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PROCESSO CIVIL – REVISÃO

Demais Legislações Extravagantes (8 questões)


Um tribunal arbitral ou tribunal de arbitragem, também comissão de arbitragem, comitê
de arbitragem ou conselho de arbitragem, é um painel de juízes imparciais que é
convocado e se reúne para resolver uma disputa por meio de arbitragem

Existindo cláusula compromissória e havendo resistência quanto à instituição da


arbitragem, poderá a parte interessada requerer a citação da outra parte para
comparecer em juízo a fim de lavrar-se o compromisso, designando o juiz audiência
especial para tal fim.

 Se a cláusula compromissória nada dispuser sobre a nomeação de árbitros,


caberá ao juiz, ouvidas as partes, estatuir a respeito, podendo nomear árbitro
único para a solução do litígio.

São requisitos obrigatórios da sentença arbitral:

 A data e o lugar em que foi proferida.

Procedimentos Especiais de Jurisdição Contenciosa (8


questões)
É admissível a oposição de embargos de terceiro fundada em alegação de posse
advinda do compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovido do
registro.

 ANTES DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO: Quando julgada


procedente a oposição, será apensada nos autos, correndo simultaneamente e
será decidida pela mesma sentença.
 DEPOIS DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO: O juiz
suspenderá o processo principal e julgará, primeiramente, a oposição.
Processo de Execução (9 questões)

É simples entender: Primeiro se discute a posse, depois se discute o domínio do


imóvel. Não se discute posse e domínio ao mesmo tempo, salvo em face de outra
pessoa.
Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a solução
consensual da controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de
outras áreas de conhecimento para a mediação e conciliação.

 A requerimento das partes, o juiz pode determinar a suspensão do


processo enquanto os litigantes se submetem a mediação extrajudicial ou a
atendimento multidisciplinar.
 Mediador = atua em relação de aMigos (com vínculo anterior).
 Conciliador: atua em relação de Conhecidos (sem vínculo anterior)

Aquele que afirmar ser titular do direito de exigir contas requererá a citação do réu
para que as preste ou ofereça contestação no prazo de 15 (quinze) dias.

A Ação Monitória é um procedimento judicial. Seu objetivo consiste em fazer


cumprir a obrigação de pagamento ou o cumprimento de uma obrigação por
parte do devedor, porém, de forma mais célere do que uma ação de cobrança ou
uma ação de obrigação de fazer ou de entregar coisa.

 A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em
prova escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir do
devedor capaz.

O adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer. O pagamento de quantia em


dinheiro. A entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel

Na ação monitória admite-se a reconvenção, sendo vedado o oferecimento de


reconvenção à reconvenção.

Na ação monitória, a defesa deve ser apresentada por meio de embargos e não de
contestação.

Valores da causa (1 questão)


Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira, o juiz,
a requerimento do exequente, sem dar ciência prévia do ato ao executado
determinará às instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido
pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, que torne
indisponíveis ativos financeiros existentes em nome do executado, limitando-se a
indisponibilidade ao valor indicado na execução.

• O prazo de 24 (vinte e quatro) horas a contar da resposta, de ofício, o juiz


determinará o cancelamento de eventual indisponibilidade excessiva, o que
deverá ser cumprido pela instituição financeira em igual prazo.
• Tornados indisponíveis os ativos financeiros do executado, este será
intimado na pessoa de seu advogado ou, não o tendo, pessoalmente.
• Rejeitada ou não apresentada a manifestação do executado [o que
comprova sua prévia intimação], converter-se-á a indisponibilidade em
penhora, sem necessidade de lavratura de termo, devendo o juiz da
execução determinar à instituição financeira depositária que, no prazo de 24
(vinte e quatro) horas, transfira o montante indisponível para conta vinculada
ao juízo da execução.

Para fins de substituição da penhora, equiparam-se a dinheiro a fiança bancária e


o seguro garantia judicial, desde que em valor não inferior ao do débito constante da
inicial, acrescido de trinta por cento.

• Impugnar ARREMATAÇÃO? > ação autônoma de invalidação


• Impugnar PENHORA ou AVALIAÇÃO? > simples petição

Os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos


de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias
recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua
família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal,
ressalvado e a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40
(quarenta) salários-mínimos; são impenhoráveis!

Exceção: pagamento de prestação alimentícia, independentemente de sua origem,


bem como às importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários-mínimos
mensais.

Na penhora não se procederá à avaliação quando:

• Uma das partes aceitar a estimativa feita pela outra.

A avaliação poderá ser realizada quando houver fundada dúvida do juiz quanto
ao real valor do bem.

São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os


artigos previstos neste Título: SENTENÇA ARBITRAL.

A sentença arbitral pode impor uma obrigação de qualquer natureza que, se não
cumprida de forma voluntária, reclamará sua execução, que, como não pode ser
realizada perante o tribunal arbitral que carece de poder de império, far-se-á perante
o Poder Judiciário e pelo regime do cumprimento de sentença.

Os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país estrangeiro não dependem de


homologação para serem executados.

• Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz


mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.
• Ao executado que alegar ser a medida executiva mais gravosa incumbe
indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena de
manutenção dos atos executivos já determinados.

Competência no Processo Civil (2 questões)


BENS SITUADOS NO BRASIL = BRAAAAAAAAAAAAASIL !

O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o


inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade,
a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o
espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.

Intervenção de Terceiro (8 questões)


Chamamento ao processo: sempre que envolver fiança/fiador

Denunciação à lide: sempre que envolver seguros/seguradora

O juiz PODE requere a desconsideração da personalidade jurídica, em detrimento do


consumidor.

• O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será


instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber
intervir no processo.
• O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo
de conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada
em título executivo extrajudicial.

Litisconsórcio (4 questões)
Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a ação:

• Que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime
de separação absoluta de bens;

• O LITISCONSÓRCIO SERÁ NECESSÁRIO por disposição de lei ou


quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da
sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes.
Litisconsórcio é o fenômeno processual que ocorre quando há uma
pluralidade de partes na mesma lide. Ou seja, quando duas ou mais
pessoas, na parte ativa ou passiva, dividem o mesmo lado, ou lados
opostos, no processo.
• O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de
litigantes na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou na
execução, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou
dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença.
• O requerimento de limitação interrompe o prazo para manifestação ou
resposta, que recomeçará da intimação da decisão que o solucionar.
• Tratando-se de litisconsórcio passivo, se uma das litisconsortes alega
prescrição em sede recursal e essa tese é acolhida, isso beneficia a outra
litisconsorte
• O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela
natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença
depender da citação de todos que devam ser litisconsortes.

Cumprimento de Sentença (8 questões)


 Pagamento em 15 dias
 Multa de 10% se não houver pagamento voluntário
 Honorários de 10% se não houver pagamento voluntário
 Pagamento parcial > multa e honorários de 10% sobre o restante

O exequente pode promover o cumprimento da sentença ou decisão que condena ao


pagamento de prestação alimentícia no juízo de seu domicílio.

No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de


decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a
requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no
prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver.

Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o


prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de penhora ou
nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua IMPUGNAÇÃO.

Cumprimento de Sentença (nos próprios autos) > Impugnação à execução, sem


necessidade de garantia de do juízo

Processo de Execução (ação autônoma) > Embargos à execução

Cumprimento de sentença: vedado o parcelamento

Execução: permitido o parcelamento. Para haver o parcelamento deve ter depósito de


30%, podendo ser em até 6 parcelas mensais.
A Fazenda Pública será intimada na pessoa de seu representante judicial, por
carga, remessa ou meio eletrônico, para, querendo, no prazo de 30 (trinta) dias e
nos próprios autos, impugnar a execução, podendo arguir: (...)

 Tratando-se de impugnação parcial, a parte não questionada pela


executada será, desde logo, objeto de cumprimento.

Tutela Provisória (9 questões):


A tutela de evidência é uma espécie de tutela provisória que visa a antecipação
provisória dos efeitos da decisão final.

 Para que a Tutela de evidência seja concedida, basta a demonstração da


probabilidade do direito, dispensando-se a demonstração de perigo de
dano ou de risco ao resultado útil do processo (requisito próprio da tutela
de urgência). Neste tipo de tutela, já que o direito é bom (evidente), o objetivo é
usufruir dele desde logo, ainda que não haja urgência.
 A tutela de evidência que envolve não pode ser concedida liminarmente

A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de


perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo:

 Ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito


protelatório da parte;
 As alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e
houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula
vinculante;
 Se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do
contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do
objeto custodiado, sob cominação de multa;
 A petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos
constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar
dúvida razoável.

Na tutela de urgência o tempo é fator importante, já na tutela de evidência o


tempo é irrelevante. Por esta razão no caso de perigo de dano, a medida mais
adequada será a tutela de urgência, sob pena do direito perecer. Por exemplo, uma
criança necessita, com urgência, de internação em UTI.

Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição


inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do
pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do
perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo.

Independentemente da reparação por danos processual, a parte responde pelo


prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se:

 A sentença lhe for desfavorável


 Obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios
necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias;
 Ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;
 O juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor.
 A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida,
sempre que possível.

Em resumo e sem "juridiquês": lembrem-se que a parte que requerer a tutela


provisória pode ter a liminar concedida pelo juiz, mas ao final o juiz pode julgar
improcedente o pedido definitivo.

O que acontece nesses casos? O Autor deve indenizar o réu pelos prejuízos (se
houver).

O que o juiz pode fazer para evitar o prejuízo? Pode definir um caução (valor
depositado no processo que ficará como garantia).

Sujeitos da Relação Processual (6 questões):


Em caso de litigância de má-fé, a associação autora e os diretores responsáveis pela
propositura da ação serão solidariamente condenados em honorários advocatícios e
ao décuplo das custas, sem prejuízo da responsabilidade por perdas e danos.

Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o responsável pelo
prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a alteração da petição
inicial para substituição do réu.

O réu deverá indicar aquele que deve figurar no polo passivo da demanda quando
tiver conhecimento de quem o seja.

O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como
fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e
nos processos que envolvam:

 Interesse público ou social;


 Interesse de incapaz;
 litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana;

É certo que ausência de intimação do Ministério Público para intervir no


processo, quando a lei determina que a sua intimação é obrigatória, pode gerar a
nulidade dos atos processuais posteriores à referida ausência. Porém, a anulação
destes atos não é automática, somente devendo ser declarada caso o Ministério
Público entenda ter havido prejuízo.
AÇÃO (6 questões):
Se a ação foi, em relação a controle difuso de constitucionalidade:

 Se for após: rescisória


 Se for antes: impugnação

Caso a decisão transitada em julgado seja omissa quanto ao direito aos honorários
ou ao seu valor, é cabível ação autônoma para sua definição e cobrança.

Cabe ação rescisória, contra decisão baseada em enunciado de súmula ou acórdão


proferido em julgamento de casos repetitivos que não tenha considerado a
existência de distinção entre a questão discutida no processo e o padrão
decisório que lhe deu fundamento.

O juízo de admissibilidade consiste na atividade judicial pela qual o Poder Judiciário


analisa se foram preenchidos os requisitos mínimos exigidos para que a sua
inércia seja rompida.

Recursos (23 questões):


Se julgou, mesmo que LIMINARMENTE o pedido, o recurso cabível é a APELAÇÃO.

 Decisão terminativa = Apelação

A apelação interposta em face de sentença que julga improcedentes os embargos à


execução são dotados de efeito meramente devolutivo, o que não impede a prática
de atos de constrição patrimonial, tal como a penhora.

Juiz de primeiro grau não faz juízo de admissibilidade --> inadmitiu / indeferiu a
apelação? Cabe reclamação

 Qualquer outra decisão que não seja do pedido = Agravo de instrumento

O agravo de instrumento tem natureza jurídica de recurso, já que sua finalidade é de


atacar decisões interlocutórias.

O recurso cabível contra essas decisões não engloba as decisões que versam sobre
produção de prova*

Juízo de primeiro grau = Agravo de instrumento

Relator = Agravo interno


O agravante deve informar a primeira instância sobre a interposição do agravo de
instrumento no Tribunal. Por se tratar de autos físicos, o cumprimento dessa regra é
obrigatório. Quando isso deixa de acontecer, deve o agravado impugnar o recurso em
suas contrarrazões ao agravo de instrumento, expondo o erro do agravante que, se
provado, importará na inadmissibilidade do agravo de instrumento

 Em casos de sentença antecipada parcial de MÉRITO, o recurso é Agravo de


instrumento.
 RO= o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado
de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se
denegatória a decisão e crime político
 Se houve trânsito em julgado, não cabe mais apelação. Nesse caso, caberá
ação rescisória

Os embargos de declaração devem ser opostos quando o objetivo do recorrente for:


"I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou
questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; III -
corrigir erro material"

 Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o


prazo para a interposição de recurso.
 Não é necessário ratificar o recurso especial interposto na pendência do
julgamento dos embargos de declaração, quando inalterado o resultado
anterior.

 Agravo em Recurso Especial: cabe da inadmissão do Recurso Especial


 Agravo em Recurso Extraordinário: cabe da inadmissão de Recurso
Extraordinário

Exceção:

 Agravo Interno: se a decisão do presidente/vice do Tribunal recorrido inadmitir


o Resp ou RE fundamentando em julgamento recursos repetitivos ou
repercussão geral. Atenção: quem julga é a CORTE ESPECIAL DO
TRIBUNAL

 Dissídio jurisprudencial -->divergência entre Tribunais diversos

Preliminarmente, cumpre destacar que isso não se aplica às leis


infraconstitucionais estaduais. Quando houver divergência de entendimento dentre
os tribunais Estaduais, estaremos falando de embargos de divergência. Diante
disto, podemos entender que há dissídio jurisprudencial, tão somente, sobre leis
Federais. Quando houver essa divergência de entendimento nos tribunais sobre lei
federal, por força do Artigo 105, inciso III, alínea "C" da Constituição Federal, quem
fica responsável por assentar e pacificar um entendimento é o Superior Tribunal de
Justiça.

 Embargos de divergência --> divergência dentro do próprio Tribunal

Do julgamento dos recursos extraordinários e especiais repetitivos:

 Diante da multiplicidade de recursos com idêntica fundamentação de


direito, os desembargadores dos tribunais "subirão" essa questão para o
superior tribunal de justiça para que os ministros assentem e determinem um
entendimento, aplicável, uniformemente, a todos os casos. Dentre essa
multiplicidade, os desembargadores separarão alguns casos e os
remeterão aos ministros. Contudo, jovem mancebo, pergunto: os
desembargadores estão limitados, tão somente, aos casos que os
desembargadores remeteram? Não! No! Not! Nain! Com lastro no §4º do artigo
1.36 do código de processo civil, os ministros não estão vinculados à estes
casos, podendo selecionar mais e outros para assentarem seu
entendimento.

Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição


sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato
constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos
de terceiro. Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário, ou
possuidor.

Sentença (3 questões):
Honorários têm natureza alimentar

 Atenção! Apesar disso, nós advogados temos que ajuizar ação na justiça
comum para cobrar honorários de cliente que não pagou. Não é trabalhista!
 São cabíveis honorários sempre que vencedor o beneficiário de justiça gratuita;
 Não cabe condenação em honorários em Mandado de Segurança;
 Caso a decisão transitada em julgado seja omissa quanto ao direito aos
honorários ou a seu valor, é cabível ação autônoma para sua definição e
cobrança
 Os honorários serão devidos quando o advogado atuar em causa própria
 Via de Regra o valor será entre 10 e 20%
 Julgamento parcial gera honorários de sucumbência recíproca e é vedado
compensação de honorários.

Quem desistir, renunciar ou reconhecer procedência pagará os honorários


correspondentes;
 Se houver transação (acordo), as partes dividem igualmente (exceto se o
acordo dividir de outra forma);
 Os honorários são reduzidos na metade se o réu reconhecer a procedência e
simultaneamente cumprir integralmente o pedido,

Uma vez oferecida a contestação, o autor não poderá SEM O CONSENTIMENTO DO


REU, desistir da ação.

A decisão que condenar o réu ao pagamento de prestação consistente em


dinheiro e a que determinar a conversão de prestação de fazer, de não fazer ou de
dar coisa em prestação pecuniária valerão como título constitutivo de hipoteca
judiciária.

Não é necessária a formação de coisa julgada para que o autor constitua hipoteca
sobre o imóvel do réu. É só ter a sentença em mãos (título executivo).

 E se a parte ré impugnar a sentença com recurso que possua efeito


suspenso? Resposta: não tem nenhum problema, o autor poderá proceder
com a constituição da hipoteca

Provas em Espécie (2 questões):


Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que houver indicado,
sendo a do perito adiantada pela parte que houver requerido a perícia ou rateada
quando a perícia for determinada de ofício ou requerida por ambas as partes.

A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou de


coação.

Produção antecipada da Prova (2 questões):


O que é uma ação de produção antecipada de provas?

 Como o nome diz, esta é uma ação que serve apenas para produzir provas.
 Ao final, não haverá decisão sobre quem tem razão. Apenas serão
constatados fatos.
 Entendendo isso, fica fácil de lembrar que não haverá defesa ou recurso. Só
cabe recurso se o juiz indeferir a produção da prova.
 Ela é utilizada quando há receio de se perder uma prova com o passar do
tempo. Também é utilizada quando não se sabe exatamente o que gerou o
fato e quer descobrir se isso pode impedir um ajuizamento de uma ação.
 O juiz não se pronunciará sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato, nem
sobre as respectivas consequências jurídicas.

Por que a Ação Antecipada de Provas não Previne o Juízo*?

 Em alguns casos, é mais fácil produzir a prova em local diferente de onde a


regra de competência determina que o processo principal seja julgado.

Teoria Geral da Prova (1 questão):


NÃO IMPORTA QUEM PRODUZIU AS PROVAS, ESTAS SERÃO DO PROCESSO
(princípio da comunhão processual).

 Uma vez produzida a prova, esta passa a ser do processo e não das partes.
 As partes não têm provas de estimação.

Julgamento Conforme o Estado do Processo (2 questões):


O juiz não resolverá o mérito quando:

Reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;

 Qualificam-se como prejudiciais as questões atinentes à existência,


inexistência ou modo de ser de uma relação ou situação jurídica que, embora
sem constituir propriamente o objeto da pretensão formulada (mérito da causa),
são relevantes para a solução desse mérito (por exemplo, relação de filiação
na ação de alimentos ou de petição de herança; validade do contrato na ação
de cobrança de uma de suas parcelas).

Preliminar de contestação: Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito na


contestação, alegar como preliminar a INCORREÇÃO AO VALOR DA CAUSA.

 Na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia corresponderá à SOMA


dos valores de todos eles.
 O réu poderá contestar o valor da causa em preliminar de contestação

Arguição de Impedimento e Suspeição (1 questão)


A parte interessada deverá arguir o impedimento ou a suspeição, em petição
fundamentada e devidamente instruída, na primeira oportunidade em que lhe
couber falar nos autos.
 O juiz mandará processar o incidente em separado e sem suspensão do
processo, ouvindo o arguido no prazo de 15 (quinze) dias e facultando a
produção de prova, quando necessária.
 A única arguição de impedimento e suspeição capaz de suspender o
processo é a do juiz, não havendo suspensão quando a arguição se dirigir ao
membro do Ministério Público ou auxiliares de Justiça.

Resposta do réu e revelia (5 questões)


Reconvenção:

 Tem que ter valor da causa.


 Tem que haver CONEXÃO com a ação principal OU com os fundamentos da
defesa.
 A desistência da Inicial NÃO afeta a Reconvenção.
 De modo geral, aplica-se tudo aquilo que cabe na petição inicial.
 O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer
contestação.
 É possível acrescentar um terceiro no momento da Reconvenção.
 Não há necessidade de pagamento de custas para fazer reconvenção;
 Não há necessidade de caução na reconvenção quando se tratar de parte que
não mora no Brasil.
 Não é necessário propor Contestação para propor Reconvenção.
 Não é possível Reconvenção da Reconvenção na Ação Monitória.
 Não cabe Reconvenção nos Juizados de Pequenas Causa.
 É admissível Reconvenção em ação declaratória.

Havendo alegação de incompetência relativa ou absoluta, a contestação poderá


ser protocolada no foro de domicílio do réu, fato que será imediatamente
comunicado ao juiz da causa, preferencialmente por meio eletrônico.

A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em
que atuar. A incompetência relativa NÃO pode ser declarada de ofício

INCOMPETÊNCIA RELATIVA:

 Menos grave
 Alegada pelas partes (ou MP nas causas em que atuar)
 Interesse do particular (benéfico ao particular)

A incompetência absoluta deve ser declarada de ofício e pode ser alegada, em


qualquer tempo e grau de jurisdição, independentemente de exceção.

INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA:

 Mais grave
 Pronunciada de ofício
 Razões de ordem pública
 Interesse do P. judiciário

 A desobediência acerca do foro de eleição envolve hipótese de incompetência


relativa. A defesa poderá alegar a incompetência de foro antes da
audiência de conciliação ou de mediação.
 Alegada a incompetência nos termos do caput, será suspensa a realização
da audiência de conciliação ou de mediação, se tiver sido designada.

A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos


para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios têm
direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.

 O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na


contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em
recurso.
 O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos
que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de
gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a
comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos.
 Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente
por pessoa natural.
 Ou seja, há presunção de veracidade na alegação de insuficiência de recursos
feita por pessoa natural (presunção esta relativa), cabendo à parte contrária
comprovar o contrário. Essa presunção não existe em relação às pessoas
jurídicas. Estas devem comprovar a insuficiência quando do
requerimento, não sendo ônus da parte contrária essa prova.

Se a gratuidade foi concedida (deferida), a discussão aguarda a apelação.

Se foi indeferida, ou posteriormente revogada, é agravada de instrumento.

Formação do Processo e Petição Inicial (2 questões):


Ausente documento indispensável à propositura da ação, o autor deve ser
intimado para emendar ou completar a inicial no prazo de 15 dias.

O autor poderá:

 Até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir,


independentemente de consentimento do réu;
 Até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir,
com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a
possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias,
facultado o requerimento de prova suplementar.

Das comunicações dos Atos Processuais (2 questões):


A citação por edital será feita:

 Quando desconhecido ou incerto o citando; quando ignorado, incerto ou


inacessível o lugar em que se encontrar o citando; considera-se inacessível,
para efeito de citação por edital, o país que recusar o cumprimento de carta
rogatória.
 No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia de
sua citação será divulgada também pelo rádio, se na comarca houver
emissora de radiodifusão.
 Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar
o cumprimento de carta rogatória.
 O réu será considerado em local ignorado ou incerto se infrutíferas as
tentativas de sua localização, inclusive mediante requisição pelo juízo de
informações sobre seu endereço nos cadastros de órgãos públicos ou de
concessionárias de serviços públicos.
 No caso em que o autor sabe o local do réu e não diz, fica evidente que
faltam os requisitos para citação do réu, tornando-se nula.

Não se fala em nulidade se não houver prejuízo.

Improcedência Liminar do Pedido (1 questão):


O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de
mérito, quando:

 Não houver necessidade de produção de outras provas.

O juiz não poderia julgar liminarmente o pedido pois havia CONTROVÉRSIA


FÁTICA, sendo necessário a fase instrutória, a produção de provas.
Nas hipóteses em que há necessidade de dilação probatória, não cabe
improcedência liminar do pedido. Dilação probatória é o prazo concedido às
partes para produzirem as provas que acharem convenientes

Audiência Preliminar de Conciliação ou Mediação (7 questões):


De acordo com o NCPC, a audiência de conciliação e mediação é regra no processo
civil. Assim, mesmo que uma das partes, autor ou réu, não desejem, em um
primeiro comento, conciliar, haverá citação do réu e intimação do autor para a
referida audiência. O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na
autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez)
dias de antecedência, contados da data da audiência.

Para que ocorra: é necessário a petição inicial preencher os requisitos, ou seja, não
ser caso de indeferimento da inicial + não ser caso de improcedência liminar do
pedido.

Para que não ocorra: OBRIGATORIAMENTE deverá AMBAS as partes manifestarem


desinteresse na realização, portanto: Se apenas um manifestar desinteresse: Vai
acontecer.

E caso litisconsórcio? TODOS deverão manifestar desinteresse para que não


ocorra, se um manifestar interesse vai acontecer

Deverá ser marcada com 30 dias de antecedência, deverá ser realizada a CITAÇÃO
com 20 dias de antecedência

Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não


podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão,
desde que necessárias à composição das partes.

O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias

Pode ser realizada por meio eletrônico.

 E se a parte não comparecer?


 Petição de desinteresse: 10 dias.

Com motivo JUSTIFICADO → nada irá acontecer

SEM motivo JUSTIFICADO → ato atentatório a dignidade da justiça e multa de até


2% revertida em favor da união

A parte não precisara ir se constituir advogado com poderes especiais para negociar e
transigir. Obrigatoriedade de comparecimento com advogado: ambas as partes
deverão comparecer com seus advogados ou defensores públicos.
 Ministério Público deverá ser ouvido antes da homologação de acordo,
dispensando seu comparecimento à audiência de conciliação e mediação.

As partes não podem exigir que para que aconteça a audiência tenha que suspender o
processo.

Juizado Especial (4 questões):


É de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e
julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e
dos Municípios, até o valor de 60 (sessenta) salários-mínimos.

Não se incluem na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública:

 As ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e


demarcação, populares, por improbidade administrativa, execuções fiscais e as
demandas sobre direitos ou interesses difusos e coletivos;
 As causas sobre bens imóveis dos Estados, Distrito Federal, Territórios e
Municípios, autarquias e fundações públicas a eles vinculadas;
 As causas que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão
impostam a servidores públicos civis ou sanções disciplinares aplicadas a
militares.
 Quando a pretensão versar sobre obrigações vincendas, para fins de
competência do Juizado Especial, a soma de 12 (doze) parcelas vincendas e
de eventuais parcelas vencidas não poderá exceder o valor referido no
caput deste artigo.

Portanto, se for Ação em face da União > Justiça Federal

O recorrente vencido é o que recorre da sentença de primeiro grau e perde.

 Aquele que RECORREU e PERDEU pagará custas e honorários.

A sentença de primeiro grau não condenará o vencido em custas e honorários


de advogado, ressalvados os casos de litigância de má-fé.

A contestação pode ser apresentada de forma oral, em decorrência do princípio da


oralidade. Não se admitirá a reconvenção. É lícito ao réu, na contestação, formular
pedido em seu favor desde que fundado nos mesmos fatos que constituem objeto da
controvérsia.
Como temos o princípio da oralidade, lembre-se que praticamente tudo pode ser
feito de forma oral.

 Mais fácil decorar o que não pode que são os Recursos (exceto embargos de
declaração e embargos de execução).
 Obs.: quanto a reconvenção: não cabe no juizado reconvenção, mas cabe
pedido contraposto.

Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo. Os embargos de


declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso.

Suspensão e extinção do processo (2 questões):


Quando as partes são negligentes e deixam o processo parado por certo período,
o juiz pode julgar extinto o feito sem resolução de mérito. Todavia, por expressa
previsão no cpc, antes de o juiz assim proceder é necessário que seja concedido
prazo de 5 dias para as partes se manifestarem. É como se fosse uma última
chance para as partes dizerem se querem prosseguir com o processo ou não. Frisa-
se que essa intimação deve ser feita pessoalmente.

Vale lembrar que o juiz não pode decretar a extinção do processo de ofício.

 "Súmula 240 (STJ). A extinção do processo, por abandono da causa pelo


autor, depende de requerimento do réu."
A desistência da ação, após a homologação pelo juízo, leva à extinção do
processo sem resolução do mérito.

 Pelo fato de não haver coisa julgada, a lei processual admite que o autor
ingresse novamente com a ação, exigindo, apenas, que ela seja distribuída
por dependência ao juízo que homologou a desistência, de forma a
preservar o princípio do juiz natural

De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos
processuais, quando for o caso.

 O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente


serão modificados em casos excepcionais, devidamente justificados.
 Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a
realização de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário.

A fungibilidade das ações possessórias é amplamente aceita no ordenamento


jurídico brasileiro.

 A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que


o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente
àquela cujos pressupostos estejam provados.
 Assim, ainda que o indivíduo da questão tenha errado e ajuizado ação de
interdito proibitório, o juiz pode muito bem receber e processar a ação
como se houvesse sido proposta a ação adequada (de reintegração de
posse), não havendo que se falar em violação ao princípio da adstrição ou
congruência.

Quando o inventariante é acusado de fazer algo com o dinheiro do inventário, é


requerida a remoção com fundamento em qualquer dos incisos do art. 622, será
intimado o inventariante para, no prazo de 15 (quinze) dias, defender-se e produzir
provas. O incidente da remoção correrá em apenso aos autos do inventário.

O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:

• Na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a


modificação, a resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do
ato ou o de sua parte controvertida;
• Na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido;
• Na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma
dos valores de todos eles;
Remessa Necessária

A remessa necessária não é considerada um recurso, porque ausente o requisito da


voluntariedade, ela deverá ser realizada de ofício pelo magistrado nos casos de
sentença desfavoráveis a entes público ou sentença procedente de embargos à
execução fiscal.

 Se fosse outro município, exceto capital, seria 100 SM.


 A condenação consistente em até 500 salários-mínimos contra os
MUNICÍPIOS QUE CONSTITUAM CAPITAIS DOS ESTADOS não serão
submetidas a remessa necessária.

O divórcio consensual, a separação consensual e a extinção consensual de união


estável, não havendo nascituro ou filhos incapazes e observados os requisitos
legais, poderão ser realizados por escritura pública.

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