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NOME Jairo de Oliveira RGM 36804908

CURSO Pedagogia POLO João Pessoa - Torre

PRÁTICA DE ENSINO – ATIVIDADE REFLEXIVA

Como Paulo Freire articulava a concepção de educação política e democrática às


práticas de gestão educacional.

Paulo Freire, um renomado educador brasileiro, foi um defensor fervoroso da


educação política e democrática. Ele acreditava que a educação não deveria ser apenas
um processo de transmissão de conhecimento, mas também um meio de empoderar os
indivíduos e transformar a sociedade. Freire articulava essa concepção de educação
política e democrática às práticas de gestão educacional de várias maneiras.
Uma das principais contribuições de Freire foi a sua abordagem pedagógica
conhecida como "educação popular" conhecida como "Pedagogia do Oprimido". Ele
defendia uma concepção de educação política e democrática, em que a educação não
se limita à transmissão de conhecimentos, mas também busca a conscientização, da
transformação social. Articulava essa concepção às práticas de gestão educacional ao
promover a participação ativa dos estudantes e educadores, valorizar o diálogo e a
colaboração, incentivar a reflexão crítica e a transformação social e defendia a
pedagogia do oprimido.
Nessa abordagem, o educador não é apenas um transmissor de conhecimento,
mas também um facilitador do diálogo e da reflexão crítica. Ele acreditava que os alunos
devem ser ativos no processo de aprendizagem, participando ativamente das
discussões e tomando decisões sobre o conteúdo e os métodos de ensino. Essa
abordagem promove a participação democrática e a construção coletiva do
conhecimento.
Assim, Freire defendia a importância da conscientização política dos alunos. Ele
acreditava que a educação não deve ser neutra, mas sim engajada e comprometida com
a transformação social. Para ele, a educação política envolve a análise crítica das
estruturas de poder e a busca por uma sociedade mais justa e igualitária. Freire
argumentava que os alunos devem ser encorajados a questionar as desigualdades e a
injustiça social, e a se envolverem em ações coletivas para promover mudanças.
No contexto da gestão educacional, Freire propunha uma abordagem
participativa e democrática. Ele defendia a descentralização do poder e a participação
de todos os envolvidos no processo educacional - alunos, professores, pais e
comunidade. Ele acreditava que a gestão educacional não deve ser autoritária, mas sim
baseada no diálogo e na colaboração. Isso implica em ouvir as vozes dos diferentes
atores envolvidos, valorizar suas experiências e conhecimentos, e tomar decisões de
forma coletiva.
Para Freire, a gestão educacional democrática também envolve a promoção da
igualdade de oportunidades. Ele criticava a exclusão e a marginalização de certos
grupos na sociedade, e defendia a necessidade de políticas educacionais que garantam
o acesso e a permanência de todos os alunos na escola. Isso implica em combater o
preconceito, a discriminação e as desigualdades sociais, e em criar um ambiente
inclusivo e acolhedor para todos.
Concluindo, Paulo Freire articulava a concepção de educação política e
democrática às práticas de gestão educacional através de uma abordagem pedagógica
participativa, da conscientização política dos alunos, da descentralização do poder e da
promoção da igualdade de oportunidades. Sua visão de educação ia além da mera
transmissão de conhecimento, buscando empoderar os indivíduos e transformar a
sociedade. Suas ideias continuam sendo relevantes e inspiradoras para a construção de
uma educação mais democrática e inclusiva.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

SOUZA, L. C. de; DONAIRE, S. K.; NEVES, S. G. Gestão educacional em Paulo Freire:


educação política e democrática, ensino-aprendizagem e participação das instâncias
colegiadas. Revista brasileira de política e administração da educação, [s.l.], v. 37, p.
753-769, maio-ago. 2021
https://www.seer.ufrgs.br/index.php/rbpae/article/view/113253/64401

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