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Indução amplificadora:

- Existem os casos A, B, C e D e todos possuem Norma N no mesmo sentido,


surge um caso E, não regulamentado, semelhante aos casos A, B, C e D,
faz-se uma indução amplificadora buscando solução baseada nas normas
que dão solução aos casos semelhantes.
- Iuris

Extensiva:
- A norma disse menos do que ela quis dizer, logo, o intérprete amplia o
sentido da norma a fim de mostrar o que estava implícito nesta.
- A bigamia é proibida, mas então a poligamia está liberada? não, neste caso é
feita a interpretação extensiva a fim de restringir esses absurdos jurídicos.

Analogia (legis):
- Os casos tem que ter semelhança relevante, ter o mesmo ratio legis.
- Por exemplo: o comércio de livros obscenos é proibido, o comércio de livros policial
deve ser proibido? não, apesar de ser comércio de livro eles nao possui o mesmo
ratio legis, mas no caso de proibir o comércio de discos obscenos e válido pois
apesar de serem objetos diferentes ele possui o fator que gerou a proibição no livro,
o fato de ser obsceno.

P. gerais do direito (analogia iuris):


- O contrato A deve ser redigido, assim como o B, o C, ó D, até um F que não possui
regulamentação, porém por analogia vê-se que o contrato F deve ser escrito.
- Outro caso é o que vários ordenamentos dizem que todos somos iguais daí nasce
o princípio da isonomia, se se cria um ordenamento que não regule que é para todos
de maneira igual é inferido, pelo princípio da isonomia antes criado, que este
ordenamento se aplica a todos igualmente

Na dedução, a passagem é do geral para o parcial e na indução, do particular para o geral


Questão 2:

Dados os 4 elementos de Integração do direito, analogia ​Legis​, analogia​ Iuris,​ Indução


amplificadora e interpretação extensiva temos:

A ​analogia ​Legis​ (​ analogia da lei) é uma forma de integração de modo que quando houver
uma lacuna no ordenamento jurídico o intérprete pode se valer de algum outro caso
semelhante para resolução ao caso em análise, os casos devem possuir o mesmo ​ratio
legis,​ ou seja, a mesma razão jurídica, possuir semelhança relevante. Pode-se dar como
exemplo a venda de livro obsceno, existe uma norma que proíba a circulação de livros com
teor obsceno. Surge cds com conteúdo obsceno porém este não possui uma norma
explícita proibindo-o mas é possível proibi-lo valendo-se da analogia​ legis​ da norma que
regula o livro, esses dois casos apesar de não possuírem o mesmo produto possuem o
mesmo ​ratio legis.

A ​analogia ​Juris​ (analogia do direito, princípios gerais do direito) funciona da seguinte


forma, diversas normas dizem em seu texto sobre um determinado tema, extraído dessas
normas o princípio que as rege, que forem solucionar os casos posteriores devem seguir
esse mesmo princípio. Para exemplificar podemos nos valer das normas que dizem em seu
conteúdo que elas devem ser aplicadas para todos de modo igual, sem distinção de sexo,
cor, crença e etc. nasce assim o princípio da Isonomia, tendo este princípio as próximas
normas, valendo desse princípio, deverá ser aplicada para todos de forma igual
independente de no texto não estar dizendo isso.

Já a analogia juris parte de vários preceitos, obtendo, por indução, princípios que lhes são
comuns, os quais, então, são aplicados aos casos não direta e expressamente previstos
pelos dispositivos legais
Parece-nos que a chamada analogia juris é espécie de conjugação de dois métodos
lógicos: a indução e a dedução

Dessa maneira na analogia legis temos um caso semelhante sendo utilizada como base
para decisão de outro caso, e na analogia iuris temos várias normas já regulamentadas
dizendo algo, surgindo um princípio e então este princípio será utilizado nas decisões
posteriores.

A ​interpretação extensiva​ é utilizada quando o intérprete ao verificar que a norma diz


menos do que ela realmente quer dizer, ou seja, ela possui um alcance mais amplo, ele
estende seu sentido buscando abranger tudo que o legislador buscava tutelar quando a
redigiu. Podemos exemplificar quando a norma diz “filho” referindo-se a “descendente”.

A ​indução amplificadora​ assemelha-se a analogia ​Iuris​ de que diversos casos semelhantes


foram solucionados sob a luz de uma norma N, ao surgir um novo caso que se assemelha
aos demais já solucionados, o intérprete vale-se da norma N utilizada para resolver todos os
outros semelhantes ao que é apresentado.
A indução amplificadora é procedimento mais complexo que a analogia. Exige não apenas
um juízo empírico de semelhança e um juízo de valor sobre o caráter mais significativo da
coincidência para efeitos jurídicos, ​mas também que se extraia da comparação e da
valoração um princípio geral. ​Portanto, a distância entre a norma (ou normas) de que se
parte e o caso omisso é maior . Por exemplo, constatamos que os estatutos sociais de
quatro diferentes sociedades prevêem o princípio da maioria para suas deliberações. No
entanto, num contrato que as une para a consecução de uma tarefa comum, não foi prevista
essa regra. O contrato é omisso. Por indução amplificadora, construímos, então, o seguinte
raciocínio: se os estatutos, isoladamente tomados, prevêem o princípio da maioria, é
possível generalizar a regra geral segundo a qual, com base na lealdade negocial, todas as
partes certamente admitem aquele princípio mormente quando nenhuma delas o exclui para
as deliberações internas. Generalizado o princípio, este é, então, aplicado ao caso omisso.
Sentimos que, na indução amplificadora, cresce a liberdade do intérprete. A força
persuasiva do procedimento depende de consenso menos evidente do que ocorre na
analogia sobre a semelhança.

Questão 1:

“​ uma estrutura proposicional enunciativa de uma forma de organização ou de conduta, que


deve ser seguida de maneira objetiva e obrigatória”

estrutura proposicional → proposição prescritiva - procura influenciar o papel alheio

organização ou de conduta → classificação, conduta (comportamento) - 1º grau ou primária,


organização - 2º grau ou secundária.

deve ser→ a norma é um dever-ser. Se F é, deve ser C. Se o fato ocorreu, deve ter
consequência. o fato é um “fato tipo”, um fato hipótese.

obrigatória → heteronomia/imperativa, a norma representa algo obrigatório e um querer


alheio, no caso o querer do estado, não importa sua subjetividade, se vc gosta da norma,
esta deve ser cumprida.

“são aquelas cuja execução é garantida por uma sanção externa e institucionalizada”

sanção interna - moral, não eficaz

sanção externa - algo que vá ocorrer com o “infrator”, existe a social e a institucionalizada, a
social não possui previsibilidade, um dia o grupo lincha outro dia deixa pra lá
institucionalizada - possui previsão, eficácia, predeterminada, a certeza da sanção,

Questão 3:

a) finalidade da norma fundamental:


- conferir unidade: estamos em um ordenamento complexo, as normas devem
ser voltadas a uma norma fundamental, de modo que, de grau em grau
chega-se a norma fundamental. A norma fundamental autoriza o poder
constituinte a gerar uma constituição que assim gera uma “escala” de formas.
- conferir validade: pertencimento a um ordenamento, a norma fundamental
permite verificar a validade da norma.

b) o fundamento da norma fundamental:


- ela não tem fundamento, se for procurar o fundamento sairemos do campo
do direito e tendemos ao “infinito”.

questões fundamentais: unidade e validade.

ordenamento simples → 1 fonte


ordenamento complexo → mais de uma fonte

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