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LEI E
INTEGRAÇÃO
DO DIREITO
Nesses casos, em que não se verifique disposição legal que regule
expressamente a questão, pode-se dizer que há “lacuna da lei”, ou seja,
omissão da norma legal.
TEORIAS QUE TENTAM EXPLICAR A COMPLETUDE DO ORDENAMENTO
“Finalmente, os princípios gerais de Direito, como o próprio nome indica, são os postulados
extraídos da cultura jurídica, fundando o próprio sistema da ciência jurídica. São ideais
ligados ao senso de justiça. Emanam do Direito Romano, sintetizados em três axiomas: não
lesar ninguém (neminem laedere), dar a cada um o que é seu (suum cuique tribuere) e viver
honestamente (honeste vivere). (FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de
DireitoCivil: parte geral e LINDB, 15ª ed., Salvador: JusPodivm, 2017, p.121)
-Podem ser expressos ou implícitos na Constituição e nas leis, como ocorre com
o princípio constitucional da igualdade, enquanto outros estão implícitos no
ordenamento jurídico.
-Podem ser aplicados pelo juiz na atividade jurisdicional, ao decidir o caso em
concreto.
-Exercem relevante função de orientar a interpretação e a aplicação das regras
jurídicas.
-Entende-se que os princípios gerais de direito integram o próprio ordenamento
jurídico, estando nele presentes de forma explícita ou implícita.
Nesse enfoque, os princípios gerais de direito apresentam natureza normativa.
As normas jurídicas, como gênero, podem ser de duas espécies, quais sejam:
regras e princípios.
EQUIDADE
A equidade é entendida como a
“justiça do caso concreto”. Por meio
dela, o juiz suaviza o rigor da norma
jurídica abstrata, tendo em vista as
peculiaridades do caso concreto.
Na realidade, a equidade pode ter aplicação sob formas distintas,
apresentando funções diversas:
1)quando a lei autoriza que o juiz decida por equidade. Nesse caso, pode-se
entender que a equidade figura como fonte do Direito. De acordo com o
artigo 140, parágrafo único do Novo Código de Processo Civil, o juiz só
pode decidir por equidade nos casos previstos em lei.
2)a equidade também exerce função integrativa, podendo ser aplicada na
omissão da lei que regule o caso em concreto. A equidade, assim, é vista
como elemento de integração, suprindo lacunas do Direito. Nesse caso,
ausente lei que regulamente uma determinada situação, esgotados ou
insuficientes os meios de integração previstos no artigo 4º da Lei de
Introdução às Normas do Direito Brasileiro (analogia, costumes, princípios
gerais do Direito), a equidade pode ser utilizada para regular o caso em
concreto
Hipóteses em que o sistema jurídico admite o julgamento por equidade:
1) art. 85, §8º do Código de Processo Civil, autoriza o juiz a decidir com esteio
na equidade sobre a fixação da verba honorária devida pelo vencido na ação,
quando a causa não tiver repercussão econômica ou quando se trata de
proveito econômico irrisório, como uma ação de guarda de filhos.
2)o artigo 413 do Código Civil permite o uso da equidade pelo juiz para fins de
redução do valor da cláusula penal (multa contratual) quando a obrigação for
cumprida em parte ou quando tiver sido fixada em percentual excessivo....
(FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil:
parte geral e LINDB, 15ª ed., Salvador: JusPodivm, 2017, p.136)
ANALOGIA