Você está na página 1de 129

@Quebrandoquestões

1/433
NOTA AO E-BOOK

Fala, pessoal! Tudo tranquilo?

Esse é o nosso e-book das questões mais importantes de 2021!

O E-book completo é composto por mais de 550 questões apenas do ano de 2021 com
todos os assuntos de administrativo.

Nele englobamos as principais bancas de concursos públicos como CESPE, FCC,


FGV, VUNESP, INSTITUTO AOCP e IBFC.

Falando um pouco da estrutura do nosso e-book ele se divide em duas partes:

• 1° parte do E-Book: Questões sem comentários + gabarito no final do assunto.


• 2° parte do E-book: Questões comentadas + gabarito.

Em relação as questões comentadas, cabe destacar que grande parte delas vêm com
quadros esquematizados, resumos, jurisprudência e pontos doutrinários importantíssimos.

Além disso, as questões estão totalmente atualizadas, inclusive adicionamos 77


questões inéditas referentes à Lei 14.230/21 que alterou grande parte da Lei de improbidade
Administrativa e a nova lei de licitação.

Enfim! Tenho certeza de que esse e-book será essencial para levarmos como parâmetro
do que irá ser cobrado nas provas de concursos no ano de 2022.

@Quebrandoquestões

2/433
Sumário
QUESTÕES S/COMENTÁRIOS ..................................................................................................................4
Conceitos iniciais de Direito Administrativo - Histórico, Funções de Estado e Fontes ............................4
Regime Jurídico Administrativo ................................................................................................................6
Organização da Administração Pública ...................................................................................................10
Poderes da Administração .......................................................................................................................18
Atos Administrativos ...............................................................................................................................25
Processo Administrativo - Lei 9.784/99 ..................................................................................................31
QUESTÕES C/COMENTÁRIOS ...............................................................................................................37
Conceitos iniciais de Direito Administrativo - Histórico, Funções de Estado e Fontes ..........................37
Regime Jurídico Administrativo ..............................................................................................................42
Organização da Administração Pública ...................................................................................................54
Poderes da Administração .......................................................................................................................79
Atos Administrativos ...............................................................................................................................98
Processo Administrativo - Lei 9.784/99 ................................................................................................118

@Quebrandoquestões

3/433
QUESTÕES S/COMENTÁRIOS

Conceitos iniciais de Direito


Administrativo - Histórico, Funções de
Estado e Fontes

@Quebrandoquestões

4/433
Conceitos iniciais de Direito Administrativo – Questões Sem Comentários

(VUNESP/Prefeitura de Jundiaí - SP/2021)


01) Assinale a alternativa correta a respeito do direito administrativo brasileiro.
A) Excetuadas as decisões do Tribunal de Contas da União, no Brasil prevalece o princípio da inafastabilidade da
jurisdição, no qual o contencioso administrativo submete-se à decisão final do Poder Judiciário.
B) O direito administrativo pátrio recebeu grande contribuição do sistema francês, tendo adotado vários dos seus
institutos jurídicos, exceto quanto ao contencioso administrativo.
C) A exigência de que a utilização da reclamação contra ato ou omissão da Administração Pública que contraria
súmula vinculante somente possa ser admitida após o esgotamento das vias administrativas viola a Constituição
Federal.
D) A responsabilidade civil do Estado e a presença de cláusulas exorbitantes no contrato administrativo são
exemplos de institutos constituídos no sistema jurídico do direito anglo-saxão e adotados no Brasil por influência
do direito norte-americano.
E) Como o direito brasileiro não adotou o instituto da coisa julgada administrativa, a Administração Pública pode
anular os seus próprios atos, a qualquer tempo, ainda que deles decorram efeitos favoráveis ao administrado.
(CESPE/PGE-PB/2021)
02) Acerca da teoria geral de direito administrativo, julgue os itens a seguir.

I O direito brasileiro tem forte influência do direito francês, havendo adotado o sistema de contencioso
administrativo francês.

II A administração pública em sentido subjetivo consiste no conjunto de atividades administrativas


exercidas pelo Estado.

III Atos administrativos normativos constituem fonte do direito administrativo.


Assinale a opção correta.
A) Apenas o item I está certo.
B) Apenas o item III está certo.
C) Apenas os itens I e II estão certos.
D) Apenas os itens II e III estão certos.
E) Todos os itens estão certos.
(CESPE/MPE-AP/2021)
03) Em seu sentido objetivo, a administração pública corresponde
A) ao conjunto de finalidades públicas do Estado.
B) aos órgãos públicos que compõem os poderes.
C) à atividade administrativa.
D) à temporalidade dos governantes eleitos.
E) às normas editadas pelo Estado.

Gabarito
1 B
2 B
3 C

@Quebrandoquestões

5/433
Regime Jurídico Administrativo

@Quebrandoquestões

6/433
Regime Jurídico Administrativo – Questões Sem Comentários

(FCC/Prefeitura de São José do Rio Preto - SP/2021)


01) O conceito de eficiência na atuação da Administração pública, conforme definição doutrinária corrente,
A) aplica-se exclusivamente às entidades da Administração indireta sujeitas ao regime de direito privado.
B) corresponde a uma medida subjetiva, apurada pelo índice de satisfação dos usuários dos serviços públicos.
C) representa o cumprimento de metas pactuadas com a sociedade, independentemente dos custos incorridos.
D) corresponde ao melhor uso dos insumos na consecução dos produtos ou serviços oferecidos à população.
E) é uma adaptação do conceito aplicável ao setor privado, afastando avaliações econômicas, focado em
aspectos de legalidade e legitimidade.
(CESPE/TCE-RJ/2021)
02) Acerca de ato administrativo, de agentes públicos, de poderes da administração pública e de regime
jurídico administrativo, julgue o item a seguir.
A prescrição e a decadência administrativas conferem destaque ao princípio constitucional da segurança jurídica,
expresso com relação à administração pública.
(CESPE/TCE-RJ/2021)
03) A respeito de atos administrativos, dos princípios administrativos, do processo administrativo e dos
poderes da administração pública, julgue o item a seguir.
Dado o princípio da confiança, caso verificada legítima expectativa do administrado, pode haver a manutenção de
atos administrativos antijurídicos.
(CESPE/PRF/2021)
04) Determinado órgão público firmou contrato administrativo com uma empresa de reconhecida
especialização no mercado, para a prestação de serviços de treinamento de pessoal de natureza singular
aos seus servidores. Durante a execução do contrato, a empresa descumpriu uma das cláusulas
contratuais. A administração pública, então, aplicou multa por inexecução parcial do acordado.
Insatisfeita, a empresa impetrou mandado de segurança no Poder Judiciário em face do ato administrativo
que aplicara a penalidade sem prévia oitiva.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item que se segue.
O ajuizamento da ação judicial para conter eventuais abusos praticados pela administração pública caracteriza a
aplicação do princípio da sindicabilidade.
(CESPE/ANM/2021)
05) No que diz respeito aos princípios fundamentais, concessão, autorização, permissão e atos da
administração pública, julgue o item a seguir.
Estará em simetria com a Constituição Federal de 1988 a Constituição de determinado estado que prever que a
administração pública estadual deva obedecer aos princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade,
publicidade, finalidade e eficiência.
(CESPE/ANM/2021)
06) No que diz respeito aos princípios fundamentais, concessão, autorização, permissão e atos da
administração pública, julgue o item a seguir.
A administração pública tem o dever de anular os atos ilegais, não havendo exceção por respeito ao princípio da
finalidade.
(FGV/PC-RN/2021)
07) A Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado Alfa foi alterada pela Assembleia Legislativa, de maneira que
foi inserido um artigo dispondo que é vedado ao servidor público ocupante de cargo efetivo ou
comissionado servir sob a direção imediata de cônjuge ou parente até segundo grau civil. De acordo com
a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a norma mencionada é:
A) constitucional, porque existe presunção de ofensa aos princípios expressos da administração pública da
impessoalidade e da moralidade;
B) constitucional, porque está de acordo com os princípios da administração pública e a súmula vinculante que
veda o nepotismo, e é aplicável para todos os entes federativos;
C) constitucional, porque cada Estado da Federação tem autonomia para ampliar livremente as hipóteses de
nepotismo previstas em súmula vinculante;
D) inconstitucional, porque os ocupantes de cargos efetivos ou comissionados no âmbito da polícia civil são
considerados agentes políticos e, por isso, não incide a súmula vinculante que proíbe o nepotismo;
E) inconstitucional em relação aos ocupantes de cargos efetivos eis que normas inibitórias do nepotismo não têm
como campo próprio de incidência os cargos efetivos sob pena de violação ao concurso público.
(CESPE/MPE-AP/2021)
08) Com relação aos princípios da administração pública, assinale a opção correta.
A) Em observância à autonomia da vontade, respeitada a prevalência do interesse público, os acordos entre
particulares e a administração pública afastam a incidência de normas de direito público.

@Quebrandoquestões

7/433
Regime Jurídico Administrativo – Questões Sem Comentários

B) Na doutrina, prevalece o entendimento de que a falta de publicação dos atos administrativos não impede que
eles adquiram eficácia, embora o agente público responsável por essa omissão possa responder por ato de
improbidade administrativa.
C) O princípio da eficiência foi introduzido na Constituição Federal de 1988 como parte do esforço para a reforma
gerencial da administração pública.
D) O princípio da impessoalidade não impede que um agente público eleito insira, em propaganda oficial da
administração pública, o slogan da sua candidatura ou do seu partido, porquanto esses dizeres se referem ao
projeto político vencedor das eleições.
E) A moralidade administrativa não se distingue da moralidade comum, porquanto a sua preocupação central é a
distinção entre o bem e o mal.
(CESPE/PC-DF/2021)
09) Com base no disposto na Constituição Federal de 1988, julgue o item seguinte.
Em processo administrativo disciplinar, a falta de defesa técnica, por advogado, configura desrespeito aos
princípios do contraditório e da ampla defesa.
(CESPE/SEFAZ-CE/2021)
10) Com base no disposto na Constituição Federal de 1988, julgue o item seguinte.
A divulgação de nomes e vencimentos pecuniários de servidores públicos civis em sítio eletrônico da
administração pública correspondente viola o princípio da publicidade.
(CESPE/SEFAZ-CE/2021)
11) Julgue o item a seguir, a respeito dos atos administrativos e dos poderes da administração pública.
O instituto da convalidação dos atos administrativos é consequência natural do princípio da autotutela.
(FGV/TJ-PR/2021)
12) Antônio exerceu o cargo eletivo de Vereador junto ao Legislativo municipal durante dezesseis anos. No
Município em análise, existe lei municipal dispondo que a pessoa que tiver exercido o cargo de Vereador
durante quatro Legislaturas ou dezesseis anos de vereança faz jus, a título de pensão, após o término do
mandato, a um subsídio mensal e vitalício igual parte fixa da remuneração dos membros da edilidade. No
caso em tela, de acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal, a mencionada lei municipal:
A) não é harmônica com a Constituição da República de 1988, pois configura tratamento privilegiado em favor de
ex-membro do Legislativo municipal, que não mais é agente político, com violação aos princípios da moralidade e
da isonomia;
B) não é harmônica com a Constituição da República de 1988, pois os ocupantes de cargos eletivos não
contribuem com qualquer regime de previdência social durante seus mandatos, pela natureza da função exercida;
C) é harmônica com a Constituição da República de 1988, desde que o valor a ser pago seja proporcional ao
tempo de contribuição e o valor a ser pago a título de pensão seja oriundo do regime próprio de previdência social;
D) é harmônica com a Constituição da República de 1988, desde que o valor a ser pago a título de pensão
previsto em lei seja oriundo do regime próprio de previdência social, diante da natureza do cargo eletivo ocupado
pelo Vereador;
E) é harmônica com a Constituição da República de 1988, desde que o valor a ser pago a título de pensão seja
oriundo do regime geral de previdência social, pois ocupante de cargo eletivo não se sujeita a regime próprio de
previdência social.
(CESPE/MPE-SC/2021)
13) Acerca do tratamento conferido pela Constituição Federal de 1988 (CF) à administração pública direta e
indireta e aos seus agentes, julgue o item a seguir.
A publicidade dos atos praticados pelo agente público, no exercício de suas atribuições, para fins de promoção
individual é vedada pela CF, em razão da natureza institucional da atuação administrativa do agente público.
(CESPE/MPE-SC/2021)
14) Julgue o item a seguir, acerca de direito administrativo.
Em matéria de controle administrativo, os termos tutela e autotutela não se confundem. O primeiro refere-se ao
controle que a administração direta exerce sobre a administração indireta. Já a autotutela corresponde ao poder
que a administração tem de rever seus próprios atos para revogá-los ou anulá-los.
(CESPE/PC-AL/2021)
15) Os agentes de polícia do estado de Alagoas, no exercício de sua função, devem comedir a aplicação
do uso de força em suas abordagens e ações, buscando agir de maneira adequada, sem extrapolar os
limites legais impostos ao exercício do poder que lhes é conferido. Acerca do uso e do abuso de poder,
julgue o item que se segue.
Quando há convalidação da conduta abusiva na esfera administrativa, é exercido o poder de autotutela, em que a
própria administração pode reavaliar o mérito do ato administrativo.
(FGV/FUNSAÚDE-CE/2021)

@Quebrandoquestões

8/433
Regime Jurídico Administrativo – Questões Sem Comentários

16) O tratamento igualitário e a prestação de contas à população são considerados fundamentais nos atos
da administração pública, derivando, respectivamente, dos princípios
A) da legalidade e da constitucionalidade.
B) da impessoalidade e da publicidade.
C) da moralidade e da eficiência.
D) da veracidade e da relevância.
E) da transparência e da regularidade.

Gabarito
1 D
2 E
3 C
4 C
5 C
6 E
7 E
8 C
9 E
10 E
11 C
12 A
13 C
14 C
15 C
16 B

@Quebrandoquestões

9/433
Organização da Administração Pública

@Quebrandoquestões

10/433
Organização da Administração Pública – Questões Sem Comentários

(CESPE/CODEVASF/2021)
01) Julgue o item que se segue, a respeito do Estado brasileiro e da sua organização.
São exemplos de entidades integrantes da administração pública indireta as agências reguladoras, as sociedades
de economia mista e as organizações sociais.
(CESPE/CODEVASF/2021)
02) Com relação ao direito administrativo, julgue o item a seguir.
Se entes da federação celebrarem consórcio público para realização de determinado objetivo de interesse comum,
esse consórcio passará a integrar a administração indireta dos entes envolvidos, seja qual for a personalidade
jurídica adquirida.
(CESPE/TCE-RJ/2021)
03) No que se refere a compliance e à composição do conselho de administração e da diretoria de
empresas estatais, julgue o item subsequente.
É vedada a indicação de dirigente estatutário de partido político para atuar no conselho de administração ou na
diretoria de uma estatal.
(CESPE/TCE-RJ/2021)
04) No que se refere a compliance e à composição do conselho de administração e da diretoria de
empresas estatais, julgue o item subsequente.
Serviços sociais autônomos são pessoas jurídicas de direito privado, com ou sem fim econômico, criadas por lei
para desempenhar certas atividades, integrando a administração pública indireta.
(CESPE/TCE-RJ/2021)
05) No que se refere a compliance e à adoção de mecanismos de controle das estatais, julgue o item
seguinte.
As estatais devem observar regras de governança corporativa, de composição da administração e, havendo
acionistas, mecanismos para sua proteção.
(CESPE/TCE-RJ/2021)
06) No que se refere a compliance e à adoção de mecanismos de controle das estatais, julgue o item
seguinte.
As estatais devem observar requisitos de transparência, tais como elaboração de políticas de divulgação de
informações, distribuição de dividendos e de transações com partes relacionadas.
(CESPE/TCE-RJ/2021)
07) Com relação a aspectos constitucionais, legais, doutrinários e jurisprudenciais do direito financeiro,
julgue o item subsequente.
A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE), sociedade de economia mista prestadora
de serviços públicos de saneamento em caráter não concorrencial no estado do Rio de Janeiro, é submetida ao
regime de precatórios.
(CESPE/TC-DF/2021)
08) Acerca de sistemas administrativos, de administração pública e de organização administrativa do
Estado, julgue o item a seguir.
Em sentido estrito, a administração pública compreende os órgãos administrativos e governamentais que
desempenhem as funções administrativa e política.
(CESPE/TC-DF/2021)
09) Acerca de sistemas administrativos, de administração pública e de organização administrativa do
Estado, julgue o item a seguir.
Embora apresentem diferenças, as teorias do mandato, da representação e do órgão têm como traço comum a
imputação da vontade do órgão público à pessoa jurídica em que aquele se encontra inserido.
(CESPE/PRF/2021)
10) Determinado órgão público firmou contrato administrativo com uma empresa de reconhecida
especialização no mercado, para a prestação de serviços de treinamento de pessoal de natureza singular
aos seus servidores. Durante a execução do contrato, a empresa descumpriu uma das cláusulas
contratuais. A administração pública, então, aplicou multa por inexecução parcial do acordado.
Insatisfeita, a empresa impetrou mandado de segurança no Poder Judiciário em face do ato administrativo
que aplicara a penalidade sem prévia oitiva.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item que se segue.
Órgão público é ente descentralizado da administração indireta que possui personalidade jurídica de direito
público.
(CESPE/APEX Brasil/2021)
11) Julgue os itens a seguir, acerca dos serviços sociais autônomos.

@Quebrandoquestões

11/433
Organização da Administração Pública – Questões Sem Comentários

I Os serviços sociais autônomos são pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos que, embora
criadas por lei, não integram a administração pública direta nem indireta.

II Os serviços desempenhados pelas entidades do Sistema S são de utilidade pública e, portanto, devem
observar os princípios da administração pública, entre os quais o da continuidade.

III As contribuições arrecadadas pelo Sistema S têm caráter obrigatório e, por isso, são alvo do controle
exercido pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Assinale a opção correta.
A) Apenas o item I está certo.
B) Apenas o item II está certo.
C) Apenas os itens I e III estão certos.
D) Apenas os itens II e III estão certos.
(FGV/IMBEL/2021)
12) A respeito do regime jurídico da Indústria de Material Bélico do Brasil – IMBEL, empresa pública
federal, assinale a afirmativa correta.
A) Não se submete ao poder hierárquico da União, mas sofre o controle finalístico pelo Ministério da Defesa.
B) Foi criada e pode ser extinta por lei específica, não havendo necessidade de lei para criação de empresas
subsidiárias.
C) Não se submete à fiscalização contábil, financeira e orçamentária exercida pelo Tribunal de Contas da União.
D) Possui capital misto, parte público e parte privada, com maioria do capital votante nas mãos do poder público e
tem forma obrigatória de sociedade anônima.
E) Contrata seus servidores, que são estatutários, mediante aprovação prévia em concurso público de provas ou
de provas e títulos, para provimento de cargos efetivos.
(CESPE/ANM/2021)
13) No que diz respeito aos poderes da administração pública, julgue o próximo item.
As agências reguladoras exercem atribuições submetidas ao poder hierárquico em face dos órgãos da
administração direta.
(VUNESP/CODEN-SP/2021)
14) Assinale a alternativa correta, à luz da Lei Federal n° 13.303, de 30 de junho de 2016, acerca das
empresas públicas e sociedades de economia mista.
A) O exercício da supervisão por vinculação da empresa pública ou da sociedade de economia mista, pelo órgão a
que se vincula, pode ensejar a redução ou a supressão da autonomia conferida pela lei específica que autorizou a
criação da entidade supervisionada.
B) Apesar de a autonomia ser inerente à natureza da empresa pública e da sociedade de economia mista, a lei
autoriza a ingerência do supervisor na administração e funcionamento das empresas públicas, devendo a
supervisão ser exercida nos limites da legislação aplicável.
C) As ações e deliberações do órgão ou ente de controle não podem implicar interferência na gestão das
empresas públicas e das sociedades de economia mista a ele submetidas, nem ingerência no exercício de suas
competências ou na definição de políticas públicas.
D) A Lei n° 13.303, de 30 de junho de 2016, mais conhecida como Lei das Estatais, veda a possibilidade de a
sociedade de economia mista de capital fechado ser transformada em empresa pública.
E) É facultado à empresa pública e à sociedade de economia mista realizar, em ano de eleição para cargos do
ente federativo a que sejam vinculadas, despesas com publicidade e patrocínio que excedam a média dos gastos
no último ano que antecede o pleito.
(VUNESP/CODEN-SP/2021)
15) A respeito do emprego público, assinale a alternativa correta.
A) Decretos, instruções normativas e portarias podem criar cargos públicos.
B) Não há que se falar em hibridismo de normas.
C) O regime jurídico é estatutário.
D) O entendimento sumulado do TST é de que aos empregados de empresas públicas não é garantida a
estabilidade definitiva após três anos de exercício.
E) Conforme súmula do TST, os empregados públicos de entidades de direito público não possuem direito a
estabilidade.
(FGV/IMBEL/2021)
16) Leia o fragmento a seguir: Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica
de______________, com criação autorizada por lei, sob a forma de_________________-, cujas ações com
direito a voto pertençam _______________ à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a
entidade da administração indireta. Assinale a opção cujos itens completam, corretamente, as lacunas do
fragmento acima.

@Quebrandoquestões

12/433
Organização da Administração Pública – Questões Sem Comentários

A) direito público - sociedade anônima – integralmente.


B) direito público - sociedade limitada – integralmente.
C) direito público - sociedade limitada - em sua maioria.
D) direito privado - sociedade limitada – exclusivamente.
E) direito privado - sociedade anônima - em sua maioria.
(CESPE/DEPEN/2021)
17) A respeito da administração pública, dos servidores públicos da União e dos contratos e convênios
celebrados pela União, julgue o item a seguir.
É a natureza de que se reveste a entidade, e não a sua finalidade, que a classifica como integrante da
administração indireta.
(INSTITUTO AOCP/PC-PA/2021)
18) Considerando a temática da organização administrativa, assinale a alternativa INCORRETA.
A) O instituto da desconcentração está fundado na hierarquia e se configura pela distribuição interna de
competência no âmbito de uma mesma pessoa jurídica.
B) Na outorga, é transferida a titularidade e a execução do serviço público à pessoa jurídica diversa do Estado, ao
passo que, na delegação, apenas a execução é transferida, permanecendo com o Estado a titularidade do serviço.
C) Os órgãos autônomos são caracterizados por serem imediatamente subordinados aos órgãos independentes e
diretamente subordinados aos seus agentes.
D) Consoante a doutrina, as fundações públicas de direito privado têm sua criação autorizada por lei específica
enquanto as fundações públicas de direito público são criadas por lei específica, não dependendo de registro para
que sejam instituídas.
E) As empresas públicas e as sociedades de economia mista não estão sujeitas à fiscalização do Tribunal de
Contas.
(IBFC/SEAP-PR/2021)
19) Segundo José dos Santos Carvalho Filho (Manual de Direito Administrativo, 30ª edição), a
Administração Indireta Estado “é o conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas à respectiva
Administração Direta, têm o objetivo de desempenhar as atividades administrativas de forma
descentralizada”. Sobre o assunto, assinale a alternativa que não apresenta um ente da Administração
Indireta.
A) Autarquias
B) Empresas Públicas
C) Sociedades de Economia Mista
D) Ministério da Saúde
E) Fundações Públicas
(CESPE/MPE-AP/2021)
20) Julgue os itens a seguir, acerca de organização administrativa.
I As autarquias são dotadas de autoadministração e, por isso, não se submetem a controle da
administração pública.

II Uma agência executiva é a qualificação obtida por uma autarquia ou fundação pública que celebre
contrato de gestão para com a administração pública direta, visando maior eficiência.

III As empresas públicas possuem privilégios próprios da administração pública, tais como a
impenhorabilidade de seus bens e a imunidade tributária.
Assinale a opção correta.
A) Apenas o item I está certo.
B) Apenas o item II está certo.
C) Apenas o item III está certo.
D) Apenas os itens I e II estão certos.
E) Apenas os itens II e III estão certos.
(CESPE/MPE-AP/2021)
21) A qualificação como organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) apenas será útil para
as entidades que pretendam
A) obter a qualificação de organizações sociais.
B) promover trabalho voluntário remunerado.
C) firmar termo de parceria com o poder público.
D) obter isenção do imposto de renda.
E) promover a assistência social custeada pelo Estado.
(INSTITUTO AOCP/MPE-RS/2021)

@Quebrandoquestões

13/433
Organização da Administração Pública – Questões Sem Comentários

22) Sobre os variados temas de Direito Administrativo, analise as assertivas e assinale a alternativa que
aponta as corretas.
I. De acordo com as regras de organização administrativa, o INSS e o IBAMA são autarquias federais que
integram a administração direta da União.
II. Os atos administrativos possuem cinco elementos, quais sejam: competência, finalidade, forma, motivo
e objeto.
III. A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais,
porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
IV. Segundo a Lei Federal nº 8.666/1993, tomada de preços é a modalidade de licitação entre quaisquer
interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de
qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.
A) Apenas I e II.
B) Apenas II e III.
C) Apenas III e IV.
D) Apenas I, II e IV.
E) Apenas I, III e IV.
(INSTITUTO AOCP/MPE-RS/2021)
23) De acordo com a Lei n.º 13.303/2016, as empresas públicas e as sociedades de economia mista
A) devem divulgar toda e qualquer forma de remuneração dos seus administradores.
B) devem indicar para a diretoria preferencialmente titulares de cargo sem vínculo permanente com o serviço
público.
C) podem criar subsidiárias de si ou ter participação em empresa privada, desde que haja ato do Poder Executivo
que o respalde.
D) podem emitir partes beneficiárias, desde que estas sejam previamente divulgadas, de forma transparente, no
seu plano contábil.
E) podem lançar debêntures e valores mobiliários, desde que estes sejam conversíveis em ações.
(FGV/TCE-AM/2021)
24) O Chefe do Poder Executivo do Estado Alfa consultou sua assessoria a respeito da possibilidade de
criar um ente da Administração Pública indireta, que teria capital majoritário do poder público, com o
objetivo de explorar atividade econômica em sentido estrito, em regime de competição com outras
estruturas empresariais.
A assessoria respondeu, corretamente, que esse ente é uma:
A) autarquia, sendo criada por lei;
B) empresa pública, sendo criada por lei;
C) sociedade de economia mista, sendo criada por lei;
D) empresa pública, sendo criada a partir de autorização legal;
E) sociedade de economia mista, sendo criada a partir de autorização legal.
(CESPE/PG-DF/2021)
25) No que concerne à organização administrativa, julgue o próximo item.
A Secretaria da Receita Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional são órgãos integrantes da
administração pública federal indireta.
(FGV/TCE-PI/2021)
26) Em matéria de regime jurídico de entidades da Administração indireta, a empresa pública Alfa do
Estado do Piauí, que presta determinado serviço público, está sujeita ao controle:
A) hierárquico pelo Estado do Piauí, a cuja autoridade competente cabe o julgamento dos recursos administrativos
próprios contra decisões da empresa pública, e ao controle externo pela Controladoria Geral do Estado;
B) finalístico pelo Estado do Piauí, em decorrência da tutela administrativa que enseja sua vinculação a esse ente,
e à fiscalização contábil, financeira e orçamentária exercida pelo Tribunal de Contas estadual;
C) judicial pelo Ministério Público do Estado do Piauí, que fiscaliza a legalidade dos atos da empresa pública, mas
não se submete ao controle externo pelo Tribunal de Contas estadual, eis que possui personalidade jurídica de
direito privado;
D) administrativo pelo Estado do Piauí, em decorrência da sua subordinação hierárquica ao ente a que está
vinculado, mas não se submete ao controle externo pelo Tribunal de Contas estadual, eis que possui
personalidade jurídica de direito privado;
E) ministerial pelo Ministério Público do Estado do Piauí, que exerce poder hierárquico sobre a empresa pública,
mas não se submete ao controle externo pelo Tribunal de Contas estadual, eis que possui personalidade jurídica
de direito privado.
(FGV/TCE-PI/2021)

@Quebrandoquestões

14/433
Organização da Administração Pública – Questões Sem Comentários

27) O Chefe do Poder Executivo do Estado Gama consultou a assessoria jurídica sobre sua intenção de
criar um ente da Administração Pública indireta, com personalidade jurídica de direito público, incumbido
da execução de atividades típicas da Administração Pública. A assessoria respondeu, corretamente, que o
ente com essas características é a:
A) subsidiária integral, devendo ser criada a partir de autorização legal;
B) empresa pública, devendo ser criada a partir de autorização legal;
C) sociedade de economia mista, devendo ser criada por lei;
D) fundação pública, devendo ser criada por decreto;
E) autarquia, devendo ser criada por lei.
(FGV/TCE-PI/2021)
28) A Lei nº XX/2021, do Município Beta, autorizou a criação da sociedade de economia mista Alfa, com
capital majoritário do Município, que tem por objeto exclusivo a atividade de policiamento de trânsito e
autuação de infrações, o que se dá em regime não concorrencial. Por entender que a Lei nº XX/2021 era
contrária ao interesse público, o Partido Político Gama solicitou que sua assessoria jurídica se
manifestasse sobre a constitucionalidade desse diploma normativo, considerando a interpretação
prevalecente dos comandos constitucionais aplicáveis à temática.
A assessoria respondeu, corretamente, que a Lei nº XX/2021 é:
A) constitucional quanto à delegação do poder de polícia e inconstitucional na parte em que outorga à sociedade
de economia mista a atividade descrita;
B) constitucional na parte em que outorga à sociedade de economia mista a atividade descrita e inconstitucional
quanto à delegação do poder de polícia;
C) constitucional tanto na parte em que outorga à sociedade de economia mista a atividade descrita, como em
relação à delegação do poder de polícia;
D) inconstitucional tanto na parte em que outorga à sociedade de economia mista a atividade descrita, como em
relação à delegação do poder de polícia;
E) inconstitucional apenas em relação à forma de criação da sociedade de economia mista, considerando a
atividade a ser desempenhada.
(CESPE/MPE-SC/2021)
29) Acerca do tratamento conferido pela Constituição Federal de 1988 (CF) à administração pública direta e
indireta e aos seus agentes, julgue o item a seguir.
A CF exige lei específica para a criação de subsidiária de sociedade de economia mista.
(CESPE/PGE-PB/2021)
30) Conforme Carvalho Filho, pode-se conceituar o órgão público como o compartimento, na estrutura
estatal, a que são cometidas funções determinadas, sendo integrado por agentes que, quando as
executam, manifestam a própria vontade do Estado.
O conceito moderno de órgão público é dado pela
A) teoria do mandato.
B) teoria da representação.
C) teoria do consentimento.
D) teoria do órgão.
E) teoria do agente público.
(CESPE/PGE-PB/2021)
31) Considerando os entendimentos do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal de Justiça
sobre matérias de direito administrativo, assinale a opção correta.
A) Atos flagrantemente inconstitucionais devem ser revistos pela administração pública, mas desde que não tenha
decorrido o prazo decadencial.
B) Constitui abuso a retirada compulsória de trailers e quiosques instalados em calçadas se a única pendência é a
ausência de autorização prévia estatal.
C) O prazo prescricional para a propositura de ação judicial pelo candidato preterido em concurso público inicia-se
com a homologação final do concurso.
D) As fundações públicas, ainda que de direito privado, fazem jus à isenção das custas processuais.
E) As fundações públicas, regidas pelo direito privado, podem adotar regime celetista de trabalho para seus
funcionários.
(CESPE/PGE-PB/2021)
32) A delegação de poder de polícia em favor de sociedade de economia mista
A) prestadora de serviço público ou explorada da atividade econômica é viável desde que autorizada por lei.
B) atuante na iniciativa privada, em concorrência com outras empresas, é viável desde que em igualdade de
condições.
C) é viável mesmo se adotado o regime celetista para as relações de trabalho no âmbito da empresa.
D) é viável desde que para atos desprovidos de coercibilidade.

@Quebrandoquestões

15/433
Organização da Administração Pública – Questões Sem Comentários

E) é viável desde que para atos meramente preparatórios e instrutórios.


(CESPE/PC-AL/2021)
33) Determinado delegado de polícia que está investigando um crime cometido no interior de uma empresa
estatal estadual com personalidade jurídica de direito privado e capital integralmente público, determinou
a um agente de polícia a realização de uma diligência, a qual não foi cumprida porque o agente alegou que
a ordem não tinha respaldo legal. Ao tomar ciência do descumprimento da ordem, o chefe aplicou a
penalidade de suspensão de trinta dias. Irresignado, o agente ajuizou mandado de segurança contra o ato
sancionador.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
O crime foi cometido em uma sociedade de economia mista, entidade da administração pública indireta.
(CESPE/PC-AL/2021)
34) Julgue o item a seguir, acerca de direito administrativo.
Órgãos públicos, por não terem personalidade jurídica própria, não possuem capacidade processual, razão por
que devem, necessariamente, ser representados em juízo pela pessoa jurídica a qual é vinculado.
(CESPE/SEFAZ-CE/2021)
35) Julgue o item a seguir, acerca de direito administrativo.
As autarquias são pessoas jurídicas de direito público, integrantes da administração indireta, que devem
obediência integral à Lei de Licitações e Contratos e estão sujeitas ao controle pelos tribunais de contas. A
investidura em seus cargos depende de aprovação prévia em concurso público, ressalvadas as nomeações para
cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
(CESPE/PC-AL/2021)
36) A respeito da administração pública direta e indireta e da responsabilidade civil do Estado, julgue o
item seguinte.
A desconcentração administrativa caracteriza-se pela divisão de competências entre órgãos de uma mesma
pessoa jurídica de direito público.
(CESPE/PC-AL/2021)
37) A respeito da administração pública direta e indireta e da responsabilidade civil do Estado, julgue o
item seguinte.
A vedação de constituição de empresa pública com finalidade genérica está em consonância com o princípio da
especialidade.
(FGV/FUNSAÚDE-CE/2021)
38) O presidente da autarquia WW foi informado de que dois órgãos de execução do Ministério Público
tinham instaurado, respectivamente, um procedimento de investigação criminal e um inquérito civil, com o
objetivo de apurar, nessas esferas de responsabilização, notícias de irregularidade na aplicação de
recursos públicos no âmbito do referido ente da Administração Pública indireta.
Dias depois, o presidente recebeu duas requisições de informações e documentos, em parte coincidentes,
para instruir cada uma das investigações, o que estranhou sobremaneira, já que suas contas de gestão
tinham sido aprovadas pelo Tribunal de Contas.
Instada a se manifestar, a assessoria jurídica da autarquia respondeu corretamente que
A) ambas as requisições devem ser atendidas, pois o Ministério Público tem atribuição tanto para investigar a
prática de infrações penais, quanto de ilícitos civis.
B) somente deve ser atendida a requisição afeta à investigação civil, pois a apuração criminal era privativa dos
órgãos da polícia, federal ou civil, conforme o caso.
C) as requisições realizadas diretamente pelo Ministério Público, sem prévia aprovação pelo juízo ao qual o
respectivo órgão está subordinado, não devem ser atendidas.
D) somente deve ser atendida a requisição afeta à investigação criminal, pois caberia ao ente federativo
eventualmente lesado adotar as medidas necessárias à correção das irregularidades.
E) a aprovação das contas de gestão pelo Tribunal de Contas gera a presunção relativa de regularidade na
aplicação dos recursos, sendo necessária a prévia reforma dessa decisão para a realização de investigações.
(FGV/TJ-RO/2021)
39) A Constituição da República de 1988 (CRFB/1988) é reconhecida pelo seu caráter democrático e
protetivo, e promoveu ampliação no rol de direitos e garantias individuais e sociais. Em termos de reforma
administrativa, contudo, a doutrina especializada aponta a ocorrência de retrocessos, tornando a
administração pública mais burocrática.
Nesse sentido, é exemplo de retrocesso trazido pela CRFB/1988:
A) o incentivo à descentralização político-administrativa;
B) o apoio ao clientelismo e ao fisiologismo como política de Estado;
C) a institucionalização de mecanismos de democracia direta, favorecendo o controle social e a accountability;

@Quebrandoquestões

16/433
Organização da Administração Pública – Questões Sem Comentários

D) a extensão às entidades da administração indireta de procedimentos e mecanismos de controle aplicáveis à


administração direta;
E) a criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), para comandar as reformas
administrativas e implementar as políticas de governo.

Gabarito
1 E
2 E
3 C
4 E
5 C
6 C
7 C
8 E
9 E
10 E
11 C
12 A
13 E
14 C
15 D
16 E
17 C
18 E
19 D
20 B
21 C
22 B
23 A
24 E
25 E
26 B
27 E
28 C
29 E
30 D
31 E
32 C
33 E
34 E
35 C
36 C
37 C
38 A
39 D

@Quebrandoquestões

17/433
Poderes da Administração

@Quebrandoquestões

18/433
Poderes da Administração – Questões Sem Comentários

(CESPE/TCE-RJ/2021)
01) Acerca de ato administrativo, de agentes públicos, de poderes da administração pública e de regime
jurídico administrativo, julgue o item a seguir.
O poder de polícia administrativa é indelegável a particulares e entre órgãos.
(CESPE/TCE-RJ/2021)
02) Acerca de ato administrativo, de agentes públicos, de poderes da administração pública e de regime
jurídico administrativo, julgue o item a seguir.
A discricionariedade para a prática de determinado ato administrativo pode decorrer de disposição expressa ou de
omissão de norma legal.
(CESPE/APEX Brasil/2021)
03) A ouvidoria de um órgão recebeu várias reclamações de inconsistências na apreciação de determinado
tipo de processo. Para análise, a chefia da unidade em que teriam ocorrido as falhas avocou todos os
processos que tratavam do assunto. Além disso, em um dos casos, julgou e deu provimento a um recurso
administrativo interposto por um particular contra decisão de um subordinado seu.
Nessa situação hipotética, a chefia da unidade atuou com base no exercício do poder
A) disciplinar.
B) hierárquico.
C) regulamentar.
D) de polícia.
(CESPE/ANM/2021)
04) No que diz respeito aos poderes da administração pública, julgue o próximo item.
O poder de polícia é a faculdade de aplicar punições nos casos de infrações administrativas praticadas pelos
agentes públicos.
(CESPE/ANM/2021)
05) No que diz respeito aos poderes da administração pública, julgue o próximo item.
Os poderes administrativos podem ser usados isolada ou cumulativamente para o alcance da finalidade do ato
administrativo.
(CESPE/PF/2021)
06) Determinado agente da Polícia Federal revelou um segredo sobre uma operação policial que seria
realizada para deter uma quadrilha de traficantes. Ele havia se apropriado desse segredo em razão do seu
cargo. Tendo a operação fracassado, a administração da Polícia recebeu uma denúncia sobre o ocorrido e
abriu processo administrativo disciplinar contra o referido servidor.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
O processo aberto contra o servidor caracteriza poder de polícia administrativo.
(FGV/IMBEL/2021)
07) A discricionariedade administrativa refere-se à maneira pela qual a Administração Pública utiliza seu
poder para exercer atos administrativos com a finalidade de atender ao interesse público. Em relação ao
conceito de discricionariedade administrativa, assinale a afirmativa correta.
A) É a liberdade do administrador de tomar determinadas decisões, desde que esteja nos limites da lei.
B) É a expansão do ato administrativo por agentes putativos, em consonância com o arcabouço legal.
C) É a ação realizada com desrespeito à ordem jurídica vigente, em função de um viés pessoal.
D) É a permissão da execução de ato pela administração, sem recorrer ao Poder Judiciário
E) É a vinculação de ato administrativo à lei, sem possibilidade de questionamento.
(FGV/PC-RN/2021)
08) João, delegado titular de certa delegacia, editou uma ordem de serviço, com a finalidade de distribuir e
ordenar o serviço interno da DP, definindo que o setor X, composto pelos agentes de Polícia Civil A, B, C e
D, é responsável por determinadas atividades.
De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, o citado ato administrativo ordinatório praticado por
João decorre do poder administrativo:
A) disciplinar, que lhe permite praticar atos normativos internos com eficácia restrita àquela delegacia;
B) hierárquico, que é um poder de estruturação interna da atividade pública;
C) disciplinar, que lhe permite inovar no ordenamento jurídico no âmbito de sua circunscrição;
D) de polícia, que lhe permite organizar as rotinas administrativas necessárias à investigação criminal;
E) de polícia, que lhe permite organizar as rotinas operacionais próprias de polícia judiciária.
(CESPE/DEPEN/2021)
09) Jorge, chefe de repartição vinculada a órgão público federal, determinou, de forma expressa, que
todos os servidores deveriam tratar os administrados com respeito e urbanidade e que não toleraria
ofensa verbal. No entanto, Bruno, um de seus subordinados que exerce cargo em comissão e não possui
cargo efetivo, cometeu grave insubordinação em serviço ao insultar Fernanda, uma administrada que

@Quebrandoquestões

19/433
Poderes da Administração – Questões Sem Comentários

havia solicitado informações sobre o andamento de processo que tramitava no referido órgão. Jorge, na
figura de autoridade pública competente, abriu processo administrativo disciplinar contra Bruno, que
culminou na aplicação de pena de suspensão por 90 dias ao insubordinado.
Considerando essa situação hipotética e os dispositivos da Lei n.º 8.112/1990 e da Lei n.º 9.784/1999, bem
como as disposições a respeito dos poderes administrativos e da responsabilidade civil do Estado no
direito brasileiro, julgue o item subsequente.
No âmbito administrativo, a prática de insubordinação no serviço público configura ofensa ao poder hierárquico.
(CESPE/DEPEN/2021)
10) Jorge, chefe de repartição vinculada a órgão público federal, determinou, de forma expressa, que
todos os servidores deveriam tratar os administrados com respeito e urbanidade e que não toleraria
ofensa verbal. No entanto, Bruno, um de seus subordinados que exerce cargo em comissão e não possui
cargo efetivo, cometeu grave insubordinação em serviço ao insultar Fernanda, uma administrada que
havia solicitado informações sobre o andamento de processo que tramitava no referido órgão. Jorge, na
figura de autoridade pública competente, abriu processo administrativo disciplinar contra Bruno, que
culminou na aplicação de pena de suspensão por 90 dias ao insubordinado.
Considerando essa situação hipotética e os dispositivos da Lei n.º 8.112/1990 e da Lei n.º 9.784/1999, bem
como as disposições a respeito dos poderes administrativos e da responsabilidade civil do Estado no
direito brasileiro, julgue o item subsequente.
A punição de Bruno exemplifica o exercício do poder de polícia pela administração pública.
(CESPE/MPE-AP/2021)
11) Considere que o pedido de determinado cidadão para construir sua residência tenha sido analisado e
deferido pela prefeitura do município. Nessa situação hipotética, sob a ótica do direito administrativo, tal
deferimento consiste em
A) permissão de serviço particular.
B) exercício do poder hierárquico do Estado.
C) delegação de atividade com impacto público.
D) licença de polícia.
E) concessão de serviço uti singuli.
(INSTITUTO AOCP/Câmara de Teresina - PI/2021)
12) Considerando a temática do Direito Administrativo, assinale a alternativa INCORRETA.
A) Consoante a Teoria dos Motivos Determinantes, os motivos apresentados como justificadores da prática do ato
administrativo vinculam esse ato e, caso os motivos apresentados sejam viciados, o ato será ilegal.
B) A Lei nº 9.784/1999, especialmente no que diz respeito ao prazo decadencial para a revisão de atos
administrativos no âmbito da Administração Pública federal, pode ser aplicada, de forma subsidiária, aos estados e
municípios, se inexistente norma local e específica que regule a matéria.
C) O poder hierárquico caracteriza um poder de estruturação interna da atividade pública. Sendo assim, não há
manifestação de hierarquia externa, isto é, entre pessoas jurídicas diversas.
D) O poder disciplinar do Estado é o poder de aplicação de sanções por parte do Poder Público, sendo que essas
sanções decorrem de vinculação especial entre o sancionado e o Estado, notadamente, a relação hierárquica e a
relação contratual.
E) A polícia administrativa incide sobre bens e direitos e os condiciona à busca pelo interesse da coletividade, bem
como também recai sobre as pessoas, de forma ostensiva ou investigativa, evitando e punindo infrações às
normas penais.
(INSTITUTO AOCP/Câmara de Teresina - PI/2021)
13) Preencha a lacuna e assinale a alternativa correta. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo
Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o
exercício regular do ____________, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e
divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
A) poder discricionário.
B) poder de polícia.
C) poder vinculado.
D) poder disciplinar.
E) poder regulamentar.
(CESPE/MPE-AP/2021)
14) Com base em determinada lei, um fiscal competente compareceu a um restaurante e, constatando
diversas violações a normas sanitárias, promoveu a interdição do estabelecimento.
Nessa situação hipotética, verifica-se uma característica própria
A) do poder hierárquico, com base no princípio da supremacia do interesse público.
B) do poder regulamentar, pois houve uma regulação da atividade empresarial.
C) do poder disciplinar, pois o ato aplicou uma penalidade ao particular.

@Quebrandoquestões

20/433
Poderes da Administração – Questões Sem Comentários

D) do poder de polícia, pois limitou uma atividade de um particular.


E) do poder normativo, pois a interdição foi praticada com base em uma lei.
(CESPE/PC-DF/2021)
15) João, servidor público, aliciou um dos seus subordinados a se filiar ao sindicato da categoria a que
ambos pertenciam. Em razão desse fato, instaurou-se processo administrativo contra João para apurar
sua conduta funcional. Concluído o procedimento, o chefe da repartição, Antônio, aplicou a pena de
advertência por escrito pelo ato praticado.
Considerando a situação hipotética precedente, o disposto na Lei n.º 8.112/1990, os requisitos do ato
administrativo e os poderes da administração pública, julgue o item a seguir.
A punição por ato infracional praticado por servidor público configura exercício do poder de polícia administrativo.
(CESPE/SEFAZ-CE/2021)
16) Julgue o item a seguir, a respeito dos atos administrativos e dos poderes da administração pública.
Consubstancia-se poder de polícia a retenção temporária de mercadorias em sede de fiscalização fazendária.
(CESPE/SEFAZ-CE/2021)
17) Julgue o item a seguir, a respeito dos atos administrativos e dos poderes da administração pública.
Eventual abuso do poder regulamentar pelo Poder Executivo sujeita o transgressor ao controle jurisdicional e ao
exercício da competência extraordinária do Poder Legislativo para sustar os atos administrativos dele decorrentes.
(FGV/TCE-PI/2021)
18) A sociedade empresária Beta foi contratada pelo Estado do Piauí, após processo licitatório, para
realizar obras de reforma e restauração em determinado prédio público. A contratada não executou
parcialmente o contrato, conforme cabalmente comprovado em regular processo administrativo em que
lhe foi garantida a prévia defesa. Diante disso, observada a proporcionalidade, o ente contratante aplicou à
sociedade empresária Beta a sanção de suspensão temporária de participação em licitação e impedimento
de contratar com o Estado do Piauí, pelo prazo de 18 meses. Levando-se em consideração a Lei nº
8.666/1993 e a doutrina moderna de Direito Administrativo sobre poderes administrativos, verifica-se que o
Estado contratante agiu:
A) corretamente, com base em seu poder de polícia, que lhe permite restringir e condicionar a propriedade privada
e a atuação da sociedade empresária contratada;
B) corretamente, com base em seu poder hierárquico de estruturação externa da atividade pública, que lhe
permite reduzir o âmbito de atuação da contratada pelo ato ilícito praticado;
C) corretamente, com base em seu poder disciplinar, eis que a sociedade empresária Beta tem vínculo de
natureza especial com o Estado em razão do contrato celebrado;
D) erroneamente, eis que os poderes administrativos operam efeito apenas internamente no âmbito da
administração pública, e não sobre terceiros contratados;
E) erroneamente, eis que a aplicação da sanção de suspensão temporária de participação em licitação e
impedimento de contratar com o Estado do Piauí deve ser feita exclusivamente pelo Poder Judiciário.
(FGV/TCE-PI/2021)
19) A Lei nº XX/2021, do Município Beta, autorizou a criação da sociedade de economia mista Alfa, com
capital majoritário do Município, que tem por objeto exclusivo a atividade de policiamento de trânsito e
autuação de infrações, o que se dá em regime não concorrencial. Por entender que a Lei nº XX/2021 era
contrária ao interesse público, o Partido Político Gama solicitou que sua assessoria jurídica se
manifestasse sobre a constitucionalidade desse diploma normativo, considerando a interpretação
prevalecente dos comandos constitucionais aplicáveis à temática.
A assessoria respondeu, corretamente, que a Lei nº XX/2021 é:
A) constitucional quanto à delegação do poder de polícia e inconstitucional na parte em que outorga à sociedade
de economia mista a atividade descrita;
B) constitucional na parte em que outorga à sociedade de economia mista a atividade descrita e inconstitucional
quanto à delegação do poder de polícia;
C) constitucional tanto na parte em que outorga à sociedade de economia mista a atividade descrita, como em
relação à delegação do poder de polícia;
D) inconstitucional tanto na parte em que outorga à sociedade de economia mista a atividade descrita, como em
relação à delegação do poder de polícia;
E) inconstitucional apenas em relação à forma de criação da sociedade de economia mista, considerando a
atividade a ser desempenhada.
(CESPE/PGE-PB/2021)
20) A delegação de poder de polícia em favor de sociedade de economia mista
A) prestadora de serviço público ou explorada da atividade econômica é viável desde que autorizada por lei.
B) atuante na iniciativa privada, em concorrência com outras empresas, é viável desde que em igualdade de
condições.
C) é viável mesmo se adotado o regime celetista para as relações de trabalho no âmbito da empresa.

@Quebrandoquestões

21/433
Poderes da Administração – Questões Sem Comentários

D) é viável desde que para atos desprovidos de coercibilidade.


E) é viável desde que para atos meramente preparatórios e instrutórios.
(CESPE/PC-AL/2021)
21) Determinado delegado de polícia que está investigando um crime cometido no interior de uma empresa
estatal estadual com personalidade jurídica de direito privado e capital integralmente público, determinou
a um agente de polícia a realização de uma diligência, a qual não foi cumprida porque o agente alegou que
a ordem não tinha respaldo legal. Ao tomar ciência do descumprimento da ordem, o chefe aplicou a
penalidade de suspensão de trinta dias. Irresignado, o agente ajuizou mandado de segurança contra o ato
sancionador.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
A ordem conferida ao agente pelo delegado configura exercício do poder de polícia.
(CESPE/PC-AL/2021)
22) Determinado delegado de polícia que está investigando um crime cometido no interior de uma empresa
estatal estadual com personalidade jurídica de direito privado e capital integralmente público, determinou
a um agente de polícia a realização de uma diligência, a qual não foi cumprida porque o agente alegou que
a ordem não tinha respaldo legal. Ao tomar ciência do descumprimento da ordem, o chefe aplicou a
penalidade de suspensão de trinta dias. Irresignado, o agente ajuizou mandado de segurança contra o ato
sancionador.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Os agentes públicos subordinados não devem cumprir as ordens manifestamente ilegais de seus superiores.
(CESPE/PC-AL/2021)
23) Determinado delegado de polícia que está investigando um crime cometido no interior de uma empresa
estatal estadual com personalidade jurídica de direito privado e capital integralmente público, determinou
a um agente de polícia a realização de uma diligência, a qual não foi cumprida porque o agente alegou que
a ordem não tinha respaldo legal. Ao tomar ciência do descumprimento da ordem, o chefe aplicou a
penalidade de suspensão de trinta dias. Irresignado, o agente ajuizou mandado de segurança contra o ato
sancionador.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
A aplicação da sanção pelo delegado configura exercício do poder disciplinar e independe de abertura de
processo administrativo quando há verdade sabida.
(CESPE/SEFAZ-CE/2021)
24) Com relação aos poderes da administração pública e ao processo administrativo disciplinar, julgue o
próximo item.
O poder que a administração possui de intervir na órbita particular para resguardar o interesse público, limitando
direitos individuais, é denominado poder disciplinar.
(CESPE/PC-AL/2021)
25) Os agentes de polícia do estado de Alagoas, no exercício de sua função, devem comedir a aplicação
do uso de força em suas abordagens e ações, buscando agir de maneira adequada, sem extrapolar os
limites legais impostos ao exercício do poder que lhes é conferido. Acerca do uso e do abuso de poder,
julgue o item que se segue.
Ato praticado com abuso de poder somente pode ser invalidado mediante revisão judicial.
(CESPE/PC-AL/2021)
26) Os agentes de polícia do estado de Alagoas, no exercício de sua função, devem comedir a aplicação
do uso de força em suas abordagens e ações, buscando agir de maneira adequada, sem extrapolar os
limites legais impostos ao exercício do poder que lhes é conferido. Acerca do uso e do abuso de poder,
julgue o item que se segue.
Ato praticado de forma abusiva e com finalidade diversa daquela atribuída pela lei é configurado como excesso de
poder.
(CESPE/PC-AL/2021)
27) Os agentes de polícia do estado de Alagoas, no exercício de sua função, devem comedir a aplicação
do uso de força em suas abordagens e ações, buscando agir de maneira adequada, sem extrapolar os
limites legais impostos ao exercício do poder que lhes é conferido. Acerca do uso e do abuso de poder,
julgue o item que se segue.
A discricionariedade é um dos atributos do poder de polícia, mas não se faz presente, por exemplo, na concessão
de alvarás de construção e de licenças para dirigir veículos.
(CESPE/PC-AL/2021)
28) Os agentes de polícia do estado de Alagoas, no exercício de sua função, devem comedir a aplicação
do uso de força em suas abordagens e ações, buscando agir de maneira adequada, sem extrapolar os

@Quebrandoquestões

22/433
Poderes da Administração – Questões Sem Comentários

limites legais impostos ao exercício do poder que lhes é conferido. Acerca do uso e do abuso de poder,
julgue o item que se segue.
O poder disciplinar não abrange as sanções impostas a particulares que não estejam sujeitos à disciplina interna
da administração; nesse caso, as medidas punitivas encontram fundamento no poder de polícia.
(FGV/FUNSAÚDE-CE/2021)
29) No enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, o Estado Alfa editou lei estadual, nos termos da
Lei federal nº 13.979/20, dispondo que o setor privado de bens e serviços deverá adotar medidas de
prevenção à proliferação de doenças, como a assepsia de locais de circulação de pessoas e a
disponibilização aos usuários de produtos higienizantes e saneantes, e que incorrerá em multa o
estabelecimento autorizado a funcionar durante a pandemia da Covid-19 que deixar de disponibilizar
álcool em gel a 70% (setenta por cento) em locais próximos a suas entradas, elevadores e escadas
rolantes, tudo conforme regulamento já devidamente editado.
Obedecidas as formalidades legais, a aplicação da citada multa pelo Estado Alfa ao particular que
inobservar as medidas sanitárias impostas, decorre diretamente do poder
A) hierárquico, que decorre da supremacia do interesse público sobre o privado.
B) disciplinar, que autoriza o poder público a impor penalidades a quem descumprir medidas sanitárias legalmente
impostas.
C) normativo, que incide individualmente sobre cada pessoa natural ou jurídica, após o devido processo legal.
D) de regulamentação, que autoriza os agentes públicos estaduais a aplicarem discricionariamente a sanção.
E) de polícia, que autoriza limitações ao exercício de liberdades individuais em prol do interesse coletivo.
(FGV/FUNSAÚDE-CE/2021)
30) Para que o Estado possa alcançar seus fins, o ordenamento jurídico confere aos agentes públicos
algumas prerrogativas, que são denominadas poderes administrativos e possuem caráter instrumental,
uma vez que têm o objetivo de possibilitar a consecução do interesse público.
Em matéria de poderes administrativos, é correto afirmar que uma fundação pública estadual, da área de
saúde, instituída com personalidade jurídica de direito privado,
A) não se submete ao poder hierárquico da Secretaria Estadual de Saúde que, contudo, controla os seus atos
pela vinculação ou tutela administrativa.
B) se submete ao poder hierárquico da Secretaria Estadual de Saúde, em razão da hierarquia externa existente
entre as duas citadas pessoas jurídicas.
C) não se submete a qualquer tipo de controle pela Secretaria Estadual de Saúde, pois ostenta personalidade
jurídica de direito privado.
D) se submete ao poder disciplinar da Secretaria Estadual de Saúde, em razão da hierarquia externa existente
entre as duas citadas pessoas jurídicas.
E) se submete ao poder disciplinar da Secretaria Estadual de Saúde, em razão da desconcentração administrativa
existente entre as duas citadas pessoas jurídicas.
(FCC/PGE-GO/2021)
31) Recentemente, o Supremo Tribunal Federal enfrentou um dos temas mais controversos no âmbito do
Direito Administrativo, tendo fixado algumas balizas sobre a delegação do poder de polícia, fixando tese
de Repercussão Geral a respeito, em Recurso Extraordinário ajuizado pela Empresa de Transportes e
Trânsito de Belo Horizonte S/A − BHTRANS (Tema 532 − RE 633.782, Relator: Luiz Fux, Tribunal Pleno,
julgado em 26/10/2020). Por meio deste precedente, o STF consolidou o entendimento no sentido de que a
competência administrativa relativa ao poder de polícia é
A) delegável a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração pública, desde que limitado às
fases do ciclo de polícia administrativa relativas ao consentimento e à fiscalização, excluída a fase sancionatória.
B) delegável, por lei, a pessoas jurídicas de direito privado não integrantes da Administração pública, inclusive no
tocante à fase sancionatória do ciclo de polícia, contanto que no exercício sejam observados os princípios do
devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório.
C) indelegável, sendo reservado apenas aos órgãos da Administração direta, dada a natureza de potestade
pública da atividade.
D) delegável, por lei, a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração pública indireta, desde
que sejam de capital social majoritariamente público e prestem exclusivamente serviço público de atuação própria
do Estado, em regime não concorrencial.
E) delegável, por lei, apenas às pessoas jurídicas de direito público integrantes da Administração pública indireta,
visto que o regime jurídico estatutário de seus servidores lhes confere a estabilidade indispensável ao exercício da
atividade.

@Quebrandoquestões

23/433
Poderes da Administração – Questões Sem Comentários

Gabarito
1 E
2 C
3 B
4 E
5 C
6 C
7 A
8 B
9 C
10 E
11 D
12 E
13 B
14 D
15 E
16 C
17 C
18 C
19 C
20 C
21 E
22 C
23 E
24 E
25 E
26 E
27 C
28 C
29 E
30 A
31 D

@Quebrandoquestões

24/433
Atos Administrativos

@Quebrandoquestões

25/433
Atos Administrativos – Questões Sem Comentários

(CESPE/TCE-RJ/2021)
01) Acerca de ato administrativo, de agentes públicos, de poderes da administração pública e de regime
jurídico administrativo, julgue o item a seguir.
Situação hipotética: Determinado órgão publicou a Portaria A, para tratar de certo tema. Em seguida, publicou a
Portaria B, sobre o mesmo assunto da Portaria A, revogando esta expressamente. Posteriormente, editou a
Portaria C, que revogou expressamente a Portaria B, sem tratar de qualquer tema.
Assertiva: Nessa situação hipotética, a revogação da Portaria B pela Portaria C caracteriza a revogação da
revogação, mas não reativa a vigência da Portaria A.
(CESPE/TCE-RJ/2021)
02) A respeito de atos administrativos, dos princípios administrativos, do processo administrativo e dos
poderes da administração pública, julgue o item a seguir.
O ato regulamentar poderá impor obrigações e direitos, desde que estes não sejam contrários à lei que tiver
ensejado a sua prática.
(CESPE/TCE-RJ/2021)
03) A respeito de atos administrativos, dos princípios administrativos, do processo administrativo e dos
poderes da administração pública, julgue o item a seguir.
Por meio da licença, ato unilateral e vinculado, a administração faculta aos interessados o exercício de
determinada atividade.
(CESPE/TC-DF/2021)
04) Acerca de serviços públicos, de atos administrativos, de contratos administrativos e de licitações,
julgue o item subsequente.
A convalidação de atos administrativos possui como pressuposto a impossibilidade de retroação dos efeitos à
época em que o ato foi praticado.
(CESPE/APEX Brasil/2021)
05) Determinada indústria protocolou, no órgão competente, requerimento para obter licença para
fabricação de produtos de uso agrícola. Por ter comprovado atendimento aos requisitos legais, a indústria
foi registrada pelo poder público e recebeu a licença.
Nessa situação hipotética, a licença pode ser classificada como
A) ato administrativo de autorização.
B) ato administrativo discricionário.
C) ato administrativo complexo.
D) ato administrativo vinculado.
(CESPE/ANM/2021)
06) No que diz respeito aos princípios fundamentais, concessão, autorização, permissão e atos da
administração pública, julgue o item a seguir.
A administração pública pode revogar seus próprios atos eivados de vícios, ou ainda pelo judiciário, mediante
provocação.
(CESPE/ANM/2021)
07) No que diz respeito aos princípios fundamentais, concessão, autorização, permissão e atos da
administração pública, julgue o item a seguir.
A administração pública tem o dever de anular os atos ilegais, não havendo exceção por respeito ao princípio da
finalidade.
(FGV/PC-RN/2021)
08) No curso de determinado processo administrativo, Maria, escrivã de Polícia Civil, praticou ato
administrativo de autorização de troca de móveis entre delegacias, que era de competência da chefe de
departamento onde está lotada. Passados cinco meses da prática do ato, a irregularidade foi verificada
pela delegada Joana, chefe do departamento, que detém competência para a prática do ato.
Constatando que não houve lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiro, e com objetivo de sanar o
vício, Joana:
A) pode convalidar o ato, por meio da confirmação, cujos efeitos não retroagem à data de edição do ato originário;
B) não pode aproveitar o ato, porque se trata de nulidade absoluta por vício nos elementos forma e competência;
C) pode convalidar o ato, por meio da ratificação, cujos efeitos retroagem à data da edição do ato originário;
D) não pode aproveitar o ato, porque já se passaram mais de 120 dias, razão pela qual deve iniciar novo processo
administrativo;
E) não pode aproveitar o ato, porque se trata de nulidade absoluta por vício no elemento competência, razão pela
qual deve iniciar novo processo administrativo.
(INSTITUTO AOCP/PC-PA/2021)
09) Considerando a temática Direito Administrativo, assinale a alternativa INCORRETA.

@Quebrandoquestões

26/433
Atos Administrativos – Questões Sem Comentários

A) O desvio de poder ocorre quando o agente atua nos limites da competência legalmente definida, mas visando
alcançar outra finalidade que não aquela prevista em lei.
B) Compete privativamente ao Presidente da República dispor, mediante decreto, sobre a extinção de funções ou
cargos públicos, quando vagos.
C) O poder disciplinar do Estado é o poder de aplicação de sanções por parte do Poder Público, sendo que essas
sanções decorrem de vinculação especial entre o sancionado e o Estado, notadamente, a relação hierárquica e a
relação contratual.
D) As certidões e os pareceres são espécies de atos administrativos ordinatórios.
E) Quanto aos destinatários, os atos administrativos podem ser gerais ou individuais.
(CESPE/MPE-AP/2021)
10) Determinado indivíduo foi aprovado em concurso público para o cargo de fiscal ambiental, para cujo
ingresso era necessário nível superior. Depois de um ano de atuação como funcionário, descobriu-se que
ele não tinha concluído o nível de escolaridade exigido e que havia fraudado o diploma requisitado para o
cargo. Depois do devido processo legal, essa pessoa foi demitida.
Considerando-se essa situação hipotética, é correto afirmar que, em regra, os atos de ofício e de decisão
praticados por tal indivíduo serão considerados.
A) nulos, porquanto praticados por pessoa incompetente.
B) válidos, em razão da teoria do agente de fato.
C) anuláveis, em decorrência de vício na forma dos atos.
D) legais, mas somente até serem contestados.
E) irregulares, por vício de capacidade do agente.
(INSTITUTO AOCP/Câmara de Teresina - PI/2021)
11) A respeito dos atos administrativos, assinale a alternativa correta.
A) Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela cabe o mandado de
segurança ou a medida judicial.
B) Quando o ato é praticado em decorrência de situação fática verdadeira e prevista em lei como ensejadora da
conduta estatal, contudo o agente público não realiza a motivação do ato, trata-se de ato com vício no elemento
motivo.
C) Tipicidade é o requisito pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela
lei como aptas a produzir determinados resultados.
D) Os atos de gestão são aqueles praticados como forma de dar andamento à atividade administrativa, sem
configurar uma manifestação de vontade do Estado, mas sim a execução de condutas previamente definidas.
E) A licença é o ato pelo qual o Poder Público permite a realização de dada atividade associada à fiscalização do
Estado. Trata-se de ato discricionário e é concedido desde que cumpridos os requisitos objetivamente definidos
em lei.
(INSTITUTO AOCP/Câmara de Teresina - PI/2021)
12) Assinale a alternativa que apresenta os cinco requisitos dos atos administrativos.
A) Competência, finalidade, tipicidade, objeto e motivo.
B) Competência, agilidade, forma, finalidade e objeto.
C) Competência, moralidade, forma, motivo e objeto.
D) Competência, finalidade, forma, motivo e objeto.
E) Competência, publicidade, finalidade, motivo e objeto.
(CESPE/MPE-AP/2021)
13) A revogação de ato administrativo consiste em medida
A) discricionária, por meio da qual a administração pública extingue ato administrativo válido.
B) vinculada, por meio da qual a administração pública extingue ato administrativo válido.
C) discricionária, por meio da qual a administração pública extingue ato viciado por nulidade absoluta.
D) vinculada, por meio da qual a administração pública extingue ato praticado por autoridade incompetente.
E) discricionária, por meio da qual a administração pública extingue ato viciado por nulidade relativa.
(CESPE/MPE-AP/2021)
14) Acerca dos atos administrativos, assinale a opção correta.
A) Sempre que o poder público não responder, em prazo razoável, a solicitação formulada por um cidadão,
considerar-se-á deferido o requerimento do particular.
B) A usurpação de função pública é causa de anulabilidade de ato administrativo emitido pelo usurpador, ficando o
ato passível de convalidação pelo agente público que teria originalmente a competência para realizá-lo.
C) Nos atos discricionários, a competência, o motivo e o objeto são elementos vinculados, enquanto a forma e a
finalidade são elementos discricionários.
D) A convalidação é um ato administrativo discricionário.
E) A presunção de legitimidade de que goza o ato administrativo é relativa, já que pode ser superada caso o
interessado consiga demonstrar a ilegalidade do ato ou a não ocorrência dos seus pressupostos fáticos.

@Quebrandoquestões

27/433
Atos Administrativos – Questões Sem Comentários

(INSTITUTO AOCP/MPE-RS/2021)
15) Sobre os variados temas de Direito Administrativo, analise as assertivas e assinale a alternativa que
aponta as corretas.
I. De acordo com as regras de organização administrativa, o INSS e o IBAMA são autarquias federais que
integram a administração direta da União.
II. Os atos administrativos possuem cinco elementos, quais sejam: competência, finalidade, forma, motivo
e objeto.
III. A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais,
porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
IV. Segundo a Lei Federal nº 8.666/1993, tomada de preços é a modalidade de licitação entre quaisquer
interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de
qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.
A) Apenas I e II.
B) Apenas II e III.
C) Apenas III e IV.
D) Apenas I, II e IV.
E) Apenas I, III e IV.
(FGV/TCE-AM/2021)
16) O servidor público estadual do Amazonas João, insatisfeito com a decisão do Diretor do Departamento
de Recursos Humanos que lhe negou um benefício a que entendia ter direito, ingressou com recurso
administrativo. O servidor Antônio, autoridade competente para julgamento do recurso, não deu
provimento ao recurso interposto por João, mas não motivou seu ato, deixando de indicar os fatos e os
fundamentos jurídicos de sua decisão. Levando em consideração que, à luz das normas de regência e da
situação fática, João realmente não tinha direito subjetivo ao benefício pleiteado, o ato administrativo de
desprovimento do recurso praticado por Antônio:
A) está viciado, por ilegalidade no elemento motivo;
B) está viciado, por ilegalidade no elemento forma;
C) está viciado, por ilegalidade no elemento finalidade;
D) não está viciado, pela teoria dos motivos determinantes;
E) não está viciado, pois o motivo do ato existe e é válido.
(CESPE/SEFAZ-CE/2021)
17) Julgue o item a seguir, a respeito dos atos administrativos e dos poderes da administração pública.
O silêncio administrativo, quando referente a atos discricionários, não se submete ao controle judicial.
(CESPE/MPE-SC/2021)
18) Acerca do controle na administração pública, julgue o item subsequente.
Conforme o ordenamento jurídico brasileiro, os elementos discricionários dos atos administrativos são
insuscetíveis de controle, salvo pelo agente responsável pela sua prática.
(VUNESP/Prefeitura de Guarujá - SP/2021)
19) Assinale exemplo de ato administrativo sujeito à anulação pelo Poder Judiciário.
A) Exoneração de servidor em estágio probatório, motivada pela insuficiente avaliação de seu desempenho.
B) Exoneração ad nutum de cargo em comissão.
C) Despacho de revogação de licitação, em decorrência de fato superveniente comprovado, pertinente e suficiente
para justificar a decisão.
D) Autorização de emprego de máquinas, equipamentos e servidores públicos em obra particular, sem
observância das formalidades legais.
E) Anteprojeto de lei que visa instituir programa de políticas públicas que acarrete aumento de despesa,
desacompanhado de estudo de impacto orçamentário e financeiro.
(CESPE/PC-AL/2021)
20) Acerca dos atos administrativos, julgue o item seguinte.
São classificados simples os atos administrativos editados a partir da vontade de um único órgão público, seja ele
singular, seja colegiado.
(CESPE/PC-AL/2021)
21) Acerca dos atos administrativos, julgue o item seguinte.
A presunção de que os atos administrativos são editados em conformidade com o ordenamento jurídico é relativa,
pois admite prova em contrário por parte do interessado.
(CESPE/SEFAZ-CE/2021)

@Quebrandoquestões

28/433
Atos Administrativos – Questões Sem Comentários

22) Grande parte da doutrina indica como atributos do ato administrativo a presunção de legitimidade, a
autoexecutoriedade, a imperatividade e a revogabilidade. Acerca da autoexecutoriedade do ato
administrativo, julgue o item a seguir.
A autoexecutoriedade é atributo pelo qual o ato administrativo pode ser posto em execução pela própria
administração pública. Apesar de a autoexecutoriedade ser uma das características que distingue o ato
administrativo do ato de direito privado, sua utilização deve ser feita com parcimônia para que a administração não
lese inapropriadamente direito dos particulares.
(FGV/FUNSAÚDE-CE/2021)
23) João estacionou seu veículo em local proibido, qual seja, na calçada em frente à entrada de veículos
do Hospital estadual Alfa. Avalie as duas providências distintas que podem ser adotadas pelo poder
público, observadas as cautelas e procedimentos legais cabíveis:
1ª - Agentes públicos competentes aplicam multa a João, como meio indireto de coação.

2ª - Agentes públicos competentes guincham o carro de João, como meio direto de execução do ato
administrativo.
De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, assinale a opção que apresenta os atributos ou
características do ato administrativo que diretamente ensejaram as duas providências.
A) Imperatividade e exigibilidade.
B) Tipicidade e executoriedade.
C) Autoexecutoriedade e presunção de legitimidade.
D) Exigibilidade e autoexecutoriedade.
E) Presunção de veracidade e imperatividade.
(FGV/TCE-PI/2021)
24) Como estava atrasado para chegar ao cinema, o cidadão Antônio estacionou seu veículo em calçada
com alto fluxo de circulação de transeuntes. O agente público competente, portanto, procedeu ao guincho
e remoção do veículo ao depósito público.
No caso em tela, o poder público praticou diretamente o ato que seria obrigação do particular, sem a
necessidade de participação deste e sem intervenção do Poder Judiciário, calcado no atributo do ato
administrativo da:
A) imperatividade, que assegura direito de indenização ao poder público e à coletividade;
B) autoexecutoriedade, que consiste em meio direto de execução do ato administrativo;
C) exigibilidade, que consiste em meio direto de execução do ato administrativo;
D) presunção de legitimidade, que assegura direito de indenização ao poder público e à coletividade;
E) presunção de veracidade, que assegura direito de indenização ao poder público e à coletividade.

@Quebrandoquestões

29/433
Atos Administrativos – Questões Sem Comentários

Gabarito
1 C
2 E
3 C
4 E
5 D
6 E
7 E
8 C
9 D
10 B
11 A
12 D
13 A
14 E
15 E
16 B
17 E
18 E
19 D
20 C
21 C
22 C
23 D
24 B

@Quebrandoquestões

30/433
Processo Administrativo - Lei 9.784/99

@Quebrandoquestões

31/433
Processo Administrativo (Lei 9.784/99) – Questões Sem Comentários

(CESPE/CODEVASF/2021)
01) Considerando a ética na administração pública e a legislação pertinente, julgue o item a seguir.
Considere que em determinado processo administrativo, a parte interessada tenha discordado da decisão
proferida e interposto recurso administrativo. Nessa situação, a decisão do recurso poderá ser delegada e deverá
ser proferida nos limites de atuação do delegado, na duração e nos objetivos da delegação.
(CESPE/CODEVASF/2021)
02) Considerando a legislação federal referente aos atos de improbidade administrativa e aos processos
administrativos, julgue o próximo item.
No processo administrativo, é possível a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente
inferior, desde que de forma excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados.
(CESPE/APEX Brasil/2021)
03) Constatando sobrecarga de trabalho e buscando maior eficiência, a chefia de determinado órgão
administrativo decidiu delegar parte de suas competências administrativas.
Nos termos da Lei n.º 9.784/1999, essa chefia poderá delegar
A) competência para decidir recursos administrativos, desde que os delegatários lhe sejam subordinados
hierarquicamente.
B) competência para editar atos normativos, ainda que os servidores delegatários não lhe sejam hierarquicamente
subordinados.
C) qualquer competência que lhe seja conveniente delegar, desde que não haja impedimento legal, ainda que os
delegatários não lhe sejam subordinados hierarquicamente.
D) qualquer competência que lhe seja conveniente delegar, desde que não haja impedimento legal e que os
delegatários lhe sejam subordinados hierarquicamente.
(FGV/IMBEL/2021)
04) O Presidente de uma autarquia federal, por se encontrar sobrecarregado de trabalho, deseja delegar
sua competência para a prática de diversos atos administrativos, inclusive para decisão de recursos
administrativos, para o Diretor de Assuntos Institucionais.
Ao ser consultado, o advogado da autarquia ofertou parecer no sentido de que a delegação de
competência é
A) vedada expressamente pelo texto da lei, exceto para edição de atos normativos.
B) possível em qualquer situação, desde que haja prévia publicação no diário oficial.
C) vedada expressamente pelo texto da lei, em qualquer hipótese, sob pena de nulidade do ato.
D) possível, via de regra, mas a lei expressamente veda em algumas situações, como na decisão de recursos
administrativos.
E) possível em qualquer situação, desde que haja aquiescência também pelo agente delegado, seja feita de forma
revogável e com a devida publicidade.
(CESPE/PF/2021)
05) Determinado órgão público, por intermédio de seu titular, pretende delegar parte de sua competência
administrativa para outro órgão com a mesma estrutura, seguindo os preceitos da Lei Federal n.º
9.784/1999.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
Nessa situação, o órgão delegante pertence necessariamente à administração pública federal, e não ao Poder
Judiciário ou ao Poder Legislativo.
(CESPE/PF/2021)
06) Determinado órgão público, por intermédio de seu titular, pretende delegar parte de sua competência
administrativa para outro órgão com a mesma estrutura, seguindo os preceitos da Lei Federal n.º
9.784/1999.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
O órgão delegatário não precisa ser hierarquicamente subordinado ao delegante.
(CESPE/PF/2021)
07) Determinado órgão público, por intermédio de seu titular, pretende delegar parte de sua competência
administrativa para outro órgão com a mesma estrutura, seguindo os preceitos da Lei Federal n.º
9.784/1999.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
O objeto do ato pode ser a edição de atos normativos.
(VUNESP/CODEN-SP/2021)
08) Ao tratar da instrução do processo administrativo, a Lei Federal n° 9.784, de 29 de janeiro de 1999,
prevê a possibilidade de abrir período de consulta pública para manifestação de terceiros. Sobre tal
prática, é correto afirmar:

@Quebrandoquestões

32/433
Processo Administrativo (Lei 9.784/99) – Questões Sem Comentários

A) Não implica no fato de que pessoas físicas ou jurídicas possam examinar os autos, fixando-se prazo para
oferecimento de alegações escritas.
B) Ocorre antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante da relevância da questão, para debates sobre
a matéria do processo.
C) Ocorre antes da decisão do pedido, podendo implicar em prejuízo para a parte interessada.
D) O comparecimento à consulta pública confere, por si, a condição de interessado do processo.
E) É vedada a participação de administrados por meio de organizações e associações, mesmo que legalmente
reconhecidas.
(FGV/IMBEL/2021)
09) Segundo a Lei nº 9.784/99, assinale a opção que não apresenta um dever do administrador perante a
Administração.
A) Expor os fatos conforme a verdade.
B) Agir de modo temerário e cauteloso.
C) Proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé.
D) Prestar as informações que lhe forem solicitadas.
E) Colaborar para o esclarecimento dos fatos, quando for solicitado.
(CESPE/DEPEN/2021)
10) A respeito da administração pública, dos servidores públicos da União e dos contratos e convênios
celebrados pela União, julgue o item a seguir.
Caso servidor acusado que tenha sido devidamente intimado não compareça pessoalmente em ato do processo
administrativo e não apresente justificativa para seu não comparecimento, deverão ser reconhecidos como
verdadeiros os fatos a ele imputados.
(FGV/PC-RN/2021)
11) Diante do acúmulo de serviço em razão da grande demanda em sua competência originária e com o
objetivo de conferir maior eficiência e celeridade em questões administrativas, o Delegado-Geral de Polícia
Civil do Estado Alfa praticou ato administrativo delegando sua competência para a Secretaria Executiva de
Polícia decidir recursos administrativos hierárquicos. O mencionado ato de delegação é:
A) inválido, porque os atos previstos como de competência do Delegado-Geral não podem ser delegados, em
respeito ao poder hierárquico;
B) inválido, porque a legislação proíbe expressamente a delegação de decisão de recursos administrativos;
C) lícito, porque a competência administrativa é imprescritível, improrrogável e irrenunciável;
D) lícito, porque a competência é delegável, exceto nos casos de competência exclusiva definida em lei;
E) lícito, porque a competência é delegável, exceto para a edição de atos normativos.
(VUNESP/Prefeitura de Jundiaí - SP/2021)
12) A Administração Pública fez publicar no Diário Oficial que determinada competência de um órgão
público estaria sendo delegada do seu titular para um funcionário de menor graduação dentro do referido
órgão, estabelecendo que seria uma delegação geral, exceto quanto à decisão dos recursos
administrativos, e por tempo indeterminado, e, ainda, que a delegação poderia ser revogada a qualquer
tempo pela autoridade delegante. Nessa situação hipotética, nos termos da Lei n° 9.784/1999, que trata do
processo administrativo, considerando que não há impedimento legal específico, é correto afirmar que
essa delegação
A) é totalmente legal, pois foi efetivada dentro do que permite o referido diploma legal, podendo, inclusive ser
revogada a qualquer tempo.
B) é ilegal no que se refere ao prazo da delegação, que não pode ser por prazo indeterminado e por ter feito
exceção quanto à decisão de recursos administrativos.
C) é ilegal tão somente quanto aos limites da delegação, que não pode ser genérica, devendo especificar o seu
alcance e o seu limite, mas legal no que se refere ao prazo, que pode ser por tempo indeterminado.
D) é ilegal por ter sido concedida de forma genérica, sem limitações, e por ter sido atribuída por prazo
indeterminado, mas a lei permite a revogação a qualquer tempo.
E) é ilegal por ter sido concedida a competência a funcionário subordinado, por ter sido conferida por prazo
indeterminado, por ser genérica, sem limitação, e por prever a sua revogação a qualquer tempo.
(CESPE/MPE-AP/2021)
13) Considerando as disposições da Lei n.º 9.784/1999, julgue os itens a seguir.
I A legitimidade para o processo administrativo é restrita às pessoas físicas.
II O ato de decidir sobre recursos administrativos é delegável.
III O servidor que tenha participado como perito é impedido de atuar no processo administrativo.
IV Na contagem dos prazos relativos ao processo administrativo, exclui-se o dia da cientificação oficial e
inclui-se o dia do vencimento.
Estão certos apenas os itens
A) I e II.

@Quebrandoquestões

33/433
Processo Administrativo (Lei 9.784/99) – Questões Sem Comentários

B) II e III.
C) III e IV.
D) I, II e IV.
E) II, III e IV.
(CESPE/MPE-AP/2021)
14) Acerca da Lei n.º 9.784/1999, que estabelece normas sobre o processo administrativo federal, assinale
a opção correta.
A) A edição de atos normativos é competência que pode ser delegada a outro órgão.
B) Decai em três anos o direito do Estado de anular atos administrativos que favoreçam terceiros.
C) O processo administrativo somente pode iniciar-se de ofício.
D) É viável delegar a outro órgão público a competência de decisão de recursos administrativos.
E) É possível haver delegação de competência para órgão que não seja subordinado ao órgão delegante.
(CESPE/PC-DF/2021)
15) Com base no disposto na Constituição Federal de 1988, julgue o item seguinte.
Em processo administrativo disciplinar, a falta de defesa técnica, por advogado, configura desrespeito aos
princípios do contraditório e da ampla defesa.
(FGV/TJ-PR/2021)
16) Em sede de processo administrativo disciplinar (PAD) instaurado após sindicância patrimonial em face
de servidor público federal, foi-lhe aplicada a penalidade de demissão do serviço público, tendo em vista a
constatação de variação patrimonial a descoberto. Inconformado, o servidor demitido impetra mandado de
segurança visando a anular o ato demissório e argumenta, preliminarmente, a nulidade do PAD por ter
sido instaurado com base em denúncia anônima; por não lhe ter sido assegurada defesa técnica; e por ter
havido a posterior alteração da capitulação legal. Além disso, o impetrante também sustenta a inexistência
de provas inequívocas das irregularidades e a incongruência entre a conduta apurada e a pena de
demissão. Considerando a narrativa fática hipotética acima, é correto afirmar que:
A) na via do mandado de segurança, admitem-se a discussão e o exame a respeito da suficiência do conjunto
fático-probatório constante do PAD;
B) na via do mandado de segurança, não se admite a valoração da congruência entre a conduta apurada e a
capitulação da pena de demissão aplicada no PAD;
C) no PAD, a alteração da capitulação legal imputada ao indiciado enseja sua nulidade, com fundamento no
princípio da tipicidade fechada;
D) desde que devidamente motivada e com amparo em investigação ou sindicância, admite-se a instauração de
PAD com base em denúncia anônima;
E) é nula a decisão adotada em PAD no qual não tenha sido assegurada ao indiciado a defesa técnica por
advogado, conforme jurisprudência dos Tribunais Superiores.
(FCC/DPE-RR/2021)
17) No campo do controle da Administração Pública, quanto aos recursos administrativos a
A) solicitação de perdão administrativo é aquele dirigido à autoridade de outro órgão não integrado na mesma
hierarquia daquele que proferiu o ato, com a finalidade de tornar sem efeito penalidade anteriormente aplicada ao
administrado.
B) retificação hierárquica é aquela apresentada pelo interessado, atingido pelo ato administrativo, para que o
superior hierárquico do departamento que o emitiu faça cessar os efeitos por ele causados ao administrado.
C) revisão é o recurso pelo qual o interessado requer o reexame do ato à própria autoridade que o emitiu.
D) pedido de reconsideração é o pedido de reexame do ato administrativo dirigido à autoridade superior a que
proferiu o ato, visando sua alteração e restabelecimento do status quo.
E) reclamação administrativa é o ato pelo qual o administrado, seja particular ou servidor público, deduz uma
pretensão perante a Administração Pública, visando obter o reconhecimento de um direito ou a correção de um
ato que lhe cause lesão ou ameaça de lesão.
(FGV/IMBEL/2021)
18) Conforme previsto na Lei nº 9.784/99, que dispõe sobre o processo administrativo no âmbito federal, o
administrado possui uma série de direitos perante a Administração Pública.
Assinale a opção que apresenta um desses direitos.
A) Ter ciência da tramitação de processos administrativos em que tenha a condição de interessado.
B) Fazer-se assistir, obrigatoriamente, por advogado, inclusive em caso de representação.
C) Expor os fatos conforme a verdade material e a boa-fé.
D) Formular alegações e apresentar documentos após as decisões.
E) Agir de modo temerário quando considerado necessário pelo órgão competente.
(FGV/IMBEL/2021)

@Quebrandoquestões

34/433
Processo Administrativo (Lei 9.784/99) – Questões Sem Comentários

19) Segundo a Lei nº 9.784/99, em algumas ocasiões específicas, os atos administrativos deverão ser
motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos. Sobre as ocasiões em que esses atos
deverão ser motivados, analise as afirmativas a seguir.
I. Quando decidam recursos administrativos.
II. Quando impõem ou agravam deveres.
III. Quando aplicam jurisprudência firmada sobre a questão.
Está correto o que se afirma em
A) I, somente.
B) II, somente.
C) I e II, somente.
D) I e III, somente.
E) II e III, somente.
(FGV/TJ-RO/2021)
20) João, ocupante do cargo efetivo de Técnico Judiciário de determinado Tribunal, exerce cargo em
comissão de Diretor do Departamento de Tecnologia da Informação. Na qualidade de agente competente
para decidir determinada matéria no bojo de processo administrativo, João praticou ato administrativo
com motivação explícita, clara e congruente, porém consistente em declaração de concordância com
fundamentos de anteriores pareceres e decisões constantes dos autos, que, neste caso, são parte
integrante do ato.
De acordo com a Lei nº 9.784/1999, que regula o processo administrativo, aplicável ao caso narrado, em
tese, a motivação apresentada por João é:
A) ilícita e opera efeitos ex tunc;
B) ilícita e opera efeitos ex nunc;
C) ilícita e não comporta convalidação;
D) lícita e opera efeitos ex tunc;
E) lícita e é conhecida como motivação aliunde.

Gabarito
1 E
2 C
3 C
4 D
5 E
6 C
7 E
8 B
9 B
10 E
11 B
12 D
13 C
14 E
15 E
16 D
17 E
18 A
19 C
20 E

@Quebrandoquestões

35/433
Lei de Improbidade Administrativa – Questões Sem Comentários

@Quebrandoquestões

36/433
QUESTÕES C/COMENTÁRIOS

Conceitos iniciais de Direito


Administrativo - Histórico, Funções de
Estado e Fontes

@Quebrandoquestões

37/433
Conceitos Iniciais de Direito Administrativo – Questões Comentadas

(VUNESP/Prefeitura de Jundiaí - SP/2021)


01) Assinale a alternativa correta a respeito do direito administrativo brasileiro.
A) Excetuadas as decisões do Tribunal de Contas da União, no Brasil prevalece o princípio da inafastabilidade da
jurisdição, no qual o contencioso administrativo submete-se à decisão final do Poder Judiciário.
B) O direito administrativo pátrio recebeu grande contribuição do sistema francês, tendo adotado vários dos seus
institutos jurídicos, exceto quanto ao contencioso administrativo.
C) A exigência de que a utilização da reclamação contra ato ou omissão da Administração Pública que contraria
súmula vinculante somente possa ser admitida após o esgotamento das vias administrativas viola a Constituição
Federal.
D) A responsabilidade civil do Estado e a presença de cláusulas exorbitantes no contrato administrativo são
exemplos de institutos constituídos no sistema jurídico do direito anglo-saxão e adotados no Brasil por influência
do direito norte-americano.
E) Como o direito brasileiro não adotou o instituto da coisa julgada administrativa, a Administração Pública pode
anular os seus próprios atos, a qualquer tempo, ainda que deles decorram efeitos favoráveis ao administrado.
Comentário:

Letra A: Errada.

No Brasil prevalece o princípio da inafastabilidade da jurisdição, no qual o contencioso administrativo submete-se


à decisão final do Poder Judiciário, inclusive as decisões do Tribunal de Contas da União.

Letra B: Correta.

Origem do Direito Administrativo


- Surgiu na França, após a Revolução Francesa (Final do Século XVIII) e o Fim do Império Absolutista
Francês, na mesma época do Estado de Direito (Direito Constitucional), que passou a criar normas de
eficácia contra todos, inclusive contra o próprio Estado. (Fase do Estado Morderno);
- A Lei de 28 de Pluviose, na França, foi a lei que marcou o surgimento do Direito Administrativo
- O direito administrativo surgiu com a instauração dos governos subordinados a uma constituição.
Diferentemente dos governos absolutistas que só respeitavam leis de manutenção de assuntos
financeiros e patrimoniais privados.¹
Conforme MEIRELLES², O impulso decisivo para a formação do Direito Administrativo foi dado pela teoria
da separação dos poderes desenvolvida por Montesquieu, L’Espirit des Lois, 1748, e acolhida
universalmente pelos Estados de Direito.
O Sistema do Direito Administrativo adotado na França é o do Contencioso Administrativo (Jurisdição
Dual).
Sistema Francês ou Contencioso Administrativo
- O BR NÃO ADOTA;
- Nesse sistema o poder judiciário não pode intervir nas funções administrativas do estado, estando
essas funções apenas à jurisdição administrativa do Estado.
- Os atos da Administração são anulados ou julgados dentro da própria, sem ser possível o Poder
Judiciário julgar.
- Com isso, é chamado também de Dualidade de Jurisdição em que existe a Jurisdição Administrativa,
que julga apenas matérias administrativas, e Jurisdição Comum, que abrange o Poder Judiciário para
julgar as demais matérias.
Sistema Inglês ou Judiciário ou de Jurisdição Una
- BR ADOTA;
- Nesse sistema, o Poder Judiciário tem a competência de apreciar e decidir, em julgamento, quanto a
legalidade, todas as matérias do direito, sendo o único a fazer realmente a matéria transitar em julgado.
Com isso, apesar de transitar em julgado, no âmbito administrativo, acionando o judiciário, é possível
que este aprecie e julgue novamente a matéria.
- É expressamente previsto na CF/88.
- CF/88, Art. 5º. XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
(Princípio da Inafastabilidade de Jurisdição)
- Apesar de não existir decisão definitiva dos órgãos da Administração Pública, existem alguns casos em que
será preciso utilizar primeiramente a via administrativa para depois acionar o Poder Judiciário, como
no caso:
* Da Justiça Desportiva;

@Quebrandoquestões

38/433
Conceitos Iniciais de Direito Administrativo – Questões Comentadas

* De ato administrativo ou omissão da Administração Pública que contrarie Súmula Vinculante;


* De Habeas Data;
Fonte¹: https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-administrativo/historia-do-direito-administrativo-ideias-para-um-debate/
Fonte²: MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo brasileiro. 34. Ed. São Paulo: Malheiros, 2008. p. 51-2.

Letra C: Errada.

Não contraria a CF.

Lei nº 11.417/06. Art. 7º Da decisão judicial ou do ato administrativo que contrariar enunciado de súmula
vinculante, negar-lhe vigência ou aplicá-lo indevidamente caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal, sem
prejuízo dos recursos ou outros meios admissíveis de impugnação.

§ 1º Contra omissão ou ato da administração pública, o uso da reclamação só será admitido após
esgotamento das vias administrativas.

Letra D: Errada.

Direito Administrativo Brasileiro – O que pegou de referência do Direito francês?


- Conceito de Serviço Público;
- Teoria dos Atos Administrativos com o atributo da executoriedade;
- Teorias sobre responsabilidade civil do Estado;
- Princípio da legalidade;
- Teoria dos contratos administrativos (com as cláusulas exorbitantes, o equilíbrio econômico-financeiro, as
teorias da imprevisão, do fato do príncipe e do fato da administração);
- Formas de delegação da execução de serviços públicos;
- A ideia de que a Administração Pública se submete a um regime jurídico de direito público, derrogatório e
exorbitante do direito comum, e que abrange o binômio autoridade/liberdade.
Fonte: Maria Sylvia Zanella Di Pietro, 2020 p.106.

Letra E: Errada.

Lei 9.784/99. Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo
comprovada má-fé.

Gabarito: Letra B.
(CESPE/PGE-PB/2021)
02) Acerca da teoria geral de direito administrativo, julgue os itens a seguir.

I O direito brasileiro tem forte influência do direito francês, havendo adotado o sistema de contencioso
administrativo francês.

II A administração pública em sentido subjetivo consiste no conjunto de atividades administrativas


exercidas pelo Estado.

III Atos administrativos normativos constituem fonte do direito administrativo.


Assinale a opção correta.
A) Apenas o item I está certo.
B) Apenas o item III está certo.
C) Apenas os itens I e II estão certos.
D) Apenas os itens II e III estão certos.
E) Todos os itens estão certos.
Comentário:

Item I: Errado.

O direito administrativo pátrio recebeu grande contribuição do sistema francês, tendo adotado vários dos seus
institutos jurídicos, exceto quanto ao contencioso administrativo.

@Quebrandoquestões

39/433
Conceitos Iniciais de Direito Administrativo – Questões Comentadas

Item II: Errado.

A administração pública em sentido OBJETIVO consiste no conjunto de atividades administrativas exercidas pelo
Estado.

Administração Pública
- Existem dois conceitos em relação à Administração Pública:

* Administração Pública em Sentido Estrito;

* Administração Pública em Sentido Amplo.


Administração Pública em Sentido Estrito Administração Pública em Sentido Amplo
Trata-se apenas dos órgãos e entidades que Abarca os atos de governo que são exercidos pelos
praticam funções administrativas, sem ter atos de órgãos com função política, assim como os
governo. órgãos que exercem função administrativa, ou
seja, que executam os planos de governo;
- A Administração Pública em Sentido Estrito, pode ser conceituada a partir de duas espécies:

* Administração Pública em Sentido Formal, Orgânico ou Subjetivo;

* Administração Pública em Sentido Material, Objetivo ou Funcional.


Sentido Formal, Orgânico ou Subjetivo Sentido Material, Objetivo ou Funcional
Conjunto de agentes, órgãos e pessoas jurídicas Consiste nas atividades exercidas pelas pessoas
que executam as atividades administrativas do jurídicas, órgãos e agentes que possuem função
Estado; (Algumas BANCAS consideram que as administrativa do Estado; Tal sentido está
atividades da Administração públicas são relacionado à Administração Externa ou
executadas apenas pela Administração Direta e Extroversa, que é aquela que se vincula à interação
Indireta); com a sociedade (administrados);
Sentido Material, Objetivo ou Funcional – Atividades da Administração Pública
- São consideradas atividades da Administração Pública:

* Polícia Administrativa;

* Serviço Público;

* Fomento;

* Intervenção;
Polícia Administrativa Serviço Público
Atividades de limitações ou condicionamentos Atividades Administrativas executadas pelas
aos direitos do particular com a finalidade no entidades públicas ou por agentes delegados, sob
interesse coletivo; o regime predominantemente público;
Fomento Intervenção
Procura incentivar as iniciativas privadas, de É a fiscalização e regulamentação da atividade
forma que estas se condicionem à utilidade das entidades de natureza privada e também a
pública por meio das atividades administrativas; atuação direta do estado na ordem econômica,
assim como nas propriedades privadas, através de
desapropriação, servidão e tombamento.
Administração Pública em Sentido Operacional
Ainda existe a Administração Pública em Sentido Operacional, que é o desempenho perene e
sistemático, legal e técnico, dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em benefício da
coletividade;

Item III: Correto.

Fontes do Direito Administrativo


- Indicam as diretrizes das normas e princípios do Direito Administrativo.
- A doutrina considera como fontes do Direito Administrativo:
* Lei em Sentido Amplo; (Fonte Primária)
* Doutrina; (fonte secundária, indireta ou subsidiária);

@Quebrandoquestões

40/433
Conceitos Iniciais de Direito Administrativo – Questões Comentadas

* Jurisprudência; (fonte secundária, indireta ou subsidiária);


* Costumes. (fonte secundária, indireta ou subsidiária);
Lei em Sentido Amplo
- É considerada a fonte mais importante; Trata-se de uma fonte primária, direta ou imediata.
Lei em Sentido Amplo Lei em sentido estrito
- Abrange a CF/88, lei ordinária, complementar, Está relacionada aos atos legislativos que inovam
tratados e acordos internacionais, medidas o ordenamento jurídico.
provisórias, decretos legislativos e executivos,
regimentos internos, portarias dentre outros atos Ex: Leis Delegadas, Complementares, Ordinárias,
normativos infra legais; Emendas Constitucionais.
- Parte da doutrina considera a Lei em sentido amplo como fonte primária, porém, outra parte (Lopes
Meirelles) estabelece que as únicas fontes primárias seriam a CF/88 e a Lei em sentido estrito, pois
possuem o poder de inovar no ordenamento jurídico. Assim, os demais seriam fontes secundárias;

Gabarito: Letra B.
(CESPE/MPE-AP/2021)
03) Em seu sentido objetivo, a administração pública corresponde
A) ao conjunto de finalidades públicas do Estado.
B) aos órgãos públicos que compõem os poderes.
C) à atividade administrativa.
D) à temporalidade dos governantes eleitos.
E) às normas editadas pelo Estado.
Comentário:

Administração Pública
- Existem dois conceitos em relação à Administração Pública:

* Administração Pública em Sentido Estrito;

* Administração Pública em Sentido Amplo.


Administração Pública em Sentido Estrito Administração Pública em Sentido Amplo
Trata-se apenas dos órgãos e entidades que Abarca os atos de governo que são exercidos pelos
praticam funções administrativas, sem ter atos de órgãos com função política, assim como os
governo. órgãos que exercem função administrativa, ou
seja, que executam os planos de governo;
- A Administração Pública em Sentido Estrito, pode ser conceituada a partir de duas espécies:

* Administração Pública em Sentido Formal, Orgânico ou Subjetivo;

* Administração Pública em Sentido Material, Objetivo ou Funcional.


Sentido Formal, Orgânico ou Subjetivo Sentido Material, Objetivo ou Funcional
Conjunto de agentes, órgãos e pessoas jurídicas Consiste nas atividades exercidas pelas pessoas
que executam as atividades administrativas do jurídicas, órgãos e agentes que possuem função
Estado; (Algumas BANCAS consideram que as administrativa do Estado; Tal sentido está
atividades da Administração públicas são relacionado à Administração Externa ou
executadas apenas pela Administração Direta e Extroversa, que é aquela que se vincula à interação
Indireta); com a sociedade (administrados);

Gabarito: Letra C.

@Quebrandoquestões

41/433
Regime Jurídico Administrativo

@Quebrandoquestões

42/433
Regime Jurídico Administrativo – Questões Comentadas

(FCC/Prefeitura de São José do Rio Preto - SP/2021)


01) O conceito de eficiência na atuação da Administração pública, conforme definição doutrinária corrente,
A) aplica-se exclusivamente às entidades da Administração indireta sujeitas ao regime de direito privado.
B) corresponde a uma medida subjetiva, apurada pelo índice de satisfação dos usuários dos serviços públicos.
C) representa o cumprimento de metas pactuadas com a sociedade, independentemente dos custos incorridos.
D) corresponde ao melhor uso dos insumos na consecução dos produtos ou serviços oferecidos à população.
E) é uma adaptação do conceito aplicável ao setor privado, afastando avaliações econômicas, focado em
aspectos de legalidade e legitimidade.
Comentário:

Letra A: Errada.

- CF/88, Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência.

Letra B/D: Errada/Correta.

O princípio da eficiência corresponde ao melhor uso dos insumos na consecução dos produtos ou serviços
oferecidos à população.

Letra C: Errada.

Representa o cumprimento de metas pactuadas com a sociedade, levando em consideração os custos incorridos.

Letra E: Errada.

Leva-se em consideração os aspectos econômicos.

Princípio da Eficiência
- Trata-se do princípio que exige dos agentes públicos a busca por melhores resultados com o menor
custo e tempo possível.
- Incluído pela EC 19/98 devido à reforma gerencial com a implementação do Plano Diretor da Reforma
do Aparelho do Estado;
- Nos estudos da doutrinadora DI PIETRO, o princípio da eficiência pode ser levado em consideração à
atuação do agente público, sendo esperado que este preste o seu serviço da melhor forma possível, com
um alto desempenho para obter bons resultados. Além disso, tal princípio está diretamente relacionado ao
modo de organização, estrutura e disciplina do Poder Público visando atingir resultados na
prestação do serviço público.
- CF/88, Art. 37, § 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública
direta e indireta, regulando especialmente:
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção
de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos
serviços;
- CF/88, Art. 41, § 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar,
assegurada ampla defesa.

Gabarito: Letra D.
(CESPE/TCE-RJ/2021)
02) Acerca de ato administrativo, de agentes públicos, de poderes da administração pública e de regime
jurídico administrativo, julgue o item a seguir.
A prescrição e a decadência administrativas conferem destaque ao princípio constitucional da segurança jurídica,
expresso com relação à administração pública.
Comentário:

O princípio da segurança jurídica não está expresso na Constituição Federal, porém encontra-se expresso em
Legislação federal (Lei 9.784/99).

@Quebrandoquestões

43/433
Regime Jurídico Administrativo – Questões Comentadas

(CESPE/TRF 3ª/2011) Afora os princípios constantes do texto constitucional, a legislação determina, de forma
expressa, que a administração pública federal obedeça, entre outros, aos princípios da motivação, razoabilidade,
ampla defesa e segurança jurídica. (Gabarito: Correto.)

- CF/88, Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência.

Princípio da Segurança Jurídica


- Tem por finalidade manter a estabilidade das relações jurídicas materializadas.
- Para o princípio da Segurança Jurídica, a manutenção da ilegalidade de um ato é melhor do que a
sua anulação após desse ato ter gerado seus efeitos durante vários anos, pois o efeito da sua anulação
seria pior do que a sua ilegalidade.
- Estabelece a proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada, sendo um dos
fundamentos da prescrição e decadência;
- É a base para a edição de súmulas vinculantes;
- CF/88, Art. 103-A, § 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas
determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a
administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos
sobre questão idêntica.
- Possui previsão expressa na lei 9.784/99;
- Lei 9.784/99, Art. 2º, XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o
atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.

Princípio da Segurança Jurídica - José Afonso da Silva


A segurança jurídica consiste no ‘conjunto de condições que tornam possível às pessoas o conhecimento
antecipado e reflexivo das consequências diretas de seus atos e de seus fatos à luz da liberdade
reconhecida’. Uma importante condição da segurança jurídica está na relativa certeza que os indivíduos
têm de que as relações realizadas sob o império de uma norma devem perdurar ainda quando tal
norma seja substituída.
Fonte: José Afonso da Silva, “Curso de Direito Constitucional Positivo”, Malheiros Editores, 32ª edição, p.433.

Princípio da Proteção à Confiança


- Enquanto o princípio da segurança jurídica possui aspectos objetivos, através da defesa da
estabilidade jurídica, o princípio da Proteção à Confiança trata de aspectos subjetivos, tratando da boa-
fé que o administrado possui perante a Administração em relação aos seus atos praticados conforme a
lei.

Princípio da Proteção à Confiança - Maria Sylvia Zanella Di Pietro


Leva em conta a boa-fé do cidadão, que acredita e espera que os atos praticados pelo Poder Público sejam
lícitos e, nessa qualidade, serão mantidos e respeitados pela própria Administração e por terceiros.
Fonte: DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella – Direito administrativo – 25ª edição – São Paulo: Atlas, 2012, pág. 87.

Gabarito: Errado.
(CESPE/TCE-RJ/2021)
03) A respeito de atos administrativos, dos princípios administrativos, do processo administrativo e dos
poderes da administração pública, julgue o item a seguir.
Dado o princípio da confiança, caso verificada legítima expectativa do administrado, pode haver a manutenção de
atos administrativos antijurídicos.
Comentário:

(CESPE/TJ-DFT/2019) Na atuação pública é necessário que a Administração Pública mantenha os atos


administrativos, ainda que estes sejam qualificados como antijuridicos, quando verificada a expectativa legitima,
por parte do administrado, de estabilização dos efeitos decorrentes da conduta administrativa. A interrupção dessa
expectativa violará o princípio da confiança. (Gabarito: Correto.)

(CESPE – 2018 – STJ) Considerando a doutrina e a jurisprudência dos tribunais superiores no tocante aos
princípios administrativos e a licitação, julgue o item que se segue.

@Quebrandoquestões

44/433
Regime Jurídico Administrativo – Questões Comentadas

Embora sem previsão expressa no ordenamento jurídico brasileiro, o princípio da confiança relaciona-se à crença
do administrado de que os atos administrativos serão lícitos e, portanto, seus efeitos serão mantidos e respeitados
pela própria administração pública. (Gabarito: Correto.)

Princípio da Proteção à Confiança


- Enquanto o princípio da segurança jurídica possui aspectos objetivos, através da defesa da
estabilidade jurídica, o princípio da Proteção à Confiança trata de aspectos subjetivos, tratando da boa-
fé que o administrado possui perante a Administração em relação aos seus atos praticados conforme a
lei.

Princípio da Proteção à Confiança - Maria Sylvia Zanella Di Pietro


Leva em conta a boa-fé do cidadão, que acredita e espera que os atos praticados pelo Poder Público sejam
lícitos e, nessa qualidade, serão mantidos e respeitados pela própria Administração e por terceiros.
Fonte: DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella – Direito administrativo – 25ª edição – São Paulo: Atlas, 2012, pág. 87.

Gabarito: Correto.
(CESPE/PRF/2021)
04) Determinado órgão público firmou contrato administrativo com uma empresa de reconhecida
especialização no mercado, para a prestação de serviços de treinamento de pessoal de natureza singular
aos seus servidores. Durante a execução do contrato, a empresa descumpriu uma das cláusulas
contratuais. A administração pública, então, aplicou multa por inexecução parcial do acordado.
Insatisfeita, a empresa impetrou mandado de segurança no Poder Judiciário em face do ato administrativo
que aplicara a penalidade sem prévia oitiva.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item que se segue.
O ajuizamento da ação judicial para conter eventuais abusos praticados pela administração pública caracteriza a
aplicação do princípio da sindicabilidade.
Comentário:

Princípio da Sindicabilidade
- Consiste no controle dos atos da Administração Pública.
- Sindicável = Controlável.
Segundo o princípio da sindicabilidade, os atos da Administração se sujeitam a algum tipo de controle,
ainda que não seja o da própria Administração Pública.
A possibilidade jurídica de submeter-se efetivamente qualquer lesão de direito e, por extensão, as ameaças
de lesão de direito a algum tipo de controle denomina-se: Princípio da sindicabilidade.
Pelo princípio da sindicabilidade, todos os atos administrativos são passíveis de controle pela
administração.
O princípio da sindicabilidade é reconhecido expressamente pela jurisprudência do STF.

Gabarito: Correto.
(CESPE/ANM/2021)
05) No que diz respeito aos princípios fundamentais, concessão, autorização, permissão e atos da
administração pública, julgue o item a seguir.
Estará em simetria com a Constituição Federal de 1988 a Constituição de determinado estado que prever que a
administração pública estadual deva obedecer aos princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade,
publicidade, finalidade e eficiência.
Comentário:

Por mais que o princípio da finalidade não esteja expresso na CF/88, não há que se falar em falta de simetria com
a Constituição Estadual, pois, implicitamente, o princípio da Finalidade encontra-se amparo dentro do princípio da
impessoalidade.

Sendo assim, o princípio da finalidade pode ser expresso na Constituição Estadual levando em consideração a
simetria, pois, na CF, ele está implicitamente.

Princípio da Impessoalidade
- É o princípio que busca a finalidade pública, procurando tratar todos os administrados de forma
isonômica, sendo vedada a promoção pessoal.
- Desdobra-se em 04 princípios:

@Quebrandoquestões

45/433
Regime Jurídico Administrativo – Questões Comentadas

* Princípio da Finalidade;
* Princípio da Igualdade ou Isonomia;
* Vedação de Promoção Pessoal;
* Impedimento e Suspeição.
Princípio da Finalidade
Estabelece que os atos da administração pública tenham por finalidade a satisfação do interesse
público;
Princípio da Igualdade ou Isonomia
A administração deve tratar todos de forma isonômica, sem discriminações, não podendo favorecer
pessoas indevidamente;
- CF/88, Art.37, II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do
cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
- CF/88, Art. 37, XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e
alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de
condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas
as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação
técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
Vedação de Promoção Pessoal
É vedada a promoção pessoal do agente público, pois estes atuam em nome do Estado.
- CF/88, Art. 37, § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos
deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes,
símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
OBS: A promoção pessoal fere também os princípios da legalidade e moralidade.
Impedimento e Suspeição
Tais princípios são utilizados quando a pessoa não pode atuar em determinado processo administrativo
ou judicial por causa do grau de parentesco, amizade ou inimizade;

Gabarito: Correto.
(CESPE/ANM/2021)
06) No que diz respeito aos princípios fundamentais, concessão, autorização, permissão e atos da
administração pública, julgue o item a seguir.
A administração pública tem o dever de anular os atos ilegais, não havendo exceção por respeito ao princípio da
finalidade.
Comentário:

Há exceção em relação ao prazo decadencial.

Lei 9.784/99. Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo
comprovada má-fé.

Gabarito: Errado.
(FGV/PC-RN/2021)
07) A Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado Alfa foi alterada pela Assembleia Legislativa, de maneira que
foi inserido um artigo dispondo que é vedado ao servidor público ocupante de cargo efetivo ou
comissionado servir sob a direção imediata de cônjuge ou parente até segundo grau civil. De acordo com
a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a norma mencionada é:
A) constitucional, porque existe presunção de ofensa aos princípios expressos da administração pública da
impessoalidade e da moralidade;
B) constitucional, porque está de acordo com os princípios da administração pública e a súmula vinculante que
veda o nepotismo, e é aplicável para todos os entes federativos;
C) constitucional, porque cada Estado da Federação tem autonomia para ampliar livremente as hipóteses de
nepotismo previstas em súmula vinculante;
D) inconstitucional, porque os ocupantes de cargos efetivos ou comissionados no âmbito da polícia civil são
considerados agentes políticos e, por isso, não incide a súmula vinculante que proíbe o nepotismo;
E) inconstitucional em relação aos ocupantes de cargos efetivos eis que normas inibitórias do nepotismo não têm
como campo próprio de incidência os cargos efetivos sob pena de violação ao concurso público.

@Quebrandoquestões

46/433
Regime Jurídico Administrativo – Questões Comentadas

Comentário:

STF/ADI 524
Servidores concursados e norma antinepotismo

Evidente que se devem retirar da incidência da norma os servidores admitidos mediante concurso público,
ocupantes de cargo de provimento efetivo. A norma antinepotismo deve incidir sobre cargos de
provimento em comissão, as funções gratificadas e os cargos de direção e assessoramento. Esse o
quadro, julgo procedente, em parte, a ação direta para emprestar interpretação conforme à Constituição para
declarar constitucional o inciso VI do art. 32 da Constituição do Estado do Espírito Santo, somente quando
incida sobre os cargos de provimento em comissão, função gratificada, cargos de direção e assessoramento:
é o meu voto.

Sendo assim, é inconstitucional em relação aos ocupantes de cargos efetivos eis que normas inibitórias do
nepotismo não têm como campo próprio de incidência os cargos efetivos sob pena de violação ao concurso
público.

STF/Súmula Vinculante 13
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o
terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em
cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança
ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações
recíprocas, viola a Constituição Federal. (Vedação ao Nepotismo)
- A vedação ao nepotismo não alcança a nomeação para cargos políticos.
Fonte: MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. São Paulo, SP: Malheiros, 2013.

STF/RE 579.951
A vedação ao nepotismo não exige a edição de lei formal para coibir a prática, dado que essa proibição
decorre diretamente dos princípios contidos no art. 37, caput, da Constituição Federal.

STF/RE 570.392
Leis que tratam dos casos de vedação a nepotismo não são de iniciativa exclusiva do Chefe do Poder
Executivo.

STF/Rcl 28.024 AgR


1. O Supremo Tribunal Federal tem afastado a aplicação da Súmula Vinculante 13 a cargos públicos de
natureza política, ressalvados os casos de inequívoca falta de razoabilidade, por manifesta ausência de
qualificação técnica ou inidoneidade moral. Precedentes.

2. Não há nos autos qualquer elemento que demonstre a ausência de razoabilidade da nomeação.

Gabarito: Letra E.
(CESPE/MPE-AP/2021)
08) Com relação aos princípios da administração pública, assinale a opção correta.
A) Em observância à autonomia da vontade, respeitada a prevalência do interesse público, os acordos entre
particulares e a administração pública afastam a incidência de normas de direito público.
B) Na doutrina, prevalece o entendimento de que a falta de publicação dos atos administrativos não impede que
eles adquiram eficácia, embora o agente público responsável por essa omissão possa responder por ato de
improbidade administrativa.
C) O princípio da eficiência foi introduzido na Constituição Federal de 1988 como parte do esforço para a reforma
gerencial da administração pública.
D) O princípio da impessoalidade não impede que um agente público eleito insira, em propaganda oficial da
administração pública, o slogan da sua candidatura ou do seu partido, porquanto esses dizeres se referem ao
projeto político vencedor das eleições.
E) A moralidade administrativa não se distingue da moralidade comum, porquanto a sua preocupação central é a
distinção entre o bem e o mal.
Comentário:

Letra A: Errada.

@Quebrandoquestões

47/433
Regime Jurídico Administrativo – Questões Comentadas

Os acordos entre particulares e a administração pública não afastam a incidência das normas de direito público.
Podemos citar como exemplo os contratos administrativos que são acordos celebrados entre a Administração
Pública e os Particulares seguindo normas de direito público.

Letra B: Errada.

Na doutrina, prevalece o entendimento de que a falta de publicação dos atos administrativos, em regra, impede
que eles adquiram eficácia.

Princípio da Publicidade
- O princípio da publicidade exige a ampla divulgação dos atos praticados pela Administração Pública,
ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas em lei.
- O princípio da publicidade tem por finalidade estabelecer a:
* Publicação do ato como requisito para começar a gerar seus efeitos (eficácia), ou seja, não é um
requisito de validade do ato, mas sim de eficácia;
* Transparência da Administração Pública em seus atos para o controle pelos administrados.
OBS: Não é necessária a publicação de todos os atos para a ocorrência da eficácia, mas apenas aqueles
que produzem efeitos gerais (alcançam destinatários indeterminados) e externos (alcançam a
população em geral);
- CF/88, Art. 37, § 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública
direta e indireta, regulando especialmente:
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo,
observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;
- CF/88, Art. 5º, XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do
Estado;
OBS: O princípio da publicidade não é absoluto, tendo exceções;
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de
poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de
situações de interesse pessoal;

Letra C: Correta.

Princípio da Eficiência
- Trata-se do princípio que exige dos agentes públicos a busca por melhores resultados com o menor
custo e tempo possível.
- Incluído pela EC 19/98 devido à reforma gerencial com a implementação do Plano Diretor da Reforma
do Aparelho do Estado;
- Nos estudos da doutrinadora DI PIETRO, o princípio da eficiência pode ser levado em consideração à
atuação do agente público, sendo esperado que este preste o seu serviço da melhor forma possível, com
um alto desempenho para obter bons resultados. Além disso, tal princípio está diretamente relacionado ao
modo de organização, estrutura e disciplina do Poder Público visando atingir resultados na
prestação do serviço público.
- CF/88, Art. 37, § 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública
direta e indireta, regulando especialmente:
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção
de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos
serviços;
- CF/88, Art. 41, § 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar,
assegurada ampla defesa.

Letra D: Errada.

Princípio da Impessoalidade
- É o princípio que busca a finalidade pública, procurando tratar todos os administrados de forma

@Quebrandoquestões

48/433
Regime Jurídico Administrativo – Questões Comentadas

isonômica, sendo vedada a promoção pessoal.


- Desdobra-se em 04 princípios:
* Princípio da Finalidade;
* Princípio da Igualdade ou Isonomia;
* Vedação de Promoção Pessoal;
* Impedimento e Suspeição.
Vedação de Promoção Pessoal
É vedada a promoção pessoal do agente público, pois estes atuam em nome do Estado.
- CF/88, Art. 37, § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos
deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes,
símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
OBS: A promoção pessoal fere também os princípios da legalidade e moralidade.

Letra E: Errada.

Princípio da Moralidade
- Expresso na CF/88;
- O agente público deve seguir uma conduta ética, devendo respeitar não só a legalidade, mas também
a moralidade administrativa, os bons costumes, a honestidade e as regras do poder público.
- CF/88, Art. 37, § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos
políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na
forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
- CF/88,Art. 14, § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua
cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato
considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a
influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração
direta ou indireta.
- CF/88, Art. 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao
meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas
judiciais e do ônus da sucumbência;
- Mesmo que o ato praticado pelo agente esteja em conformidade com a lei, caso ofenda a moral, os
princípios de justiça e de equidade, a ideia de honestidade, estará ocorrendo ofensa não só ao princípio
da moralidade administrativa, como também ao da impessoalidade, igualdade e eficiência, devendo
este ato ser anulado.
- O STF entende que é vedado o nepotismo na administração pública vindo o fundamento diretamente
da CF, sem necessidade de lei específica.
- Nos cargos de natureza política, não existirá o nepotismo, quando o nomeado realmente possuir
capacidade técnica para o cargo. Caso contrário, ou seja, a pessoa nomeada para o cargo de natureza
política não possua capacidade técnica, demonstrando assim a troca de favores, não será possível a
nomeação.
- A doutrina entende que a imoralidade surge do conteúdo (objeto) do ato. Com isso, um ato pode ser
considerado imoral, mesmo sem o agente ter a intenção de cometer a imoralidade.

Gabarito: Letra C.
(CESPE/PC-DF/2021)
09) Com base no disposto na Constituição Federal de 1988, julgue o item seguinte.
Em processo administrativo disciplinar, a falta de defesa técnica, por advogado, configura desrespeito aos
princípios do contraditório e da ampla defesa.
Comentário:

STF/Súmula Vinculante 05
A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.

Gabarito: Errado.
(CESPE/SEFAZ-CE/2021)
10) Com base no disposto na Constituição Federal de 1988, julgue o item seguinte.
A divulgação de nomes e vencimentos pecuniários de servidores públicos civis em sítio eletrônico da
administração pública correspondente viola o princípio da publicidade.

@Quebrandoquestões

49/433
Regime Jurídico Administrativo – Questões Comentadas

Comentário:

STF/RE 652.777
É legítima a publicação, inclusive site eletrônico mantido pela Administração Pública, do nome de
servidores e de valores dos correspondentes vencimentos e vantagens pecuniárias.

Gabarito: Errado.
(CESPE/SEFAZ-CE/2021)
11) Julgue o item a seguir, a respeito dos atos administrativos e dos poderes da administração pública.
O instituto da convalidação dos atos administrativos é consequência natural do princípio da autotutela.
Comentário:

Conforme Bandeira de Mello, a convalidação representa a manifestação do princípio da autotutela. No entanto,


grande parte da doutrina considera apenas a revogação e a anulação como consequência natural do princípio da
autotutela.

Princípio da Autotutela
- Estabelece que a Administração pública possa corrigir seus próprios atos, podendo anulá-los quando
ilegais ou revogá-los por serem inconvenientes ou inoportunos (Mérito).
- Esse princípio estabelece que a administração possua poder de zelar pelos bens que integram seu
próprio patrimônio;
- O princípio da autotutela estabelece que a Administração Pública possa de ofício, anular seus próprios
atos, independente de provocação. Porém, o controle da Administração não afasta o controle do
Poder Judiciário em relação à legalidade.
OBS: O Poder Judiciário, mediante provocação, poderá anular um ato ilegal de outro poder, porém não
poderá revogar um ato válido, ou seja, o judiciário não pode analisar o mérito administrativo de outro
poder, mas apenas a legalidade e legitimidade.
STF/Súmula 346
A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.
STF/Súmula 473
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque
deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados
os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
- Lei 9.784/99, Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos.

Gabarito: Correto.
(FGV/TJ-PR/2021)
12) Antônio exerceu o cargo eletivo de Vereador junto ao Legislativo municipal durante dezesseis anos. No
Município em análise, existe lei municipal dispondo que a pessoa que tiver exercido o cargo de Vereador
durante quatro Legislaturas ou dezesseis anos de vereança faz jus, a título de pensão, após o término do
mandato, a um subsídio mensal e vitalício igual parte fixa da remuneração dos membros da edilidade. No
caso em tela, de acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal, a mencionada lei municipal:
A) não é harmônica com a Constituição da República de 1988, pois configura tratamento privilegiado em favor de
ex-membro do Legislativo municipal, que não mais é agente político, com violação aos princípios da moralidade e
da isonomia;
B) não é harmônica com a Constituição da República de 1988, pois os ocupantes de cargos eletivos não
contribuem com qualquer regime de previdência social durante seus mandatos, pela natureza da função exercida;
C) é harmônica com a Constituição da República de 1988, desde que o valor a ser pago seja proporcional ao
tempo de contribuição e o valor a ser pago a título de pensão seja oriundo do regime próprio de previdência social;
D) é harmônica com a Constituição da República de 1988, desde que o valor a ser pago a título de pensão
previsto em lei seja oriundo do regime próprio de previdência social, diante da natureza do cargo eletivo ocupado
pelo Vereador;
E) é harmônica com a Constituição da República de 1988, desde que o valor a ser pago a título de pensão seja
oriundo do regime geral de previdência social, pois ocupante de cargo eletivo não se sujeita a regime próprio de
previdência social.
Comentário:

@Quebrandoquestões

50/433
Regime Jurídico Administrativo – Questões Comentadas

STF/RE 638.307/MS
Subsídio vitalício e pensão por morte de ex-vereador

Lei municipal a versar a percepção, mensal e vitalícia, de “subsídio” por ex-vereador e a consequente
pensão em caso de morte não é harmônica com a Constituição Federal de 1988.

Essa é a tese do Tema 672 da Repercussão Geral fixada, por unanimidade, pelo Plenário ao negar
provimento a recurso extraordinário, declarando a não recepção, pela Constituição Federal de 1988, da Lei
907/1984, do Município de Corumbá.

Gabarito: Letra A.
(CESPE/MPE-SC/2021)
13) Acerca do tratamento conferido pela Constituição Federal de 1988 (CF) à administração pública direta e
indireta e aos seus agentes, julgue o item a seguir.
A publicidade dos atos praticados pelo agente público, no exercício de suas atribuições, para fins de promoção
individual é vedada pela CF, em razão da natureza institucional da atuação administrativa do agente público.
Comentário:

Princípio da Impessoalidade
- É o princípio que busca a finalidade pública, procurando tratar todos os administrados de forma
isonômica, sendo vedada a promoção pessoal.
- Desdobra-se em 04 princípios:
* Princípio da Finalidade;
* Princípio da Igualdade ou Isonomia;
* Vedação de Promoção Pessoal;
* Impedimento e Suspeição.
Vedação de Promoção Pessoal
É vedada a promoção pessoal do agente público, pois estes atuam em nome do Estado.
- CF/88, Art. 37, § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos
deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes,
símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
OBS: A promoção pessoal fere também os princípios da legalidade e moralidade.

Gabarito: Correto.
(CESPE/MPE-SC/2021)
14) Julgue o item a seguir, acerca de direito administrativo.
Em matéria de controle administrativo, os termos tutela e autotutela não se confundem. O primeiro refere-se ao
controle que a administração direta exerce sobre a administração indireta. Já a autotutela corresponde ao poder
que a administração tem de rever seus próprios atos para revogá-los ou anulá-los.
Comentário:

Princípio do Controle ou da Tutela


- Estabelece que a Administração Direta (entidades políticas) deve manter o controle (controle finalístico)
das entidades da administração indireta para que estas continuem exercendo suas finalidades
estabelecidas quando criadas.
-Apesar de não existir hierarquia entre a Administração Direta e a indireta, existe a possibilidade de
controle da entidade política para garantir o princípio da especialidade que estabelece a criação da
entidade administrativa para atuar em determinada finalidade específica.

Princípio da Autotutela
- Estabelece que a Administração pública possa corrigir seus próprios atos, podendo anulá-los quando
ilegais ou revogá-los por serem inconvenientes ou inoportunos (Mérito).
- Esse princípio estabelece que a administração possua poder de zelar pelos bens que integram seu
próprio patrimônio;
- O princípio da autotutela estabelece que a Administração Pública possa de ofício, anular seus próprios
atos, independente de provocação. Porém, o controle da Administração não afasta o controle do
Poder Judiciário em relação à legalidade.
OBS: O Poder Judiciário, mediante provocação, poderá anular um ato ilegal de outro poder, porém não
poderá revogar um ato válido, ou seja, o judiciário não pode analisar o mérito administrativo de outro

@Quebrandoquestões

51/433
Regime Jurídico Administrativo – Questões Comentadas

poder, mas apenas a legalidade e legitimidade.


STF/Súmula 346
A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.
STF/Súmula 473
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque
deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados
os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
- Lei 9.784/99, Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos.

Gabarito: Correto.
(CESPE/PC-AL/2021)
15) Os agentes de polícia do estado de Alagoas, no exercício de sua função, devem comedir a aplicação
do uso de força em suas abordagens e ações, buscando agir de maneira adequada, sem extrapolar os
limites legais impostos ao exercício do poder que lhes é conferido. Acerca do uso e do abuso de poder,
julgue o item que se segue.
Quando há convalidação da conduta abusiva na esfera administrativa, é exercido o poder de autotutela, em que a
própria administração pode reavaliar o mérito do ato administrativo.
Comentário:

Convalidação
A convalidação de um ato administrativo é o processo de que se vale a Administração para aproveitar atos
administrativos com vícios superáveis ou sanáveis, de forma a confirmá-los no todo ou em parte.
O aproveitamento dos atos administrativos que apresentem vícios pode se dar por meio de convalidação
que é:
* Aplicável aos atos discricionários e vinculados;
* Feita pela Administração Pública não se deslocando para o Judiciário;
* Considerada um vício sanável para os elementos: forma e competência;
* Inaplicável a atos que tenham exaurido seus efeitos, não produzindo qualquer efeito a sua
convalidação.
A convalidação de um ato administrativo enseja a edição de novo ato administrativo, que produz efeitos
desde a data em que foi editado o ato viciado, salvo disposição expressa em sentido contrário.
A convalidação de um ato administrativo somente é possível para os chamados atos anuláveis.
A convalidação de um ato administrativo é a supressão do vício existente em ato ilegal, com efeitos
retroativos à data em que este foi praticado.
A convalidação de um ato administrativo nem sempre é possível, sendo inviável, por exemplo, quando
presente vício relacionado à finalidade do ato.
A convalidação de um ato administrativo alcança atos que apresentem defeitos sanáveis, desde que não
acarrete lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros.
Um exemplo de convalidação de um ato administrativo é o saneamento do vício de competência por meio
da ratificação do ato pela autoridade competente.
O ato administrativo praticado por autoridade incompetente pode ser convalidado.
OBS: Saneamento: Convalidação feita por ato de terceiro.
Quando a Forma for essencial e ocorrer o vício, não será possível convalidá-la.
Quando a competência for exclusiva ou em relação à matéria, não será possível convalidá-la.

Princípio da Autotutela
- Estabelece que a Administração pública possa corrigir seus próprios atos, podendo anulá-los quando
ilegais ou revogá-los por serem inconvenientes ou inoportunos (Mérito).
- Esse princípio estabelece que a administração possua poder de zelar pelos bens que integram seu
próprio patrimônio;
- O princípio da autotutela estabelece que a Administração Pública possa de ofício, anular seus próprios
atos, independente de provocação. Porém, o controle da Administração não afasta o controle do
Poder Judiciário em relação à legalidade.
OBS: O Poder Judiciário, mediante provocação, poderá anular um ato ilegal de outro poder, porém não
poderá revogar um ato válido, ou seja, o judiciário não pode analisar o mérito administrativo de outro
poder, mas apenas a legalidade e legitimidade.
STF/Súmula 346

@Quebrandoquestões

52/433
Regime Jurídico Administrativo – Questões Comentadas

A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.


STF/Súmula 473
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque
deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados
os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
- Lei 9.784/99, Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos.

Gabarito: Correto.
(FGV/FUNSAÚDE-CE/2021)
16) O tratamento igualitário e a prestação de contas à população são considerados fundamentais nos atos
da administração pública, derivando, respectivamente, dos princípios
A) da legalidade e da constitucionalidade.
B) da impessoalidade e da publicidade.
C) da moralidade e da eficiência.
D) da veracidade e da relevância.
E) da transparência e da regularidade.
Comentário:

Tratamento Igualitário = Impessoalidade.

Prestação de Contas à população = Publicidade.

Gabarito: Letra B.

@Quebrandoquestões

53/433
Organização da Administração Pública

@Quebrandoquestões

54/433
Organização da Administração Pública – Questões Comentadas

(CESPE/CODEVASF/2021)
01) Julgue o item que se segue, a respeito do Estado brasileiro e da sua organização.
São exemplos de entidades integrantes da administração pública indireta as agências reguladoras, as sociedades
de economia mista e as organizações sociais.
Comentário:

Agências Reguladoras: Fazem parte da Administração Indireta, sendo autarquias especiais.

Sociedades de Economia Mista: Administração Indireta.

Organizações Sociais: Entidades do Terceiro Setor. Não fazem parte da Administração Indireta.

Administração Pública
Administração Direta
Formada por Entidades Políticas - União / Estados / Distrito Federal / Municípios;
Composta por Órgãos públicos que não possuem personalidade jurídica.
Ex: Ministérios, Secretarias, gabinetes, Policia Civil, Militar, Federal, Rodoviária Federal.
Qualquer entidade política pode descentralizar, criando entidades administrativas da administração
indireta ou firmando contratos com entidades particulares.
Possuem autonomia política, tendo capacidade de legislar, ou seja, produzir lei em sentido formal, tanto
em lato (amplo), quanto em strictu senso.
Administração Indireta
As entidades da administração indireta são formadas por:
Autarquias: Personalidade Jurídica de direito público.
Fundações Públicas: Personalidade Jurídica de direito público ou Privado.
Sociedade de Economia Mista: Personalidade Jurídica de direito Privado.
Empresa Pública: Personalidade Jurídica de direito Privado.
Formada por Entidades Administrativas dotadas de personalidade jurídica própria.
Universidades Públicas normalmente são autarquias ou fundações;
Agência reguladora é uma espécie de autarquia em regime especial.
Não possuem autonomia política, porém podem produzir normas jurídicas em sentido amplo.

Gabarito: Errado.
(CESPE/CODEVASF/2021)
02) Com relação ao direito administrativo, julgue o item a seguir.
Se entes da federação celebrarem consórcio público para realização de determinado objetivo de interesse comum,
esse consórcio passará a integrar a administração indireta dos entes envolvidos, seja qual for a personalidade
jurídica adquirida.
Comentário:

Se for personalidade jurídica de direito público, integra a administração indireta.

Lei 11.107/05. Art. 6º O consórcio público adquirirá personalidade jurídica:

I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de ratificação do
protocolo de intenções;

II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil.

Consórcio Público
Pode ser pessoa jurídica de direito público (Associações Públicas) ou privada (Associação Civil).
Contrato administrativo multilateral entre entidades federativas (U/E/DF/M) com objetivos de interesses
comuns;
Sendo Associações Públicas, integram a Administração Indireta.

§ 1º O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a administração indireta de
todos os entes da Federação consorciados.

Gabarito: Errado.

@Quebrandoquestões

55/433
Organização da Administração Pública – Questões Comentadas

(CESPE/TCE-RJ/2021)
03) No que se refere a compliance e à composição do conselho de administração e da diretoria de
empresas estatais, julgue o item subsequente.
É vedada a indicação de dirigente estatutário de partido político para atuar no conselho de administração ou na
diretoria de uma estatal.
Comentário:

Lei 13.303/16. Art. 17. Os membros do Conselho de Administração e os indicados para os cargos de diretor,
inclusive presidente, diretor-geral e diretor-presidente, serão escolhidos entre cidadãos de reputação ilibada e de
notório conhecimento, devendo ser atendidos, alternativamente, um dos requisitos das alíneas “a”, “b” e “c” do
inciso I e, cumulativamente, os requisitos dos incisos II e III:

§ 2º É vedada a indicação, para o Conselho de Administração e para a diretoria:

I - de representante do órgão regulador ao qual a empresa pública ou a sociedade de economia mista está
sujeita, de Ministro de Estado, de Secretário de Estado, de Secretário Municipal, de titular de cargo, sem
vínculo permanente com o serviço público, de natureza especial ou de direção e assessoramento superior na
administração pública, de dirigente estatutário de partido político e de titular de mandato no Poder Legislativo de
qualquer ente da federação, ainda que licenciados do cargo;

II - de pessoa que atuou, nos últimos 36 (trinta e seis) meses, como participante de estrutura decisória de
partido político ou em trabalho vinculado a organização, estruturação e realização de campanha eleitoral;

III - de pessoa que exerça cargo em organização sindical;

IV - de pessoa que tenha firmado contrato ou parceria, como fornecedor ou comprador, demandante ou
ofertante, de bens ou serviços de qualquer natureza, com a pessoa político-administrativa controladora da
empresa pública ou da sociedade de economia mista ou com a própria empresa ou sociedade em período
inferior a 3 (três) anos antes da data de nomeação;

V - de pessoa que tenha ou possa ter qualquer forma de conflito de interesse com a pessoa político-
administrativa controladora da empresa pública ou da sociedade de economia mista ou com a própria
empresa ou sociedade.

Gabarito: Correto.
(CESPE/TCE-RJ/2021)
04) No que se refere a compliance e à composição do conselho de administração e da diretoria de
empresas estatais, julgue o item subsequente.
Serviços sociais autônomos são pessoas jurídicas de direito privado, com ou sem fim econômico, criadas por lei
para desempenhar certas atividades, integrando a administração pública indireta.
Comentário:

Entidades do Sistema S
Conhecidas como Serviços Sociais Autônomos;
Pessoas Jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, criadas por lei;
São entidades paraestatais;
Prestam atividades de interesse público voltadas para categorias sociais ou profissionais;
Não fazem parte da Administração Direta e nem da Indireta;
Recebem recursos públicos;
Podem se manter por recursos orçamentários ou contribuições parafiscais;
Não estão obrigadas a licitar;
O regime de pessoal é o celetista;
São submetidas a supervisão ministerial;
Não estão submetidas à exigência de concurso público para a contratação de pessoal.
Ex: SESI,SESC,SENAC,SENAI,SEBRAE.

Gabarito: Errado.
(CESPE/TCE-RJ/2021)

@Quebrandoquestões

56/433
Organização da Administração Pública – Questões Comentadas

05) No que se refere a compliance e à adoção de mecanismos de controle das estatais, julgue o item
seguinte.
As estatais devem observar regras de governança corporativa, de composição da administração e, havendo
acionistas, mecanismos para sua proteção.
Comentário:

Lei 13.303/16. Art. 6º O estatuto da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias
deverá observar regras de governança corporativa, de transparência e de estruturas, práticas de gestão de
riscos e de controle interno, composição da administração e, havendo acionistas, mecanismos para sua
proteção, todos constantes desta Lei.

Gabarito: Correto.
(CESPE/TCE-RJ/2021)
06) No que se refere a compliance e à adoção de mecanismos de controle das estatais, julgue o item
seguinte.
As estatais devem observar requisitos de transparência, tais como elaboração de políticas de divulgação de
informações, distribuição de dividendos e de transações com partes relacionadas.
Comentário:

Lei 13.303/16. Art. 8º As empresas públicas e as sociedades de economia mista deverão observar, no mínimo, os
seguintes requisitos de transparência:

III - divulgação tempestiva e atualizada de informações relevantes, em especial as relativas a atividades


desenvolvidas, estrutura de controle, fatores de risco, dados econômico-financeiros, comentários dos
administradores sobre o desempenho, políticas e práticas de governança corporativa e descrição da composição e
da remuneração da administração;

V - elaboração de política de distribuição de dividendos, à luz do interesse público que justificou a criação da
empresa pública ou da sociedade de economia mista;

VII - elaboração e divulgação da política de transações com partes relacionadas, em conformidade com os
requisitos de competitividade, conformidade, transparência, equidade e comutatividade, que deverá ser revista,
no mínimo, anualmente e aprovada pelo Conselho de Administração;

Gabarito: Correto.
(CESPE/TCE-RJ/2021)
07) Com relação a aspectos constitucionais, legais, doutrinários e jurisprudenciais do direito financeiro,
julgue o item subsequente.
A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE), sociedade de economia mista prestadora
de serviços públicos de saneamento em caráter não concorrencial no estado do Rio de Janeiro, é submetida ao
regime de precatórios.
Comentário:

STF/ADPF 556
1. Não autoriza análise de ato questionado por arguição de descumprimento de preceito fundamental quando
se cuidar de ofensa reflexa a preceitos fundamentais. Precedentes.

2. A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte – CAERN é sociedade de economia mista,
prestadora de serviço público em regime não concorrencial e sem intuito primário de lucro: aplicação
do regime de precatórios (art. 100 da Constituição da República). Precedentes.

3. Decisões judiciais de bloqueio, penhora, aresto e outras formas de constrição do patrimônio público de
empresa estatal prestadora de serviço público em regime não concorrencial: ofensa à legalidade
orçamentária (inc. VI do art. 167 da Constituição), à separação funcional de poderes (art. 2º da Constituição)
e à continuidade da prestação dos serviços públicos (art. 175 da Constituição). Precedentes.

4. Arguição parcialmente conhecida e, nesta parte, julgada procedente para determinar a suspensão das
decisões judiciais que promoveram constrições patrimoniais por bloqueio, penhora, arresto, sequestro e
determinar a sujeição ao regime de precatórios à Companhia de Água e Esgoto do Rio Grande do Norte –
CAERN.

@Quebrandoquestões

57/433
Organização da Administração Pública – Questões Comentadas

Gabarito: Correto.
(CESPE/TC-DF/2021)
08) Acerca de sistemas administrativos, de administração pública e de organização administrativa do
Estado, julgue o item a seguir.
Em sentido estrito, a administração pública compreende os órgãos administrativos e governamentais que
desempenhem as funções administrativa e política.
Comentário:

Administração Pública
- Existem dois conceitos em relação à Administração Pública:

* Administração Pública em Sentido Estrito;

* Administração Pública em Sentido Amplo.


Administração Pública em Sentido Estrito Administração Pública em Sentido Amplo
Trata-se apenas dos órgãos e entidades que Abarca os atos de governo que são exercidos pelos
praticam funções administrativas, sem ter atos de órgãos com função política, assim como os
governo. órgãos que exercem função administrativa, ou
seja, que executam os planos de governo;

Gabarito: Errado.
(CESPE/TC-DF/2021)
09) Acerca de sistemas administrativos, de administração pública e de organização administrativa do
Estado, julgue o item a seguir.
Embora apresentem diferenças, as teorias do mandato, da representação e do órgão têm como traço comum a
imputação da vontade do órgão público à pessoa jurídica em que aquele se encontra inserido.
Comentário:

Não há essa semelhança como a questão apresenta.

Teoria do Mandato
Atuação do agente público por meio da celebração de contrato de mandato entre o Estado e o próprio
agente.

Teoria da Representação
O agente público é representante do Estado por força de lei; A teoria da representação possui como
característica a tentativa de equiparação da pessoa jurídica a incapaz, sendo o agente uma espécie de
tutor ou curador do Estado.

Teoria do Órgão
Estabelece que as atividades exercidas pelos órgãos e agentes são consideradas vontades e ações da
própria entidade (política ou administrativa), desta forma a entidade (política ou administrativa) é a
responsável por qualquer ato ou exercício dos organismos (órgãos e agentes) que lhe integram.
De acordo com a teoria da imputação, atualmente adotada no ordenamento jurídico brasileiro, a
manifestação de vontade de pessoa jurídica dá-se por meio dos órgãos públicos, ou seja, conforme essa
teoria, quando o agente do órgão manifesta sua vontade, a atuação é atribuída ao Estado.
Foi o jurista alemão Otto Gierke quem estabeleceu as linhas mestras da teoria do órgão e indicou como sua
principal característica o princípio da imputação volitiva.
As ações dos entes políticos - como União, estados, municípios e DF - concretizam-se por intermédio de
pessoas físicas, e, segundo a teoria do órgão, os atos praticados por meio desses agentes públicos devem
ser imputados à pessoa jurídica de direito público a que pertencem.

Gabarito: Errado.
(CESPE/PRF/2021)
10) Determinado órgão público firmou contrato administrativo com uma empresa de reconhecida
especialização no mercado, para a prestação de serviços de treinamento de pessoal de natureza singular
aos seus servidores. Durante a execução do contrato, a empresa descumpriu uma das cláusulas
contratuais. A administração pública, então, aplicou multa por inexecução parcial do acordado.

@Quebrandoquestões

58/433
Organização da Administração Pública – Questões Comentadas

Insatisfeita, a empresa impetrou mandado de segurança no Poder Judiciário em face do ato administrativo
que aplicara a penalidade sem prévia oitiva.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item que se segue.
Órgão público é ente descentralizado da administração indireta que possui personalidade jurídica de direito
público.
Comentário:

DesCOncentração DesCEntralização
Criação de Órgãos Criação de Entidades

Desconcentração
É a distribuição de competências dentro de uma mesma entidade (política ou administrativa – ambiente
interno) por meio dos seus órgãos, mantendo-se uma hierarquia.

Conceito de Órgão
Lei 9.784/99, Art. 1º, § 2º Para os fins desta Lei, consideram-se:
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da
Administração indireta;
Segundo Helly Lopes Meirelles¹, os órgãos Públicos são centros de competências instituídos para
desempenhar funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é destinada à pessoa jurídica a
que pertencem.
Fonte¹: MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 32. ed. São Paulo: Malheiros, 2006. p.67.
Características dos Órgãos
- Surgem da desconcentração;
- Integram a estrutura de uma pessoa jurídica;
- Não possuem patrimônio próprio;
- Só podem ser extintos ou criados por lei conforme o Art.49,XI, CF/88;
- Podem firmar contrato de gestão nos termos do artigo 37, § 8º CF.;
- Não possuem personalidade jurídica própria;
- Não possuem capacidade processual, ou seja, não podem estar em juízo (REGRA)*;
- Conforme o STF, a iniciativa de lei para a criação ou extinção de órgão da administração pública é
privativa do chefe do executivo em todos os entes federativos.
* O M.P é um órgão que possui capacidade processual ativa podendo propor ações preventivas de
acordo com o Art.129, CF/88. (Exceção)
* Alguns órgãos (independentes ou autônomos) têm o direito de ajuizar ações para defender suas
competências quando violadas por terceiros. Trata-se da “CAPACIDADE PROCESSUAL
EXCEPCIONAL”. (Exceção)

(CESPE/MPE-PI/2018) A existência de órgãos públicos que realizem atribuições predeterminadas, originárias da


própria administração pública, caracteriza um processo de desconcentração administrativa. (Gabarito: Correto.)

Gabarito: Errado.
(CESPE/APEX Brasil/2021)
11) Julgue os itens a seguir, acerca dos serviços sociais autônomos.

I Os serviços sociais autônomos são pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos que, embora
criadas por lei, não integram a administração pública direta nem indireta.

II Os serviços desempenhados pelas entidades do Sistema S são de utilidade pública e, portanto, devem
observar os princípios da administração pública, entre os quais o da continuidade.

III As contribuições arrecadadas pelo Sistema S têm caráter obrigatório e, por isso, são alvo do controle
exercido pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Assinale a opção correta.
A) Apenas o item I está certo.
B) Apenas o item II está certo.
C) Apenas os itens I e III estão certos.
D) Apenas os itens II e III estão certos.
Comentário:

@Quebrandoquestões

59/433
Organização da Administração Pública – Questões Comentadas

Item I: Correto.

São entidades do Terceiro Setor.

Entidades do Sistema S
Conhecidas como Serviços Sociais Autônomos;
Pessoas Jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, criadas por lei;
São entidades paraestatais;
Prestam atividades de interesse público voltadas para categorias sociais ou profissionais;
Não fazem parte da Administração Direta e nem da Indireta;
Recebem recursos públicos;
Podem se manter por recursos orçamentários ou contribuições parafiscais;
Não estão obrigadas a licitar;
O regime de pessoal é o celetista;
São submetidas a supervisão ministerial;
Não estão submetidas à exigência de concurso público para a contratação de pessoal.
Ex: SESI,SESC,SENAC,SENAI,SEBRAE.

Item II: Errado.

Conforme entendimento doutrinário: Os serviços desempenhados pelo Sistema S não são essenciais e, por isso,
não precisam seguir às mesmas exigências do serviço público propriamente dito, como respeitar o princípio da
continuidade. A atividade privada de interesse público traz benefícios a certas categoriais profissionais que
auxiliam no bem-estar dos indivíduos e, por isso, não deixa de ter caráter público.

Item III: Correto.

STF/RE 789.874
Os serviços sociais autônomos integrantes do denominado Sistema “S”, vinculados a entidades patronais de
grau superior e patrocinados basicamente por recursos recolhidos do próprio setor produtivo beneficiado,
ostentam natureza de pessoa jurídica de direito privado e não integram a Administração Pública, embora
colaborem com ela na execução de atividades de relevante significado social. Tanto a Constituição Federal
de 1988, como a correspondente legislação de regência (como a Lei 8.706/93, que criou o Serviço Social do
Trabalho SEST) asseguram autonomia administrativa a essas entidades, sujeitas, formalmente, apenas ao
controle finalístico, pelo Tribunal de Contas, da aplicação dos recursos recebidos. Presentes essas
características, não estão submetidas à exigência de concurso público para a contratação de pessoal, nos
moldes do art. 37, II, da Constituição Federal.

Gabarito: Letra C.
(FGV/IMBEL/2021)
12) A respeito do regime jurídico da Indústria de Material Bélico do Brasil – IMBEL, empresa pública
federal, assinale a afirmativa correta.
A) Não se submete ao poder hierárquico da União, mas sofre o controle finalístico pelo Ministério da Defesa.
B) Foi criada e pode ser extinta por lei específica, não havendo necessidade de lei para criação de empresas
subsidiárias.
C) Não se submete à fiscalização contábil, financeira e orçamentária exercida pelo Tribunal de Contas da União.
D) Possui capital misto, parte público e parte privada, com maioria do capital votante nas mãos do poder público e
tem forma obrigatória de sociedade anônima.
E) Contrata seus servidores, que são estatutários, mediante aprovação prévia em concurso público de provas ou
de provas e títulos, para provimento de cargos efetivos.
Comentário:

Letra A: Correto.

As entidades da Administração Indireta possuem vínculo com os entes políticos que as criaram. Sendo assim, não
há hierarquia, mas sim um controle finalístico ou de tutela.

Letra B: Errada.

@Quebrandoquestões

60/433
Organização da Administração Pública – Questões Comentadas

Empresa Pública: Criada por autorização de Lei Específica.

Autarquia: Criada por Lei Específica.

XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de
sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de
sua atuação;

CF/88. Art. 37. XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades
mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;

Letra C: Errada.

As EP e SEM estão sujeitas à fiscalização do Tribunal de Contas (Controle Externo) e dos órgãos do sistema
de controle interno.

Letra D: Errada.

Trata-se de uma característica das Sociedades de Economia Mista.

Diferenças entre EP e SEM


Empresas Públicas Sociedades de Economia Mista
Qualquer forma jurídica admitida em Forma de Sociedade Anônima,
Forma Jurídica
direito. Ex: Unipessoal, Pluripessoal, S/A. apenas.
Participação de capital público e
Capital totalmente público, não sendo
privado. É possível Maioria do capital
preciso que o capital seja apenas de uma
Composição do social está em posse de investidores
entidade política ou administrativa,
Capital privados. No entanto, mais da metade
podendo ser de várias (União, Autarquias,
das ações com DIREITO A VOTO
EP, SEM).
devem ser de direito público.
Empresas Públicas Federais EPs Estaduais e Municipais
Foro na Justiça Federal. Foro na Justiça Estadual.
Foro Processual SEM (União intervém como
Sociedades de Economia Mista
assistente ou oponente)
Foro na Justiça Estadual (Regra) Foro na Justiça Federal

Letra E: Errada.

O regime de pessoal é de emprego público, sendo regido pela CLT, tendo um vínculo de contrato de trabalho
(bilateral);

Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista


Semelhanças
Entidades administrativas integrantes da Administração Indireta;
Pessoas Jurídicas de Direito Privado;
Podem atuar na área de exploração de atividades econômicas, quando necessária aos imperativos de
segurança nacional ou a relevante interesse coletivo (regra); ou na área de serviços públicos.
Lei específica autoriza a criação e extinção;
Após a autorização por lei para a criação, a empresa pública ou sociedade de economia mista nascem
definitivamente quando registrado, em órgão competente, o seu ato constitutivo.
Possuem vinculação com o ente que as criaram (Controle de Tutela);
Há a possibilidade de aplicação tanto de regras do direito público, quanto do direito privado.
Criadas para exercerem certa finalidade específica; (Princípio da Especialidade).
Regime jurídico híbrido com normas de direito privado, em certas situações, e normas de direito público
em outras.
Em regra, seus bens são privados, não possuindo prerrogativas como a impenhorabilidade e a
imprescritibilidade, porém, em se tratando bens de EP e SEM que prestem serviços públicos (Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos), tais entidades gozam dos mesmos benefícios dos bens públicos.

@Quebrandoquestões

61/433
Organização da Administração Pública – Questões Comentadas

Em se tratando de empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem atividades


econômicas, estas terão um predomínio maior das normas do direito privado, sendo as normas de
direito públicos aplicadas apenas quando apresentadas expressa ou implicitamente na CF/88.
Em se tratando de empresas públicas e sociedades de economia mista que prestem serviços públicos,
existe o predomínio das normas de direito público.
A imunidade tributária não se aplica as empresas públicas e sociedades de economia mista que exploram
atividades econômicas, sendo aplicável apenas àquelas que prestam serviços públicos, inclusive suas
subsidiárias.
O regime de pessoal é de emprego público, sendo regido pela CLT, tendo um vínculo de contrato de
trabalho (bilateral);
A contratação de pessoal é feita mediante concursos públicos (Predomínio de normas de Direito Público);
Os empregados públicos não têm direito à estabilidade;
O STF entende que a dispensa dos empregadores públicos deverá ser motivada no caso de empresas
públicas e sociedades de economia mista que prestam serviços públicos (Não existe um entendimento em
relação às exploradores de atividade econômica), respeitados os princípios da moralidade e da isonomia.
A acumulação remunerada de cargos, empregos e funções, em regra, é vedada aos empregados públicos.
Em relação ao teto constitucional remuneratório, caso as EP e SEM e suas subsidiárias:
* Estejam recebendo recursos do ente criador para o custeio e pagamento de pessoal, devem
obedecer o teto constitucional; (Empresa estatal dependente)

* Não estejam recebendo recursos, é possível a ultrapassagem do teto constitucional. (Empresa estatal
independente).
Os empregados públicos:
* Estão sujeitos ao RGPS;
* Resolvem os litígios da relação de trabalho na Justiça do Trabalho;
* No caso de improbidade administrativa, são considerados agentes públicos;
* Para fins penais, são considerados funcionários públicos.
O regime de pessoal dos dirigentes das entidades estatais é um regime especial, regido pela Lei
13.303/16, não se tratando de cargo público, nem emprego público.
AS EP e SEM se submetem, em regra, à realização de licitações públicas, sendo regidas integralmente
pela Lei 13.303/16, sendo a Lei 8.666/93 utilizada de modo secundário, nos casos de regras sobre o
direito penal e critérios de desempate.
As licitações das EP e SEM podem ser dispensadas, dispensáveis e inexigíveis, em determinados
casos, sendo utilizadas as regras da Lei 13.303/16 (Lei das Estatais) e não as regras da Lei 8.666/93
(Administração em geral);
O prazo de prescrição das dívidas e os direitos em favor de terceiros contra as EP e SEM são regidos
pelo Código Civil, sendo diferente do prazo das autarquias que é de 5 anos, ou seja, as EP e SEM não
gozam do prazo quinquenal;
Tanto as empresas públicas quanto as sociedades de economia mista não se sujeitam ao regime
falimentar estabelecido pela Lei 11.101/2005 que regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência
do empresário e da sociedade empresária. As entidades políticas que instituíram as EP e SEM respondem
de forma subsidiária no caso de tais estatais não conseguirem arcar com os gastos.
As EP e SEM estão sujeitas à fiscalização do Tribunal de Contas (Controle Externo) e dos órgãos do
sistema de controle interno.
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica
pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante
interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico (Lei 13.303/2016) da empresa pública, da sociedade de
economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou
comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da
administração pública;
IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de
acionistas minoritários;
V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais
não extensivos às do setor privado. (Aplicável apenas as exploradoras de atividades econômicas e não as

@Quebrandoquestões

62/433
Organização da Administração Pública – Questões Comentadas

que prestam serviço público);


§ 3º A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade.
§ 4º - lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da
concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
§ 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a
responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados
contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular.
Diferenças entre EP e SEM
Empresas Públicas Sociedades de Economia Mista
Qualquer forma jurídica admitida em Forma de Sociedade Anônima,
Forma Jurídica
direito. Ex: Unipessoal, Pluripessoal, S/A. apenas.
Participação de capital público e
Capital totalmente público, não sendo
privado. É possível Maioria do capital
preciso que o capital seja apenas de uma
Composição do social está em posse de investidores
entidade política ou administrativa,
Capital privados. No entanto, mais da metade
podendo ser de várias (União, Autarquias,
das ações com DIREITO A VOTO
EP, SEM).
devem ser de direito público.
Empresas Públicas Federais EPs Estaduais e Municipais
Foro na Justiça Federal. Foro na Justiça Estadual.
Foro Processual SEM (União intervém como
Sociedades de Economia Mista
assistente ou oponente)
Foro na Justiça Estadual (Regra) Foro na Justiça Federal

Gabarito: Letra A.
(CESPE/ANM/2021)
13) No que diz respeito aos poderes da administração pública, julgue o próximo item.
As agências reguladoras exercem atribuições submetidas ao poder hierárquico em face dos órgãos da
administração direta.
Comentário:

No âmbito federal, as autarquias são entes da administração indireta dotados de personalidade jurídica própria e
criados por lei para executar atividades típicas da administração. Essas entidades sujeitam-se à supervisão
ministerial, mas não se subordinam hierarquicamente ao ministério correspondente.

Agências Reguladoras
Autarquias em regime especial;
Têm como função regulamentar, controlar e fiscalizar os serviços, atividades e bens transferidos ao setor
privado.
Exercem o poder de polícia, impondo limites administrativos.
Possuem uma maior autonomia administrativa;
As agências reguladoras são autarquias em regime especial, o que lhes confere maior autonomia
administrativa e financeira, contudo, não possuem independência em relação aos Poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário, pois submetem-se aos controles de tais poderes.
Origina-se, por lei, como Agência Reguladora;
Todas as Entidades Políticas (U/E/DF/M) podem criar Agência Reguladora;
Possuem vínculo com a Administração Direta, e não subordinação;
Seus dirigentes possuem estabilidade, desfrutam de mandato conferido por lei, e somente podem ser
desligados ao término do período de investidura, por condenação judicial ou após processo
administrativo.
As decisões definitivas das agências, em regra, não são passíveis de apreciação por outros órgãos ou
entidades da administração pública.
As agências reguladoras, no que se refere à concessão, permissão e autorização de serviço público,
possuem a atribuição de definir o valor da tarifa.
Estão sujeitas ao controle financeiro, contábil e orçamentário do Poder legislativo, com o auxílio do
TCU.
Possuem decisão colegiada, sendo os membros nomeados pelo Chefe do Executivo, com aprovação do
legislativo;
O dirigente da agência reguladora, após o cumprimento do seu mandato, ficará impedido, por
determinado prazo, normalmente 04 meses (quarentena), de praticar exercícios voltados ao setor

@Quebrandoquestões

63/433
Organização da Administração Pública – Questões Comentadas

atribuído a agência reguladora, podendo ser tipificado crime de advocacia administrativa, além de outras
sanções cabíveis.
Cada agência tem especialização em relação à sua atribuição técnica;
Ex: Anvisa; ANS; ANCINE; ANEEL; ANTT; ANAC; ANTAC.

Gabarito: Errado.
(VUNESP/CODEN-SP/2021)
14) Assinale a alternativa correta, à luz da Lei Federal n° 13.303, de 30 de junho de 2016, acerca das
empresas públicas e sociedades de economia mista.
A) O exercício da supervisão por vinculação da empresa pública ou da sociedade de economia mista, pelo órgão a
que se vincula, pode ensejar a redução ou a supressão da autonomia conferida pela lei específica que autorizou a
criação da entidade supervisionada.
B) Apesar de a autonomia ser inerente à natureza da empresa pública e da sociedade de economia mista, a lei
autoriza a ingerência do supervisor na administração e funcionamento das empresas públicas, devendo a
supervisão ser exercida nos limites da legislação aplicável.
C) As ações e deliberações do órgão ou ente de controle não podem implicar interferência na gestão das
empresas públicas e das sociedades de economia mista a ele submetidas, nem ingerência no exercício de suas
competências ou na definição de políticas públicas.
D) A Lei n° 13.303, de 30 de junho de 2016, mais conhecida como Lei das Estatais, veda a possibilidade de a
sociedade de economia mista de capital fechado ser transformada em empresa pública.
E) É facultado à empresa pública e à sociedade de economia mista realizar, em ano de eleição para cargos do
ente federativo a que sejam vinculadas, despesas com publicidade e patrocínio que excedam a média dos gastos
no último ano que antecede o pleito.
Comentário:

Letra A/B: Erradas.

Lei 13.303/16. Art. 89. O exercício da supervisão por vinculação da empresa pública ou da sociedade de
economia mista, pelo órgão a que se vincula, não pode ensejar a redução ou a supressão da autonomia conferida
pela lei específica que autorizou a criação da entidade supervisionada ou da autonomia inerente a sua natureza,
nem autoriza a ingerência do supervisor em sua administração e funcionamento, devendo a supervisão ser
exercida nos limites da legislação aplicável.

Letra C: Correta.

Lei 13.303/16. Art. 90. As ações e deliberações do órgão ou ente de controle não podem implicar interferência
na gestão das empresas públicas e das sociedades de economia mista a ele submetidas nem ingerência no
exercício de suas competências ou na definição de políticas públicas.

Letra D: Errada.

Lei 13.303/16. Art. 91. A empresa pública e a sociedade de economia mista constituídas anteriormente à vigência
desta Lei deverão, no prazo de 24 (vinte e quatro) meses, promover as adaptações necessárias à adequação
ao disposto nesta Lei.

§ 1º A sociedade de economia mista que tiver capital fechado na data de entrada em vigor desta Lei poderá,
observado o prazo estabelecido no caput, ser transformada em empresa pública, mediante resgate, pela empresa,
da totalidade das ações de titularidade de acionistas privados, com base no valor de patrimônio líquido constante
do último balanço aprovado pela assembleia-geral.

Letra E: Errada.

Lei 13.303/16. Art. 93. As despesas com publicidade e patrocínio da empresa pública e da sociedade de
economia mista não ultrapassarão, em cada exercício, o limite de 0,5% (cinco décimos por cento) da receita
operacional bruta do exercício anterior.

§ 2º É vedado à empresa pública e à sociedade de economia mista realizar, em ano de eleição para cargos do
ente federativo a que sejam vinculadas, despesas com publicidade e patrocínio que excedam a média dos
gastos nos 3 (três) últimos anos que antecedem o pleito ou no último ano imediatamente anterior à eleição.

@Quebrandoquestões

64/433
Organização da Administração Pública – Questões Comentadas

Gabarito: Letra C.
(VUNESP/CODEN-SP/2021)
15) A respeito do emprego público, assinale a alternativa correta.
A) Decretos, instruções normativas e portarias podem criar cargos públicos.
B) Não há que se falar em hibridismo de normas.
C) O regime jurídico é estatutário.
D) O entendimento sumulado do TST é de que aos empregados de empresas públicas não é garantida a
estabilidade definitiva após três anos de exercício.
E) Conforme súmula do TST, os empregados públicos de entidades de direito público não possuem direito a
estabilidade.
Comentário:

Letra A: Errada.

Somente por lei é possível criar cargos públicos.

CF/88. Art. 61. § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:

II - disponham sobre:

a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua
remuneração;

Letra B: Errada.

As empresas públicas e as sociedades de economia mista apresentam regime jurídico híbrido com normas de
direito privado, em certas situações, e normas de direito público em outras.

Letra C: Errada.

O regime de pessoal é de emprego público, sendo regido pela CLT, tendo um vínculo de contrato de trabalho
(bilateral);

Letra D/E: Correta/Errada.

TST – Súmula 390


I - O servidor público celetista da administração direta, autárquica ou fundacional é beneficiário da
estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988.

II - Ao empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, ainda que admitido mediante
aprovação em concurso público, não é garantida a estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988.

Gabarito: Letra D.
(FGV/IMBEL/2021)
16) Leia o fragmento a seguir: Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica
de______________, com criação autorizada por lei, sob a forma de_________________-, cujas ações com
direito a voto pertençam _______________ à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a
entidade da administração indireta. Assinale a opção cujos itens completam, corretamente, as lacunas do
fragmento acima.
A) direito público - sociedade anônima – integralmente.
B) direito público - sociedade limitada – integralmente.
C) direito público - sociedade limitada - em sua maioria.
D) direito privado - sociedade limitada – exclusivamente.
E) direito privado - sociedade anônima - em sua maioria.
Comentário:

Lei 13.303/16. Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito
privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto
pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da
administração indireta.

@Quebrandoquestões

65/433
Organização da Administração Pública – Questões Comentadas

Gabarito: Letra E.
(CESPE/DEPEN/2021)
17) A respeito da administração pública, dos servidores públicos da União e dos contratos e convênios
celebrados pela União, julgue o item a seguir.
É a natureza de que se reveste a entidade, e não a sua finalidade, que a classifica como integrante da
administração indireta.
Comentário:

É a natureza (Pública ou Privada) de que se reveste a entidade, e não a sua finalidade, que a classifica como
integrante da administração indireta. Sendo assim, o que é levado em consideração é a natureza em sentido
formal (o que está na Lei), independente da atividade exercida pela Entidade.

Em síntese, prevalece o critério formal, em vez do critério material.

Gabarito: Correto.
(INSTITUTO AOCP/PC-PA/2021)
18) Considerando a temática da organização administrativa, assinale a alternativa INCORRETA.
A) O instituto da desconcentração está fundado na hierarquia e se configura pela distribuição interna de
competência no âmbito de uma mesma pessoa jurídica.
B) Na outorga, é transferida a titularidade e a execução do serviço público à pessoa jurídica diversa do Estado, ao
passo que, na delegação, apenas a execução é transferida, permanecendo com o Estado a titularidade do serviço.
C) Os órgãos autônomos são caracterizados por serem imediatamente subordinados aos órgãos independentes e
diretamente subordinados aos seus agentes.
D) Consoante a doutrina, as fundações públicas de direito privado têm sua criação autorizada por lei específica
enquanto as fundações públicas de direito público são criadas por lei específica, não dependendo de registro para
que sejam instituídas.
E) As empresas públicas e as sociedades de economia mista não estão sujeitas à fiscalização do Tribunal de
Contas.
Comentário:

Letra A: Correta.

Desconcentração
É a distribuição de competências dentro de uma mesma entidade (política ou administrativa – ambiente
interno) por meio dos seus órgãos, mantendo-se uma hierarquia.

Letra B: Correta.

Descentralização por Serviços ou Funcional ou Técnica ou Outorgada


Ocorre quando o Ente político cria uma pessoa jurídica com funções administrativas, atribuindo a
titularidade e a execução do serviço público.
Criados ou autorizados por lei específica.
O Ente criado passa a ter um VÍNCULO com o ente político que o criou, porém não existe subordinação e
hierarquia, mas apenas o controle.
Ex: Administração Indireta (Autarquia/Fundações Públicas/Empresas Públicas/Sociedade de Economia
Mista).
Descentralização por colaboração ou delegação
Ocorre quando o poder público continua com a titularidade, mas transfere a execução do serviço público
para um particular mediante contrato administrativo (Concessão e Permissão) ou ato administrativo
(Autorização).
Ex: Permissão ou concessão de serviço.

Letra C: Correta.

Quanto à Posição Estatal


Órgãos Independentes
Trata-se dos Poderes do Estado. Não possuem subordinação hierárquica e somente podem sofrer
controle uns pelos outros.

@Quebrandoquestões

66/433
Organização da Administração Pública – Questões Comentadas

Ex.: Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Senado Federal, Chefias do Executivo, Tribunais e Juízes
e Tribunais de Contas.
Órgãos Autônomos
- Dotados de autonomia administrativa, técnica e financeira.
- Sofrem subordinação da alta cúpula da Administração.
- Trata-se de órgãos diretivos, possuindo funções de coordenação, supervisão e planejamento dos
exercícios de sua competência.
- Seus comandantes, normalmente, são agentes políticos integrantes de cargos comissionados.
Ex: Ministérios, Secretarias, AGU, MP, Defensoria Pública e Procuradorias Estaduais e Municipais.
Órgãos Superiores
Dotados de poder de decisão e comando sobre assuntos referentes às suas competências.
Não possuem autonomia administrativa e financeira.
Estão sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia.
Ex.: Gabinetes, Coordenadorias, Departamentos, Divisões, etc.
Órgãos Subalternos
São os que se destinam à execução dos trabalhos de rotina, cumprem ordens superiores.
Ex.: portarias, seções de expediente, etc.

Letra D: Correta.

Fundações Públicas
Características Direito Público Direito Privado
Autorizadas por lei com os atos constitutivos
Criação e
Criadas por Lei inscritos no Registro Civil das Pessoas
Extinção
Jurídicas.
Atividade focada no interesse da Atividade focada no interesse da
Objeto
coletividade, sem fins lucrativos. coletividade, sem fins lucrativos.
Regime Jurídico Direito Público Direito Privado
Prerrogativas Mesmas das Autarquias Obedecem ao Direito Civil
Bens privados, porém, os bens empregados
Patrimônio Bens Públicos na prestação de serviços públicos possuem
prerrogativa de bens públicos

Letra E: Errada.

As EP e SEM estão sujeitas à fiscalização do Tribunal de Contas (Controle Externo) e dos órgãos do sistema
de controle interno.

Gabarito: Letra E.
(IBFC/SEAP-PR/2021)
19) Segundo José dos Santos Carvalho Filho (Manual de Direito Administrativo, 30ª edição), a
Administração Indireta Estado “é o conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas à respectiva
Administração Direta, têm o objetivo de desempenhar as atividades administrativas de forma
descentralizada”. Sobre o assunto, assinale a alternativa que não apresenta um ente da Administração
Indireta.
A) Autarquias
B) Empresas Públicas
C) Sociedades de Economia Mista
D) Ministério da Saúde
E) Fundações Públicas
Comentário:

O Ministério da Saúde é um órgão da União (Entidade Política) que faz parte da Administração Direta.

Gabarito: Letra D.
(CESPE/MPE-AP/2021)
20) Julgue os itens a seguir, acerca de organização administrativa.
I As autarquias são dotadas de autoadministração e, por isso, não se submetem a controle da
administração pública.

@Quebrandoquestões

67/433
Organização da Administração Pública – Questões Comentadas

II Uma agência executiva é a qualificação obtida por uma autarquia ou fundação pública que celebre
contrato de gestão para com a administração pública direta, visando maior eficiência.

III As empresas públicas possuem privilégios próprios da administração pública, tais como a
impenhorabilidade de seus bens e a imunidade tributária.
Assinale a opção correta.
A) Apenas o item I está certo.
B) Apenas o item II está certo.
C) Apenas o item III está certo.
D) Apenas os itens I e II estão certos.
E) Apenas os itens II e III estão certos.
Comentário:

Item I: Errado.

As Autarquias possuem autonomia, no entanto, estão sujeitas ao Controle finalístico da Entidade da Administração
Direta que as criaram.

Item II: Correto.

Agências Executivas
Não possuem como objetivo principal regulamentar, controlar e fiscalizar, mas sim de executar as
atividades administrativas.
São pessoas jurídicas de direito público (Autarquias ou Fundações Públicas), que são qualificadas por
Decreto do Chefe do Poder Executivo;
Objetivo: Otimizar recursos, reduzir custos e aperfeiçoar a prestação de serviços públicos;
Exigência para se tornar uma Agência Executiva:
* Celebrar um contrato de gestão com o Ministério Supervisor;

* Possuir um plano estratégico de reestruturação e desenvolvimento institucional;


OBS: O contrato de gestão é considerado uma das formas concretas de atuação do princípio
constitucional da eficiência, pois garante uma maior autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos
órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta.
CF/88. Art. 37. § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da
administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus
administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o
órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I – o prazo de duração do contrato;

II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos


dirigentes;

III – a remuneração do pessoal.


OBS: A desqualificação da Agência Executiva é feita por meio de Decreto, por iniciativa do Ministério
Supervisor.
OBS: A autarquia não nasce já sendo uma Agência Executiva.
OBS: A qualificação como Agência Executiva não altera a natureza da entidade, continuando com as
mesmas atribuições de sua criação.
Podem ser criadas por todas as entidades políticas (U/E/DF/M);
Ex: INMETRO, o CADE, o IBAMA e o INPI.

Item III: Errado.

Em regra, os bens das Empresas Públicas são penhoráveis e alienáveis, no entanto, excepcionalmente, sendo a
Empresa Pública prestadora de serviço público, seus bens, se forem da necessidade para o serviço público, são
impenhoráveis.

Gabarito: Letra B.
(CESPE/MPE-AP/2021)

@Quebrandoquestões

68/433
Organização da Administração Pública – Questões Comentadas

21) A qualificação como organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) apenas será útil para
as entidades que pretendam
A) obter a qualificação de organizações sociais.
B) promover trabalho voluntário remunerado.
C) firmar termo de parceria com o poder público.
D) obter isenção do imposto de renda.
E) promover a assistência social custeada pelo Estado.
Comentário:

Entidades do Terceiro Setor - Forma de Parceria


Serviço Social
Autorização Legislativa.
Autônomo
Entidade de Apoio Convênio.

Organizações Sociais Contrato de Gestão.


Organizações da
Sociedade Civil de Termo de Parceria.
Interesse Público
Organizações da Termo de Colaboração, Acordo de Cooperação e Termo
Sociedade Civil de Fomento.

OSCIP - Características
Pessoa Jurídica de Direito Privado;
Qualificada por portaria;
Não possui fins lucrativos;
Participação facultativa do poder público no conselho;
Existe a necessidade de fazer processo licitatório, por meio de procedimento simplificado para
contratações;
Qualificação concedida pelo Ministro da Justiça;
Precisam estar em funcionamento há pelo menos 3 anos;
Prestam serviços não exclusivos do Estado.

Organização Social - Características


Personalidade Jurídica de Direito Privado;
Regulamentada por decreto;
Recebem fomento;
O ato de qualificação como organização social é discricionário;
Pode ser desqualificada pelo poder executivo mediante processo administrativo.
Não podem ser criadas para:
* Atividade exclusiva do Estado;
* Apoio técnico e administrativo Federal;
* Fornecimento de instalação, bens equipamentos ou execução de obra pública em favor da
administração federal.
Suas atividades são dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à
proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde.
Não faz parte da Administração Pública (Direta e Indireta);
Sem fins lucrativos;
Qualificada pelo Ministro de Estado da área de atividade correspondente ao objeto social.
O vínculo com a administração pública é feito mediante Contrato de Gestão.
É possível a dispensa de licitação para contratação de OS pelo poder público.
Deve existir participação de 20% a 40%, no Conselho de Administração, de representantes do poder
público.

Gabarito: Letra C.
(INSTITUTO AOCP/MPE-RS/2021)
22) Sobre os variados temas de Direito Administrativo, analise as assertivas e assinale a alternativa que
aponta as corretas.

@Quebrandoquestões

69/433
Organização da Administração Pública – Questões Comentadas

I. De acordo com as regras de organização administrativa, o INSS e o IBAMA são autarquias federais que
integram a administração direta da União.
II. Os atos administrativos possuem cinco elementos, quais sejam: competência, finalidade, forma, motivo
e objeto.
III. A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais,
porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
IV. Segundo a Lei Federal nº 8.666/1993, tomada de preços é a modalidade de licitação entre quaisquer
interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de
qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.
A) Apenas I e II.
B) Apenas II e III.
C) Apenas III e IV.
D) Apenas I, II e IV.
E) Apenas I, III e IV.
Comentário:

Item I: Errado.

As autarquias fazem parte da Administração Indireta.

Item II: Correto.

Requisitos ou elementos do ato administrativo


Competência Poder legal conferido ao agente público para o desempenho das suas atribuições.
Finalidade O ato é dirigido ao atendimento do interesse público, tem efeito jurídico mediato.
Forma Modo pelo qual o ato se exterioriza ou deve ser apresentado.
Motivo Pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato.
Objeto É o conteúdo do ato, tendo efeito jurídico imediato.
Mnemônico: COMFIFORMOB

Item III: Correto.

STF/Súmula 473
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque
deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados
os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

Item IV: Errado.

Consiste no conceito de Concorrência.

Gabarito: Letra B.
(INSTITUTO AOCP/MPE-RS/2021)
23) De acordo com a Lei n.º 13.303/2016, as empresas públicas e as sociedades de economia mista
A) devem divulgar toda e qualquer forma de remuneração dos seus administradores.
B) devem indicar para a diretoria preferencialmente titulares de cargo sem vínculo permanente com o serviço
público.
C) podem criar subsidiárias de si ou ter participação em empresa privada, desde que haja ato do Poder Executivo
que o respalde.
D) podem emitir partes beneficiárias, desde que estas sejam previamente divulgadas, de forma transparente, no
seu plano contábil.
E) podem lançar debêntures e valores mobiliários, desde que estes sejam conversíveis em ações.
Comentário:

Letra A: Correta.

Lei 13.303/16. Art. 12. A empresa pública e a sociedade de economia mista deverão:

I - divulgar toda e qualquer forma de remuneração dos administradores;

@Quebrandoquestões

70/433
Organização da Administração Pública – Questões Comentadas

II - adequar constantemente suas práticas ao Código de Conduta e Integridade e a outras regras de boa prática
de governança corporativa, na forma estabelecida na regulamentação desta Lei.

Letra B: Errada.

Lei 13.303/16. Art. 17. Os membros do Conselho de Administração e os indicados para os cargos de diretor,
inclusive presidente, diretor-geral e diretor-presidente, serão escolhidos entre cidadãos de reputação ilibada e de
notório conhecimento, devendo ser atendidos, alternativamente, um dos requisitos das alíneas “a”, “b” e “c” do
inciso I e, cumulativamente, os requisitos dos incisos II e III:

§ 2º É vedada a indicação, para o Conselho de Administração e para a diretoria:

I - de representante do órgão regulador ao qual a empresa pública ou a sociedade de economia mista está
sujeita, de Ministro de Estado, de Secretário de Estado, de Secretário Municipal, de titular de cargo, sem
vínculo permanente com o serviço público, de natureza especial ou de direção e assessoramento superior na
administração pública, de dirigente estatutário de partido político e de titular de mandato no Poder Legislativo de
qualquer ente da federação, ainda que licenciados do cargo;

II - de pessoa que atuou, nos últimos 36 (trinta e seis) meses, como participante de estrutura decisória de
partido político ou em trabalho vinculado a organização, estruturação e realização de campanha eleitoral;

III - de pessoa que exerça cargo em organização sindical;

IV - de pessoa que tenha firmado contrato ou parceria, como fornecedor ou comprador, demandante ou
ofertante, de bens ou serviços de qualquer natureza, com a pessoa político-administrativa controladora da
empresa pública ou da sociedade de economia mista ou com a própria empresa ou sociedade em período
inferior a 3 (três) anos antes da data de nomeação;

V - de pessoa que tenha ou possa ter qualquer forma de conflito de interesse com a pessoa político-
administrativa controladora da empresa pública ou da sociedade de economia mista ou com a própria
empresa ou sociedade.

Letra C: Errada.

Lei 13.303/16. Art. 2º A exploração de atividade econômica pelo Estado será exercida por meio de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de suas subsidiárias.

§ 2º Depende de autorização legislativa a criação de subsidiárias de empresa pública e de sociedade de


economia mista, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada, cujo objeto social deve
estar relacionado ao da investidora, nos termos do inciso XX do art. 37 da Constituição Federal.

Letra D/E: Erradas.

Lei 13.303/16. Art. 11. A empresa pública não poderá:

I - lançar debêntures ou outros títulos ou valores mobiliários, conversíveis em ações;

II - emitir partes beneficiárias.

Gabarito: Letra A.
(FGV/TCE-AM/2021)
24) O Chefe do Poder Executivo do Estado Alfa consultou sua assessoria a respeito da possibilidade de
criar um ente da Administração Pública indireta, que teria capital majoritário do poder público, com o
objetivo de explorar atividade econômica em sentido estrito, em regime de competição com outras
estruturas empresariais.
A assessoria respondeu, corretamente, que esse ente é uma:
A) autarquia, sendo criada por lei;
B) empresa pública, sendo criada por lei;
C) sociedade de economia mista, sendo criada por lei;

@Quebrandoquestões

71/433
Organização da Administração Pública – Questões Comentadas

D) empresa pública, sendo criada a partir de autorização legal;


E) sociedade de economia mista, sendo criada a partir de autorização legal.
Comentário:

Lei 13.303/16. Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito
privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto
pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da
administração indireta.

Gabarito: Letra E.
(CESPE/PG-DF/2021)
25) No que concerne à organização administrativa, julgue o próximo item.
A Secretaria da Receita Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional são órgãos integrantes da
administração pública federal indireta.
Comentário:

A Secretaria da Receita Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional são órgãos integrantes da


administração pública federal DIRETA.

Gabarito: Errado.
(FGV/TCE-PI/2021)
26) Em matéria de regime jurídico de entidades da Administração indireta, a empresa pública Alfa do
Estado do Piauí, que presta determinado serviço público, está sujeita ao controle:
A) hierárquico pelo Estado do Piauí, a cuja autoridade competente cabe o julgamento dos recursos administrativos
próprios contra decisões da empresa pública, e ao controle externo pela Controladoria Geral do Estado;
B) finalístico pelo Estado do Piauí, em decorrência da tutela administrativa que enseja sua vinculação a esse ente,
e à fiscalização contábil, financeira e orçamentária exercida pelo Tribunal de Contas estadual;
C) judicial pelo Ministério Público do Estado do Piauí, que fiscaliza a legalidade dos atos da empresa pública, mas
não se submete ao controle externo pelo Tribunal de Contas estadual, eis que possui personalidade jurídica de
direito privado;
D) administrativo pelo Estado do Piauí, em decorrência da sua subordinação hierárquica ao ente a que está
vinculado, mas não se submete ao controle externo pelo Tribunal de Contas estadual, eis que possui
personalidade jurídica de direito privado;
E) ministerial pelo Ministério Público do Estado do Piauí, que exerce poder hierárquico sobre a empresa pública,
mas não se submete ao controle externo pelo Tribunal de Contas estadual, eis que possui personalidade jurídica
de direito privado.
Comentário:

A empresa pública Alfa do Estado do Piauí pelo Estado do Piauí está sujeita ao controle finalístico, em decorrência
da tutela administrativa que enseja sua vinculação a esse ente, e à fiscalização contábil, financeira e orçamentária
exercida pelo Tribunal de Contas estadual;

Supervisão Ministerial ou Controle Finalístico


No âmbito do controle administrativo, considera-se Supervisão Ministerial o controle que a União
exerce, por meio dos ministérios, sobre as Pessoas Jurídicas da Administração Descentralizada
Federal.
A supervisão ministerial é um meio de controle administrativo exercido sobre as entidades integrantes
da Administração Pública Indireta em relação ao ministério a que estejam vinculadas.
Esta vinculação não reflete subordinação hierárquica, caracterizando, assim, a autonomia e
independência das entidades da Administração Pública Indireta.
São características comuns às empresas públicas e às sociedades de economia mista estar sujeitas ao
controle finalístico do ente da administração direta que as instituiu.
Não se confunde com o controle interno ou Hierárquico.
Maria Sylva Di Pietro e Carvalho Filho: Consideram a Supervisão Ministerial um controle Externo.
Celso Antônio Bandeira de Mello: Considera o controle tutelar um controle “interno-externo”.

Gabarito: Letra B.
(FGV/TCE-PI/2021)

@Quebrandoquestões

72/433
Organização da Administração Pública – Questões Comentadas

27) O Chefe do Poder Executivo do Estado Gama consultou a assessoria jurídica sobre sua intenção de
criar um ente da Administração Pública indireta, com personalidade jurídica de direito público, incumbido
da execução de atividades típicas da Administração Pública. A assessoria respondeu, corretamente, que o
ente com essas características é a:
A) subsidiária integral, devendo ser criada a partir de autorização legal;
B) empresa pública, devendo ser criada a partir de autorização legal;
C) sociedade de economia mista, devendo ser criada por lei;
D) fundação pública, devendo ser criada por decreto;
E) autarquia, devendo ser criada por lei.
Comentário:

Decreto-Lei 200/67. Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:

I – Autarquia – o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita
próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.

Gabarito: Letra E.
(FGV/TCE-PI/2021)
28) A Lei nº XX/2021, do Município Beta, autorizou a criação da sociedade de economia mista Alfa, com
capital majoritário do Município, que tem por objeto exclusivo a atividade de policiamento de trânsito e
autuação de infrações, o que se dá em regime não concorrencial. Por entender que a Lei nº XX/2021 era
contrária ao interesse público, o Partido Político Gama solicitou que sua assessoria jurídica se
manifestasse sobre a constitucionalidade desse diploma normativo, considerando a interpretação
prevalecente dos comandos constitucionais aplicáveis à temática.
A assessoria respondeu, corretamente, que a Lei nº XX/2021 é:
A) constitucional quanto à delegação do poder de polícia e inconstitucional na parte em que outorga à sociedade
de economia mista a atividade descrita;
B) constitucional na parte em que outorga à sociedade de economia mista a atividade descrita e inconstitucional
quanto à delegação do poder de polícia;
C) constitucional tanto na parte em que outorga à sociedade de economia mista a atividade descrita, como em
relação à delegação do poder de polícia;
D) inconstitucional tanto na parte em que outorga à sociedade de economia mista a atividade descrita, como em
relação à delegação do poder de polícia;
E) inconstitucional apenas em relação à forma de criação da sociedade de economia mista, considerando a
atividade a ser desempenhada.
Comentário:

Delegação do Poder de Polícia


Antigo Entendimento Novo Entendimento
* STF/RE 633.782 → É possível delegar (Fases:
Consentimento, Fiscalização e Sanção) para
pessoas de direito privado.
* STJ/REsp 817.534/MG → Pode delegar o poder
de polícia nas fases de consentimento e Requisitos para delegar:
fiscalização para as pessoas jurídicas de direito - Necessita de Lei;
privado da administração pública; - Fazer parte da Administração Indireta;
- Ter capital social majoritariamente público;
- Prestar, exclusivamente, serviço público em
regime não concorrencial;

STF/RE 633.782 – 23/10/20


É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado
integrantes da Administração Pública indireta de capital social majoritariamente público que prestem
exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial.

Gabarito: Letra C.
(CESPE/MPE-SC/2021)
29) Acerca do tratamento conferido pela Constituição Federal de 1988 (CF) à administração pública direta e
indireta e aos seus agentes, julgue o item a seguir.

@Quebrandoquestões

73/433
Organização da Administração Pública – Questões Comentadas

A CF exige lei específica para a criação de subsidiária de sociedade de economia mista.


Comentário:

CF/88. Art. 37. XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades
mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;

(CESPE/2012/TJ-BA) Exige-se autorização legislativa para a criação de subsidiárias das empresas públicas e
sociedades de economia mista, sendo suficiente, para tanto, a previsão genérica na lei que as instituir, ou seja,
não há necessidade de autorização legislativa específica a cada vez que uma nova subsidiária é criada.
(Gabarito: Correto.)

Gabarito: Errado.
(CESPE/PGE-PB/2021)
30) Conforme Carvalho Filho, pode-se conceituar o órgão público como o compartimento, na estrutura
estatal, a que são cometidas funções determinadas, sendo integrado por agentes que, quando as
executam, manifestam a própria vontade do Estado.
O conceito moderno de órgão público é dado pela
A) teoria do mandato.
B) teoria da representação.
C) teoria do consentimento.
D) teoria do órgão.
E) teoria do agente público.
Comentário:

Teoria do Órgão
Estabelece que as atividades exercidas pelos órgãos e agentes são consideradas vontades e ações da
própria entidade (política ou administrativa), desta forma a entidade (política ou administrativa) é a
responsável por qualquer ato ou exercício dos organismos (órgãos e agentes) que lhe integram.
De acordo com a teoria da imputação, atualmente adotada no ordenamento jurídico brasileiro, a
manifestação de vontade de pessoa jurídica dá-se por meio dos órgãos públicos, ou seja, conforme essa
teoria, quando o agente do órgão manifesta sua vontade, a atuação é atribuída ao Estado.
Foi o jurista alemão Otto Gierke quem estabeleceu as linhas mestras da teoria do órgão e indicou como sua
principal característica o princípio da imputação volitiva.
As ações dos entes políticos - como União, estados, municípios e DF - concretizam-se por intermédio de
pessoas físicas, e, segundo a teoria do órgão, os atos praticados por meio desses agentes públicos devem
ser imputados à pessoa jurídica de direito público a que pertencem.

Gabarito: Letra D.
(CESPE/PGE-PB/2021)
31) Considerando os entendimentos do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal de Justiça
sobre matérias de direito administrativo, assinale a opção correta.
A) Atos flagrantemente inconstitucionais devem ser revistos pela administração pública, mas desde que não tenha
decorrido o prazo decadencial.
B) Constitui abuso a retirada compulsória de trailers e quiosques instalados em calçadas se a única pendência é a
ausência de autorização prévia estatal.
C) O prazo prescricional para a propositura de ação judicial pelo candidato preterido em concurso público inicia-se
com a homologação final do concurso.
D) As fundações públicas, ainda que de direito privado, fazem jus à isenção das custas processuais.
E) As fundações públicas, regidas pelo direito privado, podem adotar regime celetista de trabalho para seus
funcionários.
Comentário:

Letra A: Errada.

STF/MS 19.070
É possível a anulação do ato de anistia pela administração pública, mesmo quando decorrido o prazo
decadencial contido na Lei N. 9.784/1999.

Letra B: Errada.

@Quebrandoquestões

74/433
Organização da Administração Pública – Questões Comentadas

STJ/REsp 1.846.075
Não é possível a manutenção de quiosques e trailers instalados sobre calçadas sem a regular aprovação
estatal.

Letra C: Errada.

STJ/REsp 1.643.048
O prazo para se questionar a preterição de nomeação de candidato em concurso público é de 5 anos,
contado da data em que o outro servidor foi nomeado no lugar do aprovado.

Letra D: Errada.

STJ/REsp 1.409.199
As fundações públicas de direito privado não fazem jus à isenção das custas processuais.

Letra E: Correta.

STF/ADI 4.247
É constitucional a legislação estadual que determina que o regime jurídico celetista incide sobre as
relações de trabalho estabelecidas no âmbito de fundações públicas, com personalidade jurídica de direito
privado, destinadas à prestação de serviços de saúde.

Gabarito: Letra E.
(CESPE/PGE-PB/2021)
32) A delegação de poder de polícia em favor de sociedade de economia mista
A) prestadora de serviço público ou explorada da atividade econômica é viável desde que autorizada por lei.
B) atuante na iniciativa privada, em concorrência com outras empresas, é viável desde que em igualdade de
condições.
C) é viável mesmo se adotado o regime celetista para as relações de trabalho no âmbito da empresa.
D) é viável desde que para atos desprovidos de coercibilidade.
E) é viável desde que para atos meramente preparatórios e instrutórios.
Comentário:

Delegação do Poder de Polícia


Antigo Entendimento Novo Entendimento
* STF/RE 633.782 → É possível delegar (Fases:
Consentimento, Fiscalização e Sanção) para
pessoas de direito privado.
* STJ/REsp 817.534/MG → Pode delegar o poder
de polícia nas fases de consentimento e Requisitos para delegar:
fiscalização para as pessoas jurídicas de direito - Necessita de Lei;
privado da administração pública; - Fazer parte da Administração Indireta;
- Ter capital social majoritariamente público;
- Prestar, exclusivamente, serviço público em
regime não concorrencial;

STF/RE 633.782 – 23/10/20


É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado
integrantes da Administração Pública indireta de capital social majoritariamente público que prestem
exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial.

Gabarito: Letra C.
(CESPE/PC-AL/2021)
33) Determinado delegado de polícia que está investigando um crime cometido no interior de uma empresa
estatal estadual com personalidade jurídica de direito privado e capital integralmente público, determinou
a um agente de polícia a realização de uma diligência, a qual não foi cumprida porque o agente alegou que
a ordem não tinha respaldo legal. Ao tomar ciência do descumprimento da ordem, o chefe aplicou a

@Quebrandoquestões

75/433
Organização da Administração Pública – Questões Comentadas

penalidade de suspensão de trinta dias. Irresignado, o agente ajuizou mandado de segurança contra o ato
sancionador.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
O crime foi cometido em uma sociedade de economia mista, entidade da administração pública indireta.
Comentário:

Uma empresa estatal estadual com personalidade jurídica de direito privado e capital integralmente público:
Trata-se de uma Empresa Pública.

Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação
autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos
Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios.

Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da União, do Estado, do
Distrito Federal ou do Município, será admitida, no capital da empresa pública, a participação de outras
pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da administração indireta da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Gabarito: Errado.
(CESPE/PC-AL/2021)
34) Julgue o item a seguir, acerca de direito administrativo.
Órgãos públicos, por não terem personalidade jurídica própria, não possuem capacidade processual, razão por
que devem, necessariamente, ser representados em juízo pela pessoa jurídica a qual é vinculado.
Comentário:

Em regra, os órgãos, por não terem personalidade jurídica, não têm capacidade processual, salvo nas hipóteses
em que os órgãos são titulares de direitos subjetivos, o que lhes confere capacidade processual para a defesa de
suas prerrogativas e competências.

Conceito de Órgão
Lei 9.784/99, Art. 1º, § 2º Para os fins desta Lei, consideram-se:
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da
Administração indireta;
Segundo Helly Lopes Meirelles¹, os órgãos Públicos são centros de competências instituídos para
desempenhar funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é destinada à pessoa jurídica a
que pertencem.
Fonte¹: MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 32. ed. São Paulo: Malheiros, 2006. p.67.
Características dos Órgãos
- Surgem da desconcentração;
- Integram a estrutura de uma pessoa jurídica;
- Não possuem patrimônio próprio;
- Só podem ser extintos ou criados por lei conforme o Art.49,XI, CF/88;
- Podem firmar contrato de gestão nos termos do artigo 37, § 8º CF.;
- Não possuem personalidade jurídica própria;
- Não possuem capacidade processual, ou seja, não podem estar em juízo (REGRA)*;
- Conforme o STF, a iniciativa de lei para a criação ou extinção de órgão da administração pública é
privativa do chefe do executivo em todos os entes federativos.
* O M.P é um órgão que possui capacidade processual ativa podendo propor ações preventivas de
acordo com o Art.129, CF/88. (Exceção)
* Alguns órgãos (independentes ou autônomos) têm o direito de ajuizar ações para defender suas
competências quando violadas por terceiros. Trata-se da “CAPACIDADE PROCESSUAL
EXCEPCIONAL”. (Exceção)

Gabarito: Errado.
(CESPE/SEFAZ-CE/2021)
35) Julgue o item a seguir, acerca de direito administrativo.
As autarquias são pessoas jurídicas de direito público, integrantes da administração indireta, que devem
obediência integral à Lei de Licitações e Contratos e estão sujeitas ao controle pelos tribunais de contas. A

@Quebrandoquestões

76/433
Organização da Administração Pública – Questões Comentadas

investidura em seus cargos depende de aprovação prévia em concurso público, ressalvadas as nomeações para
cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
Comentário:

Autarquias - Características
Pessoa jurídica de direito público, integrante da administração indireta;
Obediência integral à Lei de Licitações e Contratos;
Sujeitas ao controle pelos tribunais de contas;
Investidura em seus cargos depende de aprovação prévia em concurso público, ressalvadas as nomeações
para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.

Gabarito: Correto.
(CESPE/PC-AL/2021)
36) A respeito da administração pública direta e indireta e da responsabilidade civil do Estado, julgue o
item seguinte.
A desconcentração administrativa caracteriza-se pela divisão de competências entre órgãos de uma mesma
pessoa jurídica de direito público.
Comentário:

Desconcentração
É a distribuição de competências dentro de uma mesma entidade (política ou administrativa – ambiente
interno) por meio dos seus órgãos, mantendo-se uma hierarquia.

Gabarito: Correto.
(CESPE/PC-AL/2021)
37) A respeito da administração pública direta e indireta e da responsabilidade civil do Estado, julgue o
item seguinte.
A vedação de constituição de empresa pública com finalidade genérica está em consonância com o princípio da
especialidade.
Comentário:

O princípio da especialidade na administração indireta impõe a necessidade de que conste, na lei de criação da
entidade, a atividade a ser exercida de modo descentralizado.

Cada Entidade é criada por lei para uma determinada finalidade específica.

Gabarito: Correto.
(FGV/FUNSAÚDE-CE/2021)
38) O presidente da autarquia WW foi informado de que dois órgãos de execução do Ministério Público
tinham instaurado, respectivamente, um procedimento de investigação criminal e um inquérito civil, com o
objetivo de apurar, nessas esferas de responsabilização, notícias de irregularidade na aplicação de
recursos públicos no âmbito do referido ente da Administração Pública indireta.
Dias depois, o presidente recebeu duas requisições de informações e documentos, em parte coincidentes,
para instruir cada uma das investigações, o que estranhou sobremaneira, já que suas contas de gestão
tinham sido aprovadas pelo Tribunal de Contas.
Instada a se manifestar, a assessoria jurídica da autarquia respondeu corretamente que
A) ambas as requisições devem ser atendidas, pois o Ministério Público tem atribuição tanto para investigar a
prática de infrações penais, quanto de ilícitos civis.
B) somente deve ser atendida a requisição afeta à investigação civil, pois a apuração criminal era privativa dos
órgãos da polícia, federal ou civil, conforme o caso.
C) as requisições realizadas diretamente pelo Ministério Público, sem prévia aprovação pelo juízo ao qual o
respectivo órgão está subordinado, não devem ser atendidas.
D) somente deve ser atendida a requisição afeta à investigação criminal, pois caberia ao ente federativo
eventualmente lesado adotar as medidas necessárias à correção das irregularidades.
E) a aprovação das contas de gestão pelo Tribunal de Contas gera a presunção relativa de regularidade na
aplicação dos recursos, sendo necessária a prévia reforma dessa decisão para a realização de investigações.
Comentário:

@Quebrandoquestões

77/433
Organização da Administração Pública – Questões Comentadas

CPP. Art. 47. Se o Ministério Público julgar necessários maiores esclarecimentos e documentos complementares
ou novos elementos de convicção, deverá requisitá-los, diretamente, de quaisquer autoridades ou funcionários
que devam ou possam fornecê-los.

Lei Orgânica do MP

Art. 26. No exercício de suas funções, o Ministério Público poderá:

I - instaurar inquéritos civis e outras medidas e procedimentos administrativos pertinentes e, para instruí-los:

...

b) requisitar informações, exames periciais e documentos de autoridades federais, estaduais e municipais, bem
como dos órgãos e entidades da administração direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

CR/88. Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:

VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e


documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;

Gabarito: Letra A.
(FGV/TJ-RO/2021)
39) A Constituição da República de 1988 (CRFB/1988) é reconhecida pelo seu caráter democrático e
protetivo, e promoveu ampliação no rol de direitos e garantias individuais e sociais. Em termos de reforma
administrativa, contudo, a doutrina especializada aponta a ocorrência de retrocessos, tornando a
administração pública mais burocrática.
Nesse sentido, é exemplo de retrocesso trazido pela CRFB/1988:
A) o incentivo à descentralização político-administrativa;
B) o apoio ao clientelismo e ao fisiologismo como política de Estado;
C) a institucionalização de mecanismos de democracia direta, favorecendo o controle social e a accountability;
D) a extensão às entidades da administração indireta de procedimentos e mecanismos de controle aplicáveis à
administração direta;
E) a criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), para comandar as reformas
administrativas e implementar as políticas de governo.
Comentário:

A extensão às entidades da administração indireta de procedimentos e mecanismos de controle aplicáveis à


administração direta tornou a Administração Pública mais rígida.

Gabarito: Letra D.

@Quebrandoquestões

78/433
Poderes da Administração

@Quebrandoquestões

79/433
Poderes da Administração – Questões Comentadas

(CESPE/TCE-RJ/2021)
01) Acerca de ato administrativo, de agentes públicos, de poderes da administração pública e de regime
jurídico administrativo, julgue o item a seguir.
O poder de polícia administrativa é indelegável a particulares e entre órgãos.
Comentário:

Delegação do Poder de Polícia


Antigo Entendimento Novo Entendimento
* STF/RE 633.782 → É possível delegar (Fases:
Consentimento, Fiscalização e Sanção) para
pessoas de direito privado.
* STJ/REsp 817.534/MG → Pode delegar o poder
de polícia nas fases de consentimento e Requisitos para delegar:
fiscalização para as pessoas jurídicas de direito - Necessita de Lei;
privado da administração pública; - Fazer parte da Administração Indireta;
- Ter capital social majoritariamente público;
- Prestar, exclusivamente, serviço público em
regime não concorrencial;

STF/RE 633.782 – 23/10/20


É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado
integrantes da Administração Pública indireta de capital social majoritariamente público que prestem
exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial.

Gabarito: Errado.
(CESPE/TCE-RJ/2021)
02) Acerca de ato administrativo, de agentes públicos, de poderes da administração pública e de regime
jurídico administrativo, julgue o item a seguir.
A discricionariedade para a prática de determinado ato administrativo pode decorrer de disposição expressa ou de
omissão de norma legal.
Comentário:

(CESPE -TCE-PA) A discricionariedade administrativa fundamenta-se, entre outros elementos, na incapacidade


da lei de prever todas as situações possíveis e regular minuciosamente a maneira de agir do agente público diante
de cada uma delas. Assim, confere-se ao agente a prerrogativa de eleger, entre as condutas viáveis, a que se
apresentar mais conveniente e oportuna à luz do interesse público. (Gabarito: Correto.)

Ato discricionário
Quando se fala em ato administrativo discricionário, quer dizer que a lei deixa certa margem de liberdade
de decisão para a autoridade, diante do caso concreto, de forma que ela poderá optar por uma dentre
várias soluções possíveis.
Os atos administrativos discricionários são passíveis de controle judicial no que concerne a vícios de
legalidade, o que inclui também a avaliação da inexistência ou falsidade dos motivos declinados pela
Administração para a edição do ato.
Nos atos discricionários, cabe à administração pública a valoração dos motivos e do objeto quanto à sua
oportunidade, conveniência, eficiência e justiça.
O mérito administrativo consiste no poder conferido por lei ao administrador para que ele, nos atos
discricionários, decida sobre a oportunidade e conveniência de sua prática. (Motivo e Objeto podem ser
discricionários, ou seja, eles possuem MéritO).
Considerando que certos elementos do ato administrativo são sempre vinculados, não há ato
administrativo inteiramente discricionário.
Os atos discricionários sujeitam-se à apreciação judicial, desde que não se invadam os aspectos
reservados à apreciação subjetiva da Administração Pública.
Podem ser considerados atos discricionários aqueles:
* Nos quais o motivo é definido pela lei utilizando noções vagas ou conceitos jurídicos indeterminados.
* Que encontram fundamento e justificativa na complexidade e variedade dos problemas do Poder
Público que a lei não pôde prever.
* Que a Administração pode praticar com liberdade de escolha de seu conteúdo, destinatário, conveniência,
oportunidade e modo.

@Quebrandoquestões

80/433
Poderes da Administração – Questões Comentadas

* Para os quais só pode haver a discricionariedade dos meios e modos de administrar (Objeto e Motivo),
nunca os fins a atingir (Finalidade).

Gabarito: Correto.
(CESPE/APEX Brasil/2021)
03) A ouvidoria de um órgão recebeu várias reclamações de inconsistências na apreciação de determinado
tipo de processo. Para análise, a chefia da unidade em que teriam ocorrido as falhas avocou todos os
processos que tratavam do assunto. Além disso, em um dos casos, julgou e deu provimento a um recurso
administrativo interposto por um particular contra decisão de um subordinado seu.
Nessa situação hipotética, a chefia da unidade atuou com base no exercício do poder
A) disciplinar.
B) hierárquico.
C) regulamentar.
D) de polícia.
Comentário:

Poder Hierárquico
- Tem como objetivo ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades administrativas, no âmbito
interno da Administração Pública;
- Não existe hierarquia entre a Administração Direta e as entidades componentes da Administração
Indireta, nem entre os Poderes ou entre a Administração e os administrados (Povo);
- Não se apresenta nas funções típicas do poder legislativo e do poder judiciário, porém no caso de
funções administrativas existirá;
- Os subordinados são vinculados às determinações dos seus superiores, salvo quando forem:
* Ilegais;
* De competência exclusiva do órgão subordinado;
* Consultoria jurídica ou técnica;
* Órgãos incumbidos de adotar decisões administrativas.
- É possível um superior hierárquico anular ou revogar decisão dos atos dos seus subordinados.
- A delegação e avocação fazem parte do Poder hierárquico;
- O ato de delegação não é exclusivo do poder hierárquico, é possível delegar uma competência
mesmo quando não há relação hierárquica;
- A avocação só é possível em caráter excepcional, por motivos relevantes, devidamente justificados e
por tempo determinado.
- O superior não pode avocar do seu subordinado competência exclusiva;
- Não ocorre avocação de pessoas de mesmo nível hierárquico.
- Pode fiscalizar a atuação e rever atos internos;
- Pode editar atos normativos internos para ordenar a atuação dos subordinados;

(CESPE/MPOG/2015) A hierarquia existe tanto no âmbito do Poder Executivo quanto no dos Poderes Legislativo e
Judiciário com relação às suas funções de natureza administrativa. (Gabarito: Correto.)

(CESPE/SEDF/2017) A avocação se verifica quando o superior chama para si a competência de um órgão ou


agente público que lhe seja subordinado. Esse movimento, que é excepcional e temporário, decorre do poder
administrativo hierárquico. (Gabarito: Correto.)

Gabarito: Letra B.
(CESPE/ANM/2021)
04) No que diz respeito aos poderes da administração pública, julgue o próximo item.
O poder de polícia é a faculdade de aplicar punições nos casos de infrações administrativas praticadas pelos
agentes públicos.
Comentário:

O poder de DISCIPLINAR é a faculdade de aplicar punições nos casos de infrações administrativas praticadas
pelos agentes públicos.

Poder Disciplinar Poder de Polícia


- Poder de aplicar sanções aos servidores e Poder utilizado pela Administração Pública que
pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços condiciona ou restringe o uso de bens e a prática

@Quebrandoquestões

81/433
Poderes da Administração – Questões Comentadas

da Administração; de atividades privadas, em prol dos interesses da


coletividade.
- É aplicável aos servidores públicos e
particulares que tenham vínculo jurídico Tem como destinatários todos os particulares
específico com a Administração, como por submetidos à autoridade do Estado.
exemplo, no caso de contrato administrativo;
- Não se confunde com o Poder de Polícia, pois Prevalece o princípio da supremacia do interesse
este se insere na esfera privada, aplicando público, em que o interesse do particular é limitado
restrições e condicionamentos aos particulares; devido ao interesse público;

Gabarito: Errado.
(CESPE/ANM/2021)
05) No que diz respeito aos poderes da administração pública, julgue o próximo item.
Os poderes administrativos podem ser usados isolada ou cumulativamente para o alcance da finalidade do ato
administrativo.
Comentário:

É possível! Um dos exemplos mais clássicos é a utilização em conjunto do Poder Hierárquico e Disciplinar.

Relação do Poder Hierárquico com o Disciplinar


O poder hierárquico e disciplinar possuem uma ligação um com o outro, pois ambos são praticados
diretamente na organização administrativa interna do ente político ou administrativo. Vale ressaltar que
um não se confunde com o outro.
As sanções aos servidores não estão previstas no poder hierárquico e sim no poder disciplinar.

Gabarito: Correto.
(CESPE/PF/2021)
06) Determinado agente da Polícia Federal revelou um segredo sobre uma operação policial que seria
realizada para deter uma quadrilha de traficantes. Ele havia se apropriado desse segredo em razão do seu
cargo. Tendo a operação fracassado, a administração da Polícia recebeu uma denúncia sobre o ocorrido e
abriu processo administrativo disciplinar contra o referido servidor.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
O processo aberto contra o servidor caracteriza poder de polícia administrativo.
Comentário:

Caracteriza o Poder Disciplinar.

Poder Disciplinar Poder de Polícia


Poder utilizado pela Administração Pública que
- Poder de aplicar sanções aos servidores e
condiciona ou restringe o uso de bens e a prática
pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços
de atividades privadas, em prol dos interesses da
da Administração;
coletividade.
- É aplicável aos servidores públicos e
particulares que tenham vínculo jurídico Tem como destinatários todos os particulares
específico com a Administração, como por submetidos à autoridade do Estado.
exemplo, no caso de contrato administrativo;
- Não se confunde com o Poder de Polícia, pois Prevalece o princípio da supremacia do interesse
este se insere na esfera privada, aplicando público, em que o interesse do particular é limitado
restrições e condicionamentos aos particulares; devido ao interesse público;

(CESPE/STJ/2018) O poder disciplinar, decorrente da hierarquia, tem sua discricionariedade limitada, tendo em
vista que a administração pública se vincula ao dever de punir. (Gabarito: Correto.)

(CESPE/MPE-PI/2018) Decorre do poder disciplinar a prerrogativa da administração pública de punir internamente


as infrações funcionais de seus servidores e as infrações administrativas cometidas por particulares com quem o
ente público tenha algum vínculo. (Gabarito: Correto.)

(CESPE/ANAC/2012) As sanções impostas pela administração a servidores públicos ou a pessoas que se


sujeitem à disciplina interna da administração derivam do poder disciplinar. Diversamente, as sanções aplicadas a

@Quebrandoquestões

82/433
Poderes da Administração – Questões Comentadas

pessoas que não se sujeitem à disciplina interna da administração decorrem do poder de polícia. (Gabarito:
Correto.)

Gabarito: Correto.
(FGV/IMBEL/2021)
07) A discricionariedade administrativa refere-se à maneira pela qual a Administração Pública utiliza seu
poder para exercer atos administrativos com a finalidade de atender ao interesse público. Em relação ao
conceito de discricionariedade administrativa, assinale a afirmativa correta.
A) É a liberdade do administrador de tomar determinadas decisões, desde que esteja nos limites da lei.
B) É a expansão do ato administrativo por agentes putativos, em consonância com o arcabouço legal.
C) É a ação realizada com desrespeito à ordem jurídica vigente, em função de um viés pessoal.
D) É a permissão da execução de ato pela administração, sem recorrer ao Poder Judiciário
E) É a vinculação de ato administrativo à lei, sem possibilidade de questionamento.
Comentário:

Poder Vinculado
- Chamado também de poder regrado;
- Ocorre quando a lei não deixa margem de escolha para o exercício do agente público, devendo este
decidir na mesma forma da lei; Ou seja, o agente está amarrado à lei, sem existir a possibilidade de
atuar com conveniência e oportunidade.
Poder Discricionário
- O agente público possui margem de escolha, decidindo, dentro dos limites legais, com base na
conveniência e oportunidade (Mérito Administrativo) na análise do caso concreto.
- A revogação de um ato é discricionária;
- O exercício do poder discricionário pode concretizar-se tanto quando o ato é praticado, bem como
posteriormente, como no momento em que a administração decide por sua revogação.

Gabarito: Letra A.
(FGV/PC-RN/2021)
08) João, delegado titular de certa delegacia, editou uma ordem de serviço, com a finalidade de distribuir e
ordenar o serviço interno da DP, definindo que o setor X, composto pelos agentes de Polícia Civil A, B, C e
D, é responsável por determinadas atividades.
De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, o citado ato administrativo ordinatório praticado por
João decorre do poder administrativo:
A) disciplinar, que lhe permite praticar atos normativos internos com eficácia restrita àquela delegacia;
B) hierárquico, que é um poder de estruturação interna da atividade pública;
C) disciplinar, que lhe permite inovar no ordenamento jurídico no âmbito de sua circunscrição;
D) de polícia, que lhe permite organizar as rotinas administrativas necessárias à investigação criminal;
E) de polícia, que lhe permite organizar as rotinas operacionais próprias de polícia judiciária.
Comentário:

Poder Hierárquico
- Tem como objetivo ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades administrativas, no âmbito
interno da Administração Pública;
- Não existe hierarquia entre a Administração Direta e as entidades componentes da Administração
Indireta, nem entre os Poderes ou entre a Administração e os administrados (Povo);
- Não se apresenta nas funções típicas do poder legislativo e do poder judiciário, porém no caso de
funções administrativas existirá;
- Os subordinados são vinculados às determinações dos seus superiores, salvo quando forem:
* Ilegais;
* De competência exclusiva do órgão subordinado;
* Consultoria jurídica ou técnica;
* Órgãos incumbidos de adotar decisões administrativas.
- É possível um superior hierárquico anular ou revogar decisão dos atos dos seus subordinados.
- A delegação e avocação fazem parte do Poder hierárquico;
- O ato de delegação não é exclusivo do poder hierárquico, é possível delegar uma competência
mesmo quando não há relação hierárquica;
- A avocação só é possível em caráter excepcional, por motivos relevantes, devidamente justificados e
por tempo determinado.

@Quebrandoquestões

83/433
Poderes da Administração – Questões Comentadas

- O superior não pode avocar do seu subordinado competência exclusiva;


- Não ocorre avocação de pessoas de mesmo nível hierárquico.
- Pode fiscalizar a atuação e rever atos internos;
- Pode editar atos normativos internos para ordenar a atuação dos subordinados;

Gabarito: Letra B.
(CESPE/DEPEN/2021)
09) Jorge, chefe de repartição vinculada a órgão público federal, determinou, de forma expressa, que
todos os servidores deveriam tratar os administrados com respeito e urbanidade e que não toleraria
ofensa verbal. No entanto, Bruno, um de seus subordinados que exerce cargo em comissão e não possui
cargo efetivo, cometeu grave insubordinação em serviço ao insultar Fernanda, uma administrada que
havia solicitado informações sobre o andamento de processo que tramitava no referido órgão. Jorge, na
figura de autoridade pública competente, abriu processo administrativo disciplinar contra Bruno, que
culminou na aplicação de pena de suspensão por 90 dias ao insubordinado.
Considerando essa situação hipotética e os dispositivos da Lei n.º 8.112/1990 e da Lei n.º 9.784/1999, bem
como as disposições a respeito dos poderes administrativos e da responsabilidade civil do Estado no
direito brasileiro, julgue o item subsequente.
No âmbito administrativo, a prática de insubordinação no serviço público configura ofensa ao poder hierárquico.
Comentário:

(CESPE/MPE/2020) Um tenente da Marinha do Brasil determinou que um grupo de soldados realizasse a limpeza
de um navio, sob pena de sanção se descumprida a ordem. Nesse caso, o poder a ser exercido pelo tenente, em
caso de descumprimento de sua ordem, é disciplinar e deriva do poder hierárquico. (Gabarito: Correto.)

Poder Hierárquico
- Tem como objetivo ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades administrativas, no âmbito
interno da Administração Pública;
- Não existe hierarquia entre a Administração Direta e as entidades componentes da Administração
Indireta, nem entre os Poderes ou entre a Administração e os administrados (Povo);
- Não se apresenta nas funções típicas do poder legislativo e do poder judiciário, porém no caso de
funções administrativas existirá;
- Os subordinados são vinculados às determinações dos seus superiores, salvo quando forem:
* Ilegais;
* De competência exclusiva do órgão subordinado;
* Consultoria jurídica ou técnica;
* Órgãos incumbidos de adotar decisões administrativas.
- É possível um superior hierárquico anular ou revogar decisão dos atos dos seus subordinados.
- A delegação e avocação fazem parte do Poder hierárquico;
- O ato de delegação não é exclusivo do poder hierárquico, é possível delegar uma competência
mesmo quando não há relação hierárquica;
- A avocação só é possível em caráter excepcional, por motivos relevantes, devidamente justificados e
por tempo determinado.
- O superior não pode avocar do seu subordinado competência exclusiva;
- Não ocorre avocação de pessoas de mesmo nível hierárquico.
- Pode fiscalizar a atuação e rever atos internos;
- Pode editar atos normativos internos para ordenar a atuação dos subordinados;

Gabarito: Correto.
(CESPE/DEPEN/2021)
10) Jorge, chefe de repartição vinculada a órgão público federal, determinou, de forma expressa, que
todos os servidores deveriam tratar os administrados com respeito e urbanidade e que não toleraria
ofensa verbal. No entanto, Bruno, um de seus subordinados que exerce cargo em comissão e não possui
cargo efetivo, cometeu grave insubordinação em serviço ao insultar Fernanda, uma administrada que
havia solicitado informações sobre o andamento de processo que tramitava no referido órgão. Jorge, na
figura de autoridade pública competente, abriu processo administrativo disciplinar contra Bruno, que
culminou na aplicação de pena de suspensão por 90 dias ao insubordinado.
Considerando essa situação hipotética e os dispositivos da Lei n.º 8.112/1990 e da Lei n.º 9.784/1999, bem
como as disposições a respeito dos poderes administrativos e da responsabilidade civil do Estado no
direito brasileiro, julgue o item subsequente.

@Quebrandoquestões

84/433
Poderes da Administração – Questões Comentadas

A punição de Bruno exemplifica o exercício do poder de polícia pela administração pública.


Comentário:

Caracteriza o poder disciplinar.

Poder Disciplinar Poder de Polícia


Poder utilizado pela Administração Pública que
- Poder de aplicar sanções aos servidores e
condiciona ou restringe o uso de bens e a prática
pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços
de atividades privadas, em prol dos interesses da
da Administração;
coletividade.
- É aplicável aos servidores públicos e
particulares que tenham vínculo jurídico Tem como destinatários todos os particulares
específico com a Administração, como por submetidos à autoridade do Estado.
exemplo, no caso de contrato administrativo;
- Não se confunde com o Poder de Polícia, pois Prevalece o princípio da supremacia do interesse
este se insere na esfera privada, aplicando público, em que o interesse do particular é limitado
restrições e condicionamentos aos particulares; devido ao interesse público;

Gabarito: Errado.
(CESPE/MPE-AP/2021)
11) Considere que o pedido de determinado cidadão para construir sua residência tenha sido analisado e
deferido pela prefeitura do município. Nessa situação hipotética, sob a ótica do direito administrativo, tal
deferimento consiste em
A) permissão de serviço particular.
B) exercício do poder hierárquico do Estado.
C) delegação de atividade com impacto público.
D) licença de polícia.
E) concessão de serviço uti singuli.
Comentário:

O Deferimento apresentado representa uma característica do Poder de Polícia Preventivo.

Poder de Polícia
- Poder utilizado pela Administração Pública que condiciona ou restringe o uso de bens e a prática de
atividades privadas, em prol dos interesses da coletividade.
- Prevalece o princípio da supremacia do interesse público, em que o interesse do particular é limitado
devido ao interesse público;
- Poder de Polícia em sentido estrito: Representa o exercício de função administrativa que, fundada em
lei, restringe e condiciona o exercício de direitos e atividades privadas.
- Poder de Polícia em sentido Amplo: Além de exercer a atividade administrativa, pode editar leis que
condicionem e limitem a liberdade e a propriedade, sendo chamadas de limitações administrativas;
- O poder de polícia está sujeito ao controle de legalidade do Poder Judiciário;
- Deve observar o divido processo legal e os princípios da razoabilidade e proporcionalidade;
Competência para Exercer o Poder de Polícia
- O Poder de Polícia será exercido pela pessoa federativa em que a CF/88 estabeleceu o poder de
regulamentar a matéria;
- É possível a firmação de convênios e consórcios entre os entes federativos para exercer de forma
cooperada o poder de polícia, como é o caso nas fiscalizações de trânsito;

Poder de Polícia Preventivo e Repressivo


Poder de Polícia Preventivo
- Regra;
- Ocorre quando um terceiro depende de uma licença ou autorização para utilizar um bem ou exercer
alguma atividade privada que afete a coletividade;
- A Licença é um ato administrativo vinculado e definitivo. Com isso caso um particular preencha os
requisitos de exercer determinado direito, a administração deverá reconhecer;
Ex: Licença para construir em terreno particular.
- A autorização é um ato administrativo discricionário e precário em que o particular adquire a
autorização da Administração Pública para exercer uma atividade de seu interesse.

@Quebrandoquestões

85/433
Poderes da Administração – Questões Comentadas

Ex: Porte de Arma;


Poder de Polícia Repressivo
- Exceção;
- É a aplicação de sanções administrativas, feita normalmente através de uma fiscalização aos
particulares por estarem descumprindo alguma norma de polícia;
Ex: Multas, demolição de obras irregulares, apreensão de mercadorias inválidas;
- A cobrança de taxa é uma razão do exercício do poder de polícia;
Ex: Cobrança de Taxas para atividades comerciais;
- O poder de polícia não precisa possuir sempre suas atividades de maneira presencial, podendo ocorrer
através de locais remotos;

Gabarito: Letra D.
(INSTITUTO AOCP/Câmara de Teresina - PI/2021)
12) Considerando a temática do Direito Administrativo, assinale a alternativa INCORRETA.
A) Consoante a Teoria dos Motivos Determinantes, os motivos apresentados como justificadores da prática do ato
administrativo vinculam esse ato e, caso os motivos apresentados sejam viciados, o ato será ilegal.
B) A Lei nº 9.784/1999, especialmente no que diz respeito ao prazo decadencial para a revisão de atos
administrativos no âmbito da Administração Pública federal, pode ser aplicada, de forma subsidiária, aos estados e
municípios, se inexistente norma local e específica que regule a matéria.
C) O poder hierárquico caracteriza um poder de estruturação interna da atividade pública. Sendo assim, não há
manifestação de hierarquia externa, isto é, entre pessoas jurídicas diversas.
D) O poder disciplinar do Estado é o poder de aplicação de sanções por parte do Poder Público, sendo que essas
sanções decorrem de vinculação especial entre o sancionado e o Estado, notadamente, a relação hierárquica e a
relação contratual.
E) A polícia administrativa incide sobre bens e direitos e os condiciona à busca pelo interesse da coletividade, bem
como também recai sobre as pessoas, de forma ostensiva ou investigativa, evitando e punindo infrações às
normas penais.
Comentário:

Letra A: Correta.

Teoria dos motivos determinantes


A teoria dos motivos determinantes vincula a validade do ato à motivação nele contida.
A Teoria dos Motivos Determinantes apregoa que o ato administrativo que contar com motivação
expressa passa a ter sua validade aferida com base nesse motivo, além dos demais elementos de sua
formação.
Da aplicação da teoria dos motivos determinantes decorre a invalidação de um ato administrativo, caso
seus motivos explicitados não correspondam à realidade, ainda que não se exigisse, no caso,
motivação.
A teoria dos motivos determinantes cria para o administrador a necessária vinculação entre os motivos
invocados para a prática de um ato administrativo e a sua validade jurídica.
Nem todo ato administrativo necessita ser motivado. No entanto, nesses casos, a explicitação do
motivo que fundamentou o ato passa a integrar a própria validade do ato administrativo como um todo.
Assim, se esse motivo se revelar inválido ou inexistente, o próprio ato administrativo será igualmente
nulo, de acordo com a teoria dos motivos determinantes.
A aplicação da Teoria dos Motivos Determinantes, para fins de controle da atuação da Administração
pública pelo Poder Judiciário, permite a anulação judicial de atos discricionários, quando identificada
inexistência ou falsidade dos pressupostos de fato ou de direito declarados pela Administração para
edição do ato.

Letra B: Correta.

STJ/Súmula 633
A Lei n. 9.784/1999, especialmente no que diz respeito ao prazo decadencial para a revisão de atos
administrativos no âmbito da Administração Pública federal, pode ser aplicada, de forma subsidiária, aos
estados e municípios, se inexistente norma local e específica que regule a matéria.

Letra C/D: Corretas.

@Quebrandoquestões

86/433
Poderes da Administração – Questões Comentadas

Poderes Administrativos – Conceitos Básicos


Tem como objetivo ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades
Poder Hierárquico
administrativas, no âmbito interno da Administração Pública;
Poder de aplicar sanções aos servidores e pessoas com vínculo jurídico
Poder Disciplinar
específico sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração;
É a capacidade em que os chefes do Poder Executivo possuem para fazer edição
de atos administrativos normativos;
Poder
Regulamentar
É a prerrogativa de direito público que o autoriza a editar atos gerais e abstratos
para complementar a lei e permitir a sua efetiva execução.
Trata-se do poder que edita atos administrativos normativos, utilizado pelos
demais órgãos e entidades dos poderes públicos.
Poder Normativo
É mais amplo que o Poder Regulamentar.
Poder utilizado pela Administração Pública que condiciona ou restringe o uso de
Poder de Polícia
bens e a prática de atividades privadas, em prol dos interesses da coletividade.
Poder Vinculado ou Ocorre quando a lei não deixa margem de escolha para o exercício do agente
regrado público, devendo este decidir na mesma forma da lei;
Poder O agente público possui margem de escolha, decidindo com base na conveniência
Discricionário e oportunidade (Mérito Administrativo);

Letra E: Errada.

A polícia JUDICIÁRIA recai sobre as pessoas, de forma ostensiva ou investigativa, evitando e punindo infrações
às normas penais.

Polícia Administrativa X Polícia Judiciária


- A polícia Administrativa aplica infrações de natureza administrativa, enquanto a polícia judiciária
possui a função de aplicar sanções voltadas para o direito penal implicando a detenção ou reclusão de
pessoas.
- Enquanto a polícia administrativa exerce suas funções por meio de órgãos administrativos, as funções
de polícia judiciária são exercidas por corporações especializadas (PC, PRF, PM).
- Parte da doutrina entende que a Polícia Administrativa possui caráter preventivo, enquanto a
judiciária, repressivo com punição penal;
- A Polícia Administrativa incide sobre bens, direitos ou atividades, enquanto a polícia judiciária incide
sobre pessoas.
OBS: A polícia militar pode exercer tanto funções de policia judiciária ou administrativa;

Gabarito: Letra E.
(INSTITUTO AOCP/Câmara de Teresina - PI/2021)
13) Preencha a lacuna e assinale a alternativa correta. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo
Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o
exercício regular do ____________, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e
divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
A) poder discricionário.
B) poder de polícia.
C) poder vinculado.
D) poder disciplinar.
E) poder regulamentar.
Comentário:

Poder de Polícia.

CTN. Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito
de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização,
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

Gabarito: Letra B.
(CESPE/MPE-AP/2021)

@Quebrandoquestões

87/433
Poderes da Administração – Questões Comentadas

14) Com base em determinada lei, um fiscal competente compareceu a um restaurante e, constatando
diversas violações a normas sanitárias, promoveu a interdição do estabelecimento.
Nessa situação hipotética, verifica-se uma característica própria
A) do poder hierárquico, com base no princípio da supremacia do interesse público.
B) do poder regulamentar, pois houve uma regulação da atividade empresarial.
C) do poder disciplinar, pois o ato aplicou uma penalidade ao particular.
D) do poder de polícia, pois limitou uma atividade de um particular.
E) do poder normativo, pois a interdição foi praticada com base em uma lei.
Comentário:

Poder de Polícia
- Poder utilizado pela Administração Pública que condiciona ou restringe o uso de bens e a prática de
atividades privadas, em prol dos interesses da coletividade.

Poder de Polícia Preventivo e Repressivo


Poder de Polícia Preventivo
- Regra;
- Ocorre quando um terceiro depende de uma licença ou autorização para utilizar um bem ou exercer
alguma atividade privada que afete a coletividade;
- A Licença é um ato administrativo vinculado e definitivo. Com isso caso um particular preencha os
requisitos de exercer determinado direito, a administração deverá reconhecer;
Ex: Licença para construir em terreno particular.
- A autorização é um ato administrativo discricionário e precário em que o particular adquire a
autorização da Administração Pública para exercer uma atividade de seu interesse.
Ex: Porte de Arma;
Poder de Polícia Repressivo
- Exceção;
- É a aplicação de sanções administrativas, feita normalmente através de uma fiscalização aos
particulares por estarem descumprindo alguma norma de polícia;
Ex: Multas, demolição de obras irregulares, apreensão de mercadorias inválidas;
- A cobrança de taxa é uma razão do exercício do poder de polícia;
Ex: Cobrança de Taxas para atividades comerciais;
- O poder de polícia não precisa possuir sempre suas atividades de maneira presencial, podendo ocorrer
através de locais remotos;

Gabarito: Letra D.
(CESPE/PC-DF/2021)
15) João, servidor público, aliciou um dos seus subordinados a se filiar ao sindicato da categoria a que
ambos pertenciam. Em razão desse fato, instaurou-se processo administrativo contra João para apurar
sua conduta funcional. Concluído o procedimento, o chefe da repartição, Antônio, aplicou a pena de
advertência por escrito pelo ato praticado.
Considerando a situação hipotética precedente, o disposto na Lei n.º 8.112/1990, os requisitos do ato
administrativo e os poderes da administração pública, julgue o item a seguir.
A punição por ato infracional praticado por servidor público configura exercício do poder de polícia administrativo.
Comentário:

Caracteriza o poder disciplinar.

Poder Disciplinar Poder de Polícia


Poder utilizado pela Administração Pública que
- Poder de aplicar sanções aos servidores e
condiciona ou restringe o uso de bens e a prática
pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços
de atividades privadas, em prol dos interesses da
da Administração;
coletividade.
- É aplicável aos servidores públicos e
particulares que tenham vínculo jurídico Tem como destinatários todos os particulares
específico com a Administração, como por submetidos à autoridade do Estado.
exemplo, no caso de contrato administrativo;
- Não se confunde com o Poder de Polícia, pois Prevalece o princípio da supremacia do interesse
este se insere na esfera privada, aplicando público, em que o interesse do particular é limitado

@Quebrandoquestões

88/433
Poderes da Administração – Questões Comentadas

restrições e condicionamentos aos particulares; devido ao interesse público;

Gabarito: Errado.
(CESPE/SEFAZ-CE/2021)
16) Julgue o item a seguir, a respeito dos atos administrativos e dos poderes da administração pública.
Consubstancia-se poder de polícia a retenção temporária de mercadorias em sede de fiscalização fazendária.
Comentário:

STF/ADI 3.950
A hipótese de retenção temporária de mercadorias prevista no art. 163, § 7º, da Constituição de São
Paulo, é providência para a fiscalização do cumprimento da legislação tributária nesse território e
consubstancia exercício do poder de polícia da Administração Pública Fazendária, estabelecida legalmente
para os casos de ilícito tributário. Inexiste, por isso mesmo, a alegada coação indireta do contribuinte para
satisfazer débitos com a Fazenda Pública.

Poder de Polícia
- Poder utilizado pela Administração Pública que condiciona ou restringe o uso de bens e a prática de
atividades privadas, em prol dos interesses da coletividade.

Poder de Polícia Preventivo e Repressivo


Poder de Polícia Preventivo
- Regra;
- Ocorre quando um terceiro depende de uma licença ou autorização para utilizar um bem ou exercer
alguma atividade privada que afete a coletividade;
- A Licença é um ato administrativo vinculado e definitivo. Com isso caso um particular preencha os
requisitos de exercer determinado direito, a administração deverá reconhecer;
Ex: Licença para construir em terreno particular.
- A autorização é um ato administrativo discricionário e precário em que o particular adquire a
autorização da Administração Pública para exercer uma atividade de seu interesse.
Ex: Porte de Arma;
Poder de Polícia Repressivo
- Exceção;
- É a aplicação de sanções administrativas, feita normalmente através de uma fiscalização aos
particulares por estarem descumprindo alguma norma de polícia;
Ex: Multas, demolição de obras irregulares, apreensão de mercadorias inválidas;
- A cobrança de taxa é uma razão do exercício do poder de polícia;
Ex: Cobrança de Taxas para atividades comerciais;
- O poder de polícia não precisa possuir sempre suas atividades de maneira presencial, podendo ocorrer
através de locais remotos;

Gabarito: Correto.
(CESPE/SEFAZ-CE/2021)
17) Julgue o item a seguir, a respeito dos atos administrativos e dos poderes da administração pública.
Eventual abuso do poder regulamentar pelo Poder Executivo sujeita o transgressor ao controle jurisdicional e ao
exercício da competência extraordinária do Poder Legislativo para sustar os atos administrativos dele decorrentes.
Comentário:

Poder Regulamentar
- É a capacidade em que os chefes do Poder Executivo possuem para fazer edição de atos
administrativos normativos;
- É a prerrogativa de direito público que o autoriza a editar atos gerais e abstratos para complementar a
lei e permitir a sua efetiva execução.
- Conforme a doutrina, o poder regulamentar é de competência privativa dos chefes do Poder
Executivo.
- Aos demais órgãos e entidades da administração que podem editar atos administrativos normativos,
a doutrina estabelece que estes estejam utilizando o Poder Normativo, sendo um poder mais amplo em
que o Poder Regulamentar seria uma espécie daquele.

CF/88. Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional (Poder Legislativo):

@Quebrandoquestões

89/433
Poderes da Administração – Questões Comentadas

V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de
delegação legislativa;

(CESPE/ANAC/2012) A competência do Congresso Nacional para sustar ato normativo do Poder Executivo que
exorbite o poder regulamentar a ele concedido configura hipótese de controle político da administração. (Gabarito:
Correto.)

Gabarito: Correto.
(FGV/TCE-PI/2021)
18) A sociedade empresária Beta foi contratada pelo Estado do Piauí, após processo licitatório, para
realizar obras de reforma e restauração em determinado prédio público. A contratada não executou
parcialmente o contrato, conforme cabalmente comprovado em regular processo administrativo em que
lhe foi garantida a prévia defesa. Diante disso, observada a proporcionalidade, o ente contratante aplicou à
sociedade empresária Beta a sanção de suspensão temporária de participação em licitação e impedimento
de contratar com o Estado do Piauí, pelo prazo de 18 meses. Levando-se em consideração a Lei nº
8.666/1993 e a doutrina moderna de Direito Administrativo sobre poderes administrativos, verifica-se que o
Estado contratante agiu:
A) corretamente, com base em seu poder de polícia, que lhe permite restringir e condicionar a propriedade privada
e a atuação da sociedade empresária contratada;
B) corretamente, com base em seu poder hierárquico de estruturação externa da atividade pública, que lhe
permite reduzir o âmbito de atuação da contratada pelo ato ilícito praticado;
C) corretamente, com base em seu poder disciplinar, eis que a sociedade empresária Beta tem vínculo de
natureza especial com o Estado em razão do contrato celebrado;
D) erroneamente, eis que os poderes administrativos operam efeito apenas internamente no âmbito da
administração pública, e não sobre terceiros contratados;
E) erroneamente, eis que a aplicação da sanção de suspensão temporária de participação em licitação e
impedimento de contratar com o Estado do Piauí deve ser feita exclusivamente pelo Poder Judiciário.
Comentário:

Poder Disciplinar
- Poder de aplicar sanções aos servidores e pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da
Administração;
- É aplicável aos servidores públicos e particulares que tenham vínculo jurídico específico com a
Administração, como por exemplo, no caso de contrato administrativo;
- Não se confunde com o poder punitivo do Estado que tem a finalidade de aplicar sanção contra crimes
e contravenções penais, sendo o Poder Judiciário responsável por aplicar sanção;
- Não se confunde com o Poder de Polícia, pois este se insere na esfera privada, aplicando restrições e
condicionamentos aos particulares;
- A sanção ao agente público decorre diretamente do poder disciplinar e mediatamente do poder
hierárquico;
- O Poder disciplinar pode ser discricionário quando se tratar da escolha da gradação da penalidade e
vinculado na aplicação de sanção contra agente que comete alguma infração.
- A aplicação de pena disciplinar tem, para o superior hierárquico, o caráter de um poder-dever, uma
vez que a condescendência na punição é considerada crime contra a administração pública.
- Na aplicação da sanção deve existir o contraditório e a ampla defesa;
- A aplicação do poder disciplinar deve ser motivada, devendo ser expostos os motivos da punição.

Gabarito: Letra C.
(FGV/TCE-PI/2021)
19) A Lei nº XX/2021, do Município Beta, autorizou a criação da sociedade de economia mista Alfa, com
capital majoritário do Município, que tem por objeto exclusivo a atividade de policiamento de trânsito e
autuação de infrações, o que se dá em regime não concorrencial. Por entender que a Lei nº XX/2021 era
contrária ao interesse público, o Partido Político Gama solicitou que sua assessoria jurídica se
manifestasse sobre a constitucionalidade desse diploma normativo, considerando a interpretação
prevalecente dos comandos constitucionais aplicáveis à temática.
A assessoria respondeu, corretamente, que a Lei nº XX/2021 é:
A) constitucional quanto à delegação do poder de polícia e inconstitucional na parte em que outorga à sociedade
de economia mista a atividade descrita;

@Quebrandoquestões

90/433
Poderes da Administração – Questões Comentadas

B) constitucional na parte em que outorga à sociedade de economia mista a atividade descrita e inconstitucional
quanto à delegação do poder de polícia;
C) constitucional tanto na parte em que outorga à sociedade de economia mista a atividade descrita, como em
relação à delegação do poder de polícia;
D) inconstitucional tanto na parte em que outorga à sociedade de economia mista a atividade descrita, como em
relação à delegação do poder de polícia;
E) inconstitucional apenas em relação à forma de criação da sociedade de economia mista, considerando a
atividade a ser desempenhada.
Comentário:

Delegação do Poder de Polícia


Antigo Entendimento Novo Entendimento
* STF/RE 633.782 → É possível delegar (Fases:
Consentimento, Fiscalização e Sanção) para
pessoas de direito privado.
* STJ/REsp 817.534/MG → Pode delegar o poder
de polícia nas fases de consentimento e Requisitos para delegar:
fiscalização para as pessoas jurídicas de direito - Necessita de Lei;
privado da administração pública; - Fazer parte da Administração Indireta;
- Ter capital social majoritariamente público;
- Prestar, exclusivamente, serviço público em
regime não concorrencial;

STF/RE 633.782 – 23/10/20


É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado
integrantes da Administração Pública indireta de capital social majoritariamente público que prestem
exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial.

Gabarito: Letra C.
(CESPE/PGE-PB/2021)
20) A delegação de poder de polícia em favor de sociedade de economia mista
A) prestadora de serviço público ou explorada da atividade econômica é viável desde que autorizada por lei.
B) atuante na iniciativa privada, em concorrência com outras empresas, é viável desde que em igualdade de
condições.
C) é viável mesmo se adotado o regime celetista para as relações de trabalho no âmbito da empresa.
D) é viável desde que para atos desprovidos de coercibilidade.
E) é viável desde que para atos meramente preparatórios e instrutórios.
Comentário:

Delegação do Poder de Polícia


Antigo Entendimento Novo Entendimento
* STF/RE 633.782 → É possível delegar (Fases:
Consentimento, Fiscalização e Sanção) para
pessoas de direito privado.
* STJ/REsp 817.534/MG → Pode delegar o poder
de polícia nas fases de consentimento e Requisitos para delegar:
fiscalização para as pessoas jurídicas de direito - Necessita de Lei;
privado da administração pública; - Fazer parte da Administração Indireta;
- Ter capital social majoritariamente público;
- Prestar, exclusivamente, serviço público em
regime não concorrencial;

STF/RE 633.782 – 23/10/20


É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado
integrantes da Administração Pública indireta de capital social majoritariamente público que prestem
exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial.

Gabarito: Letra C.
(CESPE/PC-AL/2021)

@Quebrandoquestões

91/433
Poderes da Administração – Questões Comentadas

21) Determinado delegado de polícia que está investigando um crime cometido no interior de uma empresa
estatal estadual com personalidade jurídica de direito privado e capital integralmente público, determinou
a um agente de polícia a realização de uma diligência, a qual não foi cumprida porque o agente alegou que
a ordem não tinha respaldo legal. Ao tomar ciência do descumprimento da ordem, o chefe aplicou a
penalidade de suspensão de trinta dias. Irresignado, o agente ajuizou mandado de segurança contra o ato
sancionador.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
A ordem conferida ao agente pelo delegado configura exercício do poder de polícia.
Comentário:

A determinação para a realização de uma diligência do delegado de polícia para o agente de polícia caracteriza
uma delegação, sendo uma característica do Poder Hierárquico.

Já a suspensão de trinta dias pelo delegado caracteriza uma sanção, sendo característica do Poder Disciplinar.

Relação do Poder Hierárquico com o Disciplinar


O poder hierárquico e disciplinar possuem uma ligação um com o outro, pois ambos são praticados
diretamente na organização administrativa interna do ente político ou administrativo. Vale ressaltar que
um não se confunde com o outro.
As sanções aos servidores não estão previstas no poder hierárquico e sim no poder disciplinar.

Gabarito: Errado.
(CESPE/PC-AL/2021)
22) Determinado delegado de polícia que está investigando um crime cometido no interior de uma empresa
estatal estadual com personalidade jurídica de direito privado e capital integralmente público, determinou
a um agente de polícia a realização de uma diligência, a qual não foi cumprida porque o agente alegou que
a ordem não tinha respaldo legal. Ao tomar ciência do descumprimento da ordem, o chefe aplicou a
penalidade de suspensão de trinta dias. Irresignado, o agente ajuizou mandado de segurança contra o ato
sancionador.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Os agentes públicos subordinados não devem cumprir as ordens manifestamente ilegais de seus superiores.
Comentário:

Lei 8.112. Art. 116. São deveres do servidor:

IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;

Gabarito: Correto.
(CESPE/PC-AL/2021)
23) Determinado delegado de polícia que está investigando um crime cometido no interior de uma empresa
estatal estadual com personalidade jurídica de direito privado e capital integralmente público, determinou
a um agente de polícia a realização de uma diligência, a qual não foi cumprida porque o agente alegou que
a ordem não tinha respaldo legal. Ao tomar ciência do descumprimento da ordem, o chefe aplicou a
penalidade de suspensão de trinta dias. Irresignado, o agente ajuizou mandado de segurança contra o ato
sancionador.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
A aplicação da sanção pelo delegado configura exercício do poder disciplinar e independe de abertura de
processo administrativo quando há verdade sabida.
Comentário:

A verdade sabida é vedada pela CF, sendo necessário o processo administrativo e a garantia do contraditório e da
ampla defesa.

TJ/SC
O critério da "verdade sabida" pereceu, definitivamente, com o advento da Constituição Federal de
1988, não mais se concebendo a imposição de pena disciplinar, por mais branda que seja, sem a garantia do
contraditório e da ampla defesa.

@Quebrandoquestões

92/433
Poderes da Administração – Questões Comentadas

(CESPE/TCE-RO/2013) A aplicação da sanção disciplinar de advertência em decorrência de apuração sumária de


falta funcional, denominada verdade sabida, viola o princípio do devido processo legal. (Gabarito: Correto.)

Gabarito: Errado.
(CESPE/SEFAZ-CE/2021)
24) Com relação aos poderes da administração pública e ao processo administrativo disciplinar, julgue o
próximo item.
O poder que a administração possui de intervir na órbita particular para resguardar o interesse público, limitando
direitos individuais, é denominado poder disciplinar.
Comentário:

O poder que a administração possui de intervir na órbita particular para resguardar o interesse público, limitando
direitos individuais, é denominado poder de POLÍCIA.

Gabarito: Errado.
(CESPE/PC-AL/2021)
25) Os agentes de polícia do estado de Alagoas, no exercício de sua função, devem comedir a aplicação
do uso de força em suas abordagens e ações, buscando agir de maneira adequada, sem extrapolar os
limites legais impostos ao exercício do poder que lhes é conferido. Acerca do uso e do abuso de poder,
julgue o item que se segue.
Ato praticado com abuso de poder somente pode ser invalidado mediante revisão judicial.
Comentário:

Pode ser invalidado pela própria Administração Pública.

Princípio da Autotutela
- Estabelece que a Administração pública possa corrigir seus próprios atos, podendo anulá-los quando
ilegais ou revogá-los por serem inconvenientes ou inoportunos (Mérito).
- Esse princípio estabelece que a administração possua poder de zelar pelos bens que integram seu
próprio patrimônio;
- O princípio da autotutela estabelece que a Administração Pública possa de ofício, anular seus próprios
atos, independente de provocação. Porém, o controle da Administração não afasta o controle do
Poder Judiciário em relação à legalidade.
OBS: O Poder Judiciário, mediante provocação, poderá anular um ato ilegal de outro poder, porém não
poderá revogar um ato válido, ou seja, o judiciário não pode analisar o mérito administrativo de outro
poder, mas apenas a legalidade e legitimidade.
STF/Súmula 346
A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.
STF/Súmula 473
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque
deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados
os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
- Lei 9.784/99, Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos.

Gabarito: Errado.
(CESPE/PC-AL/2021)
26) Os agentes de polícia do estado de Alagoas, no exercício de sua função, devem comedir a aplicação
do uso de força em suas abordagens e ações, buscando agir de maneira adequada, sem extrapolar os
limites legais impostos ao exercício do poder que lhes é conferido. Acerca do uso e do abuso de poder,
julgue o item que se segue.
Ato praticado de forma abusiva e com finalidade diversa daquela atribuída pela lei é configurado como excesso de
poder.
Comentário:

Consiste no Desvio de Poder ou Desvio de Finalidade.

Abuso de Poder

@Quebrandoquestões

93/433
Poderes da Administração – Questões Comentadas

- O Abuso de poder é o exercício das prerrogativas da administração pública além dos limites legais
permitidos, ou seja, é uma atuação ilegal;
- Pode ocorrer de forma comissiva ou omissiva do agente;
- O Abuso de poder é gênero de duas espécies:
* Desvio de Poder ou finalidade;
* Excesso de Poder.
Desvio de Poder ou finalidade
Vício de finalidade, ou seja, o agente atua com uma finalidade diversa da que deveria exercer;
Excesso de Poder
Vício de competência, ou seja, a pessoa excede os limites de suas competências;

Abuso de Poder Mnemônico


Competência Excesso de Poder CEP
Finalidade Desvio de Poder FDP (Filho Do Padeiro)

Gabarito: Errado.
(CESPE/PC-AL/2021)
27) Os agentes de polícia do estado de Alagoas, no exercício de sua função, devem comedir a aplicação
do uso de força em suas abordagens e ações, buscando agir de maneira adequada, sem extrapolar os
limites legais impostos ao exercício do poder que lhes é conferido. Acerca do uso e do abuso de poder,
julgue o item que se segue.
A discricionariedade é um dos atributos do poder de polícia, mas não se faz presente, por exemplo, na concessão
de alvarás de construção e de licenças para dirigir veículos.
Comentário:

A concessão de alvarás de construção e de licenças para dirigir veículos são considerados atos vinculados, sem a
existência de margem de escolha.

Atribuições do Poder de Polícia


- O poder de polícia possui três atributos:
* Discricionariedade;
* Autoexecutoriedade;
* Coercibilidade.
Discricionariedade
- O poder de polícia é exercido, em regra, com base nos critérios de conveniência e oportunidade,
observados os limites da lei e princípios da razoabilidade e proporcionalidade;
- É possível a vinculação do poder de polícia.
Ex: Licença.
Autoexecutoriedade
- É a execução direta e imediata dos atos administrativos, independentemente de prévia autorização
judicial;
- O atributo da autoexecutoriedade não se aplica em todos os casos do poder de polícia;
- É necessária a ação judicial, no caso de cobrança de multa, na hipótese do particular não ter pagado a
multa, não podendo a Administração cobrar, mas apenas impor a multa; (Adm. Impõe a multa, mas é o
Judiciário que cobra);
- Di Pietro entende que a Autoexecutoriedade é dividida em duas espécies:
* Exigibilidade: Aplicação de meios indiretos de coação pela Administração Pública.
* Executoriedade: se confunde com a Autoexecutoriedade, exercendo meios diretos do poder de
polícia, salvo nos casos de transferência de patrimônio do particular para o Estado, pois existe a
necessidade do poder judiciário;
Macete
Aplicação de multa Exigibilidade ou coercibilidade
Retirada imediata de um Carro no meio da Avenida Autoexecutoriedade
Cobrança de multa Intervenção do poder judiciário.
Coercibilidade
- É a imposição coativa das medidas adotas pela Administração Pública;
OBS: Certos atos de poder de polícia não possuem a autoexecutoriedade e a coercibilidade, como no
caso dos atos preventivos (Licença para construção) e certos atos repressivos (cobrança de multa

@Quebrandoquestões

94/433
Poderes da Administração – Questões Comentadas

não paga pelo particular)

Gabarito: Correto.
(CESPE/PC-AL/2021)
28) Os agentes de polícia do estado de Alagoas, no exercício de sua função, devem comedir a aplicação
do uso de força em suas abordagens e ações, buscando agir de maneira adequada, sem extrapolar os
limites legais impostos ao exercício do poder que lhes é conferido. Acerca do uso e do abuso de poder,
julgue o item que se segue.
O poder disciplinar não abrange as sanções impostas a particulares que não estejam sujeitos à disciplina interna
da administração; nesse caso, as medidas punitivas encontram fundamento no poder de polícia.
Comentário:

Poder Disciplinar Poder de Polícia


Poder utilizado pela Administração Pública que
- Poder de aplicar sanções aos servidores e
condiciona ou restringe o uso de bens e a prática
pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços
de atividades privadas, em prol dos interesses da
da Administração;
coletividade.
- É aplicável aos servidores públicos e
particulares que tenham vínculo jurídico Tem como destinatários todos os particulares
específico com a Administração, como por submetidos à autoridade do Estado.
exemplo, no caso de contrato administrativo;
- Não se confunde com o Poder de Polícia, pois Prevalece o princípio da supremacia do interesse
este se insere na esfera privada, aplicando público, em que o interesse do particular é limitado
restrições e condicionamentos aos particulares; devido ao interesse público;

Gabarito: Correto.
(FGV/FUNSAÚDE-CE/2021)
29) No enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, o Estado Alfa editou lei estadual, nos termos da
Lei federal nº 13.979/20, dispondo que o setor privado de bens e serviços deverá adotar medidas de
prevenção à proliferação de doenças, como a assepsia de locais de circulação de pessoas e a
disponibilização aos usuários de produtos higienizantes e saneantes, e que incorrerá em multa o
estabelecimento autorizado a funcionar durante a pandemia da Covid-19 que deixar de disponibilizar
álcool em gel a 70% (setenta por cento) em locais próximos a suas entradas, elevadores e escadas
rolantes, tudo conforme regulamento já devidamente editado.
Obedecidas as formalidades legais, a aplicação da citada multa pelo Estado Alfa ao particular que
inobservar as medidas sanitárias impostas, decorre diretamente do poder
A) hierárquico, que decorre da supremacia do interesse público sobre o privado.
B) disciplinar, que autoriza o poder público a impor penalidades a quem descumprir medidas sanitárias legalmente
impostas.
C) normativo, que incide individualmente sobre cada pessoa natural ou jurídica, após o devido processo legal.
D) de regulamentação, que autoriza os agentes públicos estaduais a aplicarem discricionariamente a sanção.
E) de polícia, que autoriza limitações ao exercício de liberdades individuais em prol do interesse coletivo.
Comentário:

Poder de Polícia
- Poder utilizado pela Administração Pública que condiciona ou restringe o uso de bens e a prática de
atividades privadas, em prol dos interesses da coletividade.
- Prevalece o princípio da supremacia do interesse público, em que o interesse do particular é limitado
devido ao interesse público;
- Poder de Polícia em sentido estrito: Representa o exercício de função administrativa que, fundada em
lei, restringe e condiciona o exercício de direitos e atividades privadas.
- Poder de Polícia em sentido Amplo: Além de exercer a atividade administrativa, pode editar leis que
condicionem e limitem a liberdade e a propriedade, sendo chamadas de limitações administrativas;
- O poder de polícia está sujeito ao controle de legalidade do Poder Judiciário;
- Deve observar o divido processo legal e os princípios da razoabilidade e proporcionalidade;

Poder de Polícia Preventivo e Repressivo


Poder de Polícia Preventivo
- Regra;

@Quebrandoquestões

95/433
Poderes da Administração – Questões Comentadas

- Ocorre quando um terceiro depende de uma licença ou autorização para utilizar um bem ou exercer
alguma atividade privada que afete a coletividade;
- A Licença é um ato administrativo vinculado e definitivo. Com isso caso um particular preencha os
requisitos de exercer determinado direito, a administração deverá reconhecer;
Ex: Licença para construir em terreno particular.
- A autorização é um ato administrativo discricionário e precário em que o particular adquire a
autorização da Administração Pública para exercer uma atividade de seu interesse.
Ex: Porte de Arma;
Poder de Polícia Repressivo
- Exceção;
- É a aplicação de sanções administrativas, feita normalmente através de uma fiscalização aos
particulares por estarem descumprindo alguma norma de polícia;
Ex: Multas, demolição de obras irregulares, apreensão de mercadorias inválidas;
- A cobrança de taxa é uma razão do exercício do poder de polícia;
Ex: Cobrança de Taxas para atividades comerciais;
- O poder de polícia não precisa possuir sempre suas atividades de maneira presencial, podendo ocorrer
através de locais remotos;

Gabarito: Letra E.
(FGV/FUNSAÚDE-CE/2021)
30) Para que o Estado possa alcançar seus fins, o ordenamento jurídico confere aos agentes públicos
algumas prerrogativas, que são denominadas poderes administrativos e possuem caráter instrumental,
uma vez que têm o objetivo de possibilitar a consecução do interesse público.
Em matéria de poderes administrativos, é correto afirmar que uma fundação pública estadual, da área de
saúde, instituída com personalidade jurídica de direito privado,
A) não se submete ao poder hierárquico da Secretaria Estadual de Saúde que, contudo, controla os seus atos
pela vinculação ou tutela administrativa.
B) se submete ao poder hierárquico da Secretaria Estadual de Saúde, em razão da hierarquia externa existente
entre as duas citadas pessoas jurídicas.
C) não se submete a qualquer tipo de controle pela Secretaria Estadual de Saúde, pois ostenta personalidade
jurídica de direito privado.
D) se submete ao poder disciplinar da Secretaria Estadual de Saúde, em razão da hierarquia externa existente
entre as duas citadas pessoas jurídicas.
E) se submete ao poder disciplinar da Secretaria Estadual de Saúde, em razão da desconcentração administrativa
existente entre as duas citadas pessoas jurídicas.
Comentário:

Não há hierarquia, mas sim controle finalístico por meio da vinculação do Ente Político que criou a Fundação
Pública.

Poder Hierárquico
- Tem como objetivo ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades administrativas, no âmbito
interno da Administração Pública;
- Não existe hierarquia entre a Administração Direta e as entidades componentes da Administração
Indireta, nem entre os Poderes ou entre a Administração e os administrados (Povo);
- Não se apresenta nas funções típicas do poder legislativo e do poder judiciário, porém no caso de
funções administrativas existirá;
- Os subordinados são vinculados às determinações dos seus superiores, salvo quando forem:
* Ilegais;
* De competência exclusiva do órgão subordinado;
* Consultoria jurídica ou técnica;
* Órgãos incumbidos de adotar decisões administrativas.
- É possível um superior hierárquico anular ou revogar decisão dos atos dos seus subordinados.
- A delegação e avocação fazem parte do Poder hierárquico;
- O ato de delegação não é exclusivo do poder hierárquico, é possível delegar uma competência
mesmo quando não há relação hierárquica;
- A avocação só é possível em caráter excepcional, por motivos relevantes, devidamente justificados e
por tempo determinado.
- O superior não pode avocar do seu subordinado competência exclusiva;

@Quebrandoquestões

96/433
Poderes da Administração – Questões Comentadas

- Não ocorre avocação de pessoas de mesmo nível hierárquico.


- Pode fiscalizar a atuação e rever atos internos;
- Pode editar atos normativos internos para ordenar a atuação dos subordinados;
Supervisão Ministerial ou Controle Finalístico
No âmbito do controle administrativo, considera-se Supervisão Ministerial o controle que a União
exerce, por meio dos ministérios, sobre as Pessoas Jurídicas da Administração Descentralizada
Federal.
A supervisão ministerial é um meio de controle administrativo exercido sobre as entidades integrantes
da Administração Pública Indireta em relação ao ministério a que estejam vinculadas.
Esta vinculação não reflete subordinação hierárquica, caracterizando, assim, a autonomia e
independência das entidades da Administração Pública Indireta.
São características comuns às empresas públicas e às sociedades de economia mista estar sujeitas ao
controle finalístico do ente da administração direta que as instituiu.
Não se confunde com o controle interno ou Hierárquico.
Maria Sylva Di Pietro e Carvalho Filho: Consideram a Supervisão Ministerial um controle Externo.
Celso Antônio Bandeira de Mello: Considera o controle tutelar um controle “interno-externo”.

Gabarito: Letra A.
(FCC/PGE-GO/2021)
31) Recentemente, o Supremo Tribunal Federal enfrentou um dos temas mais controversos no âmbito do
Direito Administrativo, tendo fixado algumas balizas sobre a delegação do poder de polícia, fixando tese
de Repercussão Geral a respeito, em Recurso Extraordinário ajuizado pela Empresa de Transportes e
Trânsito de Belo Horizonte S/A − BHTRANS (Tema 532 − RE 633.782, Relator: Luiz Fux, Tribunal Pleno,
julgado em 26/10/2020). Por meio deste precedente, o STF consolidou o entendimento no sentido de que a
competência administrativa relativa ao poder de polícia é
A) delegável a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração pública, desde que limitado às
fases do ciclo de polícia administrativa relativas ao consentimento e à fiscalização, excluída a fase sancionatória.
B) delegável, por lei, a pessoas jurídicas de direito privado não integrantes da Administração pública, inclusive no
tocante à fase sancionatória do ciclo de polícia, contanto que no exercício sejam observados os princípios do
devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório.
C) indelegável, sendo reservado apenas aos órgãos da Administração direta, dada a natureza de potestade
pública da atividade.
D) delegável, por lei, a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração pública indireta, desde
que sejam de capital social majoritariamente público e prestem exclusivamente serviço público de atuação própria
do Estado, em regime não concorrencial.
E) delegável, por lei, apenas às pessoas jurídicas de direito público integrantes da Administração pública indireta,
visto que o regime jurídico estatutário de seus servidores lhes confere a estabilidade indispensável ao exercício da
atividade.
Comentário:

Delegação do Poder de Polícia


Antigo Entendimento Novo Entendimento
* STF/RE 633.782 → É possível delegar (Fases:
Consentimento, Fiscalização e Sanção) para
pessoas de direito privado.
* STJ/REsp 817.534/MG → Pode delegar o poder
de polícia nas fases de consentimento e Requisitos para delegar:
fiscalização para as pessoas jurídicas de direito - Necessita de Lei;
privado da administração pública; - Fazer parte da Administração Indireta;
- Ter capital social majoritariamente público;
- Prestar, exclusivamente, serviço público em
regime não concorrencial;
STF/RE 633.782 – 23/10/20
É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado
integrantes da Administração Pública indireta de capital social majoritariamente público que prestem
exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial.

Gabarito: Letra D.

@Quebrandoquestões

97/433
Atos Administrativos

@Quebrandoquestões

98/433
Atos Administrativos – Questões Comentadas

(CESPE/TCE-RJ/2021)
01) Acerca de ato administrativo, de agentes públicos, de poderes da administração pública e de regime
jurídico administrativo, julgue o item a seguir.
Situação hipotética: Determinado órgão publicou a Portaria A, para tratar de certo tema. Em seguida, publicou a
Portaria B, sobre o mesmo assunto da Portaria A, revogando esta expressamente. Posteriormente, editou a
Portaria C, que revogou expressamente a Portaria B, sem tratar de qualquer tema.
Assertiva: Nessa situação hipotética, a revogação da Portaria B pela Portaria C caracteriza a revogação da
revogação, mas não reativa a vigência da Portaria A.
Comentário:

Repristinação do Ato Administrativo


Ocorre quando um determinado ato (Ato B) administrativo revoga outro ato (Ato A) e posteriormente
surge um terceiro ato (Ato C) revogando o ato (Ato B) que revogou o primeiro (Ato A). Desta forma, é
possível que o terceiro ato renove os efeitos do primeiro ato, desde que conste expressamente no Ato
(Ato C) tal intuição.

(CESPE/TRE-PE/2017) Determinado ato administrativo revogou outro ato. Posteriormente, contudo, um terceiro
ato administrativo foi editado, tendo revogado esse ato revogatório. Nessa situação hipotética, o terceiro ato
renovará os efeitos do primeiro ato somente se dele constar expressamente tal intuito. (Gabarito: Correto.)

Gabarito: Correto.
(CESPE/TCE-RJ/2021)
02) A respeito de atos administrativos, dos princípios administrativos, do processo administrativo e dos
poderes da administração pública, julgue o item a seguir.
O ato regulamentar poderá impor obrigações e direitos, desde que estes não sejam contrários à lei que tiver
ensejado a sua prática.
Comentário:

O ato regulamentar deve seguir os mandamentos legais, não sendo possível impor ou criar obrigações e direitos,
pois este papel faz parte dos atos normativos primários.

Os Decretos são exemplos de atos regulamentares.

Poder Regulamentar
- É a capacidade em que os chefes do Poder Executivo possuem para fazer edição de atos
administrativos normativos;
- É a prerrogativa de direito público que o autoriza a editar atos gerais e abstratos para complementar a
lei e permitir a sua efetiva execução.
- Conforme a doutrina, o poder regulamentar é de competência privativa dos chefes do Poder
Executivo.
- Aos demais órgãos e entidades da administração que podem editar atos administrativos normativos,
a doutrina estabelece que estes estejam utilizando o Poder Normativo, sendo um poder mais amplo em
que o Poder Regulamentar seria uma espécie daquele.
- Os atos do poder regulamentar ocorrem através de:
* Decretos e Regulamentos;
* Decretos Autônomos;
* Decreto ou Regulamento Autorizado/Delegado.
Decretos e Regulamentos
- Estabelecem os procedimentos para a fiel execução das leis, ou seja, explicam os dispositivos legais;
- Não podem criar novos direitos e obrigações, ou seja, não pode inovar o direito se limitando a lei;
- Tal competência que é dos Chefes do Poder Executivo não pode ser delegada;
- São considerados atos normativos secundários, sendo a lei ato normativo primário;
- É possível mediante decreto ou regulamento fixar obrigações derivadas diversas das obrigações
primárias, desde que estejam em consonância com o que a Lei impõe;
- São atos de caráter geral e abstrato, possuindo destinatários indeterminados;
- De acordo com a Doutrina, a regulamentação só pode ocorrer em leis que a administração atue, ou seja,
leis administrativas, não podendo regulamentar leis penais ou processuais;
- A autorização para editar decretos não precisa está diretamente firmado na Lei, pois tal ato de editar
vem direto da CF/88;

@Quebrandoquestões

99/433
Atos Administrativos – Questões Comentadas

- CF/88, Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:


IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua
fiel execução;
- Nos casos em que a lei depender de decreto, aquela só produzirá seus efeitos após a edição deste.
Decretos Autônomos
- Editados privativamente pelo chefe do Executivo, não necessitando de participação do poder
legislativo;
- São considerados atos primários, ou seja, não precisam da criação de uma lei para existir;
- Decorre direto da CF/88, tendo a finalidade de criar normas;
- Edição de decretos autônomos pode ser delegada aos Ministros de Estado, PGR E AGU;
- CF/88, Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
VI – dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa
nem criação ou extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI
(Decreto Autônomo), XII (Conceder Indulto e Comutar Pena) e XXV (Prover e Desprover cargo),
primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da
União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
Regulamento Autorizado ou Delegado
- O regulamento autorizado ou delegado consiste em ato administrativo secundário (infralegal) derivado
da lei, que tem a finalidade de complementar esta por meio do poder executivo.
- Não têm previsão expressa na CF/88;
- É considerado um poder normativo, e não regulamentar, sendo editado por órgãos e entidades de
perfil técnico, ou seja, não é atribuição exclusiva do Chefe do Poder Executivo.
- Regulamentam matérias de natureza técnica que não constam na lei, porém seguindo as diretrizes
desta;
- Através deles ocorre o fenômeno da deslegalização;

Gabarito: Errado.
(CESPE/TCE-RJ/2021)
03) A respeito de atos administrativos, dos princípios administrativos, do processo administrativo e dos
poderes da administração pública, julgue o item a seguir.
Por meio da licença, ato unilateral e vinculado, a administração faculta aos interessados o exercício de
determinada atividade.
Comentário:

A licença é o ato administrativo vinculado e unilateral, por meio do qual a Administração faculta ao interessado
o desempenho de certa atividade, desde que atendidos os requisitos legais exigidos.

(CESPE/FUB/2009) A licença é um ato administrativo vinculado; o administrador será obrigado a conceder a


respectiva licença caso sejam atendidas todas as condições necessárias, não existindo discricionariedade.
(Gabarito: Correto.)

(CESPE/PGE-PB/2008) A licença não pode ser negada quando o requerente satisfaça os requisitos legais para
sua obtenção. (Gabarito: Correto.)

(CESPE/TCE-ES/2013) Se a administração pública conceder a determinado particular licença para construir,


estará praticando ato administrativo negocial. (Gabarito: Correto.)

Atos negociais
Segundo Hely Lopes Meirelles, a licença, a autorização e a permissão são exemplos de declarações de
vontade da autoridade administrativa apta a concretizar determinados efeitos específicos e individuais
ou a deferir certa faculdade ao particular nas condições impostas ou consentidas pelo Poder Público,
correspondentes a atos administrativos negociais.
Os atos administrativos de licença, permissão, autorização, admissão, visto, aprovação, homologação,
dispensa e renúncia, constituem espécies de Atos negociais.
Os atos administrativos negociais e os enunciativos não têm o atributo da imperatividade.
Admissão

@Quebrandoquestões

100/433
Atos Administrativos – Questões Comentadas

A admissão é o ato vinculado e unilateral pelo qual a administração reconhece ao particular que
preencha os requisitos legais o direito à prestação de um serviço público.
Alvará
É o instrumento formal, expedido pela Administração, que expressa aquiescência no sentido de ser
desenvolvida certa atividade pelo particular.
Autorização
A autorização é o ato administrativo discricionário e unilateral, por meio do qual a Administração
consente na prática de determinada atividade material, tendo, como regra, caráter precário.
Licença e autorização são atos administrativos que representam o consentimento da administração ao
permitir determinada atividade; o alvará é o instrumento que formaliza esses atos.
Homologação
A homologação é o ato administrativo unilateral e vinculado de exame de legalidade de outro ato jurídico
já praticado, a fim de conferir exequibilidade ao ato controlado.
Sua conformidade com a lei é examinada a posteriori, ou seja, depois da execução do ato.
Licença
Ato unilateral, vinculado e definitivo pelo qual o Poder Público, verificando que o interessado atendeu a
todos as exigências legais, faculta-lhe o exercício de uma atividade material.
A licença é o ato administrativo vinculado e unilateral, por meio do qual a Administração faculta ao
interessado o desempenho de certa atividade, desde que atendidos os requisitos legais exigidos.
A emissão de uma licença em favor de um particular é ato de outorga, negocial, vinculado, unilateral e
simples.
Permissão
A permissão é o ato unilateral e precário, pelo qual a Administração faculta ao particular a prestação de
um serviço público ou defere a utilização especial de determinado bem público.
Protocolo administrativo
Ato administrativo negocial pelo qual o Poder Público acerta com o particular a realização de
determinado empreendimento ou a abstenção de certa conduta, no interesse recíproco da
Administração é denominado de protocolo administrativo.
Visto
O ato administrativo pelo qual o Poder Público controla outro ato da própria Administração ou do
administrado, aferindo sua legitimidade formal para dar-lhe exequibilidade. (Ato vinculado).
Denomina-se visto o ato administrativo pelo qual a Administração controla outro ato emanado dela
própria ou do administrado aferindo sua legitimidade formal para dar-lhe exequibilidade.
Fonte: MEIRELLES, HELY LOPES. Direito Administrativo Brasileiro. 27ª ed. São Paulo : Malheiros, 2002.
Fonte: CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 23. ed. rev., ampl. e atual. Rio de Janeiro: Lumen Juris,
2010. P 151 e 163.

Atos negociais
Discricionários Vinculados
Permissão/Autorização/Renúncia Licença/Admissão/Homologação
Tem R: é discricionário. Não tem R: é vinculado.

Gabarito: Correto.
(CESPE/TC-DF/2021)
04) Acerca de serviços públicos, de atos administrativos, de contratos administrativos e de licitações,
julgue o item subsequente.
A convalidação de atos administrativos possui como pressuposto a impossibilidade de retroação dos efeitos à
época em que o ato foi praticado.
Comentário:

A convalidação de um ato administrativo é a supressão do vício existente em ato ilegal, com efeitos
retroativos (Ex-tunc) à data em que este foi praticado.

Atos negociais
Anulação Revogação Convalidação
Ex-Tunc Ex-Nunc Ex-Tunc

Convalidação
A convalidação de um ato administrativo é o processo de que se vale a Administração para aproveitar atos

@Quebrandoquestões

101/433
Atos Administrativos – Questões Comentadas

administrativos com vícios superáveis ou sanáveis, de forma a confirmá-los no todo ou em parte.


O aproveitamento dos atos administrativos que apresentem vícios pode se dar por meio de convalidação
que é:
* Aplicável aos atos discricionários e vinculados;
* Feita pela Administração Pública não se deslocando para o Judiciário;
* Considerada um vício sanável para os elementos: forma e competência;
* Inaplicável a atos que tenham exaurido seus efeitos, não produzindo qualquer efeito a sua
convalidação.
A convalidação de um ato administrativo enseja a edição de novo ato administrativo, que produz efeitos
desde a data em que foi editado o ato viciado, salvo disposição expressa em sentido contrário.
A convalidação de um ato administrativo somente é possível para os chamados atos anuláveis.
A convalidação de um ato administrativo é a supressão do vício existente em ato ilegal, com efeitos
retroativos à data em que este foi praticado.
A convalidação de um ato administrativo nem sempre é possível, sendo inviável, por exemplo, quando
presente vício relacionado à finalidade do ato.
A convalidação de um ato administrativo alcança atos que apresentem defeitos sanáveis, desde que não
acarrete lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros.
Um exemplo de convalidação de um ato administrativo é o saneamento do vício de competência por meio
da ratificação do ato pela autoridade competente.
O ato administrativo praticado por autoridade incompetente pode ser convalidado.
OBS: Saneamento: Convalidação feita por ato de terceiro.
Quando a Forma for essencial e ocorrer o vício, não será possível convalidá-la.
Quando a competência for exclusiva ou em relação à matéria, não será possível convalidá-la.

Anulação Revogação
Ocorre por ser um ato que exorbita os limites da Ocorre por não ser mais conveniente ou
legalidade; oportuno, porém é considerado um ato legal;
O ato pode ser discricionário ou vinculado; O ato precisa ser discricionário;
Se sujeita ao exame do Poder Judiciário, mediante Não se sujeita ao exame do Poder Judiciário, mas
provocação, e também ao da Administração. apenas ao da Administração.
Efeito retroativo ou Ex-Tunc. Efeito prospectivo ou Ex-Nunc.

Gabarito: Errado.
(CESPE/APEX Brasil/2021)
05) Determinada indústria protocolou, no órgão competente, requerimento para obter licença para
fabricação de produtos de uso agrícola. Por ter comprovado atendimento aos requisitos legais, a indústria
foi registrada pelo poder público e recebeu a licença.
Nessa situação hipotética, a licença pode ser classificada como
A) ato administrativo de autorização.
B) ato administrativo discricionário.
C) ato administrativo complexo.
D) ato administrativo vinculado.
Comentário:

Licença
Ato unilateral, vinculado e definitivo pelo qual o Poder Público, verificando que o interessado atendeu a
todos as exigências legais, faculta-lhe o exercício de uma atividade material.
A licença é o ato administrativo vinculado e unilateral, por meio do qual a Administração faculta ao
interessado o desempenho de certa atividade, desde que atendidos os requisitos legais exigidos.
A emissão de uma licença em favor de um particular é ato de outorga, negocial, vinculado, unilateral e
simples.

Gabarito: Letra D.
(CESPE/ANM/2021)
06) No que diz respeito aos princípios fundamentais, concessão, autorização, permissão e atos da
administração pública, julgue o item a seguir.
A administração pública pode revogar seus próprios atos eivados de vícios, ou ainda pelo judiciário, mediante
provocação.
Comentário:

@Quebrandoquestões

102/433
Atos Administrativos – Questões Comentadas

A administração pública pode ANULAR seus próprios atos eivados de vícios, ou ainda pelo judiciário, mediante
provocação.

(CESPE/IPHAN/2018) A administração pública deve anular seus próprios atos quando eivados de vício de
legalidade, respeitados os direitos adquirido. (Gabarito: Correto.).

Anulação
A anulação retira do mundo jurídico atos ilegais e produzem efeitos retroativos ou ex tunc.
Ato administrativo praticado fora dos padrões de legalidade e que exorbite os limites definidos e
previstos em lei é denominado ato ilegal.
Considerando um ato administrativo o qual, contaminado por vício, tornou-se ilegal, ressalvada a
apreciação judicial e respeitados os direitos adquiridos, a Administração pode anulá-lo, porque dele
não se originam direitos.
A administração pública deve anular seus próprios atos quando eivados de vício de legalidade, respeitados
os direitos adquiridos.
O ato discricionário praticado por autoridade incompetente, ou realizado por forma diversa da prevista
em lei é ilegítimo e nulo.

STF/Súmula 473
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque
deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados
os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

Gabarito: Errado.
(CESPE/ANM/2021)
07) No que diz respeito aos princípios fundamentais, concessão, autorização, permissão e atos da
administração pública, julgue o item a seguir.
A administração pública tem o dever de anular os atos ilegais, não havendo exceção por respeito ao princípio da
finalidade.
Comentário:

Há exceção em relação ao prazo decadencial.

Lei 9.784/99. Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo
comprovada má-fé.

Gabarito: Errado.
(FGV/PC-RN/2021)
08) No curso de determinado processo administrativo, Maria, escrivã de Polícia Civil, praticou ato
administrativo de autorização de troca de móveis entre delegacias, que era de competência da chefe de
departamento onde está lotada. Passados cinco meses da prática do ato, a irregularidade foi verificada
pela delegada Joana, chefe do departamento, que detém competência para a prática do ato.
Constatando que não houve lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiro, e com objetivo de sanar o
vício, Joana:
A) pode convalidar o ato, por meio da confirmação, cujos efeitos não retroagem à data de edição do ato originário;
B) não pode aproveitar o ato, porque se trata de nulidade absoluta por vício nos elementos forma e competência;
C) pode convalidar o ato, por meio da ratificação, cujos efeitos retroagem à data da edição do ato originário;
D) não pode aproveitar o ato, porque já se passaram mais de 120 dias, razão pela qual deve iniciar novo processo
administrativo;
E) não pode aproveitar o ato, porque se trata de nulidade absoluta por vício no elemento competência, razão pela
qual deve iniciar novo processo administrativo.
Comentário:

A convalidação de um ato administrativo é o processo de que se vale a Administração para aproveitar atos
administrativos com vícios superáveis ou sanáveis, de forma a confirmá-los no todo ou em parte. A
convalidação de um ato administrativo é a supressão do vício existente em ato ilegal, com efeitos retroativos
à data em que este foi praticado.

@Quebrandoquestões

103/433
Atos Administrativos – Questões Comentadas

O aproveitamento dos atos administrativos que apresentem vícios pode se dar por meio de convalidação que
é:
* Aplicável aos atos discricionários e vinculados;
* Feita pela Administração Pública não se deslocando para o Judiciário;
* Considerada um vício sanável para os elementos: forma e competência;
* Inaplicável a atos que tenham exaurido seus efeitos, não produzindo qualquer efeito a sua convalidação.

Pode ser Convalidado


Forma;
Competência.
Mnemônico: FOCO.

Formas de convalidação
Ratificação, reforma ou conversão são meios de convalidação de atos administrativos viciados.
Ratificação
Ratificação é a convalidação da forma ou competência do ato administrativo, sendo realizada pela própria
autoridade que praticou o ato.
Conversão
Trata-se de instituto utilizado pela Administração Pública para converter um ato inválido em ato de outra
categoria, sendo aproveitado, possuindo efeitos retroativos à data do ato original.
A conversão é o ato administrativo pelo qual a Administração converte um ato inválido em ato de outra
categoria, de maneira a torná-lo válido, com efeitos retroativos à data do ato original.
Reversão ou reforma
Reforma: Quando novo ato administrativo suprime a parte inválida de ato anterior, mantendo sua parte
válida, ou seja, é a alteração/transformação de um ato administrativo originariamente ilegal em outro ato de
grau inferior, porém que atinge os requisitos de legalidade.
Possui a finalidade de retirar a parte inválida de determinado ato administrativo e manter a parte válida.
A ratificação, a reforma e a conversão são formas em que podemos verificar a convalidação do ato
administrativo.

Gabarito: Letra C.
(INSTITUTO AOCP/PC-PA/2021)
09) Considerando a temática Direito Administrativo, assinale a alternativa INCORRETA.
A) O desvio de poder ocorre quando o agente atua nos limites da competência legalmente definida, mas visando
alcançar outra finalidade que não aquela prevista em lei.
B) Compete privativamente ao Presidente da República dispor, mediante decreto, sobre a extinção de funções ou
cargos públicos, quando vagos.
C) O poder disciplinar do Estado é o poder de aplicação de sanções por parte do Poder Público, sendo que essas
sanções decorrem de vinculação especial entre o sancionado e o Estado, notadamente, a relação hierárquica e a
relação contratual.
D) As certidões e os pareceres são espécies de atos administrativos ordinatórios.
E) Quanto aos destinatários, os atos administrativos podem ser gerais ou individuais.
Comentário:

Letra A: Correta.

Abuso de Poder
- O Abuso de poder é o exercício das prerrogativas da administração pública além dos limites legais
permitidos, ou seja, é uma atuação ilegal;
- Pode ocorrer de forma comissiva ou omissiva do agente;
- O Abuso de poder é gênero de duas espécies:
* Desvio de Poder ou finalidade;
* Excesso de Poder.
Desvio de Poder ou finalidade
Vício de finalidade, ou seja, o agente atua com uma finalidade diversa da que deveria exercer;
Excesso de Poder
Vício de competência, ou seja, a pessoa excede os limites de suas competências;

@Quebrandoquestões

104/433
Atos Administrativos – Questões Comentadas

Abuso de Poder Mnemônico


Competência Excesso de Poder CEP
Finalidade Desvio de Poder FDP (Filho Do Padeiro)

Letra B: Correta.

CF/88, Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

VI – dispor, mediante decreto, sobre:

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

Letra C: Correta.

Letra D: Errada.

Tipos de Atos
Atos Negociais Atos Enunciativos Atos Punitivos Atos Normativos Atos Ordinatórios
H = Homologação. Certidão Multa; Decreto Circulares
A = Autorização. Atestado Interdição REsolução Ofício
V = Visto. Parecer Administrativa; DEliberações Portaria
P = Permissão. Apostila Destruição de REgimento Instrução
A = Aprovação. Coisas. INStrução Aviso
R = Renúncia. normativa Despacho
D = Dispensa. Ordem de serviço
A = Admissão.
L = Licença.
H.A.V.
CAPA MID D.RE.D.RE.INS COPIADO
P.A.R.D.A.L.

Letra E: Correta.

Quanto à destinação: ato individual ou ato geral.


Os atos administrativos classificam-se, quanto ao destinatário: Gerais e Individuais. Exemplos: Edital,
regulamentos e instruções.
Atos gerais
Os atos administrativos gerais são aqueles expedidos sem destinatários determinados, com finalidade
normativa, alcançando os que se encontram na mesma situação.
Ex: Regulamentos, portarias, resoluções, circulares, instruções, deliberações, regimentos.
Atos administrativos gerais têm finalidade normativa.
O ato administrativo que contém determinações gerais e abstratas, que não tem destinatários
determinados e que incide sobre todos os fatos ou situações que se enquadrem nas hipóteses que
abstratamente preveem, denomina-se atos normativos.
Existem atos administrativos expedidos sem destinatário determinado, que têm finalidade normativa e
alcançam todos os sujeitos que se encontram na mesma situação abrangida por seus preceitos. Como
exemplo desse tipo de ato tem-se o regulamento.
Pode ser considerada característica dos atos administrativos gerais:
* Revogabilidade incondicionada.
* Impossibilidade de impugnação direta pela pessoa lesada, restando, somente, a via de arguição de
inconstitucionalidade.
* Aplicabilidade de comandos gerais e abstratos a destinatários indeterminados em quaisquer
situações.
* Prevalência sobre o ato administrativo individual.
* Impossibilidade de impugnação por meio de recursos administrativos.
Atos individuais
Os atos administrativos individuais são aqueles atos que se dirigem a destinatários certos, criando-lhes
situação jurídica particular, podendo abranger um ou vários sujeitos, desde que sejam
individualizados.
Os atos administrativos gerais caracterizam-se por não possuir destinatários determinados, ao passo

@Quebrandoquestões

105/433
Atos Administrativos – Questões Comentadas

que os atos administrativos individuais possuem destinatários determinados.

Gabarito: Letra D.
(CESPE/MPE-AP/2021)
10) Determinado indivíduo foi aprovado em concurso público para o cargo de fiscal ambiental, para cujo
ingresso era necessário nível superior. Depois de um ano de atuação como funcionário, descobriu-se que
ele não tinha concluído o nível de escolaridade exigido e que havia fraudado o diploma requisitado para o
cargo. Depois do devido processo legal, essa pessoa foi demitida.
Considerando-se essa situação hipotética, é correto afirmar que, em regra, os atos de ofício e de decisão
praticados por tal indivíduo serão considerados.
A) nulos, porquanto praticados por pessoa incompetente.
B) válidos, em razão da teoria do agente de fato.
C) anuláveis, em decorrência de vício na forma dos atos.
D) legais, mas somente até serem contestados.
E) irregulares, por vício de capacidade do agente.
Comentário:

Agentes Putativos
São agentes que desempenham atividade pública com presunção de legitimidade, porém, sua
investidura não ocorreu por meio de um procedimento legal.
Ex: Técnico atuando nas atribuições de um Analista Judiciário.
- Os atos praticados pelos agentes de fato são considerados válidos, pois, de acordo com a teoria da
aparência, os administrados, em regra, acreditam que o agente público está investido de forma legal no
cargo, emprego ou função que está atuando.
- Mesmo sendo investido de forma irregular, o agente de fato possui direito à remuneração pelo seu
serviço prestado, sendo considerado enriquecimento ilícito da Administração, caso esta venha pedir
devolução.

Gabarito: Letra B.
(INSTITUTO AOCP/Câmara de Teresina - PI/2021)
11) A respeito dos atos administrativos, assinale a alternativa correta.
A) Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela cabe o mandado de
segurança ou a medida judicial.
B) Quando o ato é praticado em decorrência de situação fática verdadeira e prevista em lei como ensejadora da
conduta estatal, contudo o agente público não realiza a motivação do ato, trata-se de ato com vício no elemento
motivo.
C) Tipicidade é o requisito pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela
lei como aptas a produzir determinados resultados.
D) Os atos de gestão são aqueles praticados como forma de dar andamento à atividade administrativa, sem
configurar uma manifestação de vontade do Estado, mas sim a execução de condutas previamente definidas.
E) A licença é o ato pelo qual o Poder Público permite a realização de dada atividade associada à fiscalização do
Estado. Trata-se de ato discricionário e é concedido desde que cumpridos os requisitos objetivamente definidos
em lei.
Comentário:

Letra A: Correta.

STF/Súmula 510
Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela cabe o mandado de
segurança ou a medida judicial.

Letra B: Errada.

Quando o ato é praticado em decorrência de situação fática verdadeira e prevista em lei como ensejadora da
conduta estatal, contudo o agente público não realiza a motivação do ato, trata-se de ato com vício no elemento
FORMA.

Forma (vinculada e pode ser convalidada)


Sendo um dos requisitos do ato administrativo, a forma consiste no revestimento exteriorizador do ato

@Quebrandoquestões

106/433
Atos Administrativos – Questões Comentadas

administrativo.
A forma é elemento vinculado do ato administrativo, decorrente do princípio da solenidade, podendo ser
exteriorizado de forma escrita, que é a regra, por sinal luminoso e mesmo por sons e gestos.
Ato Administrativo praticado em desrespeito à forma expressa em Lei ou que preteriu solenidade essencial
para sua validade, à luz da Doutrina Majoritária, da Legislação Nacional e da Jurisprudência do STF, é Ato
nulo (Vício de Forma).
O vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades
indispensáveis à existência ou seriedade do ato.
O Vício no elemento “forma” do ato administrativo, que não seja essencial à validade do ato pode ser
convalidado.
O procedimento é, na definição de Maria Sylvia Zanella Di Pietro¹, o conjunto de formalidades que devem
ser observadas para a prática de certos atos administrativos; equivale a rito, a forma de proceder; o
procedimento se desenvolve dentro de um processo administrativo e sua inobservância dos atos
previstos em lei e dos princípios que informam o processo administrativo macula de vício a decisão da
Administração.
Fonte¹: PIETRO, Maria Sylvia Zanella Di. Direito administrativo. 14.ed. São Paulo: Atlas, 2002. p. 506.

Motivação x Motivo x Móvel


Motivação Motivo Móvel
É a exposição dos motivos e É o pressuposto de fato e de É a situação subjetiva e
integra a formalização do ato. direito que levaram à prática do psicológica que corresponde à
ato. vontade do agente público.

Letra C: Errada.

Tipicidade é o ATRIBUTO pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela
lei como aptas a produzir determinados resultados.

Atributos do ato administrativo


Em geral, os atos administrativos são dotados, entre outros, dos atributos de presunção de legitimidade,
imperatividade, autoexecutoriedade e tipicidade.

Tipicidade
O ato administrativo é dotado de determinados atributos, entre os quais se insere a tipicidade, decorrente
do princípio da legalidade, que afasta a possibilidade de a administração praticar atos inominados,
predicando a utilização de figuras previamente definidas como aptas a produzir determinados resultados.
O ato administrativo deve corresponder a figuras previamente definidas pela lei como aptas a produzir
determinados efeitos. Essa característica do ato administrativo decorre do atributo da tipicidade.
No que diz respeito ao atributo da tipicidade do ato administrativo, é certo que essa tipicidade só existe
em relação aos atos unilaterais. Tal atributo está previsto em atos unilaterais e nominados (precisam
estar tipificados em lei), não existindo em contratos, sendo estes inominados (não precisam estar
tipificados em lei).
O princípio da legalidade veda à administração a prática de atos inominados (não precisam estar
tipificados em lei), embora estes sejam permitidos aos particulares.
É possível à administração celebrar contratos inominados.

Letra D: Errada.

Quanto ao objeto ou conteúdo: ato de império, ato de gestão e ato de expediente.


Os atos administrativos são classificados quanto ao conteúdo em atos de império, atos de gestão e atos
de expediente.
Ato de império
Os atos administrativos de império são os que a Administração Pública pratica valendo-se de sua
supremacia sobre o particular e lhes impõem obrigatório atendimento.
Os atos administrativos de império são aqueles praticados pela Administração usando dos seus poderes e
prerrogativas de autoridade.
Atos de gestão
Os atos administrativos de gestão são todos aqueles que a Administração Pública pratica sem usar da
supremacia sobre seus destinatários e, em regra, com discricionariedade.

@Quebrandoquestões

107/433
Atos Administrativos – Questões Comentadas

Os atos administrativos puramente de administração dos bens e serviços públicos, e os atos


administrativos que se destinam a dar andamento aos processos e papéis que tramitam pelas repartições
públicas são classificados, respectivamente, como atos de gestão e expediente.
Ato de expediente
Os atos administrativos de expediente são aqueles atos de rotina interna sem caráter decisório, sem
caráter vinculante e sem forma especial, geralmente praticado por servidores subalternos, sem
competência decisória. Destinam-se a dar andamento aos processos que tramitam pelas repartições
públicas.

Letra E: Errada.

Licença
Ato unilateral, vinculado e definitivo pelo qual o Poder Público, verificando que o interessado atendeu a
todos as exigências legais, faculta-lhe o exercício de uma atividade material.
A licença é o ato administrativo vinculado e unilateral, por meio do qual a Administração faculta ao
interessado o desempenho de certa atividade, desde que atendidos os requisitos legais exigidos.
A emissão de uma licença em favor de um particular é ato de outorga, negocial, vinculado, unilateral e
simples.

Gabarito: Letra A.
(INSTITUTO AOCP/Câmara de Teresina - PI/2021)
12) Assinale a alternativa que apresenta os cinco requisitos dos atos administrativos.
A) Competência, finalidade, tipicidade, objeto e motivo.
B) Competência, agilidade, forma, finalidade e objeto.
C) Competência, moralidade, forma, motivo e objeto.
D) Competência, finalidade, forma, motivo e objeto.
E) Competência, publicidade, finalidade, motivo e objeto.
Comentário:

Requisitos ou elementos do ato administrativo


Competência Poder legal conferido ao agente público para o desempenho das suas atribuições.
Finalidade O ato é dirigido ao atendimento do interesse público, tem efeito jurídico mediato.
Forma Modo pelo qual o ato se exterioriza ou deve ser apresentado.
Motivo Pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato.
Objeto É o conteúdo do ato, tendo efeito jurídico imediato.
Mnemônico: COMFIFORMOB

Gabarito: Letra D.
(CESPE/MPE-AP/2021)
13) A revogação de ato administrativo consiste em medida
A) discricionária, por meio da qual a administração pública extingue ato administrativo válido.
B) vinculada, por meio da qual a administração pública extingue ato administrativo válido.
C) discricionária, por meio da qual a administração pública extingue ato viciado por nulidade absoluta.
D) vinculada, por meio da qual a administração pública extingue ato praticado por autoridade incompetente.
E) discricionária, por meio da qual a administração pública extingue ato viciado por nulidade relativa.
Comentário:

Revogação
A administração pública pode revogar ato próprio discricionário, ainda que perfeitamente legal,
simplesmente pelo fato de não mais o considerar conveniente ou oportuno.
A revogação de um ato administrativo normativo, quando parcial, denomina-se derrogação. Quando a
revogação for total podemos chamar de Ab-rogação (Revogação Absoluta).
Os atos administrativos sujeitam-se ao exame do Poder Judiciário no que diz respeito aos aspectos de
legalidade, mas não nos critérios de conveniência e oportunidade.
Não podem ser revogados (Ex Nunc) os atos administrativos:
* Que já exauriram seus efeitos.
* Enunciativos, também denominados "meros atos administrativos", como certidões e atestados.
* Vinculados;
* Que geram direitos adquiridos;

@Quebrandoquestões

108/433
Atos Administrativos – Questões Comentadas

* Editados em desconformidade com a lei;


* Integrantes de um procedimento administrativo;
* Que se exauriram as competências relativamente ao objeto do ato;
* Complexos;
A revogação é um ato discricionário que incide apenas sobre atos discricionários.
Fonte de Estudo: MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. Saraiva. Ed. 9º. p. 341-342.

Gabarito: Letra A.
(CESPE/MPE-AP/2021)
14) Acerca dos atos administrativos, assinale a opção correta.
A) Sempre que o poder público não responder, em prazo razoável, a solicitação formulada por um cidadão,
considerar-se-á deferido o requerimento do particular.
B) A usurpação de função pública é causa de anulabilidade de ato administrativo emitido pelo usurpador, ficando o
ato passível de convalidação pelo agente público que teria originalmente a competência para realizá-lo.
C) Nos atos discricionários, a competência, o motivo e o objeto são elementos vinculados, enquanto a forma e a
finalidade são elementos discricionários.
D) A convalidação é um ato administrativo discricionário.
E) A presunção de legitimidade de que goza o ato administrativo é relativa, já que pode ser superada caso o
interessado consiga demonstrar a ilegalidade do ato ou a não ocorrência dos seus pressupostos fáticos.
Comentário:

Letra A: Errada.

Silêncio administrativo
O silêncio administrativo, que consiste na ausência de manifestação da administração pública em
situações em que ela deveria se pronunciar, somente produzirá efeitos jurídicos se a lei os previr.
O silêncio da administração pública, na seara do direito público, não é um ato, mas um fato
administrativo.
A lei pode atribuir efeitos ao silêncio administrativo, inclusive para deferir pretensão ao administrado.
O silêncio administrativo consiste na ausência de manifestação da administração nos casos em que ela
deveria manifestar-se. Se a lei não atribuir efeito jurídico em razão da ausência de pronunciamento, o
silêncio administrativo não pode sequer ser considerado ato administrativo. (CESPE/2013)
O silêncio da administração pública pode significar forma de manifestação de vontade, quando a lei
assim o prevê. (CESPE/2014 – Adotou a doutrina de Di Pietro)
Em obediência ao princípio da solenidade das formas, o ato administrativo deve ser escrito, registrado e
publicado, não se admitindo no direito público o silêncio como forma de manifestação de vontade da
administração. (CESPE/2015 – Adotou o Posicionamento de Celso Antônio Bandeira de Mello e Marcelo
Alexandrino e Vicente Paulo)

(CESPE/ABIN/2018) Nas situações de silêncio administrativo, duas soluções podem ser adotadas na esfera do
direito administrativo. A primeira está atrelada ao que a lei determina em caso de ato de conteúdo vinculado. A
segunda, por sua vez, ocorre no caso de ato de caráter discricionário, em que o interessado tem o direito de
pleitear em juízo que se encerre a omissão ou que o juiz fixe prazo para a administração se pronunciar, evitando,
dessa forma, a omissão da administração. (Gabarito: Correto).

Letra B: Errada.

Atos inexistentes
O ato juridicamente impossível ou que possui apenas aparência de manifestação de vontade é
considerado um ato inexistente.
Os atos praticados por um usurpador de Função são considerados atos inexistentes.
Ato Inexistente é o que apresenta aparência de manifestação de vontade da administração pública, mas
que não chegou a aperfeiçoar-se como ato administrativo.

Letra C: Errada.

Ato Vinculado Ato Discricionário

@Quebrandoquestões

109/433
Atos Administrativos – Questões Comentadas

Competência (Vinculada) Competência (Vinculada)


Finalidade (Vinculada) Finalidade (Vinculada)
Forma (Vinculada) Forma (Vinculada)
Motivo (Vinculado) Motivo (Discricionário)
Objeto (Vinculado) Objeto (Discricionário)

Letra D: Errada.

Convalidação
A convalidação de um ato administrativo é o processo de que se vale a Administração para aproveitar atos
administrativos com vícios superáveis ou sanáveis, de forma a confirmá-los no todo ou em parte.
O aproveitamento dos atos administrativos que apresentem vícios pode se dar por meio de convalidação
que é:
* Aplicável aos atos discricionários e vinculados;
* Feita pela Administração Pública não se deslocando para o Judiciário;
* Considerada um vício sanável para os elementos: forma e competência;
* Inaplicável a atos que tenham exaurido seus efeitos, não produzindo qualquer efeito a sua
convalidação.

Letra E: Correta.

Presunção de legitimidade e veracidade


Os atos administrativos, quando editados, trazem em si uma presunção relativa de legitimidade.
A presunção de legitimidade dos atos administrativos está relacionada à sujeição da administração ao
princípio da legalidade.
A presunção de legitimidade é relativa ou juris tantum.
A presunção de legitimidade dos atos administrativos não é absoluta (juris et de jure).
A presunção de veracidade tem o conceito de que os fatos alegados pela Administração supõem-se como
verdadeiros.
Em decorrência do atributo da presunção de legitimidade e do atributo da presunção de veracidade, o
primeiro diz respeito à conformidade do ato com a lei; em decorrência desse atributo, presume-se, até
prova em contrário, que os atos administrativos foram emitidos com observância na lei, em relação ao
segundo presumem-se verdadeiros os fatos alegados pela administração, tal como se verifica nas
certidões, nos atestados e nas declarações emitidas pela administração.
Por meio dos estudos de Fernanda Marinela, um dos efeitos da presunção de legitimidade é a execução
imediata e a geração de determinadas obrigações ao particular, mesmo este não estando de acordo.
Podendo essas obrigações serem executadas, direta ou indiretamente mediante coação, pelo Poder
Público.
Entre os atributos do ato administrativo, encontra-se a presunção de legitimidade a qual diz respeito à
conformidade do ato com a lei ; em decorrência desse atributo, presume-se, até prova em contrário, que
os atos administrativos foram emitidos com observância da lei.
A presunção de legitimidade e de veracidade do ato administrativo gera a inversão do ônus da prova.
A presunção de legitimidade é uma das características do ato administrativo e produz como efeitos a
presunção relativa de validade e discricionariedade.
Todos os fatos alegados pela administração pública são considerados verdadeiros, bem como todos os
atos administrativos são considerados emitidos conforme a lei, em decorrência das presunções de
veracidade e de legitimidade, respectivamente.

Gabarito: Letra E.
(INSTITUTO AOCP/MPE-RS/2021)
15) Sobre os variados temas de Direito Administrativo, analise as assertivas e assinale a alternativa que
aponta as corretas.
I. De acordo com as regras de organização administrativa, o INSS e o IBAMA são autarquias federais que
integram a administração direta da União.
II. Os atos administrativos possuem cinco elementos, quais sejam: competência, finalidade, forma, motivo
e objeto.
III. A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais,
porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

@Quebrandoquestões

110/433
Atos Administrativos – Questões Comentadas

IV. Segundo a Lei Federal nº 8.666/1993, tomada de preços é a modalidade de licitação entre quaisquer
interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de
qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.
A) Apenas I e II.
B) Apenas II e III.
C) Apenas III e IV.
D) Apenas I, II e IV.
E) Apenas I, III e IV.
Comentário:

Letra A: Errada.

Silêncio administrativo
O silêncio administrativo, que consiste na ausência de manifestação da administração pública em
situações em que ela deveria se pronunciar, somente produzirá efeitos jurídicos se a lei os previr.
O silêncio da administração pública, na seara do direito público, não é um ato, mas um fato
administrativo.
A lei pode atribuir efeitos ao silêncio administrativo, inclusive para deferir pretensão ao administrado.
O silêncio administrativo consiste na ausência de manifestação da administração nos casos em que ela
deveria manifestar-se. Se a lei não atribuir efeito jurídico em razão da ausência de pronunciamento, o
silêncio administrativo não pode sequer ser considerado ato administrativo. (CESPE/2013)
O silêncio da administração pública pode significar forma de manifestação de vontade, quando a lei
assim o prevê. (CESPE/2014 – Adotou a doutrina de Di Pietro)
Em obediência ao princípio da solenidade das formas, o ato administrativo deve ser escrito, registrado e
publicado, não se admitindo no direito público o silêncio como forma de manifestação de vontade da
administração. (CESPE/2015 – Adotou o Posicionamento de Celso Antônio Bandeira de Mello e Marcelo
Alexandrino e Vicente Paulo)

(CESPE/ABIN/2018) Nas situações de silêncio administrativo, duas soluções podem ser adotadas na esfera do
direito administrativo. A primeira está atrelada ao que a lei determina em caso de ato de conteúdo vinculado. A
segunda, por sua vez, ocorre no caso de ato de caráter discricionário, em que o interessado tem o direito de
pleitear em juízo que se encerre a omissão ou que o juiz fixe prazo para a administração se pronunciar, evitando,
dessa forma, a omissão da administração. (Gabarito: Correto).

Letra B: Errada.

Atos inexistentes
O ato juridicamente impossível ou que possui apenas aparência de manifestação de vontade é
considerado um ato inexistente.
Os atos praticados por um usurpador de Função são considerados atos inexistentes.
Ato Inexistente é o que apresenta aparência de manifestação de vontade da administração pública, mas
que não chegou a aperfeiçoar-se como ato administrativo.

Letra C: Errada.

Ato Vinculado Ato Discricionário


Competência (Vinculada) Competência (Vinculada)
Finalidade (Vinculada) Finalidade (Vinculada)
Forma (Vinculada) Forma (Vinculada)
Motivo (Vinculado) Motivo (Discricionário)
Objeto (Vinculado) Objeto (Discricionário)

Letra D: Errada.

Convalidação
A convalidação de um ato administrativo é o processo de que se vale a Administração para aproveitar atos
administrativos com vícios superáveis ou sanáveis, de forma a confirmá-los no todo ou em parte.

@Quebrandoquestões

111/433
Atos Administrativos – Questões Comentadas

O aproveitamento dos atos administrativos que apresentem vícios pode se dar por meio de convalidação
que é:
* Aplicável aos atos discricionários e vinculados;
* Feita pela Administração Pública não se deslocando para o Judiciário;
* Considerada um vício sanável para os elementos: forma e competência;
* Inaplicável a atos que tenham exaurido seus efeitos, não produzindo qualquer efeito a sua
convalidação.

Letra E: Correta.

Presunção de legitimidade e veracidade


Os atos administrativos, quando editados, trazem em si uma presunção relativa de legitimidade.
A presunção de legitimidade dos atos administrativos está relacionada à sujeição da administração ao
princípio da legalidade.
A presunção de legitimidade é relativa ou juris tantum.
A presunção de legitimidade dos atos administrativos não é absoluta (juris et de jure).
A presunção de veracidade tem o conceito de que os fatos alegados pela Administração supõem-se como
verdadeiros.
Em decorrência do atributo da presunção de legitimidade e do atributo da presunção de veracidade, o
primeiro diz respeito à conformidade do ato com a lei; em decorrência desse atributo, presume-se, até
prova em contrário, que os atos administrativos foram emitidos com observância na lei, em relação ao
segundo presumem-se verdadeiros os fatos alegados pela administração, tal como se verifica nas
certidões, nos atestados e nas declarações emitidas pela administração.
Por meio dos estudos de Fernanda Marinela, um dos efeitos da presunção de legitimidade é a execução
imediata e a geração de determinadas obrigações ao particular, mesmo este não estando de acordo.
Podendo essas obrigações serem executadas, direta ou indiretamente mediante coação, pelo Poder
Público.
Entre os atributos do ato administrativo, encontra-se a presunção de legitimidade a qual diz respeito à
conformidade do ato com a lei ; em decorrência desse atributo, presume-se, até prova em contrário, que
os atos administrativos foram emitidos com observância da lei.
A presunção de legitimidade e de veracidade do ato administrativo gera a inversão do ônus da prova.
A presunção de legitimidade é uma das características do ato administrativo e produz como efeitos a
presunção relativa de validade e discricionariedade.
Todos os fatos alegados pela administração pública são considerados verdadeiros, bem como todos os
atos administrativos são considerados emitidos conforme a lei, em decorrência das presunções de
veracidade e de legitimidade, respectivamente.

Gabarito: Letra E.
(FGV/TCE-AM/2021)
16) O servidor público estadual do Amazonas João, insatisfeito com a decisão do Diretor do Departamento
de Recursos Humanos que lhe negou um benefício a que entendia ter direito, ingressou com recurso
administrativo. O servidor Antônio, autoridade competente para julgamento do recurso, não deu
provimento ao recurso interposto por João, mas não motivou seu ato, deixando de indicar os fatos e os
fundamentos jurídicos de sua decisão. Levando em consideração que, à luz das normas de regência e da
situação fática, João realmente não tinha direito subjetivo ao benefício pleiteado, o ato administrativo de
desprovimento do recurso praticado por Antônio:
A) está viciado, por ilegalidade no elemento motivo;
B) está viciado, por ilegalidade no elemento forma;
C) está viciado, por ilegalidade no elemento finalidade;
D) não está viciado, pela teoria dos motivos determinantes;
E) não está viciado, pois o motivo do ato existe e é válido.
Comentário:

Motivação é a INDICAÇÃO dos fatos e dos fundamentos jurídicos.

Motivo é a situação de fato e de direito do ato.

Motivação x Motivo x Móvel


Motivação Motivo Móvel

@Quebrandoquestões

112/433
Atos Administrativos – Questões Comentadas

É a exposição dos motivos e É o pressuposto de fato e de É a situação subjetiva e


integra a formalização do ato. direito que levaram à prática do psicológica que corresponde à
ato. vontade do agente público.

Forma (vinculada e pode ser convalidada)


Sendo um dos requisitos do ato administrativo, a forma consiste no revestimento exteriorizador do ato
administrativo.
A forma é elemento vinculado do ato administrativo, decorrente do princípio da solenidade, podendo ser
exteriorizado de forma escrita, que é a regra, por sinal luminoso e mesmo por sons e gestos.
Ato Administrativo praticado em desrespeito à forma expressa em Lei ou que preteriu solenidade essencial
para sua validade, à luz da Doutrina Majoritária, da Legislação Nacional e da Jurisprudência do STF, é Ato
nulo (Vício de Forma).
O vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades
indispensáveis à existência ou seriedade do ato.
O Vício no elemento “forma” do ato administrativo, que não seja essencial à validade do ato pode ser
convalidado.
O procedimento é, na definição de Maria Sylvia Zanella Di Pietro¹, o conjunto de formalidades que devem
ser observadas para a prática de certos atos administrativos; equivale a rito, a forma de proceder; o
procedimento se desenvolve dentro de um processo administrativo e sua inobservância dos atos
previstos em lei e dos princípios que informam o processo administrativo macula de vício a decisão da
Administração.
Fonte¹: PIETRO, Maria Sylvia Zanella Di. Direito administrativo. 14.ed. São Paulo: Atlas, 2002. p. 506.

Quando o ato é praticado em decorrência de situação fática verdadeira e prevista em lei como ensejadora da
conduta estatal, contudo o agente público não realiza a motivação do ato, trata-se de ato com vício no elemento
FORMA.

Gabarito: Letra B.
(CESPE/SEFAZ-CE/2021)
17) Julgue o item a seguir, a respeito dos atos administrativos e dos poderes da administração pública.
O silêncio administrativo, quando referente a atos discricionários, não se submete ao controle judicial.
Comentário:

CF/88. Art. 5º. XXXV. a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.

Gabarito: Errado.
(CESPE/MPE-SC/2021)
18) Acerca do controle na administração pública, julgue o item subsequente.
Conforme o ordenamento jurídico brasileiro, os elementos discricionários dos atos administrativos são
insuscetíveis de controle, salvo pelo agente responsável pela sua prática.
Comentário:

Quando a Administração Pública se utiliza corretamente da discricionariedade por meio do mérito, o Poder
Judiciário em nada pode controlar, existindo apenas a sua influência quando a discricionariedade for utilizada de
forma ilegal.

STJ/REsp 1.087.443/SC
Embora, em regra, não seja cabível ao Poder Judiciário examinar o mérito do ato administrativo
discricionário - classificação na qual se enquadra o ato que aprecia pedido de licença de servidor para tratar
de interesse particular -, não se pode excluir do magistrado a faculdade de análise dos motivos e da
finalidade do ato, sempre que verificado abuso por parte do administrador.

(FCC/TRT 2ª/2018) Os atos administrativos discricionários são passíveis de controle judicial no que concerne a
vícios de legalidade, o que inclui também a avaliação da inexistência ou falsidade dos motivos declinados pela
Administração a edição do ato. (Gabarito: correto)

Gabarito: Errado.
(VUNESP/Prefeitura de Guarujá - SP/2021)
19) Assinale exemplo de ato administrativo sujeito à anulação pelo Poder Judiciário.

@Quebrandoquestões

113/433
Atos Administrativos – Questões Comentadas

A) Exoneração de servidor em estágio probatório, motivada pela insuficiente avaliação de seu desempenho.
B) Exoneração ad nutum de cargo em comissão.
C) Despacho de revogação de licitação, em decorrência de fato superveniente comprovado, pertinente e suficiente
para justificar a decisão.
D) Autorização de emprego de máquinas, equipamentos e servidores públicos em obra particular, sem
observância das formalidades legais.
E) Anteprojeto de lei que visa instituir programa de políticas públicas que acarrete aumento de despesa,
desacompanhado de estudo de impacto orçamentário e financeiro.
Comentário:

Letra A: Ato legal.

Letra B: Ato legal.

Letra C: A revogação é a retirada de um ato legal por motivo de conveniência e oportunidade.

Letra D: Ato ilegal.

Autorização de emprego de máquinas, equipamentos e servidores públicos em obra particular, sem observância
das formalidades legais.

Letra E: Não é possível o controle judicial, em regra.

STF/MS 32.033
1. Não se admite, no sistema brasileiro, o controle jurisdicional de constitucionalidade material de
projetos de lei (controle preventivo de normas em curso de formação). O que a jurisprudência do STF
tem admitido, como exceção, é “a legitimidade do parlamentar - e somente do parlamentar - para impetrar
mandado de segurança com a finalidade de coibir atos praticados no processo de aprovação de lei ou
emenda constitucional incompatíveis com disposições constitucionais que disciplinam o processo legislativo”
(MS 24.667, Pleno, Min. Carlos Velloso, DJ de 23.04.04). Nessas excepcionais situações, em que o vício de
inconstitucionalidade está diretamente relacionado a aspectos formais e procedimentais da atuação
legislativa, a impetração de segurança é admissível, segundo a jurisprudência do STF, porque visa a corrigir
vício já efetivamente concretizado no próprio curso do processo de formação da norma, antes mesmo e
independentemente de sua final aprovação ou não.

Gabarito: Letra D.
(CESPE/PC-AL/2021)
20) Acerca dos atos administrativos, julgue o item seguinte.
São classificados simples os atos administrativos editados a partir da vontade de um único órgão público, seja ele
singular, seja colegiado.
Comentário:

Quanto à formação ou natureza: ato simples, complexo, composto.


Quanto à formação, o ato administrativo, classifica-se em ato administrativo simples, complexo e
composto.
Ato simples
O ato administrativo simples decorre da declaração de vontade de um único órgão, singular ou
colegiado, tal como ocorre na deliberação de um conselho, que se classifica, segundo a doutrina, como ato
administrativo simples.
Os atos administrativos, quanto à intervenção da vontade administrativa, podem ser classificados como
atos simples.
Quanto à formação do ato administrativo, tem-se que a exoneração de um servidor comissionado do
Quadro de Cargos em Comissão da Procuradoria- Geral de Justiça, em decisão do Procurador-Geral de
Justiça, é exemplo de um ato administrativo simples.
Ato complexo
O ato administrativo que necessita para a sua formação da manifestação de vontade de dois ou mais
diferentes órgãos denomina-se ato complexo.
O ato que concede aposentadoria a servidor público classifica-se como ato complexo.
O ato de nomeação de Ministros do STF, em que a vontade final da Administração Pública exige a

@Quebrandoquestões

114/433
Atos Administrativos – Questões Comentadas

intervenção de agentes ou órgãos diversos, havendo autonomia em cada uma das manifestações, pode
ser classificado como ato administrativo complexo.
* Posicionamento Doutrinário em relação à nomeação de Ministro do STF:
- Di Pietro: Considera o ato composto;

- Carvalho Filho: Considera o ato complexo.


Os atos administrativos complexos são os que resultam da manifestação de dois ou mais órgãos, cujas
vontades se fundem para formar um ato único.
A aposentadoria de servidor público é exemplo de ato administrativo complexo.
Ato composto
Os atos, tais como, aprovação, parecer, homologação, configura a hipótese de um ato administrativo
composto.
Uma autorização que dependa do visto de uma autoridade superior para produzir efeitos, é exemplo de
ato administrativo composto.
O ato administrativo composto é o que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, em que a
vontade de um é instrumental em relação ao outro que edita o ato principal.
Nos atos compostos existem dois atos pelo menos, sendo um principal e outro acessório.

Gabarito: Correto.
(CESPE/PC-AL/2021)
21) Acerca dos atos administrativos, julgue o item seguinte.
A presunção de que os atos administrativos são editados em conformidade com o ordenamento jurídico é relativa,
pois admite prova em contrário por parte do interessado.
Comentário:

Presunção de legitimidade e veracidade


Os atos administrativos, quando editados, trazem em si uma presunção relativa de legitimidade.
A presunção de legitimidade dos atos administrativos está relacionada à sujeição da administração ao
princípio da legalidade.
A presunção de legitimidade é relativa ou juris tantum.
A presunção de legitimidade dos atos administrativos não é absoluta (juris et de jure).
A presunção de veracidade tem o conceito de que os fatos alegados pela Administração supõem-se como
verdadeiros.
Em decorrência do atributo da presunção de legitimidade e do atributo da presunção de veracidade, o
primeiro diz respeito à conformidade do ato com a lei; em decorrência desse atributo, presume-se, até
prova em contrário, que os atos administrativos foram emitidos com observância na lei, em relação ao
segundo presumem-se verdadeiros os fatos alegados pela administração, tal como se verifica nas
certidões, nos atestados e nas declarações emitidas pela administração.
Por meio dos estudos de Fernanda Marinela, um dos efeitos da presunção de legitimidade é a execução
imediata e a geração de determinadas obrigações ao particular, mesmo este não estando de acordo.
Podendo essas obrigações serem executadas, direta ou indiretamente mediante coação, pelo Poder
Público.
Entre os atributos do ato administrativo, encontra-se a presunção de legitimidade a qual diz respeito à
conformidade do ato com a lei ; em decorrência desse atributo, presume-se, até prova em contrário, que
os atos administrativos foram emitidos com observância da lei.
A presunção de legitimidade e de veracidade do ato administrativo gera a inversão do ônus da prova.
A presunção de legitimidade é uma das características do ato administrativo e produz como efeitos a
presunção relativa de validade e discricionariedade.
Todos os fatos alegados pela administração pública são considerados verdadeiros, bem como todos os
atos administrativos são considerados emitidos conforme a lei, em decorrência das presunções de
veracidade e de legitimidade, respectivamente.

Gabarito: Correto.
(CESPE/SEFAZ-CE/2021)
22) Grande parte da doutrina indica como atributos do ato administrativo a presunção de legitimidade, a
autoexecutoriedade, a imperatividade e a revogabilidade. Acerca da autoexecutoriedade do ato
administrativo, julgue o item a seguir.
A autoexecutoriedade é atributo pelo qual o ato administrativo pode ser posto em execução pela própria
administração pública. Apesar de a autoexecutoriedade ser uma das características que distingue o ato

@Quebrandoquestões

115/433
Atos Administrativos – Questões Comentadas

administrativo do ato de direito privado, sua utilização deve ser feita com parcimônia para que a administração não
lese inapropriadamente direito dos particulares.
Comentário:

Parcimônia: Ser moderado, agir com modéstia, simplicidade.

Autoexecutoriedade
A autoexecutoriedade do ato administrativo prevê que a administração pública, para executar suas
decisões, não necessita submeter, previamente, a sua pretensão ao Poder Judiciário.
Dentre os atributos dos atos administrativos, a autoexecutoriedade não está sempre presente, assim
como não está presente em todos os atos que configuram expressão do poder de polícia, este que
também pode possuir caráter preventivo.
O lançamento de ofício de um tributo não é ato administrativo negocial nem possui natureza
autoexecutória, porém é um ato vinculado e dotado de presunção de legitimidade.
A demolição de obra acabada ou em andamento, a destruição de bens impróprios ao consumo são
exemplos de atos autoexecutáveis, mas não a cobrança de multas.
A autoexecutoriedade é um atributo do ato administrativo que depende de expressa previsão legal ou se
justifica diante de necessidade urgente.
O contraditório e a ampla defesa não suprimem a autoexecutoriedade dos processos administrativos.
A principal distinção entre o atributo da autoexecutoriedade e da exigibilidade é que o primeiro confere à
administração a faculdade de executar (diretamente) a medida prevista em lei. Nesse sentido, a
administração não precisa recorrer ao Poder Judiciário. Já o segundo poder de exigir do administrado as
obrigações impostas unilateralmente pela Administração, sob pena de coação indireta.
A Administração pode autoexecutar suas decisões, empregando meios diretos de coerção, utilizando-se
inclusive da força.

Gabarito: Correto.
(FGV/FUNSAÚDE-CE/2021)
23) João estacionou seu veículo em local proibido, qual seja, na calçada em frente à entrada de veículos
do Hospital estadual Alfa. Avalie as duas providências distintas que podem ser adotadas pelo poder
público, observadas as cautelas e procedimentos legais cabíveis:
1ª - Agentes públicos competentes aplicam multa a João, como meio indireto de coação.

2ª - Agentes públicos competentes guincham o carro de João, como meio direto de execução do ato
administrativo.
De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, assinale a opção que apresenta os atributos ou
características do ato administrativo que diretamente ensejaram as duas providências.
A) Imperatividade e exigibilidade.
B) Tipicidade e executoriedade.
C) Autoexecutoriedade e presunção de legitimidade.
D) Exigibilidade e autoexecutoriedade.
E) Presunção de veracidade e imperatividade.
Comentário:

Situação 1: Exigibilidade.

Situação 2: Autoexecutoriedade.

Autoexecutoriedade
- É a execução direta e imediata dos atos administrativos, independentemente de prévia autorização
judicial;
- O atributo da autoexecutoriedade não se aplica em todos os casos do poder de polícia;
- É necessária a ação judicial, no caso de cobrança de multa, na hipótese do particular não ter pagado a
multa, não podendo a Administração cobrar, mas apenas impor a multa; (Adm. Impõe a multa, mas é o
Judiciário que cobra);
- Di Pietro entende que a Autoexecutoriedade é dividida em duas espécies:
* Exigibilidade: Aplicação de meios indiretos de coação pela Administração Pública.
* Executoriedade: se confunde com a Autoexecutoriedade, exercendo meios diretos do poder de
polícia, salvo nos casos de transferência de patrimônio do particular para o Estado, pois existe a

@Quebrandoquestões

116/433
Atos Administrativos – Questões Comentadas

necessidade do poder judiciário;


Macete
Aplicação de multa Exigibilidade ou coercibilidade
Retirada imediata de um Carro no meio da Avenida Autoexecutoriedade
Cobrança de multa Intervenção do poder judiciário.

Gabarito: Letra D.
(FGV/TCE-PI/2021)
24) Como estava atrasado para chegar ao cinema, o cidadão Antônio estacionou seu veículo em calçada
com alto fluxo de circulação de transeuntes. O agente público competente, portanto, procedeu ao guincho
e remoção do veículo ao depósito público.
No caso em tela, o poder público praticou diretamente o ato que seria obrigação do particular, sem a
necessidade de participação deste e sem intervenção do Poder Judiciário, calcado no atributo do ato
administrativo da:
A) imperatividade, que assegura direito de indenização ao poder público e à coletividade;
B) autoexecutoriedade, que consiste em meio direto de execução do ato administrativo;
C) exigibilidade, que consiste em meio direto de execução do ato administrativo;
D) presunção de legitimidade, que assegura direito de indenização ao poder público e à coletividade;
E) presunção de veracidade, que assegura direito de indenização ao poder público e à coletividade.
Comentário:

Autoexecutoriedade
- É a execução direta e imediata dos atos administrativos, independentemente de prévia autorização
judicial;
- O atributo da autoexecutoriedade não se aplica em todos os casos do poder de polícia;
- É necessária a ação judicial, no caso de cobrança de multa, na hipótese do particular não ter pagado a
multa, não podendo a Administração cobrar, mas apenas impor a multa; (Adm. Impõe a multa, mas é o
Judiciário que cobra);
- Di Pietro entende que a Autoexecutoriedade é dividida em duas espécies:
* Exigibilidade: Aplicação de meios indiretos de coação pela Administração Pública.
* Executoriedade: se confunde com a Autoexecutoriedade, exercendo meios diretos do poder de
polícia, salvo nos casos de transferência de patrimônio do particular para o Estado, pois existe a
necessidade do poder judiciário;
Macete
Aplicação de multa Exigibilidade ou coercibilidade
Retirada imediata de um Carro no meio da Avenida Autoexecutoriedade
Cobrança de multa Intervenção do poder judiciário.

Gabarito: Letra B.

@Quebrandoquestões

117/433
Processo Administrativo - Lei 9.784/99

@Quebrandoquestões

118/433
Lei de Improbidade Administrativa – Questões Comentadas

(CESPE/CODEVASF/2021)
01) Considerando a ética na administração pública e a legislação pertinente, julgue o item a seguir.
Considere que em determinado processo administrativo, a parte interessada tenha discordado da decisão
proferida e interposto recurso administrativo. Nessa situação, a decisão do recurso poderá ser delegada e deverá
ser proferida nos limites de atuação do delegado, na duração e nos objetivos da delegação.
Comentário:

Lei 9.784/99. Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:

I - a edição de atos de caráter normativo;

II - a decisão de recursos administrativos;

III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

Não Podem ser Objeto de Delegação - Mnemônicos


CENORA NOREX
Competência Exclusiva - CE Atos de Caráter Normativo – NO
Atos de Caráter Normativo - NO Decisão de Recursos Administrativos - R
Decisão de Recursos Administrativos - RA Competência Exclusiva - EX

Gabarito: Errado.
(CESPE/CODEVASF/2021)
02) Considerando a legislação federal referente aos atos de improbidade administrativa e aos processos
administrativos, julgue o próximo item.
No processo administrativo, é possível a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente
inferior, desde que de forma excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados.
Comentário:

Lei 9.784/99. Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente
justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.

(CESPE/STF/2013) A avocação de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior é juridicamente


possível, desde que seja temporária, excepcional e fundada em motivos relevantes devidamente justificados.
(Gabarito: Correto.)

(CESPE/STJ/2018) A legislação autoriza a avocação de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior,


desde que tal avocação seja excepcional, temporária e esteja fundada em motivos relevantes devidamente
justificados. (Gabarito: Correto.)

Delegação x Avocação
Delegação Avocação
Delegação de competência de baixo para cima;
Delegação de competência de cima para baixo;
Competência atribuída a órgão hierarquicamente
Exercício temporário; inferior.

É possível a delegação com ou sem hierarquia; Exercício temporário;

Não é possível a delegação: Tempo determinado;


- Atos de Caráter Normativo – NO
- Decisão de Recursos Administrativos - R Caráter excepcional;
- Competência Exclusiva - EX
Há necessidade de hierarquia.

Gabarito: Correto.
(CESPE/APEX Brasil/2021)
03) Constatando sobrecarga de trabalho e buscando maior eficiência, a chefia de determinado órgão
administrativo decidiu delegar parte de suas competências administrativas.
Nos termos da Lei n.º 9.784/1999, essa chefia poderá delegar

@Quebrandoquestões

119/433
Lei de Improbidade Administrativa – Questões Comentadas

A) competência para decidir recursos administrativos, desde que os delegatários lhe sejam subordinados
hierarquicamente.
B) competência para editar atos normativos, ainda que os servidores delegatários não lhe sejam hierarquicamente
subordinados.
C) qualquer competência que lhe seja conveniente delegar, desde que não haja impedimento legal, ainda que os
delegatários não lhe sejam subordinados hierarquicamente.
D) qualquer competência que lhe seja conveniente delegar, desde que não haja impedimento legal e que os
delegatários lhe sejam subordinados hierarquicamente.
Comentário:

Lei 9.784/99. Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal,
delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam
hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica,
social, econômica, jurídica ou territorial.

Não Podem ser Objeto de Delegação - Mnemônicos


CENORA NOREX
Competência Exclusiva - CE Atos de Caráter Normativo – NO
Atos de Caráter Normativo - NO Decisão de Recursos Administrativos - R
Decisão de Recursos Administrativos - RA Competência Exclusiva - EX

Gabarito: Letra C.
(FGV/IMBEL/2021)
04) O Presidente de uma autarquia federal, por se encontrar sobrecarregado de trabalho, deseja delegar
sua competência para a prática de diversos atos administrativos, inclusive para decisão de recursos
administrativos, para o Diretor de Assuntos Institucionais.
Ao ser consultado, o advogado da autarquia ofertou parecer no sentido de que a delegação de
competência é
A) vedada expressamente pelo texto da lei, exceto para edição de atos normativos.
B) possível em qualquer situação, desde que haja prévia publicação no diário oficial.
C) vedada expressamente pelo texto da lei, em qualquer hipótese, sob pena de nulidade do ato.
D) possível, via de regra, mas a lei expressamente veda em algumas situações, como na decisão de recursos
administrativos.
E) possível em qualquer situação, desde que haja aquiescência também pelo agente delegado, seja feita de forma
revogável e com a devida publicidade.
Comentário:

Lei 9.784/99. Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:

I - a edição de atos de caráter normativo;

II - a decisão de recursos administrativos;

III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

Gabarito: Letra D.
(CESPE/PF/2021)
05) Determinado órgão público, por intermédio de seu titular, pretende delegar parte de sua competência
administrativa para outro órgão com a mesma estrutura, seguindo os preceitos da Lei Federal n.º
9.784/1999.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
Nessa situação, o órgão delegante pertence necessariamente à administração pública federal, e não ao Poder
Judiciário ou ao Poder Legislativo.
Comentário:

Lei 9.784/99. Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da
Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e
ao melhor cumprimento dos fins da Administração.

@Quebrandoquestões

120/433
Lei de Improbidade Administrativa – Questões Comentadas

STJ/REsp 1.092.202 DF
No âmbito estadual ou municipal, ausente lei específica, a Lei Federal nº 9.784/99 pode ser aplicada de
forma subsidiária, haja vista tratar-se de norma que deve nortear toda a Administração Pública, servindo
de diretriz aos seus órgãos. Destarte, editada lei local posteriormente, essa incidirá apenas a partir dos
atos administrativos praticados após sua vigência, não interrompendo a contagem do prazo decadencial já
iniciado com a publicação da norma federal.

§ 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União,
quando no desempenho de função administrativa.

Lei 9.784/99. Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal,
delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam
hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica,
social, econômica, jurídica ou territorial.

Gabarito: Errado.
(CESPE/PF/2021)
06) Determinado órgão público, por intermédio de seu titular, pretende delegar parte de sua competência
administrativa para outro órgão com a mesma estrutura, seguindo os preceitos da Lei Federal n.º
9.784/1999.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
O órgão delegatário não precisa ser hierarquicamente subordinado ao delegante.
Comentário:

Lei 9.784/99. Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal,
delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam
hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica,
social, econômica, jurídica ou territorial.

Gabarito: Correto.
(CESPE/PF/2021)
07) Determinado órgão público, por intermédio de seu titular, pretende delegar parte de sua competência
administrativa para outro órgão com a mesma estrutura, seguindo os preceitos da Lei Federal n.º
9.784/1999.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
O objeto do ato pode ser a edição de atos normativos.
Comentário:

Não Podem ser Objeto de Delegação - Mnemônicos


CENORA NOREX
Competência Exclusiva - CE Atos de Caráter Normativo – NO
Atos de Caráter Normativo - NO Decisão de Recursos Administrativos - R
Decisão de Recursos Administrativos - RA Competência Exclusiva - EX

Gabarito: Errado.
(VUNESP/CODEN-SP/2021)
08) Ao tratar da instrução do processo administrativo, a Lei Federal n° 9.784, de 29 de janeiro de 1999,
prevê a possibilidade de abrir período de consulta pública para manifestação de terceiros. Sobre tal
prática, é correto afirmar:
A) Não implica no fato de que pessoas físicas ou jurídicas possam examinar os autos, fixando-se prazo para
oferecimento de alegações escritas.
B) Ocorre antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante da relevância da questão, para debates sobre
a matéria do processo.
C) Ocorre antes da decisão do pedido, podendo implicar em prejuízo para a parte interessada.
D) O comparecimento à consulta pública confere, por si, a condição de interessado do processo.
E) É vedada a participação de administrados por meio de organizações e associações, mesmo que legalmente
reconhecidas.
Comentário:

@Quebrandoquestões

121/433
Lei de Improbidade Administrativa – Questões Comentadas

Letra A: Errada.

Lei 9.784/99. Art. 31. Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgão competente
poderá, mediante despacho motivado, abrir período de consulta pública para manifestação de terceiros,
antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo para a parte interessada.

§ 1º. A abertura da consulta pública será objeto de divulgação pelos meios oficiais, a fim de que pessoas físicas ou
jurídicas possam examinar os autos, fixando-se prazo para oferecimento de alegações escritas.

Letra B: Correta.

Lei 9.784/99. Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante da relevância da questão, poderá
ser realizada audiência pública para debates sobre a matéria do processo.

Letra C: Errada.

Lei 9.784/99. Art. 31. Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgão competente
poderá, mediante despacho motivado, abrir período de consulta pública para manifestação de terceiros,
antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo para a parte interessada.

Letra D: Errada.

Lei 9.784/99. Art. 9º São legitimados como interessados no processo administrativo:

I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses individuais ou no
exercício do direito de representação;

II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela
decisão a ser adotada;

III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos;

IV - as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou interesses difusos.

Organizações e Associações Pessoas ou Associações


No tocante a direitos e interesses coletivos; Quanto a direitos ou interesses difusos.

Letra E: Errada.

Lei 9.784/99. Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas, em matéria relevante, poderão estabelecer outros
meios de participação de administrados, diretamente ou por meio de organizações e associações legalmente
reconhecidas.

Gabarito: Letra B.
(FGV/IMBEL/2021)
09) Segundo a Lei nº 9.784/99, assinale a opção que não apresenta um dever do administrador perante a
Administração.
A) Expor os fatos conforme a verdade.
B) Agir de modo temerário e cauteloso.
C) Proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé.
D) Prestar as informações que lhe forem solicitadas.
E) Colaborar para o esclarecimento dos fatos, quando for solicitado.
Comentário:

Lei 9.784/99. Art. 4º São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em
ato normativo:

I - expor os fatos conforme a verdade;

II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;

@Quebrandoquestões

122/433
Lei de Improbidade Administrativa – Questões Comentadas

III - não agir de modo temerário;

IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.

Gabarito: Letra B.
(CESPE/DEPEN/2021)
10) A respeito da administração pública, dos servidores públicos da União e dos contratos e convênios
celebrados pela União, julgue o item a seguir.
Caso servidor acusado que tenha sido devidamente intimado não compareça pessoalmente em ato do processo
administrativo e não apresente justificativa para seu não comparecimento, deverão ser reconhecidos como
verdadeiros os fatos a ele imputados.
Comentário:

Lei 9.784/99. Art. 27. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da verdade dos fatos,
nem a renúncia a direito pelo administrado.

Parágrafo único. No prosseguimento do processo, será garantido direito de ampla defesa ao interessado.

Gabarito: Errado.
(FGV/PC-RN/2021)
11) Diante do acúmulo de serviço em razão da grande demanda em sua competência originária e com o
objetivo de conferir maior eficiência e celeridade em questões administrativas, o Delegado-Geral de Polícia
Civil do Estado Alfa praticou ato administrativo delegando sua competência para a Secretaria Executiva de
Polícia decidir recursos administrativos hierárquicos. O mencionado ato de delegação é:
A) inválido, porque os atos previstos como de competência do Delegado-Geral não podem ser delegados, em
respeito ao poder hierárquico;
B) inválido, porque a legislação proíbe expressamente a delegação de decisão de recursos administrativos;
C) lícito, porque a competência administrativa é imprescritível, improrrogável e irrenunciável;
D) lícito, porque a competência é delegável, exceto nos casos de competência exclusiva definida em lei;
E) lícito, porque a competência é delegável, exceto para a edição de atos normativos.
Comentário:

Lei 9.784/99. Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:

I - a edição de atos de caráter normativo;

II - a decisão de recursos administrativos;

III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

Gabarito: Letra B.
(VUNESP/Prefeitura de Jundiaí - SP/2021)
12) A Administração Pública fez publicar no Diário Oficial que determinada competência de um órgão
público estaria sendo delegada do seu titular para um funcionário de menor graduação dentro do referido
órgão, estabelecendo que seria uma delegação geral, exceto quanto à decisão dos recursos
administrativos, e por tempo indeterminado, e, ainda, que a delegação poderia ser revogada a qualquer
tempo pela autoridade delegante. Nessa situação hipotética, nos termos da Lei n° 9.784/1999, que trata do
processo administrativo, considerando que não há impedimento legal específico, é correto afirmar que
essa delegação
A) é totalmente legal, pois foi efetivada dentro do que permite o referido diploma legal, podendo, inclusive ser
revogada a qualquer tempo.
B) é ilegal no que se refere ao prazo da delegação, que não pode ser por prazo indeterminado e por ter feito
exceção quanto à decisão de recursos administrativos.
C) é ilegal tão somente quanto aos limites da delegação, que não pode ser genérica, devendo especificar o seu
alcance e o seu limite, mas legal no que se refere ao prazo, que pode ser por tempo indeterminado.
D) é ilegal por ter sido concedida de forma genérica, sem limitações, e por ter sido atribuída por prazo
indeterminado, mas a lei permite a revogação a qualquer tempo.
E) é ilegal por ter sido concedida a competência a funcionário subordinado, por ter sido conferida por prazo
indeterminado, por ser genérica, sem limitação, e por prever a sua revogação a qualquer tempo.

@Quebrandoquestões

123/433
Lei de Improbidade Administrativa – Questões Comentadas

Comentário:

Lei 9.784/99. Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial.

§ 1º O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do delegado,


a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício da atribuição
delegada.

§ 2º O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.

Gabarito: Letra D.
(CESPE/MPE-AP/2021)
13) Considerando as disposições da Lei n.º 9.784/1999, julgue os itens a seguir.
I A legitimidade para o processo administrativo é restrita às pessoas físicas.
II O ato de decidir sobre recursos administrativos é delegável.
III O servidor que tenha participado como perito é impedido de atuar no processo administrativo.
IV Na contagem dos prazos relativos ao processo administrativo, exclui-se o dia da cientificação oficial e
inclui-se o dia do vencimento.
Estão certos apenas os itens
A) I e II.
B) II e III.
C) III e IV.
D) I, II e IV.
E) II, III e IV.
Comentário:

Item I: Errado.

Lei 9.784/99. Art. 9º São legitimados como interessados no processo administrativo:

I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses individuais ou no
exercício do direito de representação;

II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela
decisão a ser adotada;

III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos;

IV - as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou interesses difusos.

Organizações e Associações Pessoas ou Associações


No tocante a direitos e interesses coletivos; Quanto a direitos ou interesses difusos.

Item II: Errado.

Lei 9.784/99. Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:

I - a edição de atos de caráter normativo;

II - a decisão de recursos administrativos;

III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

Item III: Correto.

Lei 9.784/99. Art. 18. É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que:

I - tenha interesse direto ou indireto na matéria;

@Quebrandoquestões

124/433
Lei de Improbidade Administrativa – Questões Comentadas

II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações
ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau;

III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro.

Item IV: Correto.

Lei 9.784/99. Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-se da
contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento.

Gabarito: Letra C.
(CESPE/MPE-AP/2021)
14) Acerca da Lei n.º 9.784/1999, que estabelece normas sobre o processo administrativo federal, assinale
a opção correta.
A) A edição de atos normativos é competência que pode ser delegada a outro órgão.
B) Decai em três anos o direito do Estado de anular atos administrativos que favoreçam terceiros.
C) O processo administrativo somente pode iniciar-se de ofício.
D) É viável delegar a outro órgão público a competência de decisão de recursos administrativos.
E) É possível haver delegação de competência para órgão que não seja subordinado ao órgão delegante.
Comentário:

Letra A/D: Erradas.

Lei 9.784/99. Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:

I - a edição de atos de caráter normativo;

II - a decisão de recursos administrativos;

III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

Letra B: Errada.

Lei 9.784/99. Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo
comprovada má-fé.

Letra C: Errada.

Lei 9.784/99. Art. 5º O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado.

Letra E: Correta.

Lei 9.784/99. Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal,
delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam
hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica,
social, econômica, jurídica ou territorial.

Gabarito: Letra E.
(CESPE/PC-DF/2021)
15) Com base no disposto na Constituição Federal de 1988, julgue o item seguinte.
Em processo administrativo disciplinar, a falta de defesa técnica, por advogado, configura desrespeito aos
princípios do contraditório e da ampla defesa.
Comentário:

STF/Súmula Vinculante 05
A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.

Gabarito: Errado.
(FGV/TJ-PR/2021)

@Quebrandoquestões

125/433
Lei de Improbidade Administrativa – Questões Comentadas

16) Em sede de processo administrativo disciplinar (PAD) instaurado após sindicância patrimonial em face
de servidor público federal, foi-lhe aplicada a penalidade de demissão do serviço público, tendo em vista a
constatação de variação patrimonial a descoberto. Inconformado, o servidor demitido impetra mandado de
segurança visando a anular o ato demissório e argumenta, preliminarmente, a nulidade do PAD por ter
sido instaurado com base em denúncia anônima; por não lhe ter sido assegurada defesa técnica; e por ter
havido a posterior alteração da capitulação legal. Além disso, o impetrante também sustenta a inexistência
de provas inequívocas das irregularidades e a incongruência entre a conduta apurada e a pena de
demissão. Considerando a narrativa fática hipotética acima, é correto afirmar que:
A) na via do mandado de segurança, admitem-se a discussão e o exame a respeito da suficiência do conjunto
fático-probatório constante do PAD;
B) na via do mandado de segurança, não se admite a valoração da congruência entre a conduta apurada e a
capitulação da pena de demissão aplicada no PAD;
C) no PAD, a alteração da capitulação legal imputada ao indiciado enseja sua nulidade, com fundamento no
princípio da tipicidade fechada;
D) desde que devidamente motivada e com amparo em investigação ou sindicância, admite-se a instauração de
PAD com base em denúncia anônima;
E) é nula a decisão adotada em PAD no qual não tenha sido assegurada ao indiciado a defesa técnica por
advogado, conforme jurisprudência dos Tribunais Superiores.
Comentário:

Letra A: Errada.

STF/MS 21.985
É pacífico o entendimento no âmbito do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça de que
o mandado de segurança não é a via adequada para o exame da suficiência do conjunto fático-
probatório constante do Processo Administrativo Disciplinar - PAD, a fim de verificar se o impetrante
praticou ou não os atos que lhe foram imputados e que serviram de base para a imposição de penalidade
administrativa, porquanto o rito do mandado de segurança exige prova pré-constituída e inequívoca do
direito líquido e certo invocado.

Letra B: Errada.

STF/MS 17.151
Admite-se, na via do mandado de segurança, valorar a congruência entre a conduta apurada no
procedimento disciplinar e a capitulação legal utilizada pela autoridade julgadora para aplicar a pena de
demissão - na espécie, art. 132, IV, da Lei n. 8.112/90, combinado com art. 11, inciso I, da Lei n. 8.429/92 -,
buscando, dessa forma, preservar a correta aplicação do princípio da legalidade.

Letra C: Errado.

STF/MS 19.726
O indiciado se defende dos fatos que lhe são imputados e não de sua classificação legal, de sorte que a
posterior alteração da capitulação legal da conduta, não tem o condão de inquinar de nulidade o Processo
Administrativo Disciplinar; a descrição dos fatos ocorridos, desde que feita de modo a viabilizar a defesa do
acusado, afasta a alegação de ofensa ao princípio da ampla defesa.

Letra D: Correta.

STJ/Súmula 611
Desde que devidamente motivada e com amparo em investigação ou sindicância, é permitida a instauração
de processo administrativo disciplinar com base em denúncia anônima, em face do poder-dever de
autotutela imposto à Administração.

Letra E: Errada.

STF/Súmula Vinculante 05
A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.

Gabarito: Letra D.

@Quebrandoquestões

126/433
Lei de Improbidade Administrativa – Questões Comentadas

(FCC/DPE-RR/2021)
17) No campo do controle da Administração Pública, quanto aos recursos administrativos a
A) solicitação de perdão administrativo é aquele dirigido à autoridade de outro órgão não integrado na mesma
hierarquia daquele que proferiu o ato, com a finalidade de tornar sem efeito penalidade anteriormente aplicada ao
administrado.
B) retificação hierárquica é aquela apresentada pelo interessado, atingido pelo ato administrativo, para que o
superior hierárquico do departamento que o emitiu faça cessar os efeitos por ele causados ao administrado.
C) revisão é o recurso pelo qual o interessado requer o reexame do ato à própria autoridade que o emitiu.
D) pedido de reconsideração é o pedido de reexame do ato administrativo dirigido à autoridade superior a que
proferiu o ato, visando sua alteração e restabelecimento do status quo.
E) reclamação administrativa é o ato pelo qual o administrado, seja particular ou servidor público, deduz uma
pretensão perante a Administração Pública, visando obter o reconhecimento de um direito ou a correção de um
ato que lhe cause lesão ou ameaça de lesão.
Comentário:

Letra A/B: Erradas.

A alternativa “a” traz o conceito de recurso hierárquico impróprio. Já a alternativa “b” traz o conceito de recurso
hierárquico próprio.

Recurso hierárquico Próprio


É o reexame do ato feito pela autoridade hierarquicamente superior, dentro do mesmo órgão;
Recurso hierárquico Impróprio
É o recurso que é feito a uma autoridade que não possui hierarquia sobre aquela que editou o ato,
sendo possível esse tipo de recurso apenas quando previsto em lei.

Letra C: Errada.

Pedido de reconsideração é o recurso pelo qual o interessado requer o reexame do ato à própria autoridade que
o emitiu.

Recurso Administrativo
- É a possibilidade do reexame das decisões internas da Administração pública.
São considerados recursos administrativos:
* Recurso hierárquico Próprio;
* Recurso hierárquico Impróprio;
* Revisão;
* Representação;
* Reclamação;
* Reconsideração.
Recurso hierárquico Próprio
É o reexame do ato feito pela autoridade hierarquicamente superior, dentro do mesmo órgão;
Recurso hierárquico Impróprio
É o recurso que é feito a uma autoridade que não possui hierarquia sobre aquela que editou o ato,
sendo possível esse tipo de recurso apenas quando previsto em lei.
Revisão
São os atos revistos após surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a
decisão tomada.
Representação
Denúncia apresentada por qualquer pessoa devido às irregularidades ou ilegalidades apresentadas por
algum ato.
Reclamação
É feita por um particular ou servidor público que possui seus direitos afetados diretamente.
Reconsideração
Pedido feito a mesma autoridade que indeferiu o ato, pedindo uma nova apreciação.

Letra D: Errada.

@Quebrandoquestões

127/433
Lei de Improbidade Administrativa – Questões Comentadas

Recurso hierárquico é o pedido de reexame do ato administrativo dirigido à autoridade superior a que proferiu o
ato, visando sua alteração e restabelecimento do status quo.

Letra E: Correta.

Conceito correto de reclamação administrativa.

Gabarito: Letra E.
(FGV/IMBEL/2021)
18) Conforme previsto na Lei nº 9.784/99, que dispõe sobre o processo administrativo no âmbito federal, o
administrado possui uma série de direitos perante a Administração Pública.
Assinale a opção que apresenta um desses direitos.
A) Ter ciência da tramitação de processos administrativos em que tenha a condição de interessado.
B) Fazer-se assistir, obrigatoriamente, por advogado, inclusive em caso de representação.
C) Expor os fatos conforme a verdade material e a boa-fé.
D) Formular alegações e apresentar documentos após as decisões.
E) Agir de modo temerário quando considerado necessário pelo órgão competente.
Comentário:

Lei 9.784/99. Art. 3º O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros
que lhe sejam assegurados:

I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o
cumprimento de suas obrigações;

II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista
dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas;

III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração
pelo órgão competente;

IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de
lei.

As letras C e E são deveres.

Lei 9.784/99
Direitos do Administrado - Art. 3º Deveres do Administrado - Art. 4º
* Ser tratado com respeito pelas autoridades e
servidores, que deverão facilitar o exercício de seus
direitos e o cumprimento de suas obrigações;
* Expor os fatos conforme a verdade;
* Ter ciência da tramitação dos processos
administrativos em que tenha a condição de
* Proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;
interessado, ter vista dos autos, obter cópias de
documentos neles contidos e conhecer as decisões
* Não agir de modo temerário;
proferidas;
* Prestar as informações que lhe forem
* Formular alegações e apresentar documentos
solicitadas e colaborar para o esclarecimento
antes da decisão, os quais serão objeto de
dos fatos.
consideração pelo órgão competente;

* Fazer-se assistir, facultativamente, por


advogado, salvo quando obrigatória a
representação, por força de lei.

Gabarito: Letra A.
(FGV/IMBEL/2021)

@Quebrandoquestões

128/433
Lei de Improbidade Administrativa – Questões Comentadas

19) Segundo a Lei nº 9.784/99, em algumas ocasiões específicas, os atos administrativos deverão ser
motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos. Sobre as ocasiões em que esses atos
deverão ser motivados, analise as afirmativas a seguir.
I. Quando decidam recursos administrativos.
II. Quando impõem ou agravam deveres.
III. Quando aplicam jurisprudência firmada sobre a questão.
Está correto o que se afirma em
A) I, somente.
B) II, somente.
C) I e II, somente.
D) I e III, somente.
E) II e III, somente.
Comentário:

Lei 9.784/99. Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, quando:

II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;

V - decidam recursos administrativos;

VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e
relatórios oficiais;

Gabarito: Letra C.
(FGV/TJ-RO/2021)
20) João, ocupante do cargo efetivo de Técnico Judiciário de determinado Tribunal, exerce cargo em
comissão de Diretor do Departamento de Tecnologia da Informação. Na qualidade de agente competente
para decidir determinada matéria no bojo de processo administrativo, João praticou ato administrativo
com motivação explícita, clara e congruente, porém consistente em declaração de concordância com
fundamentos de anteriores pareceres e decisões constantes dos autos, que, neste caso, são parte
integrante do ato.
De acordo com a Lei nº 9.784/1999, que regula o processo administrativo, aplicável ao caso narrado, em
tese, a motivação apresentada por João é:
A) ilícita e opera efeitos ex tunc;
B) ilícita e opera efeitos ex nunc;
C) ilícita e não comporta convalidação;
D) lícita e opera efeitos ex tunc;
E) lícita e é conhecida como motivação aliunde.
Comentário:

Motivação Aliunde
Pelo princípio da motivação, é possível a chamada motivação aliunde, ou seja, a mera referência, no ato, à
sua concordância com anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, como forma de suprimento
da motivação do ato.

Lei 9.784/99. Art. 50. § 1º. A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de
concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso,
serão parte integrante do ato.

Gabarito: Letra E.

@Quebrandoquestões

129/433

Você também pode gostar