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5ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE

Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais


vcrime5@tjmg.jus.br
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MANDADO DE PRISÃO
N° do Mandado: 5264462-79.2023.8.13.0024.01.0002-00
Data de validade:12.01.2031

A pessoa presa deve ser imediatamente apresentada à autoridade judicial que determinou a expedição da ordem de custódia ou, nos
casos em que forem cumpridos fora da jurisdição do juiz processante, à autoridade judicial competente, conforme lei de organização
judiciária local, consoante Parágrafo único do art. 13 da Res. 213/2015 do CNJ.

Informações da pessoa procurada


Nome: ANESTALDO DE ALMEIDA FILHO RJI: 180878480-90
Alcunha: GORDAO Sexo: Masculino Data de Nasc.: 24.04.1988
RG: null SSP/MG CPF: 065.254.176-35
Nome da Mãe: IVANI DE SOUZA
Nome do Pai: ANESTALDO DE ALMEIDA
Natural de: Belo Horizonte, MG Profissão:MOTORISTA
Marcas e Sinais: Não informado

Identificação Biometria:
Endereços:
Logradouro: RUA CONDE AFONSO CELSO, nº: 157, Complemento: LONDIRNA, Bairro: LONDRINA, Cidade:
Santa Luzia, UF: MG, CEP: 33115630
Logradouro: RUA ERVA MATE, BLOCO 03, APTO 101, nº: 10, Bairro: PIRATININGA, Cidade: Belo Horizonte, UF:
MG, CEP: 46360000
Telefones: +55 (38)8580-265

Informações Processuais

Nº do processo: 5264462-79.2023.8.13.0024
Órgão Judicial: 5ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE - Tribunal de Justiça do Estado de
Minas Gerais
Espécie de Prisão: Preventiva
Local de Ocorrência: Belo Horizonte
Tipificação Penal: Lei: 10826, art. 14 - Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido

Teor do Documento: O(a) Dr(a) Juiz(a), que assina o presente mandado de prisão, da Vara e Comarca que constam na
presente ordem, manda a qualquer oficial de justiça de sua jurisdição ou qualquer autoridade policial competente e seus
agentes, a quem for apresentado, que PRENDA e RECOLHA a qualquer unidade prisional, à ordem e disposição deste
juízo, a pessoa indicada e qualificada na presente ordem.

Síntese da Decisão: O Ministério Público requereu a decretação da prisão preventiva do investigado ANESTALDO DE
ALMEIDA FILHO (id. 10133992633). Consta dos autos que no dia 26.10.2023, o autuado foi preso em flagrante delito pelo
cometimento do delito previsto no artigo 14 da Lei nº 10.826/03. No juízo da audiência de custódia, mediante decisão
devidamente fundamentada, foi concedida ao investigado a liberdade provisória, aplicando-lhe medidas cautelares diversas
da prisão, indicadas na decisão de id. 10100942613. Entretanto, nos ofícios de id. 10108282981 e id. 10132207836, a
Unidade Gestora de Monitoração Eletrônica informou o descumprimento da medida de monitoramento eletrônico. A tentativa
de intimação para justificar o descumprimento das medida cautelar restou frustrada, uma vez que, de acordo com certidão
de id. 10130429339, o investigado não foi encontrado no endereço por ele fornecido, e encontra-se em local incerto e não
sabido. É o relatório. Decido. Sobre a prisão preventiva, tem-se no artigo 312, do Código de Processo Penal que poderá ser
decretada quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de
liberdade do imputado, para: a) a garantia da ordem pública; b) da ordem econômica; c) por conveniência da instrução
criminal; e d) para assegurar a aplicação da lei penal. Preconiza, ainda, o §1° do artigo 312, do Código de Processo Penal
que a prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas
por força de outras medidas cautelares. No mesmo sentido, o artigo 282, §4º, do Código de Processo Penal
5ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE
Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais
vcrime5@tjmg.jus.br
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MANDADO DE PRISÃO
N° do Mandado: 5264462-79.2023.8.13.0024.01.0002-00
Data de validade:12.01.2031

A pessoa presa deve ser imediatamente apresentada à autoridade judicial que determinou a expedição da ordem de custódia ou, nos
casos em que forem cumpridos fora da jurisdição do juiz processante, à autoridade judicial competente, conforme lei de organização
judiciária local, consoante Parágrafo único do art. 13 da Res. 213/2015 do CNJ.

dispõe que no caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, mediante requerimento do Ministério
Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação ou, em último caso,
decretar a prisão preventiva, nos termos do parágrafo único do art. 312 deste Código. Acerca do tema, leciona Renato
Brasileiro de Lima: De nada adianta a imposição de determinada medida cautelar se a ela não se emprestar força coercitiva.
[…] Verificado o descumprimento injustificado das medidas cautelares diversas da prisão, o que demonstra que o acusado
não soube fazer por merecer o benefício da medida menos gravosa, é possível que o juiz determine a substituição da
medida, a imposição de outra em cumulação, ou, em última hipótese, a própria prisão preventiva. O magistrado não está
obrigado a seguir a ordem indicada no art. 282, §4°, do CPP." (Lima, Renato Brasileiro de. Código de Processo Penal
Comentado / Renato Brasileiro de Lima – 7. ed. - São Paulo: Editora JusPodivm, 2022, p. 896.) O caso dos autos enquadra-
se perfeitamente às hipóteses supratranscritas, uma vez que a imposição de nenhuma outra medida seria suficiente e
adequada, ante o demonstrado descaso do autuado com as ordens judiciais ao descumprir as medidas cautelares fixadas. O
descumprimento das medidas cautelares do art. 319 do Código de Processo Penal deve ensejar as consequências que lhe
são próprias, sob pena de descrédito do Poder Judiciário, face a sensação incutida no infrator de que pode cometer tantos
ilícitos quantos lhe aprouver. Pontuo, como já mencionado, que ao investigado foram dadas oportunidades de justificar o
motivo do descumprimento da medida cautelar, sendo expedido mandado de intimação pessoal. Contudo, não foi
encontrado no endereço por ele fornecido. Assim, a medida excepcional se revela na necessidade de assegurar a aplicação
da lei penal, uma vez que o autuado encontra-se em local incerto e não sabido, deixando, ademais, de atualizar seu
endereço consoante pactuado na decisão primeva. Não bastasse, da análise das CAC’s e FAC de id. 10099949874, id.
10099960159, id. 10099948636, id. 10099949081, id. 10099860454, infere-se que o investigado possui outras anotações
criminais, o que fornece indícios suficientes acerca da reiteração delitiva, qualificando o periculum libertatis. Neste sentido,
cito jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça: PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EM
HABEAS CORPUS. FURTO QUALIFICADO. PRISÃO PREVENTIVA. NECESSIDADE DE GARANTIA DA ORDEM
PÚBLICA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CARACTERIZADO. AGRAVO DESPROVIDO. 3. É firme a jurisprudência
desta Corte no sentido de que "a preservação da ordem pública justifica a imposição da prisão preventiva quando o agente
ostentar maus antecedentes, reincidência, atos infracionais pretéritos, inquéritos ou mesmo ações penais em curso,
porquanto tais circunstâncias denotam sua contumácia delitiva e, por via de consequência, sua periculosidade.” (RHC
107.238/GO, Rel. Ministro ANTÔNIO SALDANHA PALHEIRO, SEXTA TURMA, DJe 12/03/2019). (g.n) Logo, preenchidos
estão os requisitos ensejadores da prisão preventiva, fazendo-se necessário para garantia da ordem pública e para
assegurar a aplicação da lei penal. Pelo exposto, acolho o pedido formulado pelo Ministério Público no id. 10133992633,
com fulcro no art. 282, §4°, art. 312, caput e §1º, todos do Código de Processo Penal e DECRETO a prisão preventiva de
ANESTALDO DE ALMEIDA FILHO. Expeça-se mandado de prisão, via BEMP e BNMP, com validade de 08 (oito) anos.
Revogo, por conseguinte, todas as medidas cautelares impostas na decisão de id. 10100942613. Sendo necessário, oficie-
se para encerramento dos expedientes

Observação: INQUÉRITO POLICIAL: 002423062440-5 PCNET nº2023-024-003140-005-014524458-86 REDS nº2023-


049990020-001

Local e Data: Belo Horizonte, 15 de Janeiro de 2024.

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