Você está na página 1de 5

EXCELENTÍSSIMO JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA

COMARCA DE FLORIANÓPOLIS/SC

Processo nº XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

BRENO, já qualificado nos autos, por seu procurador infra-assinado, com


procuração, em anexo, vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, inconformado
com a decisão de fls... Interpor RECURSO DE APELAÇÃO, com base no artigo 593,
Inciso I, do CPP.
Nestes termos, requer que seja recebido e processado o recurso já com as razões
inclusas, encaminhando-se os autos ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

Termos em que pede deferimento,

Local: xxxxx, 09 de Dezembro de 2019,

ADVOGADA xxxxx

OAB/xxxxx
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

Processo nº XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Apelante: BRENO

Apelado: MINISTÉRIO PÚBLICO

RAZÕES DO RECURSO DE APELAÇÃO

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

COLENDA CRIMINAL

I – DOS FATOS:

BRENO foi denunciado pelo Ministério Público pelas sanções do artigo 157, §
2º, inciso II e § 2º - A, inciso I do Código Penal e no artigo 244-B da Lei 8.069/90, na
forma do artigo 70 do código penal. Após regular processamento, ocorreu audiência de
instrução e julgamento com oitiva da vítima, das testemunhas e do réu. Logo depois,
houve manifestação final das partes.
Nestes termos, o juiz proferiu sentença condenatória, intimando-se o Ministério
Público e a defesa para manifestação.

II- DO DIREITO

I. Da nulidade pelo cerceamento de Defesa reduzida durante a audiência de


instrução e julgamento, o magistrado opta por interrogar diretamente a testemunha. No
entanto, de acordo com o artigo 212.º do Código de Processo Penal, a questão deve ser
levantada diretamente pelas partes. Portanto, de acordo com o artigo 5º LV da
Constituição Federal, o juiz não permite que as partes se manifestem, limitando assim
os direitos de defesa do acusado e prejudicando o contraditório e a defesa adequada.
Portanto, em violação direta ao artigo 212 do Código de Processo Penal e ao artigo 5º
LV LV da Constituição Federal, a exigência do artigo 564 4º do Código de Processo
Penal deve ser declarada inválida. Ademais, deve-se observar que o aparente prejuízo à
defesa foi demonstrado e até mesmo suscitado em momento oportuno na audiência.

II. Corrupção de menores Os magistrados condenaram os acusados de corrupção


de menores nos termos do artigo 244-B da Lei nº 8.069/90 nos termos da acusação. No
entanto, o acusado não sabia a idade de Carlos porque o conheceu em um local onde
não era permitido menores de idade. Além disso, Carlos usou documentos falsos para
entrar nos locais mencionados. Portanto, de acordo com o artigo 20 do Código Penal,
Breno não pode ser responsabilizado pelo crime de corrupção de menores por
desconhecer as circunstâncias do crime, o que o levou ao tipo errado. Portanto, a
conduta tem intenção de exclusão, não podendo responder sob a forma de culpa por
falta de disposição expressa. Nesse sentido, exige a absolvição dos delitos do art. 244-B
do Código da Criança e do Adolescente, de acordo com o disposto no art. 386 VI do
Código de Processo Penal.

III. Do afastamento da causa de aumento de pena pelo uso de arma de fogo O


Ministério Público denunciou o réu pelo roubo majorado pelo emprego de arma de
fogo, conforme artigo 157, § 2º- A, inciso I do código penal. No entanto, a mencionada
majorante só foi acrescida ao Código Penal em 23 -04 de 2018, após a ocorrência e
consumação do delito, no dia 03 de novembro de 2017. Desta forma, tendo em conta
oprincípio da legalidade penal, a lei penal mais gravosa não pode retroagir, salvo para
beneficiar o réu, conforme exposto no artigo 5º, inciso XL da Constituição Federal.
Nestes termos, requer o afastamento da agravante do artigo 157, § 2º-A, incisoI do
Código Penal, para assegurar a legalidade penal também exposta no artigo 1º do Código
Penal.

IV. Da pena-base no mínimo legal O juiz fixou a penabase acima do patamar


mínimo, por considerar a personalidade o agente negativo em razão da folha
deantecedentes criminais. No entanto, tanto os inquéritos policiais em curso, quanto às
ações penais pendentes de trânsito em julgado não podem serutilizadas para agravar a
pena base, de acordo com o que dispõe a súmula 444 do Superior Tribunal de Justiça.
Além disso, considerar as ações penais einquéritos policiais em curso para agravar a
pena baseviola o princípio da presunção de inocência, insculpido no artigo 5º, inciso
LVII da Constituição Federal. Nestes termos, tendo as demaiscircunstâncias judiciais
favoráveis, requer a fixação da pena-base no mínimo legal.

V. Da menoridade O magistrado não reconheceu nenhuma atenuante durante a


aplicação da pena. Entretanto, na d ata dos fatos Breno contava com aidade de 19 anos,
conforme certidão de nascimento anexa aos autos. Nestes termos, requer
oreconhecimento e aplicação da atenuante do artigo65, inciso I do Código Penal.

VI. Tentativa O magistrado condenou o argüido por furto ao abrigo do artigo


157.º do Código Penal. No entanto, o roubo não foi realizado, pois os policiais
abordaram Breno e Carlos antes que a posse do roubo fosse revertida. Assim, de acordo
com a súmula 582 do Superior tribunal de justiça, a conclusão da contagem do furto
depende da reversão da posse dos bens. Além disso, vale destacar que a própria vítima
afirmou na Justiça que se a polícia não agisse, seriam descontados 5.000 reais do caixa.
A este respeito, deve reconhecer a tentativa do artigo 14.º, n.º 2, do Código Penal e
aplicar as razões da redução da pena em conformidade.

VII. Do regime inicial de cumprimento de execução das penas, os magistrados


determinaram em sua sentença que a execução das penas se daria em sistema fechado.
No entanto, tendo em conta a aplicação do reconhecimento e atenuantes da tentativa,
bonsantecedentes e absolvição por peculato juvenil, é necessário instaurar um regime de
pena aberto ou semi-aberto, nos termos do artigo 33.º do Código Penal. 2 b ou linhas c.

III- DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer que seja CONHECIDO e PROVIDO o recurso, a fim


de que se opere a reforma para que ocorra:

a) Reconhecimento da nulidade por redução das defesas nos termos dos artigos
212.º e 564.º n.º IV do Código de Processo Penal;

b) a absolvição de menores por corrupção nos termos do artigo 20 do Código


Penal e do artigo 366 nº VII do Código de Processo Penal, artigo 244-B da Lei nº
8.069/90;
c) Eliminar os motivos de majoração da pena de furto por uso de arma de fogo,
nos termos do art. 5º XL da Constituição Federal;

d) fixar as penas básicas ao mínimo legal;

e) admitir a tentativa de furto e aplicar o artigo 14.º, n.º II, do Código Penal;

f) Reconhecimento da redução do estatuto de minoria nos termos do artigo 65.º,


n.º I, do Código Penal;

g) O estabelecimento de um regime inicial de cumprimento de penas de pena


aberto ou semi-aberto nos termos do artigo 33.º, n.º 2, alíneas b ou c do Código Penal.

Nestes termos, pede deferimento

Local: xxxxx. 09 de Dezembro de 2019

ADVOGADA xxxxx

OAB/ xxxxx

Você também pode gostar