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Podcast

WBA1093_v1.0
Disciplina: Gerenciamento de Processos
Título do tema: Mapeamento e fluxo de processos
Autoria: Charlie Hudson Turette Lopes
Leitura crítica: Elaine Cristina Marques Esper

Abertura:

Olá, ouvinte! No podcast de hoje vamos falar sobre desperdícios em


processos. Você sabe identificá-los?

Podemos definir um processo como sendo o percurso que um material


atravessa da entrada na empresa até sua saída, com valor agregado por
meio de processos de transformação. Dentro dessa ótica, as operações
apresentam entradas, em inglês “inputs”, que são transformados em saídas
(outputs) gerando valor agregado para os clientes.

Mas vamos lá, como sabemos se estamos realmente agregando valor para
os clientes?

Vamos compreender um pouco sobre isso conhecendo o Lean Manufacturing


(Manufatura Enxuta), popularizado mundialmente como Sistema Toyota de
Produção (STP).

Os japoneses Eiji Toyoda e Taiichi Ohno visitaram várias fábricas nos


Estados Unidos depois da Segunda Guerra Mundial, inclusive a montadora
de veículos Ford Motor Company.

Viram lá que nas linhas de produção existiam muitos desperdícios nos


processos, muito retrabalho e falta de padronização.

Nos dias de hoje, por exemplo, se você desejar trocar uma peça de um
automóvel numa revisão, basta comprar outra (original, é claro) e ela
funcionará. Na Ford, Toyoda e Ohno viram que nas linhas de montagem nem
sempre todas as peças encaixavam nos veículos.

Viram que esses desperdícios seriam inadmitísseis em seu país, justamente


por enfrentarem uma dificuldade enorme por aquisição de recursos, devido o
pós-guerra. O Japão estava devastado, buscando se reestruturar. Então, na
Toyota, desenvolveram uma filosofia/metodologia que teve por objetivo
eliminar desperdícios e agregar valor para os clientes.

Agora que você conhece a história compreenderá que no Sistema Toyota de


Produção agregar valor a produtos ou serviços pode ser entendido como o
que é realizado nas operações para que os requisitos do cliente sejam
atendidos. Apenas! Quaisquer outras atividades são classificadas como
desperdícios.

No STP, são 8 os desperdícios, também chamados de perdas (MUDA, me


japonês). Vamos falar um pouco sobre cada uma:

1. Perda por superprodução: produzir mais do que o necessário, ou


antes do necessário. Exemplo: cliente encomendar 10 peças e a
empresa fabricar 11.

2. Perda por tempo de espera: um exemplo pode ser um operador


aguardando o início da produção porque as matérias primas ainda não
foram levadas para sua máquina.

3. Perda por transporte: quando se transporta produtos por rotas longas


demais, ou quando o produto “vai e volta” muito e sem planejamento
da rota.

4. Perda por processamento: quando são desenvolvidas atividades


complementares que não agregam valor para o cliente. Exemplo:
pintura sofisticada de uma máquina em seu interior.

5. Perda por movimentação nas operações: operadores perdem muito


tempo de sua jornada se deslocando buscando peças, informações,
ferramentas etc.

6. Perda por produtos defeituosos ou retrabalho: se o cliente encomenda


10 peças, e uma sai defeituosa, uma nova peça precisa ser
desenvolvida ou uma precisa ser consertada.

7. Perda por estoque: se uma peça que não está pronta fica parada entre
duas máquinas, temos dinheiro parado. Se há estoque de matérias-
primas que não serão usadas, elas ocuparão espaço. Estocar gera
custo. Imagine então se precisarem de energia elétrica, como nos
casos de produtos refrigerados?

8. Perda por não utilização do intelecto: este desperdício foi adicionado à


metodologia posteriormente. Inicialmente eram 7. Entende-se que as
pessoas envolvidas no processo devem dar opiniões sobre ele. Quem
entende do assunto deve ser ouvido, caso contrários estamos
desperdiçando intelecto.

E aí? Já tinha pensado nesses desperdícios? Tenho certeza que sua visão
crítica passará a ser mais aguçada a partir de agora quando visitar ou estiver
trabalhando em uma empresa.

Fechamento:

Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!

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