DICA 1

Observe atentamente a tabela abaixo que compara

a divisão estrutural do CPC/73 e do CPC/15:

Perceba como o Novo Código é bem mais detalhado
em sua divisão e estruturação.
Didaticamente tivemos uma melhora quantitativa
e qualitativa. Por exemplo, agora temos um livro
dedicado às normas processuais, outro apenas para
as tutelas provisórias, um livro para o processo nos
tribunais e os meios de impugnação das decisões
judiciais, etc.
DICA 2
É essencial - nas NORMAS FUNDAMENTAIS do Novo
CPC - sua atenção a três princípios:

1º PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DO
JULGAMENTO DO MÉRITO (ART. 4º)
Você o encontra espalhado em diversos dispositivos
do novo ordenamento. Dê uma olhada nos arts.
932, parágrafo único, 1.007, 1.032, 1.033, etc.

Art. 4º

As partes têm o direito de

obter em prazo razoável
a solução integral do
mérito, incluída a atividade
satisfativa.

Art. 932
Parágrafo único Art. 1.032 Art. 1.033

Parágrafo único. Antes de Se o relator, no Superior Se o Supremo Tribunal

considerar inadmissível
o recurso, o relator
concederá o prazo de 5
(cinco) dias ao recorrente
para que seja sanado
vício ou complementada a
documentação exigível.
Tribunal de Justiça,
entender que o recurso
especial versa sobre
questão constitucional,
deverá conceder prazo de
15 (quinze) dias para que
o recorrente demonstre a
existência de repercussão
geral e se manifeste sobre a
questão constitucional.
Federal considerar
como reflexa a ofensa à
Constituição afirmada no
recurso extraordinário,
por pressupor a revisão da
interpretação de lei federal
ou de tratado, remetê-lo-á
ao Superior Tribunal de
Justiça para julgamento
como recurso especial.
 2º PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DA
DECISÃO SURPRESA (ART. 9º E 10º)
Você percebe o princípio todas vezes que o Novo
CPC determina ao magistrado ouvir as partes antes
de decidir. Olhe os artigos 373, §1º, 932, V, 1.037,
§§8º e 9º, etc.

Art. 9º Art. 10

Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das
partes sem que ela seja previamente ouvida.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:
I - à tutela provisória de urgência;
O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição,
com base em fundamento a respeito do qual não se
tenha dado às partes oportunidade de se manifestar,
ainda que se trate de matéria sobre a qual deva
decidir de ofício.

II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no

art. 311, incisos II e III;

III - à decisão prevista no art. 701.

3º PRECEDENTES VINCULANTES
E O DIREITO JURISPRUDENCIAL
Apesar de não estar localizado dentro do livro “normas
processuais”, o Novo CPC traz uma norma fundamental
nos seus artigos 926 e 927. Os referidos dispositivos
implementam o sistema de precedentes jurisprudenciais
que terão força vinculante, trazendo ao sistema brasileiro
traços da Common Law.
DICA 3
Os prazos fixados em dias passam a ser contados
em dias úteis (art. 219)!

1º 2º 3º

Não são dias úteis (dias Exclui-se o “dia de começo” O “dia de começo” é
declarados por lei, sábados, do prazo (art. 224). estabelecido no art. 231.
domingos e dias em que não
houver expediente forense).

DICA 4
O Novo CPC extingue o
procedimento sumário. Agora,
ao invés da dualidade ordinário
x sumário, passa a existir um rito
único chamado PROCEDIMENTO
COMUM. Além dele remanescem
os ritos especiais (consignação,
possessórias, inventário,
monitória, etc).
No rito comum surge como regra
uma AUDIÊNCIA DE TENTATIVA
DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO
antes da apresentação de
resposta pelo réu (art. 334).

PROCEDIMENTO COMUM
DICA 5
No NOVO CPC a contestação concentra todas as
defesas do réu. Desaparecem os incidentes de
incompetência relativa, impugnação ao valor da
causa, impugnação a gratuidade da justiça, etc.

Agora tudo virá como preliminar da contestação,

art. 337.
DICA 6
O cumprimento de sentença é ampliado e
aperfeiçoado no Novo CPC. Surgem novas
modalidades como o:

1. Cumprimento de sentença
que reconheça a exigibilidade de
obrigação de prestar alimentos
(art. 528 ao 533).

2. Cumprimento de sentença
que reconheça a exigibilidade
de obrigação de pagar quantia
certa pela Fazenda Pública (arts.
534 e 535).

Além disso, houve aperfeiçoamento na penhora

online (sistema BACEN-JUD) conforme se observa na
leitura do art. 854, além de se permitir a inscrição
do devedor nos cadastros de crédito pelo não
pagamento de dívidas judiciais (art. 517).
DICA 7
Os recursos sofrem diversas modificações no Novo CPC.

O agravo de instrumento passa

a ter hipóteses de cabimento
taxativas (rol no art. 1.015). O
que não for objeto de agravo de
instrumento deverá ser atacado
Desaparecem o agravo retido e
como preliminar da apelação
os embargos infringentes (mas
(art. 1.009, §1º).
surge no seu lugar uma técnica
de julgamento – art. 942).

O juízo de admissibilidade da
apelação é deslocado para o
relator do recurso no tribunal
(art. 1.010, §3º).
Cria-se um microssistema de
demandas repetitivas (art. 928)
composto pelo:
1. Incidente de resolução de
demandas repetitivas – IRDR;

2. Recursos especial e
extraordinário repetitivos.
Para mais conteúdos sobre o tema, acesse:
www.atfcursosjuridicos.com.br