E-mail – aparecida@univali.br ANTINOMIAS E LACUNAS Antinomias e lacunas Antinomia – do grego “antinomos” – é a contradição real ou aparente evidenciada entre duas leis, princípios, ou de norma e princípio, o que de certo modo torna difícil a sua interpretação. Lacunas – É a ausência de norma, ou seja, quando a lei nãofornece ao operador do direito, uma solução jurídica para o caso sub judice. O juiz não pode se abster de julgar, no caso de omissão legislativa, já que nesses casos, o juiz deve decidir de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito. Nessa situação, o juiz se utiliza da integração da norma jurídica, que é o recurso a certos critérios suplementares, para a solução de eventuais dúvidas ou omissões da lei. Meios de Integração da norma Analogia –é a aplicação, a um caso não previsto, de regra que rege hipótese semelhante. Ex.: as regras da tutela são aplicáveis à curatela; aplicar uma regra da televisão ao rádio. Costumes- reiteração de determinados atos – o juiz dele se socorre, desde quer esgotadas as potencialidades legais para preencher as lacunas. Ex: no direito comercial os costumes são utilizados e registrados na junta comercial. Princípios gerais do direito – são critérios maiores, escritos ou não, existentes em cada ramo do direito e percebidos pelo intérprete. Ex: expressos em lei e implícitos- princípio da moralidade; proibição genérica de locupletamento ilícito; proteção ao trabalhador, entre outros. FONTES DO DIREITO AS FONTES DO DIREITO -Designam genericamente as origens do direito, ou seja, de onde provém.
Fontes materiais – são os valores e circunstâncias sociais que determinam a formação e o conteúdo das normas jurídicas. Abrangem fatores sociais (históricos, religiosos, demográficos, morais, políticos e econômicos) e também os valores de determinada época (ordem, segurança, paz social, justiça). São manifestadas pelas fontes formais. Fontes formais – são os meios de manifestação do direito mediante os quais o jurista conhece e descreve o fenômeno jurídico, ou seja, é a forma por meio da qual o jurista busca a informação desejada, seja na lei, jurisprudência, costumes, princípios gerais do direito, analogia, doutrina, jurisprudência (súmulas dos tribunais). FONTES FORMAIS DO DIREITO Lei – é a norma feita pelo poder organizado, tendo por finalidade regular as relações sociais. Jurisprudência – é o conjunto uniforme e constante das decisões judiciais sobre casos semelhantes. Segundo Miguel Reale, a “jurisprudência é a forma pela qual o direito se revela, e que se processa através do exercício da jurisdição, em virtude de uma sucessão harmônica de decisões dos tribunais. Costumes – Reiteração de certos atos. É a mais antiga fonte ( há normas costumeiras escritas – assentamentos feitos na junta comercial). FONTES FORMAIS DO DIREITO Princípios gerais do direito – são critérios maiores, as vezes até não escritos, existentes em cada ramo do direito (ex. ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece). Analogia – é a aplicação, a um caso não previsto, de regra que rege hipótese semelhante (ex. aplicar a regra de TV ao rádio). Doutrina – conjunto de ideias, regras e princípios, enunciados nas obras dos doutrinadores sobre determinadas matérias jurídicas. Súmulas dos tribunais – do latim summula(resumo). Tem o sentido de sumário, de índice de alguma coisa. É o que de modo abreviado explica o teor ou o conteúdo integral de alguma coisa. Assim, a súmula de uma sentença, de um acórdão, é o resumo, ou a própria ementa da sentença ou acórdão. ORDENAMENTO JURÍDICO ULTRATIVIDADE DA LEI Quando a lei revogada sobrevive. Assim, o ato jurídico perfeito será avaliado de acordo com a lei existente à época da conclusão do ato.
REPRISTINAÇÃO É a ressurreição de uma lei anterior pela revogação da que a substituiu. Não é admitida pelo Código Civil.
A Obrigatoriedade da Guarda Compartilhada em Contraposição ao Princípio do Superior Interesse da Criança: uma análise do Ordenamento Jurídico Brasileiro