Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Data: 18/06/2012
Considerações gerais:
Bibliografia indicada: Celso Antônio Bandeira de Mello (CABM) Editora Malheiros ou Maria
Di Pietro, Editora Atlas
Teoria do órgão
Lei 9784/99 – talvez uma das 3 leis mais importantes de direito administrativo. Leitura
obrigatória para o concurso DP, bem como a lei 8987/65 – trata da concessão e permissão.
Lei 11079/2005 – parceria público privada (PPP), Lei 11107/2005 – consórcios públicos. Lei
8666/93 – leitura parcial para a prova, artigos específicos. Lei 8112/90 – também leitura
parcial.
Lei 9784/99 define o que é órgão: unidade de atuação que integra a estrutura da
administração pública direta e indireta.
Autoridade: É qualquer agente público dotado de poder de decisão. Ex. Delegado, AGU,
promotor.
Características do órgão:
1- Não tem pessoa jurídica. Não confundir com CNPJ, posto que o DPF é um órgão,
tem CNPJ mas não tem personalidade jurídica. O CNPJ serve para controle tributário
por administrar riquezas. Deve-se haver um controle na obtenção de valores.
2- O órgão não possui responsabilidade civil. A conduta praticada pelo agente não lhe
será imputada. Será imputada à pessoa jurídica. Responsabilidade do ente político é
primária.
3- Órgão não possui patrimônio. O patrimônio fica apenas afetado ao órgão que realiza
a prestação de serviço.
4- Órgão não celebra contrato, pois contrato é fonte de direito de obrigação, e órgão
não é pessoa. Excepcionalmente, de acordo com art. 37 parágrafo 8 0 CF – celebra
contrato de gestão : instrumento para que órgãos e entidades da administração
pública direta e indireta possam ampliar sua autonomia gerencial, orçamentária e
financeira. Contrato de gestão é fruto do princípio da eficiência – EC 19/98 –
natureza jurídica de convênio administrativo. No contrato, o interesse das partes é
divergente. No convênio, há bilateralidade, mas os interesses são convergentes.
Art. 142 , X CF/88 – Forças armadas – Abordagem de matéria que envolva órgão somente
através de lei – informativo 615- 09/02/2011 , RE 600805 – trata-se do limite de idade para
ingresso nas forças armadas regulamentado por decreto. STF diz que é matéria de reserva
legal, precisando de lei em sentido estrito. Ou seja, órgão se submete ao princípio da
legalidade estrita.
Por meio do contrato de gestão pode haver premiação pecuniária por cumprimento de
metas. No entanto, aumento de remuneração só por lei.
Agência executiva – espécie de autarquia ou fundação pública que tenha celebrado com a
administração (respectivo ministério ao qual se vincula) o contrato de gestão – Art 37,
parágrafo 80 CF, Dá-se quando possua plano ou programa interno de reestruturação de
seus órgão visando atingimento de metas e desempenho, melhores resultados. Art. 51 lei
9649/97.
Vantagem por ser agência executiva – Art. 24 Pú Lei 8666/93 – licitação dispensável num
limite maior. Ou seja, 20% do convite. R$ 30000,00 para obras de engenharia. R$ 16000,00
para demais compras e serviços.
Capacidade judiciária – capacidade para deduzir em juízo numa pretensão. Ser autor ou
réu. Em regra, de acordo com o art. 7o do CPC, o órgão não tem esta capacidade.
Exceções:
I – Art. 82, III, CDC – há legitimidade para o órgão estar em juízo, ainda que sem
personalidade jurídica própria, para ,em nome próprio, defender direitos de terceiros
(consumidor) , conhecido como substituição processual.
Prerrogativas da autarquia – Art. 150, VI, “a” CF c/c com o Art. 150 parágrafo 2 o.
Imunidade tributária recíproca, não incidência constitucional. Há extensão desta
imunidade às autarquias, mas esta não incidência é apenas para impostos.Taxa, por
exemplo, é normalmente paga pela autarquia.
Lei 9467/97 art. 10 prejudica a súmula 620 STF , aplicando-se reexame necessário
às autarquias e fundações.
Súmula 683 STF – critério de idade – É possível limitação ao livre acesso por conta
da idade se houver relação objetiva com a demanda exigida pelo cargo. Deve ser
verificar adequação, princípio da razoabilidade.
1 - Mandato fixo dos seus dirigente. Não são titulares de cargo em comissão. São
titulares de mandato fixo, visando proteção a ingerências políticas;
Lei 9986/2000 – trata-se do regime de pessoas das agências reguladoras. O art. 1 0
foi declarado inconstitucional por dizer que o regime seria celetista. O STF, na ADIN,
2310 diz ser regime estatutário.
Princípio da não coincidência do mandato art. 70 desta mesma lei – não pode
coincidir com o mandato do chefe do executivo. CABM diz que tal princípio seria
inconstitucional. Por lesar o princípio republicano. Já o prof. Marcos Souto diz que
não há problemas na medida em que seria um instrumento de reforço na
legitimidade política da agência. Para prova de primeira fase segue-se a letra de lei;
ou seja, não pode coincidir.
Rol meramente exemplificativo, a lei pode trazer nova hipótese não prevista na lei
geral. Números apertos.
Após o vínculo com a agência reguladora, o dirigente não pode participar no
mercado sob pena de o Estado ser capturado pelo regulado. É um impedimento para
se evitar a teoria da captura. É conhecido como quarentena, onde fica afastado
recebendo.
O TRF 5 anulou a designação de dois presidentes de concessionárias que
compunham o conselho de administração da ANATEL, com base na teoria da
captura (Richard Poswer- EUA)