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E-BOOK Estratégia Concursos | Direito Administrativo para o CNU 2

APRESENTAÇÃO

Olá, pessoal!

É com imensa satisfação que damos continuidade a este projeto de E-books de Questões Comentadas da Cesgranrio para o CNU!
Como, ao longo de sua preparação, é fundamental que vocês resolvam diversas questões de concursos passados, sabemos que esta série
de e-books será de grande utilidade. Nosso objetivo é proporcionar mais uma valiosa ferramenta de estudo para deixá-los mais perto de sua
aprovação.
Aproveitem muito este material! Bons estudos!

Equipe Estratégia Concursos

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@estrategia.concursos Estrategia Concursos


E-BOOK

CESGRANRIO - ADV (AGERIO)/AGERIO/2023

01. A banca organizadora de um concurso para o cargo de agente de saúde em um determinado município decide estabelecer, como etapa
necessária para o certame, a realização de avaliação psicológica.
Para sujeitar o candidato a cargo público a exame psicotécnico antes mesmo da publicação do ato em que se organiza o certame, é
indispensável a previsão

A) no edital
B) em aviso
C) em portaria
D) em lei
E) em resolução

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre Jurisprudência dos Tribunais Superiores sobre Concurso Público.
O Supremo Tribunal Federal (STF) considera que, para haver a realização de avaliação psicológica em concursos públicos, faz-se indispensável
a previsão em lei.
Súmula Vinculante 44:

“Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.” [grifou-se]

Gabarito: D

CESGRANRIO - ADV (AGERIO)/AGERIO/2023

02. Um funcionário de autarquia federal foi demitido após passar por processo administrativo disciplinar, em que fora observada a ampla
defesa e o direito ao contraditório, sob a acusação de que teria cometido infração funcional relativa ao recebimento indevido de vantagem
econômica. Em razão do ilícito penal, tal funcionário foi processado criminalmente. Contudo, na esfera judicial, foi provado que o réu não
concorreu para o suposto ato delituoso que motivou a sua demissão.
Nesse caso, a repercussão da decisão penal absolutória

A) vincula a esfera administrativa e permite que esse funcionário seja reintegrado ao cargo.
B) vincula a esfera administrativa e permite que esse funcionário seja revertido ao cargo.
C) vincula a esfera administrativa e permite que esse funcionário seja reconduzido ao cargo.
D) não vincula a esfera administrativa, pois a responsabilidade administrativa não se subordina à decisão judicial.
E) não vincula a esfera administrativa, mas viabiliza a indenização por danos morais.

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COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre Agentes Públicos, sob a luz da Lei n° 8.112/90.
Pessoal, quando há absolvição criminal, negando a existência do fato ou da autoria, há a comunicabilidade com as esferas administrativa
e cível, sendo essa a previsão do art. 126, da Lei n° 8.112/90:

“Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua
autoria.” [grifou-se]

Já podemos eliminar as alternativas “d” e “e”, já que há vinculação da esfera administrativa, como vimos. Ato contínuo, imperioso faz-se
confirmar a correção da letra “a”, uma vez que a volta do servidor será por reintegração, e não reversão (letra “b”) ou recondução (letra ”c”).
Vejamos o porquê da correção da letra “a”, conforme o art. 28, da Lei n° 8.112/90:

“Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação,
quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.” [grifou-se]

Gabarito: A

CESGRANRIO - ADV (AGERIO)/AGERIO/2023

03. A Administração Pública indireta é composta por entes descentralizados, de competência do governo, criados para desempenharem
variadas funções de serviços à população. Nesse sentido, existe uma entidade que assume a forma de pessoa jurídica, cuja criação é
autorizada por lei, como um instrumento de ação do Estado, dotada de personalidade de Direito Privado, mas submetida a certas regras
especiais, decorrentes dessa sua natureza auxiliar da atuação governamental. Ela é constituída sob a forma de sociedade anônima, cujas
ações com direito a voto pertencem em sua maioria à União ou a uma entidade de sua administração indireta, sobre remanescente
acionário de propriedade particular.
Essa entidade é chamada de

A) empresa pública
B) autarquia especial
C) agência reguladora
D) sociedade de economia mista
E) agência executiva

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre Administração Indireta.

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Vamos agrupar as características citadas pelo caput da questão:


1. Autorizadas por lei;
2. Personalidade jurídica de direito privado;
3. Constituída sob a forma de sociedade anônima;
4. Ações com direito a voto pertencem em sua maioria à União ou a uma entidade da administração indireta, possuindo participação
remanescente de particular.

De fato, estamos diante de uma Sociedade de Economia Mista. Vejamos as balizas legais:
Constituição Federal:

“Art. 37. (...)

XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista
e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;” [grifou-se]

Lei n° 13.303/2016:

“Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei, sob
a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos
Municípios ou a entidade da administração indireta.” [grifou-se]

a) ERRADO. A empresa pública admite várias formas jurídicas previstas no direito, e não somente sociedade anônima. Ademais, o capital é
integralmente público, vale dizer, não há participação remanescente de particulares. Por fim, também é importante dizer que são pessoas
jurídicas de direito privado. Vejamos a passagem da Lei n° 13.303/2016:

“Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio
próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios.” [grifou-se]

b) ERRADO. A autarquia possui personalidade jurídica de direito público e é criada por lei, não autorizada.
c) ERRADO. Agências reguladoras são autarquias sob regime especial, vale dizer que são autarquias com maior autonomia em relação ao ente
instituidor. Logo, valem as ponderações da letra “b”.
d) CORRETO. Perfeito, como vimos anteriormente.
e) ERRADO. Agência executiva é a qualificação dada à autarquia ou fundação que tenha celebrado contrato de gestão com o órgão da Administração
Direta a que se acha vinculada, para melhoria da eficiência e redução de custos1. Não há correlação com as características citadas no enunciado
da questão.

Gabarito: D

1 Aula 02, p. 57, CNU - Concurso Nacional Unificado - Direito Administrativo (Pré-Edital), Herbert Almeida, Equipe Direito Administrativo.

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CESGRANRIO - PNS (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/ADVOGADO/2022

04. A iniciativa, no âmbito do processo legislativo, para a criação de uma autarquia federal, que é ente da administração pública indireta,
compreendida como o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades
típicas da Administração Pública que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada, é
atribuída

A) exclusivamente aos membros do Congresso Nacional


B) concorrentemente aos membros do Congresso Nacional e ao Presidente da República
C) privativamente aos senadores
D) privativamente ao Presidente da República
E) privativamente aos deputados federais

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre Administração Indireta.


A iniciativa é privativa do Presidente da República, nos termos do art. 61, §1°, inc. II, al. “b”, da CF/88.

"Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado
Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral
da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.

§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:

II - disponham sobre:

b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios;”
[grifou-se]

“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista
e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;

XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista
e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;” [grifou-se]

Gabarito: D

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CESGRANRIO - PNS (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/ENGENHEIRO


AUDITOR/2022

05. Uma pessoa jurídica, que está atuando como concessionária, pretende abandonar a atuação e transferir o controle societário para outros
investidores.
Consultando um auditor, ele é informado de que, nos termos da Lei no 8.987/1995, caso a transferência ocorra sem a anuência prévia do
poder concedente será declarada a

A) prescrição
B) suspensão
C) caducidade
D) investigação
E) limitação

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre Serviços Públicos, especificamente sobre a Lei n° 8.987/95.
O fato narrado refere-se à extinção da concessão por meio da caducidade, nos termos do art. 27, do normativo supracitado:

“Art. 27. A transferência de concessão ou do controle societário da concessionária sem prévia anuência do poder concedente implicará a
caducidade da concessão.” [grifou-se]

Gabarito: C

CESGRANRIO - ASS ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019

06. J é portador de necessidades especiais e pretende ingressar no serviço público. Nos termos da Lei nº 8.112/1990, às pessoas portadoras
de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis
com a deficiência de que são portadoras.
Para tais pessoas, serão reservadas, das vagas oferecidas no concurso, até

A) 5%
B) 10%
C) 15%
D) 20%
E) 30%

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COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre a Lei n° 8.112/90, Estatuto dos Servidores Públicos Federais.

“Art. 5° São requisitos básicos para investidura em cargo público:

§2° Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas
atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das
vagas oferecidas no concurso.” [grifou-se]

Gabarito: D

CESGRANRIO - ASS ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019

07. As regras de acumulação de cargos previstas no sistema jurídico pátrio são rígidas. Nos casos em que não é possível a acumulação de
cargos ou quando o limite de acumulação já foi atingido, como no caso de médico que acumula dois cargos públicos de médico, para
evitar ilegalidade, a Lei nº 8.112/1990 estabelece que no ato da posse, o empossando apresente declaração de não exercício de outra(o)

A) inserção comunitária
B) atividade filantrópica
C) função social
D) emprego privado
E) cargo público

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre a Lei n° 8.112/90, Estatuto dos Servidores Públicos Federais.
Suficiente, para a resolução da questão, é a leitura do art. 13, §5°, da Lei n° 8.112/90.

“Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os
direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício
previstos em lei.

§5° No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício
ou não de outro cargo, emprego ou função pública.” [grifou-se]

Deverá ser apresentada, então, a declaração de que não exerce outro cargo público (letra “e”).

Gabarito: E

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CESGRANRIO - ASS ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019

08. Um cidadão deseja comunicar que um certo servidor público está exercendo de forma negligente o cargo que ocupa.
Nos termos da Constituição Federal, a lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta,
regulando especialmente a disciplina contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública,
através de uma

A) delação
B) representação
C) notificação
D) acusação
E) indicação

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre Controle da Administração.


Suficiente, para a resolução da questão, é a leitura do art. 37, §3°, inc. III, da CF/88:

“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

§3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente:

III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública.” [grifou-
se]

Gabarito: B

CESGRANRIO - ASS ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019

09. Um agente público foi condenado por praticar ato de improbidade administrativa caracterizado por enriquecimento ilícito.
Nos termos da Lei nº 8.429/1992 e suas alterações, uma das sanções previstas nessa condenação consiste na suspensão dos direitos
políticos por um período de quantos anos?

A) quatro a seis
B) cinco a sete
C) seis a oito
D) oito a dez
E) nove a onze

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COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre Improbidade improbidade administrativa que importem em enriquecimento ilícito
Administrativa. era por um período de 8 (oito) a 10 (dez) anos, letra “d”.
Pessoal, a questão encontra-se desatualizada. A Lei nº Atualmente, para essa modalidade de ato de improbidade, a
14.230/2021 alterou a Lei nº 8.429/1992 (Lei de Improbidade suspensão dos direitos políticos vai até 14 (quatorze) anos, conforme
Administrativa). o art. 12, inc. I, da Lei de Improbidade Administrativa:
Anteriormente, a suspensão dos direitos políticos para atos de

“Art. 9º Constitui ato de improbidade administrativa importando em enriquecimento ilícito auferir, mediante a prática de ato doloso,
qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, de mandato, de função, de emprego ou de atividade nas
entidades referidas no art. 1º desta Lei, e notadamente: (...)” [grifou-se]

“Art. 12. Independentemente do ressarcimento integral do dano patrimonial, se efetivo, e das sanções penais comuns e de responsabilidade,
civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que
podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:

I - na hipótese do art. 9º desta Lei, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda da função pública, suspensão dos
direitos políticos até 14 (catorze) anos, pagamento de multa civil equivalente ao valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar
com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de
pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 14 (catorze) anos;” [grifou-se]

Gabarito: D (desatualizada)

CESGRANRIO - ASS ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019

10. Um servidor público, ao tomar posse no cargo, apresentou sua declaração de bens.
Além da declaração anual, a Lei nº 8.429/1992 e suas alterações determina que o servidor deve apresentar declaração atualizada quando

A) mudar de sede.
B) for promovido.
C) for transferido para o exterior.
D) deixar o exercício do cargo.
E) houver processo administrativo.

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre Improbidade Atualmente, conforme o art. 13, caput, é exigida do agente
Administrativa. público a apresentação da declaração do imposto de renda e
Pessoal, a questão encontra-se desatualizada. A Lei nº proventos de qualquer natureza, e não a declaração de bens e
14.230/2021 alterou a Lei nº 8.429/1992 (Lei de Improbidade valores, como anteriormente.
Administrativa). No entanto, isso não interfere na nossa resolução.

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“Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração de imposto de renda e proventos de
qualquer natureza, que tenha sido apresentada à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, a fim de ser arquivada no serviço de
pessoal competente.” [grifou-se]

Em que pese haver a mudança de declaração, ainda é possível marcarmos a letra “d” como gabarito, uma vez que, atualmente, assim
como anteriormente, é necessária a apresentação da declaração quando o agente público deixar o exercício. Vejamos o §2°, do art. 13, da LIA,
atualizado pela Lei n° 14.230/2021:

“Art. 13. (...)

§2º A declaração de bens a que se refere o caput deste artigo será atualizada anualmente e na data em que o agente público deixar o
exercício do mandato, do cargo, do emprego ou da função.” [grifou-se]

Gabarito: D

CESGRANRIO - ASS ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019

11. O presidente de comissão de sindicância e processo administrativo de determinado órgão público competente para julgar todos os
servidores que pratiquem atos contrários ao Estatuto do Servidor deseja abdicar dessa função.
Nos termos da Lei nº 9.784/1999 e suas alterações, a competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi
atribuída como própria, salvo os casos de delegação e

A) transferência
B) modificação
C) conexão
D) avocação
E) continência

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre Processo Administrativo Federal, sob a luz da Lei n° 9.784/99.
Para a resolução da questão, suficiente é a leitura do art. 11 da Lei n° 9.784/99:

“Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação
e avocação legalmente admitidos.” [grifou-se]

Gabarito: D

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CESGRANRIO - ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019

12. P obtém aprovação para ingressar no serviço público federal, tendo tomado posse e entrado em exercício nos prazos legais. Sendo
profissional altamente qualificado na sua área de conhecimento, logo após entrar em exercício, também logra aprovação para cursar
mestrado no exterior do país. Baseado na Lei nº 8.112/1990, P requer licença com vencimentos para manter seu vínculo com o serviço
público.
O referido estatuto do servidor, no caso de período em que ocorre o estágio probatório, veda a concessão de licença para

A) capacitação
B) acompanhar cônjuge
C) tratar doença
D) serviço militar
E) atividade política

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre a Lei n° 8.112/90, Estatuto dos Servidores Públicos Federais.
Pessoal, durante o estágio probatório, são vedadas as seguintes licenças (bizu: “MATRACA”):
1. licença capacitação;
2. licença para tratar de interesses particulares;
3. licença para mandato classista.

Vejamos a fundamentação teórica, de acordo com a Lei n° 8.112/90:

"Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24
(vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os
seguinte fatores:

§4° Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidas as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 81, incisos I a IV,
94 , 95 e 96, bem assim afastamento para participar de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na
Administração Pública Federal." [grifou-se]

“Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença:

I - por motivo de doença em pessoa da família;

II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;

III - para o serviço militar;

IV - para atividade política;

V - para capacitação;

VI - para tratar de interesses particulares;

VII - para desempenho de mandato classista.”

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Vejam que os incisos V, VI e VII não estão incluídos na permissão do §4° do art. 20 da Lei n° 8.112/90, vale dizer, não é possível conceder
licenças, em estágio probatório, para esses casos. O gabarito é, portanto, a letra “a” (capacitação).

Gabarito: A

CESGRANRIO - ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019

13. Q é servidor público e postulou readaptação por ter sofrido limitações que impediriam o exercício no cargo público originário que
ocupava. Ao submeter-se à inspeção de saúde, foi diagnosticado como totalmente incapaz para o serviço público.
Nesse caso, nos termos da Lei nº 8.112/1990, o servidor Q será

A) exonerado
B) demitido
C) disponibilizado
D) aposentado
E) retornado

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre a Lei n° 8.112/90, Estatuto dos Servidores Públicos Federais.
Só há que se falar em readaptação quando a incapacidade for julgada parcial. Se a incapacidade for total/absoluta, incorrer-se-á na
hipótese do §1° do art. 24, a seguir.

“Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha
sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.

§1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado." [grifou-se]

Gabarito: D

CESGRANRIO - ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019

14. O servidor público W foi demitido do serviço público, após processo administrativo disciplinar. Inconformado, ele propôs ação judicial,
buscando o retorno ao serviço público, tendo obtido decisão favorável, após dez anos de duração do processo.
Nos termos da Lei nº 8.112/1990, quando invalidada a demissão por decisão judicial, ocorre a denominada

A) reinclusão D) revisão
B) reintegração E) repristinação
C) recondução

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Trata-se de questão que versa sobre a Lei n° 8.112/90, Estatuto dos Servidores Públicos Federais.
Para a resolução da questão, suficiente é a leitura do art. 28 da Lei n° 8.112/90.

"Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação,
quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens." [grifou-se]

Alternativas “a”, “d” e “e” são invenções do examinador. Por fim, a letra “c”, em que pese haver baliza na Lei n° 8.122/90, não é a nossa
resposta, pois acontece nos casos de inabilitação em estágio probatório ou de reintegração do anterior ocupante, nos termos do art. 29, incs. I
e II.

“Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:

I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;

II - reintegração do anterior ocupante.”

Por tudo, o gabarito é a letra “b”.

Gabarito: B

CESGRANRIO - ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019

15. Um gerente administrativo de determinado órgão público recebe treinamento para diminuir os equívocos na atuação do Estado na
relação com os administrados.
Em uma das aulas do curso, são abordados os atributos do ato administrativo que, segundo a doutrina, inclui a

A) condicionalidade
B) estabilização
C) certeza de origem
D) presunção de legitimidade
E) simplicidade

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre Atos Administrativos. contrário, que os atos foram editados em conformidade com a lei,
Os atributos de um ato administrativo são: PATI (presunção ou seja, presumem-se legítimos, lícitos, legais ou válidos. Por sua
de legitimidade ou veracidade; autoexecutoriedade; tipicidade e vez, a presunção de veracidade significa que os fatos alegados pela
imperatividade). administração presumem-se verdadeiros.2
A presunção de legitimidade pressupõe, até que se prove o

2 Aula 06, p. 19, CNU - Concurso Nacional Unificado - Direito Administrativo (Pré-Edital). Herbert Almeida, Equipe Direito Administrativo.

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Pela imperatividade, os atos administrativos impõem O atributo da tipicidade é descrito na obra de Maria Sylvia
obrigações a terceiros, independentemente de concordância. A Zanella Di Pietro. De acordo com a doutrinadora, a tipicidade é o
autoexecutoriedade consiste na possibilidade que certos atos atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras
ensejam de imediata e direta execução pela administração, sem previamente definidas em lei como aptas a produzir determinados
necessidade de ordem judicial. Permite, inclusive, o uso da força para resultados.4
colocar em prática as decisões administrativas.3 Por tudo, o gabarito é a letra “d”.

Gabarito: D

CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/DIREITO/2018

16. Dispõe o art. 19 (ADCT): “Os servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, da administração direta,
autárquica e das fundações públicas, em exercício na data da promulgação da Constituição, há pelo menos cinco anos continuados, e que
não tenham sido admitidos na forma regulada no art. 37, da Constituição, são considerados estáveis no serviço público.”
Conforme o disposto nesse art. 19, a estabilidade no serviço público

A) aplica-se aos servidores que a lei declare de livre exoneração.


B) aplica-se aos ocupantes de cargos, funções e empregos de confiança ou em comissão.
C) depende do tempo de serviço dos servidores, que será contado como título, quando se submeterem a concurso para fins de efetivação, na
forma da lei.
D) não se aplica aos professores de nível superior, nos termos da Constituição.
E) não se aplica às hipóteses que a lei declare de livre exoneração, cujo tempo de serviço não será computado para os fins do caput desse artigo,
inclusive por se tratar de servidor.

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre servidores públicos.

a) ERRADO. Não se aplica aos servidores que a lei declare de livre exoneração, conforme §2° do art. 19 do ADCT:

“§2º O disposto neste artigo não se aplica aos ocupantes de cargos, funções e empregos de confiança ou em comissão, nem aos que a lei
declare de livre exoneração, cujo tempo de serviço não será computado para os fins do "caput" deste artigo, exceto se se tratar de servidor.”
[grifou-se]

b) ERRADO. Não se aplica aos ocupantes de cargos, funções e empregos de confiança ou em comissão, conforme §2° do art. 19 do ADCT:

“§2º O disposto neste artigo não se aplica aos ocupantes de cargos, funções e empregos de confiança ou em comissão, nem aos que a lei
declare de livre exoneração, cujo tempo de serviço não será computado para os fins do "caput" deste artigo, exceto se se tratar de servidor.”
[grifou-se]

3 Aula 06, p. 22, CNU - Concurso Nacional Unificado - Direito Administrativo (Pré-Edital). Herbert Almeida, Equipe Direito Administrativo.
4 Aula 06, p. 27, CNU - Concurso Nacional Unificado - Direito Administrativo (Pré-Edital). Herbert Almeida, Equipe Direito Administrativo.
Estratégia Concursos | Direito Administrativo para o CNU 15
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c) CORRETO. Perfeito, nos termos do §1° do art. 19 do ADCT:

“§1º O tempo de serviço dos servidores referidos neste artigo será contado como título quando se submeterem a concurso para fins de
efetivação, na forma da lei.” [grifou-se]

d) ERRADO. Erro sutil. Não é nos termos da Constituição, mas, sim, nos termos da lei.

“§3º O disposto neste artigo não se aplica aos professores de nível superior, nos termos da lei.” [grifou-se]

e) ERRADO. O erro está em “inclusive por se tratar de servidor”. Vejamos o §2° do art. 19 do ADCT:

“§2º O disposto neste artigo não se aplica aos ocupantes de cargos, funções e empregos de confiança ou em comissão, nem aos que a lei
declare de livre exoneração, cujo tempo de serviço não será computado para os fins do "caput" deste artigo, exceto se se tratar de servidor.”
[grifou-se]

Gabarito: C

CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/DIREITO/2018

17. O poder de polícia é o modo de atuar da autoridade administrativa que consiste em intervir no exercício das atividades individuais
suscetíveis de fazer perigar interesses gerais, tendo por objeto evitar que se produzam, ampliem ou generalizem os danos sociais que a
lei procura prevenir.
CAETANO, M. Princípios Fundamentais do Direito Administrativo. Imprenta: Coimbra, Almedina, 2010. p. 339.
Conforme entende o autor do trecho acima,

A) é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, independentemente das qualificações profissionais.
B) ofende o princípio da livre concorrência a lei estadual que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em
determinada área.
C) há exercício do Poder de Polícia na concessão inicial da licença, o mesmo não ocorrendo na renovação de licença para localização.
D) são de competência das portarias a prescrição de infrações e sanções administrativas, mesmo que não exista lei sobre a matéria.
E) são de competência da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, a cobrança de taxa, tendo como fato gerador o exercício regular do
poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e indivisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição, ainda que não haja previsão legal.

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre poder de polícia.

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a) ERRADO. Não respeita a Carta Magna. Deve-se respeitar as qualificações profissionais.

“Art. 5° (...)

XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;” [grifou-se]

b) ERRADO. A determinação em apreço é válida para os municípios, e não para o estado. Vejamos a Súmula Vinculante n° 49:

“Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em
determinada área.” [grifou-se]

c) ERRADO. Foi dada como gabarito. A banca considerou o teor da Súmula n° 157 do STJ, que tem o seguinte teor:

“É ilegítima a cobrança de taxa, pelo Município, na renovação de licença para localização de estabelecimento comercial ou industrial.”

Com base nela, na renovação da licença, não há que se falar em cobrança de taxa, não se fazendo presente a figura do poder de polícia.
Acontece que, como o STF admite a cobrança da taxa de renovação por entender que há a figura do poder de polícia, a súmula em apreço foi
cancelada.

"Tributário. Taxa de Fiscalização de Localização e Funcionamento.

1. O STF já proclamou a constitucionalidade de taxas, anualmente renováveis, pelo exercício do poder de polícia, e se a base de cálculo não
agredir o CTN.

2. Afastada a incidência do enunciado da Súmula n. 157-STJ" [grifou-se]

A decisão foi dada em 2002, muito antes da realização deste concurso Petrobrás (2018). No entanto, a banca não aceitou os recursos e
considerou essa alternativa como gabarito. Fiquem atentos. O entendimento mais correto é que há, sim, o poder de polícia na renovação da taxa
de licença, justificando a sua cobrança. A súmula em comento está cancelada.

d) ERRADO. Há a necessidade de lei para impor sanções. O que se admite por meio de portaria (ato infralegal) é alguma eventual graduação de
penalidades.

e) ERRADO. O serviço público deve ser específico e divisível, não indivisível. Ademais, faz-se necessária a baliza legal. Vejamos o que dizem os arts.
9, inc. I, e 77 do Código Tributário Nacional (CTN):

“Art. 9º É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I - instituir ou majorar tributo sem que a lei o estabeleça, ressalvado, quanto à majoração, o disposto nos arts. 21, 26 e 65;” [grifou-se]

“Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições,
têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.” [grifou-se]

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O gabarito da banca foi a letra “c”, no entanto, no meu entendimento, a questão não possui resposta.

Gabarito: C

CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/DIREITO/2018

18. Conforme entendimento doutrinário, os atos administrativos

A) subordinam-se ao fato jurídico do direito privado.


B) são incompetentes quando considerados de interesse pessoal do administrador público.
C) podem ser objeto de delegação em que conste a edição de atos de caráter normativo.
D) permitem a exoneração do Servidor em estágio probatório, sem as formalidades de apuração de sua capacidade.
E) são delegáveis ao administrador, que pode adotar fundamentos genéricos e indefinidos como de interesse público.  

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre atos administrativos.

a) ERRADO. Não se subordinam ao fato jurídico do direito privado. De forma contrária, o ato administrativo é regido pelo direito público. Ademais,
o ato administrativo exige manifestação de vontade humana, o que não acontece no fato jurídico.

b) CORRETO. O correto é agir com base no interesse público, e não com base no interesse pessoal. Nesse caso, o agente comete excesso de poder,
modalidade que enseja o vício de incompetência.
Os vícios de competência podem ser de:
a) incompetência:
• excesso de poder;
• função de fato;
• usurpação de poder.
b) incapacidade: impedimento e suspeição.

A incompetência ocorre quando a prática do ato não se insere nas atribuições previstas em lei para aquele agente. Nesse caso, precisamos
analisar as suas três formas de manifestação: excesso de poder; usurpação de poder; e função de fato. O excesso de poder é o vício clássico
de competência, ocorrendo quando o agente excede os limites da sua competência. Por exemplo: se a autoridade possui poder somente para
aplicar a pena de suspensão, mas aplica a penalidade mais grave, de demissão, haverá excesso de poder.5

c) ERRADO. Atos de caráter normativo são indelegáveis. Veja o art. 13, da Lei n° 9.784/99:

“Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:

I - a edição de atos de caráter normativo;” [grifou-se]

5 Aula 06, p. 60, CNU - Concurso Nacional Unificado - Direito Administrativo (Pré-Edital). Herbert Almeida, Equipe Direito Administrativo
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d) ERRADO. São necessárias as formalidades de apuração, pessoal. Vejamos a Súmula n° 21, do STF:

“Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido sem inquérito ou sem as formalidades legais de apuração de sua
capacidade.” [grifou-se]

e) ERRADO. Nem todos os tipos de atos administrativos podem ser delegados, vimos um exemplo no comentário da letra “c”. Também não é
admitida a adoção de fundamentos genéricos e indefinidos.
O gabarito é, por conseguinte, a letra “b”.

Gabarito: B

CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/CONTABILIDADE/2018

19. PKV é médico e organiza a convocação de estagiários para atuar no seu setor.
Para não sofrer as restrições estabelecidas de acordo com o Decreto n° 7.203/2003, a escolha de estagiários deverá, assegurada a
isonomia entre os concorrentes, ser precedida de

A) indicação individual
B) processo seletivo
C) análise curricular
D) recomendação de autoridade
E) avaliação de vida pregressa

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre princípios da administração pública.


Pessoal, note que o fito é assegurar a isonomia. Entre as alternativas, a única que de fato, pelo menos em tese, assegura isso é o processo
seletivo. Não era necessário conhecer o teor do Decreto n° 7.203/2003.
Conforme o art. 37 da CF/88, a Administração Pública obedecerá, entre outros, ao princípio da impessoalidade, do qual decorre o princípio
da isonomia, explorado na questão.

“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...)” [grifou-se]

Gabarito: B

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CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/CONTABILIDADE/2018

20. Em caso de contratação de empresa prestadora de serviço terceirizado, nos termos do Decreto no 7.203/2003, deverá ser estabelecida
a vedação de que familiar de agente público preste serviços no órgão ou entidade em que este exerça cargo em comissão ou função de
confiança.
Essa vedação deve constar no

A) Memorando especial
B) Comunicado de habilitação
C) Edital de licitação
D) Contrato final
E) Termo de ciência

COMENTÁRIOS

Trata–se de questão que versa sobre Nepotismo.


Pessoal, em que pese o Decreto n° 7.203/2003 ser bastante específico e geralmente não constar em provas, o assunto nepotismo é
bastante relevante para fins de prova. Assim, tendo em vista essa cobrança específica da banca, considerei relevante que vocês conheçam essa
questão.
Suficiente para a resolução da questão é a leitura do art. 7 do Decreto n° 7.203/2003:

“Art. 7º Os editais de licitação para a contratação de empresa prestadora de serviço terceirizado, assim como os convênios e instrumentos
equivalentes para contratação de entidade que desenvolva projeto no âmbito de órgão ou entidade da administração pública federal,
deverão estabelecer vedação de que familiar de agente público preste serviços no órgão ou entidade em que este exerça cargo em comissão
ou função de confiança.” [grifou-se]

O gabarito é a letra “c”.

Gabarito: C

CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/ENGENHARIA DE


PRODUÇÃO/2018

21. De acordo com o Decreto n° 7.203/2010, a vedação ao nepotismo familiar abrange o cônjuge, o companheiro ou o parente em linha reta
ou colateral, por consanguinidade ou afinidade até o

A) terceiro grau D) sexto grau


B) quarto grau E) sétimo grau
C) quinto grau

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COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre Nepotismo.


Apesar de o enunciado tratar do Decreto n° 7.203/2010, norma específica que pode não estar presente no seu edital, é suficiente para a
resolução da questão a leitura da Súmula Vinculante n° 13, essa sim de extrema importância para muitas provas de Direito Administrativo:
Súmula Vinculante nº 13:

“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade
nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em
comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União,
dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.“
[grifou-se]

O gabarito é a letra “a”, portanto.

Gabarito: A

CESGRANRIO - PTNM (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/ADMINISTRAÇÃO E


CONTROLE/2018

22. A logística inbound de uma empresa é o setor da logística que, entre outras atividades, realiza a compra de materiais, sempre buscando
o menor custo e as melhores condições para a empresa. A administração pública também busca realizar as suas compras com o intuito
de garantir, entre outros quesitos, o menor custo, respeitando-se os princípios presentes na Constituição Federal de 1988.

Um desses princípios, que une qualidade, celeridade e menor custo na prestação do serviço ou no trato com os bens públicos, é o
princípio da

A) razoabilidade
B) economicidade
C) impessoalidade
D) moralidade
E) publicidade

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre princípios da administração pública.


Pessoal, o único princípio que possui coerência com qualidade, celeridade e menor custo é a economicidade.

a) ERRADO. A razoabilidade faz o cotejo entre os meios e os fins, evitando-se arbitrariedades. Para alcançar determinado resultado, é razoável
tal postura?

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b) CORRETO. É o nosso gabarito. A economicidade busca o menor custo sem perder a qualidade.
c) ERRADO. Prega a isonomia e a busca para alcançar os fins públicos, e não os fins pessoais.
d) ERRADO. Exige a conduta ética por parte do agente público. Nem toda ação que é legal é moral, pessoal.
e) ERRADO. Relacionado à transparência das ações públicas.
O gabarito é a letra “b”.

Gabarito: B

CESGRANRIO - PTNS (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/ADVOCACIA/2018

23. No âmbito do princípio da legalidade atuam a supremacia da lei e a reserva de lei.

No que concerne à reserva de lei, a doutrina assente estabelece uma relação com a denominada

A) atuação negativa
B) vinculação positiva
C) juridicidade atual
D) mecânica limitativa
E) inclusão das lacunas

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre princípios da administração só podendo atuar naquilo que foi positivado/autorizado pela lei, não
pública. podendo ir além.
A doutrina majoritária afirma que o princípio da reserva legal Na esfera privada, é o contrário. O particular pode atuar em
estabelece uma vinculação positiva para a Administração Pública. tudo o que não é proibido legalmente (vinculação negativa). Dessa
Como assim, professor? O agente público só possui forma, temos o seguinte bizu:
competência em relação ao que a lei prescreve, autoriza, positiva,

• vinculação positiva → o que está positivado (texto da lei) → vincula o agente público; ele só pode atuar nos limites autorizados;
• vinculação negativa → o que não está positivado (a lei não diz nada) → não vincula o agente privado, vale dizer, ele pode realizar tudo
o que não é vedado por lei.

Por tudo, o gabarito é a letra “b”.

Gabarito: B

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CESGRANRIO - PTNS (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/ADVOCACIA/2018

24. Quando um ato administrativo é revogado por conveniência e oportunidade da Administração, deve ser observado, quanto à forma, o
princípio da

A) simetria
B) motivação
C) vinculação
D) acidentalidade
E) essencialidade

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre atos administrativos.

a) CORRETO. Dentre diversas formas de extinção dos atos administrativos, estamos diante da modalidade revogação, que ocorre pela
discricionariedade (conveniência e oportunidade).
Para revogar, confecciona-se um novo ato, simétrico ao ato que deve ser revogado. Assim, um ato administrativo demanda outro ato administrativo
para a sua revogação. Esse é o entendimento da doutrina majoritária, a qual recebe o nome de princípio da simetria ou paralelismo das formas.
Vale ressaltar que a simetria não é somente em relação à forma do ato, mas também, por exemplo, em relação à autoridade competente. Se for
editado um ato por uma autoridade competente, quem for revogá-lo deve possuir competência para tanto. O nosso gabarito é a letra “a”.
b) ERRADO. O erro é sutil, pois, realmente, ao revogar um ato, é necessária a devida motivação por parte da Administração, uma vez que, por
esse princípio, fazem-se necessárias as justificativas de fato e de direito, pelo menos em regra. No entanto, a alternativa está errada porque o
caput da questão exige um princípio relacionado à forma.
c) ERRADO. Não há que se falar em revogação de atos administrativos vinculados, a qual só atinge atos administrativos discricionários.
d) ERRADO. Termo inventado e desconexo à resolução da questão.
e) ERRADO. Idem “d”.

Gabarito: A

CESGRANRIO - PROF JR (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/ADMINISTRAÇÃO/2018

25. Considerando as características dos entes que compõem a administração pública indireta, uma das diferenças entre as empresas públicas
e as sociedades de economia mista baseia-se na

A) estrutura de propriedade D) personalidade jurídica privada


B) criação por meio de lei E) possibilidade de falência
C) regras de admissão de pessoal

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COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre administração indireta.

a) CORRETO. Realmente, a estrutura de propriedade é diferente. Vejamos o que diz o Estatuto das Estatais (Lei n° 13.303/16):

“Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio
próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios.” [grifou-se]

“Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei, sob
a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos
Municípios ou a entidade da administração indireta.” [grifou-se]

Dessa forma, uma empresa pública possui o seu capital integralmente detido por entidade pública, ao passo que a sociedade de economia
mista possui um capital misto, vale dizer, tanto público como privado.

b) ERRADO. Tanto a empresa pública quanto a sociedade de economia mista são apenas autorizadas por lei, e não criadas por essa espécie
normativa.
c) ERRADO. As regras de admissão de pessoal são as mesmas. Os servidores são empregados públicos, regidos pelas regras da CLT, admitidos por
meio de concurso público.
d) ERRADO. As duas são pessoas jurídicas de direito privado (os arts. 3 e 4 da Lei n° 13.303/2016, reproduzidos na letra “a”, comprovam isso).
e) ERRADO. Empresas públicas e sociedades de economia mista não se submetem à Lei de Falências (Lei n° 11.101/2005).

Art. 2º Esta Lei não se aplica a:

I – empresa pública e sociedade de economia mista;" [grifou-se]

O gabarito é, portanto, a letra “a”.

Gabarito: A

CESGRANRIO - PROF JR (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/AUDITORIA/2018

26. No denominado controle jurisdicional, é assente que não se pode substituir o administrador quanto ao aspecto da decisão mais
conveniente.
Isso restringe o âmbito de atuação dessa espécie de controle à

A) legalidade D) modificabilidade
B) oportunidade E) primazia
C) reanálise

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COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre controle jurisdicional da administrador público por suas próprias escolhas sobre o que
administração pública. constituiria o atendimento do interesse público. Isso seria passível de
O controle jurisdicional, realizado pelo Judiciário, não pode violação ao princípio da inércia jurisdicional.
adentrar o mérito do ato administrativo (posição majoritária). Dessa Tome muito cuidado: o ato discricionário pode ser, sim,
forma, ao analisar um ato discricionário, ele deverá limitar-se à análise submetido ao controle jurisdicional. Nesse caso, sob o aspecto da
da legalidade, não podendo fazê-lo sobre o mérito (conveniência e legalidade.
oportunidade). Assim, podemos constatar a incorreção da letra “b”. O gabarito é, portanto, a letra “a”, sendo as demais alternativas
O Poder Judiciário não possui a prerrogativa de intervir (“c”, “d” e “e”) invenções do examinador.
no mérito administrativo, substituindo as decisões legítimas do

Gabarito: A

CESGRANRIO - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/LOGÍSTICA DE


TRANSPORTE/CONTROLE/2018

27. São princípios constitucionais que regem a administração pública, EXCETO

A) Legalidade
B) Impessoalidade
C) Moralidade
D) Marketing
E) Publicidade

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre princípios da administração pública.


Suficiente para a resolução da questão é a leitura do art. 37, caput, da CF/88:

“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:” [grifou-se]

O bizu é o famoso: LIMPE (legalidade, impessoalidade, publicidade e eficiência). Note que o único princípio que não se encaixa na questão
é a letra “d”, marketing.

Gabarito: D

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CESGRANRIO - ASS (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/ADMINISTRATIVO I/2018

28. É juridicamente viável que um órgão público edite portaria ou qualquer outro ato normativo para regular internamente como se dará a
movimentação de seu pessoal.
No entanto, essa normatização interna não pode ofender as leis vigentes e deve respeitar os entendimentos das jurisprudências que
atualmente explicitam que

A) o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do
mesmo Poder, é denominado redistribuição, demandando a vinculação entre os graus de responsabilidade, equivalência de vencimentos e
manutenção da essência das atribuições do cargo.
B) o servidor não poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e
dos Municípios, para exercício de cargo em comissão ou função de confiança.
C) a permuta é o deslocamento do servidor para exercer função distinta da exercida no órgão de origem, a pedido ou de ofício, com mudança
de sede, observados os interesses da administração e a equivalência de vencimentos.
D) a remoção do servidor implica seu deslocamento dentro do mesmo órgão ou entidade, e determina a alteração em seu cargo, mudança no
nível de escolaridade, especialidade, habilitação profissional e efeito pecuniário positivo direto para o servidor.
E) os servidores movimentados não possuem assegurados os seus direitos e vantagens a que faziam jus no órgão ou entidade de origem, e
devem estar conscientes de que, com a movimentação de pessoal, há risco de prejuízo para o servidor na contagem de seu tempo de férias
e concessão de licença prêmio.

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre agentes públicos.

a) CORRETO. Cuida-se da literalidade do art. 37 da Lei n° 8.112/90:

“Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para
outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC, observados os seguintes preceitos:

I - interesse da administração;

II - equivalência de vencimentos;

III - manutenção da essência das atribuições do cargo;

IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades;

V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional;

VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão ou entidade.” [grifou-se]

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b) ERRADO. Sim, poderá haver cessão de servidor para exercer cargos de comissão ou função de confiança. A Lei n° 8.112/90 estabelece o
seguinte:

“Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito
Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses:

I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança;” [grifou-se]

c) ERRADO. A permuta é para exercer funções equivalentes, e não distintas. Ademais, o descrito na alternativa “c” está mais ligado à remoção.
Vejamos:

“Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.”

d) ERRADO. Não altera a estrutura do cargo, escolaridade, responsabilidades, entre outros. Vejam:

“Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.” [grifou-
se]

e) ERRADO. São assegurados os seus direitos e vantagens a que faziam jus no órgão ou entidade de origem. O instituto da cessão é o único que
impede a progressão na carreira, mas todos os outros direitos são assegurados.

Gabarito: A

CESGRANRIO - PROF JR (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/DIREITO/2018

29. É considerado um princípio geral do direito administrativo, o princípio da

A) isonomia
B) dualidade
C) probabilidade
D) unitariedade
E) finalidade

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre princípios do direito administrativo.


Pessoal, cabe destacar, de pronto, que as alternativas “b”, “c” e “d” não refletem princípios administrativos.
O gabarito preliminar foi a letra “a”. De fato, esse corolário está presente no ordenamento jurídico brasileiro, permeando todos os ramos
do direito. Endossando, temos o próprio art. 5 da CF/88:

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“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...)” [grifou-se]

Atualmente, o princípio da isonomia passou a abranger, Em que pese as considerações acima, a letra “e”, no meu
também, outras vertentes. Antes, a isonomia era apenas formal, entendimento, também poderia ser gabarito. O princípio da
porém, hoje, fala-se em isonomia material. Isso significa que pessoas finalidade é o que faz o agente perseguir o interesse público em suas
em situações desiguais poderão receber tratamento diferenciado, ações, satisfazendo-se os ditames da lei. É, de fato, um corolário geral
sem que isso signifique violação à isonomia. O caput do art. 37 do direito administrativo. Inclusive, já houve provas em que a própria
também elenca o princípio da impessoalidade, que abarca o princípio CESGRANRIO considerou a finalidade como princípio geral do direito
da isonomia. Portanto, de fato, o princípio da isonomia é corolário administrativo. Fica essa ressalva.
geral do direito administrativo. O gabarito é a letra “a”.

Gabarito: A

CESGRANRIO - PROF JR (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/DIREITO/2018

30. Nos termos do Decreto Lei nº 200/1967, a Sociedade de Economia Mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito
privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade

A) simples
B) anônima
C) integral
D) por cotas
E) por comandita

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre administração indireta, especificamente sociedade de economia mista.
Diferentemente da empresa pública, que admite várias formas reconhecidas no ordenamento jurídico brasileiro, a sociedade de economia
mista só admite a forma de S.A. (sociedade anônima). Vejam o que diz a Lei n° 13.303/16:

“Art. 5º A sociedade de economia mista será constituída sob a forma de sociedade anônima e, ressalvado o disposto nesta Lei, estará sujeita
ao regime previsto na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 .” [grifou-se]

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Também é o que prediz o Decreto Lei nº 200/1967:

“Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:

III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de
atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade
da Administração Indireta.” [grifou-se]

O gabarito é a letra “b”.

Gabarito: B

CESGRANRIO - PROF JR (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/DIREITO/2018

31. Quando se afirma que os atos administrativos são sempre nulos, está sendo aplicada a denominada teoria

A) diferenciada
B) circunscrita
C) monista
D) especialista
E) avançada

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre atos administrativos. não têm respaldo legal/doutrinário.
A teoria monista prediz que todo ato administrativo é válido Por fim, fica a crítica ao enunciado da questão, que não é dos
ou é nulo, não há meio termo. Dessa forma, por essa teoria, não melhores. Não há teoria que diz que todos os atos administrativos
existe a figura da convalidação, não existe a figura dos vícios sanáveis. são sempre nulos. Na verdade, a teoria monista prediz que o ato
Diferente é a teoria dualista, que é a adotada no Brasil; administrativo sendo praticado em desconformidade legal será
segundo ela, há a figura dos vícios sanáveis (competência e forma), sempre nulo. Se estiver conforme as balizas legais, será válido, ou
convalidando o ato administrativo. seja, mesmo por essa teoria, é possível existir atos administrativos
O nosso gabarito é, portanto, a letra “c”. As outras alternativas válidos.

Gabarito: C

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CESGRANRIO - TA (ANP)/ANP/2016

32. Um servidor público efetivo, exercendo atividade de motorista de caminhão de propriedade de autarquia federal, em determinado dia,
colidiu com o veículo conduzido por uma senhora, causando-lhe danos pessoais e materiais. Foi constatada a culpa do servidor, vez que
dirigia embriagado no momento do evento.
No âmbito da responsabilidade civil do Estado,

A) haverá responsabilidade objetiva do servidor.


B) haverá responsabilidade por risco integral da autarquia.
C) ocorrerá a responsabilidade subjetiva da autarquia.
D) será o servidor objeto de responsabilização, regressivamente.
E) terá o servidor de indenizar a vítima por danos materiais, e terá a autarquia de indenizá-la por danos pessoais.

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre disposições aplicáveis à O ente público ficará no prejuízo? Depende! Se for comprovado
administração pública, sob as balizas da Constituição Federal. dolo ou culpa por parte do agente público, o Estado poderá acioná-
A responsabilidade civil do estado é objetiva, vale dizer, lo via ação de regresso. Dessa forma, a responsabilidade do agente
independe de o ato, lícito ou ilícito, ser praticado pelo agente com público é subjetiva, dependente dessa comprovação. Vejamos a
dolo ou culpa. O Estado responderá se for comprovada a trinca baliza constitucional:
“CDN” (dano, e a relação entre a conduta e o nexo de causalidade).

“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

§6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.” [grifou-se]

a) ERRADO. A responsabilidade do servidor é subjetiva.


b) ERRADO. A responsabilidade da autarquia é objetiva, assegurado o regresso contra o responsável. Não há que se falar em responsabilidade
integral. Nesse contexto, é interessante observar que o nosso ordenamento jurídico adota, em regra, a teoria do risco administrativo, que
apregoa que a responsabilidade civil do estado é objetiva, admitindo certas excludentes, a saber: culpa exclusiva da vítima, culpa exclusiva de
terceiro e caso fortuito/força maior.
Mas também é admitida, como exceção, a teoria do risco integral, que não admite excludentes de responsabilidade estatal. Na Carta
Magna, temos a hipótese que se refere aos acidentes nucleares:

“Art. 21. Compete à União:

XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento
e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:

d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa;” [grifou-se]

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Outra situação que enseja a responsabilidade civil objetiva, com base na teoria do risco integral, é a responsabilidade por danos ambientais.

c) ERRADO. A responsabilidade da autarquia é objetiva.


d) CERTO. Conforme explicado, o servidor será responsabilizado via ação de regresso, uma vez que foi constatada culpa de sua parte, configurando
a responsabilidade subjetiva do agente público.
e) ERRADO. Se for garantida a ação de regresso, terá de arcar com os danos material e pessoal.
O gabarito é, por tudo, a letra “d”.

Gabarito: D

CESGRANRIO - TA (ANP)/ANP/2016

33. Um servidor público efetivo procura o Departamento de Recursos Humanos do seu órgão para saber dos critérios de remoção a pedido
para outra localidade.
A informação recebida é que, nos termos da Lei nº 8.112/1990, uma das previsões para o ato de remoção, independentemente do
interesse da Administração, seria por motivo de saúde do seu

A) pai
B) avô
C) tio
D) afilhado
E) cônjuge

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre a Lei n° 8.112/90.


Para a resolução da questão, suficiente é a leitura do art. 36, parágrafo único, inc. III, al. b:

“Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção:

III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração:

b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional,
condicionada à comprovação por junta médica oficial;” [grifou-se]

O gabarito é, portanto, a letra “e”.

Gabarito: E

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CESGRANRIO - TRPDACGN (ANP)/ANP/GERAL/2016

34. Existem várias classificações para os serviços públicos.


Na classificação correntemente adotada, os serviços de fornecimento de gás são considerados

A) essenciais
B) administrativos
C) próprios
D) universais
E) de utilidade pública

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre Serviços Públicos.

a) ERRADO. Os serviços públicos essenciais estão diretamente ligados às necessidades básicas da coletividade, os quais são fornecidos pelo
Estado ou por concessionárias, de forma contínua. Nesses serviços, verifica-se a impossibilidade de sua interrupção. São exemplos: saúde,
educação, transporte, segurança, energia elétrica, água, telefonia, esgoto, administração da justiça, entre outros. Não é essencial o serviço de
gás canalizado.
b) ERRADO. São serviços prestados no âmbito interno da Administração6, o que não responde a nossa pergunta. A Administração executa para
atender suas necessidades internas. Assim, esses serviços são atividades-meio que acabam por beneficiar a coletividade de modo indireto.
c) ERRADO. O serviço do gás canalizado é considerado impróprio, pois não afeta substancialmente as necessidades da comunidade e, portanto,
pode ser prestado diretamente ou mediante delegação. Os serviços próprios são os que se relacionam intimamente com as funções do Poder
Público em que a Administração se utiliza da supremacia sobre os administrados, prestados somente por meio de entidades públicas, sem
delegação aos particulares.7
d) ERRADO. O serviço do gás canalizado é considerado singular - uti singuli -, vale dizer, é possível mensurar a sua prestação individual, o quanto
cada usuário utilizou do serviço. Os serviços universais - uti universi - são aqueles prestados a toda coletividade, indistintamente, não sendo
possível mensurar o quanto cada usuário usufruiu do serviço. São exemplos: serviço de iluminação pública, varrição de ruas.
e) CORRETO. O serviço de utilidade pública é também denominado de impróprio. Apesar de ser essencial à coletividade e satisfazer aos interesses
dos administrados, pode ser executado por particulares sem a necessidade de delegação pelo ente estatal.

“Os serviços de utilidade pública consistem nos serviços que a Administração Pública poderá delegar a um particular exercer mediante sua
regulamentação e controle.”8

Gabarito: E

6 Aula 10, p. 86, CNU - Concurso Nacional Unificado - Direito Administrativo (Pré-Edital), Herbert Almeida, Equipe Direito Administrativo.

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CESGRANRIO - TRPDACGN (ANP)/ANP/GERAL/2016

35. Alguns atos administrativos podem ser veiculadores de normas.


Nesse âmbito estão os de competência privativa dos Chefes do Poder Executivo, que são os

A) editos
B) decretos
C) regimentos
D) provimentos
E) despachos

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre atos administrativos. prefeitos).


Pessoal, entre as alternativas, a única que traz um ato de Em geral, eles se destinam a dar fiel execução às leis (decretos
competência privada do Chefe do Poder Executivo (presidente, regulamentares), no entanto, há situações nas quais os decretos
governador e prefeito) é a “b”, porque decretos são atos privativos dos podem inovar na ordem jurídica (decretos autônomos, conforme art.
chefes do Poder Executivo (Presidente da República, governadores e 84, inc. VI, da CF/88).

Gabarito: B

CESGRANRIO - TRPDACGN (ANP)/ANP/GERAL/2016

36. Sr. Z, servidor público, faltou um dia ao trabalho, sem apresentar motivo. Por tal fato, ele foi submetido a processo administrativo, tendo
exercido seu direito de defesa, mas a conclusão foi pela sua demissão do serviço público.
Nos termos da Lei nº 9.784/1999, tal decisão está em desconformidade com o princípio da

A) moralidade
B) proporcionalidade
C) formalidade
D) finalidade
E) seguridade

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre Processo Administrativo Federal (PAF) - Lei n° 9.784/99.
Há violação ao princípio da proporcionalidade, exigido pelo art. 2°, inc. VI, da Lei do PAF. Uma falta pode resultar em demissão?

7 Aula 10, p. 10, CNU - Concurso Nacional Unificado - Direito Administrativo (Pré-Edital), Herbert Almeida, Equipe Direito Administrativo.
8 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO. 2016. Disponível em: https://legis.senado.leg.br/sdleg-getter/documento?dm=1394592 disposition=inline. Acesso em: 19 dez.
2023, às 10h48.

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“Art. 2° A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade,
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.

VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente
necessárias ao atendimento do interesse público;” [grifou-se]

Dentre outros, a pena de demissão será aplicada em caso de abandono de cargo (art. 132, inc. II, da Lei n° 8.112/90) e de inassiduidade
habitual (art. 132, inc. III, da Lei n° 8.112/90). Mas o que configura abandono de cargo ou inassiduidade habitual? A Lei n° 8.112/90 responde:

“Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos.” [grifou-se]

“Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o
período de doze meses.” [grifou-se]

Note que é totalmente desarrazoada a aplicação de demissão a exigência de formas determinadas para quando houver expressa
na situação em apreço, fere-se o princípio da proporcionalidade. previsão em lei.
A letra “a” menciona o princípio da moralidade, previsto no No que tange à letra “d”, temos o princípio da finalidade,
caput do art. 2 da Lei do PAF, no entanto, não possui relação com a também expresso no caput do art. 2°, da Lei do PAF. Todavia, não
nossa resposta. possui relação com teor da questão. Por fim, a letra “e” é invenção
Quanto à letra “c”, temos uma incorreção, pois, em regra, do examinador.
no PAF, temos, implicitamente, o princípio do informalismo, não O gabarito é a letra “b”.
estando o processo administrativo sujeito a formas rígidas, limitando

Gabarito: B

CESGRANRIO - TRPDACGN (ANP)/ANP/GERAL/2016

37. Sra. Q é servidora pública e sofreu processo administrativo por acusação de negligência no exercício da sua atividade. No curso do
processo, foi requerido que fossem apresentados documentos que instruíram o processo.
Nos termos da Lei nº 9.784/1999, constitui direito do administrado

A) acessar documentação
B) proceder com lealdade
C) atuar com urbanidade
D) representar-se obrigatoriamente por advogado
E) apresentar documentos após a decisão administrativa

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COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre Processo Administrativo Federal (PAF) - Lei n° 9.784/99.

a. CORRETO. Perfeito, conforme art. 3°, inc. II, da Lei do PAF:

“Art. 3° O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados:

II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de
documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas;” [grifou-se]

b. ERRADO. Não é um direito do servidor, mas, sim, um dever, conforme art. 4°, inc. II, da Lei do PAF:

“Art. 4° São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo:

II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;” [grifou-se]

c. ERRADO. Não é um direito do servidor, mas, sim, um dever, conforme art. 4°, inc. II, da Lei do PAF:

“Art. 4° São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo:

II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;” [grifou-se]

d. ERRADO. A representação por advogado, em regra, não é uma obrigatoriedade no PAF:

“Art. 3° O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados:

IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei.” [grifou-se]

e. ERRADO. O direito de apresentar documentação vem antes da decisão administrativa.

“Art. 3° O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados:

III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente;” [grifou-
se]

O gabarito é, portanto, a letra “a”.

Gabarito: A

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CESGRANRIO - TRPDACGN (ANP)/ANP/GERAL/2016

38. A competência determinada aos órgãos da Administração Pública, em tema de processo administrativo, é irrenunciável, mas passível de
delegação.
Nos termos da Lei nº 9.784/1999, o ato de delegação poderá ser

A) deferido sem limites ao delegado


B) condicionado à aceitação da Chefia imediata do delegado
C) estabelecido para ato normativo
D) fixado para decisões em recursos administrativos
E) revogável a qualquer tempo

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre Processo Administrativo Federal (PAF) - Lei n° 9.784/99.
Suficiente, para a resolução da questão, é a leitura do art. 14, §2°, da Lei do PAF:

“Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial.

§2° O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.” [grifou-se]

O gabarito é, portanto, a letra “e”.

a) ERRADO. O ato de delegação de competência especificará limites de atuação.

“Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial.

§1° O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da
delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada.” [grifou-se]

b) ERRADO. Não existe tal condicionamento.


c) ERRADO. Não é admitida a delegação de competência para editar atos normativos.

“Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:

I - a edição de atos de caráter normativo;” [grifou-se]

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d) ERRADO. Não é admitida a delegação de competência para decidir recursos administrativos.

“Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:

II - a decisão de recursos administrativos;” [grifou-se]

Gabarito: E

CESGRANRIO - TRPDACGN (ANP)/ANP/GERAL/2016

39. Sr. K é submetido a processo administrativo por comissão presidida por Sr. Y, seu antigo chefe e com quem não mantinha relações
cordiais.
Nos termos do regramento da Lei nº 9.784/1999, com relação à presidência da comissão ser exercida por Sr. Y, será caso de

A) arguição de suspeição, pois a falta de cordialidade pode causar danos ao investigado.


B) alegação de impedimento, uma vez que pode gerar decisão conflitante no processo.
C) manutenção na presidência, por ausência de motivo legal de afastamento.
D) preservação do processo, tendo em vista que se trata de decisão coletiva.
E) afastamento do processo, por incompatibilidade pessoal.

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre Processo Administrativo Federal (PAF) - Lei n° 9.784/99.
Muitos candidatos, provavelmente, assinalaram a letra “a”, acreditando ser caso de suspeição. Pessoal, a questão é inteligente e, na
verdade, o gabarito encontra-se na letra “c”. Assim, não se trata de suspeição, pois a inimizade deve ser notória, conforme art. 20, da Lei do PAF:

“Art. 20. Pode ser arguida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados
ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.” [grifou-se]

O simples fato de não manterem relações cordiais não equivale à existência de inimizade notória e, portanto, não há a invocação da baliza
legal do art. 20, da Lei do PAF.
Assim, a letra “a” está ERRADA, e a letra “c”, CORRETA. Vejamos as demais alternativas:

b. ERRADO. Não se trata de impedimento, que demanda outras situações para a sua definição, conforme art. 18, da Lei do PAF:

“Art. 18. É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que:

I - tenha interesse direto ou indireto na matéria;

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II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge,
companheiro ou parente e afins até o terceiro grau;

III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro.”

d. ERRADO. Preserva-se, sim, o processo. No entanto, a fundamentação de ser decisão coletiva não está correta.
e. ERRADO. Preserva-se o processo.

Gabarito: C

CESGRANRIO - ARQT E URB (UNIRIO)/UNIRIO/2016

40. Um servidor apresentou requerimento com pedido de licença para acompanhar tratamento de seu padrasto, que é portador de doença
grave e incapacitante, atestada por laudo médico.

Nos termos da Lei nº 8.112/1990, e suas alterações, verifica-se que, nesse caso, a(o)

A) remuneração no período da licença será, no máximo, por trinta dias.


B) licença poderá ser concedida a cada período de doze meses.
C) licença concedida a cada período será remunerada por seis meses.
D) licença será deferida apenas se existirem servidores em número suficiente na repartição para o atendimento.
E) padrasto não se inclui no conceito de pessoa da família.

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre Estatuto dos Servidores Públicos Federais, Lei n° 8.112/90.

a. ERRADO. Pode ser até 90 dias, pessoal.

“Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou
madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por perícia
médica oficial.

§2° A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de doze meses nas seguintes condições:

I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor; e

II - por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem remuneração.” [grifou-se]

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b. CORRETO. Exatamente, é a literalidade do §2° do art. 83 da Lei n° 8.112/90.

“Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou
madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por perícia
médica oficial.

§2° A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de doze meses nas seguintes condições:”
[grifou-se]

c. ERRADO. Vimos, acima, que poderá ser concedida a cada período de doze meses.
d. ERRADO. Haver, ou não, servidores suficientes na repartição não é o condicionante. O que se deve analisar é se, de fato, a assistência direta do
servidor é indispensável e, além disso, se não é possível essa assistência ser prestada concomitantemente com o trabalho do servidor. Assim é o
que prediz o §1°, do art. 83, da Lei n° 8.112/90:

“Art. 83. (...)

§1° A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o
exercício do cargo ou mediante compensação de horário, na forma do disposto no inciso II do art. 44.” [grifou-se]

e. ERRADO. Inclui-se, sim, no rol do caput do art. 83.

“Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou
madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por perícia
médica oficial.” [grifou-se]

O gabarito é, portanto, a letra “b”.

Gabarito: B

CESGRANRIO - ARQT E URB (UNIRIO)/UNIRIO/2016

41. Um servidor recebe ordens de seu superior hierárquico, de quem discorda frequentemente, por diferença de visão quanto ao
planejamento organizacional.

Nos termos da Lei nº 8.112/1990, e suas alterações, o descumprimento de ordem superior só NÃO acarreta quebra de dever funcional
quando a ordem

A) se revela manifestamente ilegal. D) provoca animosidade pessoal.


B) confronta ideologia pessoal. E) for justificada por condições excepcionais.
C) é relacionada a serviço militar.

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COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre Estatuto dos Servidores Públicos Federais, Lei n° 8.112/90.
Para a resolução da questão, suficiente é a leitura do art. 116, inc. IV, da Lei n° 8.112/90:

"Art. 116. São deveres do servidor:

IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;" [grifou-se]

O gabarito é, portanto, a letra “a”, sendo as demais alternativas invenções do examinador.

Gabarito: A

CESGRANRIO - ARQT E URB (UNIRIO)/UNIRIO/2016

42. Durante longo período, o servidor público teve direito ao gozo de licença-prêmio após um período de efetivo serviço.

Alguém que tenha ingressado no serviço público após a extinção desse direito, poderá requerer o substitutivo da licença-prêmio, que é
o(a)

A) salário adicional
B) prêmio por assiduidade
C) afastamento para missão
D) gratificação de ausência
E) licença-capacitação

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre Estatuto dos Servidores Públicos Federais, Lei n° 8.112/90.
Pessoal, cuida-se da atual “licença-capacitação”, letra “e”. A previsão está no art. 87 do Estatuto dos Servidores Públicos Federais:

“Art. 87. Após cada quinquênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exercício do cargo
efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional.” [grifou-se]

O gabarito é, portanto, a letra “e”.

Gabarito: E

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CESGRANRIO - ARQT E URB (UNIRIO)/UNIRIO/2016

43. Um servidor obteve licença para cursar doutorado na Universidade, pelo período de quatro anos. Após ter concluído o curso com êxito
e defendido tese, voltou ao órgão originário.

Nos termos da Lei nº 8.112/1990, e suas alterações, após seu retorno, o servidor deverá permanecer no exercício de suas funções por

A) seis meses
B) um ano
C) dois anos
D) três anos
E) quatro anos

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre Estatuto dos Servidores Públicos Federais, Lei n° 8.112/90.
Suficiente para a resolução da questão é a leitura do §4° do art. 96-A da Lei n° 8.112/90:

“Art. 96-A. O servidor poderá, no interesse da Administração, e desde que a participação não possa ocorrer simultaneamente com o exercício
do cargo ou mediante compensação de horário, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, para participar em
programa de pós-graduação stricto sensu em instituição de ensino superior no País.

§4° Os servidores beneficiados pelos afastamentos previstos nos §§ 1o, 2o e 3o deste artigo terão que permanecer no exercício de suas
funções após o seu retorno por um período igual ao do afastamento concedido.” [grifou-se]

Como o doutorado demandou 4 (quatro) anos, o servidor deverá permanecer no exercício de suas funções por esse mesmo período, letra
“e”.

Gabarito: E

CESGRANRIO - ARQT E URB (UNIRIO)/UNIRIO/2016

44. Um servidor público, que deseja dedicar-se ao estudo aprofundado do jogo de xadrez, pleiteou horário especial para exercer essa
atividade.

Nos termos da Lei nº 8.112/1990, e suas alterações, o horário especial poderá ser concedido para o exercício de

A) trabalhos extras D) qualquer atividade lúdica


B) funções especiais E) qualquer atividade desportiva
C) atividade escolar ao servidor estudante

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COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre Estatuto dos Servidores Públicos Federais, Lei n° 8.112/90.
O horário especial poderá ser concedido ao servidor estudante, nos termos do art. 98 da Lei n° 8.112/90:

“Art. 98. Será concedido horário especial ao servidor estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da
repartição, sem prejuízo do exercício do cargo.” [grifou-se]

O gabarito é a letra “c”.

Gabarito: C

CESGRANRIO - ASS ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2016

45. Após ser aprovado em concurso público, um rapaz procura informações sobre a jornada de trabalho que deverá cumprir.

Segundo as regras gerais previstas na Lei nº 8.112/1990, e suas alterações, o servidor público será submetido a regime mínimo de
quantas horas diárias?

A) 3
B) 4
C) 5
D) 6
E) 7

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre Estatuto dos Servidores Públicos Federais, Lei n° 8.112/90.
Suficiente para a resolução da questão é a leitura do art. 19 da Lei nº 8.112/1990:

“Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a
duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas e observados os limites mínimo e máximo de seis horas e oito horas diárias,
respectivamente.” [grifou-se]

Logo, o servidor público será submetido a um regime mínimo de 6 (seis) horas diárias. O gabarito encontra-se na letra “d”.

Gabarito: D

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CESGRANRIO - ASS ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2016

46. Um servidor que tenha adquirido a estabilidade no serviço público somente poderá vir a perder o seu cargo, nos termos da Lei nº
8.112/1990, e suas alterações, no caso de ocorrer

A) decisão arbitral irrecorrível.


B) sentença judicial transitada em julgado.
C) ato vinculado do Chefe imediato.
D) ato de conciliação realizado por comissão.
E) ato discricionário da autoridade competente.

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre Estatuto dos Servidores Públicos Federais, Lei n° 8.112/90.
Suficiente para a resolução da questão é a leitura do art. 22 da Lei nº 8.112/1990:

“Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar
no qual lhe seja assegurada ampla defesa.” [grifou-se]

O gabarito é, portanto, a letra “b”.

Gabarito: B

CESGRANRIO - ASS ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2016

47. Um servidor, submetido a processo de readaptação, foi considerado incapaz para o serviço público.

Nos termos da Lei nº 8.112/1990, e suas alterações, nesse caso, o readaptando terá de ser

A) aposentado
B) exonerado
C) liberado
D) licenciado
E) provisionado

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Trata-se de questão que versa sobre Estatuto dos Servidores Públicos Federais, Lei n° 8.112/90.
Suficiente para a resolução da questão é a leitura do art. 24, §1°, da Lei nº 8.112/1990:

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“Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha
sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.

§1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.” [grifou-se]

O gabarito é, portanto, a letra “a”.

Gabarito: A

CESGRANRIO - ASS ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2016

48. Uma servidora pública foi reintegrada por decisão administrativa. Como o cargo que ela ocupava foi extinto, nos termos da Lei nº
8.112/1990, e suas alterações, essa servidora deverá ficar na seguinte situação:

A) removida
B) transferida
C) cedida
D) emprestada
E) em disponibilidade

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre Estatuto dos Servidores Públicos Federais, Lei n° 8.112/90.
Suficiente para a resolução da questão é a leitura do art. 28, §1°, da Lei nº 8.112/1990:

“Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação,
quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

§1° Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31.” [grifou-se]

O gabarito é, portanto, a letra “e”.

Gabarito: E

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CESGRANRIO - ASS ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2016

49. Um servidor foi promovido a gerente de área na repartição onde exerce sua atividade, tendo ocorrido o aumento da sua remuneração.

Após consultar o Departamento de Recursos Humanos, ele verifica que, nos termos da Lei nº 8.112/1990, e suas alterações, não estão
submetidas ao teto de remuneração determinadas verbas decorrentes de

A) pagamento por substituição


B) adicional de chefia
C) honorários especiais
D) adicional de férias
E) gratificação por encargo de curso

COMENTÁRIOS

Trata-se de questão que versa sobre Estatuto dos Servidores Públicos Federais, Lei n° 8.112/90.
Suficiente para a resolução da questão é a leitura dos arts. 42 e 61 da Lei nº 8.112/1990:

“Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, importância superior à soma dos valores percebidos
como remuneração, em espécie, a qualquer título, no âmbito dos respectivos Poderes, pelos Ministros de Estado, por membros do Congresso
Nacional e Ministros do Supremo Tribunal Federal.

Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as vantagens previstas nos incisos II a VII do art. 61.” [grifou-se]

Vejamos o que diz o art. 61:

“Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão deferidos aos servidores as seguintes retribuições, gratificações e
adicionais:

I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento;

II - gratificação natalina;

IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;

V - adicional pela prestação de serviço extraordinário;

VI - adicional noturno;

VII - adicional de férias;

VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho.

IX - gratificação por encargo de curso ou concurso.” [grifou-se]

Dessa forma, é possível concluir que apenas a letra “d” traz uma verba que é excepcionada do teto remuneratório.

Gabarito: D

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