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CEPMG-GI - GABRIEL ISSA

AGOSTO, 2022

Crianças em Situação de Rua


A PRECÁRIA VIDA DOS JOVENS NAS RUAS

Ana Luiza Lins


Anna Luiza Azevedo
Moisés Augusto
Yuri Freitas

ANÁPOLIS
2022

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CEPMG-GI - GABRIEL ISSA
AGOSTO, 2022

Crianças em Situação de Rua

Trabalho referente ao ESTATUTO


DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE e
AOS JOVENS E CRIANÇAS NAS RUAS
BRASILEIRAS
2022, 7° ano E

ANÁPOLIS,
2022
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ÍNDICE

I. Introdução....................................................................4
II. Desenvolvimento.........................................................5
• O ECA...................................................................................5
• OS DIREITOS FUNDAMENTAIS DA CRIANÇA............6
• A SITUAÇÃO DE RUA NO BRASIL E SUA
LIGAÇÃO AO RACISMO........................................8
• A MISÉRIA E FOME DAS RUAS......................................9
• ABANDONO INFANTIL...................................................10
• AS POSSÍVEIS SOLUÇÕES..............................................11
III. Conclusão..................................................................12
IV. Bibliografia...................................................................

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I. Introdução

Neste trabalho, abordamos as crianças e jovens que moram


nas ruas brasileiras e concluímos que a situação dessas
pessoas é precária.
O presente trabalho é sobre crianças moradoras de rua, mais
concretamente o Estatuto da Criança e do Adolescente;
É objetivo desde trabalho fazer com que mais pessoas
tenham o conhecimento da vida dos jovens moradores de
rua.
Está organizado em 6 partes. Na parte 1, será abordado o
ECA. Na parte 2 optamos por abordar os direitos da criança
e assim sucessivamente
A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica,
enriquecida com algumas entrevistas.

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II. Desenvolvimento
O ECA

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é um


conjunto de normas judiciais com o objetivo de proteger os
direitos das crianças brasileiras. É o marco legal e
regulatório dos direitos humanos de crianças e
adolescentes. Foi criado em 13 de julho de 1990, há 32
anos, pelo Congresso Nacional.
Os direitos fundamentais previstos pela Constituição são
extensíveis a todos os brasileiros (de crianças a idosos), o
ECA prevê os direitos fundamentais para a criança e para o
adolescente.
Mas antes disso, cumpre salientar que o Estatuto da Criança
e do Adolescente se estende a todas as crianças e a todos os
adolescentes sem discriminação de nascimento, situação
familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença,
deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e
aprendizagem, condição econômica, ambiente social,
região e local de moradia ou outra condição que diferencie
as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem.

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OS DIREITOS FUNDAMENTAIS DA CRIANÇA

• Vida;
• Saúde;
• Liberdade;
• Respeito;
• Dignidade;
• Convivência familiar e comunitária;
• Educação;
• Cultura;
• Esporte;
• Lazer;
• Profissionalização;
• Proteção no Trabalho;

▪ Art. 4: É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do


poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos
direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao
esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
▪ Art. 5: Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma
de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou
omissão, aos seus direitos fundamentais.
▪ Art. 14: O Sistema Único de Saúde promoverá programas de
assistência médica e odontológica para a prevenção das enfermidades
que ordinariamente afetam a população infantil, e campanhas de
educação sanitária para pais, educadores e alunos.
▪ Art. 18 – a: A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e
cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou
degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou
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qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família
ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de
medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de
cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.
▪ Trechos extraídos da lei 8.069 de 1990 (Estatuto da Criança e do
Adolescente)

Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer


forma de negligência, discriminação, exploração, violência,
crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer
atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos
fundamentais. A omissão aos direitos da criança e do
adolescente também é hipótese de punição.

A garantia de prioridade compreende:


I. primazia de receber proteção e socorro em
quaisquer circunstâncias;
II. precedência de atendimento nos serviços públicos
ou de relevância pública;
III. referência na formulação e na execução das
políticas sociais públicas;
IV. destinação privilegiada de recursos públicos nas
áreas relacionadas com a proteção à infância e à
juventude.

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A citação desse assunto é importantíssima para a
compreensão do tópico principal: jovens e crianças vivendo
nas ruas brasileiras. Tem grande importância pois o
abandono e a permanência de menores de idade nas ruas
violam os direitos da criança, pois todo infante tem direito
a uma moradia, a convivência familiar e comunitária, a
dignidade e outros.

A SITUAÇÃO DE RUA NO BRASIL


E SUA LIGAÇÃO AO RACISMO

No nosso país, há muitos moradores de rua, dentre eles


estão os jovens e as crianças. Infelizmente, isso tem uma
grandíssima relação com o racismo estrutural.
Pesquisa sobre crianças e adolescentes em situação de rua
e em acolhimento institucional com trajetória de vida nas
ruas identificou violações de direitos sofridos por essa
população, incluindo a luta pela sobrevivência, o racismo
estrutural, o trabalho precoce, a baixa escolaridade, a
violência vivenciada nas ruas e também no âmbito familiar.
Tais situações são agravadas ainda pelo contexto da
pandemia de covid-19 no país, e esses grupos tornam-se
mais vulneráveis, segundo avaliação de especialistas.
Desenvolvida pela Associação Beneficente O Pequeno
Nazareno e pelo Centro Internacional de Estudos e
Pesquisas sobre a Infância da Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro (Ciespi/PUC-Rio) no âmbito do

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projeto Conhecer para Cuidar, a pesquisa tem o objetivo de
subsidiar políticas públicas que atendam essa população.
Segundo o coordenador de projetos da associação, Manoel
Torquato, a pesquisa mostra que 85% das crianças e
adolescentes que vivem nas ruas são negros (soma de pretos
e pardos), e este é um dado sempre importante, porque, de
certa forma, explica a origem da situação de rua no Brasil.
"Ela tem a ver com racismo estrutural”, afirma Torquato,
que é também coordenador nacional da Rede Criança Não
é de Rua. Nas instituições de acolhimento, o número é mais
expressivo: 89% se autodeclararam pretos ou pardos.
Manoel Torquato ressalta que o racismo tem seus
desdobramentos na desigualdade social observada até hoje.
“Tanto que, se a gente comparar esses dados com os dados
de homicídios, de encarceramento, de pobreza extrema,
sempre vai encontrar uma maioria negra. Aqui, mais uma
pesquisa vai apontar isso, agora com crianças e
adolescentes em situação de rua.”
Mesmo com os avanços legislativos alcançados, a
realidade de milhares de crianças ao redor do mundo ainda
é de abandono, exclusão e desrespeito aos seus direitos
fundamentais.

A MISÉRIA E A FOME DAS RUAS

Em relação à fome e à miséria, por exemplo, de acordo com


o relatório A Situação Mundial da Infância 2019: Crianças,
alimentação e nutrição, do UNICEF, estima-se que cerca

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de 250 milhões de crianças menores de 5 anos no mundo
sofrem com desnutrição ou sobrepeso. Além disso, o estudo
aponta que metade das crianças do planeta possuem
carência de vitaminas e minerais.
Em todo o Brasil, 15,5% da população sofre com
insegurança alimentar grave. Especialistas apontam que
crianças podem ser as mais atingidas pelo cenário de fome
crescente.
Em 2021, A organização da ONU faz um péssimo balanço:
17.000 crianças morrem de fome todos os dias, quase um
bilhão de seres humanos estão permanente e gravemente
desnutridos.
Os fatores que causam a fome no mundo são vários, dentre
os quais estão a desigualdade social, a pobreza, os conflitos
e guerras, as crises econômicas, a má distribuição de
alimentos e o manejo inadequado dos recursos naturais.

ABANDONO INFANTIL

O abandono infantil não é recente, tendo raízes desde a Era


Medieval, por exemplo. É visto como um rompimento de
um vínculo entre os pais e filhos. As vítimas são submetidas
a abusos físicos e psicológicos, contrariando as normas do
ECA que defendem e garantem as dignas condições de vida
às crianças e aos jovens. Os menores de idade têm direito à
uma comunidade, ao respeito e à dignidade.

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AS POSSÍVEIS SOLUÇÕES

Para solucionar a situação dessas crianças, o governo


deveria investir em novas instituições de abrigos e garantir
a saúde e educação. Além disso, procurar famílias que
atendem aos requisitos para adotarem alguma dessas
crianças. A prefeitura poderia fazer projetos que ajudariam
as crianças para incentivar a população a colaborar com
esses eventos.
Fazer doações para instituições ajudaria a colaborar com
várias crianças e jovens moradores de rua. Essas doações
englobam cestas básicas. livros, roupas e brinquedos.
Infelizmente, sem a grande ajuda dos órgãos do governo,
grande parte disso não seria possível.

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CONCLUSÃO

Neste trabalho abordamos a situação das crianças que


moram nas ruas e concluímos que as condições de vida
dessas pessoas poderiam ser melhoradas coma ajuda da
população e do governo.
Cumpriremos nosso principal objetivo uma vez que o
conhecimento tenha sido passado e entendido.

BIBLIOGRAFIA

Boehm, C. (27 de Junho de 2020). Jovens em situação de rua


ficam mais vulneráveis durante a pandemia. Fonte:
AgênciaBrasil: https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-
humanos/noticia/2020-06/fragilidade-de-criancas-e-
adolescentes-em-situacao-de-rua-cresce-na

Gimenez, A. P., Correia Florêncio Silva, B., de Rê, E., de


Cristofaro, G., Dragone Pires, M., & Scofano Martins, M.
(18 de Janeiro de 2022). Direitos das crianças e dos
adolescentes: o que são? Fonte: Politize!:
https://www.politize.com.br/equidade/blogpost/direitos-das-
criancas-e-dos-adolescentes/

Silveira, L. R. (2020). Principais pontos do Estatuto da Criança e


do Adolescente para CBMMG Oficial. Fonte: Estratégia:
https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/principais-
pontos-do-estatuto-da-crianca-e-do-adolescente-para-
cbmmg-oficial/

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