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Aula 03

TJ-SE (Técnico Judiciário - Área


Administrativa/Judiciária) Noções de
Direito Processual Civil - 2022
(Pré-Edital)

Autor:
Ricardo Torques, Thállius Moraes

01 de Setembro de 2022

07171930556 - Anne Beatriz Cunha costa


Ricardo Torques, Thállius Moraes
Aula 03

Sumário

Teoria dos Atos Jurídicos Processuais .................................................................................................................. 3

Negócio Jurídico Processual ................................................................................................................................ 3

Calendário Procedimental .................................................................................................................................. 6

Forma dos Atos processuais ................................................................................................................................ 7

1 - Introdução ................................................................................................................................................. 7

2 - Prática eletrônica dos atos processuais (arts. 193 a 199) ........................................................................ 9

2.1 - Introdução .......................................................................................................................................... 9

2.2 - Atos Processuais por meio eletrônico ................................................................................................ 10

3 - Atos das Partes ....................................................................................................................................... 12

4 - Pronunciamentos do Juiz .......................................................................................................................... 14

5 - Atos do Escrivão ou do Chefe de Secretaria .......................................................................................... 15

Tempo dos Atos Processuais .............................................................................................................................. 17

Lugar dos Atos Processuais ............................................................................................................................... 19

Prazos ............................................................................................................................................................... 20

1 - Introdução ............................................................................................................................................... 20

2 - Classificação ........................................................................................................................................... 21

3 - Prazo subsidiário e prazo para comparecimento ................................................................................... 22

4 - Ato processual prematuro ....................................................................................................................... 23

5 - Contagem dos prazos ............................................................................................................................. 24

6 - Renúncia do prazo .................................................................................................................................. 27

7 - Prazos do Juiz ......................................................................................................................................... 28

8 - Prazos dos servidores.............................................................................................................................. 28

9 - Prazos em caso de litisconsórcio .............................................................................................................. 28

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10 - Verificação dos Prazos e das Penalidades........................................................................................... 29

Comunicação dos Atos Processuais ................................................................................................................... 30

1 - Disposições Gerais .................................................................................................................................. 30

2 - Citação .................................................................................................................................................... 31

2.1 - Regras gerais ................................................................................................................................... 31

2.2 - Efeitos da citação ............................................................................................................................. 33

2.3 - Intimação do réu em improcedência liminar ou indeferimento de petição inicial ............................ 34

2.4 - Formas de citação ............................................................................................................................ 34

2.5 - Momento para citação ..................................................................................................................... 35

2.6 - Formas para citação ........................................................................................................................ 37

3 - Intimações ................................................................................................................................................ 46

Questões Comentadas ...................................................................................................................................... 49

CESPE ........................................................................................................................................................ 49

Outras Bancas ........................................................................................................................................... 70

Lista de Questões .............................................................................................................................................. 92

CESPE ........................................................................................................................................................ 92

Outras Bancas ........................................................................................................................................... 99

Gabarito ......................................................................................................................................................... 107

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ATOS PROCESSUAIS
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Na aula de hoje vamos estudar a parte relativa aos “atos processuais”.

Para começar, entretanto, vamos trazer algumas noções doutrinárias.

Vamos lá, então?!

Boa aula a todos.

TEORIA DOS ATOS JURÍDICOS PROCESSUAIS


Nesse momento vamos explorar, com objetividade, algumas noções acerca da teoria dos fatos jurídicos
processuais.

O processo constitui um encadeamento de atos que são organizados para se chegar à decisão final. Esses
atos encadeados são os atos processuais, que são praticados em ordem de acordo com as regras do
procedimento.

Os atos jurídicos processuais assumem diversas classificações.

Temos os atos jurídicos processuais em sentido estrito que envolvem os atos processuais que conhecemos,
tais como a citação, a contestação, a juntada de documentos, o testemunho etc.

Temos atos-fatos processuais que independem de qualquer manifestação de vontade, mas que trazem
consequências para o mundo jurídico, como é o caso da revelia, decorrente não da manifestação, mas da
omissão da parte.

Temos, ainda, os negócios jurídicos processuais, que envolvem a possibilidade de disposição pelas partes
acerca de questões processuais.

NEGÓCIO JURÍDICO PROCESSUAL


Dada a importância do art. 190, vamos colocá-lo como um capítulo próprio para uma análise acurada. O art.
190, do CPC, prevê que é possível que as partes estipulem mudanças no procedimento, uma vez que as
partes são colocadas como gestores do procedimento.

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De acordo com a doutrina, negócio processual é o fato jurídico voluntário, em cujo suporte fático se
reconhece ao sujeito o poder de regular, dentro dos limites fixados no próprio ordenamento jurídico, certas
situações jurídicas processuais ou alterar o procedimento.

Esses negócios jurídicos processuais (também conhecidos como acordos processuais) podem ser formulados
pelas partes ou com participação do juiz.

A importância dessa classificação está no fato de que não é necessária a participação do juiz, de forma que
o ato é válido independentemente de homologação do juiz.

Embora tenhamos um dispositivo específico no CPC para tratar desses negócios, tal regramento já existia,
de forma esparsa, no CPC73. O exemplo tradicional é a “cláusula de eleição de foro” que permanece na Nova
Codificação (art. 63). Por intermédio dessa cláusula, as partes negociam onde a demanda será julgada, ou
seja, dentro da margem concedida pelas regras de competência relativa, fixam a competência do juiz. Essa
cláusula tem validade independente de qualquer homologação judicial, embora o magistrado possa efetuar
o controle de legalidade desse ato.

De acordo com o parágrafo único do art. 190 – acima citado - o juiz deverá, de ofício ou a requerimento das
partes, controlar a validade desses negócios (“dessas convenções”), devendo recusá-las, em três situações:

 nulidade do negócio jurídico processual (por exemplo, coação, dolo, lesão, etc.)

 cláusula de adesão abusiva; e

 se a parte que negociou estiver em situação de vulnerabilidade.

Com o CPC, a possibilidade de elaboração de negócios jurídicos processuais é ampla. Vejamos outros
exemplos:

 definição do mediador ou do conciliador pelas partes;

 suspensão do processo por convenção das partes;

 fixação da arbitragem como forma de solução de impasses referentes a determinados contratos;

 acordo para adiar o julgamento do processo; e

 convenção entre litisconsortes para estipular o tempo das alegações finais orais.

Esses são apenas alguns dos exemplos de negócios jurídicos processuais que podemos citar.

Então, vamos avançar um pouco mais. O art. 190, do CPC, estabelece uma “cláusula geral”.

As cláusulas gerais são normas com diretrizes indeterminadas, que não trazem expressamente uma solução
jurídica (consequência). A norma é inteiramente aberta. Uma cláusula geral, em outras palavras, é um texto
normativo que não estabelece, a priori, o significado do termo (pressuposto), tampouco as consequências

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jurídicas da norma (consequente). Sua ideia é estabelecer uma pauta de valores a ser preenchida de acordo
com as contingências históricas.

O art. 190 estabelece alguns requisitos para que o negócio seja firmado validamente:

 possuir partes plenamente capazes; e

 versar sobre direitos que permitam a autocomposição, vale dizer, apenas poderá envolver direitos
disponíveis.

Veja que interessante!

Se as partes forem capazes e negociarem sobre direitos que permitam a autocomposição e, além disso, não
estipularem cláusula abusiva de adesão nem envolver pessoa em situação de vulnerabilidade, elas terão
ampla liberdade de se valer do negócio jurídico processual para dispor sobre o procedimento.

Cuidado para não confundir autocomposição com indisponibilidade de direitos. Mesmo processos que
eventualmente versem sobre direitos indisponíveis podem ser objeto de autocomposição – não quanto ao
objeto, o direito material em si -, mas quanto à forma de exercício e ao momento de cumprimento da
obrigação, em que pode haver modulação pelas partes em negócio jurídico processual.

Em razão da liberdade para firmar esses negócios, parte da doutrina fala em princípio do respeito ao
autorregramento da vontade no processo civil.

Além disso, de acordo com a doutrina1, a validade do negócio jurídico processual depende de serem
observados os requisitos de validade dos negócios jurídicos, que estudamos no Direito Civil. Assim, o negócio
jurídico processual deve ser celebrado por pessoas capazes, possuir objeto lícito e observar a forma prevista
ou não proibida em lei.

Para a prática de atos jurídicos processuais, a parte deve ter capacidade processual e não
CAPACIDADE pode estar envolvida em situação de vulnerabilidade, sob pena de violar a igualdade de
condições na negociação.
Para a licitude do objeto, devemos observar alguns parâmetros:
 As partes devem negociar objetos lícitos, observando eventuais delimitações legais
específicas.
 As partes possuem liberdade na formação do negócio de modo que eventual restrição
OBJETO
deve constar expressa. Dito de outro modo, na dúvida, preserva-se a validade do negócio.
 Somente é possível fixar negócio jurídico processual em relação a matérias que admitam
a autocomposição.
 Admite-se o negócio jurídico em contrato de adesão, desde que não seja abusivo.
A forma de realização do negócio jurídico processual é livre, exceto quando a lei exigir forma
FORMA
específica (por exemplo, a convenção de arbitragem que deve ser objeto de negócio escrito).

1
JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, Volume 1, 18ª edição, rev., ampl. e atual, Bahia: Editora JusPodvim,
2016, p. 388 e seguintes.

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Na sequência, pergunta-se:

É possível as partes flexibilizarem quaisquer regras de procedimento?

Não, não é possível! De acordo com a literalidade do art. 190, do CPC, é possível apenas:

 estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa;

 convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o
processo.

Portanto, as partes podem dispor sobre regras procedimentais e posições processuais.

Em relação à disposição das regras procedimentais, a doutrina tem se manifestado no sentido de que é
necessário se justificar, à luz do caso concreto, a alteração no procedimento. Por exemplo, se tivermos vários
litisconsortes, as partes podem negociar prazos mais amplos para manifestação.

Já em relação às posições processuais, não podem ser acordadas as posições do juiz, em relação às quais
entende-se que o magistrado não tem poder de disposição.

Ainda há muita dúvida quanto a que regras e posições processuais podem ser negociadas, já que não há
unanimidade e o assunto somente deve ser abordado em provas na medida em que houver posicionamento
dos tribunais superiores. Por enquanto, devemos nos preocupar com a redação literal dos dispositivos.

CALENDÁRIO PROCEDIMENTAL
Outro instituto novo que temos no CPC é a denominada calendarização processual. Veja o que nos diz a
doutrina: como técnica processual voltada para a gestão eficiente do tempo no processo (arts. 4ºa 8º, CPC),
o novo Código prevê a possibilidade de calendarização do procedimento. Vale dizer: o juiz e as partes, em
regime de diálogo, podem acertar datas para a realização dos atos processuais.

As partes podem, portanto, fixar um calendário para a prática de atos processuais, proporcionando mais
agilidade na condução do processo e economia de tempo, isso ocorre porque é desnecessária a intimação
das partes para a realização de atos cujas datas estejam definidas no calendário. O resultado dessa prática
será reduzir o trabalho burocrático no cartório e eliminar o tempo morto do processo.

Trata-se de uma espécie típica de negócio jurídico processual.

Além de maior celeridade, entende-se que a calendarização processual irá permitir maior segurança jurídica
em razão da previsibilidade da duração do processo.

Caso a parte não cumpra com o calendário previsto, haverá preclusão. Dito de outro modo, a parte perderá
o direito processual que estava agendado para ser praticado até determinada data.

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FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS


O estudo dos atos processuais no CPC mantém a lógica do diploma anterior, distinguindo forma, tempo e
lugar da prática dos atos.

FORMA diz respeito à forma como o ato se exterioriza

diz respeito ao momento em que o ato é


TEMPO
praticado

diz respeito ao espaço físico em que o ato é


LUGAR
realizado

Vamos iniciar com o estudo da forma dos atos processuais.

Em relação à prática de atos processuais, vamos analisar alguns dispositivos gerais do CPC que são bastante
relevantes. Na sequência, veremos os atos que podem ser praticados pelas partes, pelo juiz e pelo escrivão
ou chefe de secretaria.

No que diz respeito à prática eletrônica dos atos processuais, o assunto será mais bem estudado, como dito
inicialmente, em tópico próprio juntamente com a disciplina na Lei nº 11.419/2006.

1 - Introdução

O Código Civil prevê que, para a validade de negócios jurídicos, não há, em regra, a necessidade de se
observar uma forma especial. Essa regra de direito material transportada para o Direito Processual Civil
implica o princípio da liberdade de formas (ou sistema da instrumentalidade das formas), que está
expressamente previsto no art. 188, do CPC.

Além disso, o dispositivo abaixo citado deixa claro que, mesmo se o ato for praticado sem observar as regras
de forma, ainda assim poderá ser considerado válido. Para isso, deverá atingir a finalidade.

Confira o que nos ensina o art. 188, do CPC:

Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, SALVO


quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro
modo, lhe preencham a finalidade essencial.

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SISTEMA DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS

•em regra, os atos processuais independem de forma pré-determinada;


•excepcionalmente, devem ser praticados na forma legalmente prevista; e
•ainda que realizado irregularmente, se o ato atingir a finalidade, restará convalidado.

O princípio da publicidade informa o Direito Processual Civil como um todo. Em relação à forma com que os
atos processuais são praticados, esse princípio fica ainda mais evidente.

Em face disso, o art. 189, do CPC, estabelece que os atos processuais são, EM REGRA, públicos. Assim,
qualquer pessoa poderá ter acesso aos autos, participar de audiências etc. Há, entretanto, restrições ao
princípio da publicidade. Isso ocorre porque, em determinadas situações, existem outros princípios
considerados mais relevantes.

Temos quatro exceções ao princípio da publicidade dos atos processuais. Nessas quatro exceções, ao invés
de serem públicos, os processos tramitarão em segredo de justiça.

(i) O interesse público é aquele comum a todas as pessoas. Já o interesse social é aquele que diz respeito a
determinada parcela da sociedade.

Por exemplo, uma ação contra o Poder Público que vise discutir a legalidade de uma obra pública planejada
para determinado local. Nesse caso, a fim de evitar a especulação imobiliária das pessoas que residem nas
redondezas, por interesse social, o processo deve tramitar em segredo de justiça.

(ii) Ações que envolvam direito de família dizem respeito às pessoas que compreendem aquele núcleo e, por
razões de intimidade e privacidade, devem ficar circunscritas aos interessados, justificando-se a limitação de
acesso ao processo.

Para a nossa prova, devemos memorizar quais são as espécies de ações nominadas no inc. II que devem
tramitar em segrego de justiça.

(iii) Nos incs. X e XII, do art. 5º, da CF, temos a disciplina das inviolabilidades, que tem por finalidade proteger
a intimidade e a vida privada. Se violados, confere-se à pessoa o direito de pleitear indenização por danos
materiais e morais causados.

Por exemplo, publicidade de processo que visa indenizar a vítima que teve fotos íntimas veiculadas na
internet.

Esse é apenas um exemplo. Vários outros podem ser citados, como:

 compartilhamento de interceptações telefônicas havidas no âmbito criminal no processo civil;

 quebra de sigilo bancário e fiscal das partes em cumprimento de sentença ou execução; e

 preservação de dados comerciais/estratégicos de empresas em processos judiciais.

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(iv) Se as partes estipularem cláusula de que a arbitragem correrá em segredo de justiça, atos judiciais que
envolvam a arbitragem também terão procedimento reservado.

Uma vez definido que o processo tramitará em segredo de justiça, o acesso aos autos e o direito de requerer
certidões será limitado. De acordo com o §1º, do art. 189, apenas as partes e os respectivos procuradores
poderão acessar as informações constantes dos autos e requerer certidões.

O terceiro juridicamente interessado terá acesso tão somente ao dispositivo da sentença ou do inventário e
da partilha, se for o caso, na hipótese de o processo tramitar em segredo de justiça.

Para encerrar esse primeiro tópico introdutório da matéria, cumpre analisar o art. 192, do CPC. Em todos os
atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua portuguesa. Quanto à tradução, devemos estar
atentos, pois ela poderá ser realizada de três modos:

 versão em língua portuguesa tramitada por via diplomática. Quando o órgão do Ministério das
Relações Exteriores faz a tradução do documento.

 versão portuguesa tramitada pela autoridade central, que é recurso do auxílio direto, previsto nos
arts. 28 e seguintes do CPC.

 tradução juramentada.

Sigamos!

2 - Prática eletrônica dos atos processuais (arts. 193 a 199)

2.1 - Introdução

Os atos processuais podem ser total ou parcialmente digitais, de modo a permitir que sejam produzidos,
comunicados, armazenados e validados por meio eletrônico, de acordo com o art. 193, do CPC.

A regrativa desses atos está prevista tanto no Código de Processo Civil quanto na Lei nº 11.419/2006.

O processo eletrônico constitui um avanço importante, pois elimina custos de labor humano, racionalizando
a prática de atos processuais. No processo físico o advogado vai ao fórum para despachar com o juiz, para
consultar o processo, fotocopiar, etc. Essas atividades não existem no processo eletrônico, pois a grande
maioria dos atos processuais podem ser praticados no escritório e casa, com acesso à internet.

Hoje, a Lei 11.419/2006 convive com o CPC que estabelece regras relativas à prática de atos processuais
eletrônicos. Dada a delimitação do nosso assunto, vamos tratar exclusivamente da legislação específica.

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2.2 - Atos Processuais por meio eletrônico

Primeiramente, é importante mencionar que o Novo Código de Processo Civil é norma posterior à edição da
Lei 11.419/2006. Dessa forma, em eventual confronto de normas, deverá prevalecer o Novo Código de
Processo Civil. Por essa razão a aula de hoje é tão importante.

Os atos processuais podem ser total ou parcialmente digitais, de forma a permitir que sejam produzidos,
comunicados, armazenados e validados por meio eletrônico, na forma da lei.

O art. 194 deixa determinado que o sistema eletrônico, embora tenha como característica a celeridade, não
pode deixar de atentar a determinadas garantias processuais inarredáveis. O artigo prevê que o sistema de
automação processual deve ser compatível com o princípio do acesso à justiça.

Essa norma se destina ao administrador do sistema judicial, o qual deve agir de modo a respeitar as garantias
descritas.

Ademais, o processo judicial eletrônico deverá respeitar a publicidade dos atos. Na verdade, tal forma de
notificação dos atos processuais facilita muito o acesso aos atos processuais, o que torna a publicidade dos
atos mais simples e ampla.

Por fim, o artigo declara o amplo acesso das partes e de seus procuradores aos autos eletrônicos,
especialmente no caso das audiências e sessões de julgamento e todos os atos orais neles realizados.

Segue um esquema das garantias mencionadas no dispositivo:

a disponibilidade

a independência da plataforma computacional


NO PROCESSO
ELETRÔNICO DEVE SER
GARANTIDA
a acessibilidade

a interoperabilidade dos sistemas, serviços, dados e


informações que o Poder Judiciário administre no
exercício de suas funções

No que se refere à garantia da disponibilidade, cabe desenvolver o assunto. Com disponibilidade o legislador
quer garantir que os sistemas informatizados estejam sempre em funcionamento, exceto em situações
excepcionais que envolvam a necessidade de reparo. Quanto a esse aspecto é relevante mencionar que o
STJ entende que a falha operacional do serviço eletrônico no dia cabal do prazo processual acarreta a
consideração de tempestividade do ato praticado no primeiro dia útil subsequente. Esse é um exemplo
importante que envolve a garantia da disponibilidade.

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Vejamos, agora, o que dispõe o art. 195, do CPC:

Art. 195. O registro de ato processual eletrônico deverá ser feito em padrões abertos,
que atenderão aos requisitos de autenticidade, integridade, temporalidade, não repúdio,
conservação e, nos casos que tramitem em segredo de justiça, confidencialidade, a
infraestrutura de chaves públicas unificada nacionalmente, nos termos da lei.

Nesse artigo é essencial entendermos o que significa “padrões abertos”. Com isso quer-se dizer que o sistema
utilizado não poderá ser qualquer ter custo ou qualquer forma de limitação de uso.

Segue um esquema com os requisitos do registro:

REQUISITOS DOS REGISTROS DOS ATOS PROCESSUAIS


ELETRÔNICOS
• autenticidade
• integridade
• temporalidade
• não repúdio
• conservação
• confidencialidade, se necessário

Devemos compreender cada um desses termos.

• Autenticidade se refere a identificação do autor de cada ato processual.


• Já o requisito da integridade requer que os atos processuais não possam ser alterados
posteriormente.
• A temporalidade exige que o sistema seja organizado de forma a identificar, claramente, o dia e hora
da prática do ato.
• O requisito do não repúdio visa autenticar o recebimento e envio das mensagens, sem que possa ser
alegar o desconhecimento.
• O requisito da conservação impõe a preservação dos atos processuais no tempo.
• Por fim, será mantida a confidencialidade nos casos de segredo de justiça.

Finalmente, o art. 195 menciona que deverá ser observada a infraestrutura de chaves públicas. Esse tema é
objeto de regulamentação pela Resolução 15/2013 do CNJ.

É aí que chegamos no art. 196, o qual concede ao Conselho Nacional de Justiça a competência para
regulamentar a prática e comunicação oficial dos atos processuais realizados por meio eletrônico. Note que
o artigo confere a competência suplementar aos tribunais para regulamentar os atos processuais eletrônicos
no âmbito de sua competência territorial.

Cada Tribunal deverá possuir página própria para a divulgação das informações constantes no sistema
eletrônico. As informações presentes na página gozarão de presunção de veracidade e confiabilidade. Essa
regra é importante, mas também óbvia.

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Como a prática processual dos atos eletrônicos requer equipamentos computadorizados, devem as unidades
do Poder Judiciário fornecer meios técnicos para a prática desses atos. Assim, deverão disponibilizar,
gratuitamente, os equipamentos para prática dos autos e consultas ao sistema.

Caso a unidade do Poder Judiciário não disponibilize os equipamentos necessário, será admitida a prática de
ato processual por meio não eletrônico.

O artigo 199, do CPC, declara que deve ser assegurado o acesso, aos portadores de deficiência, dos sistemas
eletrônicos para a prática dos atos processuais.

DEVERÁ SER ACESSÍVEL AOS DEFICIENTES:

a prática de atos judiciais

a comunicação eletrônica dos atos


processuais

a assinatura eletrônica.

Essas são as balizas gerais, que estão mais bem explicitadas pela Lei 11.419/2006, a qual passaremos a
analisar.

3 - Atos das Partes

Em relação aos atos praticados pelas partes, o CPC reserva tão somente dois dispositivos. As partes,
entretanto, praticam inúmeros atos no processo. Elas podem contestar a ação, confessar o pedido,
transacionar com a outra parte a solução da causa de forma antecipada etc.

Alguns desses atos a parte praticará sozinha (atos unilaterais), outros praticará em comum acordo com
outras partes processuais (atos bilaterais).

De todo modo, uma vez praticado, o ato surtirá efeitos. Essa produção imediata de efeitos, quanto ao ato
praticado pela parte, está disciplinada expressamente no art. 200, do CPC.

A produção imediata de efeitos é a regra, pois, na hipótese do parágrafo único acima citado, é necessária a
homologação judicial para que o ato produza efeitos. Assim, seu raciocínio deve ser estabelecido da seguinte
forma: não se exige homologação dos atos das partes para que produzam efeitos jurídico processuais, com
exceção da desistência da ação.

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O fato de não se exigir, em regra, a homologação, não significa que o magistrado não poderá controlar a
legalidade dos atos processuais praticados. Cabe ao magistrado, quando em contato com os atos processuais
praticados pela parte, avaliar a regularidade.

Confira como o assunto é cobrado em prova:

(Prefeitura de Salvador-BA - 2015) Embora haja divergência doutrinária no que diz respeito à possibilidade
da utilização da distinção entre atos jurídicos em sentido estrito e negócios jurídicos processuais, a
doutrina processual moderna reconhece a existência da categoria dos denominados negócios jurídicos
processuais. À luz dessas informações, e de acordo com essa doutrina e com a legislação em vigor, julgue:
Qualquer negócio jurídico processual deverá ser homologado pelo juiz para que seja considerado válido e
produza seus efeitos regulares.
Comentários
A assertiva está incorreta, pois o magistrado, embora efetue o controle de legalidade sobre os negócios
jurídicos processuais, não traz previsão de prévia homologação para produção de efeitos.
Lembre-se do exemplo da cláusula de eleição de foro. Ela produz efeitos independentemente de
homologação judicial, embora possa ser declarada nula pelo Judiciário.

Sigamos!

Uma vez praticado o ato processual, a parte poderá exigir recibo da prática. Isso porque uma vez praticado
o ato, decorrem duas consequências:

1ª CONSEQUÊNCIA: a irretratabilidade, uma vez que os efeitos são imediatos; e

2ª CONSEQUÊNCIA: a preclusão consumativa, uma vez que a prática do ato pela parte exaure a
prerrogativa de fazê-lo.

Dito de forma simples, a parte não pode, ainda que dentro do prazo, contestar duas vezes. A apresentação
da contestação é irretratável e, uma vez apresentada, implica a preclusão pela consumação. A segunda
contestação apresentada não será recebida e nem sequer considerada nos Autos.

Por isso, o art. 201, do CPC, trata da emissão de recibo em face da prática de atos processuais, que constitui
instrumento para demonstrar a prática do ato.

Para encerrar o tópico, confira o art. 202, do CPC, que estabelece uma regra sem muita relevância em termos
de conteúdo, mas que é frequente em provas:

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Art. 202. É VEDADO lançar nos autos cotas marginais ou interlineares, as quais o juiz
mandará riscar, impondo a quem as escrever multa correspondente à metade do salário-
mínimo.

Esse dispositivo foi muito exigido em provas sob a égide do CPC73 (no antigo art 161). Certamente, será
objeto de provas futuras, segundo o CPC.

COTAS MARGINAIS: manuscrito à margem do processo; e

COTAS INTERLINEARES: manuscrito entre as linhas do que está escrito no processo.

Esse dispositivo não impede a prática de atos na forma manuscrita, mas estabelece que, em documento já
redigido, se a parte lançar esses escritos marginais ou interlineares serão aplicadas duas sanções:

1ª sanção: riscar dos autos o que foi escrito indevidamente; e

2ª sanção: multa no valor de ½ salário mínimo.

4 - Pronunciamentos do Juiz

Ao longo de todo o procedimento, o juiz também pratica e participa de diversos atos processuais. Por
exemplo, o juiz exerce a presidência e o poder de polícia na audiência. Trata-se de um ato material praticado
pelo magistrado no processo.

Contudo, para nosso estudo, nesse tópico, interessam os pronunciamentos judiciais. Vale dizer, os atos
processuais que são praticados tão somente pelo magistrado. São três:

sentenças

PRONUNCIAMENTOS JUDICIAIS decisões interlocutórias

despachos

A sentença é o pronunciamento judicial que dá fim à atividade jurisdicional da fase de conhecimento ou


extingue a ação de execução. A sentença poderá se dar com ou sem resolução de mérito, conforme dispõem,
respectivamente, os arts. 487 e 485, ambos do CPC. Veja:

Da sentença, cabe apelação.

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A decisão interlocutória envolve pronunciamentos judiciais dados no curso do processo, que resolvem
questões incidentes. Em termos práticos, toda e qualquer decisão proferida pelo magistrado, que não
coloque fim à fase de conhecimento, será denominada de interlocutória.

Da decisão interlocutória, cabe agravo de instrumento.

E se pôr fim à fase de conhecimento? Se a decisão pôr fim à fase de conhecimento será chamada de
sentença, conforme analisado acima!

O despacho, por sua vez, é ato praticado pelo juiz sem cunho decisório. São atos que tem por finalidade tão
somente impulsionar o processo, denominados atos de mero expediente. Por não conter conteúdo
decisório, os despachos são irrecorríveis.

O ato processual "despacho" não é praticado pelo servidor, mas pelo juiz.

Contudo, pela natureza do despacho, ele pode ser delegado ao servidor.

Nesse contexto, quando delegado ao servidor o conteúdo de ato que deveria ser praticado pelo juiz como
despacho, o servidor o faz na forma de ato ordinatório.

Portanto, o servidor NÃO pode despachar, mas pode receber a delegação para a prática de "despachos", sob
a forma de atos ordinatórios.

O art. 204, do CPC, esclarece a questão dos pronunciamentos pelo Tribunal. Quando estudamos os
pronunciamentos, sempre nos referimos ao juiz como magistrado atuando sozinho em primeira instância.

No tribunal, as decisões são colegiadas e não é correto, tecnicamente, falar em sentença dada pelo tribunal.
Desse modo, esclarece o art. 204, do CPC, que sempre que o órgão colegiado do Tribunal proferir uma
decisão será denominado de acórdão. Confira:

Cumpre esclarecer que, nos tribunais, temos a figura do relator. O relator é quem conduz o processo até o
julgamento pelo órgão colegiado, sendo o responsável por analisar o caso com a elaboração do relatório e
do voto, por dar andamento ao processo e por redigir, em regra, o acórdão após o julgamento. Nesse curso
– desde a chegada do processo no tribunal até o final do trâmite – serão necessários alguns despachos e
decisões, que serão denominadas de decisões monocráticas. São chamadas de monocráticas porque,
embora em trâmite em órgão colegiado, essa decisão é proferida por apenas um juiz, o relator do processo.

5 - Atos do Escrivão ou do Chefe de Secretaria

Para encerrar essa primeira parte da aula de hoje, resta estudar os atos processuais praticados pelo escrivão
ou pelo chefe de secretaria. Lembrando, para fins do nosso estudo, que escrivão e chefe de secretaria
representam a mesma pessoa.

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Os servidores são auxiliares do Juízo que executam atividade-meio a fim de que seja prestada a tutela
jurisdicional do modo mais efetivo possível. Nesse contexto, a administração de todo o procedimento
burocrático de trâmite processual fica sob o encargo do escrivão e do chefe de secretaria.

Nesse contexto, prevê o art. 206, do CPC, que recebida a petição inicial, o escrivão ou chefe de secretaria
fará a autuação. Antes da autuação, porém, haverá o registro do processo.

Em ordem, temos:

PROTOCOLO: marca a propositura da ação

REGISTRO: inscrição de fatos referentes ao processo para fins de


consulta, estatísticos e históricos

DISTRIBUIÇÃO: divisão imparcial de processos entre juízes com idêntica


competência

AUTUAÇÃO: colocação de capa, juntada de peças e documentos, rubrica


de folhas etc.

Um detalhe relevante! NÃO HÁ AUTUAÇÃO PELO SERVIDOR NO PROCESSO ELETRÔNICO. Isso mesmo! A
autuação no processo físico é ato praticado pelo escrivão ou chefe de secretaria. No processo eletrônico,
todas essas informações são montadas via sistema a partir das informações lançadas pelo advogado da parte
no momento do peticionamento.

Assim, no caso do processo eletrônico, ao invés de o servidor executar as atividades relativas ao registro, ele
atuará na fiscalização do ato. Irá, portanto, analisar se os dados informados estão corretos e se foram
praticados de forma regular.

De acordo com os arts. 207 e 208, ambos do CPC, cabe ao servidor efetuar a numeração e a rubrica das folhas
nos autos. Novamente é importante frisar que esse ato processual do escrivão ou chefe de secretaria é
praticado tão somente quando envolver processo físico. No processo eletrônico, esses atos são praticados
automaticamente pelo sistema judicial.

A assinatura é o que confere autenticidade ao documento processual. Caso a parte se negue a assiná-la ou
não possa fazê-lo, o escrivão ou chefe de secretaria, em razão do poder que lhe é conferido, atestará a fé
pública do ato, autenticando-o em nome da parte.

O art. 210, do CPC, disciplina os métodos de registro de atos processuais ao finar ser lícito o uso da
taquigrafia, da estenotipia ou de outro método idôneo em qualquer juízo ou tribunal.

Na prática de determinados atos processuais, em razão do pouco tempo de que dispõem o magistrado, os
advogados e as partes, é necessário imprimir agilidade no registro de atos. Como dito, todos os atos verbais
dos magistrados devem ser registrados por escrito.

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Nesse contexto, são adotadas algumas técnicas, entre elas, a taquigrafia e a estenotipia.

escrita abreviada à
TAQUIGRAFIA
mão

escrita abreviada
ESTENOTIPIA por aparelho
mecânico

Portanto, em palavras simples, a taquigrafia e estenotipia constituem formas abreviadas de escrita que
podem ser utilizadas para o registro de atos processuais.

TEMPO DOS ATOS PROCESSUAIS


Em relação à temática do tempo dos atos processuais, temos cinco artigos no CPC. Como visto na introdução,
o tempo dos atos processuais trata do momento em que o ato processual é praticado.

Em regra, os atos processuais são praticados em dias úteis, entre as 6 e 20 horas, segundo disciplina o art.
212, do CPC.

Não obstante a regra, temos algumas ESPECIFICIDADES que devemos estudar.

 Caso não seja possível concluir o ato processual até as 20 horas, ele deverá ser continuado em outro dia
útil, dentro do horário previsto.

Contudo, há possibilidade de que seja concluído no mesmo dia, após as 20 horas, se:

➢ prejudicar a diligência; ou
➢ causar grave dano.

 Considera-se dia útil, exceto se coincidir com feriado, de segunda a sexta-feira. Importante registrar que,
conforme veremos no art. 216, do CPC, sábado e domingo são considerados feriados para fins forenses. Isso
é importante, pois, em regra, o sábado é dia útil, em termos técnicos. Contudo, à luz do CPC, devemos
considerá-los como feriados. Isso fará toda diferença quando estudarmos os prazos processuais.

 Citações, intimações e penhoras podem ser realizadas fora do horário e, inclusive, em dias não úteis.

 Quando, para prática do ato, for necessário o protocolo físico perante o órgão judiciário, deve ser
observado o horário de funcionamento do fórum, de acordo com as normas de organização judiciária.

Esse dispositivo não se aplica aos casos em que o envio da peça pode ser feito exclusivamente por meio
eletrônico. Agora, se houver protocolo de documento físico, aplica-se o §3º.

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Vimos que os atos processuais são praticados, em regra, em dias úteis, de forma que no domingo, em
feriados e em férias forenses não serão praticados, em regra, atos processuais. Para a prova, contudo, é
importante estar atentos às exceções previstas no art. 214, do CPC:

Art. 214. Durante as férias forenses e nos feriados, não se praticarão atos processuais,
EXCETUANDO-SE:

I - os atos previstos no art. 212, § 2o;

II - a tutela de urgência.

No que diz respeito às férias forenses, é importante deixar claro que o art. 93, XII, da CF, extinguiu a
possibilidade de férias forenses nos juízos e nos tribunais de segunda instância. Isso, contudo, não impede
que os tribunais superiores (ou de superposição) fixem férias forenses. Assim, o STF, o STJ, o TST, o TSE e o
STM gozam a prerrogativa de férias forenses.

O art. 215, do CPC, na sequência, estabelece que, em rega, a tramitação do processo é ininterrupta e
determinados procedimentos não serão suspensos com a superveniência das férias.

Portanto, a regra que você deve memorizar é a de que a ocorrência de férias forenses suspende o prazo
processual, exceto nas hipóteses dos incs. do art. 215, do CPC:

Art. 215. Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e NÃO SE SUSPENDEM
pela superveniência delas:

I - os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direitos,


quando puderem ser prejudicados pelo adiamento;

II - a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador;

III - os processos que a lei determinar.

Preste atenção! Essa regra importa tão somente para os processos que tramitam perante os tribunais
superiores, uma vez que somente há que se falar em suspensão dos prazos em razão de férias forenses no
STF, STJ, TST, TSE e STM.

Além disso, é importante frisar que as férias forenses não se confundem com o recesso judiciário, que ocorre,
em regra, em 20 de dezembro a 6 de janeiro do ano seguinte, do qual falaremos adiante.

Por fim, o art. 216, do CPC, fixa que são considerados feriados:

 aqueles declarados em lei (por exemplo, Natal, Dia da Independência etc.);

 sábados;

 domingos; e

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 dias sem expediente forense.

Confira como o assunto é cobrado em prova:

(DPE - PB - 2014) Quanto aos atos processuais, é correto afirmar:


O prazo para sua prática é contínuo, seja estabelecido pela lei ou pelo juiz, mas é interrompido nos feriados.
Comentários
Não há interrupção do prazo nos feriados, mas suspensão. Se fosse o caso de interrupção, o prazo se iniciaria
novamente desde início. Temos, na verdade, um congelamento do prazo que será contado apenas em dias
úteis. Incorreta a assertiva.

Finalizamos mais um tópico!

LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS


A regra é simples: os atos processuais são praticados na sede do Juízo perante o qual tramita o processo.
Para a prova é relevante, contudo, compreender e memorizar as hipóteses em que tais atos podem ser
praticados fora do Juízo.

Vamos começar com o art. 217, do CPC:

Art. 217. Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou,


EXCEPCIONALMENTE, em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da
natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz.

Cumpre analisar quais são essas situações em que o ato processual poderá, excepcionalmente, ser praticado
fora da sede do juízo.

 em razão de deferência: algumas autoridades devem ser intimadas no local onde exercem sua função.
Nesse caso, há possibilidade de que o ato seja praticado fora da sede do Juízo, caso a autoridade exerça a
função em outro local.

Essas autoridades estão arroladas nos incs. do art. 454, do CPC. Para que compreendamos, vamos citar
alguns exemplos. Entre as autoridades mencionadas estão: o presidente e o vice-presidente da República,
os ministros de Estado, o procurador-geral da República e os conselheiros do Conselho Nacional do
Ministério Público, os senadores e os deputados federais, o prefeito, entre outros.

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 em razão do interesse da justiça: aqui temos englobadas situações nas quais, se verificadas no contexto
dos autos, tornam necessária a produção da prova fora da sede do Juízo. É uma hipótese aberta que será
decidida à luz do caso concreto.

 em razão da natureza do ato: são atos que, em razão da sua essência, são realizados fora da sede do
Juízo.

 em razão de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz: são situações em que a parte
interessada, na prática do ato processual que, ordinariamente, ocorreria perante a sede do Juízo, não tem
condições de fazê-lo em face de algum obstáculo apresentado.

Com isso, finalizamos mais uma parte do conteúdo teórico.

PRAZOS

1 - Introdução

Nesse tópico, vamos explorar os prazos processuais. Esse é um dos assuntos que possui grande probabilidade
de estar presente na sua prova. Em razão disso, redobre a atenção.

Vamos começar com um conceito doutrinário2:

Prazos são lapsos temporais que existem entre dois termos (termo inicial, dies a quo, e
termo final, dies ad quem) dentro dos quais se prevê a oportunidade para uma ação ou
omissão.

A representação gráfica desse prazo é a seguinte:

termo inicial termo final


dies a quo dies ad quem

PRAZO

2
MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª edição,
rev., atual e ampl., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 322.

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Assim, há uma data inicial e uma data final delimitadas para a prática de determinado ato processual. Com
isso, temos a delimitação objetiva do tempo para a prática de atos processuais no curso do processo. Essa
delimitação atinge as partes, o juiz e, inclusive, os auxiliares de justiça.

Portanto, a fim de que o procedimento seja sucessivo e caminhe com vistas à decisão de mérito e à efetiva
prestação da tutela jurisdicional, temos a fixação de diversos prazos processuais. De acordo com a doutrina,
esses prazos podem ser agrupados em classificações.

2 - Classificação

Os prazos podem ser classificados:

a) pela sua origem:

legais

pela ORIGEM judiciais

convencionais

Os prazos legais são aqueles que estão previstos na legislação, tal como vem explicitado no caput, do art.
218, do CPC. Em REGRA, os prazos estão previstos na legislação.

Os prazos judiciais, de acordo com o art. 218, §1º, do CPC, são aqueles que, devido à omissão da lei, são
fixados pelo juiz, de acordo com a complexidade do ato.

Os prazos convencionais são aqueles fixados pelas partes, seja em razão de um negócio jurídico processual,
seja em face da calendarização do processo, entre outras possibilidades previstas na legislação processual.

b) quanto às consequências de seu descumprimento:

próprios
pela CONSEQUÊNCIA DE SEU
ordinários
DESCUMPRIMENTO
impróprios

anômalos

Assim, leva-se em consideração a ocorrência, ou não, de preclusão temporal.

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Se ocorrer a preclusão, o prazo será denominado de próprio.

Se não implicar a preclusão, o prazo é impróprio.

Os prazos impróprios podem ser ordinários, embora não gerem a preclusão, podem implicar sanção
disciplinar. É o caso de o servidor não praticar o prazo conforme previsto em lei. Não podemos afirmar que,
se o servidor não fez a remessa a quem determinado no despacho, no prazo definido, restará preclusa a
possibilidade de fazer a remessa dos autos. Pelo contrário, o servidor tem a obrigação de fazer o quanto
antes e, por ultrapassar o prazo prescrito, poderá sofrer sanções de natureza disciplinar.

Já nos prazos impróprios, anômalos, há tão somente repercussão de natureza processual. A intimação do
Ministério Público para a prática de atos processuais quando for fiscal da ordem jurídica gera prazo para que
o órgão ministerial se manifeste. Ultrapassado esse prazo, não ocorre propriamente a preclusão, o juiz
requisitará os autos e dará seguimento ao processo. Outro exemplo é a remessa dos autos ao amicus curie,
figura interveniente no processo, segundo prevê o CPC. Se o amicus curie não se manifestar no prazo, não
haverá preclusão, nem mesmo aplicação de penalidade.

c) quanto à exclusividade do destinatário:

comum
pela EXCLUSIVIDADE DO DESTINATÁRIO
particulares

Os prazos comuns são aqueles destinados a ambas as partes (autor e réu); os prazos particulares são aqueles
destinados apenas ao autor ou apenas ao réu.

3 - Prazo subsidiário e prazo para comparecimento

Em regra, as intimações destinadas às partes contêm prazos explicitamente fixados, seja pela lei, pelo
magistrado e, inclusive, pelas partes. Há situações excepcionais, contudo, com intimações para a prática de
determinados atos sem a explicitação de prazo. Nesse caso, a parte poderá praticá-lo quando quiser?
Evidentemente que não, isso seria prejudicial ao bom andamento da causa. Em face disso, temos duas regras
relevantes no art. 218, §§ 2º e 3º.

A primeira delas trata do prazo para comparecimento:

§ 2o Quando a lei ou o juiz NÃO determinar prazo, as intimações somente obrigarão a


comparecimento após decorridas 48 (QUARENTA E OITO) HORAS.

A segunda, disciplina o prazo subsidiário:

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§ 3o Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, SERÁ DE 5 (CINCO) DIAS o
prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.

Em relação ao primeiro dispositivo, devemos ter em mente que é necessário intimar a parte com
antecedência mínima de 48 horas para seja ela seja obrigada a comparecer.

Por exemplo, se a parte for intimada no dia 1º, para comparecer a uma audiência no dia 2, ela não estará
obrigada a comparecer. Agora se intimada no dia 1º e a audiência ocorrer no dia 7, por exemplo, restará
obrigada a comparecer por conta da regra contida no §2º do art. 218, do CPC.

A segunda regra esclarece que, se o juiz intimar a parte para se manifestar sobre a juntada de algum
documento e não houver na legislação o prazo, ou o juiz não fixar prazo determinado, o ato deverá ser
praticado no prazo de 5 dias.

Confira como o assunto é cobrado em prova:

(MPE-SP - 2016) Jaqueline foi intimada para aditar sua petição inicial em 10 dias, sob pena de extinção do
processo. Diante dessa hipótese, julgue:
Se não houvesse prazo legal ou judicial determinado para que Jaqueline fizesse o aditamento, a lei determina
que seja cumprido o ato em 15 dias.
Comentários
Conforme art. 218, §3º, se não houvesse prazo legal ou judicial determinado para que Jaqueline fizesse o
aditamento, a lei determina que seja cumprido o ato em 5 dias. Incorreta, portanto.

4 - Ato processual prematuro

Vimos, no início do capítulo, que todo prazo comporta um termo inicial (dies a quo) e um termo final (dies
ad quem). Assim, o juiz fixa no despacho a intimação da parte para que ela cumpra o prazo em 5 dias e
determina que o cartório faça a intimação.

Entre a fixação judicial e a efetiva intimação podem se passar dias, às vezes, semanas. É possível que o
advogado da parte, por exemplo, decida consultar os autos e se depare com a determinação judicial, da qual
ainda não foi intimado. Caso o advogado decida praticar o ato antes da intimação, ele será válido? É
justamente disso que tratamos aqui!

Sempre houve muita discussão na doutrina, e também na jurisprudência, acerca da possibilidade da prática
do ato processual prematuro ou extemporâneo. No caso do exemplo acima, a parte nem mesmo fora
intimada, logo, não há termo inicial (dies a quo), nesse caso, o prazo de 5 dias nem sequer começou a correr.
Em face disso, a jurisprudência tinha manifestações no sentido de que a prática extemporânea do ato era
inválida porque o prazo não existia.

Esse era o entendimento do STJ (que constava da Súmula STJ 418) e do TST.

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Com o CPC, tivemos uma modificação importante no tratamento desse tema. A partir do CPC, o ato
processual prematuro é tempestivo. Se o advogado pretender “adiantar” o seu trabalho e, desde logo
praticar o ato processual para o qual ainda não foi intimado, ele poderá fazê-lo. É o que nos diz o art. 218,
§4º, do CPC.

5 - Contagem dos prazos

Uma das grandes alterações processuais que tivemos envolve a contagem dos prazos processuais. Aqui,
devemos ir com calma!

Para compreender bem o assunto, vamos, inicialmente, estudar alguns conceitos.

O termo inicial (dies a quo) do prazo é o momento que marca a existência do prazo. Isso não significa que,
no momento em que há ocorrência do termo, o prazo começa a contar. O termo inicial marca tão somente
a existência (a fluência do prazo).

O termo final (dies ad quem) marca o fim da existência do prazo. Aqui, ao contrário do termo inicial, o
momento final da contagem coincide com o termo final.

Enfim, então, como se dá a contagem do prazo?

A primeira informação, seguindo a ordem de dispositivos do CPC, é a que consta no art. 219, o qual
estabelece que os prazos são contados apenas de segunda a sexta-feira. Confira:

Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-
ão SOMENTE OS DIAS ÚTEIS.

Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.

Assim, não são levados em consideração, para fins de contagem dos prazos processuais, os sábados, os
domingos e os dias em que não haja expediente forense, tal como os feriados.

Por exemplo, se estivermos contando um prazo de 10 dias que começa a correr na segunda, vamos contar
até sexta os cinco primeiros dias (se não houver feriados), suspendemos a contagem no sábado e domingo,
e retomamos na segunda-feira. Assim, o prazo de 10 dias terminará efetivamente na sexta-feira seguinte.

É importante compreender que essa regra se aplica aos prazos processuais, tal como intimação para
contestar, recurso, manifestação quando há documentos etc. Enfim, toda a gama de prazos que estudamos
no processo civil. Essa modalidade de contagem não se aplica a prazos materiais.

Por exemplo, você estuda em direito civil os prazos prescricionais e decadenciais. Esses prazos são materiais
e não processuais, de modo que a eles a contagem em dias úteis não se aplica.

Além da suspensão em sábados, em domingos e em dias que não há expediente forense, o CPC estabelece
que, no período de 20 de dezembro a 20 de janeiro, haverá suspensão do curso dos prazos processuais.

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Os §§ do art. 220 ajudam a compreender a diferença entre suspensão dos prazos e o recesso. Entre os dias
7 de janeiro e 20 de janeiro, os Juízes, os membros do MP, os defensores e os advogados podem continuar
a praticar atos processuais e podem exercer suas funções. Contudo, durante esse período, não teremos o
curso de prazos processuais. Além disso, como estabelece o §2º, não teremos audiência ou sessões de
julgamento.

De acordo com a doutrina, a suspensão dos prazos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro constitui conquista
dos advogados, para que possam gozar de período de descanso. Desse modo, exceto se deliberadamente
quiserem laborar durante esse período, os prazos que tenham iniciado antes do dia 20 de dezembro e que
ainda não tenham sido concluídos, tem a contagem paralisada, voltando a correr apenas após o dia 20 de
janeiro.

Desse modo...

DURANTE O PERÍODO DE
SUSPENSÃO DOS PRAZOS
PROCESSUAIS

não haverá
os prazos não correm audiência/sessão de
julgamento

Temos, ainda, mais duas regras de suspensão de prazos processuais estabelecidas no art. 221, do CPC.

Na hipótese do caput, toda vez que houver algum obstáculo que possa impedir a parte de praticar o ato
processual, haverá possibilidade de suspensão do prazo. Isso será analisado caso a caso e o magistrado fixará
o período que será considerado como suspenso para que, posteriormente, haja concessão do período do
prazo prejudicado. Essa obstrução poderá decorrer de inúmeras situações. Por exemplo, se a parte criar
alguma obstrução à prática do ato processual, o juiz fixará o período da obstrução e esse lapso será
considerado como suspensão.

Também ocorrerá suspensão do prazo quando as partes decidirem pela suspensão do processo, que é
disciplinada no art. 313, do CPC. Novamente, teremos o congelamento do prazo, que continuará a correr
pelo que resta.

Na hipótese do parágrafo único, há possibilidade de suspensão dos prazos quando o Poder Judiciário
formaliza programas para autocomposição. São as conhecidas “Semanas de Conciliação”. Nesses períodos,
haverá a suspensão dos prazos para que todos os sujeitos envolvidos no processo – notadamente
magistrados, servidores, membros do Ministério Público – possam voltar-se para o programa.

Prevê o Código que, em unidades judiciais em que for difícil o transporte, o magistrado poderá prorrogar os
prazos pelo período de até dois meses. Também poderá fazê-lo em caso de calamidade pública.

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É importante deixar claro que, na hipótese de calamidade pública – tal como uma enchente –, a prorrogação
do prazo poderá ocorrer mesmo em cidades de fácil locomoção. Nesse caso, o evento de força maior justifica
a prorrogação do prazo que poderá, inclusive, ser superior a dois meses.

Na sequência do estudo da contagem dos prazos processuais é relevante compreender a regra do art. 224,
do CPC, que estabelece que, na contagem do prazo, devemos excluir o dia do começo e incluir o dia do
vencimento.

Por exemplo, em um prazo de 3 dias, se a parte for considerada intimada no dia 24/10/2016 (segunda-
feira), o primeiro dia do prazo será o dia 25/10/2016 (terça-feira), pois será excluído o dia do início. O
último dia para praticar o ato processual, no exemplo, será o dia 27/10/2016 (quinta-feira), que marca o
terceiro e o último dia do prazo que está incluído na contagem.

Nos §§, do art. 224, temos algumas regras específicas importantes.

Se o dia que inicia o prazo recair em dia em que o expediente seja encerrado antes, ou tenha se iniciado
após, ou até mesmo quando ocorrer indisponibilidade no sistema eletrônico de comunicação processual,
considera-se que o prazo começou no primeiro dia útil seguinte.

No caso específico do processo eletrônico, considera-se o início do prazo, ou seja, a sua fluência, no dia útil
seguinte ao da disponibilização.

Por fim, como observado no exemplo acima, fluência (ou existência do prazo) não se confunde com a data
em que o prazo começa a correr, isso porque devemos excluir o dia do começo. Assim, a contagem do prazo
tem início no primeiro dia útil que se seguir àquele em que for publicado.

Portanto, uma coisa é a intimação, que revela o momento em que o prazo passa a existir. Outra coisa é o
momento em que o prazo irá correr.

Confira como o assunto é cobrado em prova:

(MPE-SP - 2016) Jaqueline foi intimada para aditar sua petição inicial em 10 dias, sob pena de extinção do
processo. Diante dessa hipótese, julgue:
O prazo determinado deverá ser contado em dias úteis, dentro da sistemática processual em vigor, incluindo
o dia do começo e excluindo o dia de término do prazo.
Comentários
De acordo com os arts. 219 e 224, do CPC, o prazo deverá ser contado em dias úteis, excluindo o dia do
começo e incluindo o dia do vencimento. Assim, está incorreta a assertiva.

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A existência é delimitada pela citação, pela intimação ou pela notificação, conforme estabelecem os arts.
230 e 231, ambos do CPC. A citação, a notificação ou a intimação podem ocorrer de diversas formas no
processo, em razão disso, temos momentos distintos para que o prazo se inicie. Esses momentos foram lidos
nos incisos do art. 231. Para a nossa prova:

FORMA COMEÇO DO PRAZO


• juntada aos autos do aviso de recebimento.
pelos correios:
• juntada aos autos do mandado cumprido.
por oficial de justiça:
por ato do escrivão ou do chefe de • na data atestada.
secretaria:
• dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz.
por edital:

• dia útil seguinte à consulta ou ao término do prazo para


consultar (10 dias corridos para consultar);
via eletrônica (para intimações)
• há ciência tácita.

• 5 dia útil seguinte à confirmação do recebimento da


citação (3 dias úteis para confirmar o recebimento);
via eletrônica (para citações)
• admite-se apenas ciência expressa.

• data da publicação.
por diário de justiça:
• dia da carga.
por retirada dos autos de cartório:

Na hipótese de existir mais de um réu, o dia do começo do prazo para contestar leva em consideração o
último a ser citado quando o prazo for diferente, tal como prevê o §1º.

De todo modo, fora a regra excepcional acima, os prazos serão contados individualmente, tal como se extrai
da leitura do §2º.

6 - Renúncia do prazo

O art. 225, do CPC, trata da possibilidade de a parte renunciar ao prazo. A renúncia ocorre quando a parte
não deseja praticar o ato que lhe é permitido e deseja que o processo tenha seu curso.

Por exemplo, o magistrado intima a parte para se manifestar quanto a determinado documento juntado nos
autos no prazo de 10 dias. A parte, contudo, não pretende se manifestar quanto àqueles documentos
juntados e, para evitar que o processo fique parado por 10 dias, renuncia ao prazo para que o juiz dê
seguimento ao trâmite.

Isso somente será possível se observadas duas regras:

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1ª regra: somente é possível a renúncia quando se tratar de prazo estabelecido


exclusivamente a seu favor.

2ª regra: deve renunciar de modo expresso, com petição nos autos.

7 - Prazos do Juiz

O CPC, tal como o CPC73, estabelece prazos para que o juiz faça seus pronunciamentos. A diferença em
relação ao código anterior é que, no novo, temos prazo mais elastecidos.

De todo modo, tais prazos são considerados impróprios, pois não geram a preclusão pelo não cumprimento
no prazo estipulado.

Para fins de prova...

DESPACHOS 5 dias

DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS 10 dias

SENTENÇA 30 dias

O art. 227, do CPC, confirmando a classificação dos prazos do juiz como impróprios, estabelece que é possível
prorrogar os prazos do juiz por motivo justificado. Isso é importante, pois, caso a parte se sinta lesada pela
demora do magistrado, poderá reclamar perante as corregedorias e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

8 - Prazos dos servidores

Em relação aos servidores do Poder Judiciário, aplicam-se os prazos previstos no art. 228, do CPC:

REMETER OS AUTOS
1 dia
CONCLUSOS

EXECUTAR 5 dias

9 - Prazos em caso de litisconsórcio

O litisconsórcio ocorre toda vez que tivermos duas ou mais partes no mesmo polo da ação. Caso isso ocorra,
é possível que seja aplicada a regra do art. 229, do CPC, a qual prevê que os prazos serão praticados em
dobro. Assim, se o prazo para contestar é de 15 dias, caso existam dois ou mais réus, o prazo será de 30 dias.

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Isso, contudo, não se aplica a todos os casos de litisconsórcio, mas apenas àqueles em que houver
procuradores diferentes e escritório distintos. Atenção: se forem procuradores diferentes, mas do mesmo
escritório, o prazo não será em dobro.

É importante registrar que, configurada a situação de litisconsórcio por procuradores diferentes, de


escritórios distintos, o prazo em dobro será:

 para todas as manifestações;

 para qualquer juízo ou tribunal; e

 independe de requerimento da parte.

10 - Verificação dos Prazos e das Penalidades

O excesso de prazo poderá implicar diversas consequências a todos os sujeitos do processo. Tanto as partes
como os servidores, e também o magistrado, podem ser responsabilizados em face do excesso de prazo.

 em relação aos servidores públicos:

No CPC, a questão referente ao cumprimento dos prazos pelo Poder Judiciário ficou bastante séria. Além de
prever prazos para os servidores praticarem os atos processuais que lhes são de responsabilidade, há,
expressamente, regras que tratam da responsabilização administrativa em caso de excesso de prazo.

O art. 233, do CPC, prevê que o juiz será responsável por instaurar o processo administrativo, de ofício ou
por representação das partes interessadas, quando os servidores excederem os prazos estabelecidos para a
prática do ato processual.

Assim, se não cumpridos os prazos de remessa à conclusão (1 dias), ou de execução de atos determinados
(5 dias), é possível que haja instauração de procedimento administrativo.

 em relação às partes no processo:

Para as partes, a principal consequência por não praticar os atos processuais no prazo é a perda da
prerrogativa processual de fazê-lo, em razão da preclusão, que será estudada adiante.

De toda forma, há, ainda, uma possibilidade específica que se refere à carga dos autos físicos, ou seja, quando
o advogado da parte comparece em cartório para retirada dos autos a fim de praticar determinado ato
processual.

Essa responsabilidade, quanto à questão da carga dos autos, estende-se aos advogados, aos defensores e
aos membros do Ministério Público.

Caso haja excesso de prazo em razão de carga dos autos (retirada dos autos físicos) por parte dos advogados,
dos defensores e dos membros do Ministério Público, o juiz determinará a intimação para que os autos sejam
devolvidos no prazo de 3 dias. Para tanto, o juiz imporá três consequências:

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1ª consequência: perda do direito de vista fora do cartório. Dito de outro modo, a parte não poderá
retirar os autos físicos em carga.

2ª consequência: multa no valor de ½ salário mínimo.

3ª consequência: comunicação ao órgão de classe para apuração disciplinar (por exemplo, OAB,
Conselho Superior do Ministério Público, entre outros).

Para encerrar o tópico, faltou tratar da responsabilidade do juiz. O art. 235, do CPC, prevê duas atitudes que
podem ser tomadas contra o juiz em razão do excesso de prazo:

 representação à corregedoria do tribunal respectivo; e

 representação ao CNJ.

Nos §§, do art. 235, do CPC, temos a disciplina do procedimento dessa representação. Confira como se dá o
procedimento da representação:

1º - juizamento da representação (corregedoria ou CNJ);

2º - oitiva prévia do Juiz;

3º - verificação se é caso de arquivamento limitar;

4º - instauração do procedimento;

5º - intimação do representado (no caso, o juiz supostamente incorreu em excesso de


prazo) para se manifestar no prazo de 15 dias;

6º - adoção das medidas administrativas cabíveis no prazo de 48 horas;

7º - determinação para que o juiz pratique o ato processual que gerou a representação no
prazo de 10 dias;

8º - não praticado o ato no prazo de 10 dias, será determinado que o substituto o faça em
10 dias.

COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS

1 - Disposições Gerais

O cumprimento dos atos processuais exige a informação do destinatário, para tanto há a necessidade de que
sejam comunicados os atos. O art. 236, caput, do CPC, prevê que o cumprimento dos atos processuais

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depende de determinação do juiz competente pela causa. Isso significa dizer que é o magistrado que irá
determinar a citação, a intimação ou a expedição de cartas.

Esses atos de comunicação são cumpridos pelo chefe de secretaria ou pelo oficial de justiça, sob
determinação do juiz.

Nesse momento inicial do assunto, cumpre compreender tecnicamente a diferença entre citação, intimação
e notificação. O CPC não fala, ao menos neste capítulo, em notificação da parte, mas trata expressamente
de citação e de intimação.

A citação é o ato por meio do qual se dá ciência à parte da existência de determinada demanda. Destina-se,
portanto, ao réu, ao executado ou ao interessado.

A intimação é o ato que comunica a parte sobre atos e termos do processo. Desse modo, podem ser
intimados autores, réus, auxiliares e terceiros interessados.

A notificação, por sua vez, é usada no CPC apenas quando tratamos da jurisdição voluntária. Assim, se
destina a comunicar alguém para que manifeste formalmente sua vontade em relação a outras pessoas sobre
assunto juridicamente relevante.

Para encerrar essas noções iniciais, vamos analisar o §3º, do art. 236, que prevê a possibilidade de prática
de atos processuais por intermédio de videoconferência. Trata-se de recurso tecnológico que permite a
transmissão de sons e imagens em tempo real de pessoas que estão distantes das unidades judiciárias.
Embora não dispense a expedição de cartas, a utilização da videoconferência poderá permitir, por exemplo,
ao magistrado com competência sobre a causa, presidir atos processuais relevantes como ouvir
testemunhas, efetuar acareações etc. Além de menos custoso (e, nesse sentido, constitui ato de economia
processual), permite que o Juiz – destinatário da prova – tenha contato direto com os atos processuais a
serem praticados.

Vamos começar o estudo pela citação.

2 - Citação

2.1 - Regras gerais

A citação é destinada a quem ocupa o polo passivo da demanda. A citação constitui forma de possibilitar o
exercício do contraditório e da ampla defesa. É necessário que a parte seja corretamente integrada ao
processo para que possa comparecer à audiência e, neste ato, decidir pela autocomposição, pelo
reconhecimento jurídico do pedido ou pela necessidade de apresentação da defesa.

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De acordo com a doutrina3, a citação tem duas finalidades:

 convocar o réu para comparecer em juízo; e

 dar ciência do teor da demanda contra ele proposta.

Somente se a parte for efetivamente comunicada da existência de determinada ação é que ela poderá agir
corretamente no processo.

A citação constitui um pressuposto de validade do processo. Até podemos ter um processo sem citação,
nesse caso, ele será existente, mas não será válido. Assim, a citação não é um pressuposto de existência do
processo, mas um pressuposto de validade.

Pergunta-se:

A citação será sempre obrigatória?

Nem sempre! O caput do art. 239 traz duas situações nas quais não será necessário citar o demandado.
Nesses casos, o processo termina antes mesmo de ocorrer o desenvolvimento do procedimento.

Recebida a petição inicial, se o magistrado entender que é caso de indeferimento da petição, por falta de
observação dos requisitos necessários, ou se entender que é caso de indeferimento liminar do pedido, poderá
extinguir o processo, no primeiro caso, sem resolução do mérito e, no segundo, com resolução do mérito, sem
mesmo citar a parte contrária.

De todo modo, dessa extinção (com ou sem mérito) a parte autora poderá interpor apelação. Nessa situação
será obrigatória a citação do réu para que, ao invés de contestar a demanda, tome ciência dos fatos e
apresente contrarrazões ao recurso.

Como dito, um processo sem citação regular é inválido. Portanto, a citação deverá ser efetuada sempre de
forma correta. Cumpre aos serventuários, sob a fiscalização do magistrado, atentarem-se para a correta
citação da parte, sob pena de invalidar todo o procedimento.

Há, entretanto, uma regra que flexibiliza a citação irregular. Mesmo que a citação não tenha sido feita de
forma correta, caso haja comparecimento espontâneo do réu, teremos a convalidação do ato irregular
praticado. A data do comparecimento será considerada como data de efetiva citação da parte demandada,
momento que irá marcar o início do prazo para a apresentação da contestação.

Ao comparecer espontaneamente, a parte poderá alegar a invalidade ou a inexistência da citação de duas


formas:

3
JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e ampl., Bahia: Editora JusPodvim,
2016, p. 615.

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1ª FORMA: requerer concessão de novo prazo, que será analisado e despachado pelo magistrado. Do
despacho, a parte irá saber se o juiz acolheu o pedido e, em razão disso (se positivo), será intimada
para apresentar defesa; e

2ª FORMA: apresentar a defesa, requerendo, em capítulo preliminar, que a invalidade ou a inexistência


do ato citatório seja declarado a fim de se receber a contestação no momento em que fora ofertada.

Veja como o assunto já foi explorado em provas:

(TRT2ªR-SP - 2014) Em relação à comunicação dos atos processuais, julgue:


Tratando-se de ato formal e solene, a citação irregular não pode ser suprida em nenhuma hipótese.
Comentários
Está incorreta a assertiva, em face da previsão de que o comparecimento espontâneo do réu ou do
executado supre a falta ou a nulidade da citação.

2.2 - Efeitos da citação

Uma vez citado, o réu terá prazo para se manifestar. No caso de o procedimento estar na fase de
conhecimento, terá 15 dias para apresentar a contestação. Se não contestar, será considerado revel.

Contudo, se ocorrer alguma irregularidade, não obstante haja sido declarada a revelia, é possível sustentar
a nulidade a fim de que o prazo de defesa seja novamente concedido à parte.

Se válida a citação, o art. 240, do CPC, prevê três efeitos:

 induzimento da litispendência;

Ä litigiosidade da coisa; e

 constituição em mora do devedor.

O induzimento da litispendência significa que o processo passou a existir e ficar pendente a partir da citação
válida. Assim, qualquer tentativa de discutir a mesma matéria em outro processo será obstada pela
litispendência, ou seja, pelo fato de já existir outro processo idêntico (com mesmas partes, causa de pedir e
pedido).

Além disso, a citação válida implica a caracterização da controvérsia entre as partes, de modo que a coisa
(objeto da discussão processual) se torna litigiosa.

Por fim, explicita o dispositivo acima que a citação válida constitui em mora o devedor. A mora, assunto
estudado em Direito Civil, decorre do não pagamento pelo devedor ou do não recebimento pelo credor no
tempo, lugar e formas ajustadas.

Outro efeito decorrente da citação, na realidade, do despacho que determina a citação, é a interrupção da
prescrição, como disciplina o §1º abaixo citado. A interrupção do prazo prescricional será contada da data

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da propositura da ação, exceto se o autor não adotar as providências necessárias para que haja a citação do
réu no prazo de 10 dias.

É importante registrar que o pronunciamento do juiz determinando a citação causa a interrupção da


prescrição. Assim, não será propriamente a citação que irá interromper a prescrição, mas o ato que a
determina. Contudo, a data que será considerada é a data de propositura da ação.

Além disso, o CPC estabelece expressamente que a citação válida obsta a decadência, impedindo que ela se
consume.

Veja como o assunto já foi explorado em provas:

(TJ-PA - 2014 - adaptada) A respeito da citação, julgue:


O despacho que ordena a citação suspende a prescrição.
Comentários
O despacho que ordena a citação interrompe a prescrição, mesmo que proferido por juiz incompetente,
conforme disciplina o § 1º, do art. 240, do CPC. Incorreta, portanto.

2.3 - Intimação do réu em improcedência liminar ou indeferimento de


petição inicial

Um processo judicial envolve a apresentação da petição inicial, a citação do réu, a fase instrutória e a
sentença. Há, entretanto, a possibilidade de chegarmos à fase de sentença sem a citação do réu. Nós já
falamos, inclusive, dessas situações.

Quando o juiz indefere liminarmente o pedido do autor, ou quando ele indefere a petição inicial, temos uma
sentença que põe fim à fase de conhecimento. Falamos, inclusive, que se houver recurso, a parte ré será
citada para apresentar contrarrazões. Contudo, se não houver recurso, o réu nem ficará sabendo do
processo? Justamente com o intuito de evitar o não conhecimento do processo, haverá intimação da parte
ré. Isso mesmo, ele será intimado, não para integrar a lide (caso fosse, seria citação), mas para que tome
conhecimento dos atos praticados no processo. Essa hipótese específica está disciplinada no art. 241, do
CPC.

2.4 - Formas de citação

A pessoalidade da citação é a regra geral, pois a finalidade é assegurar que o réu tenha efetiva ciência da
demanda contra ele proposta.

Em relação às pessoas naturais, a citação deve ocorrer diretamente perante a pessoa demandada. No caso
de pessoas absolutamente incapazes (menores de 16 anos), a citação deve ser dirigida aos pais ou aos
representantes legais. Já os relativamente incapazes (adolescentes entre 16 e 18 anos, ébrios habituais,
viciados em tóxicos e aqueles que não puderem exprimir sua vontade por causa transitória ou permanente)
devem ser citados na figura do representante, que deverá assisti-lo no processo.

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Em relação às pessoas jurídicas, a citação é dirigida aos seus representantes, ou seja, aqueles que possuem
poder de administração ou de gerência geral da empresa, conforme constar dos atos constitutivos. Contudo,
como, muitas vezes, a parte autora não tem acesso, com segurança, aos nomes daqueles que são legalmente
habilitados a receber a citação em nome de pessoas jurídicas, admite-se alguma flexibilização. Essa
flexibilização deu lugar à denominada teoria da aparência por intermédio do qual considera-se válida a
citação feita a funcionário da empresa.

Temos, ainda, algumas regras específicas:

 CITANDO AUSENTE: se estiver ausente a pessoa a ser citada, considera-se válida a citação efetuada
na pessoa que recebeu mandado, que é administradora, preposta ou gerente em nome do ausente.

 LOCADOR AUSENTE: nos contratos de locação, se o locador se ausentar do país sem informar a quem
compete receber intimações, será considerada válida a citação que for encaminhada à pessoa
responsável por receber os aluguéis.

 CITAÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA: no caso da União, Estados-membros, Distrito Federal, Municípios e


respectivas autarquias e fundações, a citação deverá ser dirigida ao órgão da advocacia pública
competente.

2.5 - Momento para citação

Nos próximos dispositivos veremos duas regras que são bastante importantes para a prova. Embora sejam
regras simples, são cobradas em provas com frequência.

Em regra, a intimação deve ocorrer em qualquer lugar onde se encontrar o demandado (réu, executado ou
interessado). É isso que extraímos do art. 243, caput, do CPC. Há, entretanto, uma regra específica que se
aplica ao militar. O militar somente deverá ser citado no local de trabalho, perante a unidade em que estiver
atuando, caso não seja conhecida a sua residência ou nela não seja encontrado. Esse é seu domicílio
necessário de acordo com o que está previsto no Código Civil (art. 76).

Veremos, na sequência, que há outras exceções à regra.

O art. 244, do CPC, disciplina algumas situações que restringem a regra geral de citação em qualquer lugar.
Isso ocorre, pelo fato de que as situações arroladas nos incisos envolvem princípios relevantes, que
flexibilizam, ou melhor, que postergam a prática do ato citatório.

São quatro situações que envolvem a proteção aos locais de culto religioso ou a dignidade da pessoa.

Antes de mais, nada, entenda que a citação é possível. Caso se trate de uma situação urgente (que possa
causar perecimento do direito) não há impedimento para que haja citação de que quem esteja participando
de culto religiosos, de familiares no período e luto, dos noivos logo após o casamento ou de doentes em
estado grave. Note, contudo, que é a exceção da exceção.

Assim:

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Em regra, a citação é sempre possível onde for encontrado o citando.

Nas hipóteses excepcionais do art. 244, do CPC, não se faz a citação.

Na excepcional hipótese em que a citação é necessária para evitar o


perecimento do direito, admite-se a citação mesmo nas hipóteses do art.
244, do CPC.

De todo modo, o que você deve ter em mente é que não se admite a citação:

 de quem estiver participando de culto religioso;

Não há impedimento para que haja citação em locais de culto (citação do responsável por
determinada igreja), mas apenas daquele que estiver, naquele momento, participando de um culto
religioso.

 de quem estiver de luto (ou período de nojo) pelo falecimento de familiares por sete dias a contar
do falecimento.

O inc. II traz a delimitação de que familiares, cujo falecimento, impedem a citação no período de sete
dias a contar da morte. Podemos, didaticamente, dividir da seguinte forma:

• falecimento de cônjuge ou companheiro;


• falecimento de parentes consanguíneos ou afins em linha reta: pais, avós, bisavós, filhos,
netos, genro, nora, sogros;
• falecimento de parentes consanguíneos ou afins em linha colateral até o 2º grau: irmãos e
cunhados.

Importante frisar que a limitação de segundo grau se aplica apenas ao parentesco em linha colateral.

 dos noivos, do dia do casamento até os três dias seguintes; e

 de doente, enquanto for grave o seu estado de saúde.

Aqui cabe um questionamento:

Se a pessoa estiver acometida por câncer ou AIDS não pode ser citada, exceto se para evitar
o perecimento do direito?

Evidentemente que não, somente se estiver em estado crítico de saúde, como, por exemplo, em
período de crises.

Na sequência...

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Ainda no que diz respeito às restrições à citação, cumpre estudar o art. 245, do CPC. Esse dispositivo
estabelece que não é possível efetuar a citação de mentalmente incapaz ou daquele que está
impossibilitado de receber a citação.

Assim, ao se dirigir ao endereço indicado na petição inicial, se o oficial identificar alguma dessas situações,
irá certificar minuciosamente o fato e devolver o mandado ao juiz, que poderá determinar a nomeação de
um médico para examinar a capacidade de quem se quer citar. O médico deverá entregar o laudo no prazo
de 5 dias. A nomeação do médico poderá ser afastada se a própria família apresentar uma declaração de
médico atestando a incapacidade da pessoa.

Seja por laudo de médico nomeado ou pela declaração de médico da família, se restar evidenciada a
impossibilidade de recebimento da citação, ela não deixará de ocorrer, mas ocorrerá na pessoa nomeada
como curadora, que terá por finalidade administrar bens e interesses do incapaz.

2.6 - Formas para citação

A citação pode ser realizada de diversas formas. Além da citação eletrônica, temos citação pelos Correios,
por AR, por oficial de justiça, por edital. Fato é que ela tem que acontecer, mesmo que de forma ficta (pelo
oficial por hora certa ou por edital).

A questão é: qual forma escolher?

O CPC, desde a vigência, em 2015 parecia optar pela citação eletrônica de forma preferencial. A citação
eletrônica traz o facilitador de ela ocorrer dentro do sistema judicial eletrônico do Tribunal ou por e-mail.
Assim, evita a impressão, dispensa o trabalho do oficial de ir até o local. Enfim, é mais efetiva, não só pelo
tempo, mas pela economicidade.

O problema sempre foi o “como fazer”. O CPC deixou o tema solto. A Lei 14.195/2021 buscou criar meios
para ela efetivamente ocorrer.

O primeiro ponto importante: cabe ao CNJ regulamentar um banco nacional para cadastramento. Assim, a
pessoa fará o cadastro nesse banco nacional e todos os órgãos judiciários poderão buscá-lo para fins de
citação.

Logo que houver a propositura da ação, o órgão judiciário terá 45 dias para promover a citação do réu,
devendo, a partir da admissibilidade do juízo com determinação para citação, disparar a comunicação via
portal ou e-mail no prazo de 2 dias úteis.

Vamos entender como isso funciona...

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Após o protocolo da petição inicial, haverá o registro e distribuição. Feito esse procedimento inicial, os autos
do processo “caem” na mão do juiz que verificará a admissibilidade da demanda. Caso entenda admissível,
o juiz despachará ordenando a citação do réu. Assim que os autos chegarem na secretaria, os servidores
farão o disparo da citação no prazo de 2 dias úteis.

E o prazo de 45 dias?

É o prazo entre o protocolo da petição inicial e a citação do réu!

Quando o réu recebe a citação, ele tem que observar um prazo, o de 3 dias úteis. É o tempo que ele precisa
para confirmar o recebimento. Para você compreender a ideia, basta você pensar em um e-mail que chega
na sua caixa de entrada. Você deve clicar para abri-lo e, com isso emitir uma notificação para o remetente,
de que você abriu o e-mail.

Uma vez confirmado o recebimento, no 5º dia útil ocorrerá o começo do prazo.

Mais um prazo?

Isso mesmo! Mais um prazo. A partir do momento que a parte consultar a citação eletrônica, no 5º dia útil
ela será considerada formalmente citada. É como se fosse dado um tempo a mais para o réu que resolveu
abrir a citação eletrônica.

E para encerrar, mais um prazo: no dia útil seguinte ao do começo do prazo, inicia-se contagem.

São tantos os prazos, certo? Veja só:

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Isso ocorrerá se tudo der certo...

E se o réu não confirmar a citação?

O CPC, no art. 77, VII, estabelece que é dever das partes informar e manter o cadastro atualizado. Assim,
caso receba a citação eletrônica e não consulte, o Código determina que ela seja citada pelos demais
instrumentos disponíveis: pelos Correios, por oficial ou por edital.

A diferença é que quando ela comparecer nos autos, deverá apresentar uma justa causa para não ter
confirmado o recebimento da citação eletrônica. Se o juiz aceita, tudo bem! Caso o juiz não aceite, considera
a atitude da parte como ato atentatório à dignidade da justiça e irá impor multa de até 5%, calculado sobre
o valor da causa, à parte ré.

Naturalmente, você pode se perguntar:

Então, até mesmo eu que estou me preparando para concursos públicos, devo procurar
me cadastrar nesse sistema do CNJ? Se eu receber essa citação e não consultar, posso ser
multado?

Calma!

A exigência de cadastro se dá à pessoa jurídica (de direito público ou de direito privado). Não se aplica,
portanto, às pessoas naturais. Evidentemente que se a pessoa natural tiver cadastrado, deverá mantê-lo
atualizado e será por lá citada. Além disso, nem todas as empresas privadas devem manter cadastrado. O
CPC só impõe a obrigatoriedade às pequenas e microempresas (EPP/ME) que não estiverem cadastradas no
Redesim.

O Redesim – tema irrelevante para você em Processo Civil – nada mais é do que um conjunto de sistemas
que desburocratiza a abertura de empresas. Entre as suas funções, está em manter um cadastro de
informações das empresas, incluindo contato de email para comunicações eletrônicas. Esse cadastro será
compartilhado com a base nacional do CNJ e será utilizado na citação. Logo, a EPP/ME que estiver no Redesim
não está obrigada a se cadastrar.

Assim sim, síntese do que vimos, em pontos:

❑ ciência da existência do processo “via portal” ou “e-mail”;


❑ pessoas jurídicas de direito público e de direito privado devem manter cadastro.

* inclui apenas EPP/ME não inclusas no Redesim.

❑ o cartório deve citar o réu em 45 dias;


❑ em 2 dias úteis deve disparar a citação;
❑ em 3 dias úteis, o réu deve confirmar o recebimento da citação;
❑ confirmada, no 5º dia útil, dá o começo do prazo;

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❑ no dia útil seguinte, inicia a contagem do prazo.

Veja, ainda, um esquema que organiza todos os prazos numa espécie de linha do tempo:

Não sendo possível utilizar-se do meio eletrônico para a citação, a citação far-se-á pelos Correios, conforme
estabelece o art. 247, do CPC.

A citação pelos Correios poderá ser direcionada a qualquer demandado em qualquer comarca do País. Há,
entretanto, algumas exceções. Dito de outro modo, temos algumas pessoas e espécies de ações que não
podem ser integradas pela citação pelos Correios.

São três os motivos que obstaculizam a utilização do serviço postal:

1º - necessidade de garantir maior segurança → abrange as hipóteses dos incs. I, II e III do art. 247;

2º - inaptidão do serviço dos Correios → abrange a hipótese do inc. IV do art. 247; e

3º - requerimento justificado da parte → abrange a hipótese do inc. V do art. 247.

Vejamos as hipóteses:

 ações de estado

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De acordo com a doutrina4, “as ações de estado são aquelas que concernem à posição da pessoa
diante do ordenamento jurídico”. Abrange exemplos como: ação de divórcio, ação de interdição, ação
de investigação de paternidade, entre outros.

Nesses casos, a intimação deverá ser pessoal.

 demandado incapaz

Quando a demanda envolver incapaz, absoluta (art. 3º, do CC) ou relativamente (art. 4º, do CC), a
citação não poderá ocorrer pelos Correios.

 demandado for pessoa de direito público

Em relação às pessoas de Direito Público (União, estados-membros, Distrito Federal e municípios e


respectivas autarquias e fundações) a intimação não pode ocorrer pelos Correios. Inclusive, conforme
já estudado acima, nesse caso, a citação ocorrerá por meio eletrônico caso se trate de processo
digital, dada a obrigatoriedade de manutenção de cadastro. Se ainda se referir à unidade judiciária
cujos atos sejam físicos, a intimação será por oficial de justiça.

 demandado residir em local não atendido pelos Correios

 autor requerer motivadamente a utilização de outra forma

Veja como o assunto já foi explorado em provas:

(TJ-RJ - 2015 - adaptada) Julgue:


A citação pode ser feita pelo correio, nos seguintes casos quando for ré pessoa incapaz e nas ações de
estado.
Comentários
É justamente o contrário. Nas duas hipóteses retratadas não há possibilidade de se realizar a citação
pelos Correios. Incorreta, portanto.

Em frente!

4
MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª edição,
rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 342.

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Ainda em relação à citação pelos Correios, temos algumas regras específicas previstas no art. 248, do CPC.
São regras procedimentais, mas que podem ser exploradas em provas objetivas.

O envio da carta será efetuado pelo escrivão ou chefe de cartório. O art. 248, caput, estabelece o que deverá
constar dessa carta.

É importante destacar que a carta deve ser registrada, ou seja, é necessário o aviso de recebimento (AR), no
qual será aposta a assinatura do recebedor. É essa assinatura que conferirá certeza de que o documento fora
recebido pelo demandado.

Se a pessoa se negar a assinar o recebimento, o carteiro informará a circunstância no verso do documento e


devolverá ao juiz, que determinará a citação por outra forma.

Em regra, esse documento deve ser assinado pelo próprio demandado. Isso é fácil de visualizar quanto o réu
é pessoa natural.

E quando for pessoa jurídica?

Nesse caso, estabelece o §2º, do art. 248, do CPC, que será considerada válida a entrega a:

 pessoa com poderes de gerência geral, de administração ou estabelecimento; ou

 pessoa, na empresa, encarregada do recebimento de correspondências.

Nesses casos, muito embora a assinatura possa não ser do efetivo representante da pessoa jurídica com
poderes previstos no ato constitutivo da empresa, presume-se citado regularmente.

Além disso, o §4º trata de uma regra específica, que se aplica aos condomínios de prédios e aos loteamentos
de acesso restrito. Nesses casos, se a citação for dirigida à pessoa natural, presume-se válida a citação cuja
carta seja assinada pelo funcionário da portaria (porteiro).

Antes de prosseguirmos é importante destacar que a carta deverá seguir o modelo do mandado de citação
do oficial de justiça, que será estudado logo adiante, no art. 250, do CPC.

Retomando o que foi estudado até o presente, acerca das formas de citação, podemos concluir:

PRIMEIRAMENTE, DEVE-SE UTILIZAR DA CITAÇÃO POR MEIO ELETRÔNICO. NÃO SENDO POSSÍVEL, VALE A
CITAÇÃO POR CARTA REGISTRADA A SER ENVIADA PELOS CORREIOS.

E na sequência?

INTIMA-SE POR OFICIAL DE JUSTIÇA

De posse do mandado com todos os elementos acima, o oficial de justiça deverá dirigir-se ao endereço do
demandado para citá-lo. Encontrando-o, deverá ler o mandado, entregar a contrafé (leia-se, cópia do

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mandado, da petição inicial e do despacho do juiz), assinar o recebimento ou a recusa de receber a contrafé
e colher a assinatura do demandado.

O art. 252, do CPC, trata da citação por hora certa, forma de citação utilizada quando o demandado não é
encontrado pelo Oficial de Justiça.

Por exemplo, o oficial de justiça comparece na residência do demandado para citá-lo. O demandado oculta-
se e o familiar que atente o oficial diz que ele não se encontra. O oficial retorna em outro dia e novamente
quem lhe atende é um familiar que afirma que o demandado não se encontra. Nesse caso, se o oficial de
justiça suspeitar que há ocultamento intencional, poderá afirmar, após essa segunda tentativa de citação,
que retornará no dia útil seguinte em determinada hora certa para citá-lo e, caso não esteja presente, será
considerado citado na pessoa de seu familiar.

O que justifica a utilização da citação por hora certa é a efetiva procura do citando e a suspeita de ocultação,
independentemente de determinação judicial para que seja realizada. É evidente que na certidão do oficial
de justiça serão informados os motivos que levaram à conclusão de suspeita de ocultação.

Note que o dispositivo acima deixa claro que o oficial deverá intimar o familiar, ou o vizinho, informando que
comparecerá no dia útil seguinte para proceder a intimação no horário fixado.

Ao se dirigir ao local de citação, podemos ter duas situações:

1ª – A parte demandada estar presente e receber a citação na forma regular.

2ª – A parte demandada não estar presente. Nesse caso, o oficial deverá tomar algumas atitudes:

a) se informar das razões da ausência;

b) efetivar a citação na pessoa do familiar ou do vizinho;

c) entregar a contrafé ao vizinho ou ao familiar;

d) fará constar do mandado a advertência de que será nomeado curador especial em caso de
revelia;

e) certificará todo o ocorrido.

A nomeação do curador, prevista no §4º, existe porque a citação por hora certa é ficta, não se tem a certeza
de que a comunicação chegou ao destinatário. Devido à presunção de intimação, por razões de segurança
jurídica, nomeia-se um curador especial.

Tal como estudado no art. 72, II, do CPC, toda vez que houver citação ficta, ou seja, por edital ou com hora
certa, será necessária a constituição de curador.

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Em sequência, retornado o mandado de citação do oficial de justiça com citação com hora certa, o escrivão,
ou chefe de secretaria, deverá, no prazo de 10 dias, encaminhar ao réu a citação (por carta, telegrama,
correspondência eletrônica) dando ciência da juntada aos autos do mandado de citação.

Portanto, para a citação por hora certa devemos verificar:

1º - O Oficial deve comparecer por duas vezes no endereço do


demandado para citá-lo e se não encontrá-lo; e

2º - Suspeitar de ocultação (cujas razões deverá constar da


certidão);

3º - Deve informar o familiar ou vizinho de que retornará no dia útil


imediato, em hora certa, para citá-lo.

4º - Retorno no dia útil imediato na hora designada, dando-se por


realizada a citação na pessoa do familiar ou vizinho caso novamente
não encontre o demandado.

5º - Juntada do mandado, considerando citado o réu.

O art. 255, do CPC, traz uma regra importante que visa conferir agilidade ao cumprimento de comunicações
de atos processuais por intermédio do oficial de justiça. Os atos de comunicação que ocorrem fora da
unidade judiciária devem ser realizados, em regra, por cartas precatórias.

Contudo, no caso de comarcas contíguas e regiões metropolitanas é desnecessária a expedição de carta


precatória, podendo ser cumprido o ato pelo oficial de justiça do juízo.

A citação por edital é subsidiária e somente será utilizada quando não for possível a utilização das demais
formas de citação. Não sendo possível a intimação em meio eletrônico, pelos Correios ou por oficial de
justiça, cita-se por edital.

Não obstante a subsidiariedade, o art. 256, do CPC, estabelece situações em que se admite a citação por
edital. Portanto, a citação por edital será efetuada quando:

 for desconhecido ou incerto o citando

Nesse primeiro caso, não se sabe ao certo quem é o réu (desconhecido) da ação ou se têm dúvidas
de quem possa ser (incerto).

 for ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o demandado

Ao contrário do que tivemos nas hipóteses acima, aqui se sabe quem é o citando, mas não se conhece,
não se tem certeza ou não se consegue acessar o domicílio do demandado para citá-lo.

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O domicílio ignorado ou incerto é aquele que não se consegue precisar, por falta de elementos e, em
razão dos instrumentos utilizados, não é possível identificar com precisão do domicílio.

Incessível é aquele domicílio que não pode ser atingido pelos Correios nem mesmo pelo oficial de
justiça.

Entre as hipóteses de inacessibilidade que justificam a citação por edital está a recusa a carta
rogatória quando o citando for domiciliado no exterior. Nesse caso, não sendo possível cumprir o ato
processual por intermédio da cooperação internacional (carta rogatória), não haverá também
possibilidade de citá-lo pelo Correios ou por oficial de justiça.

Por fim, considera-se ignorado ou incerto o local quando foram empreendidas diversas tentativas de
citação, inclusive com requisições do juiz a outros órgãos e cadastros de endereço, como base de
dados da Receita Federal, BacenJud, Justiça Eleitoral e, mesmo assim, não se foi possível efetivar a
citação.

 expresso em lei

Envolve eventuais dispositivos ou legislações específicas que preveem expressamente a utilização do


edital. É o que ocorre, por exemplo, no art. 259, do CPC, que será estudado abaixo.

Sigamos!

A utilização da citação por edital deve ocorrer apenas em último caso, conforme mencionado acima, dado o
caráter ficto e precatório do ato de comunicação. Em razão disso, e devido ao dever de colaboração judicial
do autor, se ele dolosamente requerer a intimação por edital, alegando algumas das hipóteses acima, mas
sabendo o endereço do réu, sofrerá multa no valor de 5 salários mínimos, que serão revertidos em benefício
do réu.

Para encerrar a parte referente à utilização do edital, o art. 259, do CPC, estabelece algumas situações em
que a lei prevê expressamente a necessidade de expedição de editais.

Nesses casos, opta-se pela citação por edital porque, em razão do pedido do autor, podem existir eventuais
terceiros interessados no procedimento, o que justifica a expressa previsão em lei para a utilização do edital.

Para a prova, são dois grupos de informações que você deve memorizar...

ORDEM PARA UTILIZAÇÃO DAS FORMAS DE CITAÇÃO

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1º) Citação por meio eletrônico.

• Obrigatoriedade de empresas públicas e privadas manterem cadastro nos sistemas


processuais eletrônicos.
• A obrigatoriedade estende-se à União, aos estados-membros, ao Distrito Federal e aos
Municípios.
• A obrigatoriedade não se aplica às microempresas e às empresas de pequeno porte.

2º) Citação pelos Correios.

• Não se aplica às ações de estados, demandas contra incapaz, contra pessoa de direito
público, quando o demandado residir em local não atendido pelos Correios e quando o
autor requerer motivadamente a utilização de outra forma.

3º) Citação por oficial de justiça.

• O oficial poderá se valer da citação por hora certa se for o caso e também pode cumprir o
ato em comarcas contíguas e em regiões metropolitanas.

4º) Citação por edital

• Subsidiário

Agora, finalizamos o estudo da citação!

3 - Intimações

A intimação é um ato de ciência. As partes já estão integradas ao processo e, na sucessão dos atos
processuais praticados, são informadas dos atos praticados no processo. A intimação, contudo, não se limita
às partes. É possível determinar-se a intimação de terceiros, de testemunhas, de peritos etc. Portanto,
sempre que se quiser comunicar alguém sobre determinado ato processual, seja para que tenha ciência ou
para que se manifeste, haverá intimação.

É possível distinguir intimação de citação por dois aspectos:

 A citação é dirigida à integração do demandado ao processo. É o primeiro ato de comunicação à


parte adversa.

 A citação é voltada apenas para a parte.

Com o CPC, temos uma novidade interessante. A intimação poderá ser realizada de forma direta ou indireta.

A regra, até então, era a intimação indireta, por intermédio do Poder Judiciário. Por exemplo, a parte ré junta
aos autos um documento novo no processo, o Juiz profere despacho determinando a intimação da parte

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contrária para que se manifeste, no prazo de 5 dias, sobre os documentos. Após, o magistrado fará as devidas
deliberações acerca dos documentos apresentados.

Com o CPC, a intimação poderá se dar de forma direta, pelo próprio advogado da parte. Por exemplo, o
advogado envia carta registrada informando o advogado da outra parte que juntará documento nos autos.
Posteriormente, com a cópia do registro da carga registrada (AR), junta os documentos com a prova de
intimação do advogado da parte contrária.

Pergunta-se:

Qual dessas formas de intimação deve ser usada preferencialmente?

O §1º, do art. 269, prevê que a intimação direta constitui faculdade do advogado da parte. Caso o advogado
decida utilizá-la, deverá juntar aos autos o ofício de intimação e o aviso de recebimento.

A intimação deve ocorrer preferencialmente por meio eletrônico, uma vez que constitui forma ágil e pouco
custosa de comunicar atos processuais. Para operacionalizar essa modalidade de intimação, além das
empresas privadas (exceto microempresas e empresas de pequeno porte), são obrigados a manter cadastro
nos sistemas eletrônicos do Poder Judiciário a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e as
entidades da Administração Indireta. Além disso, o parágrafo único do art. 270 determina que a Defensoria
Pública, a Advocacia Pública e o Ministério Público devem manter os respectivos cadastros a fim de viabilizar
a intimação eletrônica.

O art. 271, do CPC, reforça a ideia de que o processo é instaurado por iniciativa da parte, mas se desenvolve
por impulso oficial.

O art. 272, do CPC, fixa que, se não for possível a utilização de meio eletrônico, deve ser utilizada a publicação
em diários oficiais. Em relação à publicação em diário oficial, devem ser observadas algumas regras:

 o advogado da parte poderá requerer que a intimação seja dirigida apenas à sociedade de
advogados (desde que registrada na OAB);

 na intimação, deve constar o nome das partes e do advogado ou sociedade de advogados com o
número de registro na OAB;

 o nome da parte deve ser inteiro, sem abreviatura;

 o nome do advogado deve constar tal como está na procuração ou no registro da OAB;

 o advogado poderá requerer que a intimação seja feita em nome de um dos advogados quando
houver mais de um advogado na procuração, se não observada pelos servidores, implicará a nulidade
da intimação;

Ainda quanto aos §§, do art. 272, é necessário que façamos algumas observações. O §6º estabelece que a
retirada dos autos implica a intimação dos atos praticados.

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Além disso, os §§ 8º e 9º tratam da nulidade dos atos de intimação. Se houver algum vício na intimação, é
possível que a parte, ao tomar conhecimento efetivo do ato processual, peticione nos autos cumprindo a
determinação para a qual deveria ter sido intimada e, em capítulo preliminar do ato, efetue o pedido de
nulidade.

A ideia é evitar o dispêndio de tempo e de atos processuais. Caso o magistrado reconheça a preliminar de
nulidade da intimação, passará, em seguida, para a análise da manifestação do autor. Caso não reconheça a
nulidade, não analisará o conteúdo da petição.

Vimos que, primeiramente, deve ser utilizada a intimação por meio eletrônico. Se não for possível, passa-se
à intimação pela publicação em diário oficial.

O art. 273, do CPC, estabelece que, se as duas modalidades acima (meio eletrônico e diário oficial) forem
inviáveis, ou não houver diário oficial na localidade, a intimação deverá ocorrer pessoalmente por intermédio
de oficial de justiça, caso a parte tenha domicílio na sede do juízo, ou por meio de carta registrada com aviso
de recebimento, se domiciliados fora do juízo. Confira:

Assim, caso o advogado da parte compareça em cartório, o escrivão ou chefe de secretaria poderá intimá-lo
de atos pendentes e, se não for possível, expede-se a intimação pelos Correios.

Para encerrar essa parte relativa à intimação, vamos analisar rapidamente o art. 275, do CPC, que estabelece
que, se o juiz determinar a intimação pelos Correios e ela for frustrada, deve utilizar o oficial de justiça.

Do dispositivo acima é importante prestar atenção à possibilidade, subsidiária, de que a intimação ocorra
com hora certa – observando o procedimento da citação com hora certa acima estudado – ou por edital.

Para a prova...

ORDEM E FORMAS PARA A INTIMAÇÃO

1º - meio eletrônico;

2º - inserção da intimação em diário oficial;

3º - intimação pessoal em cartório (escrivão ou chefe de secretaria);

4º - por carta registrada com aviso de recebimento;

5º - por oficial de justiça se domiciliado na sede do juízo ou por carta registrada com aviso de
recebimento se domiciliado fora do juízo.

6º - intimação por hora certa; ou

7º - por edital.

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QUESTÕES COMENTADAS
CESPE

1. (CESPE/TJ-PR - 2019) O Código de Processo Civil (CPC) estabelece que os atos processuais

a) corram em segredo de justiça, como regra geral.


b) sejam registrados eletronicamente em padrões fechados, para se assegurar a sua confidencialidade.
c) independam de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir.
d) sejam nulos se não obedecerem à forma determinada em lei, ainda que atinjam sua finalidade essencial.
e) sigam prazos legais, sendo vedada a estipulação de calendário por acordo entre o juiz e as partes em
processos específicos.

Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. O art. 188 do Código de Processo Civil positiva o
Princípio da Liberdade da Forma e da Instrumentalidade das Formas: "Os atos e os termos processuais
independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os
que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial."

A alternativa A está incorreta. A regra geral é que os atos processuais sejam públicos e somente em
determinadas situações tramitarão em segredo de justiça.

Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos:

I - em que o exija o interesse público ou social;

II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação,
alimentos e guarda de crianças e adolescentes;

III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;

IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a
confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.

A alternativa B está incorreta. Os atos processuais deverão ser registrados em padrão aberto, conforme
disposto no art. 195 do CPC:

Art. 195. O registro de ato processual eletrônico deverá ser feito em padrões abertos, que atenderão
aos requisitos de autenticidade, integridade, temporalidade, não repúdio, conservação e, nos casos
que tramitem em segredo de justiça, confidencialidade, observada a infraestrutura de chaves
públicas unificada nacionalmente, nos termos da lei.

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A alternativa D está incorreta. Como visto no comentário da alternativa C, o art. 188 consagra o Princípio da
Instrumentalidade das Formas, de modo que os atos processuais, ainda que realizados de outro modo, serão
considerados válidos quando atingirem a sua finalidade essencial.

A alternativa E está incorreta. A calendarização está expressamente prevista no art. 191 do CPC:

Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos
processuais, quando for o caso.

2. (CESPE/TCM-BA - 2018) Pedro ajuizou demanda contra Renato com pedido único de
indenização por danos materiais e, em sua defesa, o réu alegou a existência de prescrição.
Posteriormente, acolhendo o argumento levantado por Renato, o magistrado pôs termo ao
processo por meio de espécie de pronunciamento classificado como

a) ato meramente ordinatório.


b) despacho.
c) decisão interlocutória.
d) decisão monocrática.
e) sentença.

Comentários

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. O ato por meio do qual o juiz extingue a execução é
sentença, conforme estabelece o art. 203, §1º, do CPC:

§1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o


pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase
cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.

No caso narrado, o juiz pôs fim ao processo ao acolher a alegação do réu de que houve prescrição, logo se
trata de uma sentença. Frise-se, neste sentido, que conforme a redação do art. 487, II, do CPC, quando o juiz
declarar a prescrição, haverá a extinção do processo com resolução do mérito. Confira:

Art. 354. Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts. 485 e 487, incisos II e III, o juiz
proferirá sentença.
Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz:
II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;
Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do §1º do art. 332, a prescrição e a decadência não serão
reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de manifestar-se.

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A alternativa A está incorreta, pois os atos ordinatórios são aqueles praticados pelos servidores,
independentemente de despacho; ou seja, não são atos praticados pelo magistrado, de acordo com o §4º
do art. 203 do CPC.

A alternativa B está errada, porque os despachos são pronunciamentos judiciais sem conteúdo decisório,
conforme o §3º do art. 203.

A assertiva C está incorreta, porque a decisão interlocutória é o pronunciamento judicial com conteúdo
decisório que não põe fim à fase do procedimento em primeira instância, consoante §2º, do mesmo art. 203.

A alternativa D está errada, pois a decisão monocrática é ato judicial proferido por desembargador relator,
sozinho, no âmbito dos tribunais.

3. (CESPE/EMAP - 2018) Julgue o item seguinte, relativo a atos processuais, mandado de


segurança e processo de execução.

São exemplos de negócios processuais típicos: a fixação de calendário processual para a prática dos atos
processuais; a eleição de foro; as hipóteses da tutela provisória.

Comentários

A assertiva está incorreta, pois as hipóteses de tutela provisória não são exemplos de negócios processuais,
uma vez que sobre elas não incide a possibilidade de convenção das partes. Em outras palavras: caracterizada
uma das hipóteses de cabimento de tutela de provisória, o juiz deve deferi-la.

Em contrapartida, a fixação de calendário processual para a prática dos atos processuais e a eleição de foro
são exemplos de negócios processuais típicos. Veja o CPC:

Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro
onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos
processuais, quando for o caso.

4. (CESPE/MPE-PI - 2018) Acerca de normas processuais, atos processuais, tutela provisória e


atuação do Ministério Público no processo civil, julgue o item subsequente.

As normas que versem sobre procedimento possuem natureza cogente, sendo vedado às partes, ainda que
sejam capazes e que o processo verse sobre direitos disponíveis, estabelecer mudanças no rito previamente
estabelecido pelo legislador.

Comentários

A alternativa está incorreta. Com o CPC/2015, houve uma grande inovação no ordenamento jurídico, qual
seja: os negócios jurídicos processuais. A partir do novo tratamento dado pelo Código, as partes podem,
desde que respeitados alguns requisitos legais, celebrar negócios processuais. Em outras palavras, é

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permitido às partes celebrar ajustes e abrir mão de algumas posições durante o processo (por exemplo: é
possível às partes abrirem mão da interposição recursal). Veja o CPC:

Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes
plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da
causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou
durante o processo.

5. (CESPE/PGE-PE - 2018) O benefício da contagem em dobro do prazo para manifestações da


fazenda pública

a) se aplica no âmbito dos juizados especiais da fazenda pública.


b) não se aplica para a contestação em ação popular.
c) se aplica aos procuradores de sociedades de economia mista.
d) não se aplica aos procuradores de fundações de direito público.
e) se aplica cumulativamente ao benefício de prazo em dobro na multiplicidade de litisconsortes com
procuradores diversos em autos eletrônicos.

Comentários

A assertiva B está correta e é o gabarito da questão. O prazo contado em dobro para manifestações da
fazenda pública não se aplica para a contestação em ação popular, uma vez que há prazo próprio
estabelecido na Lei da Ação Popular. Veja o §2º do art. 183 do CPC:

Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e
fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações
processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.
§2º Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa,
prazo próprio para o ente público.

O prazo para contestar a ação popular é de 20 dias, prorrogáveis por mais 20 a requerimento do interessado.
Veja a Lei 4.717/65:

Art. 7º A ação obedecerá ao procedimento ordinário, previsto no Código de Processo Civil,


observadas as seguintes normas modificativas:
IV - O prazo de contestação é de 20 (vinte) dias, prorrogáveis por mais 20 (vinte), a requerimento
do interessado, se particularmente difícil a produção de prova documental, e será comum a todos
os interessados, correndo da entrega em cartório do mandado cumprido, ou, quando for o caso, do
decurso do prazo assinado em edital.

Vejamos as demais assertivas.

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A alternativa A está incorreta, pois a Fazenda Pública não possui prazo diferenciado para a prática dos atos
processuais no âmbito do Juizado Especial da Fazenda Pública. Neste sentido é o art. 7º, da Lei 12.153/09:

Art. 7º Não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas pessoas
jurídicas de direito público, inclusive a interposição de recursos, devendo a citação para a audiência
de conciliação ser efetuada com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.

A alternativa C está errada, porque o benefício da contagem em dobro do prazo para manifestações da
fazenda pública não se aplica aos procuradores de sociedades de economia mista porque são pessoas
jurídicas de direito privado e se submetem ao regime geral a estas imposto.

A assertiva D está errada, pois o benefício da contagem em dobro do prazo para manifestações da fazenda
pública aplica-se aos procuradores de fundações de direito público porque são pessoas jurídicas de direito
público. Veja o art. 183, do CPC:

Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e
fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações
processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.

A alternativa E está incorreta, porque o benefício da contagem em dobro do prazo para manifestações da
fazenda pública não se aplica aos processos em autos eletrônicos. Neste sentido é o art. 229, §2º do CPC:

Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia


distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou
tribunal, independentemente de requerimento.
§2º Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos.

6. (CESPE/TJ-CE - 2018) O negócio jurídico processual adquire eficácia a partir

a) da homologação do negócio pelo juízo antes do trânsito em julgado.


b) da verificação da existência e da validade do negócio, em respeito às normas de ordem pública.
c) da verificação da licitude do negócio e de sua forma, que deve ser permitida ou não vedada por lei.
d) da homologação do negócio pelo juízo, desde que verse sobre direitos disponíveis.
e) da homologação do negócio pelo juízo antes da prolação da sentença.

Comentários

Essa questão é um pouco mais complexa ao requerer um raciocínio interessante.

O negócio jurídico processual não requerer efetivamente homologação judicial para que produza efeitos. É
o que defende a doutrina majoritária, a exemplo de Daniel Assumpção Neves e Fredie Didier Jr.

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Nesse sentido, inclusive consta o Enunciado n. 133 do FPPC que diz “Salvo nos casos expressamente previstos
em lei, os negócios processuais do art. 190 não dependem de homologação judicial”.

Essa informação, por si só, não será capaz de responder ao questionamento, uma vez que não há nenhuma
alternativa afirmando, pura e simplesmente, que não é necessária a homologação. Afastaríamos em
raciocínio direito, inclusive, as alternativas A, D e E.

De fato, as alternativas D e E estão equivocadas, pois não há homologação para que produza efeitos.

Mas a alternativa A é o gabarito da banca. Vamos entender o porquê.

O juízo fará o controle de legalidade do negócio jurídico. Esse controle poderá ocorrer durante a pendência
do processo e enquanto estiver sob a jurisdição. Assim, ao prolatar a sentença é o último momento em que
o juízo de primeira instância poderá controlar a legalidade do negócio jurídico processual, afatando-o caso
haja vício no negócio jurídico, decorra de inserção abusiva em contrato de adesão ou se envolver parte
vulnerável.

Assim, é no momento da sentença que o juízo efetivamente homologa o ato, ratificando os efeitos até então
produzidos do negócio, razão porque a alternativa A é a correta e gabarito da questão. Esse foi o
entendimento da banca. Registre-se que o negócio destina-se ao processo e com a sentença haveria o
esgotamento da jurisdição do juízo de primeira instância, quando ele, indiretamente, homologa aquele
negócio, aplicando-o.

Por fim, não poderíamos marcar as alternativas B e C não podem ser assinaladas, pois essa verificação não
será feita a priori e não condiciona a aplicação do negócio jurídico do negócio processual.

De fato, questão complexa e que gera certa controvérsia, mas, acreditamos, serem esses os fundamentos
do examinador.

Contudo, devido a controvérsia, houve por bem o examinado anular a questão, sob o seguinte fundamento:
"O afirmado na questão contraria o disposto no Enunciado 133 do Fórum Permanente de Processualistas
Civis”. Aproveitamos, para citar o enunciado, que assim dispõe: “Salvo nos casos expressamente previstos
em lei, os negócios processuais do art. 190 não dependem de homologação judicial”.

Logo, questão ANULADA no gabarito definitivo.

7. (CESPE/TJ-CE - 2018) A fixação de calendário para a prática de atos processuais

a) vincula as partes, mas não o juiz.


b) torna dispensável intimação para a audiência cuja data esteja designada no calendário.
c) é uma convenção processual e, portanto, não pode ser firmada pela fazenda pública.
d) deve assumir a forma determinada em lei para evitar falha que gere nulidade.
e) é uma convenção processual que, se estipular confidencialidade, permitirá que o processo tramite em
segredo de justiça.

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Comentários

A calendarização e o negócio jurídico processual, de um modo geral, são temas que estão em voga e por isso
são muito recorrentes em provas. Sobre a calendarização, em especial, diz o CPC que, de comum acordo, o
juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais, quando for o caso (art. 191,
caput). Além disso, o calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão
modificados em casos excepcionais, devidamente justificados (art. 191, § 1º). Por fim, dispensa-se a
intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência cujas datas tiverem sido
designadas no calendário (art. 191, § 2º).

É por conta dessa última disposição que podemos considerar a alternativa B como correta e como o gabarito
da questão.

Vejamos o erro das demais alternativas:

A alternativa A está incorreta, porque, como aponta o art. 191, § 1º, o calendário também vincula o juiz.

A alternativa C está incorreta, porque não existe nenhuma disposição no Código que impeça a Fazenda
Pública de fixar calendário ou de praticar qualquer outro ato negocial processual.

A alternativa D está incorreta, porque o Código não exige nenhuma forma específica para o calendário, o
que significa que a sua forma é livre (art. 188, do CPC).

E a alternativa E está incorreta, porque a publicidade é característica do processo que só pode ser ressalvada
por lei, não por convenção (art. 189, do CPC).

8. (CESPE/DPE-PE - 2018) Regra geral prevista no Código de Processo Civil determina que os
atos processuais sejam realizados em dias úteis, das seis às vinte horas. Com relação aos
tempos dos atos processuais, assinale a opção correta, conforme a legislação pertinente.

a) A prática eletrônica de ato processual poderá ocorrer até as vinte e quatro horas do último dia do prazo.
b) Em se tratando de prática eletrônica de ato processual, o horário a ser considerado será aquele vigente
no juízo que emitiu o ato.
c) Durante as férias forenses, atos processuais de tutela de evidência podem ser praticados.
d) Ato processual iniciado antes das vinte horas não poderá ser concluído após esse horário,
independentemente de o adiamento causar grave dano aos envolvidos no processo.
e) Apenas com autorização judicial as citações poderão ser realizadas durante as férias forenses.

Comentários

A alternativa A é correta e gabarito da questão, conforme prevê o art. 213, caput, do CPC:

Art. 213. A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte
e quatro) horas do último dia do prazo.

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A alternativa B está incorreta. De acordo com o parágrafo único, do art. 213, da Lei nº 13.105/15, o horário
vigente no juízo perante o qual o ato deve ser praticado será considerado para fins de atendimento do prazo.

A alternativa C está incorreta. O art. 214, II, da referida Lei, estabelece que durante as férias forenses e nos
feriados, não se praticarão atos processuais, excetuando-se a tutela de urgência.

A alternativa D está incorreta. Com base no §1, do art. 212, do CPC, serão concluídos após as 20 horas os
atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano.

A alternativa E está incorreta. Não há necessidade de autorização legal. Vejamos o que dispõe o §2º, do art.
212, da Lei nº 13.105/15:

§ 2º Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão


realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário
estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o, inciso XI, da Constituição Federal.

9. (CESPE/PGE-PE - 2018) A respeito da fazenda pública em juízo, julgue os itens a seguir.

I A participação da fazenda pública não configura, por si só, hipótese de intervenção do MP como fiscal da
ordem jurídica nos autos.
II Não se aplica a regra de contagem de prazos em dias úteis do novo diploma processual civil para a oposição
dos embargos à execução fiscal.
III A suspensão dos prazos processuais no período de 20 de dezembro a 20 de janeiro não se estende ao MP,
à Defensoria Pública e à Advocacia Pública.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

Comentários

Vamos analisar cada um dos itens.

O item I está correto, nos termos do art. 178, parágrafo único, do CPC:

Parágrafo único. A participação da Fazenda Pública não configura, por si só, hipótese de intervenção
do Ministério Público.

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O item II está incorreto. A LEF nada menciona sobre como se dará a contagem dos prazos processuais na
execução fiscal, portanto, a lei processual deverá ser aplicada de forma subsidiária. Assim, a aplicação do art.
219, do CPC, no que se refere à contagem dos prazos processuais, torna-se plenamente cabível.

Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente
os dias úteis.

O item III está incorreto. A suspensão dos prazos processuais prevista no caput do art. 220, do CPC, estende-
se ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Advocacia Pública.

Art. 220. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro
e 20 de janeiro, inclusive.

Logo, a alternativa A é correta e gabarito da questão.

10. (CESPE/PGE-PE - 2018) O CPC prevê a possibilidade de convenção processual em processos


que versem sobre direitos que admitam a autocomposição. Conforme o entendimento
doutrinário, esse instituto

a) não poderá ser firmado pela fazenda pública.


b) não poderá ser celebrado em contrato de convivência.
c) não poderá ser objeto de controle de ofício pelo juiz.
d) poderá estipular a interposição de recurso per saltum às cortes superiores.
e) poderá estipular a cláusula “sem recurso” bilateralmente.

Comentários

A alternativa A está incorreta. A Fazenda Pública pode celebrar negócio jurídico processual.

A alternativa B está incorreta. O contrato de convivência pode conter negócios processuais.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o art. 190, do CPC, o juiz controlará a validade das convenções.

Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes
plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da
causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou
durante o processo.

Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas
neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em
contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.

A alternativa D está incorreta. Não é permitida a supressão da primeira instância no negócio jurídico
processual. Esse é o entendimento do Enunciado 20 do Fórum Permanente de Processualistas Civis.

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A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Os principais exemplos de convenções processuais


atípicas advêm de negócios celebrados para operar efeitos no processo de conhecimento. Fala-se na
admissão de convenções para ampliar prazos de contestação e recursos, para vedar denunciação à lide, para
renunciar antecipadamente ao recurso de apelação contra a sentença, para partilhar as eventuais verbas de
sucumbência, entre outros.

11. (CESPE/STJ - 2018) Acerca dos atos processuais, julgue os seguintes itens.

De acordo com o código de processo civil, os atos do juiz consistem em sentenças, decisões interlocutores e
atos ordinatórios.

Comentários

Questão literal!

A assertiva está incorreta. O juiz proferirá sentenças decisões interlocutórias e despachos! Os atos
ordinatórios são atos da secretaria. Vejamos o art. 203, do CPC:

Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e


despachos.

12. (CESPE/STJ - 2018) Acerca dos atos processuais, julgue os seguintes itens.

Decisão interlocutora consiste no ato pelo qual juiz põe fim a fase cognitiva do procedimento comum.

Comentários

A assertiva está incorreta.

A sentença põe fim à fase cognitiva, a decisão interlocutória é toda decisão que não encerra a fase de
conhecimento, quer dizer, toda decisão que não é sentença. Vejamos os §§ do art. 203, do CPC:

§ 1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o


pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase
cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.

§ 2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se


enquadre no § 1o.

13. (CESPE/TRF1ªR - 2017_ Julgue os próximos itens, relativos aos atos processuais.

O serventuário deverá remeter os autos conclusos no prazo de um dia contado da data em que tiver
cumprido ato processual anterior; o não cumprimento dessa regra, sem motivo legítimo, acarretará a
instauração de processo administrativo.

Comentários

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Está correta a assertiva. De acordo com o art. 228, I, do CPC, cabe ao serventuário remeter os autos conclusos
no prazo de um dia, contado da data em que:

- houver concluído o ato processual anterior, se lhe foi imposto pela lei;

- tiver ciência da ordem, quando determinada pelo juiz.

Ultrapassado o prazo, sem motivo legítimo, o art. 233, do CPC, estabelece que o juiz ordenará a instauração
de processo administrativo, na forma da lei.

14. (CESPE/TRF1ªR - 2017) Julgue os próximos itens, relativos aos atos processuais.

Serão considerados intempestivos os atos processuais realizados antes do termo inicial do prazo.

Comentários

Está incorreta a assertiva, pois o ato processual prematuro é válido por expressa disposição no §4º do art.
218, do CPC:

§ 4o Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.

15. (CESPE/TRF1ªR - 2017) Julgue os próximos itens, relativos aos atos processuais.

A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que o faça
expressamente.

Comentários

A assertiva está correta, porque constitui a exata literalidade do art. 225, do CPC:

Art. 225. A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que
o faça de maneira expressa.

16. (CESPE/TRF1ªR -2017) Julgue os próximos itens, relativos aos atos processuais.

Ato processual eletrônico pode ser praticado em qualquer horário desde que até as vinte horas do último
dia do prazo.

Comentários

Está incorreta a assertiva, pois o ato eletrônico pode ser praticado até as 24h do último dia do prazo. Confira:

Art. 213. A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte
e quatro) horas do último dia do prazo.

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17. (CESPE/TRT-7ªR - 2017) Eduarda e Carolina, demandadas por Mário em ação que tramita
em autos eletrônicos, constituíram procuradores de escritórios distintos.

Nessa situação hipotética, as litisconsortes terão prazo


a) em dobro somente para contestar.
b) em dobro para todos os atos.
c) em quádruplo para todos os atos.
d) simples para contestar.

Comentários

Devido ao fato de se tratar de uma ação que tramita em autos eletrônicos as litisconsortes não terão prazos
contados em dobro para se manifestar. É o que prevê o art. 229, §2º, do CPC:

Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia


distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou
tribunal, independentemente de requerimento.

§ 2o Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos.

Assim, as litisconsortes terão prazo simples para contestar. Portanto, a alternativa D está correta e é o
gabarito da questão.

18. (CESPE/TRE-BA - 2017) De acordo com o CPC, no que se refere aos atos processuais, cabe
ao servidor

a) tomar decisões interlocutórias, com a revisão do juiz, se necessário.


b) documentar acórdão pronunciado oralmente, dispensada a revisão pelo juiz prolator.
c) redigir despachos, com a revisão do juiz, se necessário.
d) documentar sentenças pronunciadas oralmente, dispensada a revisão pelo juiz.
e) praticar os atos ordinatórios de juntada e vista obrigatória, com revisão do juiz, se necessário.

Comentários

Para responder à questão devemos conhecer o §4º do art. 203 do CPC, que disciplina:

§ 4º Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de


despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário.

Portanto, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

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19. (CESPE/Prefeitura de Belo Horizonte – MG - 2017) Acerca de atos processuais e distribuição,


assinale a opção correta.

a) O recurso interposto antes da publicação da sentença ou do acórdão será considerado intempestivo e não
produzirá efeito jurídico, salvo se a parte ratificar as razões recursais dentro do prazo para a sua interposição
após a publicação do ato.
b) A citação de município e suas respectivas autarquias pode ser firmada pelo correio, com aviso de
recebimento, caso em que a correspondência deverá ser enviada para o órgão da advocacia pública
responsável pela representação judicial do referido ente público.
c) Havendo, na localidade, mais de um juízo competente e estando demonstrada a continência entre uma
ação em curso e nova ação a ser proposta, pode o demandante distribuir sua nova ação por dependência ao
juízo processante da ação em curso.
d) A legislação processual vigente não permite que as partes e o juiz estabeleçam calendário para a realização
de determinados atos processuais, tais como prazo para manifestações das partes e data de realização de
audiências, assim como a dispensa de intimação das partes para a prática de atos processuais estabelecidos.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o §4º, do art. 218, do CPC, será considerado tempestivo o ato
praticado antes do termo inicial do prazo.

A alternativa B está incorreta. A citação será feita, em regra, pelo correio, porém, em alguns casos será
realizada por outro meio. Vejamos o que dispõe o art. 247, da Lei nº 13.105/15:

Art. 247. A citação será feita pelo correio para qualquer comarca do país, exceto:

I - nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, § 3o;

II - quando o citando for incapaz;

III - quando o citando for pessoa de direito público;

IV - quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência;

V - quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.

Como o Município é uma pessoa jurídica de direito público, a sua citação não será feita pelo correio, mas sim
seguirá uma regra específica, prevista no §3º, do art. 242:

§ 3o A citação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas
autarquias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública
responsável por sua representação judicial.

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A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Sabendo da existência de litispendência, o autor


poderá requerer a distribuição de sua ação por dependência. Confira o art. 286, I, do CPC:

Art. 286. Serão distribuídas por dependência as causas de qualquer natureza:

I - quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já ajuizada;

A alternativa D está incorreta. O art. 191, caput, da Lei nº 13.105/15, prevê que de comum acordo, o juiz e
as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais, quando for o caso.

Além disso, o §2º, estabelece que se dispensa a intimação das partes para a prática de ato processual ou a
realização de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário.

20. (CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE - 2017) Julgue o item seguinte, com base no que dispõe
o CPC sobre atos processuais, deveres das partes e dos procuradores e tutela provisória.

É dever do magistrado manifestar-se de ofício quanto ao inadimplemento de qualquer negócio jurídico


processual válido celebrado pelas partes, já que, conforme expressa determinação legal, as convenções
processuais devem ser objeto de controle pelo juiz.

Comentários

A assertiva está incorreta. De acordo com o art. 190, do CPC, o juiz somente deve interferir no negócio
jurídico processual firmado entre as partes quando este for considerado nulo, abusivo ou quando uma das
partes se encontrar em situação de vulnerabilidade em relação à outra.

Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes
plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da
causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou
durante o processo.

Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas
neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em
contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.

21. (CESPE/TRE-PE - 2017) A respeito dos poderes, deveres e responsabilidades do juiz e dos
atos processuais, assinale a opção correta à luz do Código de Processo Civil (CPC).

a) Não podem ocorrer durante as férias forenses citações, intimações e penhoras, ainda que haja autorização
judicial.
b) Na ausência de preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de cinco dias úteis o prazo para a
prática de ato processual a cargo da parte.
c) O juiz pode dilatar e reduzir os prazos processuais, adequando-os às necessidades do conflito, de modo a
conferir maior efetividade à tutela do direito.

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d) Pode o magistrado declarar-se suspeito no processo por razões de foro íntimo; contudo, para assim fazer,
ele deve externar tais razões.
e) O terceiro que demonstre interesse jurídico poderá requerer ao juiz certidão de inteiro teor da sentença,
no caso de processo que tramite sob segredo de justiça.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o §2º, do art. 212, do CPC, as citações, intimações e penhoras
poderão ocorrer no período de férias forenses, independente de autorização judicial.

§ 2o Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão


realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário
estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o, inciso XI, da Constituição Federal.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o §3º, do art. 218, combinado
com o art. 219, da Lei nº 13.105/15:

Art. 218

§ 3o Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a
prática de ato processual a cargo da parte.

Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente
os dias úteis.

A alternativa C está incorreta. De fato, o poderá dilatar os prazos processuais a fim de adequá-lo às
necessidades do conflito, porém, não poderá reduzi-los. Vejamos o art. 139, VI, da referida Lei:

Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:

VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os
às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito;

A alternativa D está incorreta. Com base no §1º, do art. 145, do CPC, quando o juiz se declara suspeito por
motivo de foro íntimo, não precisa declarar as suas razões.

§ 1o Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas
razões.

A alternativa E está incorreta. Os §§1º e 2º, do art. 189, da Lei nº 13.105/15, estabelecem que no caso de
processo que corre em segredo de justiça, o terceiro somente poderá requerer certidão do dispositivo da
sentença, e não o seu inteiro teor, e, ainda assim, se demonstrar interesse jurídico.

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§ 1o O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir


certidões de seus atos é restrito às partes e aos seus procuradores.

§ 2o O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da
sentença, bem como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.

22. (CESPE/TRF-1ªR - 2017) Acerca dos atos processuais, julgue o item subsequente.

O oficial de justiça poderá realizar penhora durante as férias forenses, desde que esteja autorizado
judicialmente.

Comentários

A assertiva está incorreta, visto que não é necessária a autorização judicial para a realização de citações,
intimações e penhoras. Vejamos o que dispõe o §2º, do art. 212, do CPC:

§ 2o Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão


realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário
estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o, inciso XI, da Constituição Federal.

23. (CESPE/TRF-1ªR - 2017) Acerca dos atos processuais, julgue o item subsequente.

O interesse social é um critério utilizado para determinar que o processo judicial tramite em segredo de
justiça.

Comentários

A assertiva está correta, nos termos do art. 189, I, do CPC:

Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos:

I - em que o exija o interesse público ou social;

24. (CESPE/DPE-AL - 2017) Acerca das normas processuais civis e dos atos processuais, assinale
a opção correta.

a) O pronunciamento judicial que rejeita exceção de pré-executividade, com o prosseguimento da execução,


qualifica-se como decisão interlocutória.
b) É vedado ao juiz, em quaisquer hipóteses, iniciar de ofício o processo.
c) A substituição processual é espécie do gênero legitimação ordinária e pode ser inicial ou superveniente,
exclusiva ou concorrente.
d) Conforme a sistemática processual brasileira, é vedado ao juiz, em quaisquer hipóteses, decidir por
equidade.
e) A desistência da ação produz efeitos imediatos, dispensando-se intervenção judicial.

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Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o §2º, do art. 203, do CPC:

§ 2o Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se


enquadre no § 1o.

§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o


pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase
cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 738, da Lei nº 13.105/15, nos casos em que a lei
considere jacente a herança, o juiz em cuja comarca tiver domicílio o falecido procederá imediatamente à
arrecadação dos respectivos bens.

A alternativa C está incorreta, pois é o caso de legitimidade extraordinária. Vejamos o que dispõe o art. 18,
da referida Lei:

Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo
ordenamento jurídico.

Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente
litisconsorcial.

A alternativa D está incorreta. O parágrafo único, do art. 140, do CPC, estabelece que o juiz só decidirá por
equidade nos casos previstos em lei.

A alternativa E está incorreta. Com base no parágrafo único, do art. 200, da Lei nº 13.105/15, a desistência
da ação só produzirá efeitos após homologação judicial.

25. (CESPE/PGE-SE - 2017) Duas sociedades empresárias firmaram contrato que contém
cláusula compromissária de convenção de arbitragem com a previsão de que eventual
litígio de natureza patrimonial, referente ao contrato, deveria ser submetido a tribunal
arbitral.

Nessa situação hipotética, caso seja instaurado procedimento arbitral,


a) o magistrado poderá, de ofício, reconhecer a existência de convenção de arbitragem e extinguir o processo
sem resolução do mérito, se o litígio referente ao contrato também for levado ao Poder Judiciário.
b) em eventual execução judicial de sentença arbitral, será vedado ao réu arguir nulidade da decisão arbitral
por meio de impugnação ao cumprimento de sentença, devendo o interessado utilizar ação própria para
esse fim.
c) as partes não estarão obrigadas a se submeter a esse procedimento, uma vez que a convenção de
arbitragem é nula, por excluir da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.

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d) a opção feita pelas partes pela arbitragem deverá ser considerada legítima, e a sentença do árbitro, título
executivo extrajudicial, conforme o CPC.
e) eventual cumprimento de carta arbitral no Poder Judiciário, referente ao caso, deverá tramitar em segredo
de justiça, se houver comprovação de confidencialidade da arbitragem.

Comentários

A alternativa A está incorreta. A arbitragem não pode ser reconhecida de ofício, deve ser alegada. Vejamos
o art. 337, § 5º, do CPC:

§ 5o Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício


das matérias enumeradas neste artigo.

A alternativa B está incorreta. A Lei de arbitragem permite arguir a nulidade nesse caso, conforme o art. 33,
§ 3º, da Lei 9.307/96.

A alternativa C está incorreta. A arbitragem é plenamente válida e uma vez assinada, deve ser utilizada como
meio de resolução dos conflitos provenientes daquele contrato.

A alternativa D está incorreta. A sentença arbitral é considerada um título executivo judicial, conforme o art.
515, VII, do CPC.

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 189, IV, do CPC:

Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos:

IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a
confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.

26. (CESPE/TRE-BA - 2017) João ajuizou contra Maria e Joana, as quais, citadas, se fizeram
representar por diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos. As
procurações foram juntadas aos autos eletrônicos.

Nessa situação hipotética, o prazo para Maria e Joana apresentarem suas contestações no processo é de
a) 5 dias.
b) 15 dias.
c) 10 dias.
d) 8 dias.
e) 30 dias.

Comentários

Para responder à essa questão devemos conhecer o art. 229, do CPC

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Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia


distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou
tribunal, independentemente de requerimento.

§ 2º Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos.

Logo, a alternativa B é a correta e gabarito da questão.

27. (CESPE/SEDF - 2017) Julgue o item subsequente, relativo à improcedência liminar do pedido
e ao cumprimento de sentença.

Contra a decisão que julgue liminarmente improcedente o pedido do autor por contrariar acórdão do
Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos caberá recurso de agravo de instrumento
cujo prazo é de quinze dias.

Comentários

De acordo com o §1º, do art. 203, do CPC, a decisão que julga liminarmente improcedente o pedido do autor
põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, tendo natureza jurídica de sentença.

§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o


pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase
cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.

Além disso, a sentença é impugnável por apelação e não por agravo de instrumento, nos termos do art. 724:

Art. 724. Da sentença caberá apelação.

Por isso, a assertiva está incorreta.

28. (CESPE/TCE-PA - 2016) À luz do Novo Código de Processo Civil, julgue o item seguinte,
referentes aos prazos e aos atos processuais.

Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios distintos, terão prazos contados em
dobro, incluindo os referentes a processos em autos eletrônicos.

Comentários

A assertiva está incorreta. Vejamos o que dispõe o art. 229, caput e §2, do CPC:

Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia


distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou
tribunal, independentemente de requerimento.

§ 2o Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos.

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29. (CESPE/TJ-PR - 2019) Julgue os seguintes itens, acerca de citação, considerando o disposto
no CPC.

I Citação é o ato pelo qual o réu, o executado ou o interessado são convocados para integrar a relação
processual.
II A citação do réu é indispensável para a validade do processo, ainda que haja improcedência liminar do
pedido.
III Sendo nula a citação, o comparecimento espontâneo do réu suprirá a falha e determinará o início do prazo
para contestação.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos

Comentários

Vejamos item a item:

Item I - Correto. O item corresponde à definição de citação apresentada pelo art. 238 do CPC: "Citação é o
ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual."

Item II - Incorreto. O art. 239 do CPC dispõe que a citação do réu ou executado é indispensável para a validade
do processo, mas ressalva as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do
pedido.

Item III - Correto. O §1º do art. 239 prevê que "o comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre
a falta ou a nulidade da citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de
embargos à execução."

A alternativa C (itens I e III) está correta e é o gabarito da questão.

30. (CESPE/TJ-AM - 2019) Rodrigo deixou de cumprir sua parte em obrigação de fazer firmada
com Vinícius. Para assegurar seu direito, Vinícius ajuizou ação em desfavor de Rodrigo.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente.


Não poderá ser feita a citação de Rodrigo caso seu pai tenha falecido trinta dias antes do ajuizamento da
referida ação.

Comentários

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A assertiva está errada. O Código de Processo Civil (art. 244, II) prevê que não será feita a citação no dia do
falecimento e nos 7 dias seguintes à morte de cônjuge, de companheiro ou de qualquer parente do morto,
consanguíneo ou afim, em linha reta ou na linha colateral em segundo grau.

31. (CESPE/PGE-PE - 2019) À luz do Código de Processo Civil, julgue o item, relativo às normas
fundamentais do processo civil e aos elementos da sentença, aos honorários advocatícios,
à advocacia pública e à aplicação das normas processuais.

Situação hipotética: O calculista de determinada procuradoria estadual foi devidamente credenciado junto
ao cartório da vara de fazenda pública para retirar os autos em carga e elaborar seu parecer técnico acerca
de cálculos de liquidação apresentados pela parte contrária. Concluído seu parecer, o calculista entregou os
autos ao procurador responsável, para que este elaborasse a manifestação judicial que entendesse cabível.
Assertiva: Nessa situação, a intimação do ente público de eventuais decisões constantes nos autos ocorreu
quando o calculista retirou os autos em carga da vara, mesmo que o ato ordinatório de vista à fazenda pública
estivesse pendente de publicação.

Comentários

A assertiva está correta. De acordo com o §6º, do art. 272, do CPC/15, a retirada dos autos do cartório ou da
secretaria em carga pelo advogado, por pessoa credenciada a pedido do advogado ou da sociedade de
advogados, pela Advocacia Pública, pela Defensoria Pública ou pelo Ministério Público implicará intimação
de qualquer decisão contida no processo retirado, ainda que pendente de publicação.

32. (CESPE/PGE-PE - 2019) Por ter sofrido sucessivos erros em cirurgias feitas em hospital
público de determinado estado, João ficou com uma deformidade no corpo, razão pela qual
ajuizou ação de reparação de danos em desfavor do referido estado.

Tendo como referência essa situação hipotética e os dispositivos do Código de Processo Civil, julgue o item
subsecutivo.
A citação do estado deverá ser realizada perante o órgão de advocacia pública responsável pela sua
representação judicial.

Comentários

De acordo com o art. 242, §3º, do CPC, a citação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios
e de suas respectivas autarquias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia
Pública responsável por sua representação judicial. Correta a assertiva, portanto.

33. (CESPE/ABIN - 2018) Com base no Código de Processo Civil e no entendimento


jurisprudencial e doutrinário acerca de processo civil, julgue o seguinte item.

É válida a entrega de mandado de citação de pessoa jurídica feito pelo correio a funcionário responsável pelo
recebimento de correspondências, bem como é válida a entrega de mandado de citação de pessoa física
residente em condomínios edilícios a funcionário da portaria.

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A assertiva está correta, trate-se se norma prevista no art. 248, §§ 2º e 4º, do CPC:

Art. 248. Deferida a citação pelo correio, o escrivão ou o chefe de secretaria remeterá ao
citando cópias da petição inicial e do despacho do juiz e comunicará o prazo para resposta,
o endereço do juízo e o respectivo cartório.

§ 2o Sendo o citando pessoa jurídica, será válida a entrega do mandado a pessoa com
poderes de gerência geral ou de administração ou, ainda, a funcionário responsável pelo
recebimento de correspondências.

§ 4o Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a
entrega do mandado a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de
correspondência, que, entretanto, poderá recusar o recebimento, se declarar, por escrito,
sob as penas da lei, que o destinatário da correspondência está ausente.

Outras Bancas

34. (NC-UFPR/TJ-PR - 2019) O negócio jurídico processual envolve manifestações de vontade


que, respeitadas as limitações legais, delineiam o conteúdo e/ou as consequências do ato
no âmbito do processo. Sobre os negócios jurídicos processuais, assinale a alternativa
correta.

a) Negócio jurídico processual é ato exclusivo das partes, que privilegia a autonomia de vontade destas, não
se sujeitando ao controle de validade, por parte do juiz.
b) Para a celebração de negócio jurídico processual, não se exige que o sujeito tenha capacidade de ser parte
e de estar em juízo.
c) A cláusula de eleição de foro é exemplo de negócio processual atípico.
d) O pressuposto objetivo geral para os negócios jurídicos processuais atípicos é a aptidão de o direito
envolvido submeter-se a autocomposição.
e) O negócio jurídico que limita o processo a um único grau de jurisdição é exemplo de pacto meramente
procedimental.

Comentários

A alternativa A está incorreta, pois apesar do acordo celebrado pelas partes não depender de homologação
judicial, ele poderá ser anulado por decisão judicial quando haja nulidade em sua pactuação.

A assertiva B está errada. Tratando-se o negócio jurídico processual previsto pelo art. 190, do CPC, de espécie
de negócio jurídico, não restam dúvidas que sua validade depende do preenchimento dos requisitos
previstos no art. 104, do CC. Dessa forma, exige-se agente capaz, objeto lícito, possível, determinado ou
determinado e forma prescrita ou não defesa em lei.

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A alternativa C está incorreta, pois negócio jurídico processual típico é aquele previsto em lei e há expressa
previsão no CPC da cláusula de eleição de foro:

Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro
onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
§1º A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir
expressamente a determinado negócio jurídico.

A alternativa D é a correta e gabarito da questão, pois o art. 190, caput, do CPC, prevê que o negócio jurídico
processual só é admitido em processos que versem sobre direitos que admitam a autocomposição.

A assertiva E está errada, pois vai de encontro com o Enunciado 20 do FPPC que proíbe negócio jurídico
processual que suprima instância:

Enunciado 20 do FPPC: Não são admissíveis os seguintes negócios bilaterais, dentre outros: acordo
para modificação da competência absoluta, acordo para supressão da primeira instância, acordo
para afastar motivos de impedimento do juiz, acordo para criação de novas espécies recursais,
acordo para ampliação das hipóteses de cabimento de recursos.

35. (CEBRASPE/PGM-Manaus - 2018) À luz das disposições do CPC relativas aos atos
processuais, julgue os itens subsequentes.

Em regra, os atos processuais são públicos e independem de forma determinada.

Comentários

A assertiva está correta, de acordo com os art. 188 e 189, do CPC:

Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei
expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham
a finalidade essencial.

Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos:
(...).

Importante registrar que o restante do art. 189 estabelece uma série situações nas quais o procedimento
tramitará em segredo de justiça.

36. (CS-UFG/TJ-GO - 2017) Quando for celebrado negócio ou calendário processual,

a) os processos que versem sobre arbitragem, independentemente da existência de cláusula de


confidencialidade, devem tramitar em segredo de justiça.
b) as negociações que estabeleçam mudanças no procedimento são consideradas ilícitas.
c) as partes envolvidas ficarão vinculadas à sua observância, salvo o juiz, nos casos de calendarização.

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d) a intimação das partes acerca dos atos agendados torna-se desnecessária nos casos de calendarização.
e) os atos processuais, inclusive os eletrônicos, devem ser realizados em dias úteis, das 06h às 20h.

Comentários

A alternativa A está incorreta. Conforme os termos do art. 189, IV do CPC, os processos que versem sobre
a arbitragem, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante juízo, devem
tramitar em segredo de justiça.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 190, da Lei nº 13.105/15, as negociações que
estabeleçam mudanças no procedimento são consideradas lícitas.

A alternativa C está incorreta. Conforme o art. 191, §1º, da referida Lei, o calendário vincula as partes e o
juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos excepcionais, devidamente justificados.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Vejamos o art. 191, §2º, do CPC.

§ 2o Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência
cujas datas tiverem sido designadas no calendário.

A alternativa E está incorreta. De acordo o art. 213, da Lei nº 13.105/15, a prática eletrônica de ato
processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 horas do último dia do prazo.

37. (PUC-PR/TJ-MS - 2017) Considerando a Parte Geral do Código de Processo Civil, é CORRETO
afirmar:

a) O procedimento da carta rogatória perante o Superior Tribunal de Justiça é de jurisdição voluntária.


b) A gratuidade da justiça compreende as despesas com publicação na imprensa oficial, mas não dispensa a
publicação em outros meios.
c) O escrivão ou o chefe de secretaria atenderá, obrigatoriamente, à ordem cronológica de recebimento para
publicação e efetivação dos pronunciamentos judiciais.
d) É lícito às partes plenamente capazes, em qualquer caso, estipular mudanças no procedimento para
ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres
processuais, desde que haja processo pendente.
e) O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.

Comentários

A alternativa A está incorreta. Conforme o art. 36, do CPC o procedimento da carta rogatória perante o
Superior Tribunal de Justiça é de jurisdição contenciosa.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 98, §1º, III, da Lei nº 13.105/15, a gratuidade da justiça
compreende as despesas com publicação na imprensa oficial, dispensando-se a publicação em outros meios.

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A alternativa C está incorreta. Nos termos no art. 153, da referida Lei, o escrivão ou o chefe de secretaria
atenderá, preferencialmente, à ordem cronológica de recebimento para publicação e efetivação dos
pronunciamentos judiciais.

A alternativa D está incorreta. Conforme o art. 190, do CPC, versando o processo sobre direitos que admitam
autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo
às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais,
antes ou durante o processo.

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 59, da Lei nº 13.105/15:

Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.

38. (FAURGS/TJ-RS - 2017) A respeito dos prazos processuais, assinale a alternativa correta.

a) No novo processo civil brasileiro, os prazos processuais estabelecidos em dias são contínuos, computando-
se sábados, domingos e feriados.
b) Inexistindo preceito legal ou determinação pelo Juiz, entende-se que o prazo para prática de ato
processual a cargo da parte é de 10 dias úteis.
c) A morte ou a perda da capacidade processual da parte acarreta a interrupção do prazo, que volta a ser
contado desde o início.
d) Aos litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, mesmo em processo eletrônico, é assegurada a
contagem em dobro de todos os prazos processuais.
e) Considera-se, como data da publicação, o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da intimação
no Diário da Justiça Eletrônico.

Comentários

A alternativa A está incorreta. Os prazos processuais serão computados apenas em dias úteis. Vejamos o art.
219, do CPC:

Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente
os dias úteis.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o §3º, do art. 218, da Lei nº 13.105/15, será de 5 dias o prazo
para a prática de ato processual a cargo da parte, caso inexista preceito legal ou prazo determinado pelo juiz.

§ 3o Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a
prática de ato processual a cargo da parte.

A alternativa C está incorreta. Com base no art. 313, I, da referida Lei, a morte ou a perda da capacidade
processual da parte acarreta a suspensão do prazo, e não a interrupção do prazo.

Art. 313. Suspende-se o processo:

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I - pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante
legal ou de seu procurador;

A alternativa D está incorreta. O art. 229, combinado com o §2º, do CPC, estabelece que aos processos
eletrônicos não é assegurada a contagem de prazo em dobro.

Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia


distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou
tribunal, independentemente de requerimento.

§ 2o Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos.

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o §2º, do art. 224, da Lei nº 13.105/15:

§ 2o Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da


informação no Diário da Justiça eletrônico.

39. (IESES/TJ-RO - 2017) Acerca dos Atos Processuais e sua disciplina no Código de Processo
Civil, assinale a alternativa correta:

a) O art. 188 do Código de Processo Civil consagra o sistema de instrumentalidade das formas.
b) A regra em se tratando de atos processuais é que sejam realizados e tramitem em segredo de justiça.
c) O uso da língua portuguesa pode ser dispensado na prática de certos atos e termos do processo.
d) Não é lícito às partes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e
convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo,
ainda que verse exclusivamente sobre direitos que admitam autocomposição.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O art. 188, do CPC, prevê o princípio da
instrumentalidade das formas:

Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei
expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham
a finalidade essencial.

A alternativa B está incorreta. Em se tratando de atos processuais, a regra é a de que os processos sejam
públicos, correndo em segredo de justiça apenas excepcionalmente, conforme prevê o art. 189, da Lei nº
13.105/15:

Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos:

I - em que o exija o interesse público ou social;

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II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação,
alimentos e guarda de crianças e adolescentes;

III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;

IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a
confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o art. 192, da referida Lei, em todos os atos e termos do
processo é obrigatório o uso da língua portuguesa.

A alternativa D está incorreta. Com base no art. 190, do CPC, é permitido as partes intervir no rito
procedimental para adequá-lo às suas conveniências e às da causa, tanto antes quanto durante o processo.

Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes
plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da
causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou
durante o processo.

40. (IESES/TJ-RO - 2017) Ainda acerca dos Atos Processuais e sua disciplina no Código de
Processo Civil:

I. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem


imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais, excetuada a desistência da
ação, que só produzirá efeitos após homologação judicial.
II. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem
imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais, inclusive a desistência da
ação, que produz efeitos independentemente de homologação judicial.
III. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
É correto o que se afirma em:
a) II e III.
b) I e III.
c) I e II.
d) I, II e III.

Comentários

Vamos analisar cada um dos itens.

O item I está correto, pois é o que dispõe o art. 200, do CPC:

Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade
produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.

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Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação judicial.

O item II está incorreto. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação judicial.

O item III está correto, com base no art. 212, caput, do CPC:

Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.

Dessa forma, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

41. (IESES/TJ-RO/2017) Em se tratando do tempo e do lugar dos atos processuais, segundo o


Código de Processo Civil vigente pode-se afirmar, EXCETO:

a) Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no


período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido no
Código de processo Civil, observada a Constituição Federal.
b) Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 8 (oito) às 20 (vinte) horas.
c) Quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos não eletrônicos, essa deverá ser
protocolada no horário de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o disposto na lei de organização
judiciária local.
d) Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a
diligência ou causar grave dano.

Comentários

A questão exige o conhecimento do art. 212, do CPC. Vamos analisar cada uma das alternativas.

A alternativa A está correta, pois é o que dispõe o §2º, do referido artigo:

§ 2o Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão


realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário
estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o, inciso XI, da Constituição Federal.

A alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 212, caput, os atos processuais
serão realizados em dias úteis, das 6 às 20 horas, e não das 8 às 20 horas.

A alternativa C está correta, conforme prevê o §3º:

§ 3o Quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos não eletrônicos, essa deverá
ser protocolada no horário de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o disposto na lei de
organização judiciária local.

A alternativa D está correta, com base no §1º:

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§ 1o Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento
prejudicar a diligência ou causar grave dano.

42. (FMP Concursos/PGE-AC - 2017) Considere as seguintes afirmativas sobre o tema dos atos
processuais no âmbito do Código de Processo Civil. Assinale a alternativa CORRETA.

a) O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir certidões de seus
atos é restrito às partes e aos seus procuradores.
b) O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença,
exceto dos casos de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.
c) O documento redigido em língua estrangeira poderá ser juntado aos autos ainda que desacompanhado
de versão para a língua portuguesa.
d) É permitido lançar nos autos cotas marginais ou interlineares.
e) Os atos processuais realizar-se-ão exclusivamente na sede do juízo.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois reproduz o §1º, do art. 189, do CPC:

§ 1o O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir


certidões de seus atos é restrito às partes e aos seus procuradores.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 189, §2º, da Lei nº 13.105/15, o terceiro que demonstrar
interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença, isso também poderá ser feito
no caso de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.

A alternativa C está incorreta. Com base no parágrafo único, o art. 192, da referida Lei, o documento redigido
em língua estrangeira somente poderá ser juntado aos autos quando acompanhado de versão para a língua
portuguesa tramitada por via diplomática ou pela autoridade central, ou firmada por tradutor juramentado.

A alternativa D está incorreta. Segundo o art. 202, do CPC, é vedado lançar nos autos cotas marginais ou
interlineares.

A alternativa E está incorreta. Apesar de ser a regra geral, possui exceções. Vejamos o art. 217, da Lei nº
13.105/15:

Art. 217. Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou, excepcionalmente,
em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo
arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz.

43. (FMP Concursos/PGE-AC - 2017) Considere as seguintes afirmativas sobre o tema dos
prazos no âmbito do Código do Processo Civil. Assinale a alternativa INCORRETA.

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a) Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de
ato processual a cargo da parte.
b) Na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o transporte, o juiz poderá prorrogar os prazos
por até 3 (três) meses.
c) O prazo para a parte, o procurador, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública e o Ministério Público será
contado da citação, da intimação ou da notificação.
d) Em qualquer grau de jurisdição, havendo motivo justificado, pode o juiz exceder, por igual tempo, os
prazos a que está submetido.
e) E lícito a qualquer interessado exigir os autos do advogado que exceder o prazo legal.

Comentários

A alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão. O art. 222, do CPC, estabelece que na comarca,
seção ou subseção judiciária onde for difícil o transporte, o juiz poderá prorrogar os prazos por até 2 meses.

A alternativa A está correta, conforme prevê o §3º, do art. 218, do CPC.

A alternativa C está correta, conforme prevê o art. 230, do CPC.

A alternativa D está correta, conforme prevê o art. 227, do CPC.

A alternativa E está correta, conforme prevê o §1º, do art. 234, do CPC.

44. (FUNDEP/MPE-MG - 2017) Assinale a alternativa INCORRETA sobre as normas processuais


do CPC/2015:

a) Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes
estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus
ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo.
b) De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática de atos processuais, quando
for o caso.
c) O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos
excepcionais, devidamente justificados.
d) Mesmo com a calendarização dos atos processuais, é indispensável a intimação das partes, sob pena de
cerceamento de defesa.

Comentários

A alternativa A está correta, pois é o que dispõe o art. 190, caput, do CPC.

A alternativa B está correta, pois é o que dispõe o art. 191, caput, do CPC.

A alternativa C está correta, pois é o que dispõe o art. 191, §1º, do CPC.

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A alternativa D está incorreta. De acordo com o art. 191, §2º, do CPC, a intimação das partes é dispensável
para a prática de ato processual ou para a realização de audiência quando as respectivas datas tiverem sido
por elas designadas no calendário.

§ 2o Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência
cujas datas tiverem sido designadas no calendário.

45. (COMPERVE/Câmara de Currais Novos – RN - 2017) O devido processo legal tem


importância singular do ponto de vista procedimental, visto que a estrutura do processo,
quando bem estabelecida, concede segurança jurídica para as partes em conflito. Dessa
maneira, os atos processuais

a) realizar-se-ão em dias úteis, das seis às vinte e uma horas, mas poderão ser concluídos após esse horário
quando o adiamento importar grave dano.
b) são públicos, restringindo-se o segredo de justiça àqueles em que o exija o interesse público ou social,
conforme definido em lei.
c) independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos
os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.
d) ocorrerão, ordinariamente, no local de preferência dos atores processuais, em razão de obstáculo arguido
pelo interessado e acolhido pelo juiz.

Comentários

A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 212, do CPC, os atos processuais serão realizados em
dias úteis, das 6 às 20 horas.

A alternativa B está incorreta. O art. 189, da Lei nº 13.105/15, prevê quais os processos que tramitam em
segredo de justiça:

Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos:

I - em que o exija o interesse público ou social;

II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação,
alimentos e guarda de crianças e adolescentes;

III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;

IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a
confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 188, da referida Lei:

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Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei
expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham
a finalidade essencial.

A alternativa D está incorreta. Segundo o art. 217, do CPC, os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente
na sede do juízo, ou, excepcionalmente, em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da
natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz.

46. (MPE-RS/MPE-RS - 2017) Assinale a alternativa INCORRETA sobre o tema dos atos
processuais, segundo disposto no Código de Processo Civil.

a) O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença,
bem como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.
b) O registro de ato processual eletrônico deverá ser feito em padrões abertos, que atenderão aos requisitos
de autenticidade, integridade, temporalidade, não repúdio, conservação e, nos casos que tramitem em
segredo de justiça, confidencialidade, observada a infraestrutura de chaves públicas unificada
nacionalmente, nos termos da lei.
c) O juiz proferirá os despachos no prazo de 5 (cinco) dias, as decisões interlocutórias no prazo de 15 (quinze)
dias e as sentenças no prazo de 30 (trinta) dias
d) Salvo para evitar o perecimento do direito, não se fará a citação de noivos nos 3 (três) primeiros dias
seguintes ao casamento.
e) Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado ou interessado,
no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos, carta, telegrama ou
correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência.

Comentários

A alternativa A está correta, com base no §2º, do art. 189, do CPC:

§ 2o O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da
sentença, bem como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.

A alternativa B está correta, pois é o que dispõe o art. 195, da Lei nº 13.105/15:

Art. 195. O registro de ato processual eletrônico deverá ser feito em padrões abertos, que
atenderão aos requisitos de autenticidade, integridade, temporalidade, não repúdio, conservação
e, nos casos que tramitem em segredo de justiça, confidencialidade, observada a infraestrutura de
chaves públicas unificada nacionalmente, nos termos da lei.

A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 226, II, da referida Lei, as
decisões interlocutórias deverão ser proferidas pelo juiz no prazo de 10 dias, e não de 15.

Art. 226. O juiz proferirá:

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II - as decisões interlocutórias no prazo de 10 (dez) dias;

A alternativa D está correta, conforme prevê o art. 244, III, do CPC:

Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:

III - de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao casamento;

A alternativa E está correta, segundo o art. 254, da Lei nº 13.105/15:

Art. 254. Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado
ou interessado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos, carta,
telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência.
==2621f1==

47. (IBEG/IPREV - 2017) Em uma ação de conhecimento foi à sentença foi publicada no dia 01
de março de 2017 (quarta-feira). Inconformada com a decisão, a Ré pretende interpor o
recurso de apelação. Qual o prazo final para a interposição do recurso?

a) 16 de março de 2017.
b) 15 de março de 2017.
c) 21 de março de 2017.
d) 22 de março de 2017.
e) 23 de março de 2017.

Comentários

A primeira informação importante é a de que se a sentença foi publicada no dia 1 de março de 2017 (quarta-
feira), a contagem do prazo será iniciada no dia 2 de março de 2017 (quinta-feira), conforme prevê os §§2º
e 3º, do art. 224, do CPC:

§ 2o Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da


informação no Diário da Justiça eletrônico.

§ 3o A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.

Ademais, com base no art. 219, da Lei nº 13.105/15, na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou
pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.

Vejamos também o que dispõe o art. 216, da referida Lei:

Art. 216. Além dos declarados em lei, são feriados, para efeito forense, os sábados, os domingos e
os dias em que não haja expediente forense.

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Assim, se o prazo para interpor o recurso de apelação é de 15 dias, e se devem ser computados apenas os
dias úteis, a partir do dia 2 de março de 2017 (quinta-feira), o seu vencimento ocorrerá no dia 22 de março
de 2017 (quarta-feira).

Portanto, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

48. (IBADE/TJRS - 2022) De acordo com o Código de Processo Civil, acerca dos atos de
comunicação processual, é correto afirmar:

(A) quando, por 3 (três) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou residência
sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua
falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar.
(B) quando, por 4 (quatro) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou
residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou,
em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que
designar.
(C) que nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, não será válida a intimação
por hora certa feita a funcionário da portaria, responsável pelo recebimento de correspondência.
(D) que considera-se inválida e ineficaz a citação realizada na filial de pessoa jurídica, exigindo-se que o
recebedor do mandado apresente poderes específicos para tanto.
(E) quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou residência
sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua
falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar.

Comentários

As alternativas A e B são incorretas e a alternativa E é correta e é o gabarito da questão. A citação por hora
certa depende de duas tentativas de procura do citando em seu domicílio ou residência pelo oficial de justiça
e desde que haja suspeita de ocultação, de acordo com o art. 252:

Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu
domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer
pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de
efetuar a citação, na hora que designar.

A alternativa C é incorreta. É válida a intimação feita a funcionário da portaria responsável pelo recebimento
de correspondências nos condomínios edilícios e nos loteamentos de acesso controlado, de acordo com o
parágrafo único:

Parágrafo único. Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida
a intimação a que se refere o caput feita a funcionário da portaria responsável pelo recebimento
de correspondência.

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A alternativa D é incorreta. Não consta essa regra do CPC. Em regra, pessoas jurídicas são citadas por meio
de sistema eletrônico, pois elas são obrigadas a manter cadastro.

49. (FUNDEP/MPMG - 2018) Analise as seguintes assertivas:

I. Para a validade do processo, é indispensável a citação do réu ou do executado, mesmo se tratando de


indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido.
II. O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação, fluindo a
partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução.
III. O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao
conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se
procederá ao recolhimento das custas correspondentes.
IV. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se
ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, sem a necessidade de
exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do
processo.
Somente está CORRETO o que se afirma em:
a) I, II, III, IV.
b) I, II.
c) II, III.
d) IV, III.

Comentários

Vejamos assertiva por assertiva:

A assertiva I está incorreta, uma vez que vai de encontro ao disposto no art. 239, do CPC. Confiram:

“Art. 239. Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado,


ressalvadas as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar
do pedido”.

A assertiva II, por outro lado, está correta, uma vez que reproduz literalmente a disposição ao art. 239, § 1º,
do Código de Processo:

“§ 1o O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade


da citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de
embargos à execução”.

A assertiva III, também, está correta, trazendo a literalidade do art. 292, § 3º:

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“§ 3o O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que
não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico
perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento das custas
correspondentes”.

E a assertiva IV, por fim, está incorreta, na medida em que exclui do comando legal do art. 303, na hipótese,
a necessidade de exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao
resultado útil do processo. Confiram:

“Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição
inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de
tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano
ou do risco ao resultado útil do processo”.

Nesses termos, estando apenas as assertivas II e III corretas, o gabarito da questão será a alternativa C.

50. (IESES/TJ-RO - 2017) Segundo preconiza o novo Código de Processo Civil, não se fará a
citação, salvo para evitar o perecimento do direito:

I. De doente, enquanto grave o seu estado.


II. De cônjuge, de companheiro ou de qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta ou
na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 30 (trinta) dias seguintes.
III. De quem estiver participando de ato de culto religioso.
IV. De noivos, nos 15 (quinze) primeiros dias seguintes ao casamento.
A sequência correta é:
a) Apenas a assertiva II está correta.
b) Apenas as assertivas I e III estão corretas.
c) As assertivas I, II, III e IV estão corretas.
d) Apenas as assertivas I, II, III estão corretas.

Comentários

A questão exige o conhecimento do art. 244, do CPC:

Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:

I - de quem estiver participando de ato de culto religioso;

II - de cônjuge, de companheiro ou de qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim,


em linha reta ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete)
dias seguintes;

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III - de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao casamento;

IV - de doente, enquanto grave o seu estado.

Vamos analisar cada um dos itens.

O item I está correto, com base no inc. IV.

O item II está incorreto. De acordo com o inc. II, não se fará a citação de cônjuge, de companheiro ou de
qualquer parente do morto no dia do falecimento e nos 7 dias seguintes, e não 30 dias seguintes.

O item III está correto, conforme prevê o inc. I.

Por fim, o item IV está incorreto. O inc. III estabelece que não será a citação de noivos, nos 3 primeiros dias
seguintes ao casamento.

Desse modo, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

51. (IESES/ALGÁS - 2017) Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o
interessado para integrar a relação processual. Assim:

a) Rejeitada a alegação de nulidade, tratando-se de processo de conhecimento, o réu não poderá ser
considerado revel e na execução o feito não terá prosseguimento.
b) O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação, fluindo a
partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução.
c) Incumbe ao autor adotar, no prazo de 15 (quinze) dias, as providências necessárias para viabilizar a citação,
sob pena desta não ser suprida, consoante o artigo 240, §2º do Novo Código de Processo Civil.
d) Para a validade do processo é dispensável a citação do réu ou do executado, ressalvadas as hipóteses de
indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido.

Comentários

A alternativa A está incorreta. Vejamos o §2º, do art. 239, do CPC:

§ 2o Rejeitada a alegação de nulidade, tratando-se de processo de:

I - conhecimento, o réu será considerado revel;

II - execução, o feito terá seguimento.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o §1º, do art. 239, da Lei nº 13.105/15:

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§ 1o O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da


citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de
embargos à execução.

A alternativa C está incorreta. Nos termos do art. 240, §2º, da referida Lei, compete ao autor adotar as
providências necessárias para viabilizar a citação, no prazo de 10 dias, e não 15.

§ 2o Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 (dez) dias, as providências necessárias para


viabilizar a citação, sob pena de não se aplicar o disposto no § 1 o.

A alternativa D está incorreta. Com base no art. 239, caput, do CPC, para a validade do processo é
indispensável a citação do réu ou do executado.

Art. 239. Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado,


ressalvadas as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar
do pedido.

52. (IESES/ALGÁS - 2017) Assinale a alternativa verdadeira, segundo o Novo Código de


Processo Civil, regulamentado pela Lei 13.105/2015:

a) Quando, por 03 (três) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou residência
sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua
falta, qualquer vizinho de que, após 02(dois) dias úteis, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que
designar.
b) Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé somente com pessoa da família de primeiro
grau de ascendência ou descendência, ou pessoa conhecida de intimidade, conforme o caso, declarando-lhe
o nome.
c) Transitada em julgado a sentença de mérito proferida em favor do réu antes da citação, incumbe ao
escrivão ou ao chefe de secretaria comunicar-lhe o resultado do julgamento.
d) No dia e na hora designados, o oficial de justiça obrigatoriamente acompanhado do procurador da parte,
das testemunhas e da polícia, de posse compulsória de novo despacho, comparecerá ao domicílio ou à
residência do citando a fim de realizar a diligência.

Comentários

A alternativa A está incorreta, com base no art. 252, caput, do CPC:

Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em
seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação,
intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil
imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar.

A alternativa B está incorreta, com base no art. 253, §3º, do CPC:

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§ 3o Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com qualquer pessoa


da família ou vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome.

A alternativa C está correta, com base no art. 241, do CPC:

Art. 241. Transitada em julgado a sentença de mérito proferida em favor do réu antes da
citação, incumbe ao escrivão ou ao chefe de secretaria comunicar-lhe o resultado do
julgamento.

A alternativa D está incorreta, com base no art. 252, caput, do CPC:

Art. 253. No dia e na hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo


despacho, comparecerá ao domicílio ou à residência do citando a fim de realizar a
diligência.

53. (IMA/Prefeitura de Penalva-MA - 2017) De acordo com a Lei n. 13.105, de 16 de março de


2015, quantas tentativas frustradas são necessárias para se proceder a citação por hora
certa?

a) 01 (uma) tentativa.
b) 02 (duas) tentativas.
c) 03 (três) tentativas.
d) Nenhuma, sendo necessária apenas a suspeita de ocultação do citando.

Comentários

De acordo com o art. 252, do CPC, serão necessárias duas tentativas frustradas para se proceder a citação
por hora certa.

Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em
seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação,
intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil
imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar.

Desse modo, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

54. (TRF-2ªR/TRF-2ªR - 2017) Mévio ingressa com ação em face da Empresa de Correios e
Telégrafos -ECT. Postula indenização, já que foi atropelado por veículo da ré. Marque a
opção correta:

a) A citação pode ser feita na pessoa do advogado geral da União.


b) Considerando que a ré é o Correio, a citação não pode ser feita pelo correio e deve ser feita por Oficial de
Justiça.

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c) Julgado procedente o pedido, a citação será, no caso, o termo inicial do fluxo dos juros de mora.
d) A citação válida, ainda que ordenada por juiz incompetente, torna prevento do juízo.
e) A citação válida, ainda que ordenada por juiz incompetente, produz litispendência.

Comentários

As alternativas A e B estão incorretas. Vejamos os §§ 1º e 2º, do art. 246, do CPC:

§ 1o Com exceção das microempresas e das empresas de pequeno porte, as empresas


públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de processo em autos
eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as quais serão efetuadas
preferencialmente por esse meio.

§ 2o O disposto no § 1o aplica-se à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e


às entidades da administração indireta.

A ECT é uma empresa pública, que possui personalidade jurídica de direito privado.

A alternativa C está incorreta. De acordo com a súmula nº 54, do STJ, os juros de mora deverão ser
computados a partir da data do evento danoso e não da citação.

A alternativa D está incorreta. Com base no art. 59, do CPC, não há que se falar em prevenção de juízo
incompetente.

Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, conforme dispõe o art. 240, da Lei nº 13.105/15:

Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz
litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto
nos arts. 397 e 398 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).

55. (MPE-RS/MPE-RS - 2017) De acordo com as disposições do Novo Código de Processo Civil
sobre a comunicação dos atos processuais, assinale a alternativa correta.

a) A intimação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação
processual.
b) Será expedida carta de ordem para que órgão jurisdicional estrangeiro pratique ato de cooperação jurídica
internacional, relativo a processo em curso perante órgão jurisdicional brasileiro.
c) A citação não será feita, salvo para evitar o perecimento do direito, de noivos, nos 3 (três) primeiros dias
seguintes ao casamento.

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d) Será determinada pelo juiz a citação por edital quando o oficial de justiça, após procurar o citando em sua
residência ou domicílio, por 2 (duas) vezes, não o encontrar, e certificar no mandado haver suspeita de
ocultação.
e) A citação por hora certa ocorrerá quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado pelo
citando em seu domicílio ou residência e não o encontrar.

Comentários

A alternativa A está incorreta, pois diz respeito ao conceito de citação, e não de intimação.

A alternativa B está incorreta, visto que trata de carta rogatória, e não de carta de ordem.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. O art. 244, do CPC, traz algumas hipóteses em que a
citação somente deverá ser feita se for necessária para evitar o perecimento do direito.

Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:

I - de quem estiver participando de ato de culto religioso;

II - de cônjuge, de companheiro ou de qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim,


em linha reta ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete)
dias seguintes;

III - de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao casamento;

IV - de doente, enquanto grave o seu estado.

A alternativa D está incorreta. Nesse caso e de acordo com o art. 252, caput, da Lei nº 13.105/15, o oficial
de justiça deverá promover a citação por hora certa, e não o juízo determinar que a citação seja feita por
edital.

Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em
seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação,
intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil
imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar.

A alternativa E está incorreta. Para que seja feita a citação por hora certa, não basta que o oficial de justiça
não encontre o citando, devendo haver suspeita de ocultação.

56. (IDECAN/TRT-5 – 2018) A citação é o ato pelo qual é convocado o réu, o executado ou o
interessado para integrar a relação processual. No que se refere à citação, é correto afirmar
que:

A) O militar em serviço ativo sempre será citado na unidade em que estiver servindo.

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B) Para validade do processo, ainda que na hipótese de improcedência liminar do pedido, é indispensável a
citação do réu.
C) Não se fará a citação de noivos, nos três primeiros dias seguintes ao casamento, salvo para evitar o
perecimento do direito.
D) Rejeitada a alegação de nulidade da citação, tratando-se de processo de conhecimento, será concedido
ao réu prazo para apresentação da contestação.
E) A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, retroagirá à data de propositura
da ação, desde que não seja proferido por juízo incompetente.

Comentários

A alternativa A é incorreta. O militar só será citado na unidade em que estiver servindo se não for conhecida
sua residência ou se ele não for nela encontrado:

Art. 243. [...]


Parágrafo único. O militar em serviço ativo será citado na unidade em que estiver servindo, se não
for conhecida sua residência ou nela não for encontrado.

A alternativa B é incorreta. Há hipóteses de dispensa de citação, uma das quais é a de improcedência liminar
do pedido:

Art. 239. Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, ressalvadas
as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido.

A alternativa C é correta e é o gabarito da questão. Não se faz a citação dos noivos nos 3 primeiros dias que
seguem o casamento, salvo para evitar o perecimento de direito:

Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:
III - de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao casamento;

A alternativa D é incorreta. Com a rejeição da alegação de nulidade, o réu será considerado revel:

Art. 239. [...]


§ 2º Rejeitada a alegação de nulidade, tratando-se de processo de:
I - conhecimento, o réu será considerado revel;

A alternativa E é incorreta. Ainda que a citação seja determinada por juízo incompetente, há retroação da
interrupção da prescrição:

Art. 240. [...]

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§ 1º A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que proferido
por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação.

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LISTA DE QUESTÕES
CESPE

1. (CESPE/TJ-PR - 2019) O Código de Processo Civil (CPC) estabelece que os atos processuais

a) corram em segredo de justiça, como regra geral.


b) sejam registrados eletronicamente em padrões fechados, para se assegurar a sua confidencialidade.
c) independam de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir.
d) sejam nulos se não obedecerem à forma determinada em lei, ainda que atinjam sua finalidade essencial.
e) sigam prazos legais, sendo vedada a estipulação de calendário por acordo entre o juiz e as partes em
processos específicos.

2. (CESPE/TCM-BA - 2018) Pedro ajuizou demanda contra Renato com pedido único de
indenização por danos materiais e, em sua defesa, o réu alegou a existência de prescrição.
Posteriormente, acolhendo o argumento levantado por Renato, o magistrado pôs termo ao
processo por meio de espécie de pronunciamento classificado como

a) ato meramente ordinatório.


b) despacho.
c) decisão interlocutória.
d) decisão monocrática.
e) sentença.

3. (CESPE/EMAP - 2018) Julgue o item seguinte, relativo a atos processuais, mandado de


segurança e processo de execução.

São exemplos de negócios processuais típicos: a fixação de calendário processual para a prática dos atos
processuais; a eleição de foro; as hipóteses da tutela provisória.

4. (CESPE/MPE-PI - 2018) Acerca de normas processuais, atos processuais, tutela provisória e


atuação do Ministério Público no processo civil, julgue o item subsequente.

As normas que versem sobre procedimento possuem natureza cogente, sendo vedado às partes, ainda que
sejam capazes e que o processo verse sobre direitos disponíveis, estabelecer mudanças no rito previamente
estabelecido pelo legislador.

5. (CESPE/PGE-PE - 2018) O benefício da contagem em dobro do prazo para manifestações da


fazenda pública

a) se aplica no âmbito dos juizados especiais da fazenda pública.

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b) não se aplica para a contestação em ação popular.


c) se aplica aos procuradores de sociedades de economia mista.
d) não se aplica aos procuradores de fundações de direito público.
e) se aplica cumulativamente ao benefício de prazo em dobro na multiplicidade de litisconsortes com
procuradores diversos em autos eletrônicos.

6. (CESPE/TJ-CE - 2018) O negócio jurídico processual adquire eficácia a partir

a) da homologação do negócio pelo juízo antes do trânsito em julgado.


b) da verificação da existência e da validade do negócio, em respeito às normas de ordem pública.
c) da verificação da licitude do negócio e de sua forma, que deve ser permitida ou não vedada por lei.
d) da homologação do negócio pelo juízo, desde que verse sobre direitos disponíveis.
e) da homologação do negócio pelo juízo antes da prolação da sentença.

7. (CESPE/TJ-CE - 2018) A fixação de calendário para a prática de atos processuais

a) vincula as partes, mas não o juiz.


b) torna dispensável intimação para a audiência cuja data esteja designada no calendário.
c) é uma convenção processual e, portanto, não pode ser firmada pela fazenda pública.
d) deve assumir a forma determinada em lei para evitar falha que gere nulidade.
e) é uma convenção processual que, se estipular confidencialidade, permitirá que o processo tramite em
segredo de justiça.

8. (CESPE/DPE-PE - 2018) Regra geral prevista no Código de Processo Civil determina que os
atos processuais sejam realizados em dias úteis, das seis às vinte horas. Com relação aos
tempos dos atos processuais, assinale a opção correta, conforme a legislação pertinente.

a) A prática eletrônica de ato processual poderá ocorrer até as vinte e quatro horas do último dia do prazo.
b) Em se tratando de prática eletrônica de ato processual, o horário a ser considerado será aquele vigente
no juízo que emitiu o ato.
c) Durante as férias forenses, atos processuais de tutela de evidência podem ser praticados.
d) Ato processual iniciado antes das vinte horas não poderá ser concluído após esse horário,
independentemente de o adiamento causar grave dano aos envolvidos no processo.
e) Apenas com autorização judicial as citações poderão ser realizadas durante as férias forenses.

9. (CESPE/PGE-PE - 2018) A respeito da fazenda pública em juízo, julgue os itens a seguir.

I A participação da fazenda pública não configura, por si só, hipótese de intervenção do MP como fiscal da
ordem jurídica nos autos.

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II Não se aplica a regra de contagem de prazos em dias úteis do novo diploma processual civil para a oposição
dos embargos à execução fiscal.
III A suspensão dos prazos processuais no período de 20 de dezembro a 20 de janeiro não se estende ao MP,
à Defensoria Pública e à Advocacia Pública.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

10. (CESPE/PGE-PE - 2018) O CPC prevê a possibilidade de convenção processual em processos


que versem sobre direitos que admitam a autocomposição. Conforme o entendimento
doutrinário, esse instituto

a) não poderá ser firmado pela fazenda pública.


b) não poderá ser celebrado em contrato de convivência.
c) não poderá ser objeto de controle de ofício pelo juiz.
d) poderá estipular a interposição de recurso per saltum às cortes superiores.
e) poderá estipular a cláusula “sem recurso” bilateralmente.

11. (CESPE/STJ - 2018) Acerca dos atos processuais, julgue os seguintes itens.

De acordo com o código de processo civil, os atos do juiz consistem em sentenças, decisões interlocutores e
atos ordinatórios.

12. (CESPE/STJ - 2018) Acerca dos atos processuais, julgue os seguintes itens.

Decisão interlocutora consiste no ato pelo qual juiz põe fim a fase cognitiva do procedimento comum.

13. (CESPE/TRF1ªR - 2017_ Julgue os próximos itens, relativos aos atos processuais.

O serventuário deverá remeter os autos conclusos no prazo de um dia contado da data em que tiver
cumprido ato processual anterior; o não cumprimento dessa regra, sem motivo legítimo, acarretará a
instauração de processo administrativo.

14. (CESPE/TRF1ªR - 2017) Julgue os próximos itens, relativos aos atos processuais.

Serão considerados intempestivos os atos processuais realizados antes do termo inicial do prazo.

15. (CESPE/TRF1ªR - 2017) Julgue os próximos itens, relativos aos atos processuais.

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A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que o faça
expressamente.

16. (CESPE/TRF1ªR -2017) Julgue os próximos itens, relativos aos atos processuais.

Ato processual eletrônico pode ser praticado em qualquer horário desde que até as vinte horas do último
dia do prazo.

17. (CESPE/TRT-7ªR - 2017) Eduarda e Carolina, demandadas por Mário em ação que tramita
em autos eletrônicos, constituíram procuradores de escritórios distintos.

Nessa situação hipotética, as litisconsortes terão prazo


a) em dobro somente para contestar.
b) em dobro para todos os atos.
c) em quádruplo para todos os atos.
d) simples para contestar.

18. (CESPE/TRE-BA - 2017) De acordo com o CPC, no que se refere aos atos processuais, cabe
ao servidor

a) tomar decisões interlocutórias, com a revisão do juiz, se necessário.


b) documentar acórdão pronunciado oralmente, dispensada a revisão pelo juiz prolator.
c) redigir despachos, com a revisão do juiz, se necessário.
d) documentar sentenças pronunciadas oralmente, dispensada a revisão pelo juiz.
e) praticar os atos ordinatórios de juntada e vista obrigatória, com revisão do juiz, se necessário.

19. (CESPE/Prefeitura de Belo Horizonte – MG - 2017) Acerca de atos processuais e distribuição,


assinale a opção correta.

a) O recurso interposto antes da publicação da sentença ou do acórdão será considerado intempestivo e não
produzirá efeito jurídico, salvo se a parte ratificar as razões recursais dentro do prazo para a sua interposição
após a publicação do ato.
b) A citação de município e suas respectivas autarquias pode ser firmada pelo correio, com aviso de
recebimento, caso em que a correspondência deverá ser enviada para o órgão da advocacia pública
responsável pela representação judicial do referido ente público.
c) Havendo, na localidade, mais de um juízo competente e estando demonstrada a continência entre uma
ação em curso e nova ação a ser proposta, pode o demandante distribuir sua nova ação por dependência ao
juízo processante da ação em curso.
d) A legislação processual vigente não permite que as partes e o juiz estabeleçam calendário para a realização
de determinados atos processuais, tais como prazo para manifestações das partes e data de realização de
audiências, assim como a dispensa de intimação das partes para a prática de atos processuais estabelecidos.

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20. (CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE - 2017) Julgue o item seguinte, com base no que dispõe
o CPC sobre atos processuais, deveres das partes e dos procuradores e tutela provisória.

É dever do magistrado manifestar-se de ofício quanto ao inadimplemento de qualquer negócio jurídico


processual válido celebrado pelas partes, já que, conforme expressa determinação legal, as convenções
processuais devem ser objeto de controle pelo juiz.

21. (CESPE/TRE-PE - 2017) A respeito dos poderes, deveres e responsabilidades do juiz e dos
atos processuais, assinale a opção correta à luz do Código de Processo Civil (CPC).

a) Não podem ocorrer durante as férias forenses citações, intimações e penhoras, ainda que haja autorização
judicial.
b) Na ausência de preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de cinco dias úteis o prazo para a
prática de ato processual a cargo da parte.
c) O juiz pode dilatar e reduzir os prazos processuais, adequando-os às necessidades do conflito, de modo a
conferir maior efetividade à tutela do direito.
d) Pode o magistrado declarar-se suspeito no processo por razões de foro íntimo; contudo, para assim fazer,
ele deve externar tais razões.
e) O terceiro que demonstre interesse jurídico poderá requerer ao juiz certidão de inteiro teor da sentença,
no caso de processo que tramite sob segredo de justiça.

22. (CESPE/TRF-1ªR - 2017) Acerca dos atos processuais, julgue o item subsequente.

O oficial de justiça poderá realizar penhora durante as férias forenses, desde que esteja autorizado
judicialmente.

23. (CESPE/TRF-1ªR - 2017) Acerca dos atos processuais, julgue o item subsequente.

O interesse social é um critério utilizado para determinar que o processo judicial tramite em segredo de
justiça.

24. (CESPE/DPE-AL - 2017) Acerca das normas processuais civis e dos atos processuais, assinale
a opção correta.

a) O pronunciamento judicial que rejeita exceção de pré-executividade, com o prosseguimento da execução,


qualifica-se como decisão interlocutória.
b) É vedado ao juiz, em quaisquer hipóteses, iniciar de ofício o processo.
c) A substituição processual é espécie do gênero legitimação ordinária e pode ser inicial ou superveniente,
exclusiva ou concorrente.
d) Conforme a sistemática processual brasileira, é vedado ao juiz, em quaisquer hipóteses, decidir por
equidade.
e) A desistência da ação produz efeitos imediatos, dispensando-se intervenção judicial.

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25. (CESPE/PGE-SE - 2017) Duas sociedades empresárias firmaram contrato que contém
cláusula compromissária de convenção de arbitragem com a previsão de que eventual
litígio de natureza patrimonial, referente ao contrato, deveria ser submetido a tribunal
arbitral.

Nessa situação hipotética, caso seja instaurado procedimento arbitral,


a) o magistrado poderá, de ofício, reconhecer a existência de convenção de arbitragem e extinguir o processo
sem resolução do mérito, se o litígio referente ao contrato também for levado ao Poder Judiciário.
b) em eventual execução judicial de sentença arbitral, será vedado ao réu arguir nulidade da decisão arbitral
por meio de impugnação ao cumprimento de sentença, devendo o interessado utilizar ação própria para
esse fim.
c) as partes não estarão obrigadas a se submeter a esse procedimento, uma vez que a convenção de
arbitragem é nula, por excluir da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.
d) a opção feita pelas partes pela arbitragem deverá ser considerada legítima, e a sentença do árbitro, título
executivo extrajudicial, conforme o CPC.
e) eventual cumprimento de carta arbitral no Poder Judiciário, referente ao caso, deverá tramitar em segredo
de justiça, se houver comprovação de confidencialidade da arbitragem.

26. (CESPE/TRE-BA - 2017) João ajuizou contra Maria e Joana, as quais, citadas, se fizeram
representar por diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos. As
procurações foram juntadas aos autos eletrônicos.

Nessa situação hipotética, o prazo para Maria e Joana apresentarem suas contestações no processo é de
a) 5 dias.
b) 15 dias.
c) 10 dias.
d) 8 dias.
e) 30 dias.

27. (CESPE/SEDF - 2017) Julgue o item subsequente, relativo à improcedência liminar do pedido
e ao cumprimento de sentença.

Contra a decisão que julgue liminarmente improcedente o pedido do autor por contrariar acórdão do
Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos caberá recurso de agravo de instrumento
cujo prazo é de quinze dias.

28. (CESPE/TCE-PA - 2016) À luz do Novo Código de Processo Civil, julgue o item seguinte,
referentes aos prazos e aos atos processuais.

Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios distintos, terão prazos contados em
dobro, incluindo os referentes a processos em autos eletrônicos.

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29. (CESPE/TJ-PR - 2019) Julgue os seguintes itens, acerca de citação, considerando o disposto
no CPC.

I Citação é o ato pelo qual o réu, o executado ou o interessado são convocados para integrar a relação
processual.
II A citação do réu é indispensável para a validade do processo, ainda que haja improcedência liminar do
pedido.
III Sendo nula a citação, o comparecimento espontâneo do réu suprirá a falha e determinará o início do prazo
para contestação.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos

30. (CESPE/TJ-AM - 2019) Rodrigo deixou de cumprir sua parte em obrigação de fazer firmada
com Vinícius. Para assegurar seu direito, Vinícius ajuizou ação em desfavor de Rodrigo.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente.


Não poderá ser feita a citação de Rodrigo caso seu pai tenha falecido trinta dias antes do ajuizamento da
referida ação.

31. (CESPE/PGE-PE - 2019) À luz do Código de Processo Civil, julgue o item, relativo às normas
fundamentais do processo civil e aos elementos da sentença, aos honorários advocatícios,
à advocacia pública e à aplicação das normas processuais.

Situação hipotética: O calculista de determinada procuradoria estadual foi devidamente credenciado junto
ao cartório da vara de fazenda pública para retirar os autos em carga e elaborar seu parecer técnico acerca
de cálculos de liquidação apresentados pela parte contrária. Concluído seu parecer, o calculista entregou os
autos ao procurador responsável, para que este elaborasse a manifestação judicial que entendesse cabível.
Assertiva: Nessa situação, a intimação do ente público de eventuais decisões constantes nos autos ocorreu
quando o calculista retirou os autos em carga da vara, mesmo que o ato ordinatório de vista à fazenda pública
estivesse pendente de publicação.

32. (CESPE/PGE-PE - 2019) Por ter sofrido sucessivos erros em cirurgias feitas em hospital
público de determinado estado, João ficou com uma deformidade no corpo, razão pela qual
ajuizou ação de reparação de danos em desfavor do referido estado.

Tendo como referência essa situação hipotética e os dispositivos do Código de Processo Civil, julgue o item
subsecutivo.

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A citação do estado deverá ser realizada perante o órgão de advocacia pública responsável pela sua
representação judicial.

33. (CESPE/ABIN - 2018) Com base no Código de Processo Civil e no entendimento


jurisprudencial e doutrinário acerca de processo civil, julgue o seguinte item.

É válida a entrega de mandado de citação de pessoa jurídica feito pelo correio a funcionário responsável pelo
recebimento de correspondências, bem como é válida a entrega de mandado de citação de pessoa física
residente em condomínios edilícios a funcionário da portaria.

Outras Bancas

34. (NC-UFPR/TJ-PR - 2019) O negócio jurídico processual envolve manifestações de vontade


que, respeitadas as limitações legais, delineiam o conteúdo e/ou as consequências do ato
no âmbito do processo. Sobre os negócios jurídicos processuais, assinale a alternativa
correta.

a) Negócio jurídico processual é ato exclusivo das partes, que privilegia a autonomia de vontade destas, não
se sujeitando ao controle de validade, por parte do juiz.
b) Para a celebração de negócio jurídico processual, não se exige que o sujeito tenha capacidade de ser parte
e de estar em juízo.
c) A cláusula de eleição de foro é exemplo de negócio processual atípico.
d) O pressuposto objetivo geral para os negócios jurídicos processuais atípicos é a aptidão de o direito
envolvido submeter-se a autocomposição.
e) O negócio jurídico que limita o processo a um único grau de jurisdição é exemplo de pacto meramente
procedimental.

35. (CEBRASPE/PGM-Manaus - 2018) À luz das disposições do CPC relativas aos atos
processuais, julgue os itens subsequentes.

Em regra, os atos processuais são públicos e independem de forma determinada.

36. (CS-UFG/TJ-GO - 2017) Quando for celebrado negócio ou calendário processual,

a) os processos que versem sobre arbitragem, independentemente da existência de cláusula de


confidencialidade, devem tramitar em segredo de justiça.
b) as negociações que estabeleçam mudanças no procedimento são consideradas ilícitas.
c) as partes envolvidas ficarão vinculadas à sua observância, salvo o juiz, nos casos de calendarização.
d) a intimação das partes acerca dos atos agendados torna-se desnecessária nos casos de calendarização.
e) os atos processuais, inclusive os eletrônicos, devem ser realizados em dias úteis, das 06h às 20h.

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37. (PUC-PR/TJ-MS - 2017) Considerando a Parte Geral do Código de Processo Civil, é CORRETO
afirmar:

a) O procedimento da carta rogatória perante o Superior Tribunal de Justiça é de jurisdição voluntária.


b) A gratuidade da justiça compreende as despesas com publicação na imprensa oficial, mas não dispensa a
publicação em outros meios.
c) O escrivão ou o chefe de secretaria atenderá, obrigatoriamente, à ordem cronológica de recebimento para
publicação e efetivação dos pronunciamentos judiciais.
d) É lícito às partes plenamente capazes, em qualquer caso, estipular mudanças no procedimento para
ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres
processuais, desde que haja processo pendente.
e) O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.

38. (FAURGS/TJ-RS - 2017) A respeito dos prazos processuais, assinale a alternativa correta.

a) No novo processo civil brasileiro, os prazos processuais estabelecidos em dias são contínuos, computando-
se sábados, domingos e feriados.
b) Inexistindo preceito legal ou determinação pelo Juiz, entende-se que o prazo para prática de ato
processual a cargo da parte é de 10 dias úteis.
c) A morte ou a perda da capacidade processual da parte acarreta a interrupção do prazo, que volta a ser
contado desde o início.
d) Aos litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, mesmo em processo eletrônico, é assegurada a
contagem em dobro de todos os prazos processuais.
e) Considera-se, como data da publicação, o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da intimação
no Diário da Justiça Eletrônico.

39. (IESES/TJ-RO - 2017) Acerca dos Atos Processuais e sua disciplina no Código de Processo
Civil, assinale a alternativa correta:

a) O art. 188 do Código de Processo Civil consagra o sistema de instrumentalidade das formas.
b) A regra em se tratando de atos processuais é que sejam realizados e tramitem em segredo de justiça.
c) O uso da língua portuguesa pode ser dispensado na prática de certos atos e termos do processo.
d) Não é lícito às partes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e
convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo,
ainda que verse exclusivamente sobre direitos que admitam autocomposição.

40. (IESES/TJ-RO - 2017) Ainda acerca dos Atos Processuais e sua disciplina no Código de
Processo Civil:

I. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem


imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais, excetuada a desistência da
ação, que só produzirá efeitos após homologação judicial.

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II. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem
imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais, inclusive a desistência da
ação, que produz efeitos independentemente de homologação judicial.
III. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
É correto o que se afirma em:
a) II e III.
b) I e III.
c) I e II.
d) I, II e III.

41. (IESES/TJ-RO/2017) Em se tratando do tempo e do lugar dos atos processuais, segundo o


Código de Processo Civil vigente pode-se afirmar, EXCETO:

a) Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no


período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido no
Código de processo Civil, observada a Constituição Federal.
b) Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 8 (oito) às 20 (vinte) horas.
c) Quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos não eletrônicos, essa deverá ser
protocolada no horário de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o disposto na lei de organização
judiciária local.
d) Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a
diligência ou causar grave dano.

42. (FMP Concursos/PGE-AC - 2017) Considere as seguintes afirmativas sobre o tema dos atos
processuais no âmbito do Código de Processo Civil. Assinale a alternativa CORRETA.

a) O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir certidões de seus
atos é restrito às partes e aos seus procuradores.
b) O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença,
exceto dos casos de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.
c) O documento redigido em língua estrangeira poderá ser juntado aos autos ainda que desacompanhado
de versão para a língua portuguesa.
d) É permitido lançar nos autos cotas marginais ou interlineares.
e) Os atos processuais realizar-se-ão exclusivamente na sede do juízo.

43. (FMP Concursos/PGE-AC - 2017) Considere as seguintes afirmativas sobre o tema dos
prazos no âmbito do Código do Processo Civil. Assinale a alternativa INCORRETA.

a) Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de
ato processual a cargo da parte.

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b) Na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o transporte, o juiz poderá prorrogar os prazos
por até 3 (três) meses.
c) O prazo para a parte, o procurador, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública e o Ministério Público será
contado da citação, da intimação ou da notificação.
d) Em qualquer grau de jurisdição, havendo motivo justificado, pode o juiz exceder, por igual tempo, os
prazos a que está submetido.
e) E lícito a qualquer interessado exigir os autos do advogado que exceder o prazo legal.

44. (FUNDEP/MPE-MG - 2017) Assinale a alternativa INCORRETA sobre as normas processuais


do CPC/2015:

a) Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes
estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus
ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo.
b) De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática de atos processuais, quando
for o caso.
c) O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos
excepcionais, devidamente justificados.
d) Mesmo com a calendarização dos atos processuais, é indispensável a intimação das partes, sob pena de
cerceamento de defesa.

45. (COMPERVE/Câmara de Currais Novos – RN - 2017) O devido processo legal tem


importância singular do ponto de vista procedimental, visto que a estrutura do processo,
quando bem estabelecida, concede segurança jurídica para as partes em conflito. Dessa
maneira, os atos processuais

a) realizar-se-ão em dias úteis, das seis às vinte e uma horas, mas poderão ser concluídos após esse horário
quando o adiamento importar grave dano.
b) são públicos, restringindo-se o segredo de justiça àqueles em que o exija o interesse público ou social,
conforme definido em lei.
c) independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos
os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.
d) ocorrerão, ordinariamente, no local de preferência dos atores processuais, em razão de obstáculo arguido
pelo interessado e acolhido pelo juiz.

46. (MPE-RS/MPE-RS - 2017) Assinale a alternativa INCORRETA sobre o tema dos atos
processuais, segundo disposto no Código de Processo Civil.

a) O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença,
bem como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.
b) O registro de ato processual eletrônico deverá ser feito em padrões abertos, que atenderão aos requisitos
de autenticidade, integridade, temporalidade, não repúdio, conservação e, nos casos que tramitem em

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segredo de justiça, confidencialidade, observada a infraestrutura de chaves públicas unificada


nacionalmente, nos termos da lei.
c) O juiz proferirá os despachos no prazo de 5 (cinco) dias, as decisões interlocutórias no prazo de 15 (quinze)
dias e as sentenças no prazo de 30 (trinta) dias
d) Salvo para evitar o perecimento do direito, não se fará a citação de noivos nos 3 (três) primeiros dias
seguintes ao casamento.
e) Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado ou interessado,
no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos, carta, telegrama ou
correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência.

47. (IBEG/IPREV - 2017) Em uma ação de conhecimento foi à sentença foi publicada no dia 01
de março de 2017 (quarta-feira). Inconformada com a decisão, a Ré pretende interpor o
recurso de apelação. Qual o prazo final para a interposição do recurso?

a) 16 de março de 2017.
b) 15 de março de 2017.
c) 21 de março de 2017.
d) 22 de março de 2017.
e) 23 de março de 2017.

48. (IBADE/TJRS - 2022) De acordo com o Código de Processo Civil, acerca dos atos de
comunicação processual, é correto afirmar:

(A) quando, por 3 (três) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou residência
sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua
falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar.
(B) quando, por 4 (quatro) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou
residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou,
em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que
designar.
(C) que nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, não será válida a intimação
por hora certa feita a funcionário da portaria, responsável pelo recebimento de correspondência.
(D) que considera-se inválida e ineficaz a citação realizada na filial de pessoa jurídica, exigindo-se que o
recebedor do mandado apresente poderes específicos para tanto.
(E) quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou residência
sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua
falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar.

49. (FUNDEP/MPMG - 2018) Analise as seguintes assertivas:

I. Para a validade do processo, é indispensável a citação do réu ou do executado, mesmo se tratando de


indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido.

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II. O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação, fluindo a
partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução.
III. O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao
conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se
procederá ao recolhimento das custas correspondentes.
IV. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se
ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, sem a necessidade de
exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do
processo.
Somente está CORRETO o que se afirma em:
a) I, II, III, IV.
b) I, II.
c) II, III.
d) IV, III.

50. (IESES/TJ-RO - 2017) Segundo preconiza o novo Código de Processo Civil, não se fará a
citação, salvo para evitar o perecimento do direito:

I. De doente, enquanto grave o seu estado.


II. De cônjuge, de companheiro ou de qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta ou
na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 30 (trinta) dias seguintes.
III. De quem estiver participando de ato de culto religioso.
IV. De noivos, nos 15 (quinze) primeiros dias seguintes ao casamento.
A sequência correta é:
a) Apenas a assertiva II está correta.
b) Apenas as assertivas I e III estão corretas.
c) As assertivas I, II, III e IV estão corretas.
d) Apenas as assertivas I, II, III estão corretas.

51. (IESES/ALGÁS - 2017) Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o
interessado para integrar a relação processual. Assim:

a) Rejeitada a alegação de nulidade, tratando-se de processo de conhecimento, o réu não poderá ser
considerado revel e na execução o feito não terá prosseguimento.
b) O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação, fluindo a
partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução.
c) Incumbe ao autor adotar, no prazo de 15 (quinze) dias, as providências necessárias para viabilizar a citação,
sob pena desta não ser suprida, consoante o artigo 240, §2º do Novo Código de Processo Civil.

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d) Para a validade do processo é dispensável a citação do réu ou do executado, ressalvadas as hipóteses de


indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido.

52. (IESES/ALGÁS - 2017) Assinale a alternativa verdadeira, segundo o Novo Código de


Processo Civil, regulamentado pela Lei 13.105/2015:

a) Quando, por 03 (três) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou residência
sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua
falta, qualquer vizinho de que, após 02(dois) dias úteis, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que
designar.
b) Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé somente com pessoa da família de primeiro
grau de ascendência ou descendência, ou pessoa conhecida de intimidade, conforme o caso, declarando-lhe
o nome.
c) Transitada em julgado a sentença de mérito proferida em favor do réu antes da citação, incumbe ao
escrivão ou ao chefe de secretaria comunicar-lhe o resultado do julgamento.
d) No dia e na hora designados, o oficial de justiça obrigatoriamente acompanhado do procurador da parte,
das testemunhas e da polícia, de posse compulsória de novo despacho, comparecerá ao domicílio ou à
residência do citando a fim de realizar a diligência.

53. (IMA/Prefeitura de Penalva-MA - 2017) De acordo com a Lei n. 13.105, de 16 de março de


2015, quantas tentativas frustradas são necessárias para se proceder a citação por hora
certa?

a) 01 (uma) tentativa.
b) 02 (duas) tentativas.
c) 03 (três) tentativas.
d) Nenhuma, sendo necessária apenas a suspeita de ocultação do citando.

54. (TRF-2ªR/TRF-2ªR - 2017) Mévio ingressa com ação em face da Empresa de Correios e
Telégrafos -ECT. Postula indenização, já que foi atropelado por veículo da ré. Marque a
opção correta:

a) A citação pode ser feita na pessoa do advogado geral da União.


b) Considerando que a ré é o Correio, a citação não pode ser feita pelo correio e deve ser feita por Oficial de
Justiça.
c) Julgado procedente o pedido, a citação será, no caso, o termo inicial do fluxo dos juros de mora.
d) A citação válida, ainda que ordenada por juiz incompetente, torna prevento do juízo.
e) A citação válida, ainda que ordenada por juiz incompetente, produz litispendência.

55. (MPE-RS/MPE-RS - 2017) De acordo com as disposições do Novo Código de Processo Civil
sobre a comunicação dos atos processuais, assinale a alternativa correta.

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a) A intimação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação
processual.
b) Será expedida carta de ordem para que órgão jurisdicional estrangeiro pratique ato de cooperação jurídica
internacional, relativo a processo em curso perante órgão jurisdicional brasileiro.
c) A citação não será feita, salvo para evitar o perecimento do direito, de noivos, nos 3 (três) primeiros dias
seguintes ao casamento.
d) Será determinada pelo juiz a citação por edital quando o oficial de justiça, após procurar o citando em sua
residência ou domicílio, por 2 (duas) vezes, não o encontrar, e certificar no mandado haver suspeita de
ocultação.
e) A citação por hora certa ocorrerá quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado pelo
citando em seu domicílio ou residência e não o encontrar.

56. (IDECAN/TRT-5 – 2018) A citação é o ato pelo qual é convocado o réu, o executado ou o
interessado para integrar a relação processual. No que se refere à citação, é correto afirmar
que:

A) O militar em serviço ativo sempre será citado na unidade em que estiver servindo.
B) Para validade do processo, ainda que na hipótese de improcedência liminar do pedido, é indispensável a
citação do réu.
C) Não se fará a citação de noivos, nos três primeiros dias seguintes ao casamento, salvo para evitar o
perecimento do direito.
D) Rejeitada a alegação de nulidade da citação, tratando-se de processo de conhecimento, será concedido
ao réu prazo para apresentação da contestação.
E) A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, retroagirá à data de propositura
da ação, desde que não seja proferido por juízo incompetente.

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GABARITO
1. C 20. INCORRETA 39. C
2. E 21. B 40. D
3. INCORRETA 22. INCORRETA 41. C
4. INCORRETA 23. CORRETA 42. INCORRETA
5. B 24. A 43. CORRETA
6. A 25. E 44. CORRETA
7. B 26. B 45. B
8. A 27. INCORRETA 46. INCORRETA
9. A 28. INCORRETA 47. CORRETA
10. E 29. D 48. E
11. INCORRETA 30. CORRETA 49. C
12. INCORRETA 31. D 50. B
13. CORRETA 32. E 51. B
14. INCORRETA 33. B
52. C
15. CORRETA 34. B
53. B
16. INCORRETA 35. A
17. D 36. B 54. E
18. E 37. D 55. C
19. C 38. C 56. C

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