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FALÊNCIA

 
 

PROF. DENIS DE SOUZA LUIZ


www.denis-souza.blogspot.com.br
PROCESSO FALIMENTAR

Processo falimentar compreende 3 etapas


distintas:

Pedido de falência, ou etapa pré-


falimentar, que tem inicio com a petição
inicial do pedido de falência e termina com a
sentença declaratória de falência;
A etapa falencial propriamente dita,
que se inicia com a sentença
declaratória da falência e se conclui com
o encerramento da falência.

Esta etapa visa o conhecimento judicial


do ativo e passivo do devedor, com a
realização do ativo apurado e o
pagamento do passivo.
A reabilitação que compreende
a declaração da extinção das
responsabilidades de ordem
civil do devedor do falido.
PEDIDO DE FALÊNCIA

Pelo devedor (autofalência): Rito dos artigos


105 a 107 da LRE.

Por terceiros: Credores, sócios, cônjuge


sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor
ou o inventariante. (rito artigo 98 da LRE)
CREDOR EMPRESÁRIO

• Deverá apresentar certidão que comprove a


regularidade de suas atividades.

• Credor não domiciliado no país deverá prestar


caução, sendo esta destinada a cobrir as custas do
processo e eventual indenização ao requerido, caso
venha a ser denegada falência.

• Credor para se legitimar deverá apresentar o seu


título, mesmo que não vencido (atos de falência,
impontualidade e execução frustrada)
• Em caso de impontualidade e execução
frustrada: exibe seu título não vencido mais
título vencido de terceiros com certidão de
protesto, ou cópia do processo executivo.

• PRAZO PARA CONTESTAÇÃO: Citado, o


devedor poderá apresentar contestação no
prazo de 10 (dez) dias. Resposta só admite
contestação, já que a lei não prevê
reconvenção ou o reconhecimento da
procedência do pedido.
PEDIDO DE FALÊNCIA COM BASE NA
IMPONTUALIDADE OU EXECUÇÃO
FRUSTRADA

• Devedor (requerido) pode elidir o pedido de


falência com o depósito em juízo (depósito
elisivo), no prazo da resposta, do valor
correspondente ao total do crédito em atraso,
acrescido de correção monetária, juros e
honorários advocatícios. Abrem-se então 4
possibilidades:
• REQUERIDO SÓ CONTESTA: Neste
caso, se o juiz acolhe as razões da
defesa, profere a sentença
denegatória e condena o requerente
nas verbas de sucumbência (e se for
o caso, em perdas e danos).

• Não acolhendo a contestação, o


magistrado profere a sentença
declaratória da falência.
• REQUERIDO CONTESTA E DEPOSITA: Juiz
aprecia a contestação.
• Se acolher às razões da defesa, profere sentença
denegatória da falência, condena o requerente nas
verbas de sucumbência e eventual perdas e danos,
bem como determina o levantamento do depósito
pelo requerido.
• Se desacolher a tese defensiva (contestação)
igualmente profere sentença denegatória da
falência mas imputa ao requerido o ônus da
sucumbência e autoriza o levantamento do
depósito pelo requerente. Isso quer dizer que não
há reconhecimento da procedência do pedido em
razão do depósito elisivo, quando acompanhado
este da contestação.
• REQUERIDO SÓ DEPOSITA: Juiz profere
sentença denegatória da sentença, impõe
ao requerido a sucumbência e determina o
levantamento do depósito em favor do
requerente. Como o depósito está
desacompanhado de contestação, tem o
mesmo efeito de reconhecimento da
procedência do pedido.
• REQUERIDO DEIXA TRANSCORRER
O PRAZO SEM CONTESTAR OU
DEPOSITAR: O juiz profere a sentença
declaratória da falência, instaurando a
execução concursal do patrimônio do
devedor.
OBSERVAÇÕES:
• A lei não prevê o depósito elisivo se o
fundamento do pedido diz respeito a prática de
atos de falência. Mas há julgados (doutrina
entende também) que admitem também
nesta hipótese pois com o depósito do valor do
crédito, perde o requerente o interesse na
instauração do concurso de credores.
• No prazo de defesa o devedor pode, ainda,
apresentar pedido de recuperação judicial.
PROCEDIMENTO DO ART. 94, I
PROCEDIMENTO DO ART. 94, II

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