ SP, Rel. Min. Mauro Cam pbell Marques, 1º Seção, j ulgado em 22/ 05/ 2013,
DJe 31/ 05/ 2013.
16
AgRg no AREsp 444.563/ PR, Rel. Min. Ant onio Carlos Ferreira, 4ª Turm a, j ulgado em
25/ 03/ 2014, DJe 04/ 04/ 2014.

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1 2 - Re su m o
N e gócio Jur ídico Pr oce ssua l
CONCEITO: fato jurídico voluntário em que as partes regulam, dentro dos limites fixados no
próprio ordenam ent o j urídico, cert as sit uações j urídicas processuais ou alt eram o procedim ent o.
 Abrange apenas direit os que adm it em a aut ocom posição.
 As part es podem est ipular regras procedim ent ais ou dispor sobre posições processuais ( ônus,
poderes, faculdades e deveres) .
 Pode ser firm ado ant es ou durant e o processo.
 Não há necessidade de part icipação do Juiz, m uit o m enos de hom ologação j udicial, cont udo, o
m agist rado deverá cont rolar a legalidade, anulando cláusula de adesão abusiva e quando o
negócio for est ipulado com part e em sit uação de vulnerabilidade.
 Trat a- se de um a cláusula geral, de form a que as part es possuem liberdade para est abelecer
negócios j urídicos processuais.
 Princípio do respeit o ao aut orregram ent o da vont ade das part es.

Ca le n dá r io Pr oce dim e n t a l
CONCEITO: técnica processual volt ada para a gest ão eficient e do t em po no processo, NO QUAL
o j uiz e as part es, em regim e de diálogo, podem acert ar dat as para a realização dos at os
processuais.
 Possibilidade de as part es e o j uiz fixarem calendário para a prát ica dos at os processuais.
 Dispensa a obrigat oriedade de int im ação para os at os previst os no calendário.
 Regra de efet ividade e celeridade processual, que im plica a desburocrat ização do processo e
segurança j urídica.
 Som ent e é possível alt erar a dat a do calendário previam ent e fixado, em sit uações excepcionais
e m ediant e j ust ificat iva.

At os pr oce ssu a is
FORMA: diz respeito à forma como o ato se exterioriza;
TEMPO: diz respeito ao momento em que o ato é praticado;
LUGAR: diz respeito ao espaço físico em que o ato é realizado.

For m a dos At os Pr oce ssua is


SISTEMA DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS
 em regra, os at os processuais independem de form a pré- det erm inada;
 excepcionalm ent e, devem ser prat icados na form a legalm ent e previst a; e
 ainda que realizado irregularm ent e, se o at o at ingir a finalidade, rest ará convalidado.
Os a t os pr oce ssu a is são, EM REGRA, pú blicos.
 EXCEÇÕES
• I nt eresse público ou int eresse social;
• Ações sobre casam ent o, separação de corpos, divórcio, separação, união est ável, filiação,
alim ent os e guarda de crianças e adolescent es;

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• I nt im idade com sede const it ucional;
• Cláusula de confidencialidade em j uízo arbit ral.
N a s h ipót e se s de e x ce çõe s: acessam - se os aut os apenas as part es e os respect ivos
procuradores; e o t erceiro j uridicam ent e int eressado t erá acesso apenas ao disposit ivo da
sent ença e, se for o caso, do invent ário e da part ilha.
ATOS D AS PARTES
 produção de efeit os de form a im ediat a.
 consequências:
• a irret rat abilidade, um a vez que os efeit os são im ediat os; e
• a preclusão consum at iva, um a vez que a prát ica do at o pela part e exaure a prerrogat iva
de fazê- lo.
 Veda- se o uso de cot as m arginais e int erlineares. O j uiz m andará riscar e m ult ará a part e em
½ salário m ínim o.
==11b35a==

PRON UN CI AM EN TOS D O JUI Z


 O j uiz prat ica at os m at eriais ( presidência da audiência) e pronunciam ent os j udiciais.
 A SENTENÇA e a decisão que colocam fim à fase de conhecim ent o, ext ingue a execução ou
o que for previst o com o sent ença em procedim ent o especial.
 A DECI SÃO I NTERLOCUTÓRI A const it ui decisão que resolve incident e sem pôr fim ao processo.
 O DESPACHO envolve pronunciam ent os j udiciais sem carát er decisório.
 O ACÓRDÃO const it ui decisão que põe fim à fase de conhecim ent o, que ext ingue a execução e
que resolve incident es no processo no âm bit o dos t ribunais.
ATOS D O ESCRI VÃO OU D O CH EFE D E SECRETARI A
 São responsáveis pelo prot ocolo, regist ro, dist ribuição ( se houver) e aut uação.
 Todos as peças e docum ent os devem ser num erados e rubricados, inclusive t erm os, vist as e
conclusão.
 Adm it e- se o uso de form as abreviadas ( t aquigrafia e est enot ipia) para o regist ro de at os
processuais.

Te m po dos At os Pr oce ssua is


REGRA: praticados entre as 6 e 20 horas, em dias úteis (de segunda a sexta). Há possibilidade
de prorrogação para além das 20 horas quando houver possibilidade de prej udicar a diligência ou
result ar em grave dano.
Citações, intimações, penhoras e atos relativos a tutelas de urgência podem ser realizadas fora
do horário e, inclusive, em dias não út eis.
FÉRIAS FORENSES: em regra, suspende o prazo. Não há suspensão excepcionalm ent e nos
casos de j urisdição volunt ária, de at os necessários à conservação de direit os quando causar
prej uízos em face do adiam ent o, de ação de alim ent os, e processos de nom eação ou rem oção de
t ut or e curador e quando a lei prever.
São considerados FERI ADOS os dias declarados em lei, sábados, dom ingos e dias sem
expedient e forense.

Lu ga r dos At os Pr oce ssu a is


REGRA: praticados na sede do Juízo
EXCEÇÕES:

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 deferência;
 int eresse da j ust iça;
 nat ureza do at o;
 obst áculo arguido pelo int eressado e acolhi pelo m agist rado.

Pr a zos
CONCEITO: lapsos temporais que existem entre dois termos (termo inicial, dies a quo, e termo
final, dies ad quem ) dent ro dos quais se prevê a oport unidade para um a ação ou om issão.
CLASSIFICAÇÃO
a) pe la su a or ige m : legais, j udiciais ou convencionais.
b) qua n t o à s con se qu ê n cia s de se u de scu m pr im e n t o: próprios ou im próprio, que se
subdividem - se em ordinário ou anôm alo.
c) qu a n t o à e x clu sivida de do de st ina t á r io: com um ou part iculares.
 A cla ssifica çã o e n t r e pr a zos dila t ór ios e pe r e m pt ór ios nã o fa z m a is se n t ido n o N CPC.
PRAZO SUBSI D I ÁRI O E PRAZO PARA COM PARECI M EN TO
 I NTI MAÇÃO PARA COMPARECI MENTO ( ant ecedência m ínim a) : 48 horas
 PRAZO SUBSI DI ÁRI O: 5 dias
ATO PROCESSUAL PREM ATURO: será considerado t e m pe st ivo o at o prat icado ant es do
t erm o inicial do prazo.
CON TAGEM D OS PRAZOS
 Os prazos são cont ados apenas de segunda a sext a- feira. Essa m oda lida de de con t a ge m
n ã o se a plica a pr a zos m a t e r ia is.
 Haverá a suspensão do prazo em sábados, dom ingos, feriados e em dias sem expedient e
forense.
 Haverá suspensão dos prazos ent re os dias 20/ dez a 20/ j an. E não haverá audiência ou sessão
de j ulgam ent o.
 Haverá suspensão do prazo por obst áculo criado pela part e ou pela suspensão do processo
( art . 313, do CPC) .
 Haverá suspensão do prazo quando houver inst it uição de program a de aut ocom posição pelo
Poder Judiciário.
 Haverá prorrogação do prazo, por at é 2 m eses, quando se t rat ar de unidade j udiciária de difícil
acesso.
 Haverá prorrogação do prazo em sit uação de calam idade, podendo ult rapassar os 2 m eses, a
depender da sit uação concret a.
 Os pr a zos se r ã o con t a dos e x clu in do o dia do com e ço e in clu in do o dia do ve n cim e n t o.
 A cit ação, a not ificação ou a int im ação podem ocorrer de diversas form as no processo. Em
razão disso, t em os m om ent os dist int os para que o prazo se inicie:

F ORM A COM EÇO DO P RAZO

Pelos Correios Junt ada aos Aut os do Aviso de Recebim ent o.

Por oficial de Just iça Junt ada aos Aut os do Mandado Cum prido.

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Por at o do escrivão ou do chefe de


Na dat a at est ada.
secret aria

Por edit al Dia út il seguint e ao fim da dilação assinada pelo Juiz.

Dia út il seguint e à consult a ou ao t érm ino do prazo para


Via elet rônica
consult ar ( 10 dias) .

Por Diário de Just iça Dat a da publicação.

Por ret irada dos aut os de cart ório. Dia da carga.

RENÚNCIA DO PRAZO
 som ent e é possível a renúncia quando se t rat ar de prazo est abelecido exclusivam ent e a seu
favor.
 deve renunciar de m odo expresso, com pet ição nos aut os.
PRAZOS DO JUIZ
 DESPACHOS: 5 dias
 DECI SÕES I NTERLOCUTÓRI AS: 10 dias
 SENTENÇA: 30 dias
PRAZOS DOS SERVIDORES
 REMETER OS AUTOS CONCLUSOS: 1 dia
 EXECUTAR: 5 dias
PRAZOS EM CASO DE LITISCONSÓRCIO (por procuradores diferentes, de escritórios distintos)
 para t odas as m anifest ações;
 para qualquer j uízo ou t ribunal; e
 independe de requerim ent o da part e.
VERIFICAÇÃO DOS PRAZOS E DAS PENALIDADES
 e m r e la çã o a os se r vidor e s públicos: inst auração de processo adm inist rat ivo.
 e m r e la çã o à s pa r t e s n o pr oce sso:
1 – preclusão; e
2 – no caso de excesso de prazo na carga dos aut os:
 perda do direit o de vist a fora do cart ório. Dit o de out ro m odo, a part e não poderá ret irar
os aut os físicos em carga.
 m ult a no valor de ½ salário m ínim o.
 com unicação ao órgão de classe para apuração disciplinar ( por exem plo, OAB, Conselho
Superior do Minist ério Público, ent re out ros) .
 e m r e la çã o a os m a gist r a dos:
 represent ação à corregedoria do t ribunal respect ivo; e
 represent ação ao CNJ.
 procedim ent o da represent ação:

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1 º – aj uizam ent o da represent ação ( corregedoria ou CNJ) ;
2 º - oit iva prévia do Juiz;
3 º - verificação se é caso de arquivam ent o lim it ar;
4 º - inst auração do procedim ent o;
5 º - int im ação do represent ado ( no caso, o j uiz supost am ent e incorreu em excesso de
prazo) para se m anifest ar no prazo de 15 dias;
6 º - adoção das m edidas adm inist rat ivas cabíveis no prazo de 48 horas;
7 º - det erm inação para que o j uiz prat ique o at o processual que gerou a represent ação
no prazo de 10 dias;
8 º - não prat icado o at o no prazo de 10 dias, será det erm inado que o subst it ut o o faça
em 10 dias.

Pr e clu sã o
CONCEITO: “preclusão é definida com o a perda de um a sit uação j urídica processual at iva” .
PRI N CÍ PI OS:
 princípio da segurança j urídica;
 princípio da boa- fé;
 princípio da duração razoável do processo.
ESPÉCIES
1 - Preclusão Tem poral: perda de um poder processual em razão da perda de um prazo.
2 - Preclusão Lógica: perda do poder processual em razão da prát ica ant erior de um at o
incom pat ível com ele.
3 - Preclusão Consum at iva: perda de um poder processual em razão do seu exercício. A ideia é
sim ples: veda- se à part e repet ir at o processual j á prat icado.
4 - Preclusão sanção: preclusão decorrent e da prát ica de at o ilícit o.

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1 3 - Con side r a çõe s Fin a is


Chegam os ao final de m ais um encont ro. É um a aula im port ant e especialm ent e
em razão das diversas alt erações que t ivem os do CPC73 para o NCPC. Além de
inst it ut os novos, com o o negócio j urídico processual com o cláusula geral e a
calendarização do processo, t ivem os significat ivas alt erações na cont agem dos
prazos processuais.
Aguardo vocês no próxim o encont ro!
Quaisquer dúvidas, sugest ões ou crít icas ent rem em cont at o
conosco. Est ou disponível no fórum no Curso e por e- m ail.
Ricardo Torques

rst .est rat egia@gm ail.com

www.fb.com / rst orques

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