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RESUMO DIREITO CIVIL I

❖ Parte Geral
- O direito civil, pode ser definido como direito comum que rege as
relações entre os particulares;
- Está área disciplina a vida dos particulares em todos os aspectos,
desde antes do indivíduo nascer até após a sua morte, desta forma
compreendemos que o direito civil administra todas as relações do
particular;
- Dentro do código civil temos diversas variantes de direito, que estão
divididas em duas partes, sendo parte geral e parte especial:

Parte Geral Parte Especial

-Trata das pessoas, dos bens e dos -Direito de Obrigação


fatos jurídicos. -Direito de Empresa
Influência a parte especial, mas não ao -Direito das Coisas
contrário. -Direito da Família
-DIreito das Sucessões

Juntos possuem mais de 2 mil artigos.


● O código civil é a lei base, mas não global do direito privado. A Constituição
Federal, por ser a ordem suprema, também rege o Direito Civil;
● O código civil também possui cláusulas gerais que têm caráter genérico e
abstrato, e quem deve atribuir valor é o Juiz, ou seja, aberto a interpretação.
● O código civil vai do nascimento até a morte

❖ Conteúdo e Função
Todos os ramos do Direito possuem a “ Lei de introdução às normas do
direito brasileiro” ela é geral e tem as seguintes funções:
- Regular a vigência e a eficácia das normas jurídicas; - Apresentar
soluções aos conflitos de normas no tempo e no espaço;
- Fornecer critérios de hermenêutica (interpretação);
- Estabelecer mecanismos de integração de normas quando houver
lacunas;
- Garantir eficácia Global, estabilidade e segurança no ordenamento
jurídico.

Coisa: Qualquer coisa que existe, mas que não tem valor pro ser humano.
● Bem é diferente de coisa.
Bens: A coisa ( algo de valor) passa a ter valor para o ser humano ( virando bens).
Os bens são espécies de coisas.

● Divisão de Bens: Bens considerados em si mesmo. Bens reciprocamente


considerados.
● Exemplo: O celular é um bem. A capinha é bem reciprocamente considerada.

CAPÍTULO I
Dos Bens Considerados em Si Mesmo

Seção I
Dos Bens Imóveis.
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

● Tipos de bens considerados em si mesmo:


Bens materiais/Bens corpóreos- Um dos cinco sentidos consegue detectar.
Bens incorpóreos/imateriais- Dinheiro na conta (juros, não pega na mão)
Bens móveis- Tudo aquilo que se move sem que se deteriore. A propriedade
se dá pela tradição- entrega da coisa pelo devedor e o recebimento pelo
credor, não é necessário registro.
Por Natureza- Você vê, é a natureza dele.
Antecipação- Os materiais retirados das demolições são considerados
moveis.
Determinação Legal- A lei expressa o que ela é.

Seção II
Dos Bens Móveis
Art.82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por
força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
Art;83. Consideram-se móveis para os efeitos legais.
I- as energias que tenham valor econômico;
II- os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III- os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem
empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os
provenientes da demolição de algum prédio..

● Por determinação, a energia é um em móvel.


● Bens imóveis- Todos os bens que não podem ser transportados sem
que deteriorem ou se percam. Ex: Apartamento, terreno- àrvore presa
ao solo.
Se eu tenho um imóvel, mas consigo mudar de lugar, "replantar" não
deixa de ser imóvel, pois foi uma ação momentânea. Os imóveis para
conseguir a propriedade somente é possível passando por registro em
cartório público, enquanto não registra é somente posse.
Prédio é qualquer construção
● Bens semoventes- Aquele bem que anda por vontade própria. Ex: animais.
De acordo com a lei animais são bens
● Bens Fungíveis- Tem outro de mesmo gênero e qualidade para ser
substituído.
● Bens Infungíveis- Aquele bem que só existe um e não pode ser substituído
por outro.

Seção III
Dos Bens Fungíveis e Consumíveis
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se outros da mesma espécie,
qualidade e quantidade.

● Bens Consumíveis- Usa uma única vez e acaba.


● Bens Não Consumíveis- Deterioração natural da coisa

Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria
substância, sendo também considerados tais os destinados á alienação.

Seção IV
Dos Bens Divisíveis
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância,
diminuição considerável do valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.

● Bens divisíveis: Ao ser dividido mantém a substância.


● Bem indivisível: Ao se dividir perde sua substância, sua propriedade.

Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da
lei ou por vontade das partes.

Seção V
Dos bens Singulares e Coletivos
Art. 89. São os singulares os bens que, embora reunidos se consideram de per si,
independente dos demais.

● Bens singulares: bens que por si tem o seu valor. EX: colar
● Bens coletivos: vários bens singulares formam um bem coletivo. Formando
um bem único, pode ter um valor maior. EX: conjunto de anéis.

Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à
mesma pessoa, tenham destinação unitária.
Parágrafo único: Os bens que formam essa universalidade podem ser objetos de relações
jurídicas próprias.
Art. 91. Constitui universalidade de direito complexo de relações jurídicas, de uma pessoa,
dotadas de valor econômico.
Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa,
dotadas de valor econômico.
● análise do bem em relação a ele mesmo.

Capítulo II
Bens reciprocamente considerados
● Ligação entre dois bens- A terra em relação a Marte.
● Bens Principais- Existem por si só. Ex: Celular
● Bens Acessórios- Depende do bem principal. Ex: Capinha do celular.
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele
cuja existência supõe a do principal
- A regra na compra e venda de bens o acessório segue o celular.
● Produtos- Algo que subtraiu do bem principal e o diminuo fazendo ele perder o valor.
Ex: colheita de mandioca.
● Frutos- Inverso do produto. Ele não altera o bem principal, o bem principal não perde
o valor. Ex: macieira.
● Pertenças- São bens moveis que não constituem partes integrantes, estão afetando
de forma duradoura ao serviço de ornamentação do bem. Ex: decoração
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de
modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as
pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das
circunstâncias do caso.
Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser
objeto de negócio jurídico.

● Benfeitorias- São bens acessórios que servem ao principal que valoram/melhoram o


bem. Ex: Melhoramento no carro.
● Benfeitorias Necessárias- Se não fizer não consegue utilizar. “ Conservar o bem ou
evitar que se deteriore”. Possuidor de boa ou má fé tem direito a indenização. Ex:
Computador queimou, trocou a placa. Telhado quebrado e o inquilino arruma, o
proprietário indeniza o possuidor.
● Benfeitorias Úteis- Facilitam o uso do bem. “Aumentam ou facilitam o uso” somente
o possuidor de boa-fé tem direito a indenização.
● Benfeitorias Voluptuárias- Mero deleite “ não são indenizáveis, mas para o possuidor
de boa-fé cabe o direito de retenção”.
- A benfeitorias pode mudar de útil para necessário dependendo da situação.
Art 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.
§1° São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do
bem ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
§2° São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.
§3° São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.
Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao
bem sem a intervenção do proprietário possuidor ou detentor.

Boa-fé: informa o proprietário


Má-fé: não informa o proprietário.

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