Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
FUNÇÃO ADMINISTRATIVA
2. ELEMENTOS
2.1. Elemento Subjetivo
2.2. Elemento Objetivo
2.3. Elemento Formal
3. REGIME JURÍDICO
3.1. Conceito
A. Regime Privado
B. Regime Público
3.2. Formas
A. Regime Jurídico da Administração
B. Regime Jurídico Administrativo
FUNÇÃO ADMINISTRATIVA
Introdução:
No critério funcional, o conceito de Estado decorre da conjugação de um povo delimitado em seu território
e gozando de soberania, ou seja, com capacidade de se autodeterminar.
- Pessoas jurídicas estatais com personalidade própria e autonomia, sujeitas a uma Administração
Finalística ou Indireta;
São as autarquias, fundações, empresas, sociedades.
Algumas dessas funções são típicas de soberania, constituindo os Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, bem como parte dessas funções são independentes, constitucionais e necessárias para o
sistema de “freios e contrapesos”, realizadas pelo Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunal de
Contas.
O Poder Judiciário, Legislativo e os órgãos independentes (Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunal
de Contas) também exercem função administrativa, porém, para promoverem autoadministração, o que
lhes permite, de maneira finalista, atenderem as necessidades do povo.
2. Elementos
Segundo a doutrinadora Maria Sylvia Zanella de Pietro, a função administrativa típica, ou propriamente dita,
divide-se em:
Lembrete: “quem”.
Afetados diretamente para o atendimento direto dos interesses públicos e das necessidades coletivas.
Exemplos:
- Congresso Nacional
O que é: órgão da Administração Direta federal;
O que faz: está afeto as funções típicas do Legislativo;
Página 2 de 5
- Fundo de Previdência Suplementar dos Magistrados
O que é: uma fundação pública de direito privado da Administração Indireta estadual
O que faz: está afeto as funções atípicas do Judiciário.
Observação: em caso de dúvida, acrescentar a perguntar “de onde vem o dinheiro”.
3. Regime Jurídico
3.1. Conceito
É um determinado conjunto de normas e princípios jurídicos que irão reger com exclusividade uma
determinada relação jurídica afastando a incidência de outras normas e princípios ainda que mais
vantajosas.
Desta forma, o operador do direito não pode escolher a norma que quer aplicar, uma vez que estas estão
preordenadas às relações jurídicas em que sejam aplicáveis.
A. Regime Privado
É o conjunto de normas e princípios jurídicos comuns aplicados as relações jurídicas que envolvam
exclusivamente interesses privados.
Os interesses privados disponíveis, portanto, admitem renúncia e transação, e a omissão, em regra, não é
relevante.
A lei terá preceito, em regra, negativo ou proibitivo, pois o particular pode tudo exceto o que a lei proíba.
B. Regime Público
Os interesses públicos primários são indisponíveis, não admitindo renúncia ou transação, e a omissão é,
em regra, relevante, responsabilizando o agente e o Estado.
Prepondera a obrigatoriedade do cumprimento da lei, haja vista que sempre determinará cada ação ou
permissão para o Estado agir.
3.2. Formas
Página 3 de 5
Administração de Regime Público
- TODOS os órgãos da Administração Direta são sempre de regime público, ou seja, não existe órgão da
Administração Direta de regime privado ou de regime misto.
- TODAS as autarquias, de todos os tipos, ou seja, autarquias comuns (exemplo: INSS, INCRA), autarquias
constitucionais (exemplo: CADE) e autarquias especiais (exemplo: faculdades, universidades, conselhos
profissionais, agências reguladoras) são de regime público, ou seja, não existe autarquia de regime privado ou
de regime misto.
- TODAS as empresas públicas e sociedades de economia mista são de regime privado, tanto exploradoras de
atividades econômicas quanto prestadoras de serviços públicos, porém sujeitas a certas obrigações públicas
como a obrigação de licitar, concursar agentes, prestar contas e etc.
- Em regra, fundações públicas serão de regime privado (exemplo: PROCON e Fundação Casa).
Atenção: a Lei nº 13.303/16 alterou algumas disposições a respeito das empresas públicas e sociedades de
economia mista:
Art. 3º, Lei n. 13.303/16 - “Empresa pública é a entidade dotada de
personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por
lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido
pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios.
Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça
em propriedade da União, do Estado, do Distrito Federal ou do
Município, será admitida, no capital da empresa pública, a
participação de outras pessoas jurídicas de direito público interno,
bem como de entidades da administração indireta da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.”
Página 4 de 5
§ 2º Além das normas previstas nesta Lei, a sociedade de economia
mista com registro na Comissão de Valores Mobiliários sujeita-se às
disposições da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976.”
Sujeições Públicas: decorrem do princípio da indisponibilidade do interesse público primário que institui
um conjunto maior de deveres e obrigações, decorrentes da lei.
Observação: Celso Antônio Bandeira de Mello classifica o interesse público em dois níveis:
Interesse público secundário ou derivado: são interesses materiais e instrumentais necessários para o
regular funcionamento da máquina pública (são interesses privados da Administração sem os quais não é
possível atender os interesses difusos da coletividade – são considerados públicos, porém secundários).
Corrente clássica brasileira: as prerrogativas e sujeições eram instrumentalizadas e materializadas nos princípios
administrativos.
Página 5 de 5