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Pedido de Revogação de Prisão Preventiva – Réu Com Endereço Incerto

e Não Sabido - Foragido

EXMA. SRA. DRA. JUIZA DA TERCEIRA VARA


CRIMINAL DE ...................... .

RÉU PRESO - URGENTE

Por dependência – do Protocolo .........................,


Código TJ........ - Pedido de Revogação de Prisão Preventiva

................................................... ,
brasileiro, casado, motorista, nascido em ........., em ............., filho
de ............................................. e ..............................., residente na
Rua ......................................., Bairro .........................., nesta cidade, via
de seu advogado in fine, assinado, (m.j.), permissa máxima vênia, vêm
perante a conspícua e preclara presença de Vossa Excelência, nos termos
do art. 5º, LVI e LV, de nossa Carta Magna, combinado com art. 316 do
Código de Processo Penal, requerer

REVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA

por não mais subsistirem os motivos que a ensejaram, e face aos fatos e
fundamentos a seguir perfilados:

SÚMULA DOS FATOS


1 O Requerente foi denunciado, sob a
suposta infringência da norma proibitiva contida no art. 121, do CPB,
tendo sido decretada sua prisão por pronúncia as fls......, (doc.....) em
virtude de ter sido considerado “em lugar incerto e não sabido”.

2 Ocorre, excelência, que durante a


instrução criminal o Requerente compareceu espontaneamente, em Juízo,
para ser interrogado, e posteriormente, sempre manteve os defensores
cientificados de seu paradeiro, sendo que os mesmo, por desídia,
deixaram de informar as mudanças de endereços, o que culminou com a
decretação de sua prisão preventiva.

3 Conforme, demonstram os documentos


que instruem o presente pedido, o Requerente possui endereço certo e
sabido, nesta urbe, exerce ocupação lícita, sendo tecnicamente primário e
de bons antecedentes.

DO DIREITO
Conforme, entendimento de nossa melhor
doutrina, a prisão provisória, por ser atentatória a liberdade individual da
pessoa humana, e por constituir-se em prisão sem inflição anterior de
pena, somente há de ser decretada em casos excepcionais e cercado das
necessárias cautelas, a fim de que não se constitua em cerne ou caldo de
cultura de injustiça. Sendo esta injustiça, fato que compromete o jus
libertatis do cidadão, ainda não definitivamente considerado culpado, por
sentença penal condenatória, somente poderá ser convalidada se
presentes além dos pressupostos básicos e necessários, que se atenda
ainda, as circunstâncias que a autorizam: garantia da ordem pública,
conveniência da instrução criminal e asseguração de eventual pena a
ser imposta, conforme se detrai do artigo 312 do Código de Processo
Penal.

Ordem pública, como de curial sabença é


a paz e a tranqüilidade geral, hipótese peculiar aos delinqüentes
contumazes cuja liberdade se mostra atentatória à harmonia social face a
periculosidade manifesta de seus destinatários, situação que no caso
vertente, em momento algum se faz presente uma vez que o Requerente é
de excelente antecedentes e jamais infringiu qualquer norma penal por
mais insignificante que seja.

A asseguração da aplicação da lei penal,


medida salutar e indispensável que justifica a segregação do jus libertatis
do agente, de forma evidente há que ser demonstrada para a sua
admissão. Nos presente caso, à sobeja se demonstrou que o Requerente é
radicado no distrito da culpa, onde tem raiz- patrimonial, social,
laborativa e familiar.
Assim, Excelência, é perfeitamente
aplicável o benefício disposto no art. 316 do Código de Processo Penal,
vez que desaparecido motivo ensejador da custódia preventiva.

Na ótica do mestre .................................


a concessão do benefício é viável: ...Também é possível que o juiz,
apreciando o conjunto probatório amealhado após a decretação da
medida cautelar, verifique que ela é desnecessária ou inconveniente, o
que permite também sua revogação.1

EX POSITIS,
Espera o Requerente, seja presente pedido recebido, apensado aos autos
principais, e depois de ouvido a ilustre representante do Parquet,
deferido para o fim de revogar sua prisão preventiva, nos termos dos
dispositivos legais retro perfilados, mandando que se expeça em seu
favor o competente ALVARÁ DE SOLTURA, pois desta forma Vossa
Excelência estará restabelecendo o império da Lei, do Direito e da
JUSTIÇA.

Pede deferimento.

LOCAL E DATA

1
Júli Fabbrini Mirabete “Código de Processo Penal Interpretado”, 8ª Ed. – pág. 710
____________________________
OAB

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