TEORIA GERAL DOS RECURSOS Presidente do Tribunal. Art.

22, I da lei
Federal n° 8.038 de 90: - Art. 20 - O
NO NOVO CPC Presidente, ao receber o pedido, II -
mandará arquivá-lo, se for
Meios de impugnação às decisões judiciais
manifestamente infundado, cabendo do
TÍTULO II seu despacho agravo regimental.
DOS RECURSOS
No entanto, como já colocado,
RECURSOS EM ESPÉCIE não se encontrava e nem era
disciplinado pelo CPC de 73, mas sim
CAPÍTULO IX por cada um dos regimentos internos
dos Tribunais Estaduais.
AGRAVO INTERNO
A lei Federal n° 8.038, apenas
1.0) INTRODUÇÃO
trouxe a previsão do agravo
regimental/interno como um recurso,
O agravo interno, também
mas, deixou claro que as suas regras
conhecido como agravo regimental,
procedimentais deveriam ser
nunca esteve previsto expressamente
estabelecidas por cada regimento
pelo Código de Processo Civil de 1973,
interno de cada um dos Tribunais
na verdade, adveio da lei Federal n°
Estaduais do Brasil.
8.038 de 1990, (Artigos 21, I e 39).

O que de fato algum compromete

Exatamente por isso, que por
a constitucionalidade, nem interfere na
muito tempo se discutiu sua natureza
natureza do agravo interno. Já que o art,
recursal, uma vez que não estava
96, I, alínea “a” da CF, coloca que, os
presente no rol dos recursos do art. 496
Tribunais podem, em relação aos
do CPC de 1973.
recursos processuais, reproduzir o
disposto na legislação federal.
O agravo interno surgiu com o
objetivo de ser o recurso cabível contra
A exemplo do Regimento Interno
as decisões monocráticas de um relator
do Supremo Tribunal Federal, onde em
ou de um Presidente do Tribunal, e
seu art. 317, no Título XI, abre uma
também da Turma (Colegiado) – Art.
seção inteira para disciplinar o agravo
39 da lei n° 8.038 de 1990. “Art. 39 -
regimental.
Da decisão do Presidente do Tribunal,
de Seção, de Turma ou de Relator que
Art. 317. Ressalvadas as exceções
causar gravame à parte, caberá agravo
previstas neste Regimento, caberá
para o órgão especial, Seção ou
agravo regimental, no prazo de cinco
Turma, conforme o caso, no prazo de
dias de decisão do Presidente do
cinco dias”.
Tribunal, de Presidente de Turma ou
do Relator, que causar prejuízo ao
direito da parte.

O Novo Código de Processo Civil

resolveu toda a controvérsia existente a
Como também de ser o recurso
cerca da natureza recursal do agravo
cabível contra os despachos do
interno, e o incluiu no rol dos recursos
 cabíveis contra as decisões judiciais,
estando o agravo interno presento no
inciso III do art. 994 do NCPC.
Como também, cuidou de
discipliná-lo em um capítulo inteiro,
sendo o capítulo IV, art. 1.021 do
NCPC.
Porém, deixando claro, já no
caput do artigo 1.021, que quanto às
regras de processamento do agravo
interno, devem ser aplicadas as dos
regimentos internos dos Tribunais.
“Art. 1.021.  Contra decisão
proferida pelo relator caberá agravo
interno para o respectivo órgão
colegiado, observadas, quanto ao
processamento, às regras do
regimento interno do tribunal”.
É exatamente por este fato, de ser
disciplinado por cada um dos
regimentos internos dos Tribunais, que
o Novo Código de Processo Civil,
cuidou de discipliná-lo em apenas um
único artigo, com 5 parágrafos. (Art.
1.021 do NCPC).
2.0) NOMEMCLATURA
O agravo interno ou também
conhecido como regimental, surge
inicialmente com o nome de regimental
por assim o art. 22, I da lei federal
8.038 de 90 o chamar. No entanto,
possui este nome, justamente por ser
disciplinado por um “regimento” –
“Interno” de um Tribunal.
No entanto, a expressão mais
utilizada é agravo interno, mas não
pelo fato de o agravo ser disciplinado
por um regimento “Interno”, mas sim,
por conta, de que, uma vez interposto
fica encarnado nos próprios autos em
que proferida a decisão monocrática.
Não se utiliza muito a expressão
“agravo Regimental”, por conta, de
que, a expressão “Regimento” pode
aludir, a ideia tida no passado, de que o
recurso não está previsto na lei, mas
sim em um regimento, não tendo então
natureza recursal.
Mas, em verdade, qualquer das
denominações atribuídas pode ser
utilizada.
3.0) CONCEITO
Agravo interno é o recurso
cabível contra as decisões unipessoais
proferidas em tribunal, exceção ao
principio da colegialidade, sejam elas
proferidas pelo relator, sejam elas
proferidas pelo Presidente ou Vice-
Presidente do Tribunal.
4.0) DECISÕES MONOCRÁTICAS
As decisões monocráticas,
também chamadas de unipessoais, são
aquelas proferidas por um relator, ou
pelo Presidente ou Vice-Presidente de
um Tribunal.
As decisões monocráticas de um
relator estão previstas no art. 932, II a
V do NCPC.
As decisões monocráticas de um relator
podem ser:
a) Decisões Interlocutórias – Art. 932,
II.
Art. 932, II - apreciar o pedido de
tutela provisória nos recursos e nos
processos de competência
originária do tribunal;
b) Decisões Definitivas de
Admissibilidade, ou seja, as que
negam o recurso.
 Art. 932, III - não conhecer de
recurso inadmissível, prejudicado
ou que não tenha impugnado
especificamente os fundamentos da
decisão recorrida;
c) Decisões que negam provimento a
um recurso, que:
Art. 932, IV - negar provimento a
recurso que for contrário a:
a) súmula do Supremo Tribunal
Federal, do Superior Tribunal de
Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo
Tribunal Federal ou pelo Superior
Tribunal de Justiça em julgamento
de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em
incidente de resolução de demandas
repetitivas ou de assunção de
competência;
d) Decisões de Mérito, que dão
provimento a um recurso, se a
decisão recorrida for contrária a:
V - depois de facultada a
apresentação de contrarrazões, dar
provimento ao recurso se a decisão
recorrida for contrária a:
a) Súmula do Supremo Tribunal
Federal, do Superior Tribunal
de Justiça ou do próprio
tribunal;
b)  Acórdão proferido pelo
Supremo Tribunal Federal ou
pelo Superior Tribunal de
Justiça em julgamento de
recursos repetitivos;
c) Entendimento firmado em
incidente de resolução de
demandas repetitivas ou de
assunção de competência;
VI - decidir o incidente de
desconsideração da personalidade
jurídica, quando este for instaurado
originariamente perante o tribunal;
5.0) CABIMENTO
O agravo interno ou regimental é
o recurso cabível contra decisão
monocrática proferida por:
a) Juiz, desembargador ou;
b) Ministro de tribunal
judiciário, na atuação
unipessoal como relator;
c) Presidente ou vice-presidente
de tribunal, de seção, de
câmara ou de turma.
6.0) PROCEDIMENTO
1. § 1o Na petição de agravo interno, o
recorrente impugnará
especificadamente os
fundamentos da decisão
agravada (Princípio da
Dialeticidade).
Não podendo, repetir
meramente as peças processuais,
sem especificar as razões pelas
quais a decisão não convenceu a
parte recorrente.
A impugnação especifica é
reforçada mais ainda, ou seja, deve
ser dotada de atenção, nos casos em
que se impugne decisões de um
relator que nega ou do provimento
a um recurso (Art. 932, IV – V do
NCPC).
 2. § 2o O agravo será dirigido ao a) O agravo seja julgado
relator, que intimará o agravado manifestamente inadmissível
para manifestar-se sobre o ou improcedente.
recurso no prazo de 15 (quinze)
dias, ao final do qual, não havendo b) De forma Unanime pelo
retratação, o relator levá-lo-á a Colegiado.
julgamento pelo órgão colegiado,
com inclusão em pauta.
Art. 1.021, § 4o Quando o agravo
O relator, pode se retratar da interno for declarado
sua decisão, assim como também, o
manifestamente inadmissível ou
presidente ou vice-presidente do
Tribunal, caso se retrate, não improcedente em votação unânime,
julgara o agravo interno. Agora, o órgão colegiado, em decisão
caso não se retrate, deverá, levar o fundamentada, condenará o
agravo interno para julgamento agravante a pagar ao agravado
perante o órgão colegiado. multa fixada entre um e cinco por
cento do valor atualizado da causa.
3. Ao proferir seu voto, é vedado ao
relator, em razão, também do
princípio da Dialeticidade, limitar- Uma vez aplicada à multa,
se à reprodução dos mesmos pagamento desta torna-se
fundamentos que deu em sua condicionante para a interposição
decisão agravada. de qualquer outro recurso por parte
do agravante. Com exceção, se o
§ 3o É vedado ao relator limitar-se à agravante, for a Fazenda Pública ou
reprodução dos fundamentos da
Beneficiário de gratuidade da
decisão agravada para julgar
improcedente o agravo interno. justiça.

6.1) PREPARO Art. 1.021, § 5o A

interposição de qualquer outro
O agravo de interno é um recurso recurso está condicionada ao
que dispensa o preparo. Uma vez que, depósito prévio do valor da multa
o custo do agravo interno está
prevista no § 4o, à exceção da
embutido no custo da causa que
tramita no Tribunal, cujo as despesas Fazenda Pública e do beneficiário
já foram pagas. de gratuidade da justiça, que farão
o pagamento ao final.
7.0) AGRAVO INTERNO
MANIFESTAMENTE 8.0) NECESSIDADE DE
INADMISSÍVEL OU ESGOTAMENTO DE INSTÂNCIA
INPROCEDENTE
A Jurisprudência pacífica do STJ e
Caso o órgão colegiado, venha do STF determinam a interposição do
considerar, por “Unanimidade”, o agravo interno para a interposição de
agravo interno manifestamente recurso especial e recurso
inadmissível ou manifestamente extraordinário.
improcedente, condenará o agravante
ao pagamento de multa entre 1% a 5%
do valor da causa.

Para tanto, dois são os requisitos

para a aplicação da multa, sendo que: 9.0) FUNGIBILIDADE LEGAL
 Art. 1.024 § 3o O órgão julgador
conhecerá dos embargos de declaração
como agravo interno se entender ser
este o recurso cabível, desde que
determine previamente a intimação do
recorrente para, no prazo de 5 (cinco)
dias, complementar as razões recursais,
de modo a ajustá-las às exigências do art.
1.021, § 1o
.