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LEI 8.

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Lei nº 8.112/1990 e suas alterações
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LEI Nº 8.112/1990 E SUAS ALTERAÇÕES

DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE/2018/ABIN/OFICIAL DE INTELIGÊNCIA) O estágio probatório inicia-se na
data da posse do agente público, findando-se com o término do prazo de três anos.

COMENTÁRIO
O estágio probatório tem início no momento do exercício.

LEI N. 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990

Jurisprudência:

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Administrativo. Servidor Público.


Estabilidade e estágio probatório. Prazo comum de três anos. Inteligência do art. 41 da Cons-
tituição Federal, com a redação conferida pela EC 19/98. Precedentes. 1. O Plenário da Corte,
no julgamento da STA n. 269/DFAgR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, firmou orientação no
sentido de que, embora distintos, são vinculados os institutos da estabilidade e do estágio pro-
batório, devendo-se aplicar a ambos o prazo comum de três anos fixado no caput do art. 41 da
Constituição Federal, alterado pela Emenda Constitucional n. 19/1998. 2. Agravo regimental
não provido.” (ARE 800.614-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Dias Toffoli).

DIRETO DO CONCURSO
2. (FGV/2022/CGU/AUDITOR FEDERAL) José foi aprovado e classificado em 11º lugar em
concurso público para o cargo efetivo de analista de determinado ministério. O edital do
concurso previa a existência de dez vagas e a União, dentro do prazo de validade do con-
curso, que findou em 05/01/2020, convocou e nomeou os dez primeiros colocados. Ocor-
re que Carlos, candidato classificado em 10º lugar, não obstante tenha sido nomeado em
04/01/2020, desistiu do cargo em 05/02/2020, tendo a Administração Pública Federal,
em 25/02/2020, tornado sem efeito seu ato de nomeação, conforme publicação em diário
oficial. José, entendendo possuir direito subjetivo à nomeação diante da desistência de
Carlos, apresentou requerimento administrativo visando à sua imediata nomeação.
No caso em tela, consoante jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o plei-
to de José:
a. merece prosperar, porque a desistência de Carlos sem a respectiva convocação de
José constitui preterição de forma arbitrária e imotivada pela Administração Pública;

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b. merece prosperar, porque a desistência de Carlos sem a respectiva convocação de


José constitui ofensa aos princípios da eficiência, boa-fé, moralidade, impessoalidade
e proteção da confiança;
c. não merece prosperar, pois não convolou sua mera expectativa em direito subjetivo
à nomeação, na medida em que a desistência de Carlos ocorreu após o término do
prazo de validade do concurso;
d. não merece prosperar, pois não convolou sua mera expectativa em direito subjetivo à
nomeação, na medida em que ocorreu a desistência de Carlos, independentemente
de ter acontecido antes ou após o término do prazo de validade do concurso;
e. merece prosperar, porque a nomeação de Carlos e o posterior ato tornando-a sem
efeito constitui manifestação inequívoca da Administração Pública acerca da existên-
cia de vagas e, sobretudo, da necessidade de chamamento de, pelo menos, mais um
candidato.
5m

COMENTÁRIO
O pleito de José merece prosperar, pois, uma vez que a nomeação de Carlos se tornou
sem efeito, existe vaga em aberto. Dessa forma, o próximo candidato deve ser chamado,
no caso, José.

3. (CESPE/2021/TC-DF/PROCURADOR) Acerca do direito de greve e de serviços essen-


ciais, julgue o item a seguir, de acordo com o entendimento jurisprudencial do STF.
O exercício, ainda que não abusivo, do direito de greve por servidor público civil em es-
tágio probatório é falta grave e suficiente para sua imediata exoneração pela autoridade
competente, haja vista a inexistência de estabilidade.

COMENTÁRIO
O direito de greve também se aplica ao servidor em estágio probatório.

4. (CESPE/2020/SEFAZ/AUDITOR/Q1197572) Com a reforma administrativa ocorrida em


1998, os servidores públicos passaram a adquirir a estabilidade a partir da posse no
cargo público.
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COMENTÁRIO
O prazo do estágio probatório começa a ser contado a partir da entrada em exercício.

Quadro-resumo:

Formas de provimento

As formas de provimento são várias, mas a doutrina considera a nomeação como sendo
a forma de provimento originária.
Nesse sentido, dispõe a Lei n. 8.112/1990:

Art. 8º São formas de provimento de cargo público:


I – nomeação;
II – promoção;
III – readaptação;
VI – reversão;
VII – aproveitamento;
VIII – reintegração;
IX – recondução.

A promoção ocorre quando o servidor muda de classe em sua carreira. A ideia é gerar
um estímulo para que o servidor se mantenha em seu cargo, pois a promoção normalmente
é acompanhada de um acréscimo na remuneração.
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A readaptação ocorre por limitação física ou mental do servidor.


A reversão é o retorno do servidor aposentado ao serviço ativo.
O aproveitamento é o retorno do servidor que estava em disponibilidade.
A reintegração é o retorno do servidor que foi demitido ilegalmente.
Já a recondução ocorre quando o servidor retorna a seu cargo de origem.
10m
Súmula Vinculante 43: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie
ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provi-
mento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.
Ou seja, para que um servidor possa mudar de carreira, necessariamente deverá par-
ticipar de um outro concurso público. A ascensão e a transferência são inconstitucionais
atualmente.

Da Readaptação

Ocorre pela limitação física ou mental do servidor. Dessa forma, o servidor irá ocupar um
outro cargo público compatível com as limitações que lhe foram impostas.
Não sendo possível a readaptação do servidor, então ele será aposentado.

Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades


compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em
inspeção médica.
§ 1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.
§ 2º A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida,
nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago,
o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.

Súmula n. 377/STF: O portador de visão monocular tem direito de concorrer, em con-


curso público, às vagas reservadas aos deficientes.
15m

Da Reversão

Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: (Redação dada pela Medida
Provisória n. 2.225-45, de 04/09/2001)
I – por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposen-
tadoria; ou
II – no interesse da administração, desde que:
a. tenha solicitado a reversão;
b. a aposentadoria tenha sido voluntária;
c. estável quando na atividade;
d. a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação;
e. haja cargo vago.

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Obs.: vale destacar que a reversão a pedido representa um ato discricionário da Administração
Pública. Assim, mesmo que o servidor cumpra todos os requisitos do dispositivo acima,
será avaliado se é do interesse do serviço público o retorno ou não desse servidor.

§ 1º A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.

 Obs.: ou seja, se o servidor se aposentou em um cargo X, contudo, após a sua aposenta-


doria, esse cargo foi transformado no cargo Y, então, em havendo a sua reversão,
esta se dará no cargo Y, que foi o resultante da transformação de seu antigo cargo.

§ 3º No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições


como excedente, até a ocorrência de vaga.
Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade.
20m

Atualmente, a aposentadoria compulsória ocorre aos 75 anos. Todavia, a Lei n. 8.112/1990


não vinculou a idade da reversão à idade da aposentadoria compulsória.
É interessante observar o que diz a lei que trata da aposentadoria compulsória, que é a
Lei Complementar n. 152, de 3 de dezembro de 2015:

Art. 2º Serão aposentados compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribui-


ção, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade:
I – os servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-
nicípios, incluídas suas autarquias e fundações;
II – os membros do Poder Judiciário;
III – os membros do Ministério Público;
IV – os membros das Defensorias Públicas;
V – os membros dos Tribunais e dos Conselhos de Contas.

DIRETO DO CONCURSO
5. (CESPE/2018/ABIN/AGENTE DE INTELIGÊNCIA) A despeito do caráter compulsório
da aposentadoria aos setenta anos de idade, o detentor de cargo público vitalício pode-
rá exercê-lo até os oitenta anos de idade.

COMENTÁRIO
A aposentadoria compulsória ocorre aos 75 anos de idade.
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Da Disponibilidade e do Aproveitamento

O servidor estável que tem o seu cargo extinto é posto em disponibilidade, isto é, ficará
sem trabalhar e receberá proporcionalmente pelo seu tempo de serviço.
Entretanto, a Administração Pública pode fazer com que esse servidor volte a trabalhar
por meio do aproveitamento.

Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento


obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.

A Constituição Federal de 1988 traz um volume maior de informações acerca do apro-


veitamento:
25m

Art. 41, § 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveita-
mento em outro cargo. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)

Se o servidor não é estável e seu cargo é extinto, então será exonerado de ofício.

Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não
entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial.

Ou seja, a partir do momento em que for publicado o aproveitamento do servidor, este


terá o prazo de 15 dias para voltar a trabalhar. Caso não volte dentro do prazo, será cassada
a sua disponibilidade, o que equivale a uma demissão.

GABARITO
1. E
2. e
3. E
4. E
5. E

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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