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Processo Nº : 2002011021131-1
Natureza : Ação Ordinária
Autor(a) : IOLANDA DE SOUZA OLIVEIRA
Réu : EMLUR – Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana
SENTENÇA
Vistos, etc.
1
c) Dobro de férias;
d) Terço de férias sobre as férias devidas;
e) Multas dos arts. 467 e 477, da CLT;
f) 13º salário proporcional a quatro meses.
É o relatório.
PASSO AO JULGAMENTO.
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DO MÉRITO
1
RE 573.202-AM, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 21.08.2008; RCL 6667, Rel. Min. Cármen Lúcia,
27.11.2008.
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submete ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho.
Verificado que os autores foram contratados por prazo
determinado, a sua permanência além do prazo inicialmente
estipulado não os torna celetistas, autorizando o pagamento
de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. (Apelação Cível
nº 001.2010.010078-1/001, 4ª Câmara Cível do TJPB, Rel.
Frederico Martinho da Nóbrega Coutinho. unânime, DJe
21.07.2011).
4
CELSO BANDEIRA DE MELLO aborda o tema
com a mastreia que lhe é peculiar:
Súmula 473
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originam direitos, ou revogá-los, por motivo de conveniência
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial."
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ESTENDIDOS AOS SERVIDORES PÚBLICOS. 13º SALÁRIO
DEVIDO. PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO. A legalidade
da contratação temporária exige a estipulação de prazo
determinado de vigência, respeitado o tempo máximo da lei
municipal, e que as funções a serem desempenhadas visem a
atender necessidade pública temporária e excepcional.
Excedendo - se com sucessivas prorrogações o prazo máximo
determinado no diploma regulamentador e demonstrado que
a necessidade passou a ser habitual e permanente, resulta
nulo o contrato por ofensa ao art. 37, II, da Constituição
Federal. Embora o contrato nulo não produza efeitos,
excepcionalmente, deve ser resguardado o direito do
administrado, que de boa-fé prestou os serviços, conferindo-
lhe além das verbas previstas no contrato, férias
remuneradas com o acréscimo de um terço e décimo terceiro
salário. Aplicação dos princípios da segurança jurídica, da
boa-fé e da vedação ao enriquecimento sem causa. (Apelação
Cível nº 055.2009.000486-6/001, 1ª Câmara Cível do TJPB,
Rel. José Ricardo Porto. unânime, DJe 26.03.2011).
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Os valores devem ser atualizados pelo IPCA, a
partir do ajuizamento2 da ação, e acrescidos dos juros aplicados à caderneta
de poupança, nos termos do art. 1º-F, da Lei 9.494/97. 3
P. R. I.
2
Art. 1º, § 2º, Lei 6.899/81.
3
O art. 1º-F da Lei 9.494/97 foi declarado parcialmente inconstitucional por arrastamento na ADI 4357,
quanto ao índice de correção monetária a ser utilizado. Assim, a partir do julgamento do STF, o STJ
(REsp 1.356.120/RS, julg. 14/08/2013, rel. Min. Castro Meira) decidiu que os juros de mora continuam
regidos pela Lei .494/97, incidentes desde a citação; mas foi alterada a correção monetária, devendo
incidir o IPCA.