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Direito Tributário

Prof. Guilherme Pedrozo


Prof. Matheus De Gregori
Falaaaaaaaa galera;
Tudo belezinha?

Preparamos este material inteiramente


gratuito para que mais tributaristas
conquistem a aprovação no 37º Exame de
Ordem.

Nesse material você encontra o levantamento


de provas já cobradas em tributário 2ª fase e
as teses mais cobradas nas questões, nosso
conteúdo de revisão e dicas para a sua prova.

Esperamos te ajudar nessa reta final na


realização do seu sonho que é também o
nosso.

Vamos juntos, grande abraço!

Prof. Guilherme Pedrozo | @prof.guilhermepedrozo


Prof. Matheus De Gregori | @prof.matheusdegre

2ª FASE OAB | TRIBUTÁRIO | 37º EXAME

Revisão Turbo
Prof. Guilherme Pedrozo
Prof. Matheus De Gregori

SUMÁRIO

Levantamento de provas............................................................................................. 03
Conteúdo de Revisão @prof.guilhermepedrozo....................................................... 05
01. Conceito de Tributo ............................................................................................................................... 05

02. Competência .......................................................................................................................................... 06


03. Limitações ao Poder de Tributar .......................................................................................................... 08


04. Obrigação Tributária .............................................................................................................................. 12

05. Prescrição e Decadência .......................................................................................................................

15
06. Peças subjetivas .....................................................................................................................................
16

Conteúdo de Revisão @prof.matheusdegre............................................................. 20


01. Constituição do Crédito Tributário......................................................................................................... 20
02. Suspensão do Crédito Tributário........................................................................................................... 20
03. Extinção do Crédito Tributário .............................................................................................................. 22
04. Exclusão do Crédito Tributário ............................................................................................................. 23
05. Medida Cautelar Fiscal e Contestação em Cautelar Fiscal ............................................................... 24
06. Recursos Administrativos ..................................................................................................................... 27
Dicas Finais da Equipe ................................................................................................. 29

Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas da Revisão Turbo do curso
preparatório para a 2ª Fase OAB. Além disso, recomenda-se que o aluno assista as aulas
acompanhado da legislação pertinente.

Bons estudos, Equipe Ceisc.


Atualizado em abril de 2023.

2ª Fase 37º Exame de Ordem


Revisão Turbo 2ª Fase | Direito Tributário

Levantamento de
Provas Anteriores

Exame Peça

IV - VII - IX - X - XI - XIV - XIX - XXIX Mandado de Segurança

VIII - X - XII - XVII - XXVI - XXXIII Agravo de Instrumento

X - XVI - XX RO - XXV - XXX - XXXII - 35º Apelação

IV - IX - X - XX POA - XXXI - XXXIV Ação Anulatória

2010.2 - 2010.3 - XX - XXII - XXVII Embargos à Execução Fiscal

VI - X - XXI - XXIII - XXIV Ação de Repetição de Indébito

XV - XVIII - 36º Exceção de Pré-Executividade

XVIII Agravo Interno

V Ação de Consignação em Pagamento

Recurso Ordinário em Mandado de


XXVIII
Segurança

*alguns exames aceitaram mais de um tipo de peça, como é o caso do X, nessa tabela você encontra todas elas, contudo, no
número de provas mais cobradas (gráfico da folha seguinte) consideramos o padrão de contagem da FGV que não conta
exames de reaproveitamento, nem o exame 2010.2 e nas provas que aceitaram mais de uma peça, apenas a princip

03
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Revisão Turbo 2ª Fase | Direito Tributário

Gráfico das Peças mais cobradas

Mandado de Segurança

Agravo de Instrumento

Apelação

Embargos à Execução Fiscal

Açõ Anulatória

Ação de Repetição de Indébito

Exceção de Pré-Executividade

Agravo Interno

Ação de Consignação em Pagamento

Recurso Ordinário em Mandado de Segurança

0 2 4 6 8

Temais mais cobrados nas questões

Impostos em espécie

Limitações ao poder de tributar (princípios)

Obrigação e constituição do crédito tributário

Competência tributária

Taxas

Limitação ao poder de tributar (imunidades)

Tributo

Extinção do crédito tributário

Denúncia espontânea, garantias e privilégios do crédito tributário

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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Conteúdo de Revisão @prof.guilhermepedrozo

1 Conceito de Tributo

Artigo 3º do CTN

Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.

Mapa Mental

Pagamento Não caberá


(obrigação de dar) TRIBUTO prestação de serviços

Prestação Pecuniária Compulsória

Cujo valor nela possa se exprimir Em moeda

EXCEÇÃO REGRA

Pagamento em dinheiro
Bem imóvel:
Artigo 156, inciso XI do CTN
Artigo 4º da Lei 13.259/16 Somente poderá ocorrer se tiver lei
Bem móvel: específica do ente competente
ADI 2405 autorizando esta forma de pagamento
(respeitado o Artigo 37, XXXI da CF)

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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Ainda, sobre o conceito de tributo, o artigo 3º do CTN refere que nenhum tributo poderá ter
caráter sancionatório, ou seja, ser forma de punição a qualquer pessoa.

E os frutos da atividade ilícita?

Os frutos oriundos da atividade ilícita poderão ser tributados, visto que na forma do
artigo 118, I do Código Tributário Nacional abstrai-se a validade dos fatos jurídicos
praticados pelo contribuinte. Logo, para o direito tributário, aplicamos o princípio da
pecunia non olet, ou seja, o dinheiro não tem cheiro.

Atendendo ao princípio máximo da legalidade estrita, na forma do artigo 150, I da Constituição


Federal, nenhum tributo será pago, sem lei que o estabeleça. Bem como o administrador
público deverá analisar objetivamente o que contido na norma para tributar o contribuinte, não
podendo, assim, realizar nenhum ato discricionário para a cobrança do mesmo

2 Competência

Inicialmente é importante recordarmos que tributo é um gênero e que deste gênero nós vamos
ter cinco espécies tributárias.

Imposto;
Tributo é

O STF, depois de muita discussão, adotou


Taxa;
a teoria quinária que diz que através da
Contribuição de melhoria;
nossa CF/88 foram recepcionadas cinco
Contribuição especial;
espécies tributárias.
Empréstimo compulsório.

Os entes federativos não possuem competência para criar todas espécies tributárias! Cada ente
terá sua própria competência. A competência tributária possui quatro características:

Mapa Mental

Indelegável

Facultativa
Características
Irrenunciável

Inalterável

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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Contribuições Contribuições Empréstimos


Entes Impostos Taxas
de melhoria especiais compulsórios
Artigo 153 da
CF: II, IE, IR, IOF,
ITR, IGF, IPI Via de regra a União –
art. 149 da CF
Os impostos da Art. 145, inciso
Art. 145, inciso III da
União são de II da CF Cria contribuições
CF
competência sociais, CIDE’S,
Art. 148 da CF
privativa Competência contribuições de
Competência
União comum, todos
comum, todos entes
categoria profissional
Competência
Art. 154, inciso I entes poderão
poderão criar privativa
da CF – novo criar dentro de Art. 149, §1º da CF
dentro de suas
imposto suas
atribuições
atribuições Competência comum
Art. 154, inciso II para contribuição
da CF – previdenciária.
extraordinário
guerra
Art. 145, inciso
Art. 145, inciso III da
II da CF
CF
Art. 149, §1º da CF
Art. 155 da CF: Competência
Competência
Estados ITCD, ICMS, comum, todos
comum, todos entes
Competência comum
IPVA entes poderão para contribuição
poderão criar
criar dentro de previdenciária.
dentro de suas
suas
atribuições
atribuições

Art. 149, §1º da CF


Art. 145, inciso
Art. 145, inciso III da
II da CF Competência comum
Art. 155 da CF: CF
para contribuição
ITCD, ICMS,
Competência previdenciária.
IPVA Competência
DF comum, todos
comum, todos entes
entes poderão Art. 149- A da CF –
Art. 147 da CF: poderão criar
criar dentro de CIP
ITBI, ISS, IPTU dentro de suas
suas
atribuições
atribuições Competência
privativa

Art. 149, §1º da CF


Art. 145, inciso
Art. 145, inciso III da
II da CF Competência comum
CF
para contribuição
Competência previdenciária.
Art. 156 da CF: Competência
Municípios ITBI, ISS, IPTU comum, todos
comum, todos entes
entes poderão Art. 149- A da CF –
poderão criar
criar dentro de CIP
dentro de suas
suas
atribuições
atribuições Competência
privativa

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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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3 Limitações ao Poder de Tributar

Princípios
Para que o ente público, através dos seus poderes constituídos, exerça a sua competência
tributária, será necessário balizar suas atividades nas limitações ao exercício do poder de tributar
dispostos na Constituição Federal.

Princípio da Legalidade

Artigo 150, inciso I da CF


Nenhum tributo poderá ser criado ou majorado sem lei que o estabeleça. Portanto, via
de regra, somente o Poder Legislativo poderá criar ou majorar tributo, sempre
mediante observação do devido processo legislativo.

A Constituição Federal reservou ao Poder Executivo possibilidades de criação ou majoração de


tributos, até como forma de controlar a economia e o mercado. Diante disso, podemos afirmar
que houve mitigação ao princípio da legalidade.

a) 1ª Exceção ao Princípio da Legalidade: poderá o Poder Executivo da União, mediante decreto,


portaria ou resolução, alterar as alíquotas dos impostos II, IE, IOF e IPI.

b) 2ª Exceção ao Princípio da Legalidade: poderá o Poder Executivo, igualmente, por meio de


decreto ou convênio, reduzir ou restabelecer as alíquotas de CIDE e ICMS Combustível. Porém
cuidado, não esqueça: aqui não se trata de majoração, mas tão somente redução ou retorno das
alíquotas anteriores.

c) 3ª Exceção ao Princípio da Legalidade: poderá o Poder Executivo, também através de decreto


ou portaria, atualizar base de cálculo de tributo. Mas aqui é importante ressaltar: trata-se de mera
atualização, recomposição da base, jamais podendo representar onerosidade ao contribuinte.

d) 4ª Exceção ao Princípio da Legalidade: poderá, igualmente, o Poder Executivo Federal,


mediante Medida Provisória, criar ou majorar qualquer espécie tributária. Entretanto, para que
assim o faça terá de atender a dois requisitos: que o tributo possa ser criado por lei ordinária e
que seja convertido em lei no mesmo ano de sua edição.

e) 5ª Exceção ao Princípio da Legalidade: poderá, por fim, o Poder Executivo alterar o prazo para
pagamento de tributo por meio de decreto ou portaria.

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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Princípio da Isonomia

Artigo 150, inciso II da CF


Todos terão tratamento igualitário perante a norma tributária, carecendo somente de
um trato desigual aqueles que se apresentam em uma situação de desigualdade.

Princípio da Anterioridade

Artigo 150, inciso III da CF


Tal princípio irá limitar a possibilidade e atividade dos entes competentes de cobrarem
os tributos por eles respectivamente realizados. O princípio da anterioridade, com
razão precípua da necessidade de evitar a surpresa aos
contribuintes, é entendido conforme texto constitucional pela anterioridade do
exercício e a anterioridade nonagesimal.

Na forma do artigo 150, III, B, da Constituição Federal, todo tributo criado ou majorado somente
poderá ser exigido no primeiro dia do exercício seguinte. E para evitar esta surpresa, houve uma
alteração no texto constitucional, vindo a criar o princípio da anterioridade nonagesimal.

Assim, na forma do artigo 150, III, C, da Constituição Federal, todo tributo criado ou majorado,
somente poderá ser exigido após 90 (noventa) dias da publicação, justamente para evitar as
surpresas acima citadas.

Via de regra, todos os tributos criados ou majorados deverão aguardar as duas anterioridades
(requisitos cumulativos). Logo, conforme positivado no parágrafo supra indicado, assim
compreendeu o constituinte:

- Terão exigência imediata, ou seja, mesmo que majorados ou criados poderão ser exigidos tão
logo publicados: Imposto de Importação, Imposto de Exportação, Imposto sobre Operações
Financeiras, Empréstimo Compulsório de Guerra Externa ou sua Iminência, Empréstimo
Compulsório de Calamidade e Imposto Extraordinário de Guerra.

- Outrossim, terão exigência respeitando apenas a anterioridade nonagesimal, ou seja 90 dias


após a sua publicação, sendo, portanto, possível a sua exigência no mesmo ano de sua
publicação: Imposto sobre Produtos Industrializados, Contribuições Sociais e CIDE/ICMS
Combustíveis.

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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Súmula Vinculante nº 50 do STF

Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao
princípio da anterioridade.

Princípio da Irretroatividade

Artigo 150, inciso III, A da CF


A norma tributária não poderá retroagir, ou seja, não poderá atingir fatos geradores
que ocorreram antes de sua vigência. Sendo assim, aplica-se a lei vigente, alíquota e
base de cálculo que estiverem em vigor quando da ocorrência do fato gerador. Logo,
conclui-se: a norma tributária, via de regra, não poderá retroagir justamente para
preservar o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a proporcionar para todos uma
segurança jurídica.

Entretanto, o Código Tributário Nacional nos apresenta 3 exceções a este princípio:

a) 1ª Exceção ao Princípio da Irretroatividade: a norma nova que tenha caráter interpretativo da


norma antiga, que venha solucionar pontos obscuros, portanto, da norma antiga, desde que não
cause penalidade ao contribuinte, poderá retroagir. Assim, a lei nova de caráter interpretativo
poderá retroagir, desde que não cause onerosidade ao contribuinte.

b) 2ª Exceção ao Princípio da Irretroatividade: a norma nova que venha deixar de tratar ato como
infração (extinguir multa) ou reduzir a infração (reduzir o percentual da multa), poderá retroagir
para fatos geradores já ocorridos, desde que exista ato pendente de julgamento (seja judicial ou
administrativo). Vale ressaltar: trata-se de retroatividade mais benéfica somente e tão
exclusivamente no campo das infrações (jamais no tocante as alíquotas ou base de cálculo).

c) 3ª Exceção ao Princípio da Irretroatividade: por fim, poderá retroagir norma nova que venha
instituir ou estabelecer novos critérios de fiscalização e/ou proporcionar ao crédito tributário
nova classificação.

Princípio do Não Confisco

Artigo 150, inciso IV da CF


Nenhum ente público poderá estabelecer ou exigir tributo com caráter confiscatório,
ou seja, que impeça o uso adequado da propriedade ou não possibilite o livre
exercício da atividade privada.

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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Cabe ressaltar que o STF passou a aplicar o presente dispositivo para as multas, ou seja,
nenhuma multa (penalidade) poderá ser exigida com o caráter confiscatório, como, por
exemplo, multa moratória (por atraso no pagamento) não poderá ter percentual superior a 20%
(vinte por cento).

Princípio da Liberdade de Tráfego

Artigo 150, inciso V da CF


Nenhum tributo poderá impedir o livre exercício do direito de ir e vir, salvo a própria
mitigação exposta no inciso mencionado no que tange à cobrança de pedágios.

Princípio da Uniformidade Geográfica

Artigo 151, inciso I e II da CF


Tal princípio tem força coercitiva diretamente para a União. Assim, o presente ente
federativo, em razão do texto constitucional, não poderá tratar os demais entes
federativos e seus contribuintes de forma desigual.

A União também não poderá conceder tratamento diferenciado para seus servidores, bem como
as obrigações de dívidas públicas

Princípio da Isenção Heterônoma

Artigo 151, inciso III da CF


A União não poderá intrometer-se no que tange a benefícios fiscais nos tributos que
não são de sua competência.

Algumas mitigações compreendidas na realidade como imunidades por estarem expressas na


Constituição Federal, poderemos visualizar:

a) 1ª Exceção: Imunidade de ISSQN para serviços destinados ao Exterior.

b) 2ª Exceção: Imunidade de ICMS para Mercadorias e Serviços para o Exterior.

c) 3ª Exceção: segundo o STF os Tratados ou Convenções Internacionais, uma vez ratificados


pelo Presidente da República, este agindo como Chefe de Estado, poderá isentar tributos
estaduais e municipais, observando o que disposto no artigo 98 do CTN.

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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Imunidades
Imunidade é a dispensa constitucional de pagar tributo, ou seja, tratam-se de formas de
dispensas constitucionais para que o contribuinte não realize o pagamento do crédito tributário.
Ademais, vale ressaltar que apresentam-se dois tipos de imunidades: as específicas e as
genéricas.

As imunidades específicas são todas aquelas dispostas no texto constitucional, que dizem
respeito a determinado caso concreto. Outrossim, também apresentam-se na Carta Magna as
imunidades genéricas, dispostas todas no artigo 150, VI, da Constituição Federal e apresentam
dispensa constitucional apenas no que tange aos impostos.

Art. 150, VI, A, CF – Imunidade Recíproca: os entes públicos não poderão


cobrar impostos entre si sobre o patrimônio, renda e serviços. Sobre a
São espécies de imunidades genéricas:

presente espécie de imunidade genérica vale ressaltar que elas são


extensivas às autarquias e fundações públicas, na forma do artigo 150, §§2º
e 3º da Constituição Federal.
Art. 150, VI, B, CF – Imunidade Templos de Qualquer Culto: a presente
imunidade, tão criticada contemporaneamente, visa proteger a liberdade
religiosa.
Art. 150, VI, C, CF – Imunidade Subjetiva: a presente imunidade contempla
algumas pessoas, ou seja, observando igualmente o artigo 150, §4º do CTN,
os partidos políticos e suas fundações, sindicato dos trabalhadores,
instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos, terão
direito a não pagar impostos sobre seus patrimônios, rendas e serviços,
desde que observado o cumprimento da norma e a finalidade essencial.
Observados requisitos do artigo 14 do CTN.
Art. 150, VI, D e E, CF – Imunidade Objetiva: por fim, a presente imunidade
diz respeito a espécie de imunidade genérica no tocante a alguns objetos.
Portanto, os livros, periódicos, jornais e papéis destinados a sua impressão,
bem como CD´S e DVD´s confeccionados por artistas ou intérpretes
brasileiros não pagarão impostos.

4 Obrigação Tributária

Teremos a ocorrência da obrigação tributária toda vez que o contribuinte praticar um fato (fato
gerador) que está descrito em uma lei (hipótese de incidência).

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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Art. 113 do CTN

A obrigação tributária é principal ou acessória.


§1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito
dela decorrente.
§2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as
prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da
fiscalização dos tributos.
§3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em
obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.

Mapa Mental

OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

Artigo 113 do CTN

Principal Acessória
Artigo 113, §1º do CTN Artigo 113, §2º do CTN

Dar/Pagar Fazer/não fazer


Deveres instrumentais

Tributo Multa Descumprir obrigação acessória


Artigo 113, §3º do CTN


Descumprimento de obrigação acessória
resultará em obrigação principal

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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Elisão Fiscal

Artigo 116, §º único do CTN

Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e
existentes os seus efeitos:
Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios
jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do
tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os
procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.

O presente parágrafo único faz nascer a subjetividade frente à realização de planejamento


tributário pelo contribuinte e sua validação ou não.

Sujeito Ativo e Passivo da Relação Tributária

Sujeito Ativo Sujeito Passivo

Na forma do artigo 119 do CTN, é Na forma do artigo 121 do CTN, o


toda pessoa jurídica de direito sujeito passivo poderá ser tanto o
público que tem a competência contribuinte (aquele que realiza e tem
constitucional para criar e/ou exigir vínculo direto com o fato gerador),
o crédito tributário, observando a quanto o responsável (não realiza o
norma e a realização do fato fato gerador, mas a norma legal lhe
gerador pelo contribuinte. atribui o dever de pagar tributo).

Convenções particulares e a Obrigação Tributária

Artigo 123 do CTN

Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à


responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda
Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias
correspondentes.

Nenhum contrato, acordo ou instrumento particular poderá ser oposto/apresentado contra a


fazenda pública a fim de modificar a responsabilidade pelo pagamento do crédito tributário.

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2ª Fase 37º Exame de Ordem
Revisão Turbo 2ª Fase | Direito Tributário

Solidariedade
Reza o artigo 124 do CTN que os sujeitos passivos poderão ser solidariamente obrigados, caso
exista interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal.
Lembrando, ainda, que tal solidariedade não comportará benefício de ordem, ou seja, quem
pagará primeiro ou não.

Capacidade tributária
Na forma do artigo 126, I, do CTN a capacidade tributária não dependerá da capacidade civil das
pessoas naturais. Essa conclusão também será estendida para o falido que quebrou uma
empresa e hoje realiza outra atividade capaz de gerar fato gerador, bem como para sociedades
de fato ou irregulares.

5 Prescrição e Decadência

Prescrição Decadência

O prazo para que se ajuíze a ação de O prazo para que a Administração


execução fiscal é prescricional. Tributária, por meio da autoridade
Verificada a prescrição, tem-se competente, promova o lançamento
impossibilitado o manejo da é decadencial. Operada a decadência,
execução fiscal. Conforme o artigo tem-se por extinto o direito de lançar.
174 do CTN o prazo de prescrição é Importante ainda dizer que: o termo
de cinco anos, iniciando sua inicial do prazo decadencial não é
contagem da data da constituição exatamente a data da ocorrência do
definitiva do crédito tributário. fato gerador, mas uma data em torno
deste momento.

O lançamento é exatamente o marco que separa,


na linha do tempo, a prescrição da decadência.

Lembre-se que, diferentemente do direito civil, aqui no Direito Tributário o pagamento de débito
prescrito gera direito a sua repetição, na medida em que, muito embora exista o direito material,
a pretensão estará extinta quando da ocorrência do pagamento.

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2ª Fase 37º Exame de Ordem
Revisão Turbo 2ª Fase | Direito Tributário

Regra Geral do Prazo Decadencial


O direito da Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após cinco anos,
contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
efetuado. Percebe-se nitidamente que a Administração Pública acaba tendo mais de cinco anos
para exercer o direito de constituir o crédito. Mas na OAB = o prazo decadencial é de 5 anos.

Regra do Lançamento por Homologação


O término do prazo para a homologação, sem que esta tenha sido expressamente realizada, não
apenas configura homologação tácita, mas também decadência do direito de constituir o
crédito relativo a qualquer diferença. Aqui, no lançamento por homologação, a regra é: único
caso em que o prazo decadencial é contado exatamente da data da ocorrência do fato gerador.
Mas atenção aos casos de lançamento por homologação onde não houver lançamento ou ele for
realizado com dolo, fraude ou simulação, o prazo decadencial passará para a regra geral (art. 173,
I, do CTN, ou seja, 1º dia do exercício subsequente.

6 Peças subjetivas

Costuma-se dividir as peças processuais tributárias em três grandes grupos: processo subjetivo,
objetivo e peças recursais. Em revisão iremos trabalhar sobre a petição inicial na égide do
processo subjetivo, levando em consideração a defesa do contribuinte. E o que as presentes
peças apresentam em comum? A sua estrutura.

Lista de peças subjetivas:


Mandado de Segurança.
Ação Declaratória.
Ação Anulatória. Todas seguem o modelo
de Petição Inicial do
Ação de Consignação em Pagamento. artigo 319 do CPC
Ação de Repetição de Indébito.
Ação de Embargos à Execução Fiscal.
Petição de Exceção de Pré Executividade.

Como saber se é justiça estadual ou federal?


Existe interesse da União, Autarquia Federal ou Empresa Federal?

Sim DOUTO JUÍZO FEDERAL

Não DOUTO JUÍZO DE DIREITO

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2ª Fase 37º Exame de Ordem
Revisão Turbo 2ª Fase | Direito Tributário

Para qual vara devo direcionar?


Verifique a possibilidade de direcionamento para os juízados primeiro! Responda as seguintes
perguntas:

O enunciado falou que a parte autora é PF | ME | EPP | SIMPLES?

O enunciado falou que o valor da causa é = OU menor que 60 salários mínimos?

Se a resposta for SIM para as duas perguntas:

.. VARA DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS


... VARA DOS JUIZADOS ESPECIAIS DA FAZENDA PÚBLICA

Se a resposta for NÃO para qualquer das perguntas:

.. VARA (FEDERAL / FAZENDA PÚBLICA)


... VARA (CÍVEL / FAZENDA PÚBLICA)

Para qual foro devo direcionar?

Mapa Mental

Como saber qual o foro?

Se for Justiça Federal Se for Justiça Estadual

SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA ... COMARCA ...


SEÇÃO JUDICIÁRIA ... Regra Geral: domicilio do autor ESTADO ...

Cuidado especial!
Toda peça processual terá um fundamento e uma denominação diferente, cabe ao examinando
utilizar seu vadinho para identificar através do índice remissivo!
Para efeitos práticos (prática na advocacia) a certeza de tais quesitos muito pouco altera a
possibilidade de recebimento ou não da peça vestibular. Entretanto, para efeitos de 2ª Fase de
Exame da Ordem, tais requisitos são imprescindíveis para a correção da peça processual.

Estrutura genérica

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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Douto Juízo de Direito da ... Vara (Cível/Fazenda Pública) da Comarca ... do Estado...
OU

Douto Juízo Federal da ... Vara (Federal/Fazenda Pública) da Subseção Judiciária...


Seção judiciária...
deixe 1 linha em branco

AUTOR..., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº ..., atos
constitutivos em anexo, endereço eletrônico ..., estabelecida ..., vem
respeitosamente, por intermédio de seu procurador (procuração em anexo), este
estabelecido ..., local onde receberá intimações, à presença de Vossa Excelência,
com fulcro no fundamentação de acordo com a peça apresentar/ajuízar/interpor
NOME DA PEÇA
Em face de ..., pessoa jurídica de direito público, inscrito no CNPJ sob o nº ...,
endereço eletrônico..., estabelecida..., neste ato representada por seu representante
legal..., na forma do artigo 75, inciso I do CPC, pelos fatos e fundamentos abaixo
aduzidos:
deixe 1 linha em branco
CABIMENTO
Justificar o porque escolheu a peça.

TEMPESTIVIDADE
Justificar ser a ação proposta dentro do prazo legal.

FATOS
Breve relato dos fatos trazidos no enunciado.

DIREITO
Desenvolver as teses a partir das irregularidades narradas no enunciado.

Lembre-se:

NARRE O ARTIGO | SÚMULA COM SUAS PALAVRAS.

DEPOIS NARRE O ENUNCIADO COM SUAS PALAVRAS.

DIGA SE CABE A TESE EM FAVOR DO CLIENTE.

LIMINAR / TUTELA RECURSAL


Lembre-se que a medida urgente poderá servir para:

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2ª Fase 37º Exame de Ordem
Revisão Turbo 2ª Fase | Direito Tributário

A) SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE

B) EM RAZÃO DE URGÊNCIA

independentemente da razão, o fundamento é o mesmo.

PEDIDOS
Elencar os pedidos do enunciado, reforçando tudo que é requerido nas teses e também os

descritos no artigo 319 do CPC.

Valor da Causa: R$ ...


Cuidar se o enunciado não trás o valor, se não, deixar genérico.

Nestes termos, pede deferimento.


Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...

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2ª Fase 37º Exame de Ordem
Revisão Turbo 2ª Fase | Direito Tributário

Conteúdo de Revisão @prof.matheusdegre

1 Constituição do Crédito Tributário

Não basta a ocorrência do fato gerador para que o tributo possa ser constituído e,
consequentemente, exigido do contribuinte. Para que o mesmo possa ser cobrado faz-se
necessário que ocorra o lançamento.

Lançamento de Lançamento por Lançamento por


Ofício Declaração Homologação

Artigo 142 cumulado Artigo 147 do CTN Artigo 150 do CTN


com artigo 149, inciso I, Nessa hipótese o Nessa hipótese será o
ambos do CTN contribuinte apenas irá contribuinte que irá
Nessa hipótese de informar ao fisco que declarar a existência do
constituição do crédito, realizou o fato gerador, fato gerador, fará o
o fisco identifica a sendo de atribuição da cálculo do tributo
ocorrência do fato fazenda pública os devido, bem como irá
gerador, faz o cálculo demais itens para emitir a guia para
do valor devido, emite à ensejar a cobrança do pagamento.
guia e notifica o crédito tributário.
contribuinte.

2 Suspensão do Crédito Tributário

Na forma do art. 151 do CTN teremos algumas hipóteses de suspensão do crédito tributário.
Quando da ocorrência de quaisquer uma das hipóteses (incisos) situadas no rol taxativo do
referido artigo, o fisco estará impedido (temporariamente) de cobrar (exigir) o crédito tributário.

Atenção!
A suspensão é hipótese que impede a Execução Fiscal, mas não a constituição do
crédito através do lançamento, sob pena de ocorrer a decadência.

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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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Moratória

Artigo 151, inciso I do CTN


Trata-se da concessão, mediante lei específica do ente competente, do aumento do
prazo para pagamento do crédito tributário devido. O presente instituto poderá ser
concedido de forma geral ou individual.

Depósito Integral

Artigo 151, inciso II do CTN


Este instituto será realizado, via de regra, dentro dos processos judiciais, visto que a
simples interposição de recurso administrativo já suspende a exigibilidade. Apenas o
depósito integral e em dinheiro irá suspender a exigibilidade do crédito.

Reclamações e Recursos

Artigo 151, inciso III do CTN


Tal hipótese será realizada toda vez que houver interposição de qualquer recurso
administrativo de forma tempestiva pelo contribuinte.

Liminar e Tutela Provisória

Artigo 151, inciso IV do CTN


As presentes hipóteses de suspensão irão ocorrer, respectivamente, em sede de
Mandado de Segurança (liminar) e nas demais ações do processo subjetivo (tutela
provisória). Para ocorrência de quaisquer uma destas formas terá o contribuinte que
solicitar.

Parcelamento

Artigo 151, inciso IV do CTN


Esta última hipótese de suspensão é uma espécie de moratória, apresentando como
item diverso é que esta forma irá fracionar (parcelar) o pagamento da dívida tributária.
Tal concessão de suspensão não importará obrigatoriamente no corte de juros e
multas.

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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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3 Extinção do Crédito Tributário

Na forma do artigo 156 do Código Tributário Nacional apresentam-se várias formas de extinção
do crédito tributário. Lembrando que tais modalidades contemplam um rol taxativo, podendo
ser alterados apenas mediante lei complementar.

Mapa Mental

1ª forma de extinção é pelo pagamento


Acontece quando o contribuinte, a fim de extinguir o tributo, faz o
pagamento através da entrega de dinheiro ao ente público competente.
Caso o pagamento do tributo devido não seja feito no prazo legal, os
efeitos moratórios serão automáticos, na forma do artigo 161 do CTN.

2ª forma de extinção é pela compensação


EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Ocorrerá o direito a compensar quando duas pessoas forem ao mesmo


tempo credor e devedor uma da outra.
Necessário a existência de norma específica do ente competente que
estipule as condições e garantias, observando o teor do artigo 170 do CTN.

3ª forma de extinção é pela transação


Forma de negociação realizada entre as partes que, mediante concessão
mútua, acabam por extinguir obrigações, visando terminar litígios.
Na forma do artigo 171 do CTN ela somente irá terminar litígios

4ª forma de extinção é pela remissão poderá perdoar tributo e multa


Dispensa gratuita da dívida tributária.
Na forma do artigo 150, §6º da Constituição Federal a remissão somente
poderá ser concedida mediante lei específica do ente competente.

5ª forma de extinção é pela prescrição e a decadência


O prazo para que a Administração Tributária, por meio da autoridade
competente, promova o lançamento é decadencial.
O prazo para que se ajuíze a ação de execução fiscal é prescricional.

6ª forma de extinção é pela conversão de depósito em renda


Quando da realização de depósito ou penhora de dinheiro em processo
judicial e em caso de decisão favorável de mérito ao fisco o dinheiro irá
para a fazenda pública.

7ª forma de extinção é pela consignação em pagamento


Quando do ajuizamento de Ação de Consignação em Pagamento pelo
contribuinte nas possibilidades ofertadas do artigo 164 do CTN.

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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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4 Exclusão do Crédito Tributário

As formas de exclusão do crédito, que estão dispostas no artigo 175 do Código Tributário
Nacional, sempre serão realizadas mediante lei própria do ente competente, bem como vão
impedir a fazenda pública de constituir o crédito.

Art. 175 do CTN

Art. 175 do CTN - Excluem o crédito tributário:


I - a isenção;
II - a anistia.
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das
obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou
dela consequente.

Mapa Mental

EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Artigo 175 do CTN

isenção anistia

instituto desonerativo instituto desonerativo


que visa dispensar que visa perdoar multa
tributo mediante lei mediante lei própria

Dispensa legal realizada pelo respectivo ente Dispensa legal realizada pelo respectivo
competente. ente competente.
Via de regra, poderá ser revogada a qualquer Pode ser realizada sobre determinado
tempo. território e/ou região.
Só admite interpretação literal. Poderá ser concedido em caráter geral e
Poderá ser concedido em caráter geral e individual.
individual.

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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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5 Medida Cautelar Fiscal e Contestação em Cautelar Fiscal

Procedimento judicial (ação) que visa garantir o sucesso da execução fiscal (garantir patrimônio
do executado). Antes ou após a constituição em definitivo do do Crédito Tributário!
As causas que autorizam a Medida de Cautelar Fiscal encontram-se no artigo 2º da Lei nº
8.397/92.

Art. 2º da Lei nº 8.397/92

Art. 2º A medida cautelar fiscal poderá ser requerida contra o sujeito passivo de crédito
tributário ou não tributário, quando o devedor:
I - sem domicílio certo, intenta ausentar-se ou alienar bens que possui ou deixa de pagar
a obrigação no prazo fixado;
II - tendo domicílio certo, ausenta-se ou tenta se ausentar, visando a elidir o
adimplemento da obrigação;
III - caindo em insolvência, aliena ou tenta alienar bens;
IV - contrai ou tenta contrair dívidas que comprometam a liquidez do seu patrimônio;
V - notificado pela Fazenda Pública para que proceda ao recolhimento do crédito fiscal:
a) deixa de pagá-lo no prazo legal, salvo se suspensa sua exigibilidade;
b) põe ou tenta por seus bens em nome de terceiros;
VI - possui débitos, inscritos ou não em Dívida Ativa, que somados ultrapassem trinta por
cento do seu patrimônio conhecido;
VII - aliena bens ou direitos sem proceder à devida comunicação ao órgão da Fazenda
Pública competente, quando exigível em virtude de lei;
VIII - tem sua inscrição no cadastro de contribuintes declarada inapta, pelo órgão
fazendário;
IX - pratica outros atos que dificultem ou impeçam a satisfação do crédito.

Na forma do artigo 3º da Lei nº 8.397/92 para concessão da medida cautelar fiscal é necessário
haver prova literal da constituição do crédito fiscal e prova documental de algum dos casos
mencionados no artigo 2º da Lei nº 8.397/92.
A decretação da medida cautelar fiscal produzirá, de imediato, a indisponibilidade dos bens do
requerido, até o limite da satisfação da obrigação artigo 4º da Lei nº 8.397/92.

Atenção!
Juiz poderá conceder liminarmente a medida cautelar fiscal na forma do artigo 7º
da Lei nº 8.397/92 e, caso se concedida deve ser ataca via Agravo de Instrumento.

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O requerido terá 15 dias para contestar após ser citado devendo em sede de contestação indicar
as provas que pretende produzir na forma do artigo 8º da Lei nº 8.397/92.

Arts. 8º e 9º da Lei nº 8.397/92

Art. 8° O requerido será citado para, no prazo de quinze dias, contestar o pedido,
indicando as provas que pretenda produzir.
Parágrafo único. Conta-se o prazo da juntada aos autos do mandado:
a) de citação, devidamente cumprido;
b) da execução da medida cautelar fiscal, quando concedida liminarmente.
Art. 9° Não sendo contestado o pedido, presumir-se-ão aceitos pelo requerido, como
verdadeiros, os fatos alegados pela Fazenda Pública, caso em que o Juiz decidirá em dez
dias.
Parágrafo único. Se o requerido contestar no prazo legal, o Juiz designará audiência de
instrução e julgamento, havendo prova a ser nela produzida.

Caberá apelação da sentença que decretar a medida cautelar fiscal. Na forma do artigo 17 da Lei
nº 8.397/92 do simples pedido de apelação não terá efeito suspensivo, salvo se o requerido
oferecer garantia na forma do artigo 10 da Lei nº 8.397/92.

Estrutura genérica

Douto Juízo de Direito da ... Vara (Cível/Fazenda Pública) da Comarca ... do Estado...
OU

Douto Juízo Federal da ... Vara (Federal/Fazenda Pública) da Subseção Judiciária...


Seção judiciária...
deixe 1 linha em branco

AUTOR..., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº ..., atos
constitutivos em anexo, endereço eletrônico ..., estabelecida ..., vem
respeitosamente, por intermédio de seu procurador (procuração em anexo), vem,
perante Vossa Excelência, com fundamento nos Artigo 335 do Código de Processo
Civil e Art. 8º da Lei 8397/92 , apresentar
CONTESTAÇÃO EM CAUTELAR FISCAL
Em face de Ação Cautelar Fiscal ajuizada pela(o) ...., pessoa jurídica de direito
público, inscrito no CNPJ sob o nº ..., endereço eletrônico..., estabelecida..., neste
ato

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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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ato representada por seu representante legal..., na forma do artigo 75, inciso I do
CPC OU artigo 75, inciso II do CPC OU artigo 75, inciso III do CPC pelos fatos e
fundamentos abaixo aduzidos:
deixe 1 linha em branco

CABIMENTO
Justificar o porque escolheu a peça e fundamentar na forma do art. 8º da Lei 8397/92.

TEMPESTIVIDADE
Justificar ser a ação proposta dentro do prazo legal. do art. 8º da Lei 8397/92.

FATOS
Breve relato dos fatos trazidos no enunciado.

DESCABIMENTO DA LIMINAR
Justificar as razões de acordo com o artigo 2º da Lei nº 8.397/92 pelas quais não cabe a medida

liminar de cautelar fiscal.

DIREITO
Desenvolver as teses a partir das irregularidades narradas no enunciado.

Lembre-se:

NARRE O ARTIGO | SÚMULA COM SUAS PALAVRAS.

DEPOIS NARRE O ENUNCIADO COM SUAS PALAVRAS.

DIGA SE CABE A TESE EM FAVOR DO CLIENTE.

PEDIDOS
Elencar os pedidos do enunciado, reforçando tudo que é requerido nas teses,

Lembre-se:

Não pode se esquecer de requerer que seja recebida a contestação, e julgada totalmente

improcedente a medida cautelar ajuizada, com liberação do patrimônio do sujeito passivo.

Nestes termos, pede deferimento.


Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...

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6 Recursos Administrativos

Inicialmente, para podermos falar dos recursos administrativos é importante ressaltarmos que o
processo administrativo fiscal é um mecanismo para contestar um ato de fiscalização da Receita
Federal. Para compreender melhor seu funcionamento, a própria Receita Federal disponibiliza
um fluxo grama no site gov.br que encontra-se representado abaixo!

Fluxograma

Contribuinte recebeu auto de


infração, notificação de
lançamento ou despacho
decisório desfavorável.

Discorda do lançamento ou
do despacho decisório?

Não Sim Não


Sim
Pagar ou parcelar Apresentar impugnação ou Arquivamento do processo
Cabível recurso de ofício da
manifestação de
Fazenda?
inconformidade à Delegacia
de Julgamento (30 dias)
Sim
Interpor recurso de ofício
A decisão foi favorável ao
Sim
contribuinte?
A Fazenda discorda
da decisão?

Não Sim
Discorda da decisão? Apresentar recurso
voluntário ao CARF (30
dias)
A decisão foi favorável
ao contribuinte? Sim
Apresentar Recurso Especial
à Câmara Superior de
Não
Recursos Fiscais CARF, se
Discorda da decisão?
cabível (15 dias)

A decisão foi favorável ao


contribuinte?

Sim
Arquivamento do processo

O que você não pode esquecer sobre os recursos administrativos?

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Nos termos do inciso III do artigo 151 do CTN as reclamações e os recursos, nos termos das leis
reguladoras do processo tributário administrativo suspendem a exigibilidade do crédito.
Também, não pode ser exigido depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para
admissibilidade de recurso administrativo consoante o disposto na Súmula Vinculante 21 do STF.

Impugnação de Lançamento

Dec 70.235/72

Art. 15. A impugnação, formalizada por escrito e instruída com os documentos em que
se fundamentar, será apresentada ao órgão preparador no prazo de trinta dias, contados
da data em que for feita a intimação da exigência.
Art. 16. A impugnação mencionará:
IV - as diligências, ou perícias que o impugnante pretenda sejam efetuadas, [...]
§ 4º A prova documental será apresentada na impugnação, precluindo o direito de o
impugnante fazê-lo em outro momento processual, a menos que: [...]
Art. 17. Considerar-se-á não impugnada a matéria que não tenha sido expressamente
contestada pelo impugnante.
Art. 25. O julgamento do processo de exigência de tributos administrados pela SRF
compete:
I - em 1ª instância, às Delegacias da Receita Federal de Julgamento, órgãos colegiados da
SRF (...)
II – em 2ª instância, ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, órgão colegiado,
paritário, com atribuição de julgar recursos de ofício e voluntários de decisão de primeira
instância, bem como recursos de natureza especial.
Art. 37, § 2º Caberá recurso especial à Câmara Superior de Recursos Fiscais, no prazo de
15 (quinze) dias da ciência do acórdão ao interessado:
II – de decisão que der à lei tributária interpretação divergente da que lhe tenha dado
outra Câmara, turma de Câmara, turma especial ou a própria Câmara Superior de
Recursos Fiscais.

Na forma do parágrafo único do artigo 38 da Lei 6.830/80 a propositura de mandado de


segurança, ação de repetição do indébito ou ação anulatória importa em renúncia ao poder de
recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso acaso interposto.
CARF nº 1

Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial
Súmula

por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo
objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo órgão de
julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial.

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2ª Fase 37º Exame de Ordem
Revisão Turbo 2ª Fase | Direito Tributário

Dicas Finais da Equipe Ceisc

Além do nosso conteúdo de direito tributário, temos que lembrar das regras do edital
para nossa prova de 2ª fase. Pensando nisso, compilamos aqui algumas regras que você
NÃO PODE esquecer!

Você terá até 5 horas O caderno de textos definitivos


para realizar a sua prova da prova prático-profissional não
poderá ser assinado, rubricado
O horário de prova é das 13h às e/ou conter qualquer palavra
18h, no horário oficial de e/ou marca que o identifique em
Brasília/DF. outro local que não o apropriado
(capa do caderno), sob pena de
ser anulado. Assim, a detecção
Lembrando que o examinando
de qualquer marca identificadora
deverá estar na sala de realização
no espaço destinado à
da prova às 12h30. Esse é o
transcrição dos textos definitivos
horário que a banca se refere
acarretará a anulação da prova
como "fechada dos portões, mas,
prático-profissional e a
na realidade é do prédio de
eliminação do examinando.
realização da prova.
ESSES SERÃO OS CADERNOS QUE
VOCÊ RECEBERÁ EM PROVA

Caderno de rascunho Caderno definitivo

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2ª Fase 37º Exame de Ordem
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O que eu devo levar para a prova?

Caneta transparente Vade Mecum não Lanche em Documento original


PRETA ou AZUL comentado embalagem transparente com foto

Os documentos deverão estar em perfeitas condições, de forma a permitir, com clareza, a


identificação do examinando.

Caso o examinando esteja impossibilitado de apresentar, no dia da realização das provas,


documento de identidade original, por motivo de perda, roubo ou furto, deverá ser
apresentado documento (original ou cópia autenticada, ao que se equipara a impressão
do registro feito por formulário eletrônico) que ateste o registro da ocorrência em órgão
policial, expedido há, no máximo, trinta dias, ocasião em que será submetido à
identificação especial.

Não serão aceitos como documentos: certidões de nascimento, CPF, títulos eleitorais,
carteiras de motorista (modelo sem foto), carteiras de estudante, carteira de identidade
infantil, carteiras funcionais sem valor de identidade nem documentos ilegíveis, não
identificáveis e/ou danificados.

Cuidados para o dia da prova

Evite levar eletrônicos Não utilize óculos Evite levar lápis e/ou Quem tiver cabelo longo
para a prova e usar escuros e/ou qualquer lapiseira, borracha deve ir com ele preso
relógios de pulso item de chapelaria e/ou corretivo de para a prova, com as
qualquer espécie orelhas aparecendo

Quando do ingresso na sala de aplicação de provas, os examinandos deverão recolher


todos os equipamentos eletrônicos e/ou materiais não permitidos, inclusive carteira com
documentos e valores em dinheiro, em envelope de segurança não reutilizável, fornecido
pelo fiscal.

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