Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PROCESSO Nº ______________________
1 - DOS FATOS
Ocorre, todavia, que o advogado que esta petição subscreve, conseguiu junto à
EMPRESA _______ o vídeo relatado pelo Policial Militar no Boletim de Ocorrência
(Doc. CD anexo), e na análise do referido vídeo torna-se claro que o requerente nem
vislumbrava que seus “clientes” estavam praticando o ilícito penal tipificado no art.
157 do CP.
Vislumbra-se nos autos, com clareza inquestionável, que o requerente não tinha 5
consciência de que estava ocorrendo uma ação delituosa. Outra prova disso, é o fato
que quando foi informado através de uma ligação telefônica de sua genitora que a
Polícia Militar estava na sua casa prontamente se dirigiu ao local para
esclarecimentos, sendo que neste momento tomou conhecimento da ocorrência do
roubo. ORA, SE O REQUERENTE REALMENTE ESTIVESSE ENVOLVIDO NA AÇÃO
DELITUOSA JAMAIS APARECERIA ESPONTANEAMENTE DIANTE DOS POLICIAIS
MILITARES.
2 - DO DIREITO
Como narrado acima, não se pode sustentar a prisão cautelar de um cidadão sem as
reais necessidades elencadas no art. 312 do Código de Processo Penal.
É bom acentuar que a prisão cautelar é uma medida extrema e só poderá ser mantida
em situações excepcionais. Verifica-se que ela está jungida ao que disciplina o art. 310
e seu Parágrafo Único do CPP e a profícua, prudente a abalizada fundamentação da
Autoridade judicante. A respeito do tema, manifesta-se, com Autoridade de Mestre, o
Dr. WEBER MARTINS BATISTA, no seu livro "IN LIBERDADE PROVISÓRIA" 2ª edição,
Editora Forense, página 73, em análise ao Parágrafo Único do art.310 do CPP.
Não se pode negar que é sempre produtivo e plausível mostrar o trabalho intelectual
de quem opera o direito, fazendo aflorar o seu cerne coerente e faceta ontológica. Em
pesquisa feita a respeito do assunto, há poucos dias, veja-se o ponto de vista sábio,
abalizador e coadunante com o tema em tela, da lavra do Excelentíssimo Senhor
Procurador de Justiça do TJDFT, Dr. JOÃO ALBERTO RAMOS no parecer dado no Habeas
Corpus protocolizado no TJDFT, sob o nº 480-3/99, paciente RAIMUNDO CORREIA DA
SILVA, no dia 24 de março de 1999, IPSIS LITTERIS:
Veja-se, sustentando a assertiva, o que esse TJDF decidiu, respectivamente, nos Habeas
Corpus n.º. 0004759, ano 88, de 27/07/88, Relator Doutor Desembargador VALTENIO
MENDES CARDOSO, e 0002978, de 10/09/81, Relator Doutor Desembargador LÚCIO
ARANTES.
Ressalte que outras EMENTAS reiteradas a respeito do assunto, trazidas à tona pôr
esse conceituado TJDFT, não deixam a menor dúvida de que a LIBERDADE PROVISÓRIA
deva ser concedida, quando o paciente não oferecer risco à conveniência e nem solto
ferir a garantia da ordem pública, conforme encontra-se manifesto no art. 310,
Parágrafo Único, do CPP., como veremos a seguir:
http://bit.ly/2T111;
https://drive.google.com/file/d/SLJRFKSJFOoxHvKSH7e2Lj9JotthAukgo/
view?usp=drivesdk
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
__________________________
XXXXXXXXXXXX
OAB/MG – 111111