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Direito Civil – 20/11

Bens – Objeto do direito.


Pessoas Naturais e Jurídicas: Sujeito de direito. É tudo que existe objetivamente, com
exclusão do homem. São coisas que por serem úteis e raras são suscetíveis de apropriação
e contêm valor econômico.
• Res nullius: Coisas sem dono, que nunca foram apropriadas Exemplo:
caça, pesca etc. (não esquecer regras de proteção ambiental).
• Res derelicta: Coisa móvel abandonada, seu titular lançou fora, com a
intenção de não mais tê-la para si.

Conceito de Bem
- São coisas materiais ou imateriais, úteis aos homens e de expressão econômica,
suscetíveis de apropriação.
- Coisa é gênero do qual bem é espécie.
- A classificação de bem é feita segundo critérios científicos.

Bens – Pode Consistir


- Em coisas
- Ações humanas
- Atributos da personalidade
- Determinados direitos: usufruto de crédito, cessão de crédito, poder familiar,
tutela...

Classificação Quanto a Tangibilidade


• Corpóreos: Os bens que têm existência física, real.
• Incorpóreos: São os que têm existência abstrata, mas com valor econômico, como
o crédito.
A. Imóveis – Não podem ser removidos de um lugar para outro sem
destruição e os assim considerados para efeitos legais (art. 79/80)
Imóveis por natureza – O solo, com sua superfície, subsolo e o espaço aéreo.
Imóveis por cessão artificial ou industrial – Construções e plantações.
Imóveis por acessão natural – Incluem-se as árvores e os frutos, bem como todos
os acessórios e adjacências naturais.
Imóveis por determinação legal – Trata-se de bens incorpóreos, imateriais
(direitos), que não são em si, móveis ou imóveis. O legislador, no entanto, para maior
segurança das relações jurídicas, os considera imóveis (ficção da lei).
I – Os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II – O direito à sucessão aberta.

B. Móveis – São suscetíveis de movimento próprio ou de remoção por força


alheia (art. 82)
Móveis por natureza – Subdividem-se em semoventes (os que se movem por força
própria) e propriamente ditos (admitem remoção por força alheia); EX: uma televisão,
um livro etc.
Semoventes – São os suscetíveis de movimento próprio, como os animais.
Móveis propriamente ditos – São os que admitem remoção por força alheia, sem
danos, como os objetos inanimados. EX: Moedas, mercadorias, objetos de uso etc.
Móvel Legal – Aquele definido na lei. Art. 83, I, II, III do CC.
I – energia elétrica, o gás...
II e III – direitos reais (de usufruto, de penhor, de hipoteca), pessoais e ações.
Móvel por antecipação – São bens incorporados ao solo, mas com a intenção de
separá-los oportunamente e convertê-los em móveis, como as árvores destinadas ao corte
e os frutos ainda não colhidos.

✓ Fungíveis: São os bens móveis que podem ser substituídos por outros;
✓ Infungíveis: Não podem ser substituídos por outros da mesma espécie,
qualidade ou quantidade.

▪ Consumíveis: São os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da


própria substância (consumíveis de fato), sendo também considerados tais
os submetidos à alienação (de direito).
▪ Inconsumíveis: São os que admitem seu uso reiterado, sem destruição de
sua substância e não se destinam à alienação (art. 86)
Divisíveis – São os que podem fracionar sem alteração na sua substância,
diminuição considerável de valor ou prejuízo do uso a que se destinam (art. 87). São:
• Indivisíveis por natureza: Os que não se podem fracionar sem alteração na
sua substância, diminuição de valor ou prejuízo.
• Por determinação legal: Servidões e hipoteca.
• Por vontade das partes: Convencional.

Singulares e Coletivos
• Singulares: Embora reunidos, são considerados na sua individualidade.
EX: uma árvore.
• Coletivos: Encarados em conjunto, formando um todo (uma floresta).
Abrangem as universalidades de fato (rebanho, biblioteca – art. 90) e as de
direito (herança, patrimônio – art. 91)

Bens Reciprocamente Considerados


• Espécies:
a) Principal: O bem que tem existência própria, que existe por si.
b) Acessório: Aquele cuja existência depende do principal (art. 92)

• Princípio básico: O acessório segue o destino do principal, salvo


estipulação em contrário. Consequências:
a) A natureza do acessório é a mesma do principal;
b) O proprietário do principal é também do acessório;
c) Perecendo ou extinguindo-se o bem principal, extingue-se também o
acessório, mas o contrário não é verdadeiro.

Espécies de Bens Acessórios


• Frutos: São as utilidades que uma coisa periodicamente produz: Dividem-
se em:
a) Origem: naturais, industriais e civis;
b) Estado: pendentes, percebidos ou colhidos, estantes, percipiendos e
consumidos.
• Produtos: São as utilidades que se retiram da coisa, diminuindo-lhe a
quantidade.
• Pertenças: São os bens móveis que, não constituindo partes integrantes, se
destinam de modo duradouro, ao serviço ou ornamentação de outro.

➢ Acessões: Podem dar-se por:


a) Acessões naturais: Formação de ilhas, aluvião, avulsão, abandono de
álveo.
b) Artificiais ou industriais: Plantações ou construções – art. 1248 I a V

➢ Benfeitorias: Acréscimos, melhoramentos ou despesas em bem já


existente. Classificam-se em:
a) Necessárias
b) Úteis
c) Voluptuárias

Bens Quanto ao Titular do Domínio


▪ Públicos – São os de domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas
de direito público interno (art. 98)
▪ Espécies: Uso comum, especial dominicais;
▪ Caracteres: Inalienabilidade (100), imprescritibilidade (91p. u.) e
impenhorabilidade

▪ Particulares – São todos os outros bens não pertencentes a qualquer


pessoa jurídica de direito público interno, mas à pessoa natural ou jurídica
de direito privado.

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