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Universidade Federal do Piauí

Centro de Tecnologia
Curso de Engenharia de Produção

Tópicos de Engenharia de Produção


BRUNO EXPEDITO HANRIQUE STALBAUM
KELIANE DA SILVA CAVALCANTE
MADSON GERMANO SOUSA RODRIGUES
NILSON CÉSAR DA SILVA SOBRAL
RAVEL CARVALHO MONTE
MUDA
Palavra japonesa para desperdício, utilizada no Sistema Toyota de Produção por
Taiichi Ohno para descrever qualquer processo que não adicione valor ao produto final
e por isso deveriam ser eliminados para diminuir o custo e o tempo de produção.

TIPO I TIPO II

Desperdícios no meio de produção que Desperdícios no meio de produção


estão ligados a um fator importante do
que não são ligados a partes
processo e não podem ser removidos por
falta de tecnologia necessária para serem importantes do processo e devem ser
substituídos de forma hábil. eliminados imediatamente.
OS SETE DESPERDÍCIOS
Quando o conceito de eliminar os desperdícios foi utilizado por Taiichi Ohno foram
estabelecidos sete diferentes formas de como um desperdício pode se manifestar no meio de
produção. Os sete tipos de desperdício continuam sendo a base desse conceito desde então,
mas foram atualizados com o passar do tempo o que inclui a adição de novas variantes.

SUPERPROCESSAMENTO
SUPERPRODUÇÃO
INVENTÁRIO
MUDA: DEFEITOS
TRANSPORTE
ESPERA
MOVIMENTO
SUPERPROCESSAMENTO
Refere-se ao processamento de um produto além do esperado, sendo gasto recursos
excessivos em um procedimento mais complexo do que deveria ser e que no fim não
resulta em um produto realmente superior.
Normalmente é causado pelo operário, ou mesmo o próprio processo de produção
estabelecido, apenas tentarem melhorar cada vez mais o modo de trabalho, mas que no
fim acabam indo além do que deveria ser e o esforço gasto em melhorias se tornam em
desperdícios.
▪ Em dispositivos eletrônicos que vem com aplicações de fábrica com o
objetivo de auxiliar o consumidor, mas que não são requisitadas e
acabam prejudicando o uso do produto mais do que ajudar;
▪ Pintar partes de produtos que não são visíveis como interiores fechados
EXEMPLOS:
e vazios;
▪ Adicionais em um produto que não é requisitado pelos consumidores
SUPERPRODUÇÃO
Ocorre quando se é produzido mais do que se é consumido, o que acaba gerando
estoques. Os estoques representam um capital parado, não retornando o dinheiro na qual
foi gasto com eles, mas também requerendo gastos constantes com sua manutenção para
que ele não se estrague antes de ser comprado, caso isso ocorresse o produto tornaria em
um puro prejuízo e todos os processos de sua produção se encaixariam como qualquer
outro tipo de desperdício.

▪ Produzir mais cópias físicas de um jogo do que existem consoles


compatíveis em funcionamento;
EXEMPLOS:
▪ Produzir mais do que a demanda em comparação ao que já existe
disponível em venda.
INVENTÁRIO
Refere-se ao estoque de materiais necessários para a própria produção do produto final.
Quando se estoca mais do que é utilizado, a matéria prima gera um custos adicionais de
conservação e caso não seja utilizada acaba se tornando em puro prejuízo.

▪ Mais madeira estocada do que o necessário para se produzir o papel;


EXEMPLOS:
▪ Mais alimentos estocados do que o necessário para se produzir a
comida.
DEFEITOS
Quando um produto vendido apresenta defeito, a empresa no mínimo se responsabiliza
pela troca do produto tendo que substituir por um em funcionamento, o que torna o produto
defeituoso em puro prejuízo resultando em um atraso de produção em comparação ao que
deveria estar feito.
Em outras situações, a empresa apenas irá devolver o dinheiro do consumidor e poderá ser
mal vista pelos seus produtos de baixa qualidade.
Isto pode ocorrer simplesmente pela falta de um. controle de qualidade

▪ Calculadoras com falhas nos cálculos;


EXEMPLOS:
▪ Jogos com bugs e glitches;
▪ Mal funcionamento de baterias dos celulares.
TRANSPOTE
Refere-se a qualquer movimento que o material a ser processado deve realizar que não
resulta em um processamento. Além de ser um gasto de tempo extra, o manejo errado dos
materiais podem resultar em danos causados neles ou até mesmo perca deles no meio do
transporte.
Normalmente ocorre quando a linha de produção não está organizada de forma adequada e
suas regiões não se conectam em condições normais, necessitando um transporte
excessivo do produto para que ele seja processado.

ESPERA
Representa o tempo em que um material passa sem ser processado. Pode ocorrer por
causa de grandes inventários, transporte excessivo, má otimização do maquinário ou
mesmo trabalhadores ineficientes. Isso aumenta o tempo de produção de um único produto
que poderia ser usado para outras coisas.
MOVIMENTO
Diferente do desperdício no transporte, que é especifico para o produto que esta sendo
processado, o desperdício no movimento é especifico para os trabalhadores e o maquinário
de produção. Isto é, aqueles que realizam o processamento no produto.
Assim como o desperdício de transporte pode ser resultado de um design ineficiente de
uma fábrica.

▪ Funcionários que necessitam cruzar grandes espaços dentro da linha de


EXEMPLOS: produção para continuar a realizar seu trabalho;
▪ Partes de uma máquina que necessitam ser trocados durante o
processo de produção para realizar uma função diferente.
OUTROS TIPOS DE MUDA
Desde que os sete tipos de muda foram estabelecidos por Taiichi Ohno, outras pessoas
definem novos tipos de desperdício que podem afetar o meio de produção como:

CRIATIVIDADE DESPERDIÇADA
Reconhece-se a importância do trabalhador no meio de produção, e estes por estarem
tão próximos do processo podem ter ideias de coisas que poderiam ser melhoradas,
mas que não são detectadas normalmente. Quando se desconsidera, ou mesmo não
incentiva, o pensamento criativo de um funcionário, se está desperdiçando ideias
efetivas.

POLUIÇÃO
Reconhece-se impacto ambiental que através do tempo irá prejudicar uma empresa
pela falta de recursos ou modificações no cenário ao redor. Além disso, considerando
as leis de combate ambiental, a empresa iria gastar recursos ao ter que pagar pelos
impactos ambientais que ocasiona, resultando assim em desperdícios a curto e longo
prazo.
REFERÊNCIAS
OHNO, Taiichi. Toyota Production System: Beyond Large-Scale Production. [S.
l.]: Productivity Press, 1988.
EL-NAMROUTY, Khalil A.; ABUSHAABAN, Mohammed S. Seven wastes elimination
targeted by lean manufacturing case study “gaza strip manufacturing
firms’’. International Journal of Economics, Finance and Management
Sciences, [S. l.], p. 68-80, 2 abr. 2013. Disponível em:
http://article.sciencepublishinggroup.com/pdf/10.11648.j.ijefm.20130102.12.p
df. Acesso em: 13 maio 2019.
SIMBOLI, Alberto; TADDEO, Raffaella; MORGANTE, Anna. Value and Wastes in
Manufacturing. An Overview and a New Perspective Based on Eco-
Efficiency. Administrative Sciences, [S. l.], p. 173-191, 4 jul. 2019. Disponível
em: https://www.mdpi.com/2076-3387/4/3/173/pdf. Acesso em: 13 maio 2019.

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