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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ...

VARA CRIMINAL DE
PLANALTINA – DISTRITO FEDERAL
Processo nº_______
JOSÉ DE TAL, brasileiro, divorciado, ajudante de pedreiro, nascido em Juazeiro da Bahia,
em 07/09/1938, residente e domiciliado em Planaltina-DF, vem, por intermédio de seu
advogado abaixo assinado (procuraçã o anexa), perante Vossa Excelência, com fulcro no art.
403, § 3º do Có digo de Processo Penal, apresentar suas
ALEGAÇÕ ES FINAIS POR MEMORIAIS
pelos motivos de fato e de direito expostos abaixo:
1. DOS FATOS
De janeiro de 2005 a 04 de abril de 2008, o denunciado José de Tal, deixou, por longos
período, diversas vezes e sem nenhum motivo aparente, de prover a subsistência do seu
filho Jorge, menos de 18 anos, nã o ajudando em nada no seu sustento, deixando de pagar a
pensã o alimentícia fixada nos autos do processo nº 001/2005, 5ª Vara de Família de
Planaltina (açã o de alimentos) e executada nos autos do processo nº 002/2006 do mesmo
juízo. Arrola como testemunha Maria de tal, mã e e representante legal da vítima.
A denuncia foi recebida no dia 03 de novembro de 2008, tendo o réu sido citado e
apresentado no prazo legal, de pró prio punho, visto que nã o tinha condiçõ es de encontrar
advogado sem prejuízo do seu sustento e da sua família, pois como afirmam as
testemunhas Margarida e Clodoaldo que o conhecem a mais de 30 anos, o denunciado é
ajudante de pedreiro e ganha 1 salá rio mínimo por mês e é o ú nico provedor do sustento da
família, que é formada por sua esposa e outros filhos menores, fora a pensã o alimentícia
que deve ser paga a Jorge.
2. DAS PRELIMINARES
2.1 DA CONCESSÃ O DA SUSPENSÃ O CONDICIONAL DO PROCESSO;
Nos termos do art. 89 da Lei 9099/95, nos crimes em que a pena mínima cominada for
igual ou inferior a um ano, abrangida ou nã o por esta Lei, o Ministério Pú blico, ao oferecer a
denú ncia, poderá propor a suspensã o do processo, por dois a quatro anos, desde que o
acusado nã o esteja sendo processado ou nã o tenha sido condenado por outro crime,
presente os demais requisitos que autorizariam a suspensã o condicional da pena (art. 77
do có digo penal).
2.2 DA PRELIMINAR DE NULIDADE POR AUSENCIA DE DEFESA TECNICA;
Como previsto no art. 564 do CPP, a nulidade ocorrerá por falta das fó rmulas ou dos termos
seguintes: nomeaçã o do defensor ao réu presente, que o nã o tiver, ou ao ausente, e de
curador menor de 21 anos; a citaçã o do réu para ver-se processar, o seu interrogató rio,
quando presente, e os prazos concedidos à acusaçã o e à defesa.
De acordo com a sumula nº 523 do STF, no processo penal, a falta de defesa constitui
nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prova do prejuízo para o
réu.
2.3 DA PRELIMINAE DE NULIDADE POR AUSENCIA DE RESPOSTA DO RÉ U;
Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua
defesa, oferecer documentos e justificaçõ es, especificar as provas pretendidas e arrolar
testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimaçã o, quando necessá rio. Nã o
apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado citado nã o constituir defensor, o juiz
nomeará o defensor para oferecê-la, condenando-lhe vista dos autos por 10 dias, de acordo
com o art. 396-A, § 2º.
2.4 DA PRELIMINAR DE NULIDADE POR AUSENCIA DE INTERROGATORIO;
O art. 185 do CPP diz que o acusado que comparecer perante a autoridade judiciá ria, no
curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu defensor
constituído ou nomeado.
2. DO MERITO
a. Nã o há crime, absolviçã o pela tipicidade da conduta;
b. afastamento da agravante prevista no art. 44 do CP;
c. reconhecimento de circunstâ ncia atenuante nos termos do art. 65 do CP;
d. substituiçã o da pena privativa de liberdade, art. 44, CP;
e. fixaçã o do regime aberto de acordo com o art. 33, § 2º, c, do CP
3. DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto, o réu requer:
a. que reconheça a nulidade do processo desde a citaçã o, com base no art. 564, III, c, e, do
CPP;
b. no caso de nã o atendido tal beneficio, a avaliaçã o do processo desde o oferecimento da
resposta do réu, por falta de defesa técnica;
c. em caso de nã o avaliaçã o, a defesa pleiteia a realizaçã o imediara de interrogató rio do réu;
d. caso nã o julgue procedente as preliminares, a defesa pede a absolviçã o do acusado com
base no art. 386, III, CPP;
e. em caso de nã o absolviçã o, a defesa pleiteia a acusaçã o da agravante e o reconhecimento
da atenuante com base no art. 65, I, do CP, juntamente com a fixaçã o da pena mínima sobre
o regime menos gravoso.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e Data
Advogado
OAB nº...

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