Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
VARA CRIMINAL DA
CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DE TAGUATINGA-DISTRITO FEDERAL.
LIBERDADE PROVISÓRIA
II DO DIREITO
Consoante o disposto no art. 310 do CPP que versa sobre a liberdade provisória concedida
a presos em flagrante obedecendo os pressupostos e condições necessárias e verificado as
condições estabelecidas no § 1º do mesmo normativo que estabelece:
1
13.964, de 2019) (Vigência)
Em que pese o Auto de Prisão em flagrante encontrar-se em perfeita harmonia
com a lei, a manutenção do detido e cárcere, só poderá se manter quando presentes os
requisitos que autorizam a prisão preventiva, fatos estes que não se amoldam ao presente
processo.
Neste sentido, a aplicabilidade da liberdade provisária prevista no § 1º do art. 310
é direito que se impõe ao indiciado e não apenas um simples benefício, afastando qualquer
interpretação contrária, tendo em vista que todos os pressupostos estão presentes para
satisfação do direito de liberdade almejado.
Após a promulgação da Constituição Federal de 1988, ficou consagrado no art.
5º, LXVI que “ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a
liberdade provisória, com ou sem fiança” desde que não esteja presente os casos que a lei
do processo penal definir e justamente neste sentido visualiza-se que não no caso estudado
qualquer requisito para manutenção da prisão do recorrente.
Ademais, insta destacar que o requetente, é réu primário possui bons antecedentes
residência fixa, ocupação lícita, pai de 03 (três) crianças e bom esposo, não refletindo em
sua personalidade nenhuma caracteristica que possa ofender a ordem pública e/ou impor
qualquer obstáculo que possa ensejar na segurança da aplicação da lei penal ou interferir
na continuidade do feito processual.
2
Cumpre destacar ainda a concessão da liberdade provisória, sem fiança.
(...)
Em que pese ter sido imputado ao requerente o delito de lesão corporal grave,
pelo fato de ter que evitar a agressão contra sua pessoa, tendo incorrido na necessidade de
quebrar o braço de seu pretenso agressor, que portava objeto perfuro cortante, e se impôs a
atentar contra a vida do recorrente. A medida adotada tornou-se necessária e foi efetivada
de forma moderada, pois em momento algum foi proferido qualquer golpe em região fatal
que pudesse ceifar a vida da suposta vítima que na verdade era um algoz em fúria.
O requerente só utilizou os meios necessários para se defender, desarmar e
impedir a atitude descontrolada ocupando o lugar o Estado para garantir sua proteção e dos
demais que ali laboravam, já que os agentes de segurança estatais não podem estar em
todos os lugares para garantir a ordem.
Portanto, não resta dúvidas que o recorrente agiu em legitima defesa, tese essa
confirmada pelas testemunhas presentes.
3
Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação
da prisão preventiva, o juiz deverá conceder liberdade
provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares
previstas no art. 319 deste Código e observados os critérios
constantes do art. 282 deste Código
III DO PEDIDO
Nestes Termos
Pede Deferimento
ADVOGADO.
OAB