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Referências:
BOBBIO, Norberto. Teoria do Ordenamento jurídico. Brasília: UNB, 19999. (Cap. 3 e 4).
FERRAZ Jr. Tércio. Introdução ao estudo do direito. (ver índice)
Comentários
O código penal foi criado de acordo com as regras do sistema, dentro do processo legislativo de criação
da lei.
O trabalho do advogado seria combinar todos os textos contidos nas normas, de modo a forma um
conjunto argumentativo, no sentido de se obter uma tese.
O senso comum do jurista defende o ordenamento como um sistema de normas.
b) O princípio estático e o princípio dinâmico:
Segundo a natureza do fundamento da validade (Teoria Pura do Direito – Kelsen – página 136),
podemos dintinguir dois tipos de diferentes sistemas de normas: um tipo estátivo e um tipo dinâmico.
As normas de um ordenamento do tipo estático, a exemplo da conduta dos indivíduos por elas
determinada, é considerada como devida (devendo ser) por força de seu conteúdo: porque a sua
validade pode ser reconduzida a uma norma a cujo conteúdo pode ser subsumido o conteúdo das
normas que formam o ordenamento, como o particular ao geral. Normas como: não devemos mentir,
não devemos fraudar, devemos respeitar os compromissos tomados, não devemos prestar falsos
testemunhos, poder ser deduzidas de uma norma que prescreve a veracidade. Da norma segundo a qual
devemos amar o nosso próximo podemos deduzir as normas: não devemos fazer mal ao próximo, não
devemos, especialmente, causar-lhe a morte, não devemos prejudicá-lo moral ou fisicamente, deemos
ajudá-lo quando precise de ajuda. Um sistema de normas cujo fundamento de validade e conteúdo de
validade são deduzidos de uma norma pressuposta como norma fundamental éum sistema estático de
normas. O princípio segundo o qual se opera a fundamentação da validade das normas deste sistema é
um sistema estático.
O tipo dinâmico é caracterizado pelo fato de a norma fundamental pressuposta não ter por
conteúdo senão a instituição de um fato produtor de normas, a atribuição de poder a uma autoridade
legisladora ou uma regra que determina como devem ser criadas as normas gerais e individuais do
ordenamento fundado sobre esta norma fundamental.
Exemplo: Um pai ordena ao filho que vá à escola.
Resposta do filho: Por que devo ir à escola?
R1: Porque o pai assim ordenou e o filho deve obedecer às ordens do pai.
Se o filho continua a perguntar: Por que devo eu obedecer às ordens do pai?
R2: Porque Deus ordenou a obediência aos pais e nós devemos obedecer às ordens de Deus.
Subsumido = incluir em algo mais amplo ou abrangente, considerar alguma coisa como fazendo parte
de um conjunto maior e mais amplo ou como sendo a aplicação particular de algo geral, classificar um
caso concreto à luz de um preceito legal abstrato.
CAPÍTULO XI
Da Proteção da Pessoa dos Filhos
Art. 1.583. No caso da dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal pela separação judicial por
mútuo consentimento ou pelo divórcio direto consensual, observar-se-á o que os cônjuges acordarem
sobre a guarda dos filhos.
Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada. (Redação dada pela Lei nº 11.698, de 2008).
§ 2 o A guarda unilateral será atribuída ao genitor que revele melhores condições para exercê-la e,
objetivamente, mais aptidão para propiciar aos filhos os seguintes fatores: (Incluído pela Lei nº 11.698, de
2008)
§ 2 o Na guarda compartilhada, o tempo de convívio com os filhos deve ser dividido de forma
equilibrada com a mãe e com o pai, sempre tendo em vista as condições fáticas e os interesses dos
filhos. (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
Referências:
BOBBIO, Norberto. Teoria geral do direito. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
DINIZ, Maria Helena. Lei de introdução às normas do direito brasileiro interpretada.
São Paulo: Saraiva, 2012.
FERRAZ JR, Tércio Sampaio. Introdução ao estudo do direito. Técnica, decisão,
dominação. São Paulo: Atlas, 2006.
Lógica Deôntica
Obrigatório ( O )
Proibido ( O não )
Permitido positivo ( não O não )
Permitido negativo ( não O )
Exemplo: p – usar capacete ao conduzir motocicleta
Critério hierárquico:
o O direito superior revoga o direito inferior (lex superior derogat inferiori)
Critério cronológico:
o O direito posterior revoga o direito anterior (lex posterior derogat priori)
Critério da especialidade:
o O direito especial revoga o direito geral (lex specialis derogat generali)
12.4. Retroatividade da Lei e Impedimentos à Retroatividade
“A doutrina das fontes do direito é uma construção de vários níveis. O que se discute
não é apenas o grande número de teorias das fontes jurídicas: a própria metáfora da
fonte, uma metáfora velha e bela, não possui a seletividade própria de um conceito
moderno. Ela oferece um ponto de partida para reflexões de naturezas muito
diferentes que recentemente, se não na dogmática, mas pelo menos na teoria do
direito, seguem caminhos muito diferentes” (LUHMANN, 1990, p. 243).
“(...) a doutrina das fontes do direito permanece uma metáfora e um catálogo de tipos.
Ela não vincula o decisor a fundamentar suas decisões prevalentemente no direito
legislado ou no consuetudinário ou na prática jurídica, em princípios gerais ou em
valorações sistemáticas, tampouco fixa o modo pelo qual deve decidir os conflitos
entre essas possibilidades” (LUHMANN, 1990, p. 251).
13.2. Fontes materiais e fontes formais
Formas de produção de direito (normas jurídicas):
Processo legislativo -> Lei em sentido amplo (códigos, estatutos, decretos,
portarias, regulamentos, circulares, medidas provisórias, etc).
Atividade jurisdicional -> Jurisprudência (conjunto de decisões no mesmo
sentido, súmulas, orientações jurisprudenciais, enunciados dos tribunais,
conjunto de precedentes, etc).
Interações sociais -> Costume (usos e costumes comerciais, tradições, cultura,
etc).
Autonomia da vontade -> Contratos (negócio jurídico, testamento, tratados,
etc).
Fontes materiais:
Fundamentos éticos, técnicos, científicos, históricos, sociais, econômicos, culturais,
etc.
Tudo aquilo que fundamenta substancialmente a produção do direito, mas que não
tem caráter vinculante.
Direito dogmático da modernida: prevalência das fontes estatais sobre as demais, especialmente da lei
como expressão da soberania popular nas democracias modernas.
14º Ponto: O PROBLEMA DA DOUTRINA COMO FONTE DO DIREITO (05/04/2023)
14.1. Evolução histórica e o Corpus Juris Civilis
14.2. Conceito e função na atualidade
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HART, Herbert L.A. O conceito de direito. Lisboa. Calouest Gulbenkian, 2007.
LOSANO, Mario G. Os grandes sistemas jurídicos. São Paulo: Martins Fontes, 2007.