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1. ENDEREÇAMENTO
2. QUALIFICAÇÃO
I – DOS FATOS
PRISÃO PREVENTIVA:
Na data XXXX, o requerente foi preso preventivamente pela suposta
prática do crime XXXX, tendo a decisão se baseado nos requisitos previstos no
art. 312, XXX e 313, XXX do CPP para fins de decretação da prisão preventiva
do requerente.
Atenção: com a redação dada pela Lei nº 13.964/19, o juiz não mais
poderá decretar a prisão preventiva de ofício. Em tal situação, é possível
requerer o relaxamento da prisão, eis que ilegal, e não sua revogação.
PRISÃO TEMPORÁRIA:
Na data XXXX, foi decretada a prisão temporária do requerente pela
suposta prática do crime XXX (um dos crimes previstos no inciso III do art. 1º da
Lei nº 7.960/89), com fulcro no artigo 1º da Lei nº 7.960/89, I OU II, OU III.
Atenção: se porventura se findar o termo final do prazo da prisão
temporária e o seu cliente não tiver sido solto ainda, trata-se de prisão ilegal, de
sorte a atrair o pedido de relaxamento de prisão e/ou impetração de Habeas
Corpus.
O prazo da prisão temporária é de 5 dias, prorrogável por igual período
caso haja extrema e comprovada necessidade. Em crimes hediondos e
equiparados, o prazo é de 30 dias, podendo se prorrogar por mais 30 dias.
II – DO DIREITO
PRISÃO PREVENTIVA
À luz do artigo 312 do CPP: “A prisão preventiva poderá ser decretada como
garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução
criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da
existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado
de liberdade do imputado.”
Exemplo de fundamentação:
No caso, não subsistem elementos que comprovem a necessidade da prisão
preventiva.
PRISÃO TEMPORÁRIA
De acordo com o artigo 1º da Lei nº 7.960/89, o rol de crimes que admite a
decretação da prisão temporária é taxativo.
Discorra acerca do motivo pelo qual os requisitos abaixo não mais subsistem
para a segregação cautelar de seu cliente;
I – IMPRESCINDIBILIDADE PARA AS INVESTIGAÇÕES DO INQUÉRITO
POLICIAL
Neste item, é possível pedir o afastamento da prisão temporária decretada
se, por exemplo, o seu cliente prestou depoimento na Delegacia de Polícia, de
sorte que sua prisão temporária não se afigura necessária para as investigações
conduzidas pela autoridade policial.
II – SE O INDICIADO NÃO TIVER RESIDÊNCIA FIXA OU NÃO FORNECER
ELEMENTOS NECESSÁRIOS AO ESCLARECIMENTO DE SUA IDENTIDADE
Explore esse item se, porventura, há provas da residência fixa do seu cliente
e/ou se existem elementos suficientes ao esclarecimento de sua identidade. Vale
relembrar, neste particular, que a identificação dos indiciados/denunciados/réus
em geral através de seu apelido, desde que permita sua identificação, é
plenamente possível. Sendo assim, se porventura não conter o nome completo
do cliente nos autos mas, por outro lado, existirem elementos que permitam sua
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local, data.
Advogado, OAB.
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Em se tratando de prisão temporária, devemos explicar que o art. 316 do CPP se aplica por
interpretação extensiva.