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E-BOOK Estratégia Concursos | Organização do Estado e Lei 8.

112/1990 | Bloco 8 | Questões comentadas da Cesgranrio 2

APRESENTAÇÃO

Olá, pessoal!

É com imensa satisfação que damos continuidade a este projeto de E-books de Questões Comentadas da Cesgranrio para o CNU!
Como, ao longo de sua preparação, é fundamental que vocês resolvam diversas questões de concursos passados, sabemos que esta série
de e-books será de grande utilidade. Nosso objetivo é proporcionar mais uma valiosa ferramenta de estudo para deixá-los mais perto de sua
aprovação.
Aproveitem muito este material! Bons estudos!

Equipe Estratégia Concursos

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CESGRANRIO - ADV (AGERIO)/AGERIO/2023

01. Um funcionário de autarquia federal foi demitido após passar por processo administrativo disciplinar, em que fora observada a ampla
defesa e o direito ao contraditório, sob a acusação de que teria cometido infração funcional relativa ao recebimento indevido de vantagem
econômica. Em razão do ilícito penal, tal funcionário foi processado criminalmente. Contudo, na esfera judicial, foi provado que o réu não
concorreu para o suposto ato delituoso que motivou a sua demissão.
Nesse caso, a repercussão da decisão penal absolutória

A) vincula a esfera administrativa e permite que esse funcionário seja reintegrado ao cargo.
B) vincula a esfera administrativa e permite que esse funcionário seja revertido ao cargo.
C) vincula a esfera administrativa e permite que esse funcionário seja reconduzido ao cargo.
D) não vincula a esfera administrativa, pois a responsabilidade administrativa não se subordina à decisão judicial.
E) não vincula a esfera administrativa, mas viabiliza a indenização por danos morais.

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre Agentes Públicos, sob a luz da Lei n° 8.112/90.
Pessoal, quando há absolvição criminal, negando a existência do fato ou da autoria, há a comunicabilidade com as esferas administrativa
e cível, sendo essa a previsão do art. 126, da Lei n° 8.112/90:

“Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua
autoria.” [grifou-se]

Já podemos eliminar as alternativas D e E, já que há vinculação da esfera administrativa como vimos. Ato contínuo, imperioso faz-se
confirmar a correção da alternativa A, uma vez que a volta do servidor será por reintegração, não por reversão (alternativa B) ou recondução
(alternativa C). Vejamos o porquê da correção da alternativa A, conforme o art. 28 da Lei n° 8.112/90:

“Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação,
quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.” [grifou-se]

Gabarito: A

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CESGRANRIO - ASS ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019

02. J é portador de necessidades especiais e pretende ingressar no serviço público. Nos termos da Lei nº 8.112/1990, às pessoas portadoras
de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis
com a deficiência de que são portadoras.
Para tais pessoas, serão reservadas, das vagas oferecidas no concurso, até

A) 5%
B) 10%
C) 15%
D) 20%
E) 30%

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre a Lei n° 8.112/90, Estatuto dos Servidores Públicos Federais.

“Art. 5° São requisitos básicos para investidura em cargo público:

§2° Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas
atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das
vagas oferecidas no concurso.” [grifou-se]

Gabarito: D

CESGRANRIO - ASS ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019

03. As regras de acumulação de cargos previstas no sistema jurídico pátrio são rígidas. Nos casos em que não é possível a acumulação de
cargos ou quando o limite de acumulação já foi atingido, como no caso de médico que acumula dois cargos públicos de médico, para
evitar ilegalidade, a Lei nº 8.112/1990 estabelece que no ato da posse, o empossando apresente declaração de não exercício de outra(o)

A) inserção comunitária
B) atividade filantrópica
C) função social
D) emprego privado
E) cargo público

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Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre a Lei n° 8.112/90, Estatuto dos Servidores Públicos Federais.
Suficiente, para a resolução da questão, é a leitura do art. 13, §5°, da Lei n° 8.112/90.

“Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os
direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício
previstos em lei.

§5° No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício
ou não de outro cargo, emprego ou função pública.” [grifou-se]

Deverá ser apresentada, então, a declaração de que não exerce outro cargo público (alternativa E).

Gabarito: E

CESGRANRIO - ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019

04. P obtém aprovação para ingressar no serviço público federal, tendo tomado posse e entrado em exercício nos prazos legais. Sendo
profissional altamente qualificado na sua área de conhecimento, logo após entrar em exercício, também logra aprovação para cursar
mestrado no exterior do país. Baseado na Lei nº 8.112/1990, P requer licença com vencimentos para manter seu vínculo com o serviço
público.
O referido estatuto do servidor, no caso de período em que ocorre o estágio probatório, veda a concessão de licença para

A) capacitação
B) acompanhar cônjuge
C) tratar doença
D) serviço militar
E) atividade política

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre a Lei n° 8.112/90, Estatuto dos Servidores Públicos Federais.
Pessoal, durante o estágio probatório, são vedadas as seguintes licenças (bizu: “MATRACA”):
1. licença capacitação;
2. licença para tratar de interesses particulares;
3. licença para mandato classista.

Vejamos a fundamentação teórica de acordo com a Lei n° 8.112/90:

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"Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24
(vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os
seguinte fatores:

§4° Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidas as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 81, incisos I a IV,
94 , 95 e 96, bem assim afastamento para participar de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na
Administração Pública Federal." [grifou-se]

“Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença:

I - por motivo de doença em pessoa da família;

II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;

III - para o serviço militar;

IV - para atividade política;

V - para capacitação;

VI - para tratar de interesses particulares;

VII - para desempenho de mandato classista.”

Vejam que os incisos V, VI e VII não estão incluídos na permissão do §4° do art. 20 da Lei n° 8.112/90, vale dizer, não é possível conceder
licenças, em estágio probatório, para esses casos. O gabarito é, portanto, a alternativa A (capacitação).

Gabarito: A

CESGRANRIO - ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019

05. Q é servidor público e postulou readaptação por ter sofrido limitações que impediriam o exercício no cargo público originário que
ocupava. Ao submeter-se à inspeção de saúde, foi diagnosticado como totalmente incapaz para o serviço público.
Nesse caso, nos termos da Lei nº 8.112/1990, o servidor Q será

A) exonerado
B) demitido
C) disponibilizado
D) aposentado
E) retornado

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Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre a Lei n° 8.112/90, Estatuto dos Servidores Públicos Federais.
Só há que se falar em readaptação quando a incapacidade for julgada parcial. Se a incapacidade for total/absoluta, incorrer-se-á na hipótese
do §1° do art. 24, disponibilizado a seguir:

“Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha
sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.

§1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado." [grifou-se]

Gabarito: D

CESGRANRIO - ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019

06. O servidor público W foi demitido do serviço público, após processo administrativo disciplinar. Inconformado, ele propôs ação judicial,
buscando o retorno ao serviço público, tendo obtido decisão favorável, após dez anos de duração do processo.
Nos termos da Lei nº 8.112/1990, quando invalidada a demissão por decisão judicial, ocorre a denominada

A) reinclusão
B) reintegração
C) recondução
D) revisão
E) repristinação

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre a Lei n° 8.112/90, Estatuto dos Servidores Públicos Federais.
Para a resolução da questão, suficiente é a leitura do art. 28 da Lei n° 8.112/90.

"Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação,
quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens." [grifou-se]

Alternativas A, D e E são invenções do examinador. Por fim, a alternativa C, em que pese haver baliza na Lei n° 8.122/90, não é a nossa
resposta, pois acontece nos casos de inabilitação em estágio probatório ou de reintegração do anterior ocupante nos termos do art. 29, incs. I e II.

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“Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:

I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;

II - reintegração do anterior ocupante.”

Por tudo, o gabarito é a alternativa B.

Gabarito: B

CESGRANRIO - ASS (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/ADMINISTRATIVO I/2018

07. É juridicamente viável que um órgão público edite portaria ou qualquer outro ato normativo para regular internamente como se dará a
movimentação de seu pessoal.
No entanto, essa normatização interna não pode ofender as leis vigentes e deve respeitar os entendimentos das jurisprudências que
atualmente explicitam que

A) o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do
mesmo Poder, é denominado redistribuição, demandando a vinculação entre os graus de responsabilidade, equivalência de vencimentos e
manutenção da essência das atribuições do cargo.
B) o servidor não poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e
dos Municípios, para exercício de cargo em comissão ou função de confiança.
C) a permuta é o deslocamento do servidor para exercer função distinta da exercida no órgão de origem, a pedido ou de ofício, com mudança
de sede, observados os interesses da administração e a equivalência de vencimentos.
D) a remoção do servidor implica seu deslocamento dentro do mesmo órgão ou entidade, e determina a alteração em seu cargo, mudança no
nível de escolaridade, especialidade, habilitação profissional e efeito pecuniário positivo direto para o servidor.
E) os servidores movimentados não possuem assegurados os seus direitos e vantagens a que faziam jus no órgão ou entidade de origem, e
devem estar conscientes de que, com a movimentação de pessoal, há risco de prejuízo para o servidor na contagem de seu tempo de férias
e concessão de licença prêmio.

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre agentes públicos.

a) CORRETO. Cuida-se da literalidade do art. 37 da Lei n° 8.112/90:

“Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para
outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC, observados os seguintes preceitos:

I - interesse da administração;

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II - equivalência de vencimentos;

III - manutenção da essência das atribuições do cargo;

IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades;

V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional;

VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão ou entidade.” [grifou-se]

b) ERRADO. Sim, poderá haver cessão de servidor para exercer cargos de comissão ou função de confiança. A Lei n° 8.112/90 estabelece o
seguinte:

“Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito
Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses:

I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança;” [grifou-se]

c) ERRADO. A permuta é para exercer funções equivalentes, não distintas. Ademais, o descrito na alternativa C está mais ligado à remoção.
Vejamos:

“Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.”

d) ERRADO. Não altera a estrutura do cargo, a escolaridade, as responsabilidades, entre outros. Vejam:

“Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.” [grifou-
se]

e) ERRADO. São assegurados seus direitos e vantagens a que faziam jus no órgão ou entidade de origem. O instituto da cessão é o único que
impede a progressão na carreira, mas todos os outros direitos são assegurados.

Gabarito: A

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CESGRANRIO - TA (ANP)/ANP/2016

08. Um servidor público efetivo procura o Departamento de Recursos Humanos do seu órgão para saber dos critérios de remoção a pedido
para outra localidade.
A informação recebida é que, nos termos da Lei nº 8.112/1990, uma das previsões para o ato de remoção, independentemente do
interesse da Administração, seria por motivo de saúde do seu

A) pai
B) avô
C) tio
D) afilhado
E) cônjuge

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre a Lei n° 8.112/90.


Para a resolução da questão, suficiente é a leitura do art. 36, parágrafo único, inc. III, al. b:

“Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção:

III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração:

b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional,
condicionada à comprovação por junta médica oficial;” [grifou-se]

O gabarito é, portanto, a alternativa E.

Gabarito: E

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CESGRANRIO - ARQT E URB (UNIRIO)/UNIRIO/2016

09. Um servidor apresentou requerimento com pedido de licença para acompanhar tratamento de seu padrasto, que é portador de doença
grave e incapacitante, atestada por laudo médico.
Nos termos da Lei nº 8.112/1990, e suas alterações, verifica-se que, nesse caso, a(o)

A) remuneração no período da licença será, no máximo, por trinta dias.


B) licença poderá ser concedida a cada período de doze meses.
C) licença concedida a cada período será remunerada por seis meses.
D) licença será deferida apenas se existirem servidores em número suficiente na repartição para o atendimento.
E) padrasto não se inclui no conceito de pessoa da família.

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre Estatuto dos Servidores Públicos Federais, Lei n° 8.112/90.

a. ERRADO. Pode ser por até 90 dias, pessoal.

“Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou
madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por perícia
médica oficial.

§2° A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de doze meses nas seguintes condições:

I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor; e

II - por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem remuneração.” [grifou-se]

b. CORRETO. Exatamente, é a literalidade do §2° do art. 83 da Lei n° 8.112/90.

“Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou
madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por perícia
médica oficial.

§2° A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de doze meses nas seguintes condições:”
[grifou-se]

c. ERRADO. Vimos, acima, que poderá ser concedida a cada período de doze meses.
d. ERRADO. Haver, ou não, servidores suficientes na repartição não é o condicionante. O que se deve analisar é se, de fato, a assistência direta do
servidor é indispensável e, além disso, se não é possível essa assistência ser prestada concomitantemente ao trabalho do servidor. Assim é o que
prediz o §1° do art. 83 da Lei n° 8.112/90:

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“Art. 83. (...)

§1° A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o
exercício do cargo ou mediante compensação de horário, na forma do disposto no inciso II do art. 44.” [grifou-se]

e. ERRADO. Inclui-se, sim, no rol do caput do art. 83.

“Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou
madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por perícia
médica oficial.” [grifou-se]

O gabarito é, portanto, a alternativa B.

Gabarito: B

CESGRANRIO - ARQT E URB (UNIRIO)/UNIRIO/2016

10. Um servidor recebe ordens de seu superior hierárquico, de quem discorda frequentemente, por diferença de visão quanto ao
planejamento organizacional.
Nos termos da Lei nº 8.112/1990, e suas alterações, o descumprimento de ordem superior só NÃO acarreta quebra de dever funcional
quando a ordem

A) se revela manifestamente ilegal.


B) confronta ideologia pessoal.
C) é relacionada a serviço militar.
D) provoca animosidade pessoal.
E) for justificada por condições excepcionais.

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre o Estatuto dos Servidores Públicos Federais, Lei n° 8.112/90.
Para a resolução da questão, suficiente é a leitura do art. 116, inc. IV, da Lei n° 8.112/90:

"Art. 116. São deveres do servidor:

IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;" [grifou-se]

O gabarito é, portanto, a alternativa A, sendo as demais alternativas invenções do examinador.

Gabarito: A

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CESGRANRIO - ARQT E URB (UNIRIO)/UNIRIO/2016

11. Durante longo período, o servidor público teve direito ao gozo de licença-prêmio após um período de efetivo serviço.
Alguém que tenha ingressado no serviço público após a extinção desse direito, poderá requerer o substitutivo da licença-prêmio, que é
o(a)

A) salário adicional
B) prêmio por assiduidade
C) afastamento para missão
D) gratificação de ausência
E) licença-capacitação

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre o Estatuto dos Servidores Públicos Federais, Lei n° 8.112/90.
Pessoal, cuida-se da atual “licença-capacitação”, alternativa E. A previsão está no art. 87 do Estatuto dos Servidores Públicos Federais:

“Art. 87. Após cada quinquênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exercício do cargo
efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional.” [grifou-se]

O gabarito é, portanto, a alternativa E.

Gabarito: E

CESGRANRIO - ARQT E URB (UNIRIO)/UNIRIO/2016

12. Um servidor obteve licença para cursar doutorado na Universidade, pelo período de quatro anos. Após ter concluído o curso com êxito
e defendido tese, voltou ao órgão originário.
Nos termos da Lei nº 8.112/1990, e suas alterações, após seu retorno, o servidor deverá permanecer no exercício de suas funções por

A) seis meses
B) um ano
C) dois anos
D) três anos
E) quatro anos

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Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre o Estatuto dos Servidores Públicos Federais, Lei n° 8.112/90.
Suficiente para a resolução da questão é a leitura do §4° do art. 96-A da Lei n° 8.112/90:

“Art. 96-A. O servidor poderá, no interesse da Administração, e desde que a participação não possa ocorrer simultaneamente com o exercício
do cargo ou mediante compensação de horário, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, para participar em
programa de pós-graduação stricto sensu em instituição de ensino superior no País.

§4° Os servidores beneficiados pelos afastamentos previstos nos §§ 1o, 2o e 3o deste artigo terão que permanecer no exercício de suas
funções após o seu retorno por um período igual ao do afastamento concedido.” [grifou-se]

Como o doutorado demandou 4 (quatro) anos, o servidor deverá permanecer no exercício de suas funções por esse mesmo período,
alternativa E.

Gabarito: E

CESGRANRIO - ARQT E URB (UNIRIO)/UNIRIO/2016

13. Um servidor público, que deseja dedicar-se ao estudo aprofundado do jogo de xadrez, pleiteou horário especial para exercer essa
atividade.
Nos termos da Lei nº 8.112/1990, e suas alterações, o horário especial poderá ser concedido para o exercício de

A) trabalhos extras
B) funções especiais
C) atividade escolar ao servidor estudante
D) qualquer atividade lúdica
E) qualquer atividade desportiva

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre o Estatuto dos Servidores Públicos Federais, Lei n° 8.112/90.
O horário especial poderá ser concedido ao servidor estudante nos termos do art. 98 da Lei n° 8.112/90:

“Art. 98. Será concedido horário especial ao servidor estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da
repartição, sem prejuízo do exercício do cargo.” [grifou-se]

O gabarito é a alternativa C.

Gabarito: C

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CESGRANRIO - ASS ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2016

14. Após ser aprovado em concurso público, um rapaz procura informações sobre a jornada de trabalho que deverá cumprir.
Segundo as regras gerais previstas na Lei nº 8.112/1990, e suas alterações, o servidor público será submetido a regime mínimo de
quantas horas diárias?

A) 3
B) 4
C) 5
D) 6
E) 7

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre o Estatuto dos Servidores Públicos Federais, Lei n° 8.112/90.
Suficiente para a resolução da questão é a leitura do art. 19 da Lei nº 8.112/1990:

“Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a
duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas e observados os limites mínimo e máximo de seis horas e oito horas diárias,
respectivamente.” [grifou-se]

Logo, o servidor público será submetido a um regime mínimo de 6 (seis) horas diárias. O gabarito encontra-se na alternativa D.

Gabarito: D

CESGRANRIO - ASS ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2016

15. Um servidor que tenha adquirido a estabilidade no serviço público somente poderá vir a perder o seu cargo, nos termos da Lei nº
8.112/1990, e suas alterações, no caso de ocorrer

A) decisão arbitral irrecorrível.


B) sentença judicial transitada em julgado.
C) ato vinculado do Chefe imediato.
D) ato de conciliação realizado por comissão.
E) ato discricionário da autoridade competente.

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Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre o Estatuto dos Servidores Públicos Federais, Lei n° 8.112/90.
Suficiente para a resolução da questão é a leitura do art. 22 da Lei nº 8.112/1990:

“Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar
no qual lhe seja assegurada ampla defesa.” [grifou-se]

O gabarito é, portanto, a alternativa B.

Gabarito: B

CESGRANRIO - ASS ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2016

16. Um servidor, submetido a processo de readaptação, foi considerado incapaz para o serviço público.
Nos termos da Lei nº 8.112/1990, e suas alterações, nesse caso, o readaptando terá de ser

A) aposentado
B) exonerado
C) liberado
D) licenciado
E) provisionado

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre o Estatuto dos Servidores Públicos Federais, Lei n° 8.112/90.
Suficiente para a resolução da questão é a leitura do art. 24, §1°, da Lei nº 8.112/1990:

“Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha
sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.

§1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.” [grifou-se]

O gabarito é, portanto, a alternativa A.

Gabarito: A

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CESGRANRIO - ASS ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2016

17. Uma servidora pública foi reintegrada por decisão administrativa. Como o cargo que ela ocupava foi extinto, nos termos da Lei nº
8.112/1990, e suas alterações, essa servidora deverá ficar na seguinte situação:

A) removida
B) transferida
C) cedida
D) emprestada
E) em disponibilidade

Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre o Estatuto dos Servidores Públicos Federais, Lei n° 8.112/90.
Suficiente para a resolução da questão é a leitura do art. 28, §1°, da Lei nº 8.112/1990:

“Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação,
quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

§1° Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31.” [grifou-se]

O gabarito é, portanto, a alternativa E.

Gabarito: E

CESGRANRIO - ASS ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2016

18. Um servidor foi promovido a gerente de área na repartição onde exerce sua atividade, tendo ocorrido o aumento da sua remuneração.
Após consultar o Departamento de Recursos Humanos, ele verifica que, nos termos da Lei nº 8.112/1990, e suas alterações, não estão
submetidas ao teto de remuneração determinadas verbas decorrentes de

A) pagamento por substituição


B) adicional de chefia
C) honorários especiais
D) adicional de férias
E) gratificação por encargo de curso

Estratégia Concursos | Organização do Estado e Lei 8.112/1990 | Bloco 8 | Questões comentadas da Cesgranrio 17
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Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre o Estatuto dos Servidores Públicos Federais, Lei n° 8.112/90.
Suficiente para a resolução da questão é a leitura dos arts. 42 e 61 da Lei nº 8.112/1990:

“Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, importância superior à soma dos valores percebidos
como remuneração, em espécie, a qualquer título, no âmbito dos respectivos Poderes, pelos Ministros de Estado, por membros do Congresso
Nacional e Ministros do Supremo Tribunal Federal.

Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as vantagens previstas nos incisos II a VII do art. 61.” [grifou-se]

Vejamos o que diz o art. 61:

“Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão deferidos aos servidores as seguintes retribuições, gratificações e
adicionais:

I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento;

II - gratificação natalina;

IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;

V - adicional pela prestação de serviço extraordinário;

VI - adicional noturno;

VII - adicional de férias;

VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho.

IX - gratificação por encargo de curso ou concurso.” [grifou-se]

Dessa forma, é possível concluir que apenas a alternativa D traz uma verba que é excepcionada do teto remuneratório.

Gabarito: D

CESGRANRIO - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/LOGÍSTICA DE


TRANSPORTE/CONTROLE/2018

19. São princípios constitucionais que regem a administração pública, EXCETO

A) Legalidade
B) Impessoalidade
C) Moralidade
D) Marketing
E) Publicidade

Estratégia Concursos | Organização do Estado e Lei 8.112/1990 | Bloco 8 | Questões comentadas da Cesgranrio 18
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Comentários:

Trata-se de questão que versa sobre princípios da administração pública.


Suficiente para a resolução da questão é a leitura do art. 37, caput, da CF/88:

“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:” [grifou-se]

O bizu é o famoso: LIMPE (legalidade, impessoalidade, publicidade e eficiência). Note que o único princípio que não se encaixa na questão
é o que consta na alternativa D, marketing.

Gabarito: D

CESGRANRIO - ASS ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019

20. Um médico ortopedista, exercendo suas atividades em determinado município, com horário livre, resolveu realizar concurso para ocupar
cargo no Estado. Após aprovação no certame, ele passa a exercer atividades nos dois órgãos, o municipal e o estadual, ocupando cargos
de médico. Em determinado momento, o serviço de medicina do Estado passa por uma troca de chefia. Esse novo chefe exige que o
ortopedista modifique os seus dias de plantão para melhor atender ao interesse público. Ocorre que os dias indicados coincidem com
os realizados no município. O ortopedista, então, requer que seus dias de plantão sejam mantidos para poder exercer seu direito de
acumulação de cargos.
Nos termos da Constituição Federal, a cumulação, quando prevista, é possível, desde que haja compatibilidade de

A) conhecimentos
B) horários
C) gerentes
D) locais
E) órgãos

Comentários:

Temos aqui uma questão clássica da Cesgranrio tratando do tema da Administração Pública, sobre a possibilidade de acumulação de
cargos. A questão é bem direta e, para respondê-la, precisamos do conhecimento do art. 37, inciso XVI, da CRFB/88. Olhem só:

XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de
horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:

a) a de dois cargos de professor;         

Estratégia Concursos | Organização do Estado e Lei 8.112/1990 | Bloco 8 | Questões comentadas da Cesgranrio 19
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b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;         

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;  

Portanto, é correto afirmar que a cumulação é possível, desde que haja compatibilidade de horários, conforme o art. 37, XVII, da CRFB/88.
Assim, temos a alternativa B como gabarito!
(...)
Alternativa A. INCORRETA. A constituição não fala em compatibilidade de “conhecimentos”, mas, sim, em compatibilidade de horários, de
acordo com art. 37, XVII, da CRFB/88.
Alternativa B. CORRETA. Gabarito da questão! A cumulação, quando prevista, é possível, desde que haja compatibilidade de horários (art. 37,
XVII, da CRFB/88).
Alternativa C. INCORRETA. Não há que se falar em compatibilidade de gerentes, não existe previsão constitucional!
Alternativa D. INCORRETA. A cumulação, quando prevista, é possível, desde que haja compatibilidade de horários, não compatibilidade de locais.
Alternativa E. INCORRETA. Não há previsão na Constituição sobre compatibilidade de órgãos. Quando prevista, a acumulação é possível desde
que haja compatibilidade de horários.

Gabarito: Alternativa B.

CESGRANRIO - TEC (UNIRIO)/UNIRIO/CONTABILIDADE/2019

21. CP é contador e exerce a função pública de auditor fiscal federal. No exercício regular das suas funções, atua na fiscalização de dados de
receitas e despesas dos contribuintes de tributos federais.
Nos termos da Constituição Federal, poderá ocorrer a fiscalização de tais dados, integrada com a atuação de outros auditores fiscais, na
forma da lei ou convênio, inclusive com o compartilhamento de

A) cadastros fiscais
B) fichas criminais
C) informações empresariais
D) segredos industriais
E) registros civis

Comentários:

Questão sobre a Administração Pública e suas Disposições Gerais. E a resposta passa pelo conhecimento acerca do art. 37, XXII, da
CRFB/88, que possui a seguinte redação:

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XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão
recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o
compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.  

No exercício regular de suas funções, o Auditor-Fiscal atua na fiscalização e arrecadação dos tributos, bem como no combate aos ilícitos
tributários e aduaneiros.
Nesse contexto, poderá realizar auditorias de dados fiscais e patrimoniais, inclusive com atuação integrada com outros auditores fiscais (U,
E, DF e M), na forma da lei ou convênio, mediante o compartilhamento de cadastros fiscais, segundo o art. 37, XXII, da CRFB/88.
Logo, o gabarito da questão é a alternativa A.
(...)
Alternativa A. CORRETA. É o nosso gabarito! O Auditor-Fiscal federal atua na fiscalização de dados de receitas e despesas dos contribuintes de
tributos federais, podendo realizar a fiscalização de tais dados de maneira integrada com a atuação de outros auditores fiscais, na forma da lei ou
convênio, inclusive com o compartilhamento de cadastros fiscais (art. 37, XXII, da CRFB/88).
Alternativa B. INCORRETA. Não há previsão Constitucional sobre o compartilhamento de fichas criminais de acordo com o art. 37, XXII, da
CRFB/88.
Alternativa C. INCORRETA. Não há que se falar em compartilhamento de “informações empresariais”. Do ponto de vista Constitucional, o correto
é o compartilhamento de cadastros fiscais.
Alternativa D. INCORRETA. A CRFB/88 nada fala em seu texto sobre segredos industriais. A previsão é sobre compartilhamento de cadastros
fiscais.
Alternativa E. INCORRETA. Não há previsão de compartilhamento de registros civis. O que o texto Constitucional cita é sobre compartilhamento
de cadastros fiscais.

Gabarito: Alternativa A.

CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/DIREITO/2018

22. A criação de uma agência reguladora, nos termos da Constituição de 1988, dependerá de lei

A) ordinária, de iniciativa apenas do Chefe do Executivo.


B) ordinária, de competência privativa do Congresso Nacional.
C) ordinária, de iniciativa parlamentar ou do Chefe do Executivo.
D) complementar, de iniciativa privativa do Senado Federal.
E) complementar, de iniciativa parlamentar ou do Chefe do Executivo.

Comentários:

A questão versa sobre o tema da Administração Pública. Inicialmente, é importante entender que uma agência reguladora é considerada
uma autarquia especial criada com a finalidade de controlar e regulamentar determinadas atividades, por esse motivo respeita um processo para
sua criação, de acordo com o art. 37, XIX, da CRFB/88:

Estratégia Concursos | Organização do Estado e Lei 8.112/1990 | Bloco 8 | Questões comentadas da Cesgranrio 21
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XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de
sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas
de sua atuação.

Por outro lado, nos termos do art. 61, §1º, II, e, da CRFB/88, são de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que disponham
sobre criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI.
Assim, a criação de uma agência reguladora dependerá de lei ordinária, de iniciativa apenas do Chefe do Executivo, em conformidade com
o art. 37, XIX, da CRFB/88.
Logo, o gabarito correto é a alternativa A. No entanto, vamos examinar as demais alternativas?
(...)
Alternativa A. CORRETA. A criação de uma agência reguladora, nos termos da Constituição de 1988, dependerá de lei ordinária, de iniciativa
apenas do Chefe do Executivo, em conformidade com o disposto no art. 37, XIX, da CRFB/88.
Alternativa B. INCORRETA. É errado dizer que a competência da lei é privativa do Congresso Nacional, visto que é de iniciativa do Chefe do
Executivo nos termos do art. 61, §1º, II, e, da CRFB/88.
Alternativa C. INCORRETA. Não se trata de competência para apresentar projeto de lei com iniciativa parlamentar. Na verdade, a iniciativa é
apenas do Chefe do Executivo.
Alternativa D. INCORRETA. Pegadinha!!!! A lei em questão é ordinária, não complementar. Quando nossa Constituição quis estabelecer que
certos temas passassem pelo processo legislativo de uma Lei Complementar, assim o fez expressamente. O que não é o caso do art. 37, XIX, da
CRFB/88.
Alternativa E. INCORRETA. A lei é ordinária, não complementar, conforme as razões apresentadas na alternativa anterior. No mais, a iniciativa não
é de parlamentar, é do chefe do executivo.

Gabarito: Alternativa A.

CESGRANRIO - TA (ANP)/ANP/2016

23. Um servidor público efetivo é convidado para ocupar função de gerência no órgão onde exerce suas atividades. Nos termos da Constituição
Federal de 1988, as(os)

A) funções de confiança são exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo.
B) funções de confiança podem ser exercidas por qualquer pessoa que tenha capacidade técnica reconhecida.
C) cargos em comissão são exercidos por servidores efetivos de forma exclusiva, mas podendo ser originários de órgãos diversos.
D) cargos em comissão dependem de provimento mediante concurso público de títulos.
E) cargos em comissão podem ser escolhidos pelos servidores, livremente, de acordo com sua conveniência e oportunidade.

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Comentários:

Meus amigos, uma questão interessante sobre o tema da Administração Pública e suas Disposições Gerais, especialmente sobre as
funções de confiança. Nesse contexto, vale a compreensão do art. 37, II e V, da CRFB/88:

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas
ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em
lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.

V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos
em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos
previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

Percebam que tanto os cargos em comissão como as funções de confiança visam apenas às atribuições de chefia, direção e de
assessoramento. Mas será que estamos diante do mesmo instituto? Muito cuidado!!!
Temos uma diferença entre ambos. As funções de confiança devem ser exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo
efetivo. Já no caso do cargo em comissão, poderemos ter pessoas que não ocupam cargos efetivos desempenhando funções comissionadas.
Entretanto, a norma constitucional estabelece que a lei trará condições e percentuais mínimos de cargos que devem ser preenchidos somente
por servidores de carreira.
É importante destacar que a CRFB/88 determina, no inciso II do art. 37, que os cargos em comissão são de livre nomeação e exoneração.
Logo, o gabarito da questão é a alternativa A.
(...)
Alternativa A. CORRETA. É o nosso gabarito! As funções de confiança são exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo de
acordo com art. 37, inciso V, da CRFB/88.
Alternativa B. INCORRETA. As funções de confiança não podem ser exercidas por qualquer pessoa que tenha capacidade técnica reconhecida,
pois são exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo.
Alternativa C. INCORRETA. Os cargos em comissão não são exercidos por servidores efetivos de forma exclusiva, são de livre nomeação e
exoneração (art. 37, II, da CRFB/88).
Alternativa D. INCORRETA. Os cargos em comissão não dependem necessariamente de provimento mediante concurso público de títulos, pois
são de livre nomeação e exoneração.
Alternativa E. INCORRETA. Opa, pegadinha! Os cargos em comissão não podem ser escolhidos pelos servidores, livremente, de acordo com sua
conveniência e oportunidade. Não há essa previsão no texto constitucional.

Gabarito: Alternativa A.

Estratégia Concursos | Organização do Estado e Lei 8.112/1990 | Bloco 8 | Questões comentadas da Cesgranrio 23
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CESGRANRIO - TRPDACGN (ANP)/ANP/GERAL/2016

24. Um servidor público efetivo da União Federal, tendo assumido o cargo após aprovação em concurso público, em determinado momento,
autorizado por lei, passou a ocupar cargo de Deputado Federal após ser eleito.
Nos termos da Constituição Federal, o detentor de mandato eletivo é remunerado pelo regime do

A) salário mensal
B) vencimento anual
C) abono bimensal
D) subsídio fixado em parcela única
E) adicional de representação semestral

Comentários:

Meus amigos, temos aqui uma questão interessante sobre o tema Administração Pública e Disposições Gerais. E a resolução passa pelo
conhecimento do art. 39, § 4º, da CRFB/88:

§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais


e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo
de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória,
obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.  

Ou seja, percebam que o detentor de mandato eletivo é remunerado pelo regime do subsídio fixado em parcela única de acordo com art.
39, § 4º, da CRFB/88. O que faz com que a correta seja a alternativa D.
(...)
Alternativa A. INCORRETA. O detentor de mandato eletivo não é remunerado pelo regime do salário mensal, mas, sim, pelo regime do subsídio
fixado em parcela única nos termos do art. 39, § 4º, da CRFB/88.
Alternativa B. INCORRETA. A Constituição não cita vencimento anual, mas, sim, regime do subsídio fixado em parcela única.
Alternativa C. INCORRETA. O detentor de mandato eletivo não é remunerado pelo regime do “abono bimensal” como afirma a alternativa. Nem
existe isso na prática, rs.
Alternativa D. CORRETA. Gabarito da questão! De fato, o detentor de mandato eletivo é remunerado pelo regime do subsídio fixado em parcela
única conforme o art. 39, § 4º, da CRFB/88.
Alternativa E. INCORRETA. Não se trata de “adicional de representação semestral”, mas, sim, de regime de subsídio fixado em parcela única.

Gabarito: Alternativa D.

Estratégia Concursos | Organização do Estado e Lei 8.112/1990 | Bloco 8 | Questões comentadas da Cesgranrio 24
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CESGRANRIO - AGC (EPE)/EPE/ADMINISTRAÇÃO GERAL/2014

25. Estabelecido o primado da licitação para aquisição de bens, nos termos da Constituição Federal, a Lei poderá estipular regras aos
competidores, concernentes à sua qualificação

A) fiscal
B) estatutária
C) técnica
D) jurídica
E) gerencial

Comentários:

A questão versa sobre a Administração Pública e suas Disposições Gerais.


Exige do candidato conhecimento a respeito de Licitação. A resposta está no art. 37, XXI, da CRFB/88, vejamos:

XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão
contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da
proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

Dessa forma, podemos concluir que, estabelecido o primado da licitação para aquisição de bens, nos termos da Constituição Federal, a Lei
poderá estipular regras aos competidores, concernentes à sua qualificação técnica de acordo com 37, XXI, da CRFB/88.
Portanto, o gabarito é a alternativa C.
(...)
Alternativa A. INCORRETA. Não se fala em qualificação fiscal, não há essa previsão legal.
Alternativa B. INCORRETA. A Lei poderá estipular regras aos competidores concernentes à sua qualificação técnica, não estatutária, de acordo
com 37, XXI, da CRFB/88.
Alternativa C. CORRETA. Nosso gabarito! Estabelecido o primado da licitação para aquisição de bens, nos termos da Constituição Federal, a Lei
poderá estipular regras aos competidores, concernentes à sua qualificação técnica de acordo com 37, XXI, da CRFB/88.
Alternativa D. INCORRETA. A Lei poderá estipular regras aos competidores concernentes à sua qualificação técnica, não jurídica, de acordo com
37, XXI, da CRFB/88.
Alternativa E. INCORRETA. Nada se fala em relação à qualificação gerencial, não há essa previsão legal.

Gabarito: Alternativa C.

Estratégia Concursos | Organização do Estado e Lei 8.112/1990 | Bloco 8 | Questões comentadas da Cesgranrio 25
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CESGRANRIO - AUX (CEFET RJ)/CEFET RJ/ADMINISTRAÇÃO/2014

26. O prefeito de um município apresenta projeto de lei para autorizar, no âmbito de sua competência, a contratação de parentes dos
membros do Executivo, do Legislativo e do Judiciário que atuam no local.
Nos termos da Constituição Federal, tal norma violaria o princípio da

A) democracia
B) moralidade
C) segurança
D) necessidade
E) compatibilidade

Comentários:

Meus amigos, temos uma questão interessante sobre Administração Pública, especialmente no assunto do chamado Nepotismo.
A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou entendimento que a vedação ao nepotismo independe de uma previsão em lei formal, pois
é uma prática inconstitucional que ofende aos princípios da moralidade e da impessoalidade. Trata-se de ato vedado por todos os Poderes da
República e entes da Federação.
Nesse sentido, tem-se a Súmula Vinculante nº 13 do STF, vejamos:

“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro
grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de
direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda,
de função gratificada na administração pública direta e indireta, em qualquer dos poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola
a Constituição Federal.”

Logo, a norma indicada no enunciado fere o princípio da moralidade, o que faz com que a correta seja a alternativa B.
Alternativa A. INCORRETA. Não fere a democracia, fere a moralidade!
Alternativa B. CORRETA. Nosso gabarito! O prefeito, ao apresentar projeto de lei para autorizar, no âmbito de sua competência, a contratação de
parentes dos membros do Executivo, do Legislativo e do Judiciário que atuam no local, está ferindo o princípio da moralidade, pois fere a Súmula
Vinculante nº 13 do STF.
Alternativa C. INCORRETA. Está ferindo o princípio da moralidade, não da segurança.
Alternativa D. INCORRETA. É errado afirmar que o prefeito está ferindo o princípio da necessidade.
Alternativa E. INCORRETA. Está ferindo o princípio da moralidade, não da compatibilidade.

Gabarito: Alternativa B.

Estratégia Concursos | Organização do Estado e Lei 8.112/1990 | Bloco 8 | Questões comentadas da Cesgranrio 26
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CESGRANRIO - ASST (CEFET RJ)/CEFET RJ/ADMINISTRAÇÃO/2014

27. Um dos grandes temas tratados na Constituição Federal é o do acesso facilitado aos cargos públicos.
Dentre as inovações constantes da Constituição Federal em vigor, encontra-se a possibilidade de a lei estabelecer percentual dos cargos
e empregos públicos para as pessoas

A) menores de dezoito anos


B) estrangeiras em situação de risco
C) consideradas de menor rendimento econômico
D) portadoras de deficiência
E) moradoras em locais considerados perigosos

Comentários:

A questão versa sobre Administração Pública e Disposições Gerais. Pura letra da lei!
A resposta está no art. 37, VIII, da CRFB/88, vejamos:

VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e
definirá os critérios de sua admissão.

Diante do exposto, podemos concluir que, entre as inovações constantes da Constituição Federal em vigor, encontra-se a possibilidade de
a lei estabelecer percentual de cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência de acordo com o art. 37, VIII, da CRFB/88.
Logo, a alternativa D é o nosso gabarito!
Alternativa A. INCORRETA. Não há previsão legal de reserva de cargos e empregos para menores de dezoito anos.
Alternativa B. INCORRETA. A lei não estabelece percentual de cargos e empregos públicos para pessoas estrangeiras em situação de risco.
Alternativa C. INCORRETA. A lei não estabelece percentual de cargos e empregos públicos para pessoas consideradas de menor rendimento
econômico.
Alternativa D. CORRETA. Gabarito da questão! Entre as inovações constantes da Constituição Federal em vigor, encontra-se a possibilidade de
a lei estabelecer percentual de cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência nos termos do art. 37, VIII, da CRFB/88.
Alternativa E. INCORRETA. Não há previsão legal de reserva de cargos e empregos para moradoras em locais considerados perigosos.

Gabarito: Alternativa D.

Estratégia Concursos | Organização do Estado e Lei 8.112/1990 | Bloco 8 | Questões comentadas da Cesgranrio 27
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CESGRANRIO - ADM (CEFET RJ)/CEFET RJ/2014

28. Um dos grandes avanços das sucessivas reformas constitucionais foi o estabelecimento de um teto constitucional para pagamento dos
servidores dos três poderes da República.
Nos termos da Constituição Federal, os Defensores Públicos Estaduais estão limitados ao percebido pelo

A) Presidente da República
B) Governador do Estado
C) Ministro do Supremo Tribunal Federal
D) Desembargador do Tribunal de Justiça
E) Defensor Público Geral

Comentários:

O examinador testou os conhecimentos do candidato sobre a Administração Pública e suas Disposições Gerais. Para responder, o candidato
precisa saber a redação do art. 37, XI, da CRFB/88, vejamos:

XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta,
autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões
ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou
de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito
Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais
e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado
a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério
Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos.

Sendo assim, Poder Judiciário, MP, Procuradores e Defensores Públicos são limitados ao subsídio dos Desembargadores do TJ.
Podemos concluir que, nos termos da Constituição Federal, os Defensores Públicos Estaduais estão limitados ao percebido pelo
Desembargador do Tribunal de Justiça, de acordo com o art. 37, XI, da CRFB/88.
Logo, o gabarito da questão é a alternativa D.
Alternativa A. INCORRETA. Não são limitados ao percebido pelo Presidente da República!
Alternativa B. INCORRETA. É errado afirmar que os Defensores Públicos estão limitados ao percebido pelo Governador do Estado!
Alternativa C. INCORRETA. Defensores Públicos não estão limitados ao percebido pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal!
Alternativa D. CORRETA. Nosso gabarito! Os Defensores Públicos Estaduais estão limitados ao percebido pelo Desembargador do Tribunal de
Justiça, de acordo com o art. 37, XI, da CRFB/88.
Alternativa E. INCORRETA. É errado dizer que os Defensores Públicos estão limitados ao percebido pelo Defensor Público Geral.

Gabarito: Alternativa D.

Estratégia Concursos | Organização do Estado e Lei 8.112/1990 | Bloco 8 | Questões comentadas da Cesgranrio 28
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CESGRANRIO - TBN (CEF)/CEF/ADMINISTRATIVA/2012

29. Creso, servidor do órgão W, vinculado a determinado estado federado, foi surpreendido com recomendação verbal de que deveria
atender, em horário especial fora do expediente, a pessoas vinculadas a determinada associação e que os problemas dessa associação
deveriam ter preferência sobre os demais que estivessem sob sua responsabilidade.
Sob a ótica dos princípios constitucionais da Administração Pública, tal prática, fere, predominantemente, o princípio da

A) publicidade
B) impessoalidade
C) eficiência
D) indisponibilidade
E) continuidade

Comentários:

Questão bem bacana para treinar os Princípios da Administração Pública!


Lembram-se do famoso LIMPE previsto no art. 37 da CRFB/88?
A questão trata do princípio da impessoalidade. Quando se fala em impessoalidade, é possível relacionar o tema ao princípio da isonomia.
Destaco que a Administração deve tratar os administrados segundo os mesmos critérios, salvo se a lei estabelecer critério diferenciado.
Vejamos o que diz o art. 5º, caput, da CRFB/88:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:

Logo, podemos afirmar que, ao tratar determinada associação de maneira diferenciada e com preferência entre as demais pessoas (sem
nenhum respaldo legal), há violação, predominantemente, ao princípio da impessoalidade.
Portanto, o gabarito da questão é a alternativa B.
(...)
Alternativa A. INCORRETA. Segundo o princípio da publicidade, a Administração Pública tem a obrigação de tornar público os atos que forem
praticados. O que nada tem a ver com o comando da questão.
Alternativa B. CORRETA. Opa! Olhem ai nosso gabarito! Tal prática, de fato, fere, predominantemente, o princípio da impessoalidade, conforme
o art. 37º combinado com o art. 5º da CRFB/88.
Alternativa C. INCORRETA. O objetivo principal do princípio da eficiência é fazer com que o agente público se empenhe em obter o melhor
resultado com o mínimo de recursos.
Alternativa D. INCORRETA. O princípio da indisponibilidade do interesse público determina que os agentes públicos devem aplicar aquilo que a
lei prescreve. Logo, os agentes públicos não devem atuar conforme seus interesses.
Alternativa E. INCORRETA. O princípio da continuidade defende que os serviços públicos devem ser prestados de maneira contínua, ou seja, sem
parar. O que também não tem relação com o caso da questão.

Gabarito: B

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CESGRANRIO - PB (BNDES)/BNDES/DIREITO/2010

30. O princípio da proporcionalidade, acolhido pelo direito constitucional brasileiro, compreende os seguintes subprincípios:

A) legalidade, moralidade e necessidade.


B) legalidade, moralidade e impessoalidade.
C) legalidade, impessoalidade e proporcionalidade em sentido estrito.
D) adequação, necessidade e proporcionalidade em sentido estrito.
E) adequação, necessidade e moralidade.

Comentários:

Questão bacana sobre Princípios! Em especial, o Princípio da Proporcionalidade!


Esse Princípio tem 3 subprincípios, vamos estudá-los?

• Princípio da adequação: afirma que a atividade do poder público deve ser apropriada para o alcance dos
objetivos pretendidos pela CRFB/88.

• Princípio da exigibilidade ou da necessidade: seu objetivo é o de garantir que a medida adotada pelo
Estado seja indispensável para a atender ao fim visado, ou seja, determina que o Estado deve sempre
escolher o meio igualmente eficaz e menos oneroso para o cidadão.

• Princípio da proporcionalidade em sentido estrito: observa se os benefícios materiais advindos da


existência da norma ou da decisão são relevantes em relação aos danos causados aos direitos aplicados.
É importante destacar que este princípio é analisado após a observância dos dois outros anteriores.

Podemos concluir que o princípio da proporcionalidade compreende os seguintes subprincípios: adequação, necessidade e
proporcionalidade em sentido estrito.
Nosso gabarito é a alternativa D.
(...)
Alternativa A. INCORRETA. O princípio da proporcionalidade não compreende os princípios da legalidade e da moralidade.
Alternativa B. INCORRETA. Também não compreende o princípio da moralidade!
Alternativa C. INCORRETA. Nessa alternativa, o princípio da proporcionalidade só irá compreender o subprincípio da proporcionalidade em
sentido estrito. Maldade da Cesgranrio rs.
Alternativa D. CORRETA. Opa! Achamos a resposta! Realmente, o princípio da proporcionalidade compreende os subprincípios da adequação,
necessidade e proporcionalidade em sentido estrito.
Alternativa E. INCORRETA. Cuidado, o princípio da proporcionalidade só irá compreender os subprincípios da adequação e da necessidade. O
princípio da moralidade está fora dessa relação.

Gabarito: D

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CESGRANRIO - ANA (IBGE)/IBGE/GESTÃO E INFRAESTRUTURA/2010

31. Por afrontar a regra do concurso público, a forma de provimento de cargo público INCOMPATÍVEL com a Constituição da República de
1988 é a(o)

A) ascensão.
B) reintegração.
C) promoção.
D) readaptação.
E) aproveitamento.

Comentários:

A questão versa sobre o tema da Administração Pública. O enunciado pede a forma de provimento de cargo público que é INCOMPATÍVEL
com a Constituição da República de 1988 por afrontar a regra do concurso público.
O art. 37, inciso II, da CRFB/88 traz um importante conceito no âmbito da Administração Pública: o Princípio do Concurso Público. Olhem
só:

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas
ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista
em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

O legislador Constituinte previu como regra geral o concurso para a investidura de cargos e empregos públicos.
A ascensão é a passagem de uma carreira para outra. Tal medida não é possível em nosso ordenamento jurídico. O próprio Supremo
Tribunal Federal entende que ela é inconstitucional. Nesse sentido, temos a Súmula Vinculante nº 43. Confira o texto:

“é inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação
em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente
investido”.

Logo, a ascensão é INCOMPATÍVEL com a Constituição da República de 1988 por afrontar a regra do concurso público.
O nosso gabarito é a alternativa A! Entretanto, vamos examinar cada alternativa?
(...)
Alternativa A. CORRETA. A CRFB/88 prevê como regra geral o concurso para a investidura de cargos e empregos públicos. A ascensão é a
passagem de uma carreira para outra. Logo, afronta a regra do concurso público estabelecida no art. 37, inciso II, da CRFB/88. Nesse sentido, o
STF já editou a Súmula Vinculante nº 43.

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Alternativa B. INCORRETA. Não afronta o Princípio do Concurso Público. Nos termos do art. 41, §2º, da CRFB/88, temos que:

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual
ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em
outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

Alternativa C. INCORRETA. A promoção permite a progressão na carreira. Também não afronta a regra do concurso público.
Alternativa D. INCORRETA. A readaptação não afronta o Princípio do Concurso Público. Está prevista no art. 37, §13, da CRFB/88, veja:

§ 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício de cargo cujas atribuições
e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou
mental, enquanto permanecer nesta condição, desde que possua a habilitação e o nível de escolaridade
exigidos para o cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de origem.

Alternativa E. INCORRETA. Também não afronta a regra do concurso público. Tem previsão no art. 41, §3º, da CRFB/88, que nos diz que:

§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

Gabarito: A

CESGRANRIO - TEC (BACEN)/BACEN/ÁREA 1 (SUPORTE TÉCNICO-


ADMINISTRATIVO) / 2010

32. Bruno, servidor público federal, ocupou por exatos 5 anos um cargo na administração pública, até que foi aprovada uma lei federal
extinguindo o referido cargo. Nesse caso, Bruno

A) será demitido.
B) será obrigado a exercer outro cargo.
C) será aposentado compulsoriamente.
D) ficará em disponibilidade com remuneração integral.
E) ficará em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

Comentários:

Pessoal, vamos resolver essa questão sobre o tema da Administração Pública e seus Servidores!
Conforme o art. 41 da CRFB/88, são estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo
em virtude de concurso público.

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Vale esclarecer que o §1º do mesmo artigo estabelece ainda que o servidor público estável só perderá o cargo:

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
ampla defesa.

No caso da questão, percebam que Bruno estava há 5 anos no cargo (o que demonstra que ele já tinha estabilidade, que foi adquirida após
3 anos)!
“Mas, professor! Foi aprovada uma lei federal estabelecendo a extinção do cargo. O que acontece com o servidor?”
Vejamos o que diz o art. 41, § 3º, da CRFB/88:

§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.  

Diante de todo o exposto, Bruno ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
Portanto, o gabarito é a alternativa E.
(...)
Alternativa A. INCORRETA. Demitido? Negativo! Bruno tem estabilidade (art. 41 da CRFB/88).
Alternativa B. INCORRETA. Bruno não será obrigado a exercer outro cargo!
Alternativa C. INCORRETA. Bruno não será aposentado compulsoriamente.
Alternativa D. INCORRETA. Ficará em disponibilidade com remuneração integral? Pegadinha!!! Ele ficará em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço.
Alternativa E. CORRETA. Opa! Esta é a nossa resposta! De fato, Bruno ficará em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de
serviço conforme o art. 41, § 3º, da CRFB/88.

Gabarito: E

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