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BENS – do art.

79 ao 103 do Código Civil – APOSTILA DO PROFESSOR CRISTHIANO


MASCARENHAS – FACULDADE PIO DÉCIMO

DAS DIVERSAS CLASSIFICAÇÕES DOS BENS

● QUAL A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DOS BENS PARA O DIREITO? O estudo dos bens é
importante, pois são considerados objetos de direitos nas relações jurídicas, cujos
titulares são as pessoas (sujeitos de direito).

A classificação dos bens tem por objetivo facilitar o trabalho dos operadores do Direito,
permitindo a aplicação das mesmas regras jurídicas àqueles que se apresentem com
características semelhantes. Com esse propósito o legislador do Código Civil de 2002 classificou
os bens de acordo com três critérios:

a) bens considerados em si mesmos (imóveis e móveis; fungíveis e infungíveis; consumíveis e


inconsumíveis;) DO ART. 79 AO 91 CC.
b) bens reciprocamente considerados (principais e acessórios); DO ART. 92 AO 97 CC.
c) considerados em relação ao titular (particulares e públicos). DO ART 98 AO 103 CC

Há também outros conceitos estabelecidos pela doutrina como veremos abaixo:

Classificação dos bens Quanto a mobilidade:

1) Bens imóveis: art. 79 a 81 CC;

Bens imóveis ou bens de raiz são aqueles que não podem ser transportados, sem destruição,
de um lugar para outro. A remoção causaria alteração de sua substância ou de sua forma.
Compreende o solo e tudo quanto lhe for incorporado de maneira natural ou artificial.

a. Por natureza ou essencial; ( art 79 CC) é o solo e tudo quanto se lhe incorporar
naturalmente. Ex: arvores, frutos, pedras, espaço aéreo do imóvel e seu subsolo (estes 2
últimos com restrições no próprio CC) * art 1229 CC

b. Por acessão física industrial ou artificial;( art 79 cc) são os bens que o homem incorpora no
solo de forma artificial ou permanente. – não podem ser retirados em regra, sem destruição,
modificação, fratura ou dano. Uma exceção é uma casa de madeira pré-fabricada - um
exemplo de bem imóvel ( art 81 I CC). Outro ex: se o prédio for demolido para reconstrução, os

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materiais continuarão sendo tratados como imóveis. ( art 81 II CC). CUIDADO: Se a demolição
não tiver esse propósito, os materiais passarão à condição de móveis.

c. Por disposição legal: (art. 80 CC).são os bens considerados imóveis por força da lei para
receber maior proteção jurídica, consistente, em regra, na exigência de escritura pública para a
disposição de direitos. Para transferir bens imóveis exige solenidades, o legislador pretende
cercar de solenidades/formalidades a transferência de herança É o caso da herança. (direito à
sucessão aberta – Código Civil, art. 80, II ) - o direito à sucessão aberta é o complexo
patrimonial transmitido pela pessoa falecida a seus herdeiros. (GONÇALVES, 2012),
considerada bem imóvel ainda que composta só de bens móveis. Para a cessão de direitos
hereditários, é exigida a escritura pública) art (1793 cc).Podem ser considerados bens imóveis
os seguintes direitos constituídos sobre imóveis: propriedade, superfície, servidão, usufruto,
uso, habitação, direito do promitente comprador, hipoteca , DIREITOS REAIS SOBRE IMÓVEIS E
AS AÇÕES QUE OS ASSEGURAM E O DIREITO A SUCESSAO ABERTA.( art. 80 I CC)

2)Bens móveis: art. 82 a 84 CC;

São aqueles que podem ser movidos de um local para outro sem que seja alterada a substância
ou a destinação econômico-social.

A remoção de um lugar a outro pode ocorrer por força própria (semoventes), no caso dos
animais, ou por força alheia, que são os móveis propriamente ditos (p. ex.: livro, caneta, fruta
etc.).

Os bens móveis podem ser classificados em:

a. Por natureza ou essência: são aqueles que tem movimentação própria ou remoção por força
alheia sem alteração da substância ou da destinação econômica.

Obs: a.1) compreendem tanto os semoventes (aqueles que se movem por força própria –
exemplo: os animais) a.2) bens móveis propriamente ditos como as coisas inanimadas que
possam ser transportadas de um lugar a outro, sem que se destruam, isto é, sem que ocorra
alteração de sua substância ou de sua destinação social– exemplos: carro, lápis, cadeira etc. 

b. Por antecipação : São aqueles mobilizados (transformados em bens móveis) pelos seres
humanos em atenção a sua finalidade econômica (p. ex.: fruta colhida, madeira cortada, pedra
extraída, casa vendida para ser demolida etc.). Por receberem o tratamento de bens móveis,
não exigem escritura pública para sua alienação e dispensam a vênia conjugal (autorização do
cônjuge).

c. Por disposição de lei: art. 83 CC; a) as energias que têm valor econômico: elétrica, térmica,
solar, nuclear, eólica, radioativa, radiante, sonora, da água represada etc.; obs: art 155 § 3º CP

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furto de energia equipara-se a coisa móvel . b) os direitos reais sobre bens móveis (direito de
propriedade, usufruto, penhor e propriedade fiduciária) e as ações correspondentes;c) os
direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações ( locação ): direitos obrigacionais,
também denominados de crédito;d) os direitos autorais:e) a propriedade industrial

Obs1: Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem
empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes
da demolição de algum prédio.

OBS2: Navios e aeronaves: embora sejam registrados e transmitidos da mesma forma que os
bens imóveis são bens móveis.

DISTINÇÃO ENTRE BENS MÓVEIS E IMÓVEIS  

OS PRINCIPAIS EFEITOS PRÁTICOS DA DISTINÇÃO ENTRE BENS MÓVEIS E IMÓVEIS

QUANTO A ALIENAÇÃO

a) móveis- não depende da outorga uxória do cônjuge.


b) imóveis- depende da outorga do cônjuge – salvo no regime de separação de bens nesse
regime de separação de bens traz como regra geral a incomunicabilidade de todo o acervo
patrimonial ativo e passivo adquirido antes e durante a constância do casamento!!!!!

QUANTO A AQUISIÇÃO

a) móveis – são adquiridos por simples tradição, independentemente de outorga uxória;


b) imóveis – demandam escritura pública e registro no Cartório de Registro de Imóveis e
dependem, em regra, de outorga uxória (salvo se o regime for o da separação de bens, em que
a outorga uxória é dispensada). OBS: 108 CC – SUPERIOR A 30 X SALÁRIO MÍNIMO NÃO SE
EXIGE A ESCRITURA PÚBLICA!!!!!

QUANTO A VENDA DE BENS DOS FILHOS MENORES PELOS PAIS

a) móveis – não precisa de autorização judicial


b) imóveis – precisa de autorização judicial (art 1.691 cc)

QUANTO ÀS AÇÕES REAIS SOBRE

a) bens móveis – NÃO é necessária a autorização do cônjuge do autor e a citação do cônjuge


do réu
b) bens imóveis – é necessária a autorização do cônjuge do autor e a citação do cônjuge do réu

QUANTO AO PRAZO PARA USUCAPIÃO


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A usucapião de bens imóveis exige prazos maiores ( 5, 10 E 15 ANOS) do que o de bens móveis
3 ANOS E 5 ANOS.

QUANTO AOS EFEITOS TRIBUTÁRIOS

a) móveis – estão sujeitos ao ICMS,IPVA;


b) imóveis – estão sujeitos ao ITBI, IPTU;

Classificação dos bens Quanto a fungibilidade:

1)Bens fungíveis: são BENS MÓVEIS substituíveis por outros de mesma espécie, qualidade e
quantidade.Ex: dinheiro, milho, água etc. s partes podem transformar, mediante simples
manifestação de vontade (contrato), um bem fungível em infungível.
2) Bens infungíveis: são bens personalizados ou individualizados. Pode ser MÓVEL ou IMÓVEL(
casa e apartamento). Ex: veículos automotores (chassi único o identifica e não pode ser
alterado), obras de arte, quadros famosos, cavalo campeão de rodeio.

Classificação dos bens Quanto a consuntibilidade:

1)Bens consumíveis; são BENS MÓVEIS cujo uso importa destruição imediata da própria
substância, bem como aqueles que podem ser alienados.
a) Consumíveis de fato: são os bens cujo uso importa na destruição imediata da própria
substância ou na sua extinção – a consuntibilidade é natural – p. ex.: frutas, verduras etc.;

b) Consumíveis de direito: são os bens destinados à alienação – a consuntibilidade


(característica dos bens consumíveis) é jurídica – ex.: livros e automóveis à venda em uma loja .

2)Bens inconsumíveis : São os que podem ser usados de forma contínua e reiterada, sem que
isso importe na sua destruição imediata. Os bens inconsumíveis caracterizam-se pela
possiblidade de retirada de suas utilidades, sem que seja atingida sua integridade.

Classificação dos bens Quanto a reciprocidade OU dependência - bens reciprocamente


considerados (principais e acessórios); DO ART. 92 AO 97 CC.

1)Bens principais: Considera-se bem principal todo aquele que tem sua existência
independente de qualquer outro, abstrata ou concretamente.
2) Bens acessórios: são aqueles cuja existência dependa do principal.
Quanto aos imóveis, o solo é o bem principal e tudo que se incorpora nele de forma
permanente é acessório. Quanto aos móveis, bem principal é aquele para o qual os outros
bens se destinam (para enfeitar, permitir o uso ou servir como complemento). Exemplos: a
caneta é o principal, a tampa é o acessório; o computador é o principal, o teclado é o

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acessório; o automóvel é o principal, o pneu é o acessório; o capital é o principal, os juros são
acessórios etc.

OBS: PRINCÍPIO DA GRAVITAÇÃO JURÍDICA Princípio da gravitação jurídica: o bem acessório


segue o principal, (exceto as pertenças).

>>Pertenças - são os bens que, não constituindo partes integrantes, destinam-se, de modo
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro –ART 93 CC (p. ex.: trator em
uma fazenda, cama, mesa ou armários de uma casa, o ar-condicionado de uma loja etc.).

Não sofrem a incidência do princípio da gravitação jurídica.

Obs: O rádio em relação ao carro é uma pertença? José Fernando Simão afirma que sim,
ressalvada a hipótese do rádio integrado de fábrica (aquele que não dá para retirar-se), a
pertença se ACOPLA ao todo, mas NÃO É PARTE INTEGRANTE do todo.
Obs: kit-gás, equipamento de monitoramento de caminhão etc. STJ – os aperelhos para
adaptações para direção por deficiente físico são pertenças!!!

Conforme prescreve o art. 94 do Código Civil, os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem
principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de
vontade ou das circunstâncias do caso.

Ainda dentro de bem acessórios temos as benfeitorias:

>> Benfeitoria é toda espécie de despesa ou obra (melhoramento) realizada em um bem, ( ART
96 CC) com o objetivo de:

● evitar sua deterioração (benfeitoria necessária) CONSERVAR. Ex: REFORMA DE UM TETO,


DAS PAREDES, a substituição dos sistemas elétricos e hidráulico danificados.

● aumentar seu uso (benfeitoria útil) MELHORAR Ex: FAZER UMA GARAGEM, CONSTRUIR
UM QUARTO, INSTALAR UM GRADE,

● Dar mais comodidade (benfeitoria voluptuária). EMBELEZAR. Ex: UMA ESTÁTUA,


CONSTRUÇÃO DE UM LAGO, ETC

Exemplo: em geral piscinas são benfeitorias voluptuárias, mas se fosse em uma escola seria
útil, agora em uma clínica de hidroterapia, seria benfeitoria necessária.

OBS1: ART 1219 E 1220 CC

Os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário,


possuidor ou detentor, não devem ser considerados como benfeitorias (CC art. 97).

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>>OBS1:Fruto: Fruto é toda utilidade que um bem produz de forma periódica e cuja percepção
mantém intacta a substância do bem que a produziu. Embora sejam bens acessórios, podem
ser objeto de relação jurídica independentemente do bem principal. Em relação à sua natureza,
os frutos podem ser classificados em: naturais ou verdadeiros (p. ex.: frutas), civis (p. ex.:
aluguel) e industriais (p. ex.: canetas fabricadas). Os frutos também podem ser classificados de
acordo com a vinculação com o bem principal e o seu estado.

>>OBS2:Produtos: são bens que se retiram da coisa desfalcando a sua substância e diminuindo
a sua quantidade. Os cereais colhidos de uma plantação de arroz, assim como os minerais
extraídos de uma jazida e o petróleo extraído de um poço, são produtos, por não se
renovarem.

Classificação dos bens Quanto a titularidade _ - do art. 98 ao 103 cc

1)Bens particulares:: O conceito de bens particulares é extraído por exclusão do conceito de


bens públicos, tendo em vista que o Código Civil de 2002 limitou-se a definir apenas estes
últimos - art 98 CC. são bens particulares todos aqueles que não forem públicos, isto é, que
não pertencerem às pessoas jurídicas de direito público interno.( art. 41 CC)

2) Bens públicos: São públicos os bens de domínio nacional, pertencentes às pessoas jurídicas


de direito público interno, como os de propriedade da União, Estados e Municípios( art 41CC).

* Os bens públicos podem ser classificados em três tipos: ( art. 99 cc)

a) Bens públicos de uso comum do povo: aqueles bens que, embora pertencentes a uma
pessoa jurídica de direito público, podem ser utilizados por qualquer pessoa do povo. O
domínio é da entidade de direito público e o uso é do povo (p. ex.: mares, rios, estradas, ruas,
praias, praças etc.). São inalienáveis.
Obs: Importante ressaltar que os bens públicos não perdem a sua característica ainda que a
administração pública limite ou suspenda o seu uso ou imponha o pagamento de retribuição
(p. ex.: cobrança de pedágio, zona azul etc.), conforme previsão do art. 103 do Código Civil.

b) Bens públicos de uso especial: são os bens que as pessoas jurídicas de direito público
interno destinam aos seus serviços ou outros fins determinados. Como exemplos, podem ser
citados os imóveis onde estão instalados prefeituras, prédios, repartições públicas, escolas,
creches, hospitais, quartéis, museus e teatros públicos e os móveis utilizados na realização dos
serviços públicos (radar, caneta, computador etc.). São inalienáveis.
De acordo com o Código Civil, abrangem não só aqueles destinados a serviço ou
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, como também os
de suas autarquias (art. 99, II).

c) Bens públicos dominicais: também conhecidos como patrimoniais, São aqueles que fazem

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parte do patrimônio disponível do Estado. São aqueles que compõem o patrimônio das
pessoas jurídicas de direito público interno, como objeto de direito pessoal ou real, de cada
uma dessas entidades (Código Civil, art. 99, III). Ex: carro da policia sem utilidade, prédio sem
utilidade, terreno de marinha, terras devolutas (terras sem dono).

Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas


jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. São alienáveis.

Quatro características importantes dos bens públicos são: ( ARTS 100, 101 E 102 CC)

● Inalienabilidade dos Bens públicos de uso comum do povo e de Bens públicos de uso
especial, salvo desafetados.

● Imprescritibilidade – São imprescritíveis as pretensões da administração pública com


relação aos bens públicos. Logo não podem ser adquiridos por usucapião.

● Impenhorabilidade- Decorre de sua inalienabilidade. Dessa forma os bens públicos não


podem ser dados em garantia e não podem ser objetivo de execução judicial .
Obs: Estado de Sergipe e Aracaju – RPVs R$6.433,57

>Não podem ser adquiridos por usucapião – Súmula 340 do STF

Afetação é a atribuição a um bem publico, de sua destinação especifica. Pode ocorrer de modo
explicito ou implícito. Entre os meios de afetação explicita estão a lei, o ato administrativo e o
registro de projeto de loteamento. Implicitamente a afetação se dá quando o poder público
passa a utilizar um bem para certa finalidade sem manifestação formal. Ex: Uma casa doada,
onde é instalada uma biblioteca infantil.

Desafetação é a mudança da destinação do bem. Ela visa a incluir bens de uso comum do povo
ou bens dominicais, com o intuito de possibilitar a sua alienação. A desafetação pode advir de
manifestação explicita como no caso de uma autorização legislativa para venda de bem de uso
especial; ou decorre de uma conduta da administração, como na hipótese de operação
urbanística que torna inviável o uso de uma rua como via de circulação.

Questões de concursos

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1. Recentemente, a cidade de Foz do Iguaçu foi acometida por intensas tempestades que
produziram diversos danos em suas construções. Na Avenida Jorge Schimmelpfeng, diversas
casas foram avariadas. A casa de Maria precisou ter a janela da sala de jantar com entalhes em
nobre madeira “Pau- Brasil", fabricada no século passado, retirada para conserto e posterior
recolocação. Do lado de fora da casa de Bruno percebe-se uma pilha de tijolos aguardando
utilização. Na casa de Priscilla, percebe-se uma pilha de materiais provenientes da demolição
de sua garagem. Tendo em vista as situações apresentadas e a classificação dos bens no direito
civil brasileiro, identifique como verdadeiras V ou falsas F as seguintes afirmativas:
( ) A janela retirada da sala de jantar de Maria é um bem infungível. v
( ) Ao ser retirada, a janela da sala de jantar de Maria se tornou um bem móvel.f
( ) Os tijolos adquiridos por Bruno e que aguardam utilização são considerados bens imóveis
para os efeitos legais.f
( ) Os materiais provenientes da demolição da garagem de Priscilla são bens móveis.v

2. De acordo com o Código Civil, uma praça, um quadro assinado por renomado pintor e as
energias que tenham valor econômico são considerados, respectivamente,
A) bem público de uso especial, bem fungível e bem imóvel B) público de uso comum do povo,
bem infungível e bem móvel. C) particular dominical, bem infungível e bem imóvel D) público
de uso comum do povo, bem infungível e bem imóvel E) público de uso comum do povo, bem
fungível e bem móvel

3. A energia extraída de uma usina hidrelétrica é um bem imóvel.


4. Os animais, também denominados semoventes.

5. Um diamante de formato e brilho únicos, exposto em museu de artes, e uma piscina que
adorna uma casa de veraneio são considerados, pelo Código Civil, respectivamente, um bem
fungível no caso do diamante, e uma benfeitoria voluptuária, no caso da piscina.

6. Marcos ganhou como presentes de casamento, um quadro assinado por seu autor; um
liquidificador de marca conhecida e disponível no mercado, um relógio de parede, único, que
havia pertencido a seu bisavô, e certa quantia em dinheiro. São considerados bens infungíveis
o
a) quadro e o relógio. b) quadro, o relógio e o dinheiro. c) dinheiro, apenas d) relógio, apenas.
e) relógio e o liquidificador.

7. (Técnico de Nível Superior - Advogado - FCC) Os bens que, não constituindo partes
integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de
outro bem, denominam-se benfeitorias.

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8. No tocante à classificação de bens, segundo o Código Civil brasileiro, considere as
seguintes benfeitorias realizadas em um apartamento tipo cobertura com trinta anos
de construção visando a habitação de um casal de meia idade, sem filhos:
I. Impermeabilização do terraço com a aplicação de manta e colocação de pisos novos.
II. Substituição da fiação elétrica do apartamento.
III. Colocação de tela nas varandas.
IV. Criação de painel de pastilhas azuis com mosaico na entrada do apartamento
visando diferenciá-la do apartamento vizinho.
V. Construção de um lavabo em parte da sala de almoço.
Com relação aos bens reciprocamente considerados, são benfeitorias úteis as indicadas
APENAS em?

9. Nos termos do Código Civil brasileiro, considera-se bem imóvel: a) a energia que tenha valor
econômico. b) o direito à sucessão aberta. c) material de construção proveniente de
demolição. d) direito pessoal de caráter patrimonial.e) aeronave.

10. Um saco de cimento e um saco de arroz são bens fungível e infungível, respectivamente. F

11. Uma nota de R$ 100,00 e um saco de arroz são bens móveis e fungíveis. v

12. Se dois indivíduos firmarem um negócio jurídico cujo objeto seja um bem
principal, então tal negócio abrangerá necessariamente as pertenças e os bens
acessórios.

13. O direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel, ainda que todos os bens deixados
pelo falecido sejam móveis.

14. As benfeitorias úteis são aquelas indispensáveis à conservação do bem ou para evitar sua
deterioração, acarretando ao mero possuidor que as realize o direito à indenização e retenção
do bem principal.

 
15. Não perdem o caráter de bem móveis os materiais provisoriamente separados de um
prédio, para nele se reempregarem posteriormente.
16. Consideram-se benfeitorias voluptárias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao
bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.
17. pertenças são bens que constituem partes integrantes de outros bens móveis ou imóveis,
para incremento de sua utilidade.

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18. não perdem o caráter de bens imóveis as edificações que, separadas do solo, mas
conservando sua unidade, forem removidas para outro local.

19. infungíveis são os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie,
qualidade e quantidade.

20.(OAB-2013)Os vitrais do Mercado Municipal de São de Paulo, durante a reforma feita em


2004, foram retirados para limpeza e restauração da pintura. Considerando a hipótese e as
regras sobre bens jurídicos, assinale a afirmativa correta.

a) Os vitrais, enquanto separados do prédio do Mercado Municipal durante as obras, são
classificados como bens móveis.
b) Os vitrais retirados na qualidade de material de demolição, considerando que o Mercado
Municipal resolva descartar- se deles, serão considerados bens móveis.
c) Os vitrais do Mercado Municipal, considerando que foram feitos por grandes artistas
europeus, são classificados como bens fungíveis.
d) Os vitrais retirados para restauração, por sua natureza, são classificados como bens móveis.

21. Livro contendo dedicatória de um de seus autores é um bem móvel e fungível

JURISPRUDÊNCIA

Ação de busca e apreensão. Alienação fiduciária em garantia. Pertenças. Devolução de Kit Gás.
Sentença de procedência da busca e apreensão determinando a devolução do acessório “Kit Gás” à ré.
Inconformismo de ambas as partes. Entendimento desta Relatora quanto à manutenção da Douta
Sentença hostilizada. Pertenças. Artigo 94, do CC. No caso em exame, não há previsão legal
determinando que o bem principal (veículo) abrangerá as pertenças (Kit Gás). Igualmente, as
circunstancias do presente caso concreto demonstram que o contrato de alienação fiduciária firmado
entre as partes não abrangeu as pertenças (kit Gás), tendo a parte ré em sua contestação ressalvado
expressamente seu direito de retenção ao Kit Gás. Submissão da relação jurídica em exame à regra geral
prevista na parte inicial do artigo 94, do CC, a qual determina que os negócios referentes ao bem principal
não abrangem as pertenças. Embora seja inconteste o direito de a parte ré reaver as pertenças, como
nada foi avençado a este respeito, não se pode impor à parte autora que fique com o bem acessório (Kit
Gás) pagando à ré o preço despendido na aquisição e instalação do mesmo. Precedentes do TJRJ.
NEGATIVA DE SEGUIMENTO AOS RECURSOS, na forma do Artigo 557, caput, do CPC.
Acordão

BENS PÚBLICOS

1. Os bens públicos dominicais estão sujeitos à usucapião, observadas as exigências legais.

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2. As ruas e as estradas são bens públicos de uso especial, protegidos pela cláusula de
inalienabilidade e imprescritibilidade.

3. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto


conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determine.

4. As praias e as ruas são bens públicos de uso especial.

5. Os bens dominicais são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação.

6. Os bens públicos dominicais são inalienáveis.

7. Os bens públicos alienáveis, desde que haja prévia justificativa e autorização do Poder
Legislativo.

8. Os bens públicos inalienáveis, os bens de uso comum, enquanto conservar a sua


qualificação; e inalienáveis os bens dominicais, observadas as determinações legais.

9. Os bens públicos alienáveis, os bens dominicais, observadas as determinações legais.

10. Os bens públicos inalienáveis, os bens públicos de uso comum do povo na forma que a lei
determinar.

11. São bens públicos os de domínio nacional que pertencem às pessoas jurídicas de direito
público, sujeitos à usucapião.

12. são de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças e são
inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.

13. Os mares classificam-se como bens públicos de uso comum do povo.

14. (CESPE - Policial Rodoviário – PRF/2008) Considere que a União seja proprietária de um
prédio no qual esteja instalada a PRF. A respeito desse bem, conforme o Código Civil, é correto
afirmar que se trata de um bem público de uso comum, haja vista que é acessível aos que
necessitarem dos serviços lá prestados.
15. A praça, exemplo típico de bem de uso comum do povo, perderá tal característica se o
poder público tornar seu uso oneroso, instituindo uma taxa de uso.

16.O imóvel público onde esteja localizada uma Procuradoria Regional da União é considerado
bem de uso especial, qualificação que impede a sua alienação

17. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determina; os bens públicos dominicais
podem ser alienados, se forem observadas as exigências da lei.

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