Você está na página 1de 3

Vistos etc.

Trata-se de Ação de Execução de Título Extrajudicial movida pelo

Banco do Brasil em face de Israel Simões de Araújo e José Gildo

Maciel.

Devidamente citado, Israel Simões de Araújo apresentou, nesses

autos, peça de defesa, na qual formula proposta de acordo e pugna

pela concessão de efeito suspensivo.

Relatados no essencial. DECIDO.

Inicialmente, cabe consignar que o executado optou por apresentar

a presente petição com proposta de acordo, quando poderia ter

apresentado embargos à execução na forma do art. 914 do CPC;

Dessa forma, inviável à concessão de efeito suspensivo à simples

petição que apresenta proposta de acordo, em razão da ausência

de previsão legal.

Ademais, o §1º do art. 919 do CPC prevê a possibilidade de

atribuição de efeito suspensivo aos embargos:


Art. 919. Os embargos à execução não terão
efeito suspensivo.
§ 1º O juiz poderá, a requerimento do
embargante, atribuir efeito suspensivo aos
embargos quando verificados os requisitos para a
concessão da tutela provisória e desde que a
execução já esteja garantida por penhora,
depósito ou caução suficientes.

No caso, além do executado não ter apresentado embargos à

execução, a presente execução não está garantida seja por

penhora, depósito ou caução suficientes, tão pouco o exequente

demonstrou a presenta dos requisitos para a concessão de tutela

de urgência.

Dessa forma, inviabilizada a concessão de efeito suspensivo à

petição apresentada, ante a ausência de preenchimento dos

requisitos legais.

Ante o exposto, INDEFIRO o pedido de atribuição de efeito

suspensivo.

Outrossim, ante a primazia pela busca de solução consensual dos

litígios, INTIME-SE a parte exequente para se manifestar sobre a


proposta de acordo externado pelo executado Israel Simões de

Araújo, no prazo de 10 dias.

Diligências necessárias. CUMPRA-SE.

Sumé, datado e assinado eletronicamente.

FLÁVIA DE SOUZA BAPTISTA

Juíza de Direito

(em substituição cumulativa)

Você também pode gostar