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INTRODUÇÃO AO DIREITO

TEORIA DA NORMA JURÍDICA


(DOGMÁTICA JURÍDICA)

Analogia e Princípios Gerais do


Direito
ANALOGIA

Segundo Paulo Nader:

A analogia é um recurso técnico que consiste em se aplicar,


a uma hipótese não prevista pelo legislador, a solução por
ele apresentada para uma outra hipótese semelhante à não
prevista.

Portanto, no processo analógico legal, a tarefa do aplicador


do Direito, será a de localizar no ordenamento vigente, uma
norma prevista pelo legislador e que apresente semelhança
fundamental com o caso previsto. Esta norma denomina-se
paradigma.
FUNDAMENTOS DA ANALOGIA

- Princípio da igualdade jurídica (casos semelhantes,


decisões semelhantes).

1º - Semelhança material de casos

- Entre o previsto e o não previsto, deve se basear


uma propriedade que seja comum a ambos e que
seja extremamente relevante.

- Necessária muita cautela por parte do aplicador da lei


neste momento. Um julgamento realizado por analogia
de forma equivocada, pode causar injustiça e
insegurança.
2º - Identidade de Razão

- É necessário que ambas as leis possuam a mesma


razão, ou que tratem dos mesmos motivos
(pressupostos).

- Baseado no brocardo romano ubi eadem ratio, ibi


eadem juris dispositio (onde há a mesma razão, deve
haver a mesma disposição de Direito).

- Revela-se então uma ideia de justiça e coerência


normativa: a de disciplinar casos semelhantes de
modo semelhante.
INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA E ANALOGIA

- Embora sejam extremamente parecidas, tratam-se de


institutos distintos.

• Interpretação Extensiva:

- Existe uma lei própria para o caso que está sub judice;

- Porém esta lei possui insuficiência verbal ou


impropriedade de linguagem;

- A interpretação da lei, revela um alcance maior do que


o descrito em seu conteúdo.
• Analogia

- Seu pressuposto de existência e aplicação é a


ausência de um dispositivo legal.

- Pesquisa-se então uma lei semelhante ao caso e


preenche-se a lacuna no ordenamento jurídico.

HIPÓTESES DA NÃO ADMISSÃO DA ANALOGIA

- No Direito Penal (in malam partem);

- No Direito Fiscal, para se impor algum tributo;


PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO

• Definição

Segundo Miguel Reale:

Princípios Gerais de Direito são enunciações


normativas de valor genérico, que condicionam e
orientam a compreensão do ordenamento jurídico, quer
para a sua aplicação e integração, quer para
elaboração de novas normas.

Portanto, são as ideias fundamentais e informadoras


que inspiram a criação do Direito e lhe dão todo o seu
embasamento.
• Funções dos Princípios

- Conforme sua definição, sua função é muito mais ampla


do que a integração do ordenamento jurídico.

- A vida do Direito repousa sobre os princípios que são os


alicerces de toda a sua criação.

- Os Princípios Gerais de Direito são de extrema


importância, uma vez que participam aos mesmo tempo
de quatro momentos em relação às leis:

I. Elaboração da lei;
II. Interpretação da lei;
III. Aplicação da lei;
IV. Integração.

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