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Questão 5 - Uma empresa privada foi outorgada pela administração pública, por meio de contrato
administrativo, a prestar serviços de transporte público, de interesse de toda a coletividade. A referida
outorga foi dada mediante:
a) Autorização.
b) Licença.
c) Concessão.
d) Permissão.
e) Avocação.
a) I e III;
b) I e II;
c) II e III;
d) II;
e) III.
Questão 8 – Dalva era passageira de ônibus intermunicipal que fazia a linha entre Vitória de Santo Antão e
Jaboatão dos Guararapes, explorada em regime de concessão pela Empresa Expresso Caramuru S/A,
quando referido ônibus envolveu-se em acidente, sem a participação de outros veículos. Em virtude dos
ferimentos, Dalva acabou se submetendo a cirurgias reparadoras, remanescendo todavia sequelas
funcionais e estéticas decorrentes do acidente. Do relato, deve-se concluir que:
a) a empresa concessionária deve ser responsabilizada deforma objetiva; o Estado de Pernambuco, na
qualidade de poder concedente, deve ser responsabilizado de forma subjetiva, em virtude da culpa in
vigilando.
b) a empresa concessionária e o poder concedente respondem objetivamente pelos danos materiais
sofridos pela usuária, este último, de forma subsidiária; os danos morais, todavia, são de natureza
personalíssima, portanto somente a causadora direta é que responderá por eles.
c) não se aplica à situação o disposto no art. 37, § 6!! da CF/88, que dispõe sobre a responsabilidade
objetiva pelos danos causados a terceiros, sendo que a responsabilidade em face dos usuários do serviço
público é de natureza subjetiva, regulada pela Lei no 8.987/95 e pelo código de defesa do consumidor.
d) devem ser responsabilizadas de forma objetiva e solidária a empresa concessionária de serviço público e
o Estado de Pernambuco, na qualidade de poder concedente.
e) em caso de extinção do contrato de concessão, outra empresa que venha a assumir a prestação
do serviço público, após regular seleção licitatória, não responde pelos danos causados à usuária
pela prestadora anterior.
9) TIAGO DA SILVA SANTANA propôs ação em face de PETRÓLEO BRASILEIRO S/A – PETROBRAS, ao
argumento de que foi aprovado em todas as fases do certame realizado pela ré, com o fito de
preenchimento de vagas para Contador Junior – Área Contábil, cujo edital nº PETROBRAS/PSP-RH –
2014.2, de 11/09/2014. Alega que ficou muito bem classificado - 17º (decimo sétimo) lugar em Ampla
Classificação e em 3ª lugar em PPP. Ocorre que esperou por sua convocação, mas, a empresa ré
adotou um procedimento não aceito e nem observado pelas mais comezinhas regras do direito, vindo
reiteradamente a celebrar contratos com pessoas jurídicas, cujo objetivo real é o fornecimento de
mão-de-obra terceirizada. Salienta que a empresa ré, disponibiliza vagas para as empresas
terceirizadas, quando deveria tê-las principalmente para os concursados, classificados em seu
cadastro de reserva que se submeteram a todas as exigências do concurso. Aduz que a PETROBRÁS
manteve a contratação de terceirizados para exercer as mesmas funções do Autor, e procedeu à
contratação de empresas para prestar serviço de Contador, para o mesmo cargo e função do Autor.
Isto quer dizer que a PETROBRÁS, mesmo tendo candidatos aprovados em concurso público para o
cargo de Contador Júnior, optou pela ilícita prática de contratação de terceirizados para o exercício da
mesma função. Considerando como verdadeiras as assertivas de Tiago, pergunta-se:
A) Ele faz jus à nomeação?
Segundo o Princípio da Vinculação da Administração Pública ao Princípio da Legalidade e da
vinculação ao edital. Seu direito a nomeação deve ser preservado e faz jus, diante da Súmula
15 do STF. Corroborando, art. 37, II, CF CF/88 determina como regra para o acesso ao cargo
ou emprego público a prévia aprovação em concurso de provas ou de provas e títulos, de
acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma da lei, ressalvadas
as situações de cargo em comissão de livre nomeação e exoneração, caso conforme o exposto
acima, visto que não resta dúvidas que as vagas foram atribuídas foram preenchidas por meio
de contrato, denunciando violação às regras do certame, e da Constituição Federal, visto que
Tiago foi aprovado em todas as fases do concurso.
B) Ele possui direito à indenização por dano moral?
Na inteligência do art. 944 do Código Civil, deverá prosperar a pretensão de condenação da
PETROBRÁS ao pagamento de indenização por danos morais decorrentes da falha da
prestação dos serviços por violação de regra constitucional, ocasionando a perda da chance
de Tiago.
Necessário ressaltar a importância do julgamento do mérito que incumbe ao juiz, na forma do
artigo 370, do CPC/2015
10) Maria, jovem integrante da alta sociedade paulistana, apesar de não trabalhar, reside há dois anos
em um dos bairros nobres da capital paulista, visto que recebe do Estado de São Paulo
pensionamento mensal decorrente da morte de seu pai, ex-servidor público. Ocorre que, após voltar
de viagem ao exterior, foi surpreendida com a suspensão do pagamento da referida pensão, em razão
de determinação judicial. Em razão disso, deixou de pagar a conta de luz de sua casa por dois meses
consecutivos o que acarretou, após a prévia notificação pela concessionária prestadora do serviço
público, o corte do fornecimento de luz em sua residência. Considerando a narrativa fática acima,
responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação
legal pertinente ao caso.
a) À luz dos princípios da continuidade e do equilíbrio econômico-financeiro do contrato de
concessão de serviço público, é lícito o corte de luz realizado pela concessionária?
É lícito à concessionária interromper o fornecimento de energia elétrica se, após aviso prévio, o
consumidor de energia elétrica permanecer inadimplente no pagamento da respectiva conta,
de acordo com a lei 8.987/95, art. 6.º, § 3.º, II, não se caracterizando como descontinuidade do
serviço a sua interrupção
b) O Código de Defesa do Consumidor pode ser aplicado irrestritamente à relação entre usuários e
prestadores de serviços públicos? Fundamente as suas respostas
Não, pois o CDC (art. 22) não se aplica irrestritamente aos serviços públicos, mas apenas de
forma subsidiária, visto que o art. 6, da Lei n° 8.987/95 busca disciplinar relação especial de
consumo do usuário de serviço público.