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mikhail.cancelier@ufsc.br
12/05 - Atividade 1
01/06 - Atividade 2
08/06 - Prova 1
09/06 - Atividade 3
22/06 - Atividade 4
13/07 - Atividade 5
20/07 - Prova 2
21/07 - 2a chamada
27/07 - Recuperação
● Bem é um conceito mais amplo, nem todo bem é coisa, mas toda coisa é bem.
● Coisas são bens que podem ser trabalhados economicamente, pode-se dar valor.
● Considerados em si mesmos
Bens considerados em si mesmos
Bem corpóreo x incorpóreo
● Bem imóvel é fixo ao solo, de modo que se ele tentar ser movido, ele perderá sua
função.
○ Bens móveis - podem ser movimentados sem terem sua natureza alterada,
sem sofrerem dano, alteração.
■ Bens móveis por antecipação: série de bens imóveis que são retirados
do bem imóvel principal, ex. agricultura. Esses bens já são tratados
como bem móvel e não como bem imóvel (a lei protege mais bem
imóveis)
○ Bens divisíveis: o bem pode ser dividido sem perder sua essência. A porção tem o
mesmo valor, as mesmas características, a mesma qualidade do bem inteiro. Ex.
porção de café tem o mesmo valor da saca inteira.
○ Bem divisível: quando há separação, o bem não possui mais o mesmo valor.
Inviabilizam a separação pois fazem com que o bem inteiro tenha sua utilidade
reduzida. Ex. dividir o celular.
■ Por vontade das partes: cláusula contratual dispondo que o bem, ex. terreno,
não poderá ser separado por certo período de tempo. As partes estipulam
cláusulas de indivisibilidade. Talvez originalmente ele não fosse indivisível.
■ Por meios legais: Estado define que o bem não pode mais ser dividido,
Municípios têm poder para legislar sobre a indivisibilidade de bens.
Florianópolis proíbe a divisão de terrenos em espaços menores de 45 m2.
● Bem infungível: não pode ser substituído, ou por um valor emocional ou por não
haver bem igual.
● Para fazer a relação, é preciso ver quem "manda" na relação. Ex. carro é bem
acessório da concessionária, ele serve à ela, mas ele é principal quando comparado
à fragrância de carro.
■ Natural: frutas
■ Úteis: é importante para o uso do bem, traz valor e facilita seu útil,
mas não é indispensável para o bem.
Titularidade
● Bens públicos: bens pertencentes ao Estado
Conceito
● A posse não é um direito real em razão da forma.
● O que precisa ser demonstrado para configurar forma é que a pessoa tem relação de
fato com o bem.
● Se equipara à propriedade.
● Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno
ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.
● Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como
não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de
cessar a violência ou a clandestinidade.
○ Alguns atos não permitem que pessoas que, mesmo demonstrando que se
relacionam com o bem, não tenham posse.
Formas de Posse
● Posse causal:
● Posse formal:
● Parágrafo único. Aquele que começou a comportar-se do modo como prescreve este
artigo, em relação ao bem e à outra pessoa, presume-se detentor, até que prove o
contrário.
● O detentor é a figura menor protegida pelo direito das coisas. A relação entre o
detentor e o bem não gera direitos, porém ele têm que cumprir as obrigações para
as quais ele o bem foi cedido, Tem obrigação de fazer o que foi estabelecido e
obrigação de cuidado.
● Fâmulo da posse (ex. caseiro, cozinheiro, empregada). Pessoas que estão em contato
direto com a posse, mas não tem relação possessória.
Classificação
○ A posse pode se desdobrar. O locatário pode sublocar o bem. Todos vão ter
a mesma posse.
● Posse indireta:
● Para ter caracterização de posse violenta é preciso ter força física, violência em
relação à coisa ou à pessoa.
● Justa:
○ É a posse que não possui origem violenta, nem clandestina e nem precária.
● Injusta:
● Precariedade:
○ Se alguém pega algo que lhe foi dado de confiança, ela nunca terá posse. A
precariedade não vira posse.
○ Busca permitir o privilégio do uso - se alguém não está usando bem o bem e
outra pessoa começa a utilizá-lo, ela esta usando melhor o bem e por isso
detém a posse.
○ A precariedade se baseia em uma relação de confiança, a pessoa só pegou o
bem pois lhe foi dado em confiança, não porque o bem não estava sendo
bem aproveitado.
○ Se a pessoa, de boa-fé, não tinha como saber que a origem da posse era
injusta, ela será possuidora de boa-fé
● Má-fé:
○ Quando a pessoa tem noção de que a origem da posse foi injusta, a sua
posse será de má-fé.
Originária x Derivada
● Originária:
○ São coisas transmitidas, que não eram possuídas por ninguém. Há relação
entre quem recebe e quem dá.
Aula 04.05
Descoberta
● A coisa descoberta é a coisa que esta claramente perdida. A coisa perdida não pode
ser ocupada por outra pessoa pois ela não tem dono.
● Dever de devolução:
○ Art. 1.233. Quem quer que ache coisa alheia perdida há de restituí-la ao
dono ou legítimo possuidor.
○ Se a pessoa que encontrar a coisa perdida optar por pegá-la, ela deverá
devolver a coisa. Ela possui obrigação de devolver.
● Achádego:
○ A pessoa que perdeu a coisa, não tem o dever de receber a coisa quando ela
for devolvida. Se ela não pegar a coisa de volta, não há mais direito ao
achádego.
● Responsabilidade
○ Se a pessoa opta por descobrir a coisa, ela tem responsabilidade pela coisa.
Ex. se a pessoa encontrar um cachorro, ela terá que arcar com seus gastos.
Esses gastos podem ser cobrados independentemente da devolução. Mesmo
se o dono ficar com a coisa ou não, o dono deverá pagar esses valores.
○ Enquanto a pessoa esta com a coisa encontrada, ela não possui posse, ela é
detentora.
○ Ex. comprei vacas que eu sei que tem origem de um furto. Se o dono vier
buscá-las e elas estiverem mortas, o comprador deverá pagar pelas perdas.
Só há um exceção se for possível comprovar que a perda ocorreria mesmo se
estivesse com o dono original (enchente que atingiria as duas fazendas)
● Frutos:
○ No entanto, os frutos que ainda não foram colhidos, o proprietário tem direito
ao fruto, mas indenizar o possuidor de boa-fé (entende-se que o proprietário
só receberá o fruto pois o possuidor cuidou bem da coisa).
Direitos reais
Propriedade:
● Na propriedade, há uma concretização formal da posse.
● Poderes do proprietário:
○ Usar: usar a coisa. Ex. morar na casa, vestir a roupa. Tanto proprietário
quanto possuidor podem usar a coisa.
○ Gozar: são as vantagens obtidas com a coisa. Ex. aluguel da coisa. Tanto
proprietário quanto possuidor podem usar a coisa
Usucapião
● Ação de usucapião: possuidor no pólo ativo (quer receber o bem por meio de
usucapião) e proprietário no polo passivo.
○ Posse: a posse deve ser qualificada (mais forte). Assim, o possuidor deverá
demonstrar que se relacionou com a coisa:
ii. sem oposição: o proprietário não pode tentar reaver a coisa. Se tentar
impedir que a posse se concretizasse, o prazo reiniciará.
● Ex. proprietário que viajar não pode ter seu bem usucapido, pois ele não tinha
conhecimento da coisa. No entanto, a partir do momento em que ele tem
conhecimento e não busca restituir a posse, a clandestinidade cessa.
Ação de usucapião
● É preciso chamar o Estado e todos os vizinhos.
● Extraordinária:
● Ordinária:
○ Boa-fé.
● São políticas públicas de acesso à propriedade para quem não tem propriedade.
○ Requisitos:
○ Espaço grande de terra, na cidade, onde várias famílias habitam. Nesse caso,
é possível que o grupo faça o pedido de usucapião do todo. Se eles
conseguirem a propriedade, ela será quase em um formato condominial -
todos terão uma fração ideal daquele todo.
● "Usucapião de defesa":
○ Famílias que habitam um imóvel por mais de 5 anos e que sofrem uma ação
de despejo, podem se defender comprovando que moram no bem e
ofertando o pagamento da indenização pelo imóvel. No entanto, não é
usucapião pois as pessoas devem indenizar o proprietário do imóvel e no
usucapião não há troca financeira.
● Usucapião familiar:
○ Uma das partes do casal abandona o parceiro e o lar (deixa o espaço, sem se
preocupar com a relação familiar)
○ O parceiro que ficou na casa, se permanecer lá por pelo menos 2 anos, terá
direito a entrar com uma ação de usucapião.
○ Requisitos:
■ Imóvel único
■ Máximo de 250 m2
Acessão
● O modo de aquisição é um fenômeno natural, que não foi gerado diretamente pelo
ser humano.
● Ilhas:
○ Nesse caso será dividido o terreno que foi gerado entre os proprietários
ribeirinhos (que moram na beira do rio).
● Aluvião:
○ Se o proprietário não fizer nada para evitar isso, a outra pessoa conseguirá
ter propriedade sobre esse pedaço de terra que foi transportado.
● Avulsão:
○ A parte que recebeu o terreno por avulsão, ele poderá ficar com o terreno se
ele pagar para o proprietário.
○ Se a pessoa não quiser ficar com a terra, ela deverá deixar que o proprietário
tire a terra.
○ Importante verificar que não houve intervenção direta de uma das partes
pois nesse caso, a parte que sofreu o acréscimo ou a diminuição poderá
entrar com uma ação por danos materiais.
● Álveo abandonado:
○ Será dividido o terreno que foi gerado entre os proprietários ribeirinhos (que
moram na beira do rio).
Registro
● Título translativo
● Escritura pública
○ O título pode ser feito ou não por escritura pública. Não será necessário
quando o bem valer menos do que 30 salários mínimos. Nesse caso, basta
registrar o contrato de compra e venda.
○ Tanto o contrato por escritura pública ou não, ambos têm que ser
registrados.
● Registro
○ Mudanças na matrícula.
● Averbação
○ Adiciona informações.
● Prenotação:
○ Se alguém vende um bem para duas outras pessoas no mesmo dia, terá a
propriedade quem registrá-lo primeiro.
○ Se duas pessoas forem registrar seu contrato no mesmo dia, quem recebe é
quem prenotar primeiro. Prenotar é entregar a documentação toda para o
oficial de justiça, que te dará um número de protocolo.
Zona lindeira
● Zona lindeira são terras vizinhas, grudadas.
● Art. 1.258. Se a construção, feita parcialmente em solo próprio, invade solo alheio
em proporção não superior à vigésima parte deste, adquire o construtor de boa-fé a
propriedade da parte do solo invadido, se o valor da construção exceder o dessa
parte, e responde por indenização que represente, também, o valor da área perdida
e a desvalorização da área remanescente.
● Ele tem o direito de pedir a propriedade daquela terra. Se ele não pedir, ele vai ter
que destruir aquilo que foi invadido.
● Se invadiu menos que 20% terra do outro (terra invadida), estando de boa-fé, e
demonstrando que valor do que foi construído excede em muito o valor daquela
terra que foi invadida pelo construtor, traz a prioridade da propriedade pro dono da
construção:
● Pode pedir a transferência de propriedade, vai ter que pagar indenização
correspondente ao 1) valor da terra; 2) ao tanto que a terra valorizou seu imóvel; e 3)
ao tanto que desvalorizou a terra do outro;
● Construção de má-fé:
● Art. 1.258. Parágrafo único. Pagando em décuplo as perdas e danos previstos neste
artigo, o construtor de má-fé adquire a propriedade da parte do solo que invadiu, se
em proporção à vigésima parte deste e o valor da construção exceder
consideravelmente o dessa parte e não se puder demolir a porção invasora sem
grave prejuízo para a construção.
● O construtor de má-fé vai poder receber a prioridade se pagar 10x o que pagaria de
indenização se estivesse de boa-fé; teria que comprovar, também, que não pode
destruir o que foi construído, se não coloca em risco a construção como um todo.
● Se não conseguir comprovar isso, não recebe prioridade; tira tudo e ainda recebe
indenização.
● Se ele estiver de má-fé, para conseguir a propriedade, ele precisa demonstrar que a
construção correrá risco, que não excedeu 20% e que possui valor muito excessivo.
● Art. 1.259. Se o construtor estiver de boa-fé, e a invasão do solo alheio exceder a vigésima
parte deste, adquire a propriedade da parte do solo invadido, e responde por perdas e danos
que abranjam o valor que a invasão acrescer à construção, mais o da área perdida e o da
desvalorização da área remanescente;
● Também tem que provar que o valor da construção excede consideravelmente o valor da
terra.
● Tem que pagar de indenização: i) valor do terreno; ii) valor que a construção acresceu à
construção e iii) valor que a construção desvalorizou o terreno.
● Má-fé:
● Art. 1.259. se de má-fé, é obrigado a demolir o que nele construiu, pagando as perdas e
danos apurados, que serão devidos em dobro.
● Também tem que provar que o valor da construção excede consideravelmente o valor da
● Quem invadiu tem que demolir, não tem opção (mesmo que cause dano à
construção inteira) e tem que pagar a mesma indenização que teria que pagar se
estivesse de boa-fé multiplicado por dois.
Ocupação
● Forma originária de aquisição de propriedade (não tem relação direta entre o antigo
dono e o atual dono, pessoa que quer se tornar dona daquela coisa); se desfazendo
daquilo: se descarta da propriedade do bem: no lixo, por exemplo; houve o
abandono da coisa: outra pessoa pode pegar, está ocupando aquele objeto;
abandono da propriedade: quando pega: ocupa: originário; uma pessoa se
desfazendo da propriedade, e a outra “ganhando” a propriedade;
● Quando não é de ninguém, Estado reconhece que não tem dono prévio: quando
pesca um peixe: ocupação de coisa móvel;
Especificação
● Alguém que não é proprietário do bem móvel, pega o bem móvel de outra pessoa e
transforma numa nova espécie de bem móvel: vai conseguir a propriedade desse
bem móvel; o trabalho naquilo vai valer mais, se for comprovado que vale mais do
que o objeto original, e comprovando isso, pode pegar a coisa pra ele;
● Eventualmente vai ter que pagar alguma indenização pelo valor de base da coisa;
trabalho que fez na coisa faz com que tenha se transformado numa nova coisa;
movimento foi de boa-fé ou má-fé: se comprova má-fé, consegue inverter a regra;
especificar: criar bem móvel novo.
● Alguém que trabalha em algo, poderá adquirir a coisa, em razão do valor agregado à
coisa pelo seu trabalho.
● Aquilo que foi incorporado de valor físico, o que foi trabalhado, vale mais
● Comprovando que o trabalho vale mais do que a coisa, a pessoa que trabalhou vai
poder adquirir a coisa móvel.
Usucapião
● Usucapião de bem móvel é possível.
● Usucapião extraordinária:
● Usucapião ordinária:
○ Justo título
○ Boa-fé
Tradição
● Comprando o bem móvel; o que precisa é a entrega (tradição); sem essa entrega,
não tem ... de titularidade do bem móvel; pra ter propriedade do bem móvel, tem
que ter a entrega do bem móvel; importante entregar, pois protege o futuro
proprietário; para transferência propriedade: entrega; tradição fictícia: quando recebe
a chave do carro: data da tradição (benéfica pra quem tá vendendo, em cima da
tradição fictícia); precisa da transferência física; forma derivada de aquisição de
propriedade;
Direito de vizinhança
● Prédio é todo, terreno, casa, edificação, etc.
● O que importa é a propagação dos atos. Se ao utilizar o seu bem, você atinge a
propriedade do outro, você pode ser considerado vizinho desse outro. Esse outro
pode fazer valer seu direito para limitar sua propriedade.
● Precisa configurar dano à segurança, ao sossego ou à saúde, para que seja possível
limitar o uso da propriedade do vizinho.
○ Barulho, cheiro, uso de agrotóxicos, lixo, água parada, etc. que interferem na
propriedade vizinha são considerados usos anormais.
● Sossego estético: ex. bairros sem muro - extrapola o uso normal da sociedade
naquela região. Causa interferência ao sossego externo (não precisa ter uma norma).
Árvores limítrofes
● Árvore limítrofe: é a árvore que está enraizada em dois terrenos diferentes.
● Ambos os proprietários são responsáveis pela árvore limítrofe - condomínio
obrigatório.
● Se a árvore não é exatamente dividida entre os terrenos, ela não é limítrofe. Mas se
ela atinge o outro terreno (ainda que em porcentagem inferior à 50%), ele pode
cortar a parte que lhe atinge, desde que não cause dano ao bem principal.
● Se a árvore gerar frutos e não houver condomínio (não for limítrofe), a parte que for
atingida pelos frutos não pode colhê-los (mas pode cortar o galho).
● Quem quer realizar benfeitorias pode realizá-las sem a aceitação do outro (desde
que não o prejudique)
Passagens forçadas
● Casos de passagem forçada: é preciso da propriedade vizinha para ter acesso a algo
ou para dar vazão a algo que passe pelo seu bem.
● Hipóteses:
○ Águas: é preciso possibilitar a vazão. Ex. terreno mais alto tem o direito de
forçar a passagem da água ao terreno mais baixo - ele é obrigado a receber
essa água. Ele pode exigir que o prédio mais alto faça a passagem de forma
correta, mas não pode impedir que a passagem aconteça. Um prédio vizinho
pode exigir que o vizinho não construa uma barragem.
Imóvel encravado
● É o imóvel que esta rodeado por outros imóveis, que não tem saída para a rua.
● Todo o imóvel tem direito a ter algum tipo de acesso a via pública (tanto faz se for
acesso à água ou à via).
● O terreno encravado vai poder fazer uma estradinha para ter acesso à via pública -
ele não adquire a propriedade do vizinho, ele só pode força-lo a criar essa
passagem.
● Deve demonstrar qual terreno é mais fácil para se criar o acesso à via pública
Parte ideal
● Não é um limite exato, é uma parte "ideal", a coisa não é quebrada no meio.
● Entre os condôminos: a parte ideal depende do valor pago por cada um. A fração
ideal também será levada em conta para estabelecer os ônus da relação
condominial (quanto mais você contribui mais você tem que pagar e mais você usa).
● Divisão = divórcio.
● Renúncia: A pessoa não consegue mais arcar com a posição de condomínio. Ela
precisa comprovar que não consegue mais fazer parte daquela relação condominial -
ela pede a renúncia. Nesse caso, ela se exige do pagamento de dívidas. É como se
fosse uma falência interna. Nesse caso há dois caminhos:
○ Outros condôminos querem ficar com a parte que está sendo renunciada.
Caso haja mais do que um outro condômino, ficará com a parte quem quitar
as dívidas de quem renunciar,
○ Outros condôminos não querem ficar com a parte que esta sendo renunciada.
Vende-se a parte, extingue-se o condomínio.
● Condomínio forçado:
○ Condomínio forçado sempre: muro que divide um espaço entre duas pessoas.
Ambos são corresponsáveis
Condomínio edilício:
● São os edifícios. É um condomínio edificado verticalmente - várias copropriedades
no mesmo terreno.
● Além da parte ideal (área comum), você tem a área privativa (é de uma pessoa só).
● Junto com a área privativa, o proprietário adquire uma área ideal da propriedade
comum (geralmente calculada com base na área da parte privativa)
● Área comum: tudo que esta fora do seu apartamento. É o condomínio que decide o
que fará com essa parte.
● Embora a propriedade seja sua, os outros condôminos vão interferir nas formas
como você lida com a área comum.
● Garagem/hobby box são áreas privativas, mas a vida útil delas se aproxima à área
comum - o condomínio pode definir como a garagem vai ser utilizada, o que vai ser
colocado lá. Tem condomínio que permite alugar essa garagem para terceiros, tem
condomínio que não autoriza isso.
Ato de instituição
● Para gerar um condomínio edilício, ele precisa ser constituído.
○ Frações ideais - é preciso mostrar como a fração ideal será calculada, como a
parte comum será dividida entre os condôminos proprietários.
Convenção do condomínio
● Sem convenção não tem condomínio
● É o "ato de constituição"
● É obrigatória para todos que estão no espaço, a partir do momento que entraram
nele (convidados, faxineira, etc)
● Para ser oponível a terceiros deve estar registrada no cartório. Mas não é necessário
que se registre.
Requisitos da constituição
● Questões relacionadas à cobrança dos condôminos, como ela será calculada
● Funcionamento das assembleias (há uma norma geral no código civil, mas a
convenção deve especificar)
● Não é interessante fazer uma constituição muito completa porque é difícil alterá-la.
Assembleia do condomínio
● Cria as normas e julga os casos interno
● "poder judiciário"
● Requisitos da Assembleia
○ Ata
○ Pontos que serão votados e o quorum para decisão de cada ponto - só pode
levar à votação o que estiver na ata de convocação.
● 1a e 2a convocacao:
● Direito de voto
○ O código civil usa o termo condomínio tanto de forma ampla (todos que
estão naquele espaço) ou de forma restrita (proprietário).
● Convocação da assembleia
Direitos e deveres
● Área privada - condômino pode utilizar a área privada como quiser, desde que não
interfira na vizinhança. Convenção pode limitar o uso.
○ Ex. não pode ouvir música após certo horário, não pode usar sapato depois
de certo horário, etc.
● Área comum - não há direito de disposição, apenas de usufruto, desde que não
prejudique o uso dos outros. Convenção pode limitar a área comum para inquilinos
eventuais.
● Votação - É direito do proprietário votar, desde que apresente a quitação das taxas
condominiais
○ Deveres financeiros:
○ Deveres comportamentais:
■ Fachada: a fachada (tudo que vai pra fora) não pode ser alterada. A
parede externa, a porta, a maçaneta, etc. tudo isso é fachada.
■ Destinação: não pode alterar a destinação do imóvel de residencial
para comercial. Isso não significa que não pode ser feito home office,
mas a função principal não pode ser alterada.
Administração
● O código civil permite que qualquer um seja síndico, a convenção pode limitar.