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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA

CRIMINAL DA COMARCA DE ARAGUAÍNA-TO.

Urgência: Réu preso

PROCESSO N° 2018-01-000001

LEONARDO DA SILVA, brasileiro, solteiro, autônomo, portador do RG n°


555.555 SSP/TO, inscrito no cadastro de Pessoas Físicas n° 333.333.333-33,
nascido em 04/04/1993 em Araguaína-TO, filho de MARIA DE FÁTIMA
RODRIGUES DA SILVA e ROBERTO DE ASSIS BRAGA, residente e domiciliado
na Rua CE-09,SETOR COSTA ESMERALDA, nesta cidade, fone: 63 99267-7783

vem por meio de seu advogado, conforme procuração em anexo, requerer à Vossa
Excelência a concessão de LIBERDADE PROVISÓRIA, com a correspondente

expedição de alvará de soltura com o fundamento no art. 5º LXV, da Constituição

Federal e artigo 310, inciso III, e 321 do Código de Processo Penal, pelas razões

de fato e de direito a seguir expostas:

I – BREVE RELATÓRIO DA PRISÃO

Dia quatorze do mês de agosto (14/08/2018) o acusado foi preso em


flagrante delito pela suposta prática do delito previsto no artigo  330 do CP, artigo
34 da LCP e artigo 14 da lei n° 10.826/2003. Fato supostamente ocorrido na data
de hoje, 14/08/2018, por volta das 21h30 min, em frente ao supermercado
BARATÃO PREMIUM. Encontra-se recolhido junto à 1ª DELEGACIA REGIONAL
DE POLICIA CIVIL, à disposição da justiça, em virtude de prisão em flagrante
pelos supostos atos ilícitos praticados. A autoridade policial entendeu por bem não
arbitrar fiança, determinando o recolhimento do acusado ao cárcere e entregando-
lhe nota de culpa, sendo a cópia dos autos de prisão em flagrante remetida para
este juízo.
Eis os fatos.

II – DA LIBERDADE PROVISÓRIA

Embora a autoridade policial tenha optado pela não concessão da fiança,


vê-se, Excelência, que o acusado é pessoa de boa conduta social, apesar de já ter
respondido a processo já cumpriu seu dever para com a sociedade, não possui
trabalho com carteira assinada, porém faz bicos frequentemente, o que leva a
concluir que não é um indivíduo corriqueiro a atividades criminosas.
Destaca-se que esta foi a primeira vez que tal indivíduo se deparou com
uma situação como esta. Não pode ser subjugado dos benefícios da lei apenas
pela prática de um suposto delito. Aliás, na situação flagrancial ninguém se feriu ou
gerou danos matérias a coletividade, muito menos a terceiros. A prisão cautelar
reveste-se de caráter de excepcionalidade, pois somente deve ser decretada
quando ficarem demonstrados o fumus bonis iuris e o periculum in mora, o que não
ocorreu no presente caso.
Para a legítima manutenção em cárcere, na forma de prisão preventiva, há
de ser preenchido os requisitos do art. 312 e 313 do Código de Processo Penal.
Passa-se a análise destes:
O Requerente é portador de bons antecedentes, conforme comprova
documentos de folhas..., logo não há risco à ordem pública se posto em liberdade.
Da mesma forma, não há indícios de que o acusado em liberdade ponha em
risco a instrução criminal, a ordem pública e, tampouco, traga risco à ordem
econômica.
Portanto, não há risco à aplicação da lei penal e, destarte, não há fundamento que
sustente a manutenção do cárcere.
Assim, conforme leciona a melhor doutrina, uma vez verificado que estão
ausentes os requisitos autorizadores da prisão preventiva previstos no
artigo 312 do Código de Processo Penal, a liberdade provisória é medida que se
impõe, conforme determina o artigo 321, do Código de Processo Penal:
III - DO PEDIDO

Ante o exposto, requer que seja deferida a liberdade provisória sem fiança
ao Requerente, com a expedição do devido alvará de soltura.
Caso assim não se entenda, desde já postula também a concessão da
liberdade provisória cumulada com as medidas cautelares previstas no
art. 319 do Código de Processo Penal, uma vez que a prisão é a última  ratio a ser
seguida pelo julgador.

Por tudo, requer a intimação do Ilustre representante do Ministério Público,


nos termos da lei.

Nesses termos, pede deferimento.

Comarca de Araguaína-TO, 14 de agosto de 2018

Advogado
Enilton de Sousa Alves
OAB.../TO...

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