EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL

DA COMARCA DE GOIÂNIA-GO

Referente IP n° / Referente processo n°:

CAMILO, nacionalidade, estado civil, profissão, data de nascimento, filiação,

RG, CPF, endereço, por intermédio de seu advogado que ao final subscreve,
onde deverá receber avisos e intimações, vem respeitosamente à presença de
Vossa Excelência, requerer

LIBERDADE PROVISÓRIA COM/SEM FIANÇA

Com fundamento nos arts. 5°, LXVI da Constituição Federal, bem como nos
artigos 310, inciso III, e artigo 321 do Código de Processo Penal, pelas razões
de fato e de direito a seguir expostas.

I – DOS FATOS

O acusado encontra-se recolhido junto à delegacia x, em virtude da

prisão em flagrante, que ocorreu na via pública da Rua 5, Setor Central,
Goiânia-GO às 20 horas da noite do dia x, pela suposta pratica do delito
previsto no artigo 180, caput, do Código penal.

Conforme consta dos autos do Auto de Prisão em Flagrante (APF), o

acusado teria adquirido, o veículo Fiat/Uno de placas AAA-1234/GO, ciente se
tratar de um produto fruto de crime.

A prisão ocorreu logo após a aquisição, quando houve sua abordagem

em uma blitz de rotina

É o breve relato.
II – DO DIREITO

Emérito julgador cumpre-nos esclarecer que o reclamante preenche os

requisitos necessários para ter sua liberdade provisória decretada, conforme se
depreende dos autos, haja vista tratar-se de pessoa trabalhadora, atualmente
exercendo a profissão de caixa em um supermercado, sendo o contrato de
trabalho registrado em CTPS, possuindo residência fixa e sendo detentor de
uma conduta ética e moral inabalável, razão pela qual não possui antecedentes
criminais.

Ressalta-se que o direito do acusado encontra-se amparado pela

legislação, em que a liberdade provisória, de certo, é um direito garantido pela
Constituição Federal de 1988 em seu art. 5º, LXVI, senão vejamos:

Art. 5º LXVI- ninguém será levado à prisão ou nela

mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com
ou sem fiança.

Ainda, tendo seu direito reconhecido também no art. 310, III do Código
de Processo Penal Brasileiro:

Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante o juiz

deverá fundamentadamente:

III- conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.

Assim, faz jus o Requerente à concessão da liberdade provisória, posto que a

impossibilidade de sua concessão, “equivale à privação de liberdade
obrigatória infligida como pena antecipada, sem prévio e regular processo e
julgamento, que implica considerar alguém culpado diretamente e destinado a
infligir lhe uma sanção sem processo ou decisão judicial, não hvendo o que se
falar em privar o direito à liberdade do requerente.

III - DO PEDIDO

Ante o exposto requer:

a) a CONCESSÃO DA LIBERDADE PROVISÓRIA, para que, assim, o

reclamante possa voltar ao convívio social, bem como para o exercício de suas
atividades habituais, uma vez que são inexistentes os requisitos elencados no
art. 312, CPP, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais
para os quais for intimado;

b) A intimação do ilustre representante do Ministério Público, para que

se manifeste acerca do pleito;

c) Expedição de alvará de soltura para o cumprimento imediato da

autoridade policial que mantém sua custódia;

d) Aplicação de medidas cautelares de acordo com o art. 319, CPP caso

negada a concessão de liberdade provisória.

Nestes Termos,

Pede Deferimento.

Local, data.

ADVOGADO

OAB