Como Paulo Freire articulava a concepção de educação política e democrática às
práticas de gestão educacional.
Paulo Freire, um renomado educador brasileiro, foi um defensor fervoroso da
educação política e democrática. Ele acreditava que a educação não deveria ser apenas um processo de transmissão de conhecimento, mas também um meio de empoderar os indivíduos e transformar a sociedade. Freire articulava essa concepção de educação política e democrática às práticas de gestão educacional de várias maneiras. Uma das principais contribuições de Freire foi a sua abordagem pedagógica conhecida como "educação popular" conhecida como "Pedagogia do Oprimido". Ele defendia uma concepção de educação política e democrática, em que a educação não se limita à transmissão de conhecimentos, mas também busca a conscientização, da transformação social. Articulava essa concepção às práticas de gestão educacional ao promover a participação ativa dos estudantes e educadores, valorizar o diálogo e a colaboração, incentivar a reflexão crítica e a transformação social e defendia a pedagogia do oprimido. Nessa abordagem, o educador não é apenas um transmissor de conhecimento, mas também um facilitador do diálogo e da reflexão crítica. Ele acreditava que os alunos devem ser ativos no processo de aprendizagem, participando ativamente das discussões e tomando decisões sobre o conteúdo e os métodos de ensino. Essa abordagem promove a participação democrática e a construção coletiva do conhecimento. Assim, Freire defendia a importância da conscientização política dos alunos. Ele acreditava que a educação não deve ser neutra, mas sim engajada e comprometida com a transformação social. Para ele, a educação política envolve a análise crítica das estruturas de poder e a busca por uma sociedade mais justa e igualitária. Freire argumentava que os alunos devem ser encorajados a questionar as desigualdades e a injustiça social, e a se envolverem em ações coletivas para promover mudanças. No contexto da gestão educacional, Freire propunha uma abordagem participativa e democrática. Ele defendia a descentralização do poder e a participação de todos os envolvidos no processo educacional - alunos, professores, pais e comunidade. Ele acreditava que a gestão educacional não deve ser autoritária, mas sim baseada no diálogo e na colaboração. Isso implica em ouvir as vozes dos diferentes atores envolvidos, valorizar suas experiências e conhecimentos, e tomar decisões de forma coletiva. Para Freire, a gestão educacional democrática também envolve a promoção da igualdade de oportunidades. Ele criticava a exclusão e a marginalização de certos grupos na sociedade, e defendia a necessidade de políticas educacionais que garantam o acesso e a permanência de todos os alunos na escola. Isso implica em combater o preconceito, a discriminação e as desigualdades sociais, e em criar um ambiente inclusivo e acolhedor para todos. Concluindo, Paulo Freire articulava a concepção de educação política e democrática às práticas de gestão educacional através de uma abordagem pedagógica participativa, da conscientização política dos alunos, da descentralização do poder e da promoção da igualdade de oportunidades. Sua visão de educação ia além da mera transmissão de conhecimento, buscando empoderar os indivíduos e transformar a sociedade. Suas ideias continuam sendo relevantes e inspiradoras para a construção de uma educação mais democrática e inclusiva.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
SOUZA, L. C. de; DONAIRE, S. K.; NEVES, S. G. Gestão educacional em Paulo Freire:
educação política e democrática, ensino-aprendizagem e participação das instâncias colegiadas. Revista brasileira de política e administração da educação, [s.l.], v. 37, p. 753-769, maio-ago. 2021 https://www.seer.ufrgs.br/index.php/rbpae/article/view/113253/64401
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