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LEI 8112/90 – regime dos servidores públicos da União, das autarquias e fundações públicas federais

Título I - Capítulo Único Das Disposições Preliminares

Art. 1o Esta Lei institui o Regime dos Servidores da União, autarquias - incluso regime especial - e fundações.
Art. 2o Servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.

Art. 3o Cargo público são atribuições e responsabilidades da estrutura organizacional cometidas ao servidor.
PU.: os cargos públicos, acessíveis a todos brasileiros, são criados por lei com denominação própria, pagos
pelos cofres públicos, com provimento efetivo ou em comissão.

Art. 4o É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

Título II - Capítulo I - Do Provimento


Seção I – Disposições Gerais

Art. 5o São requisitos para investidura em cargo público:


I - nacionalidade brasileira;
II - gozo dos direitos políticos;
III - a quitação das obrigações militares e eleitorais;
IV - nível de escolaridade exigido para o exercício;
V - idade mínima de 18 anos;
VI - aptidão física e mental.
§ 1 o As atribuições do cargo justificam a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei.
§ 2 o Aos deficientes é assegurado o direito de inscrição no concurso em cargo compatível à deficiência,
sendo reservadas até 20% das vagas.
§ 3 o As universidades e instituições de pesquisa federais poderão prover em seus cargos professores,
técnicos e cientistas estrangeiros.

Art. 6 o O provimento dos cargos far-se-á com o ato da autoridade competente de cada Poder.
Art. 7 o A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

Art. 8 o São formas de provimento de cargo público:


I - nomeação;
II - promoção;
V - readaptação;
VI - reversão;
VII - aproveitamento;
VIII - reintegração;
IX - recondução.

Seção II - Da Nomeação
Art. 9 o A nomeação far-se-á:
I - em caráter efetivo, em cargo de provimento efetivo ou de carreira;
II - em comissão, inclusive como interino, em cargos de confiança vagos.
PU.: o servidor em cargo comissionado ou de natureza especial, pode ser nomeado, interinamente, para
outro cargo de confiança, sem prejuízo do atual, optando por uma remuneração.

Art. 10. A nomeação em cargo de carreira ou efetivo depende de concurso de provas ou provas e títulos,
obedecida classificação e validade.
PU.: os demais requisitos para o ingresso e promoção, serão estabelecidos por lei do sistema de carreira.

Seção III - Do Concurso Público


Art. 11. O concurso será de provas ou provas e títulos, podendo ter duas etapas, conforme plano de carreira,
condicionando inscrição ao pagamento, quando indispensável ao seu custeio, ressalvadas isenções.

Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 anos, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período.
§ 1 o A validade e condições do concurso constarão em edital, publicado no DOU e diário grande circulação.
§ 2 o Não se abrirá novo concurso enquanto houver aprovados em concurso anterior com validade.
Seção IV - Da Posse e do Exercício
Art. 13. A posse dá com a assinatura do termo, no qual constam atribuições, os deveres e os direitos do
cargo, que não poderão ser alterados unilateralmente, ressalvados os atos legais de ofício.
§ 1o A posse ocorre em 30 dias contados da publicação do ato de provimento.
§ 2o Estando servidor em licença do art. 81, incisos I, III e V ou afastado pelo art. 102, incisos I, IV, VI, VIII,
alíneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e X, o prazo inicia ao término do impedimento.
§ 3o A posse pode ocorrer com procuração específica.
§ 4o Só há posse nos casos de provimento por nomeação.
§ 5o Na posse, o servidor apresenta declaração de patrimônios e quanto ao exercício de função pública.
§ 6o Será tornado sem efeito o provimento se a posse não ocorrer em 30 dias.

Art. 14. A posse dependerá de prévia inspeção médica oficial.


PU.: só é empossado aquele que for apto física e mentalmente para o cargo.

Art. 15. Exercício é o desempenho no cargo público ou função de confiança.


§ 1o É de 15 dias o prazo para o servidor entrar em exercício, contados da posse.
§ 2o Será exonerado ou ficará sem efeito sua designação para função de confiança, se descumprir prazo
para entrar em exercício, observado o art. 18.
§ 3o À autoridade da entidade a qual servidor for nomeado ou designado compete dar-lhe exercício.
§ 4o O início do exercício de função de confiança coincide com a publicação da designação, salvo licença ou
afastamento, onde recaí no primeiro dia útil pós impedimento, que não poderá exceder 30 dias da publicação.

Art. 16. O início, suspensão, interrupção e reinício do exercício são registrados no assentamento do servidor.
PU.: ao entrar em exercício, servidor apresenta os elementos necessários ao seu assentamento individual.

Art. 17. A promoção não interrompe exercício, que é contado no novo posicionamento a partir da publicação.

Art. 18. O servidor em exercício em outro município por ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou
provisório terá, entre 10 e 30 dias da publicação do ato, para a retomada do cargo, incluído o deslocamento.
§ 1o Na hipótese de licença ou afastamento, o prazo conta do término do impedimento.
§ 2o É facultado ao servidor declinar dos prazos do art. 18.

Art. 19. Os servidores cumprirão jornada fixa, limitada a 40 horas semanais e entre 6 e 8 horas diárias.
§ 1o Em cargo comissionado ou confiança, fica com integral dedicação, observado art. 120, podendo ser
convocado no interesse da Administração.
§ 2o Este artigo não se aplica a duração de trabalho das leis especiais.

Art. 20. Ao entrar em exercício em cargo efetivo fica sujeito a estágio probatório por 24 meses, onde aptidão e
capacidade são avaliados, observando:
I - assiduidade;
II - disciplina;
III - iniciativa;
IV - produtividade;
V- responsabilidade.
§ 1o 4 meses antes do fim, estágio é submetido à homologação da autoridade para avaliar desempenho,
realizado por comissão conforme regulamento, sem prejuízo da apuração dos incisos I a V do caput.
§ 2o Se reprovado será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anterior, observado art. 29 ‘PU’.
§ 3o No probatório pode exercer cargos em comissão, direção, chefia ou assessoramento onde é lotado,
sendo cedido para outro órgão para cargos de Natureza Especial, Grupo-Direção e Assessoramento
Superiores - DAS, de níveis 4, 5, 6 ou equivalentes.
§ 4o No probatório são concedidas as licenças e afastamentos dos arts. 81, I a IV, 94, 95 e 96 ou para curso
de formação em outro concurso Federal.
§ 5o O probatório fica suspenso nas licenças e afastamentos dos arts. 83, 84, §1, 86 e 96 ou para curso de
formação, sendo retomado após impedimento.

Seção V - Da Estabilidade
Art. 21. O servidor habilitado em concurso e empossado em cargo efetivo adquire estabilidade após 2 anos
de efetivo exercício. (3 anos - vide EMC nº 19)

Art. 22. O estável só perde cargo por sentença transitada em julgado ou PAD, assegurada ampla defesa.
Seção VI - Da Transferência
Art. 23. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Seção VII Da Readaptação


Art. 24. Readaptação é a investidura em cargo compatível à limitação física ou mental, por inspeção médica.
§ 1o Julgado incapaz será aposentado.
§ 2o A readaptação se efetiva em cargo de atribuições afins, respeitada habilitação exigida, escolaridade,
vencimento equivalente e, inexistindo cargo vago, exerce suas atribuições como excedente, até a vacância.

Seção VIII - Da Reversão (Dec. nº 3.644/00)


Art. 25. Reversão é o retorno à atividade do aposentado:
I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes motivos da aposentadoria;
II - no interesse da administração, desde que:
a) solicite reversão;
b) aposentadoria voluntária;
c) estável quando na atividade;
d) aposentadoria nos cinco anos anteriores à solicitação;
e) haja cargo vago.
§ 1o A reversão ocorre no mesmo cargo ou no cargo transformado.
§ 2o O tempo de exercício será considerado para concessão da aposentadoria.
§ 3o Na reversão do ‘ex-inválido’, se provido cargo, servidor atuará como excedente, até a vacância.
§ 4o Na reversão por interesse da administração, servidor perceberá, em substituição a aposentadoria, a
remuneração do cargo, com vantagens pessoais anteriores à aposentadoria.
§ 5o Na reversão por interesse da ADM, só terá proventos com base nas regras atuais se ficar 5 anos cargo.
§ 6o O Executivo regulamentará este artigo.

Art. 26. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)


Art. 27. Não reverterá o aposentado com mais de 70 anos.

Seção IX - Da Reintegração
Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do estável no cargo anterior ou transformado, se invalidada demissão
por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento.
§ 1o Se o cargo foi extinto, o servidor ficará disponível, observados arts. 30 e 31.
§ 2o Se provido cargo, ocupante é reconduzido ao anterior, SEM indenização, aproveitado ou fica disponível.

Seção X - Da Recondução
Art. 29. Recondução é o retorno do estável ao cargo anterior por:
I - inabilitação em probatório;
II - reintegração do anterior ocupante.
PU.: encontrando-se provido cargo original, servidor é aproveitado em outro, observado art. 30.

Seção XI - Da Disponibilidade e do Aproveitamento


Art. 30. O disponível retorna por aproveitamento obrigatório em cargo de atribuição e vencimento compatível.
Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal determina o imediato aproveitamento do disponível em vaga
que surgir nos órgãos da ADM Federal.
PU.: na hipótese do art. 37, §3, o disponível pode ficar sob responsabilidade do órgão central do Sistema de
Pessoal Civil Federal - SIPEC, até o seu aproveitamento em outro órgão.

Art. 32. Fica sem efeito o aproveitamento, sendo cassada a disponibilidade se não entrar em exercício no
prazo legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial.

Capítulo II - Da Vacância
Art. 33. A vacância do cargo ocorre por:
I - exoneração;
II - demissão;
III - promoção;
IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
V - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
VI - readaptação;
VII - aposentadoria;
VIII - posse em cargo inacumulável;
IX - falecimento.
Art. 34. A exoneração do efetivo ocorre a a pedido ou de ofício.
PU.: A exoneração de ofício dar-se-á:
I - reprovado probatório;
II – após a posse, não entrar em exercício no prazo legal.

Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e de confiança ocorre:


I - a juízo da autoridade competente;
II - a pedido do servidor.
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Capítulo III - Seção I - Da Remoção


Art. 36. Remoção é deslocamento do servidor, a pedido ou ofício, no mesmo quadro, na mesma sede ou não.
PU.: São modalidades de remoção:
I - de ofício, no interesse da Administração;
II - a pedido, a critério da Administração;
III - a pedido para outra localidade, independente do interesse da Administração:
a) para acompanhar companheiro servidor público civil ou militar, de qualquer Poder ou Ente, deslocado no
interesse da Administração;
b) por motivo de saúde do servidor, companheiro ou dependente que conste no seu assentamento funcional,
condicionada a junta médica oficial;
c) processo seletivo, quando o número de interessados superar vagas, conforme normas do órgão de lotação.

Seção II - Da Redistribuição
Art. 37. Redistribuição é deslocamento de CARGO efetivo, ocupado ou vago, para outro órgão do mesmo
Poder, com prévia apreciação do SIPEC, observados:
I - interesse da administração;
II - equivalência de vencimentos;
III - manutenção da essência das atribuições;
IV - vinculação dos graus de responsabilidade e complexidade;
V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional;
VI - compatibilidade entre atribuições e finalidades do órgão.
§ 1o A redistribuição ocorre ex officio para ajustar lotação e força de trabalho, por reorganização, extinção ou
criação de órgão.
§ 2o A redistribuição é por ato conjunto entre o SIPEC e órgãos da ADM Federal envolvidos.
§ 3o Na reorganização ou extinção de órgão, extinto o cargo ou declarado desnecessário, o servidor estável
não redistribuído fica disponível até aproveitamento.
§ 4o O servidor não redistribuído ou disponível pode ficar sob tutela do SIPEC, em exercício provisório, em
outro órgão, até ser aproveitado.

Capítulo IV - Da Substituição
Art. 38. Os servidores em cargo de direção, chefia e Natureza Especial terão substitutos indicados no
regimento interno ou, se omisso, previamente designados pelo dirigente máximo do órgão.
§ 1o O substituto assume automática e cumulativamente, sem prejuízo do cargo atual, nos afastamentos,
impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância, optando por uma remuneração.
§ 2o O substituto faz jus à retribuição nos afastamentos ou impedimentos, superiores a 30 dias consecutivos,
pagos proporcionalmente os dias que excederem tal período.
Art. 39. O artigo anterior é aplicável aos titulares de unidades administrativas em nível de assessoria.

Título III - Dos Direitos e Vantagens


Capítulo I - Do Vencimento e da Remuneração
Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo, com valor fixado em lei.
PU.: (Revogado pela Medida Provisória nº 431, de 2008). (Revogado pela Lei nº 11.784, de 2008)

Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, COM vantagens pecuniárias permanentes.
§ 1o A remuneração do servidor em função ou cargo em comissão será paga conforme art. 62.
§ 2o O servidor comissionado de órgão diverso da sua lotação recebe remuneração conforme art. 93, §1.
§ 3o O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens permanentes, é irredutível.
§ 4o É assegurada a isonomia de vencimentos em cargos de atribuições iguais ou semelhantes no mesmo
Poder ou entre os três Poderes, salvo vantagens individuais ou relativas à natureza e local de trabalho.
§ 5o Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo.
Art. 42. Nenhum servidor receberá remuneração mensal, superior à soma dos valores, em espécie e a
qualquer título, dos Ministros de Estado, dos membros do Congresso e dos Ministros do STF.
PU.: Excluem-se do teto da remuneração as vantagens do art. 61, II a VII.

Art. 43. (Revogado pela Lei nº 9.624, de 2.4.98) (Vide Lei nº 9.624, de 2.4.98)

Art. 44. O servidor perderá:


I - a remuneração do dia em que faltar sem justificar;
II - a remuneração proporcional a atrasos, ausências justificadas, saídas antecipadas, salvo art. 97 ou
compensação até o mês subseqüente, estabelecida pela chefia.
PU.: As faltas justificadas por caso fortuito ou força maior, podem ser compensadas a critério da chefia, sendo
consideradas como exercício.

Art. 45. Salvo por lei ou mandado judicial, nenhum desconto incide na remuneração ou provento.
§ 1o Se servidor autorizar, pode haver consignação na folha a favor de terceiro, a critério da ADM com
reposição de custos, conforme regulamento.
§ 2 o A consignação facultativa do §1 não excede 35% da remuneração mensal, sendo 5% reservado para:
I - a amortização de despesas de cartão de crédito; ou
II - a utilização como saque por meio do cartão de crédito.

Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, até 30/06/94, serão previamente comunicadas ao servidor
ativo, aposentado ou pensionista, para pagar em até 30 dias, podendo parcelar a pedido do interessado.
§ 1 o O valor da parcela não será inferior a 10% da remuneração, provento ou pensão.
§ 2 o Quando pagamento indevido ocorrer no mês anterior a folha, a reposição é imediata em parcela única.
§ 3 o Na hipótese de valores recebidos por liminar, tutela ou sentença que seja revogada ou rescindida, serão
eles atualizados à data de reposição.

Art. 47. O servidor em débito com o erário, se demitido, exonerado ou tiver aposentadoria ou disponibilidade
cassada, terá 60 dias para a quitação.
PU.: A não quitação em 60 dias implica inscrição na dívida ativa.

Art. 48. O vencimento, remuneração e provento não são objeto de arresto, sequestro ou penhora, salvo
alimentos judicial.

Capítulo II - Das Vantagens


Art. 49. Além do vencimento, servidor poderá perceber as vantagens:
I - indenizações;
II - gratificações;
III - adicionais.
§ 1o As indenizações NÃO incorporam ao vencimento ou provento, para qualquer efeito.
§ 2o As gratificações e adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, conforme lei.

Art. 50. As vantagens não são computadas ou acumuladas na concessão de acréscimos ulteriores, sob
mesmo título ou fundamento.

Seção I - Das Indenizações


Art. 51. Constituem indenizações:
I - ajuda de custo;
II - diárias;
III - transporte.
IV - auxílio-moradia.
Art. 52. O valor das indenizações do art. 51 e condições de concessão, serão estabelecidos em regulamento.

Subseção I - Da Ajuda de Custo


Art. 53. A ajuda de custo cobre despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, mudar de
sede, com mudança permanente de domicílio, sendo vedado o duplo pagamento a qualquer tempo, se o seu
companheiro vier a ter exercício na mesma sede.
§ 1o Correm pela ADM despesas de transporte do servidor e família, passagem, bagagem e bens pessoais.
§ 2o À família do servidor que falecer na nova sede percebe ajuda de custo para retorno à origem, até 1 ano
após o óbito.
§ 3o NÃO será concedida ajuda de custo na remoção prevista no art. 36, PU, incisos II e III.
Art. 54. A ajuda de custo é calculada sobre remuneração, não podendo exceder o equivalente a 3 meses.

Art. 55. Não há ajuda de custo ao servidor que se afastar ou reassumir cargo, em razão de mandato eletivo.

Art. 56. É concedida ajuda de custo ao NÃO servidor da União, nomeado em comissão e mudar de domicílio.
PU.: No afastamento do art. 93, inciso I, a ajuda de custo é paga pelo cessionário, quando cabível.

Art. 57. Ao não se apresentar na nova sede em 30 dias, sem justificativa, servidor restitui a ajuda de custo.

Subseção II - Das Diárias


Art. 58. O servidor em serviço, ao afastar-se da sede, em caráter eventual, para outro ponto nacional ou fora,
fará jus a passagens e diárias para pousada, alimentação e locomoção urbana.
§ 1o A diária é concedida por dia afastado, sendo a metade se não exigir pernoite ou quando União custear
por meio diverso, as despesas cobertas por diárias.
§ 2o Quando o deslocamento for exigência permanente do cargo, o servidor não perceberá diárias.
§ 3o Não recebe diárias para deslocar-se na mesma região metropolitana, aglomeração urbana ou
microrregião constituídas por municípios limítrofes ou em áreas de controle integrado com países limítrofes,
cuja jurisdição e competência dos órgãos e servidores brasieliros é estendida, salvo pernoite fora da sede,
tendo diárias fixadas com base no afastamento dentro do território.

Art. 59. Ao receber diárias e não afastar-se, por qualquer motivo, servidor as restitui integralmente em 5 dias.
PU.: Se o servidor retornar à sede antes do previsto, restituirá as diárias em excesso, no prazo de 5 dias.

Subseção III - Da Indenização de Transporte


Art. 60. Cabe ao servidor indenização de transporte quando utilizar meio próprio de locomoção em serviços
externos.

Subseção IV - Do Auxílio-Moradia
Art. 60-A. O auxílio-moradia é o ressarcimento das despesas do servidor com aluguel de moradia ou
hospedagem em hotel, no prazo de um mês após a comprovação.

Art. 60-B. Perceberá o auxílio-moradia o servidor que atenda aos requisitos:


I - não exista imóvel funcional disponível;
II - seu companheiro não ocupe imóvel funcional;
III - servidor ou companheiro não seja ou tenha sido dono, promitente comprador, cessionário ou promitente
cessionário de imóvel no Município de exercício, incluído lote edificado sem averbar construção, nos 12
meses anteriores a nomeação;
IV - nenhuma outra pessoa que more com o servidor receba auxílio-moradia;
V - o servidor mude de residência para ocupar cargo em comissão ou confiança do Grupo-Direção e
Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza Especial, Ministro de Estado ou equivalentes;
VI - Município de exercício do cargo de comissão ou de confiança não preencha quesitos do art. 58, §3;
VII - o servidor não tenha sido domiciliado ou residido no Município onde for exercer cargo em comissão ou
de confiança, nos últimos 12 meses, desconsiderando-se prazo inferior a 60 dias nesse período; e
VIII - o deslocamento não seja por alteração de lotação ou nomeação de cargo efetivo.
IX - o deslocamento tenha ocorrido após 30/06/06.
PU.: Para fins do inciso VII, não será considerado o prazo no qual o servidor estava ocupando outro cargo
em comissão relacionado no inciso V.

Art. 60-C. (Revogado pela Lei nº 12.998, de 2014)

Art. 60-D. O valor/mês do auxílio-moradia é até 25% do cargo ou função comissionada ou Ministro de Estado.
§ 1o O auxílio-moradia não supera 25% da remuneração de Ministro de Estado.
§ 2o Independentemente do valor do cargo ou função comissionada, é garantido a quem preencher
requisitos o ressarcimento de até R$ 1.800,00.
§ 3o (Incluído pela Medida Provisória nº 805, de 2017) (Vigência encerrada)
§ 4o (Incluído pela Medida Provisória nº 805, de 2017) (Vigência encerrada)

Art. 60-E. No falecimento, exoneração, colocação de imóvel funcional à disposição ou aquisição de imóvel, o
auxílio-moradia será pago por um mês.
Seção II - Das Gratificações e Adicionais
Art. 61. Além do vencimento e vantagens, são deferidos ao servidor as retribuições, gratificações e adicionais:
I - retribuição na função de direção, chefia e assessoramento;
II - gratificação natalina;
III - (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
IV - adicional por atividades insalubres, perigosas ou penosas;
V - adicional por serviço extraordinário;
VI - adicional noturno;
VII - adicional de férias;
VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho.
IX - gratificação por encargo de curso ou concurso.

Subseção I - Da Retribuição da Função de Direção, Chefia e Assessoramento


Art. 62. Ao servidor efetivo investido em função de direção, chefia, assessoramento, cargo em comissão ou
Natureza Especial é devida retribuição pelo seu exercício.
PU.: Lei específica estabelecerá remuneração dos cargos do art. 9, inciso II.

Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada - VPNI a incorporação pelo
exercício de direção, chefia, assessoramento, cargo em comissão ou Natureza Especial.
PU.: A VPNI somente estará sujeita às revisões gerais de remuneração dos servidores públicos federais.

Subseção II - Da Gratificação Natalina


Art. 63. A gratificação natalina é 1/12 da remuneração de dezembro, por mês de exercício no ano.
PU.: A fração igual ou superior a 15 dias será considerada mês integral.

Art. 64. A gratificação será paga até dia 20 de dezembro de cada ano.
PU.: (VETADO).

Art. 65. O exonerado recebe gratificação natalina proporcional, calculada sobre remuneração daquele mês.

Art. 66. A gratificação natalina NÃO é considerada no cálculo de qualquer vantagem pecuniária.

Subseção III - Do Adicional por Tempo de Serviço


Art. 67. (Revogado pela MP nº 2.225-45, de 2001, respeitadas as situações constituídas até 8.3.1999)

Subseção IV - Dos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou Atividades Penosas


Art. 68. Os servidores em exercício habitual em locais insalubres, em contato permanente com substâncias
tóxicas, radioativas ou com risco de vida, percebem adicional sobre vencimento.
§ 1o Quem fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade, optará por um.
§ 2o O direito aos adicionais cessa com a eliminação das condições de sua concessão.

Art. 69. Será permanente o controle dos servidores em atividade em locais penosos, insalubres e perigosos.
PU.: A gestante ou lactante será afastada, durante condição, das operações e locais previstos neste artigo.

Art. 70. Na concessão dos adicionais por atividade penosa, insalubre ou perigosa, se observará lei específica.

Art. 71. O adicional de atividade penosa é devido pelo exercício em fronteira ou condições de uma localidade.

Art. 72. Os locais ou servidores que operam com Raios X ou substâncias radioativas terão controle
permanente, de modo que a radiação ionizante não ultrapasse limite previsto em própria.
PU.: Os servidores serão submetidos a exames médicos a cada 6 meses.

Subseção V - Do Adicional por Serviço Extraordinário


Art. 73. O serviço extra é remunerado com acréscimo de 50% em relação à hora normal.

Art. 74. Só será permitido hora extra em situação excepcional e temporária, com limite de 2 horas por jornada.

Subseção VI - Do Adicional Noturno


Art. 75. O serviço noturno, entre 22 e 5 horas do dia seguinte, terá acréscimo de 25%, computando-se cada
hora como 52 minutos e 30 segundos.
PU.: Em se tratando de serviço extraordinário, o acréscimo incidirá sobre a remuneração do art. 73.
Subseção VII - Do Adicional de Férias
Art. 76. Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das férias, um adicional
correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do período das férias.
PU.: No caso de o servidor exercer função de direção, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em
comissão, a respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional de que trata este artigo.

Subseção VIII - Da Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso


Art. 76-A. A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso é devida ao servidor que, em caráter eventual:
I - atuar como instrutor em curso de formação, desenvolvimento ou treinamento na ADM pública federal;
II - participar de banca examinadora ou comissão de exames orais, análise curricular, correção de provas
discursivas, elaborar questões de provas ou julgar recursos;
III - participar de concurso público no planejamento, coordenação, supervisão, execução e avaliação, caso
não sejam atribuições permanentes;
IV - participar da aplicação, fiscalização, supervisão ou avaliar provas de vestibular.
§ 1o A concessão e os limites da gratificação serão fixados em regulamento, observados:
I - o valor da gratificação é calculado em horas, pela complexidade da atividade;
II - a retribuição não excede o equivalente a 120 horas de trabalho anuais, salvo excepcionalidade justificada
e com prévia autorização da autoridade máxima do órgão, podendo acrescer até 120 horas;
III - o valor máximo da hora terá os seguintes percentuais, com base no maior vencimento básico Federal:
a) 2,2%, nas atividades previstas dos incisos I e II;
b) 1,2% nas atividades previstas nos incisos III e IV;
§ 2o A Gratificação de Curso ou Concurso só será paga se as atividades forem exercidas sem prejuízo do
cargo titular, devendo compensar as horas desempenhadas durante o trabalho.
§ 3o A Gratificação de Curso ou Concurso não se incorpora ao vencimento para qualquer efeito, nem será
utilizada no cálculo de quaisquer vantagem, inclusive para aposentadoria e pensão.

Capítulo III - Das Férias


Art. 77. Servidor tem 30 dias de férias, acumulável até 2 períodos por necessidade da ADM, salvo lei especial.
§ 1o Para o primeiro período aquisitivo são exigidos 12 meses de exercício.
§ 2o É vedado levar à conta de férias falta ao serviço.
§ 3o As férias poderão ser parceladas em 3 vezes, se requeridas pelo servidor e no interesse da ADM.

Art. 78. O pagamento das férias ocorre até 2 dias antes do início do período.
§ 1° e § 2° (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 3o Se exonerado do cargo efetivo ou em comissão, receberá os períodos fechados e o incompleto, na
proporção 1/12 por mês de exercício, ou fração superior a quatorze dias.
§ 4o Indenização é calculada com base na remuneração do mês de publicação da exoneração.
§ 5o Em caso de parcelamento, receberá o adicional previsto no art. 7, inciso XVII da CF, no primeiro período.

Art. 79. Servidor que operar direta e permanentemente Raio X ou substância radioativa, tem 20 dias
consecutivos de férias por semestre de exercício, proibida acumulação.
PU.: (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 80. As férias só são interrompidas por calamidade, comoção interna, convocação para júri, serviço militar
ou eleitoral, ou declarada necessidade pela autoridade máxima do órgão.
PU.: O restante do período interrompido será gozado de uma só vez, observado o art. 77.

Capítulo IV - Das Licenças


Seção I - Disposições Gerais
Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença:
I - por doença na família;
II - por afastamento do companheiro;
III - para o serviço militar;
IV - para atividade política;
V - para capacitação;
VI - para tratar interesse particular;
VII - para mandato classista.
§ 1o A licença por doença na família e prorrogações são precedidas por perícia médica oficial, vide art. 204.
§ 2o (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 3o É proibido exercer atividade remunerada durante a licença por doença na família.

Art. 82. A licença dentro de 60 dias do término de outra da mesma espécie é considerada prorrogação.
Seção II - Da Licença por Motivo de Doença na Família
Art. 83. Pode ser concedida licença por doença do companheiro, pais e afins, filhos e afins, ou dependente
que viva a suas expensas no seu assentamento funcional, com comprovação da perícia médica oficial.
§ 1o A licença só é concedida se assistência direta do servidor for indispensável, não podendo ser prestada
no exercício do cargo ou com compensação de horário.
§ 2o A licença e respectiva prorrogação, poderá ser concedida a cada 12 meses nas condições:
I - até 60 dias, consecutivos ou não, COM remuneração; e
II - até 90 dias, consecutivos ou não, SEM remuneração.
§ 3o O espaço de 12 meses inicia a partir do deferimento da primeira licença.
§ 4o A soma das licenças remuneradas ou não, inclusas prorrogações, dentro de 12 meses, não ultrapassa
os limites do §2.

Seção III - Da Licença por Afastamento do Cônjuge


Art. 84. Pode ser concedida licença para acompanhar companheiro deslocado para outro ponto do território
nacional, exterior ou em mandato eletivo do Executivo e Legislativo.
§ 1o A licença é por prazo indeterminado e SEM remuneração.
§ 2o No deslocamento do companheiro servidor público, civil ou militar, de qualquer do Poder ou Ente, pode
haver exercício provisório em órgão da ADM Federal direta, autárquica, fundacional, em atividade compatível.

Seção IV - Da Licença para o Serviço Militar


Art. 85. Se convocado para o serviço militar é concedida licença, na forma da lei.
PU.: Concluído o serviço militar, o servidor tem 30 dias, SEM remuneração, para reassumir o cargo.

Seção V - Da Licença para Atividade Política


Art. 86. Terá direito a licença, SEM remuneração, no período entre a sua escolha na convenção como
candidato e a véspera do registro da candidatura na Justiça Eleitoral.
§ 1o O candidato a cargo eletivo na sua localidade, em cargo de direção, chefia, assessoramento,
arrecadação ou fiscalização, será afastado do dia do registro da candidatura até o 10º dia após o pleito.
§ 2o Do registro do candidato até 10º dia pós eleição, servidor é licenciado com remuneração, até 3 meses.

Seção VI - Da Licença para Capacitação


Art. 87. Após cada quinqüênio de exercício, o servidor pode no interesse da ADM, afastar-se do cargo, com
remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional.
PU.: Os períodos de licença do caput não são acumuláveis.
Art. 88. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 89. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 90. (VETADO).

Seção VII - Da Licença para Tratar de Interesses Particulares


Art. 91. A critério da ADM, pode ser concedido ao servidor efetivo, salvo esteja em probatório, licenças para
tratar assunto particular por até 3 anos consecutivos SEM remuneração.
PU.: A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou interesse da ADM.

Seção VIII - Da Licença para o Desempenho de Mandato Classista


Art. 92. Terá direito à licença SEM remuneração para mandato em confederação, federação, associação de
classe nacional, sindicato da categoria, entidade fiscalizadora de profissão, gerência ou administração em
cooperativa de servidores públicos que preste serviços aos membros, observado art. 102, VIII, 'c', nos limites:
I - 2 servidores, em entidades com até 5.000 associados;
II - 4 servidores para entidades com 5.001 a 30.000 associados;
III - 8 (oito) servidores, em entidades com mais de 30.000 associados.
§1o Só será licenciado se eleito para direção ou representação das entidades, registradas órgão competente.
§ 2o A licença tem duração igual ao mandato, podendo ser renovada se reeleito.
Capítulo V - Dos Afastamentos
Seção I - Do Afastamento para Servir a Outro Órgão ou Entidade
Art. 93. O servidor pode ser cedido para exercício em outro órgão de qualquer dos Poderes ou entes, para:
I - cargo em comissão ou função de confiança;
II - casos de leis específica.
§ 1o Para cargo em comissão ou confiança, nos órgãos Estaduais e DF, ou Municipais, o ônus da
remuneração é da cessionária, e do cedente nos demais casos.
§ 2º Cedido a empresa pública ou sociedade de economia mista, se optar por remuneração do cargo efetivo
ou esta acrescida do percentual de cargo em comissão, cessionária reembolsa despesas ao órgão de origem.
§ 3o A cessão ocorre com Portaria publicada no DOU.
§ 4o Mediante autorização expressa do Presidente, o servidor do Executivo pode ter exercício em outro órgão
da ADM Federal direta sem quadro próprio, com finalidade e prazo certo.
§ 5º Aplica-se à União, no caso de empregado ou servidor requisitado por ela, os §§ 1º e 2º.
§ 6º As cessões de empregados de Empresa Pública ou Sociedade Mista, com recursos do Tesouro no
custeio total ou parcial da folha, independem do disposto nos §§ 1º e 2º, I e II, sendo condicionada cedência
a autorização do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, exceto nos cargos em comissão ou FG.

§ 7° O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, para compor a força de trabalho dos órgãos da ADM
Federal, pode determinar a lotação do empregado ou servidor, independente do disposto nos §§ 1 e 2, I e II.

Seção II - Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo


Art. 94. O servidor em mandato eletivo observa:
I - em mandato federal, estadual ou distrital, se afasta do cargo;
II – como Prefeito, é afastado do cargo, optando por sua remuneração;
III – como vereador:
a) em compatibilidade de horários, recebe vantagens dos dois cargos;
b) sem compatibilidade de horários, se afasta, optando por sua remuneração.
§ 1o Se afastado do cargo, contribui para o INSS como estivesse em exercício.
§ 2o Em mandato eletivo ou classista não é removido ou redistribuído, de ofício, para localidade diversa.

Seção III - Do Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior


Art. 95. O servidor só ausenta-se do País, para estudo ou missão oficial, se autorizado pelo Presidente do
País, Presidente dos Órgãos do Legislativo ou Presidente do STF.
§ 1o Ausência não excede 4 anos e após seu fim, só se permite nova ausência, decorrido igual período,.
§ 2o Não é concedida exoneração ou licença interesse antes de retornar e cumprir prazo igual ao
afastamento, salvo ressarcimento com despesas da ausência.
§ 3o Este artigo NÃO se aplica a carreira diplomática.
§ 4o As condições para o afastamento, inclusive quanto a remuneração, serão disciplinadas em regulamento.

Art. 96. Afastado para servir a organismo internacional que Brasil participe ou coopere, perde remuneração.

Seção IV - Do Afastamento para Participação de Pós-Graduação no País


Art. 96-A. O servidor pode, no interesse da ADM, quando participação não possa ser simultânea ou
compensada com cargo efetivo, afastar-se COM remuneração, para fazer pós-graduação stricto sensu em
Instituição Superior do País.
§ 1o Ato do dirigente máximo do órgão definirá programas e critérios de participação, com ou sem
afastamento, os quais serão avaliados por comitê próprio.
§ 2o Os afastamentos só serão concedidos aos servidores efetivos no órgão há pelo menos 3 anos para
mestrado e 4 anos para doutorado, incluso probatório, que não tenham se afastado por interesse, para
capacitação, mestrado ou doutorado nos 2 anos anteriores à solicitação.
§ 3o O afastamento para pós-doutorado só é concedido ao servidor efetivo no órgão há no mínimo 4 anos,
incluso probatório, que não tenha se afastado por interesse ou pós-doutorado nos 4 anos anteriores.
§ 4o Os beneficiados dos afastamentos dos §§ 1, 2 e 3, após retorno, ficam no exercício por igual período.
§ 5o Se solicitar exoneração, aposentadoria, antes do previsto no §4, ressarce os gastos em 60 dias (art. 47).
§ 6o Caso não obter título no prazo, ressarce gastos, salvo força maior ou fortuita, a critério dirigente máximo.
§ 7o Aplica-se ao afastamento para pós-graduação no Exterior, o disposto nos §§ deste artigo.
Capítulo VI - Das Concessões
Art. 97. Sem prejuízos, poderá servidor ausentar-se:
I - 1 dia, para doar sangue;
II – até 2 dias para alistamento ou recadastramento eleitoral, se necessário e comprovado;
III - 8 dias consecutivos para:
a) casamento;
b) falecimento do companheiro, pais e afins, filhos e afins, menor sob guarda ou tutela e irmãos.

Art. 98. Tem horário especial o servidor estudante, se for incompatível à repartição, sem prejuízo do exercício.
§ 1o É exigida a compensação de horário no órgão de exercício, respeitada a duração semanal do trabalho.
§ 2o Ao deficiente se concede horário especial, se junta oficial comprovar necessidade, compensando ou não.
§ 3o O ‘§2’ é extensivo ao servidor com cônjuge, filho ou dependente deficiente.
§ 4o É concedido o horário especial, compensado em 1 ano, ao servidor nas atividades do art. 76-A, I e II.

Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da ADM, na nova localidade ou na mais
próxima, é garantida matrícula em instituição congênere, independente da época ou de vaga.
PU.: A garantia de matrícula estende-se a companheiro, filho e afins que vivam com ele, menores sob guarda.

Capítulo VII - Do Tempo de Serviço


Art. 100. É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público federal, inclusive nas Forças Armadas.

Art. 101. A apuração do tempo de serviço é em dias, convertidos em anos, considerado 365 dias.

Art. 102. Além das ausências do art. 97, são considerados como exercício:
I - férias;
II - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão da União, Estados, DF e Municípios;
III - exercício de função de governo ou administração, no território nacional, por nomeação do Presidente;
IV - participação em treinamento instituído ou pós-graduação stricto sensu no País;
V - o mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal, exceto para promoção por merecimento;
VI - júri e serviços obrigatórios por lei;
VII - missão ou estudo no exterior, se autorizado o afastamento;
VIII - licença:
a) à gestante, à adotante e à paternidade;
b) para tratar da saúde, por até 24 meses, cumulativo por tempo de serviço à União, em cargo efetivo;
c) para mandato classista, gerência e administração em cooperativa de servidores que preste serviço a
seus membros, exceto para promoção por merecimento;
d) por acidente em serviço ou doença profissional;
e) para capacitação
f) por convocação do serviço militar;
IX - deslocamento para a nova sede, vide art. 18;
X - participação em competições nacionais ou para representação desportiva nacional, dento e fora do País;
XI - afastamento para servir organismo internacional que o Brasil participe ou coopere.

Art. 103. Contar-se-á apenas para aposentadoria e disponibilidade:


I - o tempo de serviço público prestado aos Estados, DF e Municípios;
II - a licença para tratar saúde de familiar, COM remuneração, que exceder 30 dias em 12 meses.
III - a licença política do art. 86, §2;
IV - tempo de mandato eletivo em qualquer ente, anterior ao ingresso no serviço público;
V - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência;
VI - o tempo de serviço de tiro de guerra;
VII - o tempo de licença para tratar sua saúde, que exceder 24 meses (prazo do art. 102, VIII ‘b’);
§ 1o O tempo que esteve aposentado é contado apenas para nova aposentadoria.
§ 2o É contado em dobro o tempo de serviço nas Forças Armadas em guerra.
§ 3o É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço concomitante em mais de um cargo, em órgão da
União, Estado, DF, Município, autarquia, fundação, sociedade mista e empresa pública.

Capítulo VIII - Do Direito de Petição


Art. 104. É garantido ao servidor requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo.
Art. 105. Requerimento é dirigido à quem compete decidi-lo, encaminhado através da autoridade imediata.

Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à quem expediu ato ou proferiu primeira decisão, não renovado.
PU.: O requerimento ou reconsideração são despachados em 5 dias e decididos em até 30 dias.
Art. 107. Caberá recurso:
I - do indeferimento da reconsideração;
II - das decisões dos recursos.
§ 1o Recurso é dirigido à autoridade imediata daquele que expediu ato ou decisão, e assim sucessivamente.
§ 2o O recurso é encaminhado pela autoridade a que estiver imediatamente subordinado requerente.

Art. 108. O prazo para pedir reconsideração ou recurso é 30 dias, da publicação ou ciência do interessado.

Art. 109. O recurso pode ter efeito suspensivo, a juízo da autoridade.


PU.: Se provida reconsideração ou recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data da impugnação.

Art. 110. O direito de requerer prescreve em:


I - 5 anos, sobre demissão, cassação aposentadoria e disponibilidade, interesse patrimonial, crédito trabalho;
II - 120 dias, nos demais casos, salvo lei diversa.
PU.: O prazo de prescrição inicia na data de ciência do interessado ou de publicação do ato.

Art. 111. O pedido de reconsideração ou recurso, SE cabíveis, interrompem prescrição.

Art. 112. A prescrição é de ordem pública e não pode ser relevada.

Art. 113. Para petição, é garantida vista do processo ou documento no órgão, pelo servidor ou seu procurador.

Art. 114. A ADM deve rever atos, a qualquer tempo, se eivados de ilegalidade.

Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos deste Capítulo, salvo força maior.

Título IV - Do Regime Disciplinar


Capítulo I - Dos Deveres
Art. 116. São deveres do servidor:
I - exercer com zelo e dedicação o cargo;
II - ser leal;
III - observar normas regulamentares;
IV - cumprir ordens superiores, exceto as ilegais;
V - atender com presteza:
a) ao público, prestando informações, salvo as sigilosas;
b) à expedição de certidões para defesa de direitos ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;
c) às requisições para defesa da Fazenda.
VI - levar irregularidades ao conhecimento de superior ou, se envolver este, a outra autoridade competente;
VII – economizar material e conservar o patrimônio público;
VIII - guardar sigilo de assunto da repartição;
IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
X - ser assíduo e pontual;
XI - tratar com urbanidade as pessoas;
XII - representar contra ilegalidade, omissão e abuso de poder.
PU.: A representação contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder é encaminhada pela via hierárquica e
apreciada pela autoridade superior contra quem é formulada, assegurada ampla defesa.

Capítulo II - Das Proibições


Art. 117. Ao servidor é proibido:
I - ausentar-se do serviço no expediente, sem prévia autorização do chefe;
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade, documento ou objeto da repartição;
III - recusar fé a documentos públicos;
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento, processo ou serviço;
V - promover apreço ou desapreço na repartição;
VI - cometer a pessoa estranha, atribuição de sua responsabilidade ou de seu subordinado, salvo por lei;
VII - coagir ou aliciar subordinados a filiação a associação profissional, sindical ou partidária;
VIII – ter sob sua chefia imediata, em cargo de confiança companheiro ou parente até 2º grau civil;
IX - valer-se do cargo para proveito pessoal ou de terceiro, em detrimento da dignidade pública;
X - gerenciar ou administrar sociedade privada personificada ou não, exercer comércio, exceto se acionista,
cotista ou comanditário;
XI - atuar, como procurador ou intermediário nos órgãos públicos, salvo se trate de benefícios previdenciários
ou assistenciais do companheiro ou parente até o segundo grau;
XII - receber propina, comissão, presente ou qualquer vantagem, pelas atribuições;
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão do estrangeiro;
XIV - praticar usura;
XV - proceder de forma desidiosa;
XVI - utilizar pessoal ou material da repartição em atividade particular;
XVII - cometer a outro servidor funções estranhas ao cargo, exceto em casos de emergência e transitórias;
XVIII - exercer atividades incompatíveis ao cargo ou horário de trabalho;
XIX - não atualizar dados cadastrais se solicitado.
PU.: A vedação do inciso X – atividades de gerente e administrador - NÃO se aplica nos seguintes casos:
I - participação nos conselhos ADM e fiscal de Empresas que União detenha, direta ou indiretamente, capital
social ou Cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; e
II - gozo de licença interesse, conforme art. 91, vide o conflito de interesses.

Capítulo III - Da Acumulação


Art. 118. Salvo previsão da CF, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.
§ 1o A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações, empresas
públicas, sociedades mistas da União, DF, Estados, Territórios e Municípios.
§ 2o A acumulação de cargos, se lícita, é condicionada à comprovação de compatibilidade de horários.
§ 3o É proibido perceber vencimento em cargo efetivo com proventos da inatividade, salvo cargo acumulável.

Art. 119. Não exercerá mais de um cargo em comissão, salvo art. 9, PU, nem será remunerado por participar
em órgão de deliberação coletiva.
PU.: Este artigo não se aplica à remuneração por participar de conselho ADM e fiscal de empresa pública,
sociedade mista, suas subsidiárias e controladas, ou Empresas que União, diretamente ou não, tenha capital.

Art. 120. Ao acumular licitamente dois cargos efetivos, se investido no cargo em comissão, se afasta de
ambos, salvo exista compatibilidade de horário e local com um deles, declarada pela autoridade máxima.

Capítulo IV - Das Responsabilidades


Art. 121. Servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular das atribuições.

Art. 122. Há responsabilidade civil no prejuízo ao erário ou 3º, por ato omissivo, comissivo, doloso ou culposo.
§ 1o A indenização de prejuízo doloso ao erário ocorre na forma do 46, na falta de bens pela via judicial.
§ 2o No dano a terceiros, responde servidor perante Fazenda, em ação regressiva.
§ 3o A obrigação de reparação será executada contra sucessores, no limite do valor da sua herança.

Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor público.

Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta do ato omissivo ou comissivo no exercício do cargo.

Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas podem cumular-se, independentes entre si.

Art. 126. A responsabilidade ADM é afastada se absolvido na criminal, que negue fato OU autoria.

Art. 126-A. Nenhum servidor é responsabilizado civil, penal ou ADM por dar ciência ao seu superior ou, no
envolvimento desta, a outra competente, sobre prática de crimes ou improbidade que tenha conhecimento.

Capítulo V - Das Penalidades


Art. 127. São penalidades disciplinares:
I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V - destituição de cargo em comissão;
VI - destituição de função comissionada.

Art. 128. Na pena é considerada a natureza e gravidade da infração, os danos ao serviço público, agravantes,
atenuantes e antecedentes funcionais.
PU.: O ato que impor penalidade mencionará o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar.
Art. 129. A advertência é escrita, se violar art. 117, I a VIII e XIX, e se inobservar dever funcional legal,
regulamentar ou interno, que não caiba pena mais grave.

Art. 130. Se aplica a suspensão no caso de reincidência das faltas advertidas e por violar demais infrações
que não impliquem demissão, não excedendo 90 dias.
§ 1o É suspenso 15 dias ao recusar-se, sem justificativa, a inspeção médica determinada pela autoridade,
cessando pena após cumprimento da determinação.
§ 2o Se conveniente ADM converte suspensão em multa, de 50% por dia do vencimento ou remuneração.

Art. 131. Advertência e suspensão tem registro cancelado, pós 3 e 5 anos de exercício, salvo outra período.
PU.: O cancelamento da pena NÃO tem efeito retroativo.

Art. 132. Se aplica a DEMISSÃO:


I - crime contra ADM pública;
II - abandono de cargo;
III - inassiduidade habitual;
IV - improbidade administrativa;
V - incontinência pública e conduta escandalosa, no órgão;
VI - insubordinação grave em serviço;
VII - ofensa física no serviço, a servidor ou 3o, salvo legítima defesa, inclusive de outrem;
VIII - aplicação irregular de dinheiro público;
IX - revelação de segredo do cargo;
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
XI - corrupção;
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções;
XIII - transgressão do art. 117, incisos IX a XVI.

Art. 133. Detectada acumulação ilegal, a qualquer tempo, autoridade do art. 143 notifica servidor, através da
chefia imediata, para optar em até 10 dias após ciência e, se omisso, apurar e regularizar com PAD nas fases:
I - instauração, após publicação da comissão com 2 servidores estáveis, indicando autoria e materialidade;
II - instrução SUMÁRIA, com indiciação, defesa e relatório;
III - julgamento.
§ 1o A indicação da autoria, se dá com nome e matrícula do servidor, e materialidade pela descrição dos
cargos acumulados, órgãos de vinculação, datas de ingresso, horário de trabalho e regime jurídico.
§ 2o Até 3 dias após publicada sua constituição, Comissão lavra termo com informações do §1, com citação
pessoal ou pelo chefe imediato, para defesa escrita em 5 dias, garantida vista processo, vide arts. 163 e 164.
§ 3o Após defesa, comissão faz relatório conclusivo da inocência ou não do servidor, resumindo peças
principais e opinando sobre a licitude e seu dispositivo legal, remetendo à autoridade instauradora para julgar.
§ 4o Em 5 dias após receber processo, autoridade julgadora profere decisão, aplicando se cabível art. 167 §3.
§ 5o A opção do servidor até último dia de defesa configura boa-fé e exoneração automática do outro cargo.
§ 6o Caracterizada acumulação ilegal e provada a má-fé, aplica demissão, destituição ou cassação de
aposentadoria ou disponibilidade dos cargos com acumulação ilegal, comunicando órgãos de vinculação .
§ 7o Prazo para concluir PAD é 30 dias, após publicada designação da comissão, prorrogável por até 15 dias.
§ 8o O procedimento sumário rege-se neste artigo, aplicando subsidiariamente, os Títulos IV e V desta Lei.

Art. 134. É cassada aposentadoria ou disponibilidade do inativo que praticou na ativa, falta punível demissão.

Art. 135. A destituição de cargo em comissão, ao não ocupante de cargo efetivo, se aplica a infração punível
com suspensão e de demissão.
Pu.: Na hipótese deste artigo, a exoneração do art. 35, se converterá em destituição de cargo em comissão.

Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos do art. 132, IV, VIII, X e XI, implica
indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal.

Art. 137. A demissão ou destituição de cargo em comissão, por infringência do art. 117, incisos IX e XI,
incompatibiliza ao ex-servidor investidura em cargo público federal por 5 anos.
PU.: Não retorna ao serviço federal o demitido ou destituído do cargo em comissão, que infrinja art. 132,
incisos I, IV, VIII, X e XI.

Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência intencional por mais de 30 dias consecutivos.
Art. 139. Configura inassiduidade habitual, falta ao serviço sem justificar, por 60 dias intercalados, em 12
meses.

Art. 140. Na apuração de abandono ou inassiduidade, é adotado o processo sumário do art. 133, observando:
I - a indicação da materialidade dar-se-á:
a) no abandono de cargo, com indicação do período da ausência intencional superior a 30 dias;
b) na inassiduidade habitual, indica faltas injustificadas por 60 ou mais dias intercalados, em 12 meses.
II - após defesa, Comissão faz relatório de inocência ou não, com resumo substancial e dispositivo legal,
opinando sobre ausência intencional superior a 30 dias, enviando à autoridade instauradora para julgar.

Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas:


I - pelo Presidente, Presidentes do Legislativo e Tribunais Federais, Procurador da República, na demissão e
cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
II – por autoridade com hierarquia imediatamente inferior às citadas no inciso I, na suspensão acima 30 dias;
III - pelo chefe da repartição e outras autoridades, na advertência ou suspensão de até 30 dias;
IV - pela autoridade que fez nomeação, na destituição de cargo em comissão.

Art. 142. A AÇÃO disciplinar prescreve:


I – 5 anos quanto caiba demissão, cassação aposentadoria e disponibilidade, destituição cargo em comissão;
II - 2 anos, quanto à suspensão;
III - 180 dias, quanto à advertência.
§ 1o O prazo de prescrição inicia na data que fato se tornou conhecido.
§ 2o Os prazos de prescrição da lei penal aplicam-se às infrações disciplinares consideradas crime.
§ 3o A abertura de sindicância ou instauração de PAD, interrompe prescrição até decisão final da autoridade.
§ 4o Interrompida prescrição, o prazo começará a correr no dia em que cessar a interrupção.

Título V - Do Processo Administrativo Disciplinar - PAD


Capítulo I - Disposições Gerais
Art. 143. A autoridade cinte da irregularidade é obrigada a apuração imediata, com sindicância ou PAD,
assegurada ampla defesa.
§ 1o (Revogado pela Lei nº 11.204, de 2005)
§ 2o (Revogado pela Lei nº 11.204, de 2005)
§ 3o Se solicitado, apuração pode se dar por autoridade de órgão diverso ao qual ocorreu irregularidade, por
competência, permanente ou temporária, delegada pelo Presidente, Presidentes do Legislativo e Tribunais
Federais, Procurador da República, preservadas as competências de julgamento após a apuração.

Art. 144. As denúncias de irregularidade são apuradas, SE tiverem identificação e endereço do denunciante,
forem por escrito, com confirmação da autenticidade.
PU.: Se fato não configura infração disciplinar ou ilícito penal, denúncia é arquivada por falta de objeto.

Art. 145. A sindicância resulta:


I - arquivamento;
II - penalidade de advertência ou suspensão de até 30 dias;
III - instauração de PAD disciplinar.
PU.: A conclusão da sindicância não excede 30 dias, prorrogável por mais 30, pela autoridade superior.

Art. 146. Sempre que o ilícito ensejar suspensão superior a 30 dias, demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, é obrigatória a instauração de PAD.

Capítulo II - Do Afastamento Preventivo


Art. 147. Como cautela para servidor não influir na apuração, a autoridade instauradora do PAD pode afastá-
lo do exercício por até 60 dias REMUNERADOS.
PU.: O afastamento é prorrogável por 60 dias, onde cessará, mesmo não concluído o processo.
Capítulo III - Do Processo Disciplinar

Art. 148. PAD apura responsabilidade do servidor, por infração no cargo ou relacionada as atribuições deste.

Art. 149. O PAD é conduzido por comissão com 3 servidores estáveis designados pela autoridade, observado
art. 143, §3, tendo presidente de cargo superior ou igual, ou escolaridade superior ou igual ao indiciado.
§ 1o O secretário é servidor designado pelo Presidente, podendo recair em um dos membros.
§ 2o Não participa da Comissão de sindicância ou inquérito companheiro e parente do acusado,
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até 3º.

Art. 150. Comissão é independente e imparcial, assegurado sigilo para elucidar fato ou se exigido pela ADM.
PU.: As reuniões e as audiências das comissões serão reservadas.

Art. 151. O PAD têm as seguintes fases:


I - instauração, com publicação da constituição da comissão;
II - inquérito administrativo, com instrução, defesa e relatório;
III – julgamento.

Art. 152. Prazo para concluir PAD é de 60 dias da publicação da instituição da comissão, prorrogável por 60,
se circunstâncias exigirem.
§ 1o Se precisar, Comissão se dedica integralmente, com membros livres do ponto, até entrega relatório final.
§ 2o As reuniões da comissão são registradas em atas detalhando as deliberações.

Seção I - Do Inquérito
Art. 153. O inquérito administrativo observa contraditório, ampla defesa, meios e recursos admitidos direito.

Art. 154. Os autos da sindicância integram PAD, como peça informativa.


PU.; Se sindicância concluir ilícito penal, autoridade encaminha cópia ao MP, independente instauração PAD.

Art. 155. No inquérito, comissão realiza depoimentos, acareações, investigações e diligências, para coletar
provas, utilizando técnicos e peritos, se necessário.

Art. 156. Servidor ou seu procurador pode acompanhar, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas,
contraprovas e quesitos de prova pericial.
§ 1o Presidente da comissão pode negar pedidos impertinentes, protelatórios ou sem interesse na apuração.
§ 2o Será indeferido o pedido de perito, quando prova independer de conhecimento pericial.

Art. 157. Testemunha é intimada por mandado do presidente, tendo nos autos 2a via e ciente do interessado.
PU.:. Se testemunha é servidor, chefe é comunicado de imediato do mandado, com dia e hora da inquirição.

Art. 158. Depoimento é oral reduzido a termo, não sendo lícito trazê-lo escrito.
§ 1o As testemunhas serão inquiridas em separado.
§ 2o Com depoimentos contraditórios ou que se infirmem, realiza acareação dos depoentes.

Art. 159. Após inquirição das testemunhas, comissão interroga acusado, observados arts. 157 e 158.
§ 1o No caso de mais de um acusado, são ouvidos separadamente, com acareação sempre que divergirem.
§ 2o Procurador do acusado pode assistir interrogatório e testemunhas, sendo vedado interferir, salvo através
do Presidente da comissão.

Art. 160. Na dúvida sobre saúde mental do acusado, comissão proporá exame por junta com um psiquiatra.
PU.: O incidente de sanidade mental é processado apartado, sendo apenso ao processo após laudo pericial.

Art. 161. Tipificada a infração será indiciado servidor, com fatos imputados e provas.
§ 1o O indiciado é citado por mandado do presidente para defesa escrita em 10 dias e vistas na repartição;
§ 2o Havendo mais indiciados, o prazo será comum de 20 dias.
§ 3o O prazo de defesa pode ser em dobro, para diligências indispensáveis.
§ 4o Na recusa do indiciado em dar ciente na cópia da citação, o prazo de defesa conta da data declarada em
termo pelo membro da comissão que fez a citação, com 2 testemunhas.

Art. 162. O indiciado que mudar residência é obrigado a comunicar à comissão o novo lugar.
Art. 163. Indiciado em lugar incerto, não sabido é citado em edital no DOU e em jornal de grande circulação
no último domicílio conhecido, para defesa.
PU.: Na citação por edital, prazo para defesa é de 15 dias da última publicação.

Art. 164. É revel o indiciado que, regularmente citado, não se defenda no prazo.
§ 1o A revelia é declarada nos autos e devolve prazo para defesa.
§ 2o Para defender revel, a autoridade instauradora designa para defensor dativo servidor efetivo de cargo
superior ou igual, ou ter escolaridade superior ou igual ao indiciado.

Art. 165 Apreciada defesa, comissão faz relatório minucioso, com resumo do principal e provas da convicção.
§ 1o O relatório É conclusivo da inocência ou responsabilidade do servidor.
§ 2o Na responsabilidade, comissão indica norma ou regulamento transgredido, agravantes ou atenuantes.

Art. 166. O PAD com o relatório da comissão é remetido à autoridade instauradora, para julgamento.

Seção II - Do Julgamento
Art. 167. Em 20 dias após recebido processo a autoridade julgadora decide.
§ 1o Se pena excede alçada da autoridade instauradora, encaminha à outra competente, que decide 20 dias.
§ 2o Se diversos indiciados e sanções, julgamento cabe à autoridade competente da pena mais grave.
§ 3o Se pena for demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, julga a autoridade do art. 141, I.
§ 4o Se Comissão reconhecer inocência, autoridade instauradora o arquiva, salvo prova contrária evidente.

Art. 168. O julgamento acata relatório da comissão, salvo provas contrárias nos autos.
PU.: Se relatório da comissão contrariar provas, julgador pode, motivado, agravar, abrandar ou isentar pena.

Art. 169. Verificado vício insanável, autoridade instauradora ou superior declara sua nulidade, total ou parcial,
ordenando no ato constituição de outra comissão para processo.
§ 1o O julgamento fora do prazo legal não anula processo.
§ 2o Autoridade julgadora que causar prescrição do art. 142, §2 é responsável na forma Capítulo IV, Título IV.

Art. 170. Extinta punibilidade por prescrição, julgador determina registro do fato no assentamento do servidor.

Art. 171. Na infração considerada crime, PAD é enviado ao MP para ação penal, ficando trasladado no órgão.

Art. 172. Servidor em PAD só é exonerado a pedido ou aposentado voluntariamente, após conclusão e pena.
PU.: Ocorrida exoneração do art. 34, PU, I, ato é convertido em demissão.

Art. 173. Serão assegurados transporte e diárias:


I - ao servidor convocado para depor fora da sede como testemunha, denunciado ou indiciado;
II – a Comissão e secretário, se obrigados saírem da sede para missão essencial para esclarecer fatos.

Seção III - Da Revisão do Processo


Art. 174. PAD pode ser revisto a qualquer tempo, a pedido e ofício, por fato novo que inocente ou mude pena.
§ 1o No falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer familiar pode requerer revisão PAD.
§ 2o NA incapacidade mental do servidor, revisão é requerida pelo curador.

Art. 175. No processo revisional, o ônus da prova é do requerente.

Art. 176. A alegação de injusta pena não fundamenta revisão, salvo elementos novos não apreciados no PAD.

Art. 177. O pedido de revisão é dirigido ao Ministro de Estado ou equivalente, que autorizando-a, o
encaminha ao dirigente do órgão onde se originou o PAD.
Pu.: Deferida petição, autoridade competente instituirá comissão, na forma do art. 149.

Art. 178. A revisão é apensa ao processo originário.


PU.: Na petição inicial, requerente pedirá dia e hora para produzir provas e inquirir testemunhas arroladas.

Art. 179. A comissão revisora tem 60 dias para concluir trabalhos.

Art. 180. Aplica-se comissão revisora, as normas e procedimentos próprios da comissão do PAD.
Art. 181. O julgamento cabe à autoridade que aplicou a penalidade, nos termos do art. 141.
PU.: Prazo do julgamento é 20 dias do recebimento do processo, onde julgador pode determinar diligências.

Art. 182. Se procedente revisão, pena é declarada sem efeito, restabelecendo todos direitos do servidor,
exceto destituição do cargo em comissão, que se converte em exoneração.
PU.: Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade.

Título VI - Da Seguridade Social do Servidor


Capítulo I - Disposições Gerais
Art. 183. A União manterá Plano de Seguridade Social para o servidor e sua família.
§ 1o O servidor em comissão, não ocupante de cargo efetivo na ADM direta, autárquica e fundacional, não
terá direito aos benefícios da Seguridade Social, com exceção da Saúde.
§ 2o Se afastado ou licenciado do cargo efetivo, SEM remuneração, mesmo servindo à órgão internacional
que Brasil seja membro ou coopere, mesmo contribuindo à previdência do exterior, tem suspenso vínculo com
Plano de Seguridade Social do Servidor Público neste período, não tendo os benefícios da previdência.
§ 3o Ao licenciado ou afastado SEM remuneração é assegurada manutenção da vinculação com Seguridade
Social do Servidor Público, com recolhimento mensal de contribuição, no percentual dos servidores ativos,
incidente sobre remuneração total e vantagens pessoais.
§ 4o Recolhimento do ‘§3’ ocorre até 2 dias úteis após pagamento dos servidores públicos, com
procedimentos de cobrança e execução dos tributos federais após vencimento.

Art. 184. O Plano de Seguridade cobre os riscos do servidor e sua família, buscando:
I - garantir subsistência na doença, invalidez, velhice, acidente serviço, inatividade, falecimento e reclusão;
II - proteção à maternidade, adoção e paternidade;
III - assistência à saúde.
PU.: Os benefícios serão concedidos conforme regulamento, vide esta Lei.

Art. 185. Os benefícios do Plano de Seguridade Social do servidor são:


I - quanto ao servidor:
a) aposentadoria;
b) auxílio-natalidade;
c) salário-família;
d) licença para tratar saúde;
e) licença gestante, adotante e paternidade;
f) licença por acidente em serviço;
g) assistência à saúde;
h) garantia de condições individuais e ambientais de trabalho satisfatórias;
II - quanto ao dependente:
a) pensão vitalícia e temporária;
b) auxílio-funeral;
c) auxílio-reclusão;
d) assistência saúde.
§1o Aposentadoria e pensão é concedida e mantida pelos órgãos de vínculo do servidor, vide arts. 189 e 224.
§ 2o O recebimento de benefícios por fraude, dolo ou má-fé, implica devolução total, sem prejuízo ação penal.

Capítulo II - Dos Benefícios - Seção I - Da Aposentadoria


Art. 186. O servidor será aposentado:
I - por invalidez permanente, com proventos integrais por acidente em serviço, moléstia profissional ou
doença grave, contagiosa ou incurável e proporcionais nos demais casos;
II - compulsoriamente, aos 70 anos, com proventos proporcionais;
III - voluntariamente:
a) aos 35 anos de serviço homem e 30 anos mulher, com proventos integrais;
b) aos 30 anos de efetivo exercício no magistério se professor e 25 professora, com proventos integrais;
c) aos 30 anos de serviço homem e 25 mulher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;
d) aos 65 anos de idade homem e 60 mulher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.
§ 1o São doenças graves, contagiosas ou incuráveis: tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla,
neoplasia maligna, cegueira após ingresso no cargo, hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkinson,
paralisia irreversível e incapacitante, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados do
mal de Paget (osteíte deformante), Síndrome Imunodeficiência Adquirida - AIDS e outras que a lei indicar.
§ 2o Em atividade insalubre, perigosa ou do art. 71, aposentadoria do inciso III, ‘a’ e ‘c’, observa lei especial.
§ 3o Aposentado por invalidez é submetido à junta médica oficial, que atesta invalidez se incapaz de exercer
cargo ou a impossibilidade de aplicar o art. 24.
Art. 187. A aposentadoria compulsória será automática, e declarada por ato, com vigência a partir do dia
imediato àquele em que o servidor atingir a idade-limite de permanência no serviço ativo.

Art. 188. A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data da publicação do respectivo ato.
§ 1o A aposentadoria por invalidez é precedida de licença saúde de até 24 meses.
§ 2o Após licença, não estando em condições de reassumir o ser readaptado, o servidor será aposentado.
§ 3o O tempo entre fim da licença e publicação da aposentadoria, considera-se prorrogação da licença.
§ 4o No §1 são consideradas apenas as licenças da enfermidade ensejadora da invalidez ou correlacionada.
§ 5o ADM pode convocar servidor em licença saúde ou aposentado por invalidez para avaliar sua condição.

Art. 189. A aposentadoria é calculada conforme art. 41, §3, na data e proporção dos servidores em atividade.
PU.: Se estende a inativos benefícios posteriores, inclusive transformação e reclassificação do cargo.

Art. 190. O aposentado com provento proporcional ao tempo de serviço, se for acometimento das moléstias
do art. 186, §1 e considerado inválido por junta oficial, perceberá provento integral.

Art. 191. Se proporcional ao tempo de serviço, provento não é inferior a 1/3 da remuneração da atividade.

Art. 192. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 193. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 194. Aposentado recebe gratificação natalina equivalente ao provento, até 20/12, deduzido adiantamento.

Art. 195. Ao ex-combatente efetivo em operações bélicas na Segunda Guerra Mundia, será concedida
aposentadoria integral, após 25 anos de serviço efetivo, nos termos da Lei nº 5.315/67.

Seção II - Do Auxílio-Natalidade
Art. 196. O auxílio-natalidade é devido a mãe no nascimento do filho, equivalente ao menor vencimento do
serviço público, inclusive no caso de natimorto.
§ 1o No parto múltiplo, valor é acrescido de 50% por nascituro.
§ 2o O auxílio é pago ao companheiro servidor público, se parturiente NÃO for servidora.

Seção III - Do Salário-Família


Art. 197. O salário-família é pago ao servidor ativo ou inativo, por dependente econômico.
PU. Consideram-se dependentes econômicos:
I - o companheiro, filhos; enteados até 21, estudando até 24 anos e, se inválido, qualquer idade;
II - o menor de 21 anos que por autorização judicial, viva junto e às expensas do servidor;
III - a mãe e o pai SEM economia própria.

Art. 198. Não configura dependência econômica se beneficiário do salário-família percebe renda do trabalho
ou outra fonte, incluso pensão ou aposentadoria, em valor igual ou superior ao salário-mínimo.

Art. 199. Se pai e mãe são servidores e vivem juntos, salário-família será pago a um; ou separados, será
pago a um E outro, conforme distribuição dos dependentes.
PU. Ao pai e à mãe equiparam-se padrasto, madrasta e, na falta, os representantes legais dos incapazes.

Art. 200. Salário-família não é sujeito a tributação ou base para contribuição, inclusive Previdência.

Art. 201. O afastamento NÃO remunerado do cargo efetivo, não suspende pagamento do salário-família.

Seção IV - Da Licença para Tratamento de Saúde


Art. 202. É concedida ao servidor licença saúde remunerada, a pedido ou ofício, com base em perícia médica.

Art. 203. A licença de que trata o art. 202 desta Lei será concedida com base em perícia oficial.
§ 1o Se necessário, a inspeção médica ocorre na residência do servidor ou hospitalar da internação.
§ 2o Inexistindo médico na entidade onde se encontre ou tenha exercício permanente servidor, é aceito
atestado particular, salvo art. 230.
§ 3o No caso do §2, o atestado somente terá efeitos após ser recepcionado pelo RH da entidade.
§ 4o Licença acima de 120 dias em 12 meses a contar do 1º dia de afastamento, é concedida por junta oficial.
§ 5o A perícia oficial desta Lei, será efetuada por cirurgiões-dentistas, se abranger o campo da odontologia.
Art. 204. A licença saúde inferior a 15 dias, dentro de 1 ano, poderá dispensar perícia oficial.

Art. 205. O atestado e laudo da junta não especifica nome ou natureza da doença, salvo lesão ou doença por
acidente em serviço, profissional ou do art. 186, §1.

Art. 206. O servidor com indícios de lesões orgânicas ou funcionais é submetido a inspeção médica.

Art. 206-A. O servidor será submetido a exames médicos periódicos, conforme regulamento.
PU. Para os fins do caput, a União, suas autarquias e fundações podem:
I - prestar os exames médicos periódicos pelo órgão ou entidade de vínculo do servidor;
II – firmar convênio, cooperação ou parceria com entidades da ADM direta, suas autarquias e fundações;
III - celebrar convênios junto a planos de saúde com AFE, na modalidade de autogestão, conforme art. 230;
IV - prestar exames médicos periódicos, mediante contrato administrativo, vide Lei no 8.666/93.

Seção V - Da Licença à Gestante, à Adotante e à Paternidade


Art. 207. É concedida licença gestante de 120 dias consecutivos, com remuneração.
§ 1o A licença pode iniciar no 1º dia do nono mês de gestação, salvo antecipação médica.
§ 2o No caso de prematuro, a licença inicia com o parto.
§ 3o Se natimorto, após 30 dias a servidora faz exame e, julgada apta, reassume.
§ 4o No aborto atestado por médico oficial, terá 30 dias de repouso remunerado.

Art. 208. Pelo nascimento ou adoção, o servidor tem licença-paternidade de 5 dias consecutivos.

Art. 209. Para amamentar SEU filho de até 6 meses, lactante tem 1 hora, podendo ser dois períodos 1/2 hora.

Art. 210. À servidora adotante ou guarda de criança até 1 ano, é concedido 90 dias de licença remunerada.
PU. Na adoção ou guarda de criança com mais de 1 ano, o prazo de licença é de 30 dias.

Seção VI -Da Licença por Acidente em Serviço


Art. 211. Será licenciado, com remuneração integral, o acidentado em serviço.

Art. 212. É acidente em serviço o dano físico ou mental relacionado, mediata ou imediatamente, com cargo.
PU. Equipara-se ao acidente em serviço o dano:
I - por agressão não provocada, no exercício do cargo;
II - sofrido no percurso entre a residência e o trabalho.

Art. 213. Se acidentado no cargo necessitar, tratamento especializado pode ser privado, com recurso público.
PU. O tratamento recomendado por junta oficial é exceção, admitido se inexistir meios na instituição pública.

Art. 214. A prova do acidente é feita em 10 dias, prorrogável.

Seção VII - Da Pensão


Art. 215. Na morte do servidor, os dependentes percebem pensão a partir do óbito, observados limites dos
arts. 37 ‘XI’ da CF e 2 da Lei 10.887/04.

Art. 216.(Revogado)

Art. 217. São beneficiários das pensões:


I - o cônjuge;
a) (Revogada);
b) (Revogada);
c) (Revogada);
d) (Revogada);
e) (Revogada);
II - o cônjuge divorciado, separado judicialmente OU de fato, com pensão alimentícia judicial;
a) (Revogada);
b) (Revogada);
c) Revogada);
d) (Revogada);
III - o companheiro que comprove união estável como entidade familiar;
IV - filho de qualquer condição em um dos seguintes requisitos:
a) menor de 21 anos;
b) inválido;
c) (Vide Lei nº 13.135, de 2015) (Vigência)
d) deficiente intelectual ou mental;
V - a mãe ou pai com dependência econômica do servidor;
VI - o irmão de qualquer condição dependente econômico do servidor, que atenda UM requisito do inciso IV.
§ 1o A pensão aos beneficiários dos incisos I a IV exclui os beneficiários dos incisos V e VI.
§ 2o A pensão aos beneficiários do inciso V exclui o beneficiário do inciso VI.
§ 3o O enteado ou menor tutelado equipara-se a filho com declaração do servidor e dependência econômica.

Art. 218. Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão, o valor é distribuído em partes iguais.
§ 1o (Revogado).
§ 2o (Revogado).
§ 3o (Revogado).

Art. 219. A pensão é requerida a qualquer tempo, prescrevendo as prestações de mais de 5 anos.
PU. Qualquer prova ou habilitação posterior, que reduza pensão ou exclua beneficiário, só terá efeitos a partir
da data em que for oferecida.

Art. 220. Perde o direito à pensão por morte:


I - após o trânsito em julgado, o condenado por crime doloso que resulte morte do servidor;
II - o companheiro, se comprovada fraude na união objetivando benefício, através de processo com defesa.

Art. 221. É concedida pensão provisória por morte presumida nos casos:
I - declaração de ausência da autoridade judiciária;
II - desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio ou acidente fora do serviço;
III - desaparecimento no exercício ou em missão de segurança.
PU. A pensão provisória vira vitalícia ou temporária, após 5 anos vigente, e retornando servidor é cancelada.

Art. 222. Perde da qualidade de beneficiário:


I - o seu falecimento;
II - a anulação do casamento após a concessão da pensão;
III - cessação da invalidez, afastamento da deficiência ou levantamento da interdição do deficiente intelectual
ou mental que se torne absoluta ou relativamente incapaz, respeitados períodos do inciso VII “a” e “b”;
IV – a partir de 21 anos, do filho ou irmão;
V - acumulação de pensão do art. 225;
VI - a renúncia expressa;
VII - os beneficiários do art. 217, I a III:
a) após 4 meses, se no óbito servidor não ter vertido 18 contribuições ou se união tiver menor de 2 anos;

b) os seguintes períodos, conforme idade do pensionista no óbito, após 18 contribuições e 2 anos de união:
1) 3 anos, com menos de 21 anos;
2) 6 anos, entre 21 e 26 anos;
3) 10 anos, entre 27 e 29 anos;
4) 15 anos, entre 30 e 40 anos;
5) 20 anos, entre 41 e 43 anos;
6) vitalícia, com 44 ou mais anos.

§ 1o ADM pode convocar o beneficiário de pensão por invalidez, incapacidade ou deficiência para avaliação
das referidas condições.
§ 2o São aplicados os incisos III ou VII “b”, se o óbito do servidor for por acidente ou doença profissional,
independentemente das 18 contribuições mensais ou 2 anos de união estável.
§ 3o Se no período de 3 anos, houver incremento de um ano na média nacional à expectativa de sobrevida,
podem ser fixadas novas idades no inciso VI “b”, pelo Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão.
§ 4o A contribuição no Regime Próprio ou Geral é considerada na regra das 18 contribuições do VII, ‘a’ e ‘b’.

Art. 223. Por morte ou perda do beneficio, a cota reverterá para os cobeneficiários.
I - (Revogado);
II - (Revogado).

Art. 224. As pensões são atualizadas na mesma data e proporção dos servidores, conforme art. 189 ‘PU’.
Art. 225. Salvo o direito de opção, é vedado acumular pensão de mais de um cônjuge e mais de 2 pensões.

Seção VIII - Do Auxílio-Funeral


Art. 226. O auxílio-funeral é devido à família do falecido, mesmo se aposentado, no valor de 1 mês de salário.
§ 1o Na acumulação legal de cargos, o auxílio é pago sobre o cargo de maior remuneração.
§ 2o (VETADO).
§ 3o O auxílio é pago em 48 horas, em procedimento sumaríssimo, ao familiar que custeou funeral.

Art. 227. Se o funeral for custeado por 3º, este será indenizado, observado art. 226.

Art. 228. Se servidor falecer fora do local de trabalho ou no exterior, transporte do corpo é por conta da ADM.

Seção IX- Do Auxílio-Reclusão


Art. 229. À família do servidor ativo é devido o auxílio-reclusão, nos valores:
I – 2/3 da remuneração, quando afastado por prisão em flagrante ou preventiva;
II - 1/2 remuneração, se afastado por de condenação definitiva e pena que acarrete a perda de cargo.
§ 1o No caso do inciso I, servidor terá remuneração integralizada se absolvido.
§ 2o O auxílio-reclusão cessa no dia posterior em que for posto em liberdade, mesmo a condicional.
§ 3o O auxílio-reclusão é devido, nas condições da pensão por morte, aos dependentes do recolhido à prisão.

Capítulo III - Da Assistência à Saúde


Art. 230. A assistência à saúde do ativo ou inativo e sua família, compreende assistência médica, hospitalar,
odontológica, psicológica, farmacêutica, com ações preventivas voltadas a saúde, e será prestada pelo SUS,
no órgão do servidor, por convênio ou contrato, ou como auxílio, com o ressarcimento parcial do valor aos
planos ou seguros privados;
§ 1o Se houver necessidade de avaliação, na ausência de médico ou junta oficial, órgão celebrará,
preferencialmente, convênio com unidades do sistema público, sem fins lucrativos ou com INSS.
§ 2o Na impossibilidade de aplicar o § anterior, o órgão contratará PJ para a constituição de junta médica,
com nomes, especialidades, habilitações, desde que não respondam PAD na entidade fiscalizadora profissão.
§ 3o Para aplicação deste artigo, União, autárquicas e fundações podem:
I – firmar convênios com serviços de assistência à saúde para servidores ou familiares, com entidades de
autogestão por elas patrocinadas por meio de instrumentos jurídicos publicados até 12/2/2006 e com AFE,
sendo os convênios celebrados após essa data, por regulamentação específica publicada pelo órgão
regulador em 180 dias da vigência desta Lei, aplicável também aos convênios existentes até 12/2/2006;
II – contratar por licitação, operadoras de planos e seguros privados de saúde, com AFE.
III - (VETADO)
§ 4o (VETADO)
§ 5o O ressarcimento é limitado ao total gasto pelo servidor ou pensionista civil com plano ou seguro privado.

Capítulo IV - Do Custeio
Art. 231. (Revogado).

Título VII - Capítulo Único - Da Contratação Temporária de Excepcional Interesse Público


Art. 232. (Revogado pela Lei nº 8.745, de 9.12.93).
Art. 233. (Revogado pela Lei nº 8.745, de 9.12.93).
Art. 234. (Revogado pela Lei nº 8.745, de 9.12.93).
Art. 235. (Revogado pela Lei nº 8.745, de 9.12.93).

Título VIII - Capítulo Único - Das Disposições Gerais


Art. 236. O Dia do Servidor Público é dia 28/10.

Art. 237. Podem ser instituídos, no Executivo, Legislativo e Judiciário, além do plano de carreira os incentivos:
I – prêmios por idéias, inventos ou trabalhos quem aumentem produtividade e reduzam custos operacionais;
II - medalhas, diplomas de honra ao mérito, condecoração e elogio.

Art. 238. Os prazos desta Lei são em dias corridos, excluído o do começo e considerado o do vencimento,
ficando prorrogado para o dia útil seguinte, quando não houver expediente.

Art. 239. Por religião, convicção filosófica ou política, servidor não será privado de direitos, sofrerá
discriminação, nem se afastará dos deveres.
Art. 240. Ao servidor público civil é assegurado, conforme CF, livre associação sindical e os seguintes direitos:
a) ser representado pelo sindicato, inclusive como substituto processual;
b) inamovibilidade de dirigente sindical, até 1 ano após fim do mandato, salvo a pedido;
c) desconto em folha, sem onerar sindicato, das mensalidades e contribuições definidas em assembleia geral;
d) (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97);
e) (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97).

Art. 241. É família do servidor o cônjuge, filhos e aqueles que vivam às suas expensas no seu assentamento.
PU.: Equipara-se ao cônjuge o companheiro, que comprove união estável como entidade familiar.

Art. 242. É sede o município que repartição estiver instalada E na qual servidor tenha exercício permanente.

Título IX - Capítulo Único - Das Disposições Transitórias e Finais


Art. 243. São submetidos ao regime desta Lei, na qualidade de servidor público, os servidores da União, dos
ex-Territórios, autarquias e fundações, regidos pela Lei 1.711/52 - Estatuto Funcionários Públicos da União,
ou CLT – Decreto 5.452/43, exceto contratados por prazo determinado, cujos contratos não serão
prorrogados após vencido prazo de prorrogação.
§ 1o O emprego ocupado por servidor incluído no regime desta Lei, passa a cargo na sua publicação.
§ 2o As funções de confiança de não integrantes da tabela permanente do órgão ficam transformadas em
cargos em comissão, enquanto não for implantado o plano de cargos dos órgãos.
§ 3o Funções de Assessoramento Superior - FAS, exercidas por servidor da tabela de pessoal, ficam extintas.
§ 4o (VETADO).
§ 5o O regime jurídico desta Lei é extensivo aos serventuários da Justiça, remunerados pela União.
§ 6o Os empregos dos estrangeiros estáveis no serviço público, enquanto não adquirirem nacionalidade
brasileira, passam a integrar tabela em extinção, sem prejuízo dos direitos do planos de carreira vinculados.
§ 7o Os servidores do caput, não amparados pelo art. 19 das Disposições Constitucionais Transitórias e no
interesse da ADM, podem ser exonerados, indenizados com 1 mês de remuneração por ano de exercício.
§ 8o Para fins de IRRF e declaração de rendimentos, são indenizações isentas as do ‘§7’.
§ 9o Os cargos vagos em decorrência do ‘§7’ podem ser extintos pelo Executivo, se desnecessários.

Art. 244. Adicionais por tempo de serviço concedidos aos servidores desta Lei, transformam-se em anuênio.

Art. 245. A licença especial do art. 116 da Lei n 1.711/52 ou de outras leis, passa a licença-prêmio por
assiduidade, conforme arts. 87 a 90.

Art. 246. (VETADO).

Art. 247. Para efeitos do Título VI, haverá ajuste de contas com a Previdência, correspondente a contribuição
dos servidores celetistas do art. 243.

Art. 248. Pensão estatutária concedida até vigência desta Lei, será mantida pelo órgão de origem servidor.

Art. 249. Até a edição da lei do art. 231 ‘§1’, os servidores desta Lei contribuirão na forma e percentuais
estabelecidos para o servidor civil da União.

Art. 250. O servidor que preencha ou venha a preencher em 1 ano, as condições do art. 184 ‘II’ do antigo
Estatuto dos Funcionários Públicos da União - Lei n 1.711/52, se aposentarão com as vantagens daquela lei.

Art. 251. (Revogado)

Art. 252. Esta Lei entra em vigor na publicação, com efeitos financeiros no primeiro dia do mês subsequente.

Art. 253. Ficam revogadas a Lei nº 1.711/52 bem como as demais disposições em contrário.

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